painel político - 6ª edição

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PAINEL POLÍTICO 1 10 Março 2012 ESPECIAL ANO I - Nº 6 - 10 Março de 2012 - Porto Velho - Rondônia Valor: R$ 6,50 Conta de energia pesa no orçamento do rondoniense DESENVOLVIMENTO Três Capelas Eco-Resort Referência em ecoturismo Porto de Porto Velho Nova gestão, grandes desafios Foto: Rose Brasil - ABr Grilagem e favorecimento em licitações Ele ainda quer governar Rondônia

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Uma matéria completa sobre o polêmico Ivo Cassol, senador rondoniense que pensa em retornar ao governo, mesmo estando com diversas pendências na justiça.

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Page 1: Painel Político - 6ª Edição

PAINEL POLÍTICO 110 Março 2012 PAINEL POLÍTICO 110 Março 2012

EsPECiAl

ANO I - Nº 6 - 10 Março de 2012 - Porto Velho - Rondônia valor: r$ 6,50

Conta de energia pesa no orçamento do rondoniense

dEsEnvolvimEnto

Três Capela

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o

Porto de Porto velho Nova gestão, grandes desafios

Foto: Rose Brasil - ABr

grilagem e favorecimento em licitaçõesEle ainda quer governar rondônia

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PAINEL POLÍTICO2 10 Março 2012

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PAINEL POLÍTICO 310 Março 2012

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PAINEL POLÍTICO4 10 Março 2012

sumário

PAINEL POLÍTICO4 10 Março 2012

EditorialQuem paga o prejuízo somos nósPg.05

EconomiaLavin lavanderia marca de pioneirismo em Porto VelhoPg.20

Artigo Herbert LinsPg.28

Coluna Alan Alex Pg.45

CulturaLivro: Olhos D’Água Pg.44

opiniãoPg.46

HidroviA dE rondôniANovo superintendente fala dos desafios do Porto de Porto Velho

10dEsEnvolvimEnto

EntrEvistA

AndrEy CAvAlCAntEAdvogado há 16 anos fala sobre suas propostas para OAB-RO

6

24CAPAivo CAssolConfira a trajetória política nebulosa

14ElEtrobrAs Saiba porquê a energia em Rondônia pesa no orçamento

EsPECiAl

turismo 33 42gAstronomiA40PAinEl onlinE

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PAINEL POLÍTICO 510 Março 2012

quem paga o prejuízo somos nós

Alan Alex - Editor

EditoriAl

O cidadão rondoniense já se adaptou ao alto custo da conta de energia. Para tentar minimizar o prejuízo, faz malaba-rismos do tipo ligar o ar-condicionado apenas por algumas horas, passar roupas uma vez por semana, trocar todas as lâmpadas incandescentes por fluorescentes e por aí vai. Mesmo assim, o susto no fim do mês é inevitável. O valor das contas de energia afeta pesa-damente o orçamento das famílias por que a Eletrobrás Distribuição Rondônia, antiga Centrais Elétricas de Rondô-nia (CERON), prefere intensificar o controle sobre quem paga as contas regularmente a ampliar a fiscaliza-ção sobre os bairros mais distan-tes. O resultado é que a fatura dos chamados “gatos” é divida apenas com quem faz malabarismos para estar com as contas em dia. PAINEL POLÍTI-CO deste mês traz uma reportagem de Laila Moraes sobre essa matemática absurda que coloca Rondônia como a 22ª distribuidora com o menor preço do kilowatt/hora do País, mas a impressão é que deveria ser a mais cara.

Chamado de “truculento” por ad-versários e de “animal político” por admiradores, o senador Ivo Cassol, que governou Rondônia por oito anos é uma das figuras mais emblemáticas que sur-giram no cenário político nos últimos anos. Centralizador, personificava a má-xima “o Estado sou eu”, frase atribuída

ao monarca francês Luiz XIV. Ivo Cassol é o personagem de nossa reportagem de capa deste mês, que revela em detalhes os inúmeros problemas vivenciados pelo se-nador ao longo de sua trajetória política. Cassol sonha em comandar novamente o Estado, mas os ajustes que vem sendo feitos pelo atual governo o distanciam cada vez mais desse objetivo.

Esta edição também traz uma re-portagem sobre o porto de Porto Velho, mostrando quais os principais desafios

que estão sendo enfrentados pelo novo administrador, o ex-chefe da Casa Civil do governo, Ricardo Sá.

Na seção de turismo, os leitores vão conhecer a história do Hotel Fazenda Três Capelas, pioneiro no ramo em Ron-dônia e que oferece aos seus hóspedes um serviço de qualidade de padrão internacional. Também nesta edição, da-mos as boas vindas aos jornalistas Mário Quevedo e Rodrigo Erse, que passam a colaborar com PAINEL POLÍTICO. Mário Quevedo vai atuar como correspondente da revista no Cone Sul do Estado e Rodri-go Erse com reportagens especiais em Porto Velho.

A reportagem de capa deste mês revela novos

detalhe da trajetória política de Ivo Cassol

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PAINEL POLÍTICO6 10 Março 2012

EntrEvistA

ANdrEy CAvALCANTE

“A OAB não pode ter cor partidária”.

PAINEL POLÍTICO6 10 Março 2012

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PAINEL POLÍTICO 710 Março 2012

N ascido em Porto Velho em fevereiro de 1975, o advogado Andrey Cavalcante se prepa-ra para disputar a presidência da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Rondônia

agora em 2012. Filho de Maria de Lourdes Cavalcante, casado com Ariele Ferrarezi Cavalcante e irmão de Rehnan Cavalcante traz na bagagem 16 anos de militância na advocacia e mais de 70 anos de tradição familiar em Rondônia. Andrey recebeu PAINEL POLÍTICO em seu escritório, onde falou sobre suas origens, planos para a Ordem e de sua atuação profissional em Porto Velho.

Por Alan Alex

PAINEL POLÍTICO – Muita gente já o conhece ou ouviu falar do senhor. Sua família tem tradição em Rondônia?

Andrey Cavalcante – Sou advogado militante há 16 anos, rondoniense nascido em Porto Velho em 4 de fe-vereiro de 1975 na antiga Maternidade Darcy Vargas, única naquela época, que funcionava onde atualmente está instalada a secretaria municipal de Administração. Sou casado com Arieli Ferra-rezi Cavalcante, sou neto de Enéas Marques Cavalcante, já falecido e Maria Inácia da Silva, ambos amazonenses, sendo meu avô natural de Ma-nicoré/AM e minha avó natu-ral de Manaus/AM. Meu avô chegou em Rondônia nos idos da década de 40, comercian-te, foi um dos pioneiros neste rincão e minha avó, apesar de ter tido uma infância nos seringais de Xapuri/AC, aqui chegou aos idos da década de 50, sendo companheira fiel na trajetória profissio-nal de meu avô. Com muita honra sou filho de Maria de Lourdes Cavalcante, nascida também em Porto Velho, mãe dedicada na criação e forma-ção de seus dois filhos, meu

irmão Rehnan Cavalcante e eu. Enfim, minha família está fincada em Rondônia há mais de 70 anos, e estas são minhas raízes.

PAINEL POLÍTICO – Mas o senhor também foi criado em Porto Velho?

Andrey Cavalcante - Sim. Estudei desde o meu pré--primário no extinto Colégio Grangeiro, tendo tido a opor-tunidade de ter ali convivido até a oitava série primária. Faço questão de ressaltar isto, pois naquele colégio eu e meus amigos ‘grangeiren-ses’ vivemos uma fase muito nobre de nossas vidas, não somente pelos ensinamentos recebidos, mas partilhamos um ambiente educacional de pura relação familiar, sendo marcantes em minha vida os deveres cívicos e de honra a nossa pátria sempre dirigidos pelas Professoras Edna, Nely e Iza Grangeiro (in memo-rian). Meu segundo grau foi dividido entre São Paulo/SP e Salvador/BA. Minha gra-duação em Direito se deu na Universidade de Alfenas/MG, tendo minha trajetória na advocacia iniciada nos anos de 1.996.

PAINEL POLÍTICO – Fale um pouco sobre sua atua-ção profissional.

Andrey Cavalcante - Pres-to o assessoramento jurídico e advocacia com foco no seg-mento empresarial. A banca à qual integro atua nos segui-mentos do direito civil, socie-tário, econômico, comercial, administrativo, imobiliário, trabalhista e relações de con-sumo, servindo ao longo des-tes 16 anos um significativo número de clientes com ativi-dades industriais, comerciais e de serviços. Valorizamos especialmente a manutenção de relações personalizadas com cada cliente, reforçando muitos destes vínculos há vários anos, pois acredito que parcerias duradouras geram melhores resultados aos clientes e para o escritó-rio, permitindo assim, níveis crescentes de eficiência e con-fiança recíproca.

PAINEL POLÍTICO – Em sua avaliação, qual a impor-tância do advogado e da Or-dem dos Advogados do Bra-sil na defesa da sociedade?

Andrey Cavalcante - Pen-so que as posturas mar-

PAINEL POLÍTICO 710 Março 2012

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PAINEL POLÍTICO8 10 Março 2012

cantes do advogado e da OAB não se dissociam, eis que am-bos sempre tiveram e tem uma importante relação com o país, exercendo a defesa dos inte-resses da sociedade como um todo. Assim foi na Ditadura, no processo de redemocratização do Brasil, nas “Diretas Já”, na reforma do Judiciário, bem como nos pleitos eleitorais em geral, o advogado envolto de sua sagrada instituição “OAB” participa continuamente deste processo de amadurecimento democrático que vivenciamos, como também dos movimentos de combate a odiosa corrup-ção em todos os seus níveis. É atributo legal da Ordem dos Advogados do Brasil pugnar pela boa aplicação das leis e pela celeridade processual, pelo respeito à Constituição, pela defesa dos Direitos Huma-nos, enfim, pela Justiça Social. A constante luta contra os abu-sos eventualmente praticados pelos agentes públicos é incon-dicional. A OAB deverá sempre honrar sua história para com o advogado na defesa de suas prerrogativas. A Ordem dos Advogados do Brasil funciona como um braço da sociedade, pois é um agente fundamen-tal de sua defesa, bem como do evolutivo aprimoramento das Instituições, assim, jamais poderá se distanciar destas discussões, devendo sempre ser ouvida e acima de tudo, respeitada.

PAINEL POLÍTICO - Como o Sr. vê atualmente a postura institucional da OAB em nos-so Estado?

Andrey Cavalcante - Antes

de responder esta pergunta, faço a ressalva de externar meu mais sincero respeito aos nobres colegas advogados que já estiveram e que hoje exercem a missão institucional que expus na sua pergunta anterior. Digo isto, pois o que irei elevar a partir de então, é simplesmente um confronto de

ideias e um pensamento sobre um eficaz modelo de gestão, considerando uma nova reali-dade que incide sobre a nossa classe, e devemos, notadamen-te, sempre ter o cuidado em va-lorizar nossa augusta casa, sob pena de comprometermos seu digno valor. Primeiramente, ressalto que após o julgamento da ADIn 3.026, sendo relator o Ministro Eros Grau, o Supremo Tribunal Federal pacificou en-tendimento de que a OAB não é autarquia, não pertence à administração indireta e não existe “relação ou dependência

entre a OAB e qualquer órgão público”. A OAB pertence a uma categoria ímpar, presta um serviço público independente. A Ordem tem uma trajetória pautada na democracia, sem-pre agiu com independência em defesa da coletividade, tendo dentro deste enfoque se consolidado como organização civil de maior respeito e credi-bilidade no Brasil. Entendo que esta autonomia é que lhe per-mite agir corajosamente em defesa da sociedade brasileira, e exatamente esta relação de independência espelha a gran-de marca de sua história. Vejo com muita clareza que OAB aproximou-se muito de parti-dos e de seus interesses polí-ticos. Não acho isso coerente acho que aquele que se creden-cia a liderar uma gestão desta magnitude ou a ser um diri-gente de Ordem por excelência, tem que ser uma pessoa que, embora tenha convicções polí-ticas, não pode estar atrelada a interesses político-partidários. E isto é lógico, no confronto de interesses institucionais e polí-ticos, notadamente estaremos em desvantagem. A OAB, em especial a Seccional de Rondô-nia, não pode servir de estuque político, nem estar ao lado des-te ou daquele partido, ela deve sim é estar ao lado do cidadão e dos advogados, ressalto sobre este aspecto minha intensa preocupação e conclamo nos-sa classe para esta reflexão. A OAB em nosso Estado deverá ser reinserida nas grandes dis-cussões institucionais, sociais e políticas, devendo sempre ser ouvida e valorizada. Deverá questionar as situações que envolvem nossa atividade, os

EntrEvistA

PAINEL POLÍTICO8 10 Março 2012

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PAINEL POLÍTICO 910 Março 2012

achaques, isto com altivez e respeito. A OAB deverá vol-tar a ser um instrumento de combate à corrupção e à im-punidade. Devemos buscar fundamentalmente o forta-lecimento do advogado, no-vamente trazer a lume o seu digno valor e importância. Identifico como imperiosa a necessidade do aperfeiçoa-mento do advogado, princi-palmente no que diz respeito aos cursos de formação que a Ordem dos Advogados de-veria ter oferecido, e assim não o fez. A ESA (Escola Su-perior da Advocacia) precisa voltar a ter importância. Os honorários sucumbenciais não podem mais ser fixados em montante que diminua o trabalho profissional do ad-vogado, além de que é verba

de natureza alimentar. Uma ampla discussão direta e objetiva no sentido de cons-cientizar o Julgador para que este absorva a idéia de que equidade em matéria de honorários advocatícios não se pode confundir com modicidade é necessária. So-bre este aspecto, a legislação que prevê o recolhimento de custas sobre o valor da causa e não sobre o valor que deverá ser discutido em matéria específica de honorários, atenta contra a Constituição e fere ao prin-cípio da inafastabilidade da jurisdição. Nestes aspectos, creio que poderíamos estar muito mais avançados.

PAINEL POLÍTICO – Por favor, suas considerações

finais.

Andrey Cavalcante - In-tegro um grupo de advoga-dos que luta para termos uma OAB independente, representativa e verdadei-ramente combativa em prol dos nossos valores. A OAB não pode ter cor partidária, e não deve ser um instru-mento de benefício de quem quer que seja. A finalidade destes advogados que, comi-go comungam esta linha de pensamento, é fazer sempre da Ordem dos Advogados do Brasil, além de incansável guardiã e porta-voz da so-ciedade brasileira, o braço forte do advogado, o seu domicílio permanente. Eu tenho orgulho de ser advo-gado.

EntrEvistA

PAINEL POLÍTICO 930 Janeiro 2011

tenho orgulho de ser advo-

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PAINEL POLÍTICO10 10 Março 2012

Na manhã de 06 de Janeiro de 2012, Ricardo Sá, ex-chefe da Casa Civil, tomou posse como diretor-presidente da Socie-dade de Portos e Hidrovias do Estado de Rondônia (SOPH), substituindo Mateus Santos Costa, que deixou o governo temporariamente, por escolha própria, para cuidar de sua saú-de. De acordo com Ricardo Sá, o

grande desafio para a sua ges-tão é a construção de um novo Porto no município de Cujubim, 22 quilômetros rio abaixo e ain-da a construção de mais cinco portos no interior de Rondônia: Guajará-Mirim, Costa Marques, Pimenteira D’Oeste, Cabixi e Machadinho D’Oeste. Segundo Ricardo, o porto de Guajará-mi-rim já tem um recurso previsto de R$ 18 milhões e aguarda a inclusão do Rio Guaporé no plano nacional viário para que o

DNIT possa elaborar o projeto.Ricardo Sá afirma que o

edital está previsto para ser lançado no mês de março para a liberação dos recursos favorá-veis ao melhor funcionamento do Porto. O edital, que será lançado pelo DNIT, contempla a contratação de uma empresa que irá elaborar o projeto bási-co e executivo para aquisição de equipamentos e investimentos nas instalações físicas do Porto. O valor dos recursos é da ordem

POrTO dE POrTO vELhO: NOvA gEsTãO E grANdEs dEsAfIOs

Ricardo Sá assume diretoria da Sociedade de Portos e Hidrovias de Rondônia e busca benefícios

Por Laila Moraes

Ricardo Sá, diretor do Porto fala sobre investimentos na hidrovia de Rondônia

dEsEnvolvimEnto

Balsa desembarca carreta no Porto da Capital

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PAINEL POLÍTICO 1110 Março 2012

de R$ 27,33 milhões, sendo R$ 13,6 para equipamentos e 13,73 para infra-estrutura. A licitação dos equipamentos deve ocorrer ainda no primei-ro trimestre deste ano, já a dos investimentos será feita, primeiro, para contratação da empresa que desenvolverá o projeto básico e executivo. Logo depois, a fase das obras terá início. Entre os investimentos, já estão garantidos a extensão do cais flutuante (em mais 50 metros), estudo do pavimento e estabilidade das margens e instalação de três plataformas com operação de gruas (guin-dastes) de alto desempenho operacional. Uma destas gruas terá capacidade para 70 tone-ladas, para se ter uma idéia da importância desta aquisição, as atuais gruas têm capacidade para quatro toneladas, apenas.

Ainda para 2012, Ricardo Sá informou que o serão liberados R$ 14,5 milhões para o Porto Organizado de Porto Velho, re-cursos previstos no Programa

de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal. O dinheiro será investido na dra-gagem e sinalização da Hidrovia do Madeira. Este ano, a meta é remover 600 mil m³ de areia no trecho entre Porto Velho/RO, e Itacoatiara/AM, para garantir a navegabilidade das embarca-ções também durante o período de estiagem. Para isso, serão

investidos R$ 12 milhões do total de recursos.

Os outros R$ 2,5 milhões serão utilizados para sinalizar 1.153 km de hidrovia entre Porto Velho e Manaus, a fim de indicar aos navegantes: rumos, perigos, presença de pontes e balsas. O edital de li-citação foi publicado no dia 1º de março deste ano e a Ordem de Serviço será emitida em julho. Já a realização das obras está prevista para começar no mês de outubro, período de seca amazônico. Outro edital de licitação que será lançado, ainda este ano, é o que prevê a manutenção permanente da Hidrovia do Madeira durante um período de cinco anos, a partir de 2013.

O Porto de Porto Velho co-meçou a ser construído em 20 de abril de 1973 pelo depar-tamento Nacional de Portos e Vias Navegáveis do Ministério dos Transportes. Inicialmen-te, o intuito era substituir as antigas rampas implantadas pela Estrada de Ferro Madeira

dEsEnvolvimEnto

Balsa desembarca carreta no Porto da Capital

Investimentos previstos para 2012

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PAINEL POLÍTICO12 10 Março 2012

Hoje, as operações no prin-cipal porto do Estado são rea-lizadas por três terminais. Um para operações RO-RO, con-tendo duas rampas paralelas que se prolongam até um pá-tio pavimentado de estaciona-mento descoberto dispondo, ainda, de outro pátio, também pavimentado, e com mesma metragem. Por esse terminal (RO-RO), que serve para atra-cação de balsa, são carregadas em média 100 carretas por semana que transportam, tem como, automóveis, britas, hor-tifrutigranjeiro para Manaus e várias partes do mundo.

O segundo terminal, cha-mado de Pátio das Gruas, tem três gruas que são responsáveis pelo carregamento, em média, de cinco balsas por semana. Por

essas gruas passam diversos produtos como açúcar, tubula-ções e telhas que se destinam ao Amazonas e Belém. O ter-ceiro terminal, dotado de um cais flutuante de 115 metros de comprimento, é ligado à margem por uma ponte me-tálica de 113,5 metros de vão. O cais possui cinco berços de

acostagem, para a atracação de balsas que transportam, em sua maioria, soja, adubo, madeira, e containeres.

Pelo Porto de Porto Velho é embarcada boa parte das rique-zas produzidas dentro do esta-do e nos estados vizinhos. Com isso, o Porto assume um papel importante no escoamento da nossa produção, tornando-se fundamental no desenvolvi-mento econômico do estado de Rondônia. As exportações de mercadorias com desemba-raço aduaneiro em Porto Velho colocam Rondônia no mapa de Estado exportador, situando--se não apenas como território de passagem do corredor de exportação da Hidrovia do Madeira, mas também como estado produtor.

Mamoré - EFMM, na década de 1920. Com o tempo essa idéia mudou e o porto pas-sou ter as características que permanecem até hoje. As mu-danças começaram a partir de 1976, quando a Empresa de Portos do Brasil S.A. (Por-tobrás) deu prosseguimento às obras. A primeira delas foi a construção do terminal de operações (RO-RO). Em 1986, foi iniciada a construção do novo cais, que foi concluído dois anos depois.

Desde 1997 é administra-do pela Sociedade de Portos e Hidrovias de Rondônia--SOPH, por delegação da União ao estado de Rondônia, através da Lei nº. 729, mas foi a partir da assinatura

convênio de delegação nº. 06 que iniciou suas atividades. A SOPH é uma empresa pública com personalidade jurídica de direito privado, autonomia administrativa, técnica, patri-monial e financeira, que tem por finalidade executar a po-lítica estadual de transporte aquaviário, abrangendo a im-plantação, construção, manu-tenção e melhorias de portos, hidrovias e vias navegáveis, bem como exercer a adminis-tração e exploração de toda a infra-estrutura aquaviária do interior. Cabe também a SOPH o papel de fiscalizar e promover a preservação dos recursos naturais que interagem com a atividade portuária e aquaviária.

O POrTO hOjE

Posição de Rondônia é estratégica para exportar produtos pela hidrovia do

Madeira

dEsEnvolvimEnto

Armazenagem e estocagem de produtos no Porto

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PAINEL POLÍTICO 1310 Março 2012

Está localizado na margem direita do rio Madeira, a 2km a jusante da cidade de Porto Velho (RO) e a cerca de 80km a montante da foz do rio Jamari.

ACESSO RODOVIÁRIO Pelas rodovias BR-319

(Manaus - Porto Velho), BR-364 (Cuiabá - Porto Velho) e BR-425 (Porto Velho - Guaja-rá-Mirim)

ACESSO FLUVIAL Pelo rio MadeiraA área de influência com-

preende o estado de Ron-dônia, o sul do Estado do

Amazonas e o leste do Estado do Acre.

INSTALAÇÕESEQUIPAMENTOS

Compreende três termi-nais: um para operações Ro--Ro, com duas rampas que se estendem a um pátio de esta-cionamento com 10.000m2, e a outro pátio, também desco-berto, não pavimentado, com área idêntica.

Um segundo terminal de-nominado Pátio das Gru-as é desprovido de cais de atracação, com movimen-tação direta para uma área

de 10.000m2, e um terceiro terminal que opera carga geral, dotado de um flutuante de acostagem de 115m, com 5 berços, ligado à margem por uma ponte metálica de 113,5m de vão. As profun-didades nesses terminais variam de 2,5m e 17,5m.

O porto possui um arma-zém para carga geral, com 900m2. O porto é equipado por 3 gruas de 3t, 1 guindaste de pórtico de 6t, 1 autoguin-daste de 18t, 2 empilhadeiras de 7t, 1 pá carregadeira, 1 ski-der, 2 charriots, 2 utilitários e 1 caminhão.

LOCALIZAÇÃO / ACESSOS / ÁREA DE INFLUÊNCIA

Fonte: Ministério dos Transportes

dEsEnvolvimEnto

Page 14: Painel Político - 6ª Edição

PAINEL POLÍTICO14 10 Março 2012

CONTAs dA ELETrObrAsPEsAm NO OrçAmENTO Empresa figura no 22º lugar do ranking nacional e prefere fiscalizar aqueles

que pagam regularmente suas contas a punir ligações clandestinas

EsPECiAl

Por Laila Moraes

PAINEL POLÍTICO14 10 Março 2011

A Eletrobras Distribuição Rondônia (antiga Ceron) aten-de hoje 52 municípios, com 506.032 consumidores, de acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), porém entre estes consumido-res mais da metade não estão satisfeitos com o valor de suas contas de energia, segundo o aposentado Manoel José “a tarifa é muito salgada, é im-possível ficar satisfeito com a empresa e quando procuramos nossos direitos junto aos órgãos responsáveis, a decepção com a falta de transparência chateia mais ainda. E ainda, temos que

nos dar por satisfeito quando passamos de três a cinco horas sem energia, pois ao ligar para fazer a reclamação, as ‘previ-sões’ nunca estão certas”. De acordo com o coordenador de atendimento da Eletrobras, Uil-son Augusto “a tarifa é regulada pela ANEEL e ela é única. O que diferencia é o consumo, pois as pessoas geralmente têm vários equipamentos, fazendo assim com que a conta venha pro-porcional ao consumo, já que a energia é faturada de acordo com a medição”.

Energia elétrica é primor-dial na vida das pessoas na con-temporaneidade, e distribuir energia elétrica é um assunto muito sério. E para realizá-lo com perfeição é preciso que se faça sobre uma rede de quali-

dade e confiança, porém atu-almente os serviços oferecidos pela Eletrobras deixam muito a desejar, afirma o motorista do bairro Eldorado, João Matias, que ao passar um mês viajando teve sua conta dobrada sem qualquer explicação. “Se ao menos ao cobrar meus direitos eu fosse bem tratado eu até não reclamaria tanto.” Segun-do Uilson Augusto, a maioria das reclamações recebidas na Eletrobras hoje, é justamente com relação ao faturamento pela estimativa da média. “A ANEEL mudou a metodologia para calcular a média, o que antes era feito sobre do período de três meses, hoje é relizada pelo período de 12 meses. Sendo assim, pela ausência de leitura real, essas faturas são sendo geradas por estimativa de forma que nem sempre esse cálculo é real” informa Uilson Augusto.

O alto valor da energia em Rondônia, pesa fortemente no orçamento das famílias. Para muitos consumidores não existem explicações cla-ras por parte da Ele-trobas para tal preço cobrado. Ao tentar fa-zer a leitura da conta a empresária Paula

Os serviços oferecidos pela Eletrobras

deixam muito a desejar. Se ao menos ao cobrar meus direitos eu fosse bem tratado eu até não reclamaria

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PAINEL POLÍTICO 1510 Março 2012

EsPECiAl

Lopes diz que fica tão confusa que desiste, “já tentei de todas as maneiras, entender tudo o que eles me cobram, mas nunca consigo, até pelo próprio site da Eletrobras que disponibiliza a opção ‘Como fazer sua leitura’, porém a página nunca abre. São diversas taxas”. Ela acrescenta que o valor do consumo final também não fica claro. Seu questionamento é baseado no valor da tarifa disponibilizada no site da agência reguladora no valor de R$ /KWH 0,38895. No últmo mês veio R$ /KWH 0,499916. Sei que tem im-posto, mas nunca sei o valor real”, afirma Paula. Segundo o Procurador da Presidência da Eletrobras Efrain Perei-ra, a tarifa homologada pela

ANEEL de R$/KWH 0,38895 é fixa, porém somam-se a ela os outros encargos, como: ICMS, PIS E COFINS. São variáveis em razão aos encargos federais que podem ser para mais ou para menos, já o ICMS é fixo em 17% alíquota.

De acordo com o Coorde-nador Executivo da Associação Cidade Verde, Paulo Xisto, por muito tempo, a desculpa para

uma energia tão cara era por-que queimávamos petróleo. Hoje, porém, a realidade é ou-tra, fazemos parte do Sistema Interligado Nacional (SIN), e se ainda existe a Termonorte é por vontade política do governo federal que optou em manter em funciona-

PAINEL POLÍTICO 15

real”, afirma Paula. Segundo o Procurador da Presidência da Eletrobras Efrain Perei-ra, a tarifa homologada pela

PIS E COFINS. São variáveis em razão aos encargos federais que podem ser para mais ou para menos, já o ICMS é fixo em 17% alíquota.

De acordo com o Coorde-nador Executivo da Associação Cidade Verde, Paulo Xisto, por muito tempo, a desculpa para

tra, fazemos parte do Sistema Interligado Nacional (SIN), e se ainda existe a Termonorte é por vontade política do governo federal que optou em manter em funciona-

PAINEL POLÍTICO 15

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10 Março 2011

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PAINEL POLÍTICO16 10 Março 2012

EsPECiAl

mento uma termoelétrica. Para o consumidor de Rondônia ficou do mesmo tamanho, con-tinuamos a pagar energia cara em razão de particularidades específicas de nosso clima, onde somos obrigados a usar ar condicionado e geladeira funcionando praticamente 24 horas (enquanto em regiões de clima mais frio uma geladeira funciona 1/3 do dia). “Então temos uma soma cruel para o consumidor: pagamos energia, impostos e ainda pagamos pela ineficiência da companhia de distribuição de água que nos obriga a manter cisterna e a utilização de energia para levar água até a caixa de água”.

Ainda, segundo Paulo Xisto, “Para o consumidor falta infor-mação e até mesmo educação para consumir melhor, só que aí não há interesse da companhia, que na qualidade de vendedora de energia quer que o consu-midor, consuma cada vez mais e o governo quer arrecadar ICMS cada vez mais também. A Associação de Defesa de Con-

sumidores Cidade Verde tem feito muito nestes 13 anos de sua existência para informar o consumidor de seus direitos, como medir seu consumo e seus direitos, e mesmo sem apoio governamental, estamos levando as informação através de programa de rádio (Rádio Boas Novas - programa Café Notícia - 07h00min diariamen-te), mas ainda há muito para ser feito. A Eletrobras mantém um Conselho de Consumidores que infelizmente nada faz.”

O quE EsTá EmbuTIdO NO CusTO dA ENErgIA quE ChEgA AOs CONsumIdOrEs?

É obrigação das conces-sionárias a energia elétrica aos seus consumidores. Para cumprir esse compromisso, a empresa tem custos que de-vem ser cobertos pela tarifa. De modo geral, a conta de luz inclui o ressarcimento de três custos distintos:

Rondônia paga hoje a 22º energia mais cara do Brasil, além de tributos e outros ele-mentos que integram a conta de luz.

TrIbuTOs APLICávEIs AO sETOr ELÉTrICO

Tributos Federais: Progra-mas de Integração Social (PIS) e Contribuição para o Finan-ciamento da Seguridade So-cial (COFINS): cobrados pela União para manter programas voltados ao trabalhador e para atender a programas sociais do Governo Federal. A aplicação desses tributos foi recente-mente alterada, com elevação no valor da conta de energia. O PIS e a COFINS tiveram suas alíquotas alteradas, passando a ser apurados de forma não

Geração de Energia

Encargose Tributos

Transporte de Energia até as casas (fio)

transmissão + distribuição

+

+

Paulo Xisto, coordenador da ACV

Foto: Ytalo Andrade

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PAINEL POLÍTICO 1710 Março 2012

EsPECiAl

cumulativa. Dessa forma, a alíquota média desses tributos passou a variar com o volume de créditos apurados mensal-mente pelas concessionárias e com o PIS e a COFINS pagos sobre custos e despesas no mesmo período, tais como a energia adquirida para re-venda ao consumidor.

Tributos estaduais: Imposto sobre a Circulação de Mercado-rias e Serviços (ICMS): previsto no artigo 155 da Constituição Federal de 1988, este imposto incide sobre as operações rela-tivas à circulação de mercado-rias e serviços e é de compe-tência dos governos estaduais e do Distrito Federal. O ICMS é regulamentado pelo código tributário de cada estado, ou seja, estabelecido em lei pelas casas legislativas. Por isso, são variáveis. A distribuidora tem a

obrigação de realizar a cobran-ça do ICMS direto na fatura e repassá-lo integralmente ao Governo Estadual.

Tributos municipais: Con-tribuição de iluminação Pú-blica (COSIP): prevista no artigo 149-A da Constituição Federal de 1988 que estabele-ce, entre as competências dos municípios, dispor, conforme lei específica aprovada pela Câmara Municipal, a forma de cobrança e a base de cálculo da CIP.

Assim, é atribuída ao Po-der Público Municipal toda e qualquer responsabilidade pelos serviços de projeto, im-plantação, expansão, operação e manutenção das instalações de iluminação pública. Neste caso, a concessionária apenas arrecada a taxa de iluminação pública para o município.

O quE sãO TrIbuTOs E PArA quE sErvEm?

São pagamentos compulsó-rios devidos ao poder público a partir de determinação legal, e que asseguram recursos para que o Governo desenvolva em suas atividades. Os tributos estão embutidos nos preços de bens e serviços. Isto significa que nas contas de água, luz e telefone, a compra de produtos alimentícios e bens e na contra-tação de serviços diversos, os consumidores pagam tributos, posteriormente repassados aos cofres públicos pelas empresas que os arrecadam.

Na conta de luz estão pre-sentes tributos federais, es-taduais e municipais. As dis-tribuidoras apenas recolhem e repassam esses tributos às autoridades competentes pela sua cobrança. A ANEEL publica, por meio de resolução, o valor da tarifa de energia, sem tribu-tos, por classe de consumo (re-sidencial, comercial, industrial etc.). Com base nesses valores, as distribuidoras de energia in-cluem os tributos (PIS, COFINS e ICMS) e emitem a conta de luz que os consumidores pagam.

fOrmA dE CáLCuLO A concessionária, ao receber

os valores cobrados nas contas de energia, descrimina os im-postos para recolher à União a parcela referente ao PIS e à

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PAINEL POLÍTICO18 10 Março 2012PAINEL POLÍTICO18 10 Março 2011

COFINS, e para transferir aos Estados, conforme as leis esta-duais correspondentes, a parte equivalente ao ICMS.

rONdÔNIA É O 4º NO rANkINg NACIONAL dE “gATOs” Em ENErgIA ELÉTrICA

A perda de energia elétrica com ligações clandestinas, os famosos “gatos”, chega a quase R$ 7 bilhões ao ano no País, en-carecendo as tarifas para todos os brasileiros. Em média, 13% da energia consumida não são faturadas, segundo a ANEEL. O Estado recordista em “gatos” é o Amazonas, segundo levanta-mento da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), com base nos números de 2010. A perda de energia chega a 30%. Na vice-liderança está o Piauí, que não fatura 21,9% do que é gerado, seguido por Alagoas (19,4%) e Rondônia (19,1%). O Rio de Janeiro aparece em sétimo lugar. Paulo Xisto expli-ca que a Eletrobras tem uma perda muito grande devido aos poucos funcionários e até pela sua leniência histórica com tal prática, “o problema é

que essa ineficiência é dividida com aqueles que pagam a sua conta em dia. A concessionária prefere fiscalizar os que pagam regularmente suas contas em dia do que ser duro e firme com os que fazem os gatos”, afirma.

A ENErgIA dO brAsIL É umA dAs mAIs CArAs dO muNdO

O preço da energia no Brasil é uma das mais caras do mun-do, pesando fortemente no orçamento das famílias. Os últi-mos anos foram os mais críticos para a população, quando a ta-rifa residencial subiu, 30,62%; elevação que teve o aval da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). De acordo com dados da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), o Brasil ocupa a quarta posição no ranking de

energia industrial mais cara do mundo. Em média, as indús-trias brasileiras pagam R$ 329 por megawatt-hora (MW/h), valor que representa quase 50% a mais que a média mun-dial. O campeão na lista dos países que mais cobram pela energia industrial, a Itália, que cobra tarifa média de R$ 458,3 MW/h. Em segundo lugar, vem a Turquia, com tarifa de R$ 419 MW/h e, em terceiro, a Repúbli-ca Tcheca, com tarifação de R$ 376,4 MW/h. Em contraparti-da, o Paraguai é um dos países com energia industrial mais barata no mundo, cobrando cerca de R$ 84 MW/h, seguido pela Argentina, que paga R$ 88 MW/h. Na China, essa cobrança é menos da metade do valor que as indústrias pagam no Brasil, cuja tarifa média é de R$ 142 MW/h.

Em 2012 a conta de luz estará mais cara ainda, quase

Valor a ser cobrado do consumidor

Valor da tarifa publicada pela ANEEL

1 - (PIS + COFINS + ICMS)

=

Diretoria Executiva da Eletrobras

EsPECiAlFoto: Laila Moraes

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PAINEL POLÍTICO 1910 Março 2012 PAINEL POLÍTICO 1910 Março 2011

metade (45%) do valor a ser pago em média pelo consumi-dor não será eletricidade, mas tarifas disfarçadas por meio de siglas que a grande maioria da população sequer sabe que o que significa e para o que serve. As empresas do setor calculam que esses encargos totalizarão R$ 19,2 bilhões neste ano, um salto de 7,9% em relação a 2011. Em tese, tais pendurica-lhos deveriam ser usados para investimentos que evitassem o colapso no fornecimento de energia e estimulassem a ino-vação tecnológica. Boa parte desses recursos, porém, acaba servindo à meta de superavit primário- economia de gastos do governo para pagar juros da sua dívida - e até para cobrir perdas de receita tributária

dos estados da região Norte. As entidades que representam distribuidores, grandes consu-midores e agentes do mercado reclamam ano após ano das pesadas cobranças e das limita-ções aos investimentos. “A tarifa de energia é a forma mais fácil e garantida de arrecadar impos-tos. Cabe à sociedade pressio-nar para garantir a aplicação esperada das verbas arrecada-das e ainda impedir a criação de novas taxas”, diz Nelson Leite, presidente da Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee). Segundo ele, enquanto o peso dos encargos aumenta na conta da luz, a participação das com-panhias do setor na conta recua - está hoje em 24%. O percen-tual chega a ficar abaixo do

Imposto sobre ICMS, cobrado por governos estaduais e que varia de 21% a 30% da fatura imposta aos consumidores. “Além de limitar os gastos com infraestrutura pelos próprios agentes, a montanha de recur-sos obtidos também não chega ao destino esperado”, sublinha. Um exemplo é a taxa de fiscali-zação, com impacto de 0,28% sobre a conta de luz e destinado à ANEEL. Apesar dos R$ 465 milhões arrecadados em 2011, o órgão gastou efetivamente cerca de R$ 150 milhões, graças ao cortes orçamentários. O úl-timo relatório de prestação de contas da agência lista queixas em razão das limitações, in-cluindo adiamento da contrata-ção de 186 servidores prevista em 2010.

EsPECiAl

vEjA ALgumAs dICAs PArA ECONOmIzAr

PrEfirA eletro-domésticos, moto-res e lâmpadas que tenham o selo do Procel, pois são mais eficientes e gastam menos energia;

Ao fAZEr ins-talações elétricas, use fios adequados e não faça emendas mal feitas;

EvitE o uso de benjamins (toma-das em T) para ligar vários aparelhos;

substituA as lâmpadas incandes-centes pelas fluo-rescentes compac-tas ou circulares;

dEsliguE lâm-padas, ar-condicio-nado e a televisão em ambientes de-socupados e tam-bém não durma com a TV ligada;

nÃo guArdE alimentos quentes e destampados na geladeira e a con-serve organizada para evitar que a porta fique aberta por muito tempo;

nÃo ColoQuE roupas para secar atrás do freezer ou refrigerador e regu-le o termostato de acordo com a esta-

ção do ano, pois, no frio, a temperatura não precisa ser tão baixa;

mAntEnHA as borrachas de veda-ção do freezer e da geladeira em boas condições. Caso não estejam, troque por novas borrachas;

ProCurE uti-liZAr o ferro elé-trico - que sobrecar-rega muito a rede elétrica – enquanto outros aparelhos estiverem desliga-dos. Para não ligá-lo várias vezes, passe uma grande quan-

tidade de roupas de uma só vez;

EvitE banhos demorados e regu-le a chave do chu-veiro com a estação do ano;

nA Hor A de usar a máquina de lavar, coloque a quantidade má-xima de roupas ou louças e use o nível de sabão adequado para evitar muitos enxágües, e Comuni-que à concessionária quando identificar usos irregulares de energia, inclusive furtos ou fraudes.

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PAINEL POLÍTICO20 10 Março 2012

LAvIN LAvANdErIA, mArCA dE PIONEIrIsmO Em POrTO vELhO

EConomiA

Nos dias de hoje, com a atual situação econômica do país e as diversas crises na área da saúde, os problemas enfren-tados pelos administradores hospitalares têm levado a uma mudança de filosofia na gestão hospitalar. A busca da qualida-de e a racionalização tornaram--se primordiais, sendo também exigida pelos profissionais da área, bem como pelos usuários que utilizam este serviço. A globalização estimula a busca pela qualidade, fazendo com que os hospitais passem a bus-car parcerias, modernizando assim a sua administração e se tornando competitivos no mercado, dentro dessas neces-sidades nasceu há 15 anos em Porto Velho a Lavin Lavanderia do empresário Sanxer Lacerda.

De acordo com Sanxer, uma lavanderia que atende hospitais tem que possuir uma estrutura

baseada nas normas da Agência Nacional de Vigilânicia Sanitá-ria (ANVISA) para o segmento, transmitindo credibilidade e garantindo as operações de lavagem com as certificações devidas. Para isso, “é necessá-rio ter um pessoal preparado para um trabalho tão complexo, oferece aos funcionários trei-namento para o manuseio de roupas hospitalares, evitando contaminação e infecções e

garantir o serviço continua-mente durante 365 dias por ano”, disse o empresário. A Lavin conta hoje com cerca de 30 funcionários entre eles três Haitianos. Além de ser pioneira dentro do município, atende em média 10 hospitais particula-res. Uma higienização correta do enxoval reflete diretamente no funcionamento do hospital, principalmente no controle das infecções hospitalares, no con-

Por Laila Moraes

Visando atender as necessidades dos hospitais do município, Sanxer Lacerda abre sua lavanderia.

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PAINEL POLÍTICO 2110 Março 2012

forto e na segurança de pacien-tes e funcionários e principal-mente na redução de custos. Estudos mostram que mais de 30% das infecções hospitala-res são causadas por roupas mal higienizadas – lavadas e desinfetadas. O esforço em-pregado para a reutilização de roupas hospitalares normal-mente apresenta um balanço de custo-benefício favorável e, quando bem implantada, possibilita uma prestação de serviços com segurança e qualidade.

hIgIENIzAçãO Um paciente ao ser admi-

tido em um leito hospitalar, com lençóis limpos e bem passados sente-se confortável e dificilmente iria imaginar que as roupas que estão sendo utilizadas já serviram a outros clientes. Quando um campo cirúrgico é aberto, impeca-velmente estéril, nem sempre é lembrado que horas antes, ele provavelmente estava co-berto de sangue, secreções e líquidos diversos. A sensação de bem estar e confiança, ao utilizar as roupas hospita-lares, e o resultado do bom desempenho da lavanderia no cumprimento de seu principal objetivo: transformar a roupa

suja e contaminada em roupa limpa, na quantidade necessá-ria, em um tempo adequado e com segurança.

As roupas não precisam es-tar estéreis ao final deste pro-cesso, mas necessitam estar limpas, higienizadas e livres

EConomiA

Sanxer Lacerda e seu funcionáiro haitiano Zulu nas dependências da lavanderia Lavin

Fotos: Laila Moraes

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PAINEL POLÍTICO22 10 Março 2012PAINEL POLÍTICO22 05 Janeiro 2012

EConomiA

de quaisquer microrganismos patogênicos causadores de do-enças. É importante observar que a lavagem e higienização devem ser realizadas de forma a garantir as características ori-ginais das roupas, assegurado a eliminação de substâncias irri-tantes ou alergênicas presentes na composição dos produtos utilizados nas lavanderias como sabões, amaciantes, desinfetan-tes e removedores de manchas utilizados durante o processo.

TErCEIrIzAçãOOs hospitais estão com o

foco cada vez mais voltado para o usuário, e para isto se tornar possível, algumas ins-tituições estão optando pela terceirização dos serviços de

apoio, tentando assim dar o máximo de atenção às questões envolvidas diretamente com o cliente. A lavanderia hospitalar e praticamente um setor igno-rado dentro do hospital, sendo que na maioria das instituições, não há um controle rigoroso da qualidade do processamento dos enxovais. Geralmente, nes-tes hospitais, os funcionários que trabalham na lavanderia não recebem a qualificação necessária para a operação, e os padrões são determinados pela relação de demanda, necessida-de e exigência de cada um dos usuários internos.

“Por isso, após a terceiriza-ção deste setor, é importante que o serviço realizado pela empresa especializada esta-

beleça um controle ri-goroso dos parâmetros de qualidade deseja-dos, com o objetivo de alinhar as percepções e, conseqüentemente, reduzir os custos ope-

racionais nos dois extremos”, afirma o proprietário da única lavanderia especializada em lavagem hospitalar de Porto Velho. Quando, na lavande-ria hospitalar, os serviços de processamento de roupas não recebem a atenção necessária por alguns administradores, este setor acaba se tornando um risco para a própria insti-tuição, pois um serviço ineficaz acaba contribuindo para o aumento das infecções hospi-talares e quando é feito com qualidade, ele se torna de suma importância dentro do hospital, reduzindo as possibilidades de contaminação e o custo das internações nosocomiais. De acordo com Sanxer, é importan-te que ao longo da parceria, no dia-a-dia, as unidades de saúde e a lavanderia estejam sempre integradas, apresentando rela-tórios que informem as quan-tidades e a produtividade em relação à utilização do enxoval no hospital.

Equipe trabalhando na lavegem dos lençois hospitalares

Foto: Laila Moraes

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PAINEL POLÍTICO 2310 Março 2012

herbert Lins

Artigo

O cineasta Charles Chaplin ao escrever O Grande Ditador (1940), afirmou que “todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade do próximo – não para seu infortú-nio. Por que havemos de odiar e desprezar uns aos outros? Neste mundo há espaço para todos. A terra, que é boa e rica, pode prover a todas as nossas neces-sidades”.

A partir da citação acima, nos provoca a refletir sobre a convi-vência do homem em sociedade e os cenários geográficos construí-dos a partir das pres-sões exercidas desse sobre a natureza. Tal discussão dominará a mídia nacional e inter-nacional até junho des-te ano com a realização da Rio+20 – Conferên-cia das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável.

A cidade do Rio de Janeiro após vinte anos de ter sido palco da Rio-92, conferência essa que ficou mais conhe-cida por ECO 92, pro-porcionou um amplo debate e mobilização da comunidade nacio-

nal e internacional em torno da necessidade de uma agenda positiva para o meio ambiente, ou seja, proporcionar uma efetiva mudança de comportamento do homem sobre a vida na terra, com um único fim, atingir a preser-vação do planeta e das espécies.

A Rio-92 teve um papel importantíssimo e histórico, pois con-seguiu reunir o maior número de chefes de Estados numa só conferência. Mo-bilizou a mídia local, nacional e internacional, tendo um papel importantíssimo ao levar ao conhe-cimento de todos, as discussões em pauta. Também buscou em grande escala, as ONGs locais, nacionais e inter-nacionais para o debate e, por fim, trouxe os agentes produtivos de toda a parte do mundo para discutir a agenda que se formou em torno da preservação do meio ambiente.

É preciso remorar que a Rio-92 foi um dos maiores eventos mundiais que serviu para intensificar as dis-cussões sobre o meio

ambiente, tornando-se cenário para negocia-ção e assinatura de uma série de protocolos, sendo o maior deles, a Agenda 21. Em suas linhas gerais, priorizou temas relevantes em torno do desmatamen-to, da destinação final dos resíduos sólidos, das mudanças climá-ticas, do uso e preser-vação dos solos, dos desertos, da água, da biotecnologia etc. Na verdade, se tornou o

primeiro documento de compromisso interna-cional que norteou os primeiros princípios de sustentabilidade am-biental, gerando um clima de otimismo e fortalecimento de for-ma ampla do conceito de desenvolvimento sustentável.

É preciso saber a grande relevância his-tórica que teve a pro-positura da Agenda 21, pois essa deu início ao que podemos chamar de amadurecimento do debate da comunidade

internacional a respeito da convivência harmô-nica entre desenvol-vimento econômico e preservação do meio ambiente, bem como da sustentabilidade da vida na terra. Contendo um amplo programa e ações que deveriam ser implementadas pela ONU, agências de de-senvolvimento e gover-nos, lavando em conta, as diversas diferenças existentes da ativida-de humana que afeta o meio ambiente nos países e regiões.

Assim, com a chega-da da Rio+20, o Brasil novamente será palco de um dos mais im-portantes eventos am-bientais a nível mundial neste ano de 2012 e, provavelmente entrará para a história sobre o debate em torno de temáticas importan-tes sobre o desenvol-vimento sustentável e possivelmente a cria-ção de novos modismo em torno de teses que visam à preservação do meio ambiente, como os da economia e em-prego verde, já tão di-vulgados pela mídia. Lembrando, o debate sobre o meio ambien-te não se encerra por aqui!

A sustentabilidade ambiental em debate

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PAINEL POLÍTICO24 10 Março 2012PAINEL POLÍTICO24 10 Março 2012

CAPA

Acusado pelos adversários de ser centralizador, por vezes truculento e até ganancioso, Ivo Narciso Cassol, que governou Rondônia por sete anos e meio, atualmente sente-se encurrala-do no Senado, onde ocupa uma cadeira desde 2011. Cassol vem enfrentando problemas devi-do a democracia existente no Congresso. Para o senador, que mantém um discurso de direita "linha dura", se a ditadura fosse novamente implantada seria um grande negócio. Isso pode ser resumido em uma frase dita por ele próprio no Senado du-rante uma audiência para tratar dos problemas da BR 364 no início de março deste ano, "tem hora que a democracia enche o saco e acaba atrapalhando. Por isso, práticas como tiro e grito devem ser implantadas no governo".

Em uma casa que representa a democracia, a frase dita pelo

senador soa como uma blasfê-mia. Populista, Cassol amplia o discurso fácil para defender práticas como a pena de morte ou castrações para violadores sexuais, temas complexos em discussão no mundo inteiro há décadas e defendido apenas por políticos radicais que dificilmente conseguem fazer ecoar suas idéias. Mas contudo para Cassol a resposta é simples, "tem muito direitos humanos para vagabundo, safado, sem vergonha".

Mas antes de se tornar senador Ivo

IvO CAssOL: grILAgEm E fAvOrECImENTO Em LICITAçÕEs

Ele ainda pensa em governar Rondônia

Por Alan Alex senador soa como uma blasfê-mia. Populista, Cassol amplia o discurso fácil para defender práticas como a pena de morte ou castrações para violadores sexuais, temas complexos em discussão no mundo inteiro há décadas e defendido apenas por políticos radicais que dificilmente conseguem fazer ecoar suas idéias. Mas contudo para Cassol a resposta é simples, "tem muito direitos humanos para vagabundo, safado,

Mas antes de se tornar senador Ivo

grILAgEm E fAvOrECImENTO Em

Ele ainda pensa em governar Rondônia

R$ 20 milHÕesImóveis

FazendasPequenas Centrais

Hidrelétricas (PCHs)

patRimÔnio avaliado em mais de

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PAINEL POLÍTICO 2510 Março 2012 PAINEL POLÍTICO 2510 de Março 2012

CAPA

Cassol foi prefeito de Rolim de Moura e governou Rondônia por duas vezes. Iniciou sua car-reira política pelas mãos do en-tão deputado federal Expedito Júnior de quem é inimigo atual-mente. Inimizades aliás, fazem parte de sua trajetória. Ele já arrumou confusão até com seu irmão, o ex-deputado estadual César Cassol que o acusava de ser “traidor” e “ganancioso”. O procurador federal de Justiça Reginaldo Pereira Trindade também foi outra inimizade de Cassol. Antes de ser procurador federal, Trindade foi promotor do Estado em Rolim de Moura, quando a cidade era adminis-trada pelo então prefeito Ivo Cassol. Como promotor de justiça ele ajuizou oito ações de improbidade administra-tiva contra Cassol, que foram aceitas pelo Superior Tribunal de Justiça por unanimidade. Devido a isso, Cassol passou a perseguir Reginaldo Trindade, chegando ao absurdo de acusar o procurador de forjar o pró-prio sequestro na aldeia dos índios Cinta-larga. Reginaldo acusa Cassol de pagar à Revista Veja para produzir o material. O procurador relata todo o episó-dio na peça de 119 páginas que produziu em sua defesa. Ele foi inocentado das acusações e pa-trocinou diversas outras ações contra Ivo Cassol.

Cassol é dono de um pa-trimônio avaliado em mais de R$ 20 milhões, entre imóveis, fazendas e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) que ven-dem energia para a Eletrobrás Distribuição Rondônia (anti-ga Ceron). Mas, mesmo essa fortuna que cresce a cada dia, não é capaz de aplacar a vora-

cidade de Ivo Cassol. Os mais próximos dizem que ele “briga por um real igual briga por um milhão” e ao que tudo indica eles sabem o que dizem. Quan-do era governador, Ivo Cassol, conseguiu que a Assembleia aprovasse uma lei que lhe ga-rantia segurança pessoal paga pelo Estado quando deixasse o cargo. Atualmente ele tem à sua disposição uma equipe de poli-ciais militares que se revezam na segurança do ex-governador. Como justificativa ele alega ter

sido ameaçado de morte por ex-deputados que apareceram em gravações clandestinas feitas pelo próprio Cassol ain-da em seu primeiro mandato de governador. Essas imagens foram exibidas pelo programa Fantástico da Rede Globo, fato que projetou a imagem de 'pa-ladino' do ex-governador e cul-minou com a Operação Dominó, realizada pela Polícia Federal.

fErA ACuAdA

Entretanto, o que a popu-lação não sabe é que Cassol nunca teve a intenção de levar a público essas gravações. Na época, a Assembleia Legislativa e Tribunal de Justiça vinham pressionando o governo para que fossem feitos os repasses constitucionais de cada poder. Cassol atrasava esses pagamen-tos como retaliações a críticas que eram feitas a seu governo por deputados. Claro que nes-se jogo ninguém era santo. Os deputados também queriam que o governo favorecesse em-

Cassol briga por “um real como briga por um milhão”, dizem amigos

O procurador federal de Justiça

Reginaldo Pereira Trindade

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PAINEL POLÍTICO26 10 Março 2012

CAPA

presas indicadas por eles para a realização de obras públicas e chegaram a ir mais longe, exigindo uma 'mesada' para ga-rantir 'governabilidade'. Toda via, falar em contratos com o ex-governador era o mesmo que chamar para a briga. Acu-ado e na iminência de sofrer um processo de impeachement, Cassol contatou o jornalista Eduardo Faustini da Rede Glo-bo e ofereceu as fitas gravadas clandestinamente. Logo após a exibição da reportagem, a Polí-cia Federal (PF) realizou busca a apreensão na residência de Cassol em Porto Velho e em sua fazenda em Rolim de Moura. Os agentes queriam as fitas brutas, sem edição, por que segundo deputados ouvidos pela PF existiam indícios de que Cassol teria oferecido vantagens a par-lamentares em troca de apoio. A Polícia Federal encontrou diversas gravações, mas nes-sas não foram achadas provas contra o goverrnador. Após esse episódio e aproveitando--se do fato da Assembleia ter 'caído em desgraça' perante a opinião pública, Cassol conse-guiu aprovar todos os proje-

tos que enviava àquela Casa, incluindo aposentadoria para ex-governadores e segurança paga pelos contribuintes aos ex-mandatários do Executivo a partir dele. Ivo Cassol governou sem oposição até sua renúncia, em março de 2010, quando dis-putou uma cadeira ao Senado.

fAvOrECImENTOs E ImPrObIdAdEs

Quando prefeito de Rolim de Moura Ivo Cassol foi acusado pelo Ministério Público Fede-ral de ter favorecido empresas ligadas a familiares. Entre 1998 e 2001, de um total de 29 lici-tações, 22 foram ganhas por

empresas ligadas a membros de sua família. Entre 2001 e 2002 de 55 licitações, 34 foram vencidas por essas mesmas em-presas. Para o MP, a estratégia montada para que as empre-sas fossem as vencedoras foi a distorção da modalidade de licitação exigida por lei. Pelo valor envolvido, a modalidade seria a tomada de preços. Mas os objetos foram fracionados para que as licitações fossem feitas mediante convite, portan-to a fim de que essas mesmas empresas viessem a ser reitera-damente convidadas. A relação que haveria entre as empresas também foi esmiuçada. Para o MP, existiria uma ligação ínti-ma entre elas e o governador Cassol.

Em 2005, a Corte Especial do Superior Tribunal de Justi-ça, autorizada pela Assembleia Legislativa de Rondônia que,

Ivo Cassol mostrando as gravações de deputados ao Fantástico

Obras na cidade de Rolim de Moura foram feitas por empresas ligadas à família Cassol, diz MP

PAINEL POLÍTICO26 10 Março 2012

1998 a 2001, de um total de 29

licitações, 22 foram ganhas por empresas ligadas a membros de

sua família

2001 e 2002 de 55 licitações, 34 foram

vencidas por essas mesmas empresas

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PAINEL POLÍTICO 2710 Março 2012

CAPA

na época, fazia oposição ao go-vernador, recebeu a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) para processar Cassol por fraude em licitação, forma-ção de quadrilha e desvio de recursos públicos. Com sua elei-ção para o Senado, o processo foi deslocado para o Supremo Tribunal Federal (STF), mas até agora não foi julgado.

Os recursos repassados ao município de Rolim e que foram parar nas contas das empreitei-ras da família Cassol saíram do mesmo Ministério da Integra-ção Nacional que fez o repasse dos R$ 4.370.000,00 para a Prefeitura de Alta Floresta na época em que Nega Cassol, irmã de Ivo, administrava o municí-pio. No caso de Rolim de Moura, quanto aos indícios de crime relacionados à autoria e à ma-terialidade, o ministro Carlos Alberto Direito, então relator da

ação penal no STJ, afirmou que o MP demonstrou, com toda cla-reza e com farta documentação, que as empresas envolvidas no esquema tinham como sócias pessoas muito próximas a Ivo. Em relação à modalidade de licitação utilizada nos certames convite,o ministro ressaltou que ela não poderia ter sido empregada.

Além de Ivo Narciso Cassol, o MP ofereceu denúncia contra Aníbal de Jesus Rodrigues, Neil-ton Soares dos Santos, Izalino Mezzomo, Ivalino Mezzomo, Jo-sué Crisóstomo, Ilva Mezzomo Crisóstomo, Salomão Oliveira da Silveira, ex-superintendente da Superintendência de Licita-ção do Estado de Rondônia, e Erodi Antônio Matt, servidor público do Estado de Rondônia.

Eles teriam cometido o cri-me de fraude em licitação públi-ca, previsto no artigo 90 da Lei

n. 8.666/93 (Lei de Licitações), e o de formação de quadrilha para cometimento de crime, previsto no artigo 288 do Códi-go de Processo Penal. A fraude a que se refere a denúncia envolve o período de 1998 a 2002, quando o governador do Estado de Rondônia era prefei-to da cidade de Rolim de Moura. Nesse período as empresas que venceram a maior parte das licitações do município eram ligadas entre si e ligadas ao governador Ivo Cassol.

A empresa JK Construções e Terraplanagem tinha sede, de acordo com o contrato social, em uma propriedade conheci-da na região como "Pátio dos Cassol", na RO-010, km 01, s/nº, zona rural de Rolim de Moura. E ela tem como sócio Aníbal de Jesus Rodrigues, o qual faria a contabilidade da JK, de outra empresa envolvida na fraude , a Construttora Pedra Lisa Ltda. e de várias outras empresas de propriedade do Grupo Cassol.

Aníbal também foi sócio da esposa do governador de Ron-dônia, Ivone Mezzomo Cassol, na empresa Brasil FM Ltda, no ramo da radiodifusão. Os sócios originais da empresa JK foram o casal Isalino Mezzomo e Edna Soares. Isalino é irmão de Ivone Cassol e ingressou posterior-mente como sócio nesta mesma empresa. O seu responsável técnico foi Jacques da Silva Al-bagle, que integrou o quadro da Prefeitura de Rolim de Moura, à época, e seria "homem de confiança" de Cassol, segundo o MP. Albagli foi o diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem de Rondônia na gestão de Ivo. Já as empresas Sul Terraplanagem e Construtel Obras na cidade de Rolim de Moura foram feitas por empresas ligadas à família Cassol, diz MP

PAINEL POLÍTICO 2710 de Março 2012

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PAINEL POLÍTICO28 10 Março 2012PAINEL POLÍTICO28 10 Março 2012

CAPA

Terraplanagem são de proprie-dade do casal Josué Crisostomo e Ilva Mezzomo Crisostomo, esta irmã de Ivone Cassol.

durO gOLPEApesar das denúncias e

brigas, o que mais atingiu Ivo Cassol foi a prisão de seu filho pela Polícia Federal, Ivo Júnior, durante as investigações de um esquema de fraudes na impor-tação de veículos de luxo em um caso nebuloso que deflagrou a Operação Titanic em abril de 2008. Ivo Cassol Júnior foi inocentado por falta de provas em 2010, mas o juiz federal substituto Daniel de Carvalho Guimarães ressaltou em um trecho de seu despacho, “nesse contexto (falta de consistência), ainda que este juízo tenha uma impressão nítida sobre o real pano de fundo dos fatos objeto da presente denúncia, a única tipificação penal possível – a do delito de corrupção ativa – esbarra na falta de prova de um dos elementos integrantes do tipo, tal seja, o seu núcleo. Na insuficiência de provas ora constatada, torna-se incabível a emissão de decreto condena-

tório com base em suposições ou indícios, ainda que dotados de razoável força”.

Por conta da falta de consis-tência das provas, o magistrado levou em conta o princípio “in dubio pro reo” (oriundo da ex-pressão em latim “no caso de dúvida, a favor do réu”). “Assim, outra solução não há, exceto a absolvição dos réus em relação aos fatos em tese tipificáveis como corrupção ativa”, inter-pretou o juiz federal.

A Polícia Federal descobriu que Ivo Cassol Júnior, assim como seu primo Alessandro Cassol Zabott, mantinham uma

relação muito próxima a Adria-no Scopel, proprietário da em-presa TAG Importações, do Espírito Santo, mas cuja sede funcionava em uma sala aluga-da no Centro Empresarial, em Porto Velho. Também foi preso na mesma operação o empresá-rio Mário Calixto, proprietário do jornal O Estadão, acusado de intermediar um regime tributá-rio diferenciado para a empresa TAG que garantia um direito de crédito de 85% do valor do imposto devido pela saída interestadual de mercadoria importada que jamais passava por Rondônia.

PAssANdO PErTOA proximidade de Ivo Cassol

com a Polícia Federal já vem de longe. Na Operação Dominó, deflagrada pela PF após a divul-gação das fitas pela Rede Globo, foi preso o então Chefe da Casa Civil do governo, o agora depu-tado federal Carlos Magno. A PF também sempre observou com atenção a movimentação do senador na reserva índigena Roosevelt, na região de Espigão D’Oeste, que abriga uma imensa Ivo Cassol Júnior mantinha estreitas relações com proprietários da TAG

Mário Calixto Filho foi preso na Operação Titanic da Polícia Federal

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PAINEL POLÍTICO 2910 Março 2012

CAPA

e cobiçada mina de diamantes, palco de massacre de garim-peiros e conflitos entre índios e brancos. Um dos principais líderes da terra indígena Roo-sevelt, cacique Nacoça Pio Cinta Larga declarou ao jornal Folha de São Paulo em junho de 2005 que o então governador de Rondônia, Ivo Cassol, na época filiado ao PSDB, pediu uma co-missão de 2% sobre a produção de diamantes explorados ilegal-mente por índios e garimpeiros em troca de benefícios como es-tradas, escolas, postos de saúde e até da legalização da atividade do garimpo dentro da reserva.

Pio, como é mais conhecido dentro da reserva Roosevelt afirmou que Cassol participou de uma reunião com líderes indígenas no escritório da re-presentação do governo no município de Rolim de Moura no início de 2003.

O segundo encontro com o governador, segundo Pio Cinta--Larga, aconteceu em junho ou julho do mesmo ano, na aldeia Tenente Marques, já na terra indígena Roosevelt. "Ele dizia que queria ajudar. Nós pedimos coisas simples: escolas, estra-das, saúde... O interesse [dele Cassol] era outro, ele queria colocar empresas grandes [den-tro do garimpo], queria 2% dos diamantes", afirmou.

O cacique disse que à época dos encontros com o gover-nador Ivo Cassol os garimpos dentro da reserva estavam

parados, já que, em janeiro de 2003, a Polícia Federal e a Funai (Fundação Nacional do Índio) haviam retirado 5.000 garimpeiros da área. Em agosto do mesmo ano, os cintas-largas retomaram, por conta própria, a atividade do garimpo. Em 7 de abril de 2004, 29 garimpeiros foram mortos em massacre comandado pelos índios.

Em novembro de 2005 o STJ (Superior Tribunal de Justiça) instaurou investigação para apurar o suposto envolvimento do governador Ivo Cassol na extração ilegal de diamantes

dentro da reserva Roosevelt.Duas suspeitas recaíram

contra ele: o depoimento do doleiro Marcos Glikas, preso em março de 2004 em Porto Velho, que afirmou que agia com o consentimento de Cassol; e o depoimento de comercian-te de pedras preciosas José Roberto Gonsalez, que, detido pela Funai na reserva em se-tembro de 2003, se identificou como funcionário da empresa estadual CMR (Companhia de Mineração de Rondônia). Em 2010 o STJ arquivou o processo contra Cassol alegando “falta de provas convincentes”.

IsENçãO fIsCALRecentemente o Estado se

viu às voltas com a discussão sobre a isenção fiscal para em-presas que atendem as usinas do Madeira. Com essa isenção, Rondônia deixa de arrecadar quase R$ 1 bilhão. No começo acreditou-se que o atual gover-

Reserva Roosevelt possui uma das maiores jazidas de diamantes do mundo

ReseRva Roosevelt

em 7 de abRil de 2004, 29

gaRimpeiRos foRam moRtos em massacRe comandado

pelos índios

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PAINEL POLÍTICO30 10 Março 2012

no de Confúcio Moura fosse o grande responsável pela ma-nobra, mas logo veio à tona a verdade. As isenções haviam sido negociadas na gestão Cassol e sequer chegaram a ser debatidas com a popula-ção. A Assembleia Legislativa da época, submissa as deci-sões do Executivo, aprovou a concessão de regime diferen-ciado para essas empresas, comprometendo a arrecadação do Estado.

Mesmo quando o caso ga-

nhou grande repercussão, Cas-sol se calou e fez de conta que não era com ele. Quando o governador Confúcio Moura anunciou a possibilidade de obter um empréstimo junto à União, Cassol fez uma campa-nha contra e chegou a ques-tionar em entrevistas como o Estado estava “pensando em pedir dinheiro emprestado se havia aberto mão de quase R$ 1 bilhão em arrecadação”? Com esse discurso ele foi na audiência pública que discutiu

a autorização do empréstimo realizada pela Assembleia Le-gislativa na véspera da votação. Cassol chegou a enviar cartas a cada um dos parlamentares pedindo que eles votassem contra a autorização, o que causaria um enorme prejuízo à população. Cassol sofreu uma dura derrota. O empréstimo foi autorizado por unanimidade. Vaiado durante o evento, ele deixou a Assembleia com a sensação que a população não o quer de volta. E ele tem razão.

As empresas J.K Constru-ções e Terraplanagens, Ron-dônia Transportes, Construtel, Rondomar e Ouro Verde foram responsáveis por aproximada-mente 70 por cento das obras do Departamento de Estradas e Rodagens (DER) no governo de Ivo Cassol. A JK já havia sido denunciada por ter vencido licitações durante a gestão Cassol em Rolim de Moura, as demais pertencem a pessoas ligadas ao ex-secretário de Finanças, José Genaro e ao ex--vice governador João Cahúlla.

Em setembro de 2009 o en-tão comandante do Batalhão de Polícia Ambiental, Josenil-do do Nascimento autuou em flagrante Crisóstomo Mezzo-mo, casado com uma irmã da mulher de Cassol. A autuação foi por dano ambiental em área de proteção permanente. No mês seguinte a essa ação, o governador baixou um de-creto proibindo policiais mili-tares de lavrar multas -o que, antes, era permitido por uma

resolução. Mezzomo é dono da Construtel Terraplenagem, segundo sua mulher. A empre-sa havia assinado um contrato com o próprio governo para aplanar o terreno por onde passa uma estrada estadual, a RO-133. A empresa estava, se-gundo o Ministério Público de Rondônia, retirando cascalho, com máquinas e caminhões, da beira de um igarapé. De acordo com a legislação, esse tipo de área não pode sofrer qualquer modificação.

Mezzomo foi então levado à delegacia e autuado, mas

não chegou a ser preso. O governo na época disse que “havia aberto processo”. Não foi aplicada multa.

Na mesma obra, mas em outro trecho, trabalhava a JK Construções e Terraplenagem, de um irmão de Crisóstomo, uma das empresas acusadas de se beneficiar com direcio-namento de licitação durante a gestão de Cassol na Prefeitu-ra de Rolim de Moura. Azelino Mezzomo, dono da JK, negou que tenha participado de qualquer esquema. “Não há nenhuma prova”, disse.

EmPrEsAs CONTINuArAm ATuANdO

Cassol teria transferido comandante do batalhão ambiental

CAPA

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PAINEL POLÍTICO 3110 Março 2012

Em 2005 Ivo Cassol foi cha-mado ao Congresso para dar ex-plicações a Comissão Parlamen-tar Mista de Inquérito (CPMI) da Terra sobre acusações de que estaria usando a “máqui-na” do governo para tirar cerca de 200 famílias de uma área próxima ao município de Alta Floresta, a fim de expandir as terras de sua família na região. As acusações foram feitas pelo então deputado federal Ansel-mo de Jesus (PT), que disse ter gravações que comprome-teriam o ex-governador e o filho dele, Ivo Júnior durante conversas com posseiros, tanto de acordos como de ameaças. A fita havia sido entregue à

Comissão e segundo Anselmo, “quem comandava a operação lá dentro era o filho dele, os documentos todos citam o filho dele”.

“As acusações de grilagem de terras públicas, de violência nos despejos e de jagunços que usariam até mesmo fardas da polícia, são graves e precisam ser avaliadas com profundida-de”, disse na época o relator da

CPMI. Na época, Ivo Cassol disse que as acusações de que seu filho teria usado um helicóptero do governo estadual para atirar em carros dentro das terras ocupadas pelas 200 famílias foram feitas com a intenção de atingí-lo. O governador es-clareceu que a área citada por Anselmo de Jesus fica perto de sua propriedade e negou as acusações.

Porto vElHo

O senador Ivo Cassol foi acu-sado pelo Incra do Amazonas de grilagem de terras para a construção de uma usina hi-drelétrica em uma reserva legal da fazenda Fortaleza do Ituxi, no município de Lábreas, no sul do Amazonas. Cassol teria utilizado como laranjas os ex--assessores de seu governo Jâ-nio Fernandes, Carlos Henrique Alves e Ronaldo Furtado, que trabalhavam no palácio Getúlio Vargas, sede do governo.

A fazenda foi vendida no final de 2004 para o empresário paulista Ricardo Stoppe Júnior pelo pecuarista Marcos Trentin, com posse e domínio das terras

desde 1975. Em ocorrência registrada na Polícia Federal de Rio Branco, trabalhadores da fazenda relataram que fo-ram expulsos à força do local.

CAPA

Região é palco de inúmeros conflitos

Ivo Cassol foi acusado de grilar terras no sul do Amazonas

CAssOL fOI ACusAdO dE grILAr TErrAs E sEu fILhO dE “mETrALhAr” POssEIrOs

CAssOL TAmbÉm fOI ACusAdO dE grILAgEm dE TErrAs NO AmAzONAs

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PAINEL POLÍTICO32 10 Março 2012

CAPA

O legítimo proprietário da fazenda invadida, Ricar-do Stoppe declarou na CPI da Biopirataria ter gravado conversas telefônicas com o então governador Ivo Cassol, seu filho e seus assessores Car-los Henrique Alves, Ronaldo Furtado e Jânio Fernandes de Sousa, sendo estes assessores os que se diziam donos da ter-ra e, segundo Stoppe, autores da falsificação de uma escritu-ra no cartório de Candeias do Jamari, com a qual responde-ram na justiça ao processo de reintegração de posse movido por ele.

Relatou que o Superinten-dente do INCRA do Amazo-nas confirmou, nos meios de comunicação regionais, ter encontrado engenheiro e ma-quinário do grupo Cassol na área, durante uma fiscalização

realizada pelo órgão na região. Afirmou que a obra da usina não foi iniciada, tendo sido abertos aproximadamente 40 Km de estrada, o que provocou grande impacto ambiental e a retirada de uma grande quan-tidade de madeira.

Informou, ainda, que o IN-CRA possui fotos aé-reas que comprovam a presença de cami-nhões carregados de madeira em sua pro-priedade. Acredita que a madeira retira-

da deve ter sido destinada aos distritos de Extrema, Abunã e Nova Califórnia, todos pe-quenos, mas com um grande número de serrarias que ab-sorvem toda a madeira ilegal da região. Considera que, para se chegar aos falsificadores de ATPFs, é necessário começar pelas fraudes ligadas à regu-larização fundiária.

Disse que o cartorário de Lábrea responde a 200 pro-cessos e continua agindo ile-galmente. Deu o exemplo de leilões em que o próprio oficial de justiça oferece a possibilidade de compra de títulos, com a garantia da não existência de nenhum outro interessado e acertado o preço com antecedência. Esta seria, apenas, uma das formas utili-zadas para se regularizar terra grilada do Estado.

Com o título falsificado em mãos, inicia-se a fraude am-biental, com o uso de Planos de Manejo inexistentes para a obtenção de ATPFs que são comercializadas livremente no restaurante Gueba, localizado no posto de combustíveis da Vila Abunã. Até hoje, essa si-tuação não foi definida.

Eles contaram à PF que duas caminhonetes L-200, uma na cor vinho e outra identificada com emblema da Polícia Civil de Rondônia, entraram no local levando vários policiais unifor-mizados e fortemente armados. Os supostos policiais deram ordem para que as famílias saíssem do local. O superinten-dente do Incra no Amazonas, João Pedro Gonçalves da Costa, afirmou ter recebido ligação do

então governador Ivo Cassol, em que o governador dizia estar realizando estudos sobre o potencial hidrelétrico no rio Ituxi para construção de uma usina hidrelétrica.

Segundo o superintenden-te, a ligação foi feita pelo chefe da Casa Militar de Rondônia e transferida para o governador. A área teria sido adquirida em nome dos assessores do governo, Ronaldo Furtado,

Carlos Henrique Alves e Jânio Fernandez e que teria uma es-critura falsificada pelo grupo no município de Candeias do Jamari (RO). Ivo Cassol, cuja família tem uma empresa que trabalha com pequenas hidre-létricas, chamou o superinten-dente do Incra de ‘mentiroso’. Gonçalves se dispôs a quebrar o sigilo telefônico para pro-var que recebeu a ligação de Cassol.

CPI da Biopirataria investigou Ivo Cassol

CPI dA bIOPIrATArIA

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PAINEL POLÍTICO 3310 Março 2012

rEsOrT É rEfErêNCIA Em ECOTurIsmO NA rEgIãO NOrTE

Em 1973 o advogado e em-presário Rubens Moreira Men-des Filho adquiriu um pedaço de terra às margens da BR-364, no município de Candeias do Jamari. A fazenda Três Capelas, como foi denominada, era um pedaço intocado da exuberan-te floresta amazônica. A idéia inicial era produção de gado de corte e plantio de café e algumas frutas para venda e consumo no mercado local. Aos poucos, com pequenas refor-mas, a propriedade tornou-se uma área de lazer rural usada apenas pela família do proprie-

tário e seus amigos. Com passar do tempo, já no final da década de 80, a mudança na economia local demonstrou que a criação de gado não era viável. Imbuído de uma consciência ecológica o empresário então, resolveu mudar o foco de atuação da fazenda e desprender investi-mentos em uma empresa de hotelaria e lazer. O Eco-Resort Três Capelas está localizado no município de Candeias do Jamari, no Km 673 da BR-364, sentido Cuiabá, a 25 minutos de carro de Porto Velho.

ECO-TurIsmONo final dos anos 90 a im-

plantação de um resort que

conciliasse o conforto e a pre-servação do meio ambiente era bastante utópico. Antenado às tendências do mundo de negó-cios Moreira Mendes viu uma chance para mudar de vez o foco da exploração econômica de sua propriedade. O visioná-rio implantou um dos maiores empreendimentos de hotelaria e hospedagem voltados para o eco-turismo no Estado de Ron-dônia. Em entrevista a PAINEL POLITICO, Moreira Mendes disse que “sempre achou que o turismo ecológico seria a nova fronteira econômica desse estado tão rico em recursos naturais”. O investimento logo se mostrou viável, pois toda

Por Rodrigo Erse

O Hotel-fazenda desponta em pesquisa como o mais lembrado entre os consumidores da região

turismo

Chalés com arquitetura rústica valorizam o hotel

[email protected]

Foto: Rodrigo Erse

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PAINEL POLÍTICO34 10 Março 2012

a mão de obra da “antiga” fa-zenda utilizou recursos locais para a construção dos chalés e demais dependências e prin-cipalmente, aumentou a renda das famílias que vivem no local.

EsTruTurAAtualmente o Três Capelas

Eco-Resort funciona de terça a domingo, além de feriados e datas especiais. O local também está preparado para receber até 280 pessoas por dia, no sistema ‘day-use’, onde a admissão dá direito ao café da manhã, almo-ço e um lanche a tarde, além do uso das dependências das pis-

cinas, lago, trilhas e quadras de esportes. O ponto forte é sua comida “típica de fazenda”, elaborada por nutricionistas e preparada em uma cozinha industrial de uma limpeza ímpar.

O foco do cardápio é a comi-da caseira, mineira e regional, com muito peixe, guisados, frango caipira e outros pra-tos típicos da ‘roça’. O hotel também fabrica e vende uma seleção de doces em compota e queijos artesanais feitos com leite de vacas criadas na pró-pria fazenda.

Na hospedagem, o Três Ca-

pelas tem destaque da con-corrência pelos 18 charmosos chalés, feitos em madeira pré--moldada e com uma arquite-tura rústica. Alguns disponi-bilizam mezaninos e chegam a hospedar uma família com até 6 pessoas. Todos os quartos são equipados com TV com satélite, frigobar, ar-condicionado, chu-veiro quente, armários e camas com edredom, em algumas unidades a internet sem fio é disponibilizada.

Uma peculiaridade que vale a pena conhecer é a Capela da fazenda, que fica aberta 24 ho-ras e foi decorada com obras de arte sacra da renomada artista plástica Mirtes Rufino. A capela é uma réplica exata da antiga igreja que ficava no início da Avenida Rogério Weber, próxi-mo ao 5º Bec e que foi recente-mente destruída.

turismo

Vista áerea do complexo Três Capelas Eco Resort

Foto: Rodrigo Erse

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PAINEL POLÍTICO 3510 Março 2012

turismo

rELAXAr É rECIsOSob uma frondosa man-

gueira foi disponibilizado um arsenal de redes e estrutura para atá-las, a fim de propiciar aos visitantes momentos de descanso. Há também uma ten-da para massagens relaxantes com profissional habilitada que realiza também até pequenos serviços de beleza pessoal, praticamente um mini-spa. Aos amantes dos esportes, existem diversas opções, como passeio de bicicletas, cavalos, charrete, caiaques, varas de pescar com molinete profissional, quadras

de futebol de campo, quadras de vôlei de areia e tênis. Além das trilhas ecológicas em meio a mata fechada, onde é possível ver espécies nativas da flora e da fauna amazônica.

O lago tem um espelho d’água de mais de 100 mil metros quadrados, onde os visitantes podem utilizar o sistema pesque e pague. Entre as espécies de peixes encontra-dos estão tambaquis, tilápias, pirapitingas, curimatã e tarta-rugas. A imensa piscina de água mineral natural torna o lugar charmoso pela harmonia com a natureza. Nas águas frescas e azuladas da piscina, que não usa produtos químicos, oriun-das de uma fonte subterrânea que alimenta também o lago adjacente. As piscinas rasas com divisão especial garantem a segurança para crianças.

mENçãO hONrOsARecentemente a Revista Top

of Mind realizou uma pesquisa de opinião com menção espon-tânea de nomes de empresas mais lembradas pelo consumi-dor, nas mais diversas áreas. Na categoria Hotel Fazenda, o Três Capelas Eco-Resort ob-teve a primeira colocação na lembrança dos consumidores com 5,6 % dos votos. Ficou a frente de outros tradicionais concorrentes do setor, como a Salsalito Jungle Park e o Pakkas Palafitas Lodge.

O fuTurOHoje a empresa conta com

mais de 40 funcionários que moram e trabalham no local. O Eco-Resort é uma empresa familiar, gerida por Rubens Moreira Mendes Filho e seus

três filhos Rodrigo, Ricardo e Guilherme. Entendendo que o turismo ecológico é uma ferra-menta de transformação social, geração de renda e emprego, os proprietários continuam com investimentos substanciais para melhorias e ampliações do Resort, que prevê a construção de mais chalés, treinamento de pessoal, estações de arborismo e tirolesa, além de um centro de convenções multi-uso para 370 pessoas.

sErvIçOReservas podem ser fei-

tas pelo site www.trescape-las.com.br ou pelos telefo-nes (69)3224-3682/ 3224-7850/3259-1010. O hotel faz pacotes especiais para grandes grupos, casamentos e grupos religiosos. Crianças até 12 anos pagam meia entrada no sistema “Day-use”.

Fotos: Rodrigo Erse

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PAINEL POLÍTICO36 10 Março 2012

frAsEs

“Sugestão: Vamos voltar a ser criança e tomar banho de chuvaaa... Nadar nas piscinas que o Titio Roberto Sobrinho nos presenteou e se ficarmos dodói, como a maioria dos médicos falam: com virose, vamos ao melhor hospital de PVH, o hospital municipal”. A bela VANESSA LIMA SOVIERZOSKI dando uma ‘dica’ aos amigos de Facebook sobre o que fazer em Porto Velho

“Não adianta mais esperar pelo Dnit e Ministério do Transporte que a incompetência deles não vai permitir que isto aconteça” LAERTE GOMES, presidente da Associação Rondoniense dos Municípios exigindo a duplicação da BR 364

“Sabe a tal da maldade? Se apoderar de algo dos outros, querer se dar bem a todo custo. Ladrão infeliz que ainda tirou meu sono” Apresentadora da TV Caandelária

RENATA BECCÁRIA revoltada com com o roubo do seu Iphone.

“A BR-364 é a estrada da morte, todos os dias vidas estão sendo ceifadas” Deputado Federal MOREIRA MENDES criticando o descaso da união em relação a rodovia em seu site

“Quando e que Rondônia vai aparecer no jornal nacional com noticias positivas?” Diretor-geral do DESOP, ABELARDO TOWNES DE CASTRO “Abelardinho” questionando a má reputação de Rondônia na mídia nacional.

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PAINEL POLÍTICO 3710 Março 2012

“Uma prática comum. Mais comum do que se imagina. Como seria a vida dos serviços de “inteligência” se não “dessem um jeito” de ouvir as conversas de jornalistas bem informados? Ficariam no Google, buscando “noticias”? O Grande Irmão está por aí. Um aviso - Bem claro que só os bem informados....”Jornalista PAULO ANDREOLI (Rondoniaovivo) alertando aos colegas de imprensa sobre a arapongagem em cima dos bem informados

“Saindo para Ariquemes, participar do velório e sepultamento da minha ex-aluna e namorada do meu sobrinho, Ana Paula dos Santos que veio a falecer, vitima de um grave acidente automobilístico. A BR. 364 faz mais uma vitima!!!” Presidente do PHS HERBERT LINS, que também é professor, indignado com a morte de sua ex-aluna.

“No aeroporto indo para Pvh. Nao sei para que fazer check in antes. A fila ta de lascar!” Jornalista MARA PARAGUASSU, assessora do deputado federal Padre Ton (PT) no aeroporto de Brasília reclamando das filas enormes

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PAINEL POLÍTICO38 10 Março 2012

01- O diretor técnico da Santo Antônio Energia, Antônio

de Pádua Guimarães, afirmou que o motivo do retardamento da opera-ção foi um problema inesperado na primeira turbina, mas o reparo já foi providenciado. Para o executivo, isso não significa que a usina tenha muito atraso. A hidrelétrica de Santo Antônio (RO-3.150 MW) deve iniciar a opera-ção comercial em março. Pádua expli-cou que o cronograma inicial previa entrada de uma unidade geradora em dezembro passado, seguida por outras em janeiro, fevereiro e abril. Agora, a previsão é entrar com as máquinas a partir de março, com a primeira tur-bina; outras duas em abril e mais duas em maio.

11- O Centro de Medicina Tropical de Rondônia (Cemetron) ficou sem energia elétrica durante

10 horas. O problema que teve início às 14h, só foi solu-cionado às 2h24 do domingo. Conforme a diretora do Ce-metron, Stella Ângela Tarallo Zimmerli, houve demora no atendimento do call center da empresa distribuidora de energia no Estado, a Eletrobras, que fica no Rio de Janeiro. Com o gerador quebrado, a busca por uma solução junto à Eletrobras tornou-se primordial. Às 18h, sem resposta da distribuidora de energia, Stella entrou em contato com o Hospital de Base Doutro Ary Pinheiro, o Pronto-Socorro João Paulo II e o hospital particular 09 de Julho.

06- A 3ª Circunscrição Regional de Trânsito (Cire-traan) de Ji-Paraná passará a emitir a segunda

via, gratuitamente, dos documentos de trânsito como a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), Permissão Provi-sória ou Definitiva, Certificado de Registro de Veículo (CRV) e Certificado de Registro e Liberação de Veículo (CRLV). A decisão atende ao Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran/RO) com o Ministério Público do Estado (MPE) e beneficia todos os condutores vítimas de violência como furtos ou roubos.

02- Um princípio de incêndio no prédio do CREA/RO

(Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura e Agronomia de Rondô-nia)) assustou funcionários e mora-dores vizinhos do prédio localizado na avenida Calama, sub-esquina com Rafael Vaz e Silva, em Porto Velho. Se-gundo informações, o fogo iniciou-se no departamento de almoxarifado e os próprios funcionários conseguiram conter as chamas.

05 – Empossado vereador em Porto Velho João Bosco Costa, o Bosco da Federal. Ele assume

na vaga de Jaime Gazola, que virou titular da secretaria municipal de turismo. O primeiro suplente do PV, Ted Wilson foi nomeado diretor da Fhemeron, abrindo a vaga para Costa.

fEvErEiro

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PAINEL POLÍTICO 3910 Março 2012

20 - O Governo de Rondônia conseguiu duas impor-

tantes vitórias na Assembléia Le-gislativa do Estado, no decorrer da semana. Garantiu a possibilidade de empréstimo de R$ 542 milhões junto ao Banco Nacional do Desen-volvimento Econômico Social (BN-DES) e a aprovação dos Programas e Projetos de Transferência de Ren-da do Plano FutuRO. Mais de 35 mil rondonienses serão beneficiados com o Bolsa FutuRO, Bolsa FutuRO Jovem e Bolsa Guaporé.

16- A Maternidade Municipal Mãe Esperança foi incluída no Projeto Pró-residência do Ministério

da Saúde, cujo objetivo é reduzir a mortalidade materna na região Norte do Brasil. Quatro vagas foram aprovadas para médicos residentes na unidade, nas áreas de obstetrícia e ginecologia. O secretário municipal de saúde, Williames Pi-mentel, afirmou que a Maternidade passa a ser uma escola de formação para novos especialistas em ginecologia e obs-tetrícia. Através de uma parceria firmada com o Município, a Universidade Federal de Rondônia (Unir) vai encaminhar os médicos recém formados para fazer residência na unidade da Prefeitura.

28- O diretor-geral do De-partamento Nacional

de Infraestrutura de Transporte (Dnit), general Jorge Fraxe, anun-ciou que as obras de restauração da BR-364 devem começar em 60 dias. Ele conseguiu reduzir o prazo previsto anteriormente pela meta-de ao desmembrar completamente o processo de licitação dos quatro lotes em que o projeto de recupe-ração foi elaborado. Agora, será licitado um lote de cada vez, come-çando pelo lote 2, entre Cacoal e Ouro Preto do Oeste, o trecho mais crítico da rodovia, cujo edital será lançado em março. “A restauração dessa importante rodovia para a região Norte do país está entre as prioridades do Dnit e já temos os recursos necessários para sua exe-cução”, disse.

14- Os trabalhadores de educação do Município de Porto Velho decidiram paralisar as atividades

em forma de protesto contra o descaso da administração municipal às reivindicações da categoria. De acordo com a direção do Sintero, desde o início de dezembro de 2011, quando os trabalhadores aprovaram a pauta de reivindica-ções, o sindicato vem tentando sem êxito uma negociação com a Prefeitura. No dia 13 de dezembro os trabalhadores em educação fizeram assembléia extraordinária e apro-varam a pauta, protocolada no gabinete do prefeito e na Secretaria Municipal de Educação no dia 14 de dezembro e foi ignorada.

17- Mais um desfile me-morável da banda do Vai

Quem Quer sacudiu a capital de Ron-dônia, com mais de 100 mil foliões pelas ruas do centro de Porto Velho no sábado de carnaval. Sob o sol amazônico, Sicilia Andrade, herdeira do legado do saudoso Manelão Men-donça (General) abriu por volta de 16h o desfile, marcado pela alegria e com poucas ocorrências policiais.

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PAINEL POLÍTICO40 10 Março 2012

PAinEl onlinEPor Laila Moraes / @lailamoraess

A equipe da Revista Painel Político entra no universo digital com a missão de proporcionar aos seus leitores as principais notícias sobre internet, redes, programas, curiosidades, mídias sociais, dicas, web 2.0, além de tudo que possa interessar sobre essa era ONLINE.

PAINEL POLÍTICO40 10 Março 2012

INTErNET brAsILEIrA COmEçA 2012 Em CrEsCImENTO

O número de usuários ativos da internet brasi-leira voltou a crescer em janeiro, segundo o IBOPE Nielsen Online. Das 63,5 milhões de pessoas com acesso em casa ou no local de trabalho, 47,5 milhões foram usuários ativos em janeiro. O crescimento foi de 2% em relação ao mês anterior e de 11,2% sobre os 42,7 milhões de janeiro de 2011.

A maior parte desse crescimento vem ocor-rendo em residências. Entre janeiro de 2011 e janeiro de 2012, o número de usuários ativos domi-ciliares passou de 34,2 milhões para 39 milhões, ou 14% de expansão.O total de brasileiros registrados no terceiro

trimestre de 2011 com acesso em qualquer am-biente (domicílios, tra-balho, escolas, lan hou-ses ou outros locais) registrado no terceiro trimestre de 2011 foi de 78,5 milhões de pessoas.A categoria com maior crescimento mensal do número de usuários úni-cos em janeiro foi a de sites do governo. A audi-ência dos sites governa-mentais passou de 22,3 milhões de usuários úni-cos em dezembro para 25,3 milhões em janeiro. A evolução de 13% foi resul-tado da maior procura em janeiro por informações sobre o Enem, o Prouni e as inscrições unificadas em instituições públicas de ensino superior. Nos

sites de governo, também cresceu a busca por infor-mações sobre tributos.Outros sites que também registraram forte cresci-mento da audiência em janeiro foram os de car-reiras, os mapas e guias locais, as páginas de ofer-tas de pacotes de viagens, de hotéis e de companhias aéreas e os classificados de imóveis.

Na comparação com janeiro de 2011, acumu-lam o maior crescimento percentual as categorias Automóveis, com 27% de evolução no número de usuários únicos, e Viagens, com expansão de 22%. Se-guiram em crescimento si-tes de vídeos, buscadores, email, compras coletivas e sociais.

Aumento mensal foi de 2%, acumulando expansão de 11,2% ao ano

Tempo de uso por pessoa, número de usuários ativos e número de pessoas com acesso - Brasil - trabalho e domicílios – dezembro e janeiro de 2012

Tempo de uso do computador (hh:mm:ss) - aplicati vos incluídosTrabalho e domicílios

Tempo de uso do computador (hh:mm:ss) - aplicati vos excluídosTrabalho e domicílios

Número de usuários ati vos (000)Trabalho e domicílios

Número de pessoas com acesso (000)Qualquer ambiente - 3º Trimestre 2011 78.464

Fonte: IBOPE

dez/11 jan/12 variação

2,2%

4,9%

2,0%

62:04:58

42:47:51

46:589

63:466

63:27:46

49:06:01

47:500

63:466Número de pessoas com acesso (000)Trabalho e domicílios

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PAINEL POLÍTICO 4110 Março 2012

PAinEl onlinE

A Campus Party, o maior evento geek do planeta, realizado em mais de sete países, aconteceu entre os dias 6 e 12 de fevereiro de 2012. A sede foi o Pa-vilhão de Exposições do Anhembi Parque, na zona norte de São Paulo (SP). Para a quin-ta edição foram inves-tidos R$ 18 milhões.Com 7,5 mil partici-pantes, sendo 5,5 mil acampados no local, a Campus Party ofereceu neste ano mais de 500 horas de conteúdo. Os principais nomes desta edição foram Michio Kaku, conhecido como o “físico do impossível”, Sugata Mitra, pesquisa-dor e professor de Tec-nologia Educacional da Newcastle University, Julien Fourgeaud, ge-rente de produtos e ne-gócios da Rovio e Vince Gerardis, co-fundador da Created By, entre outros.

O evento foi coberto por 1.040 jornalistas e blogueiros. Com mais de 400 atividades. Se-gundo a organização, o maior número de

visitantes era de São Paulo: 38% do público total; 9% dos partici-pantes eram de Minas Gerais; 4,7% da Bahia; 4,4% vieram de Per-nambuco. Além disso, campuseiros de mais de 20 países estiveram presentes no evento. De acordo com o jor-nalista de Porto Velho Marcos Paulo, todas as suas expectativas dentro do evento foram preenchidas, “como foi a primeira vez que par-ticipei (essa já é a quin-ta edição) posso dizer que o evento surpreen-de não só pelo alcance e mega estrutura, mas pela disseminação do conhecimento atra-

vés dos relacionamen-tos mantidos durante cpbr2012” completou Marcos Paulo.

Os visitantes tam-bém não pouparam a fome. Mais de 42 mil kg de comida foram con-sumidos, com destaque para as 2 toneladas de batatas fritas. Os campuseiros consumi-ram em uma semana a quantidade de 5.150 KW/h, comparando este valor ao consumo mínimo de 300 KW/h por mês, uma família com três pessoas preci-saria de pelo menos 17 meses para consumir aproximadamente a mesma energia utiliza-da no evento.

CAmPus PArTy mAIOr ACONTECImENTO dE TECNOLOgIA E INTErNET dO muNdO

PAINEL POLÍTICO 4110 de Março 2012

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PAINEL POLÍTICO42 10 Março 2012

Desde um quibe frito bem quentinho na padaria até uma esfirra no lanchinho da tarde, a comida árabe está presente de uma forma ou de outra no cardápio dos porto velhenses há tempos.

Um tanto desvirtuados ou radicalmente modificados, os quitutes de origem arábes sempre tiveram lugar especial na preferência do comensal local. Restaurantes que servem comida autenticamente árabe, com seus kibes e esfihas (daí sim grafados e preparados cor-retamente), multiplicaram-se e difundiram a culinária secular dos povos do oriente médio por essas bandas.

Dentre as várias opções existentes na cidade hoje, o Jarude é o restaurante de co-mida árabe que mais se destaca na capital. Inaugurado há pouco mais de 1 ano, o local é um sucesso de público e crítica atendendo aos paladares mais exigentes. O proprietário e chef Diogo Sabião acumula larga experiência no preparo de pratos e quitutes de origem árabe, pois é descendente direto da etnia.

Diogo conta que cresceu dentro de uma cozinha com “cheiro de alho e tahine”, pois seus pais sempre tiveram restaurantes dedi-cados à comida árabe – brinca o jovem chef. Formado em gastronomia pela Escola de culinária “Colegio de Cocineros Gato Dumas” em Buenos Aires na Argentina, o empresário voltou a Porto Velho e resolveu arregaçar as mangas e montar o restaurante. Foi sucesso imediato, pois vive lotado e seus clientes não poupam elogios à comida nitidamente feita com esmero e dedicação.

Diogo conta que é obsessivo na aquisição

das matérias primas de qualidade, e que exatamente isso é o diferencial do Jarude. Até as folhas de uma simples hortelã, ornamento que compõe diversos pratos, vem de São Pau-lo. Não que os produtores locais não possam produzi-las, mas o preço e a qualidade ficam aquém do padrão exigido pelo rigoroso chef, argumenta. Solícito, o Chef Diogo está sem-pre presente no salão de seu restaurante, escutando os clientes, preocupado com o atendimento. “O cliente é a estrela do meu restaurante”, enfatiza. Pratos como o famoso kibe cru, homus de grão de bico, charutinhos de folha de uva, kibe de carneiro, coalhada, tabule e até o pão sírio são feitos fresqui-nhos diariamente pela casa. Isso garante um fluxo fiel de clientes satisfeitos, que também mencionam o ótimo atendimento e a rapidez, coisas raras por aqui.

A decoração do ambiente também é algo digna de ser mencionada, logo na entrada nota-se uma réplica gigante de um passaporte que pertenceu a sua avó materna, uma legíti-ma libanesa que migrou para o Brasil décadas atrás, atestando a genética do rapaz. Com um ambiente agradável e aconchegante, seus preços estão dentro da razoabilidade para o setor. As porções são realmente bem servidas, e não raro ver clientes repartindo pratos.

O Jarude Restaurante Árabe fica na rua Marechal Deodoro, 2897 entre Pinheiro Machado e Abunã. O restaurante fica aberto de segunda a sábado no almoço self service das 12h às 14h30min e no jantar a la carte a partir das 18h. Reservas e delivery (69) 3221 8178.

gAstronomiA

rEsTAurANTEs dE COmIdA árAbE NA CAPITAL

PAINEL POLÍTICO42 10 Março 2012

Por Rodrigo Erse

“Bom, o cliente é a estrela

do meu restaurante”Chef Diogo Sabião

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PAINEL POLÍTICO 4310 Março 2012

Consumidor CrítiCo

PAINEL POLÍTICO 4310 Março 2012

Restaurantes árabes

ALmANArA“Minha família freqüenta aqui há três gerações, a comida é boa, barata, e tem sempre o mesmo sabor. O conforto do ambiente não é lá essas coisas, como por exemplo, essas cadeiras de madeira que nunca mudam. Mas, a simplicidade e a tradição da comida é o que fala mais alto, tanto é que está sempre lotado no almoço”.

João Carneiro 41, funcionário público

bEIruT’s“O ambiente é muito agradável, até pra tomar uma cervejinha e petiscar. A comida é cara, mas é boa, só acho muito temperada às vezes. Os charutinhos são ótimos e esfiha aberta é imbatível, a melhor da cidade”.

Alessandro Magalhães, 39, advogado

hAzAk“A decoração é linda, me sinto numa tenda árabe! Sempre venho com minhas amigas, o quibe cru daqui é uma delícia. Quando era lá em cima na Calama, a gente comprava um monte de esfihas bem baratinhas e dividíamos entre as amigas depois da facul”.

Érica Pereira, 20, estudante

sAbOr LIbANês“É sem duvida a melhor esfiha fechada da cidade, tempero original e bem molhadinha. Mas o ambiente é esquisito e o dono mais ainda. Podia ser mais baratinha, R$ 4,50 acho caro pra um salgado. Não serve almoço e fecha logo que acaba as esfihas, estranho né?”.

Layane Campos, 23, secretária

TChAkA’s“Venho aqui porque acho o melhor kibe cru de Porto Velho. Bem vermelinho mesmo, com hortelã e tudo que tem direito. Tam-bém sento com uns amigos pra tomar umas e depois tem sopa e caldos.”.

Allan Caldeira, 49, escriturário

A equipe da revista Painel Político visitou diversos pontos alimentícios em Porto Velho e nas próximas edições você confere novas matérias exclusivas e a opinião dos consumidores que gostam e apreciam um bom paladar. Confira abaixo a impressão de clientes satisfeitos.

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PAINEL POLÍTICO44 10 Março 2012

CulturA

1. O festim dos corvosautor: George R. R. Martin

2. Os homens que não amavam as mulheres autor: Stieg Larsson

3. Um dia autor: David Nicholls

4. Steve Jobs autor: Walter Isaacson

5. Privataria Tucanaautor: Amaury Ribeiro Jr.

6. Feliz por nadaautor: Martha Medeiros

7. O x da questão autor: Eike Batista

8. Agape autor: Padre Marcelo Rossi

9. Tudo é Óbvioautor: Duncan J. Watts

10. O Cemitério de Pragaautor: Umberto Eco

Lista dos mais vendidos em Porto Velho

Livros mais vendidos em Porto VelhoTemas regionais

História e Geografia - Rondônia autor: Emmanoel Gomes Enxugue suas lágrimas e siga em frente autor: Pastor Rogério Garbin

Imagens de Rondôniaautor: Yêda Borzacov

Estrada de Ferro Madeira Mamoréautor: Yêda Borzacov Revelando Porto Velho autor: Luiz Brito Porto Velho - Um olhar sobre o Urbanismo e a Arquitetura autor: Julio Carvalho Amazônia Misteriosa do Mestre Gabriel autor: Luiz Carlos Pimentel Alves Rondônia espaço tempo e genteautora: Yeda Pinheiro Borzacov

Livraria Exclusiva Porto Velho Shopping (69) 3218-8434   

A s velhas e frondosas carnaubeiras de copas verdes tremulantes, agrupadas

ao lado direito da estrada ainda testemunham este cenário, como se fossem velhos soldados, guardiões de um tempo remoto, que existe ago-ra somente em nossa lembrança, assim Sanxer Lacerda descreve a entrada da cidade de Olho D’Água localizado na microrregião de Piancó no sertão da Paraíba.

O autor abre o mar de suas recordações de in-fância e adolescência e eterniza nesse livro tudo aquilo que sua memória lhe permite. Mais do que a celebração das memórias de um homem com coração de menino, o livro resgata a importância da cidade de Olho D’ Água, local que seu pai o grande Cabo Estrela escolheu carinhosamente para criar seus filhos e constituir uma família que até hoje é lembrada e respeitada por seus habitantes.

De acordo com Sanxer, seu objetivo principal ao publicar o livro não foi ganhar nome nem fama, muito menos virar um grande escritor de renome, seu desejo é bem maior que isto, ele quer apenas poder eternizar a história daquela cidade e poder ser um canal entre as futuras gerações. O livro descreve minuciosamente de-talhes de um povo, personagens pitorescos e os lugares que realmente marcaram sua memória. Entre ruas, fazendas, muçambês e beiras de rios, o autor vai debulhando o seu falatório que acaba prendendo o leitor a ler suas 132 páginas sem interrupções.

Livraria Exclusiva Aeroporto (69) 3219-7444Fonte:

autor: Sanxer Lacerdaano de publicação: 2010

Sanxer Lacerda

livro: olhos d’Água

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PAINEL POLÍTICO 4510 Março 2012

Contatos Painel Político no MSN – [email protected], [email protected]. Você também pode enviar e-mails para a coluna usando esse endereço. Atendimento aos leitores entre as 14 e 19 horas (on-line nesse período). Basta nos adicionar que poderemos trocar ideias nesse horário. Skype painelpolitico. Também no Twitter @painelpolitico

Coluna Painel Político

O dEsCAsO COm O PATrImÔNIO hIsTÓrICO dE rONdÔNIA

Nas últimas semanas uma série de reporta-gens do jornal eletrônico Rondoniaovivo trou-xeram à baila uma discussão sobre o descaso das autoridades com o patrimônio histórico de Rondônia, principalmente com o que resta da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, que para muitos não passa de um amontoado de ferro que deveria ser vendido a uma fundição. E acredite, já teve gente que propôs essa insanidade. Com o avanço das águas do Rio Madeira em função dos início da operação da usina de Santo Antônio, parte desse patrimônio está se perdendo. Um sítio que pertence ao deputado federal Moreira Mendes, situado próximo a usina já perdeu mais de 70 por cento de sua área. E exatamente neste local existia o Marco Rondon, um monumento que marcava a divisão dos estados de Rondônia, Acre e Amazonas. A peça foi parar no fundo do rio e resgatada dias depois de uma denúncia feita por moradores e historiadores. Mas já era tarde, a peça estava toda quebrada. Agora vão tentar restaurar, mas se tivessem tido o cuidado necessário, isso não teria acontecido.

Da mesma forma, como esse patrimônio, que para muitos não quer dizer nada, foi destruído e ficaria no esquecimento não fosse pelas denún-cias. Dezenas, centenas e talvez milhares de peças estão se perdendo e ninguém se mobiliza para resolver o problema. O IPHAN, órgão responsá-vel por zelar por esse patrimônio simplesmente fecha os olhos ou se esconde no comodismo de afirmar que “a responsabilidade não é dele”. Tudo bem que existe uma hierarquia, mas o IPHAN bem

que poderia pressionar para que seja lá quem for o responsável assuma e resolva.

Movimentos sociais organizados precisam se mobilizar o quanto antes para tentar salvar o que resta da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, assim como os sítios arqueológicos encontrados ao longo do rio Madeira. Foram achados peças de barro, escrituras em pedras e outros artefatos que segundo o IPHAN “estão sendo catalogados”, mas ninguém nunca viu. Isso significa dizer que essas peças devem ser encaminhadas para mu-seus fora do Estado e quem sabe do País, como acontece com a EFMM. É mais fácil você saber de nossa história em museus londrinos ou no Rio de Janeiro do que por essas bandas.

Infelizmente teremos nos próximos anos notí-cias de peças, sítios arqueológicos e locais total-mente destruídos e muitos sequer sem registro. Outro exemplo gritante diz respeito a ponte que atravessa o rio Jacy-Paraná. Os engenheiros das usinas afirmaram que ela ficará submersa por cerca de três meses no ano, “mas ela vai aguen-tar”. Pois bem, ela não vai. Em uma das vezes que ela submergir não vai mais voltar e teremos no local apenas a lembrança daqueles que puderam ver um dia esse patrimônio. Lamentável que em Rondônia tenhamos que nos contentar apenas com histórias contadas pelos mais velhos e fotos, por que conseguimos ajudar a destruir, sem a me-nor cerimônia, a pouca história de nosso Estado. Talvez seja exatamente por causa de nossa falta de memória que tenhamos alguns representantes tão ruins em nossos parlamentos.

Alan AlexJornalista

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PAINEL POLÍTICO46 10 Março 2012

oPiniÃo

Revista Painel PolíticoUma publicação da A.D. Produções Audiovisuais EIRELE CNPJ 13.153.784/0001-30

Edição 06 (Março e Abril)Ano 2012Diretor executivoAlan Alex – 69.9248-8911E-mail – [email protected] chefeRafaela SchuindtE-mail - [email protected]

ReportagensAlan Alex ([email protected]), Paulo Andreoli ([email protected]), Paulo Queiroz (in memoriam), Laila Moraes ([email protected]), Rodrigo Erse ([email protected])

Comercialização e assinaturasRua Paulo Leal, 1062 – (69) 3219-3474 – [email protected]

Projeto GráficoCesar Prishinhuk FariaDiagramaçãoCesar Prishinhuk FariaIlustração de capaCesar Prishinhuk Faria

ImpressãoGráfica Renascer

Tiragem5 mil exemplares

PAINEL POLÍTICO 110 Março 2012 PAINEL POLÍTICO 110 Março 2012

ESPECIAL

ANO I - Nº 6 - 10 Março de 2012 - Porto Velho - Rondônia

Valor: R$ 6,50

Conta de energia pesa no

orçamento do rondoniense

DESENVOLVIMENTO

Três C

apelas E

co-R

esort

Refer

ência

em ec

otur

ismo

Porto de Porto Velho

Nova gestão, grandes desafios

Foto: Rose Brasil - ABr

Grilagem e favorecimento em licitaçõesEle ainda quer

governar Rondônia

Editorial – pág. 5 –linha 13 – Onde se lê: “Foi através da Dominó que Rondônia e o Brasil conhecram as entranhas da corrupção e teve acesso a detalhes sórdidos....”

Leia-se: “Foi através da Operação Dominó que Rondônia e o Brasil conheceram as entranhas da corrupção e teve acesso a detalhes sórdidos...”

Entrevista – pág.7- segunda pergunta – Onde se lê: “Qual foi o primeiro trabalho que você fez depois de ser escolher a Way?”

Leia-se: “Qual foi o primeiro trabalho que você fez depois de escolher a Way?”

Cotidiano – pág. 11–linha 3 – Onde se lê: “a falta de condições de trabalho aos médicos...”

Leia-se: “a falta de condições de trabalho dos médicos...”Capa –pág.14- título – Onde se lê: “Operação dominó,

seis anos se passou e apenas um foi preso”Leia-se: “Operação dominó, seis anos se passaram e

apenas um foi preso”Pág.14 – linha 03 – Onde se lê: “Assembleia Legislativa..”Leia-se: “Assembleia Legislativa...” O erro de acentuação gráfica na palavra “Assembléia”

ocorreu em outros trechos da matéria também.Desenvolvimento – pág.26 – linha – 2 Onde se lê: “Outro

setor que tem atraído hospede aos hotéis de Porto Velho..”Leia-se: “Outro setor que tem atraído hóspedes aos

hotéis de Porto Velho..”Pág. 27 – linha 10 – Onde se lê: “Os custos são altíssimos

e ao contrário do que pensa o mínimo para isso ocorrer é dois anos.”

Leia-se: “Os custos são altíssimos e ao contrário do que se pensa o mínimo para isto ocorrer é dois anos.”

Porto Velho –pág. 31-subtítulo – Onde se lê: “Virgem engravida? Pergunta feita uma adolescente de 15 anos”

Leia-se: “Virgem engravida?” Pergunta feita uma adolescente de 15 anos.

Cultura - pág. 44 – subtítulo – Onde se lê: “Enxugue suas lagrimas e siga em frente”

Leia-se: “Enxugue suas lágrimas e siga em frente”

ErrAmOs Falhas na edição nº 05 – 05 de Janeiro de 2012.

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PAINEL POLÍTICO 4710 Março 2012

Page 48: Painel Político - 6ª Edição

PAINEL POLÍTICO48 10 Março 2012

Natação para bebês

mas já foi um grande

mergulhador...

você não lembra,

Há 25 anos, a Aqua Sport Center ajuda bebes,

crianças, jovens e adultos a lembrarem

seus tempos na água!

Ensinando a nadar do jeito certo!Guanabara, 3685 - 3221-9662