painel ciclo bicho mineiro

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OBJETIVOS Avaliar a eficiência agronômica do inseticida Teflubenzuron em três doses, em comparação com os produtos Teflubenzuron e Profenofós + Lufenuron (já registrados para a cultura) visando o controle do bicho mineiro (Leucoptera coffeella), na cultura do cafeeiro. Tabela 1. Tratamentos aplicados em forma de pulverização na cultura do cafeeiro visando o controle do Bicho Mineiro (Leucoptera coffeella). RESULTADOS CONCLUSÕES De acordo com os resultados obtidos e analisados, conclui-se que o tratamento 2 e 5 não demonstraram boa eficiência; o tratamento 3 se mostrou eficiente em duas avaliações, realizadas aos 7 e 14 DAA; o tratamento 4 se mostrou como a melhor alternativa entre as três doses testadas apresentando controle eficiente até a avaliação de 21 DAA. Nenhuma dose ou produto apresentou fitotoxicidez às plantas de café. EFICIÊNCIA AGRONÔMICA DO INSETICIDA TEFLUBENZURON NO CONTROLE DO BICHO MINEIRO (Leucoptera coffeella ), EM CAFÉ. Luiz Henrique da Silva Lima 1 ; Daniel Sala de Faria 1 ; Sergio Pereira de Souza Junior 1 ; Eduardo Antonio Mangialardo 1 ; Paulo Francisco Maraus 1 ;José Usan Torres Brandão Filho 1 ; 1 Universidade Estadual de Maringá. [email protected] MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi conduzido na propriedade do Sr Luiz Martin, localizada na Estrada Sepetiba lote nº 220, Gleba Cianorte, no município de Cianorte-PR, durante o período de janeiro a fevereiro de 2009. A variedade de café utilizada foi a IAPAR – 59, no espaçamento de 3,0 m entre linhas e 1,00 m entre plantas com uma população de 3.333 plantas por hectare. O delineamento experimental utilizado seguiu o modelo de blocos ao acaso, com seis tratamentos e quatro repetições, com cada parcela possuindo área de 126 m 2 (9,0 m de largura x 14 m de comprimento), com três linhas da cultura com 14 plantas em cada linha. Utilizou-se um pulverizador costal à base de CO 2 , equipado com uma barra contendo um bico cônico D2-C13 e regulado para pressão constante de 45 PSI, o que proporcionou uma vazão 200 l de calda inseticida por hectare. As condições do tempo eram no momento da aplicação de céu claro, com temperatura 31,2ºC no início e 29,4ºC no final da pulverização, a umidade relativa do ar no inicio era de 56,1% e no final de 57,3%. Adotou-se como metodologia, a coleta de 20 folhas que apresentavam o sintoma de ataque das dez plantas centrais da linha do meio (parcela útil), sendo uma folha de cada lado exposto (lateral da linha) de cada planta. Essas 20 folhas por parcela eram colocadas em um saco de papel e, logo após a coleta, eram feitas as avaliações pertinentes ao ataque de L. coffeella. Nessas folhas foi feita a avaliação de distribuição da praga, avaliada por meio da contagem das folhas que apresentavam larvas vivas. A média aritmética das quatro repetições expressou o nível de ataque em cada tratamento. Os dados originais foram transformados e submetidos à análise de variância. As médias foram comparadas entre si por meio do teste de Tukey, em nível de 5% de probabilidade. As porcentagens de eficiência dos inseticidas testados foram calculadas pela fórmula de Abbott, e, de acordo com Nakano et al. (1981), foram considerados eficazes os tratamentos que superaram os 80%. Foi realizada a aplicação via pulverização no dia 07/01/2009, quando as plantas se encontravam em ataque variando de 18,75 a 22,50% das folhas com a presença de larvas vivas. Seis avaliações foram realizadas no total, sendo a primeira (avaliação prévia) no dia da instalação do experimento e momentos antes da pulverização. As demais aos 2, 7, 14, 21 e 28 dias após a aplicação (DAA). Tratamentos Doses p.c. (mL/ha) 1 Doses i.a. (g/ha) 2 1- Testemunha ---- ---- 2 - Teflubenzuron 150g/L SC³ 300,0 45,0 3 - Teflubenzuron 150g/L SC 400,0 60,0 4 -Teflubenzuron 150g/L SC 500,0 75,0 5 – Teflubenzuron 150g/L SC 250,0 37,5 6 – Profenofós 500g/L+ Lufenuron 50g/L CE 4 300,0 150,0 + 15,0 1 Produto comercial por hectare; 2 Ingrediente ativo por hectare; ³ Suspenção Concentrada; 4 Concentrado Emulsionável Tabela 2. Número de folhas com a presença de larvas vivas por parcela (Média) e porcentagem de eficiência (%Ef) dos diferentes tratamentos. Tratamen- tos Número de folhas com a presença de larvas vivas (Média), sendo avaliadas 20 folhas por parcela Av. Prévia 2 DAA* 7 DAA 14 DAA 21 DAA 28 DAA Média Média 1 % Ef. 2 Média % Ef. Média % Ef. Média %Ef. Média % Ef. 1 4,00 a 6,50 a ---- 8,0 0 a ---- 11,0 a ---- 14,25 a ---- 12,00 a ---- 2 3,75 a 2,00 b 69,0 2,0 0 b 75,0 2,50 b 77,3 5,00 b 64,9 4,50 b 52,5 3 4,50 a 2,00 b 69,0 1,5 0 b 81,3 2,00 b 81,2 4,00 b 71,9 3,75 b 68,8 4 4,25 a 1,25 b 80,8 1,5 0 b 81,3 1,75 b 84,1 2,75 b 80,7 3,25 b 72,9 5 3,75 a 2,00 b 69,0 2,0 0 b 75,0 2,75 b 75,0 5,75 b 59,6 4,75 b 60,4 6 4,25 a 1,50 b 76,9 1,5 0 b 81,3 2,00 b 81,2 2,00 b 86,0 3,50 b 70,8 C. V. (%) 38,89 37,04 39,19 27,72 34,59 25,09 1 Médias das quatro repetições do número de folhas apresentando larvas vivas por parcela, as quais quando seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si, pelo teste de Tukey, em nível de 5% de significância. 2 Porcentagens de eficiência, calculadas de acordo com a fórmula de Abbott. *DAA = dias após a aplicação.

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Page 1: Painel ciclo bicho mineiro

OBJETIVOSAvaliar a eficiência agronômica do inseticida Teflubenzuron em três doses, em comparação com os produtos Teflubenzuron e Profenofós + Lufenuron (já registrados para a cultura) visando o controle do bicho mineiro (Leucoptera coffeella), na cultura do cafeeiro.

Tabela 1. Tratamentos aplicados em forma de pulverização na cultura do cafeeiro visando o controle do Bicho Mineiro (Leucoptera coffeella).

RESULTADOS

CONCLUSÕESDe acordo com os resultados obtidos e analisados, conclui-se que o tratamento 2 e 5 não demonstraram boa eficiência; o tratamento 3 se mostrou eficiente em duas avaliações, realizadas aos 7 e 14 DAA; o tratamento 4 se mostrou como a melhor alternativa entre as três doses testadas apresentando controle eficiente até a avaliação de 21 DAA. Nenhuma dose ou produto apresentou fitotoxicidez às plantas de café.

EFICIÊNCIA AGRONÔMICA DO INSETICIDA TEFLUBENZURON NO CONTROLE DO BICHO MINEIRO

(Leucoptera coffeella), EM CAFÉ.Luiz Henrique da Silva Lima1; Daniel Sala de Faria1; Sergio Pereira de Souza Junior1; Eduardo

Antonio Mangialardo1; Paulo Francisco Maraus1;José Usan Torres Brandão Filho1; 1 Universidade Estadual de Maringá. [email protected]

MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi conduzido na propriedade do Sr Luiz Martin, localizada na Estrada Sepetiba lote nº 220, Gleba Cianorte, no município de Cianorte-PR, durante o período de janeiro a fevereiro de 2009. A variedade de café utilizada foi a IAPAR – 59, no espaçamento de 3,0 m entre linhas e 1,00 m entre plantas com uma população de 3.333 plantas por hectare. O delineamento experimental utilizado seguiu o modelo de blocos ao acaso, com seis tratamentos e quatro repetições, com cada parcela possuindo área de 126 m2 (9,0 m de largura x 14 m de comprimento), com três linhas da cultura com 14 plantas em cada linha. Utilizou-se um pulverizador costal à base de CO2, equipado com uma barra contendo um bico cônico D2-C13 e regulado para pressão constante de 45 PSI, o que proporcionou uma vazão 200 l de calda inseticida por hectare. As condições do tempo eram no momento da aplicação de céu claro, com temperatura 31,2ºC no início e 29,4ºC no final da pulverização, a umidade relativa do ar no inicio era de 56,1% e no final de 57,3%. Adotou-se como metodologia, a coleta de 20 folhas que apresentavam o sintoma de ataque das dez plantas centrais da linha do meio (parcela útil), sendo uma folha de cada lado exposto (lateral da linha) de cada planta. Essas 20 folhas por parcela eram colocadas em um saco de papel e, logo após a coleta, eram feitas as avaliações pertinentes ao ataque de L. coffeella. Nessas folhas foi feita a avaliação de distribuição da praga, avaliada por meio da contagem das folhas que apresentavam larvas vivas. A média aritmética das quatro repetições expressou o nível de ataque em cada tratamento. Os dados originais foram transformados e submetidos à análise de variância. As médias foram comparadas entre si por meio do teste de Tukey, em nível de 5% de probabilidade. As porcentagens de eficiência dos inseticidas testados foram calculadas pela fórmula de Abbott, e, de acordo com Nakano et al. (1981), foram considerados eficazes os tratamentos que superaram os 80%. Foi realizada a aplicação via pulverização no dia 07/01/2009, quando as plantas se encontravam em ataque variando de 18,75 a 22,50% das folhas com a presença de larvas vivas. Seis avaliações foram realizadas no total, sendo a primeira (avaliação prévia) no dia da instalação do experimento e momentos antes da pulverização. As demais aos 2, 7, 14, 21 e 28 dias após a aplicação (DAA).

Tratamentos Doses

p.c. (mL/ha)1

Doses

i.a. (g/ha)2

1- Testemunha ---- ----

2 - Teflubenzuron 150g/L SC³ 300,0 45,0

3 - Teflubenzuron 150g/L SC400,0 60,0

4 -Teflubenzuron 150g/L SC 500,0 75,0

5 – Teflubenzuron 150g/L SC 250,0 37,5

6 – Profenofós 500g/L+ Lufenuron 50g/LCE4

300,0 150,0 + 15,0

1 Produto comercial por hectare;2 Ingrediente ativo por hectare; ³ Suspenção Concentrada; 4 Concentrado Emulsionável

Tabela 2. Número de folhas com a presença de larvas vivas por parcela (Média) e porcentagem de eficiência (%Ef) dos diferentes tratamentos.

Tratamen-

tos

 

Número de folhas com a presença de larvas vivas (Média), sendo avaliadas 20 folhas por parcela

 

Av. Prévia

 

 

2 DAA*

 

 

7 DAA

 

 

14 DAA

 

 

21 DAA

 

 

28 DAA

 

Média Média1 % Ef. 2 Média % Ef. Média % Ef. Média %Ef. Média % Ef.

1 4,00 a 6,50 a ---- 8,00 a ---- 11,0 a ---- 14,25 a ---- 12,00 a ----

2 3,75 a 2,00 b 69,0 2,00 b 75,0 2,50 b 77,3 5,00 b 64,9 4,50 b 52,5

3 4,50 a 2,00 b 69,0 1,50 b 81,3 2,00 b 81,2 4,00 b 71,9 3,75 b 68,8

4 4,25 a 1,25 b 80,8 1,50 b 81,3 1,75 b 84,1 2,75 b 80,7 3,25 b 72,9

5 3,75 a 2,00 b 69,0 2,00 b 75,0 2,75 b 75,0 5,75 b 59,6 4,75 b 60,4

6 4,25 a 1,50 b 76,9 1,50 b 81,3 2,00 b 81,2 2,00 b 86,0 3,50 b 70,8

C. V. (%) 38,89 37,04 39,19 27,72 34,59 25,09

1 Médias das quatro repetições do número de folhas apresentando larvas vivas por parcela, as quais quando seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si,

pelo teste de Tukey, em nível de 5% de significância. 2 Porcentagens de eficiência, calculadas de acordo com a fórmula de Abbott. *DAA = dias após a aplicação.