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EXPRESSE-SE! Revista Regional | n.º 4 | Maio 2010 | ISSN 1647-6026 Publicação Gratuita | http://NativaMagazine.wordpress.com ESPECIAL EDUCAÇÃO A Pedagogia de Valores Entrevista Prioridade à Educação Pedro Mendes controle o seu tempo! Moda Para si, os sapatos são quase um vício? Património: Postais de Lousada Saúde SAL: Para o Bem e para o Mal Pág. 18 Pág. 26 Pág. 21 Pág. 08 Pág. 10 TONIFICAR: COXAS E GLÚTEOS FITNESS escrita: novos autores Pág. 24 Pág. 22 Uma publicação Vice-presidente e Vereador da Educação da Câmara Municipal de Paredes

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Revista Regional | n.º 4 | Maio 2010 | ISSN 1647-6026Publicação Gratuita | http://NativaMagazine.wordpress.com

ESPECIALEDUCAÇÃOA Pedagogia

de Valores

EntrevistaPrioridade à Educação

Pedro Mendes

controle o seu tempo!

Moda Para si, os sapatos são quase um vício?

Património: Postais de Lousada

Saúde SAL: Para o Bem e para o Mal

Pág. 18

Pág. 26

Pág. 21

Pág. 08

Pág. 10

TONIFICAR: COXAS E GLÚTEOS

FITNESS

escrita: novos autores Pág. 24

Pág. 22

Um

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blic

ação

Vice-presidente e Vereador da Educação

da Câmara Municipal de Paredes

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NVSM 4 / MAIO 2010S U M Á R I O

N V S M | M A I 2 0 1 002 HTTP://NATIVAMAGAZINE.WORDPRESS.COM

04. NOTÍCIAS

08. SAÚDESal

Para o Bem e Para o Mal

10. ESPECIAL EDUCAÇÃO

A Pedagogia de Valores

Entrevista

Prioridade à Educação:

Paredes Dá o Exemplo

18. GESTÃO DO TEMPO

Controle o Seu Tempo!

21. MODAPara Si, os Sapatos

São Quase um Vício?

22. FITNESSTonificar:

Coxas e Glúteos

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10

18

Na área da Saúde já está um bocadinho melhor, mas o serviço devia ser mais eficaz, não haver tanto tempo de espera.

JOSÉ LUÍS SILVAPAREDES

COLABORADOR DO JORNAL A BOLA

Nos Serviços de Saúde o aten-dimento devia ser mais rápido e os funcionários mais simpáticos; parece que nos estão a fazer um favor.

FERNANDA LEITEPAÇOS DE FERREIRA

COORD. SERV. EDUC. MUSEU MUNICIPAL

A localização da escola em Eiriz. Mas já arrancaram as obras da nova EB 2,3 situada no centro da freguesia.

ALBERTO COSTAEIRIZ, P. F.

PRES. CONC. FISC. ÁGUIAS DE EIRIZ

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ESCREVA-NOS: [email protected]

O que gostaria de ver melhorado na sua terra?OPINIÃO

PÚBLICA

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PUBLICAÇÃO MENSALMaio 2010 – N.º 4

DIRECTORA E EDITORASílvia Anjos

REDACÇÃO, EDIÇÃO E PROPRIEDADEMatéria Impressa®

Sílvia T. G. Anjos, Unip. LdaNIPC 508966744

REDACÇÃOR. Eng. Edgar Oliveira, 1774590-592 Paços de FerreiraTel./Fax: 255 892 [email protected]

PUBLICIDADE & MARKETINGTel.: 255 892 [email protected]

[email protected]ço de Assinatura 20 €

IMPRESSÃOGráficas AnduriñaTIRAGEM5000 exemplares

Publicação PeriódicaN.º DL: 305144/10N.º Registo ICS: 125811N.º ISSN: 1647-6026

24. ESCRITAO Problema da Ressurreição

Após Três Cervejas

26. PATRIMÓNIOPostais de Lousada

26

22

«O melhor investimento é formar cidadãos (…).» Pedro Mendes, vereador da Educação da Câmara Municipal de Paredes, o entrevistado desta edição da NATIVA Magazine, resume com a sua afirmação o espírito que percorre as páginas desta revis-ta. O tema especial da Educação apresenta ainda um excelente artigo da professora Quitéria Barbosa, sobre a relevância da pedagogia de valores, para professores, pais e todos os adultos que privam com crianças.

Para ficar em forma para o Verão, e em especial para elas, o “personal trainer” Juska compilou uma série de exercícios para tonificar coxas e glúteos. O Dr. Luís Moreira alerta para os perigos, mas também informa sobre os benefícios, do sal. Um jovem autor lousadense, Fernando Alves Mendes, revela o seu talento com um conto introspectivo e simbolista. De Lousada são também os postais ilustrados que publicamos na secção Património. E para que possa fazer tudo o que precisa, inclusive divertir-se, deixamos-lhe dicas sobre gestão pessoal, em “Controle o seu tempo”.

FELIZ MÊS DE MAIO! Sílvia Anjos, Directora

EDUCAÇÃO COM SENTIDO

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28. CONTACTOS ÚTEIS

30. AGENDAASTROLOGIA& PROVÉRBIOS

31. DIVERSÃOProezas Matemáticas

Soduku

A NATIVA VALE DO SOUSA MAGAZINE É IMPRESSA EM PAPEL RECICLADO.

A NATIVA VALE DO SOUSA MAGAZINE ESTÁ INTEGRALMENTE DISPONÍVEL ONLINE PARA LEITURA E IMPRESSÃO EM:HTTP://NATIVAMAGAZINE.WORDPRESS.COM

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EDITORIAL

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O município de Paços de Ferreira vai investir 150

mil euros na construção da nova Creche do Centro

Social e Paroquial de Carvalhosa.

Esta instituição é uma IPSS que desenvolve a sua ac-tividade no campo social de interesse concelhio. Dispõe de respostas sociais nas áreas da terceira idade, apoio domiciliário e infância. Graças a este investimento, verá assim satisfeito o propósito de ampliação e remodelação sinalizada na Rede Social.

A autarquia de Paços de Ferreira assume como ob-jectivos: alargar a rede de creches para apoio à infância, reforçar as estruturas de auxílio à terceira idade na assis-tência domiciliária, bem como aumentar a capacidade de respostas ao nível dos Centros de Dia.

NOVA CRECHE EM CARVALHOSAFOLIA EMLOUSADA

Os novos modelos de fardas e uniformes da Rogerfardas são funcionais,

claro, mas também muito fashion.

Na loja, em Felgueiras, encontra inúmeros artigos para todos os fins, que a Rogerfardas disponibiliza para venda ao público e revenda. Se aceder ao site www.rogerfardas.com pode obter informações sobre os serviços, bem como visitar a galeria de imagens com exemplos de uniformes e fardas da marca.

Nas fotos, Mónica Teixeira veste duas das suas mais recentes criações: um camiseiro-túnica para um gabinete de estética e uma bata de infantário.

FARDAS COM ESTILO

No final de Abril, o presidente da Câmara, Pedro Pinto, convocou os comerciantes locais para partilhar com eles o projecto de Requalificação Urba-

Requalificação Urbana em Paços de Ferreira

na, que envolve alterações de direcção de trânsito em algumas ruas, mudan-ças ao nível dos estacionamentos e parquímetros, bem como novidades

sobre o trânsito de pesados no centro da cidade. Os projectos das alterações estão expostos no hall de entrada do edifício da Câmara Municipal.

Até dia 8 de Maio, é ainda

possível assistir ao Folia – Festival

de Artes do Espectáculo, que se

realiza anualmente em Lousada,

e que nesta edição celebra uma

década de actividade.

Teatro, música, dança, artes plásticas e cinema estão em destaque no Auditório Muni-cipal, com companhias e artistas de renome nacional, tais como Pedro Barroso, o Teatro de Marionetas do Porto ou o Chapitô. O Jangada Teatro junta-se às festividades, come-morando também dez anos de existência.

Festival de Artes

do Espectáculo

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A CM PAREDES, EM PARCERIA COM A SMART VISION, ORGANIZA NOS DIAS 17 E 18 DE MAIO, EM LORDELO, AS 5.AS JORNADAS DE GESTÃO E MODERNIZAÇÃO AUTÁRQUICA, SOBRE O TEMA “REGIÕES CRIATIVAS – VISÃO E IMPLEMENTAÇÃO”. ENTRE OS CONVIDADOS ESTARÃO PEDRO SANTANA LOPES, AUGUSTO MATEUS (EX-MINISTRO DA ECONOMIA), OS PRESIDENTES DAS CÂMARAS DE LISBOA, FUNCHAL E PAREDES E GUTA MOURA GUEDES (PRESIDENTE DA EXPERIMENTA DESIGN).

PERSONALIDADES DA POLÍTICA NACIONAL

EM LORDELO

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3º RAID TT PAREDES ROTA DOS MÓVEIS

“O Novo Livro do Apocalipse ou da Revelação: para

um mundo de pessoas e de povos mais humanos” é o

título da mais recente obra do Padre Mário de Oliveira,

apresentada na Biblioteca Municipal de Penafiel, no

passado dia 16 de Abril.

Segundo o autor, este livro vem «pôr a nu as máfias dos três grandes Poderes: religioso, político e económico-financeiro». «Os três Poderes juntos – prossegue – são a mais perversa Trindade que se faz passar por Deus/pelo Absoluto na História e que exige dos seres humanos e dos Povos incondicional adoração/submissão.»

Os direitos de autor, provenientes da venda do livro, re-vertem integralmente a favor da conclusão do “Barracão de Cultura” da Associação Cultural e Recreativa “As formigas de Macieira” da Lixa.

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“O Novo Livrodo Apocalipseou da Revelação”

por PadreMário de Oliveira

Incluído no calendário nacional de

Todo o Terreno Turístico, Trial e Nave-

gação 4X4, realizou-se no sábado 17

de Abril, o 3.º Raid TT Paredes Rota

dos Móveis, iniciativa do Clube TT

Paredes Rota dos Móveis em parceria

com a autarquia local.

A prova incluiu trilhos acidentados a norte do concelho e nela participa-ram sessenta concorrentes, com jeeps preparados para um percurso com um grau de dificuldade elevado mas aces-sível. A partida teve lugar no centro da cidade, no Parque José Guilherme.

www.clubettparedes.com

Os alunos do Curso EFA de Ins-talação e Manutenção de Sistemas Informáticos da Profisousa, decidiram usar as aulas práticas para reparar com-putadores avariados de instituições de solidariedade social do concelho. Para tal, estão também a pedir às empresas, computadores que já não usem, a fim de retirarem peças para outros. Uma ideia interessante de reaproveitamento e ao mesmo tempo um serviço presta-do às instituições.

ALUNOS REPARAM

COMPUTADORES

Mário Frota anunciou, no passado mês de Abril, a inauguração de uma delegação da Associação Portuguesa de Direito de Consumo (APDC) nas instalações da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Felgueiras.

O gabinete funciona em regime de voluntariado nas áreas da infor-mação, investigação, formação e documentação. No dia 16 de Abril foi organizado, neste espaço, um workshop sobre consumo.

Novo gabinete de apoio ao

consumidor em Felgueiras

O PROJECTO “PREVINE PA-REDES” DESENVOLVE-SE NO CONCELHO DE PAREDES, DURANTE 24 MESES, POR INTERMÉDIO DA ASSOCIAÇÃO “PAREDES PELA INCLUSÃO SOCIAL” (APPIS) E ENVOLVE VINTE PARCEIROS LOCAIS. ESTE COMPROMISSO DE CO-LABORAÇÃO FOI PROMOVIDO PELO INSTITUTO DA DROGA E TOXICODEPENDÊNCIA (IDT) NO ÂMBITO DO PLANO OPE-RACIONAL DE RESPOSTAS INTEGRADAS (PORI).

“Previne Paredes”

UM LIVRO SOBRE OS TRÊS PODERES:RELIGIOSO, POLÍTICO E ECONÓMICO.

N O T Í C I A S

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LEIA AS ÚLTIMAS NOTÍCIAS DO VALE DO SOUSA NA INTERNET EM:HTTP:// NATIVAMAGAZINE.WORDPRESS.COM

06 N V S M | M A I 2 0 1 0 HTTP://NATIVAMAGAZINE.WORDPRESS.COM

O Campeonato do Mundo de Trial passou pelo Monte

do Pilar, em Paços de Ferreira, nos dias 24 e 25 de Abril.

O evento, que se tornou uma acontecimento fixo na

agenda dos adeptos da modalidade, é organizado pelo

Moto Clube de Paços de Ferreira.

Como é habitual, o acidentado Monte do Pilar, na fre-guesia de Penamaior, foi o local por onde as etapas foram distribuídas, tendo estas decorrido ao longo de 15 zonas. A

área junto à fábrica da Swedwood foi a escolhida para rece-ber o ponto alto do espectáculo. Numa rotunda próxima foi colocado um monumento dedicado à modalidade despor-tiva, que representa também um gesto de homenagem ao membro da direcção do Moto Clube de Paços de Ferreira, Rui Meireles, entretanto falecido, mas que foi um dos mentores desta prova do Campeonato do Mundo de Trial.

CAMPEONATO MUNDIAL DE TRIAL PROVAMONTEDO PILAR

Teatro, poesia, música, exposições, conferências e ateliês de formação são algumas das muitas actividades que integram o vastíssimo programa cultural do evento organizado pelo TC – Teatro de Cristelo em parceria com a Câmara Municipal de Paredes e a Junta de Freguesia local, contando

ainda com o apoio de outras entidades particulares e empresariais.

Entre o vasto conjunto de activida-des previstas nesta primeira edição, destaque para a criação do Prémio Nacional de Teatro Ruy de Carvalho, galardão instituído pelo TC e “etc”, que visa reconhecer o trabalho desen-volvido por uma personalidade na área

Promover e estimular a cultura através da arte é um dos principais

objectivos da primeira edição do “etc – encontro nacional de teatro”,

que se realiza no Centro Social e Paroquial de Cristelo, Paredes, até ao

dia 8 de Maio.

teatral (representação, encenação, dramaturgia, cenografia, etc.).

Júlio Cardoso, actor, encenador e director da companhia de Teatro Seiva Trupe, é o primeiro contemplado com o galardão que é entregue pelo próprio Ruy de Carvalho, no dia 8 de Maio, durante a cerimónia de encerramento do “etc”.

ENCONTRO NACIONAL DE TEATRO em Cristelo

Com base no Relatório Anual de Reci-clagem da Ambisousa, referente ao ano transacto, os habitantes do Vale do Sousa estão mais empenhados na reciclagem e mais cuidadosos em preservar o meio ambiente. Em 2009 foram recebidas mais de 9500 to-neladas de resíduos provenientes de recolha selectiva, o que representa um aumento de duas mil toneladas em relação a 2008.

Paredes foi o concelho que mais resíduos recolheu por este sistema, apesar de ao nível da reciclagem de Resíduos Eléctricos e Electrónicos, terem sido Penafiel e Paços de Ferreira os que mostraram melhores resultados.

N O T Í C I A S

A Câmara Municipal de Felgueiras vai oferecer a Toalha do Altar e as res-pectivas “toalhas de lavandas” e as da Eucaristia e Sacristias onde Bento XVI irá celebrar as cerimónias religiosas no Porto. As toalhas estão a ser bordadas na Casa do Risco, em Felgueiras.

No final da visita papal, Bento XVI levará consigo a Toalha da Sacristia. As restantes peças do conjunto ficarão na Diocese do Porto, passando para o Museu de Arte.

TOALHAS DO ALTAR DA MISSA DE BENTO XVI NO PORTO, ELABORADAS EM FELGUEIRAS

O JAPONÊS DA MONTESA, TAKAHISA FUJINAMI, SAGROU-SE O GRANDE VENCEDOR NO PILAR!

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O belo Monte do Pilar recebeu, no dia 23 de Abril,

o Encontro Distrital do PROSEPE, Clubes da Floresta

em Meio Escolar.

O encontro, que decorre anualmente num município do distrito do Porto, foi organizado este ano pelo Gabi-nete Técnico Florestal da Câmara Municipal de Paços de Ferreira, em parceria com o Coordenador Distrital do PROSEPE e com a participação especial do Clube da Floresta “Capra”, da Escola EB 2,3 Dr. Manuel Pinto de Vasconcelos, de Freamunde.

Compareceram 12 Clubes da Floresta com um total de 460 elementos, entre crianças e professores, a quem foram distribuídos questionários sobre determinados pontos existentes ao longo do percurso. O objectivo foi o de sensibilizar para as características de cada espécie arbórea, zonas de caça, etc. Cada criança teve ainda a oportunidade de fazer um teste sobre as boas práticas florestais, por forma a entender como é que a sociedade se preocupa e trata da floresta. Do programa constou igualmente um conjunto de actividades e espaços des-tinados à educação ambiental e florestal, para além de jogos tradicionais.

Nesta acção colaboram os Bombeiros Voluntários de Paços de Ferreira e Freamunde, GNR/GIPS, Associação Florestal do Vale do Sousa, SUMA, Autoridade Nacional de Protecção Civil, DREN, Autoridade Florestal Nacional, Coordenador Nacional do PROSEPE e Unidade de Gestão Florestal do Tâmega.

Encontro distritaldos Clubes da Floresta

Presente na conferência de imprensa, o presidente da Câmara Municipal de Paredes, Celso Ferreira, confirmou que a sua autarquia, tal como a congénere de Paços de Ferreira, apoiadas por empresas locais, vão fornecer gratuitamente todo o mobiliário para o altar papal.

As indústrias de mobiliário locais que responderam positivamente a este desafio foram a Antarte (cátedra de repouso), J. Moreira da Silva e CM Cadeiras (cadeiras para os convidados do clero e autoridades oficiais), F. Costa e Banema (painéis do altar), Lord Mader e Oficinas da Câmara Municipal (cruz do altar).

Mobiliário para o altar da Missa Papal no Porto fabricado em Paredes e Paços de Ferreira

Foi apresentado no passado dia 22 de Abril, no Paço

Episcopal da Sé do Porto, o altar para a celebração da

Missa Papal de 14 de Maio, na Avenida dos Aliados. Du-

rante a conferência, a comissão constituída pela Diocese

e pela Câmara Municipal do Porto enalteceu o apoio das

duas autarquias, associações e empresas envolvidas

neste evento.

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08 N V S M | M A I 2 0 1 0 HTTP://NATIVAMAGAZINE.WORDPRESS.COM

Basicamente existem dois tipos de sal, um

deles é o sal marinho que é extraído através

da evaporação da água do mar, e o outro é o

sal de rocha, também conhecido como sal-

gema, que é retirado das minas subterrâneas

que são resultantes de mares e lagos antigos

que secaram.

“Para o Bem e Para o Mal”

O SAL

O sal é uma combinação de cloro e sódio que serve, sobretudo, para tornar a comida mais saborosa. Quanto ao cloro, não existem doenças provoca-das pelo seu excesso ou carência, pois normalmente é regulado pelos rins.

POR ANTÓNIO LUÍS MOREIRA

MÉDICO | [email protected]

Já o sódio está ligado a uma série de doenças, sendo no entanto também essencial à vida e apresentando alguns benefícios.

Durante muito tempo o sal foi con-siderado precioso para a preservação dos alimentos e foi chamado de ouro branco. Os Gregos e Romanos utiliza-vam o sal como moeda para as suas compras e vendas e com este condi-mento os Romanos eram pagos, por isso surgiu a palavra salário que deriva de sal. Foi também considerado um artigo de luxo e só os mais ricos tinham acesso a ele.

Ainda hoje as últimas caravanas que sulcam o deserto do Sara e os Altipla-nos dos Andes e dos Himalaias, são as que recolhem o sal e o transportam para a indispensável alimentação de pessoas e animais.

O sal, além de melhorar o sabor dos alimentos, ajuda em algumas funções importantes do organismo, como a transmissão de impulsos nervosos e a contracção muscular. Sendo o sódio o principal ião positivo do fluido extra-celular, líquido no qual estão imersos todos os tecidos do organismo, inter-vém na regulação do volume do plas-ma (sangue) e do equilíbrio ácido-base.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), um adulto deve consumir por dia no máximo 6 gramas de sal de cozinha, o que equivale a uma colher

Um abuso ocasional de sódio não com-preende consequências imediatas, porque os rins eliminam o seu excesso através da urina. No entanto, no adulto, o uso excessivo de sal facilita o aparecimento de hipertensão arterial (sobretudo se essa tendência existe na família) ou agrava-a quando já existe, e contraria o efeito dos medicamentos que controlam a tensão arterial (anti-hipertensores). Nas crianças pequenas, o consumo frequente de alimen-tos salgados provoca uma hipertensão que se manifesta só com o passar dos anos.

Sal em excessoREFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

WWW.VIAKI.COM WWW.PAROLIMA.COM WWW.PROTESTE.PTWWW.CENTROVEGETARIANO.ORG

O SAL É TAMBÉM APELIDADO DE "VE-NENO SILÊNCIOSO", POR ISSO TRATE-O COM RESPEITO!

S A Ú D E

ATENÇÃO AOS ALIMENTOS PROCESSADOS

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Conselhos a seguir para a redução do consumo de sal:

Não utilize saleiro na mesa durante a refeição.

Prepare os alimentos com uma quantidade mínima de sal.

Utilize temperos como alho, cebola, vinagre, ervas aromáticas, pimenta, colorau, piri-piri, etc.

Evite alimentos industrializados, dê preferência ao consumo de alimentos naturais.

Leia sempre os rótulos dos produtos e verifique a quantidade de sódio dos alimentos industrializados.

Nem sempre uma comida com pouco sal significa uma comida sem gosto, sem graça, use e abuse das ervas aromáticas como: coentros, hortelã, poejos, oregãos, salsa, cominhos e outras.

de chá ou 2,4 gramas de sódio. Mas pesquisas revelaram que o consumo médio dos portugueses vai bem além disso, consumindo cada um cerca de 11 a 13 gramas diariamente.

Habituados a ir buscar o sal ao saleiro, muitas vezes esquecemos que ele já se encontra na maioria dos alimentos. Os que contêm só-dio naturalmente são os de origem marinha, lacticínios e legumes. Mas no topo da lista encontram-se os alimentos processados, como as conservas, o pão e os pré-cozinhados.

De acordo com um estudo inglês, 15% do sal que ingerimos provém do utilizado na cozinha e na mesa, 10% dos alimentos que o contêm naturalmente, e os restantes 75% que entram na nossa alimentação são de produtos alimentares processados. É preciso ter em conta que, por vezes, o sódio está presente em vários alimen-tos como forma de conservante e não é detectado pelas papilas gustativas, pois o sabor salgado apenas aparece quando misturado com o cloro.

O excesso de sódio contribui também para a falta de ar (disp-neia) e para os edemas (incha-ço das pernas ou do abdómen) de alguns doentes do coração. Além disso, o sal inflama as pa-redes das artérias, dificultando a circulação do sangue. Por outro lado, a retenção de líquidos provo-cada por excesso de sal traduz-se num aumento de volume de sangue no organismo, levando a que o coração e os rins sejam obrigados a trabalhar mais activamente para eliminar os líquidos em excesso.

A diminuição do consumo de sal reduz a tensão arterial num grande número de hiper-tensos e aumenta a eficácia dos medicamentos anti-hiperten-sores. Esta redução pode ser efectuada não adicionando sal (ou reduzindo gradualmente a sua quantidade), durante a confecção dos alimentos ou à mesa, e evitando ingerir alimentos salgados.

ENVIE-NOS AS SUAS QUESTÕES OU SUGESTÕES PARA:[email protected]

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10 N V S M | M A I 2 0 1 0 HTTP://NATIVAMAGAZINE.WORDPRESS.COM

POR QUITÉRIA BARBOSA

EDUCADORA DE INFÂNCIAESPECIALISTA EMEDUCAÇÃO [email protected]

OS VALORES E SUA PRÁTICA EDUCACIONAL

A pedagogia de valores

A essência dos valores é o seu valer, o ser valioso. Esse valor, não depende de apreciações subjectivas individuais, são valores objectivos, situados fora do tempo e do espaço. Os principais seriam: a paz, o amor, a justiça, a generosidade, o diálogo.

Os valores percebem-se mediante uma operação não intelectual – esti-mação. De estudos realizados, deduz-se que todo o valor tem uma polarida-de, que pode ser positivo e negativo, é o valor e o contravalor.

Qualquer valor está vinculado à reacção do sujeito que o estima. Há uns mais estimáveis que outros e que mediante uma hierarquia, estes podem classificar-se em vitais, materiais, mo-rais, estéticos e religiosos.

O termo valor está relacionado com a própria existência da pessoa, com a sua conduta, que configura e modela as suas ideias, condicionado os seus sentimentos. Trata-se de algo cam-biante, dinâmico, que, aparentemente, elegemos livremente entre diversas alternativas. Depende, em boa medida, da interiorização do amplo processo de socialização a partir das diversas instâncias socializadoras.

Crescer no desenfreado mun-

do actual, cheio de problemas,

não é tarefa fácil.

Os professores têm a com-

plicada missão de ajudar os

seus alunos a tomar decisões

e ajudá-los a viver da melhor

forma possível.

Os valores influem decisivamente na nossa existência; são a nossa autodefini-ção como pessoas. Ocupam o primeiro lugar na nossa escala de prioridades, uma vez que, constituem a mais queri-da e preciosa pertença; guiam todas as decisões que tomamos e configuram a própria natureza do nosso ser.

A necessidade de contar com um sistema estruturado para tomar de-cisões não conhece limite de idade. Mesmo que as crianças tenham menos oportunidades de tomar decisões que

os adultos, confrontam-se diariamente, no entanto, com várias questões:

Como me vou comportar?Com quem desejo fazer amizade?A que dedicarei o tempo livre?A que vou brincar?O que quero imitar?

Estas e outras questões semelhantes constituem a exteriorização dos facto-res que são importantes na vida das crianças. Os seus valores mudam con-tinuamente e é necessário examiná-los e clarificá-los à medida que se colocam repetidamente perguntas básicas:

Quem sou?Quem serei?Que mudanças estou a experi-mentar?

Deve-se compreender, observar e analisar a diversidade. Mais do que nunca, as crianças necessitam de aprender a ser tolerantes com os estilos de vida e os valores das outras pessoas.

Assim, o processo de clarificação de valores é imprescindível para que as crianças saibam manejar valores e tomadas de decisões à medida que vão crescendo.

E D U C A Ç Ã O

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E S P E C I A L

Há que acreditar que esta clarifica-ção de valores, uma vez apreendida, se transfere da infância para a vida adulta, da aula para o mundo futuro dos estudantes.

O professor desempenha um triplo papel no processo de clarificação de valores. A ele cabe ocasionar o momen-to propício para o desenvolvimento das actividades de clarificação dos valores: fornecer materiais, organizar e distribuir o tempo, dar instruções e facilitar a interacção; bem como as suas acções e as suas palavras devem ser congruentes.

Contudo, não se crê que os profes-sores devem “ensinar” os seus valores aos alunos. Isto não quer dizer que, o docente influencie os alunos com os seus próprios valores ou, mantenha uma postura de neutralidade: todos têm os seus valores definidos e o lógico é que cada professor os partilhe com os seus alunos. É, assim, conveniente que os alunos vejam os valores do professor como possíveis alternativas, não alternativas, não como os únicos válidos. Demonstrando aos estudantes que os valores constituem uma parte essencial da sua existência, o profes-sor pode validar todo o processo de formação de valores. Desta forma, o professor deve tomar parte activa no processo de clarificação, manifestando publicamente os seus próprios valores.

Por vezes, isto exigirá que participe nas actividades, partilhando respostas como membro do grupo. É recomen-dável, neste caso, que responda em último lugar, para que os alunos não sintam a tentação de o imitar ou de se lhe opor. Deve explicar-se, aos alunos, que estas actividades lhes permitirão compreender os seus valores. A forma de o focar dependerá, naturalmente, da idade das crianças. Às crianças muito pequenas pode-se-lhes dizer que é muito importante que se conheçam a elas próprias, ajudando-as a examinar as coisas mais importantes das suas

vidas, e avaliar as suas tomadas de de-cisões e também os seus sentimentos e pensamentos nesses momentos.

As crianças mais velhas serão ca-pazes de fazer uso da palavra “valor” adequadamente, desde que se tenha analisado, com elas, o seu significado acompanhado de exemplos.

É essencial criar um ambiente de confiança na aula. Tem de existir um cli-ma de afectividade e de aceitação. Com efeito, devem aceitar-se e fomentar-se as diferenças de opinião. Os alunos e o professor devem ajudar-se reciproca-mente e ser receptivos às necessidades de cada um. O plano de estudos tem de ser suficientemente flexível para atender às necessidades individuais dos alunos, em vez de constituir uma estrutura rígida e fechada.

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E D U C A Ç Ã O

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É necessário que os alunos não sin-tam ameaçada a sua intimidade. A exteriorização deve ser sempre volun-tária. O direito a “passar”, a evitar a participação, é ine-rente a todas as ac-tividades. Não se devem pressionar as crianças para que expliquem as suas posturas, nem para que defendam a sua decisão de não participar. Para que, a afirmação pública seja de utilidade no processo de formação de valores, deve ser fundamentada na livre escolha.

Não serão admitidas humilhações ou ofensas nem se poderá tomar ne-nhum colega como diferente, levando a um sentimento de inferioridade, quer seja de modo explícito ou implícito. Os

sarcasmos ou as ofensas sob aparência de gracejo são prejudiciais para o pro-cesso de clarificação. Os sentimentos e pensamentos expressos pelos alunos merecem respeito e atenção. Devem ser apreciados com o mesmo espírito com que foram manifestados e par-tilhados por aqueles que procuram aprender e evoluir.

No que se refere à comunidade educativa, é necessário que todos os implicados na sua construção, parti-cipem de forma efectiva e coerente. Desta coerência, necessitam os alunos; é imprescindível que aceitemos uns de-terminados objectivos, nem que sejam mínimos, sobre ideais educativos, que façam referência aos valores propostos.

Só desta forma se conseguirá, além de ensinar, educar, e assim: «Guiar a construção de uma personalidade hu-mana e forte», como o comprova Rubis, pedagogo e investigador nesta área, «é impossível educar sem princípios educativos e sem valores. É impensável a existência de uma escola de educação se não se tem uns princípios, não se res-peitam uns valores que dêem sentido

à ideia do homem, do mundo, da vida e do sentido da história…».

Inserir nos centros educativos uma pedagogia de valores e educar o aluno para que se oriente atribuindo um valor real às coisas. Por esta pedagogia, as pessoas implicadoras acreditam que a vida tem um sentido, reconhecem e res-peitam a dignidade de todos os seres.

Todos os valores que configuram a dignidade do Ser Humano, são o fun-damento de um diálogo que tornará possível a paz entre todos os povos.

O “mundo dos valores” também é o caminho do indivíduo, em seus desejos de auto realização e perfeição.

Neste caso, o objectivo da educa-ção é ajudar o educando a mover-se

livremente por um universo de valores para que aprenda a conhecer, querer e inclinar-se por tudo aquilo que seja no-bre, justo e valioso.

Educar em va-lores é educar mo-ralmente, porque são os valores que ensinam o indiví-duo a comportar-se como homem, esta-

belecer uma hierarquia entre as coisas, levar à convicção de que algo importa e não importa, vale e não vale, é um valor e um contra valor.

Além de tudo, a educação moral tem por objectivo lograr formas de entender a vida, de construir a própria história pessoal e colectiva.

A educação moral promove o res-peito a todos os valores e opções.

Não defende valores absolutos, nem tão pouco é moralista; não toma uma posição autoritária (uma solução única) nem uma posição liberal (fazer tudo o que apeteça).

«O valor é a convicção razoável de que algo é bom ou mau. É uma transformação que se vem formando em nós, desde a infância. Os va-lores autênticos são assumidos livremente e permitem-nos definir com clareza os objectivos da vida dando-lhe o seu pleno sentido. Ajudam-nos a aceitarmo-nos e a estimarmo-nos tal como somos, facilitando uma relação madura e equilibrada com as pessoas e as coisas.» Q.B.

A ESCOLA, POIS, DEVE INTE-RESSAR-SE E OCUPAR-SE DA EDUCAÇÃO MORAL QUE FAZ PARTE DA EDUCAÇÃO INTE-GRAL DA PESSOA, AJUDANDO OS ALUNOS A CONSTRUIR OS SEUS PRÓPRIOS CRITÉRIOS, PERMITINDO-LHES TOMAR DECISÕES, COMO ENFOCAR A SUA VIDA E COMO VIVÊ-LA E ORIENTÁ-LA.

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E S P E C I A L

PRIORIDADE À EDUCAÇÃO:PAREDES DÁ O EXEMPLO

«Em Paredes, estamos hoje a viver uma revolução.»

Proclamada a prioridade número um do Plano

Director Municipal do actual executivo de Pare-

des, a Educação está a ser objecto, por parte da

autarquia, de um investimento pioneiro ao nível

nacional. Porque fomentar o acesso a uma boa

educação é uma das formas comprovadamente

mais eficazes de garantir um futuro melhor às

SOBRE O MEGA PROJECTO EDUCATIVO DE PAREDESPELO VEREADOR DA EDUCAÇÃO, PEDRO MENDES

Nativa Vale do Sousa Magazine

(NVSM): Que papel a escola desem-

penha na sociedade?

Pedro Mendes (PM): A escola é o centro da formação da cidadania. A família é o seu núcleo fundamental, mas infelizmente, nos nossos dias, as famílias muitas vezes não conseguem dedicar a atenção necessária à educa-ção dos filhos. Com o projecto da escola a tempo inteiro, desde cedo, desde o pré-escolar até ao 1.º ciclo e ao ensino

secundário, ela assume essa função de formação da cidadania, formação dos nossos jovens. O termo [escola a tempo inteiro] quer dizer que forma as crianças em diferentes dimensões. Na dimensão que não existia no nosso tempo, que não existe ainda em muitas escolas do país: na dimensão humana. Hoje, oferece actividades de enrique-cimento curricular, como o inglês, a música, a actividade física e desportiva.

O Estado Social está no caminho

certo ao definir esta envolvência da formação na escola primária. A nossa responsabilidade, enquanto autarquia, é a de fornecer novas oportunidades de formação às nossas crianças, para além da fundamental actividade curricular normal, bem como criar as condições no terreno para que tal se torne realidade. Não basta ser um sistema muito bem desenhado e encontrarmos professores cheios de boa vontade e empenhados, mas que não conseguem fazer milagres.

POR SÍLVIA ANJOS

[email protected]

gerações vindouras, tal compromisso suscita mui-

tas expectativas. Pedro Mendes, vice-presidente

da CM Paredes e responsável pelos pelouros da

Educação, Cultura, Saúde, Inovação e Turismo,

acedeu esclarecer-nos sobre o arrojado Programa

Municipal Educativo, durante uma visita exclusi-

va ao novo Centro Escolar de Mouriz.

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«O melhor investimento é formar cidadãos (...)» Pedro Mendes, Vereador da Educação

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E N T R E V I S T A

«Em Paredes, e nos outros concelhos onde este esforço educativo está a ser fei-to, a qualificação da escola pública vai reforçar os laços daquilo que é o Estado Social, do que deve ser o Estado Social.» P. Mendes, Vice-presidente da CM Paredes

NVSM: Qual o principal objectivo

do vosso projecto educativo?

PM: O objectivo foi o de requalificar a escola pública, no sentido de que esta constitua efectivamente a grande opor-tunidade de formação das crianças. O que só se consegue, como é óbvio, com o esforço do trabalho diário das classes docente e não docente, mas também criando condições para que quem tra-balha nas escolas consiga desenvolver aquilo que é o projecto educativo do país. Havia aqui um desajustamento entre a política educativa e as condi-ções para o seu exercício no ambiente

escolar. Nós quisemos alterar essa rea-lidade. É por isso que estamos a fechar todas as escolas primárias do concelho de Paredes. Investimentos desta ordem só podem acontecer com massa crítica e concentração de recursos.

NVSM: O que serviu de base à

preparação do programa educativo

municipal?

PM: O estudo foi feito com base numa projecção demográfica, que é diferente de uma previsão. O grande problema do país é que ao nível do desenvolvimento local andaram-se a fazer investimentos com base em previsões e não em projecções. Uma previsão diz que se durante dez anos

«No início do séc. XX, finais do séc. XIX, houve uma revolução em Portugal, graças à boa vontade de muitos 'brasileiros', que na altura eram etiquetados como novos ricos – Camilo Castelo Branco contribuiu para catalogá-los de uma forma depreciativa e injusta. Graças so-bretudo a esses portugueses 'torna-viagem' foi possível uma tendência para a universalização do ensino. Tinha já havido um exercício ante-rior, com Costa Cabral, mas na zona onde vivemos, foram os 'brasileiros' que deram às nossas comunidades a oportunidade de ir à escola. As pri-meiras escolas públicas da região, como as de Cête e Louredo, foram construídas por esses senhores beneméritos, de que é exemplo Conde Ferreira. Foram esses por-tugueses que tiveram sucesso no Brasil que conseguiram perceber a importância da educação. A escola de Louredo tinha a seguinte frase escrita na fachada: 'Antes do pão, a educação, que é a primeira ne-cessidade do povo'. Isso foi escrito por um 'brasileiro', a própria escola foi construída por um 'brasileiro', e gerações e gerações de pessoas daquela comunidade tiveram aí a sua primeira oportunidade de for-mação. Foi ainda um desses homens o responsável pela primeira escola de alfabetização de adultos em Pa-redes, localizada em Cête.»

crescemos isto, nos próximos dez vamos crescer isto, e nada é assim. Apesar de termos ainda uma taxa natural em crescimento, já estamos a afinar pelo diapasão do país. O fenómeno de-mográfico vai alterar-se radicalmente nos próximos três anos. Quando em Lordelo, que é a maior freguesia do Vale do Sousa, só há cento e poucos nascimentos por ano, imagine como será no resto. A projecção disse-nos o que vai acontecer nos próximos anos, com todas as variáveis a ser tidas num exercício de avaliação demográfica.

Assim, não é por qualquer razão que dez freguesias do nosso concelho ficam sem qualquer escola.

NVSM: Na prática, em que consiste

e como se desenvolve este ambicioso

projecto municipal?

PM: Em Paredes, estamos hoje a viver uma revolução. Sendo certo que o sis-tema educativo está bem desenhado, sendo certo que o caminho tem de ser este, não vale a pena estarmos a discutir se temos de voltar atrás porque não é possível. É preciso criar condições para tornar a escola como elemento central da comunidade. E quando me refiro ao elemento central, não é como o cruzeiro da freguesia, é o elemento

central como espaço de atractividade. Para isso, as condições estruturais são muito importantes.

OS "BRASILEIROS"

UMA AVENIDA QUE LIGA À CIDADE

VAI PASSAR AO LADO DA ESCOLA.

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NVSM: O que pensa da tónica colo-

cada na Educação, ao nível nacional?

PM: Este último quadro de referência

estratégico deve ser aproveitado para fazer aquilo que para mim é a revolução necessária. Acho que o projecto educa-tivo que está agora a ser desenvolvido no país está no bom caminho. Veio um bocadinho tarde, já foram gerações e gerações de portugueses que perde-ram essa oportunidade de formação, mas está no bom caminho.

«Se a prática do desporto é um dos valores importantes da formação do carác-ter do cidadão, ela tem de acontecer do início, desde o jardim-de-infância.» P.M.

«Com os centros escolares a receberem crianças de várias lo-calidades, vamos assegurar o seu transporte, tal como acontece no ensino privado, em que se vai bus-car a criança a determinado ponto; pode não ser um autocarro, mas é um transporte dedicado. Isso já está a ser trabalhado em conjunto com as escolas, o município e com as próprias juntas de freguesia.»

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Há cinco anos, iniciámos este pro-jecto educativo com a acessibilidade universal das nossas crianças do 1.º ciclo ao chamado enriquecimento curricular. Porquê? Acreditamos que essa oportu-nidade de formação para a cidadania tem de acontecer desde cedo. Apesar da falta de condições, mas com boa vontade e com a colaboração sobre-tudo dos professores, começámos a desenvolver estratégias de recurso, acreditando que estas estratégias de recurso estariam resolvidas num prazo de 3-4 anos, o que efectivamente está a acontecer. E não é por acaso que, hoje, em todas as escolas primárias do concelho de Paredes, as crianças têm acesso a esta formação multidiscipli-nar: a actividade curricular normal e a actividade de enriquecimento curricu-lar, que é muito importante para a for-mação multifacetada, multidisciplinar do ser humano.

NVSM: O novo Centro Escolar de

Mouriz vai servir as populações das

freguesias de Mouriz, Besteiros, Vila

Cova de Carros e uma parte de Pare-

des. Insere-se ainda no complexo da

cidade desportiva.

PM: Toda esta área vai estar envol-vida com o chamado “anel verde” da cidade de Paredes, que começa no parque da cidade e vai criar uma gran-de circular a todo este espaço urbano. Esta escola vai estar nessa confluência. Acho que será uma das escolas do futuro. Daqui a 5-6 anos vamos poder visitá-la e ter uma noção clara de como será agradável para os alunos andarem aqui. A própria escola já oferece muita atractividade na formação, mas o es-paço exterior também vai ajudar. Eles vão poder praticar actividade física na cidade desportiva.

NVSM: Paredes prepara-se assim

para educar os cidadãos do futuro?

PM: O plano de educação está muito bem definido, no sentido de preparar as nossas crianças para serem melhores cidadãos no futuro e so-bretudo cidadãos mais competitivos. Isso é algo que muita gente não com-

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O GOVERNO ALARGOU O FINANCIAMENTO DESTE MEGA

PROJECTO EDUCATIVO PARA 80% DO VALOR TOTAL.

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E N T R E V I S T A

preende, mas nós temos de ser com-petitivos se quiser-mos viver melhor em sociedade. Na teoria darwinista do evolucionismo, não foram os ani-mais fortes que venceram, quem venceu no mundo e viveu melhor foi quem tinha estratégia. As sociedades modernas têm de perceber que não

temos de ser os mais fortes, temos de ser aqueles com a melhor estratégia. A educação é o elemento fundamental dessa estratégia. Só com a qualificação das nossas comunidades é que isso é possível.

Na minha geração, em cada 100 jovens, nem 20 chegavam ao 12.º ano. Isto acontecia ainda há menos de dez anos, mas nós temos de alterar o sentido. Toda essa dinâmica está a ser criada no concelho de Paredes, não só a partir da qualificação da escola primária, também está a acontecer na secundária, apostando na requalifica-ção dos 2.º e 3.º ciclos. O projecto EPIS procura resolver um problema que é de base e que tem que ver com tudo o que nós dissemos.

NVSM: E que projecto é esse?

PM: O projecto “Empresários pela Inclusão Social” (EPIS) é um projecto piloto em Portugal, que conta com mediadores nas escolas que estão a acompanhar as chamadas crianças de risco; aquelas que por alguma razão não conseguem, ou sentem mais di-ficuldades em prosseguir o caminho escolar. O seu funcionamento é muito simples. O que faz é trabalhar em total sintonia com as escolas de 2.º e 3.º ciclos. É aí que a região em que nos inserimos está com mais problemas. Todos os concelhos desta região estão

no “top ten” da pior fotografia. Isto é tanto mais grave quanto somos o eixo

da população mais jovem de Portugal. O impacto da nossa população jovem na população idosa é extraordinário. Para ter um exemplo, a média do país, se não estou em erro, será em cada 100 jovens há 140 idosos. Em Paredes, Pa-ços, Lousada e Felgueiras, é totalmente diferente, esta relação é inversa, em cada 100 jovens, penso que andará à volta dos 70 ou 60 idosos. Nós temos uma riqueza que mais nenhuma região no país tem. Falando em linguagem económica, temos um activo futuro, um bem de futuro. Se fossemos co-tados em bolsa, toda a gente queria comprar a grande capacidade que tem esta região, que é o capital humano. Então o que nos tem faltado? Estraté-gia, e sobretudo uma aposta decisiva na educação.

Temos uma população jovem, des-qualificada e sofremos de um paradoxo do desenvolvimento. Nas décadas de 80 e 90 ainda nos procuravam por aquilo que tínhamos para oferecer, que era a mão-de-obra desqualificada e ordenados baratos. Agora já temos mão-de-obra qualificada, mas nin-guém nos procura porque até é cara comparada com outros países, e muitas vezes desajustada daquilo que são as necessidades do próprio mercado.

NVSM: Está ultrapassada a polé-

mica gerada pelo encerramento de

algumas escolas, sobretudo no seio

das freguesias afectadas?

«O melhor investimento é formar cidadãos com essa multidisciplinaridade que proporciona a capacidade de sermos empreendedores no futuro. Mais tarde, até o cur-so pode não estar ajustado à necessidade do mercado, mas se tivermos a formação na cidadania e do empreende-dorismo, tenho a certeza de que cada cidadão de Paredes, e da nossa região do Vale do Sousa, saberá encontrar a melhor forma de resolver a sua solução de vida. E a solu-ção de vida é ser feliz. Agora ninguém consegue ser feliz sem educação, e ninguém consegue ser feliz sabendo que as oportunidades de vida lhe estão a ser negadas.»

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PUB

PM: A educação esteve no centro da atenção pelos maus motivos. Obvia-mente não tem de haver unanimidade, mas há questões que não nos podem dividir, pelo menos sectarismo não. Não é por acaso que há pouco lhe disse que o plano do sistema de ensino do país está bem desenhado e que é por este caminho que temos de seguir. Foi este governo, até um governo diferente daquele que lidera o nosso executivo socialista, que de alguma forma perce-beu que o país não podia desperdiçar outra oportunidade de um quadro comunitário para fazer aquilo que era necessário na educação.

Mas a comunidade revelou uma grande maturidade democrática no último momento eleitoral. Não é por acaso que nós crescemos e conse-guimos absorver a quase totalidade dos novos eleitores do concelho de Paredes. O desafio era grande, não é fácil dizer que vamos fechar 66 escolas. Sobretudo dizê-lo a freguesias que vão ficar sem qualquer equipamento...

«É mais fácil, mais barato, mais económico e sustentável, gerir 14 centros escolares do que 66 escolas.» P.M.

Eu sempre acreditei que no centro das decisões tem de estar aquilo que é importante. Tenho a certeza de que as famílias põem os filhos e não o cruzeiro da freguesia no centro das suas decisões. E a escola, agora, é que vai assumir-se como aquilo que será a identidade das comunidades. Agora, é que vai ser o “cruzeiro”, como o foi há cem anos com os “brasileiros”.

NVSM: O que distingue os novos

centros escolares de Paredes?

PM: O arquitecto Nuno Lacerda participou na nossa carta educativa, foi ele que nos ajudou a conhecer o estado da arte do mundo, o estado da arte em Portugal, e ajudou a definir aquilo que na minha opinião é o paradigma de uma escola primária em Portugal.

Todos os centros escolares têm o mesmo conceito, o que muda é a forma. Este tipo de escola é tão modular, que ele [o arquitecto] conseguiu encaixá-lo numa requalificação antiga, a escola da Sede em Paredes. O conceito per-mite uma organização muito simples, uma distribuição muito linear. Vai facilitar a vida aos professores, vai facilitar a pró-pria gestão, con-tribuindo para uma diminuição das despesas.

Ao longo de dois pisos en-contramos de um lado do cor-redor salas de aula, do outro salas de utiliza-

ção diferenciada (música, artes plás-ticas, ...). No piso de baixo funciona o pré-escolar e os 1.º e 2.º anos, no de cima os 3.º e 4.º anos. Ao integrarem diferentes níveis de escolaridade, os novos centros escolares ajudam à própria socialização da criança. O percurso torna-se ainda mais linear e despreocupado, reduzindo barreiras associadas a deslocações para outros estabelecimentos de ensino.

Para já asseguramos a abertura de cinco dos novos centros escolares no próximo ano lectivo, mas queremos ver se conseguimos que sejam seis (do 1.º ciclo). O mais adiantado é este e o de Gandra. Temos também o da Sede, Paredes, que é a tal requalificação de uma escola anterior. Ainda os de Vilela e Rebordosa. Este último é muito interes-sante. Parece uma casa romana; é este conceito num quadrado. Em Gandra o modelo é o mesmo, mas é uma escola maior do que esta [a de Mouriz]. Tem 16 salas, só do 1.º ciclo, e desenvolve-se em dois braços que fazem um enorme pátio interior.

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«OS ALUNO VÃO TER A SENSAÇÃO DE CHEGAR

A UM SÍTIO IMPORTANTE E MUITO AGRADÁ-

VEL. O AVAC (*) CRIA AS CONDIÇÕES IDEAIS

PARA QUE A CRIANÇA SE SINTA CONFORTÁ-

VEL; ESSA SENSAÇÃO DE CONFORTO É MUITO

IMPORTANTE.» P.M.

(*) O SISTEMA AVAC ENGLOBA OS SISTE-MAS DE AQUECIMENTO, VENTILAÇÃO E AR CONDICIONADO, OU SEJA O QUE PERMITE CONTROLAR OS VALORES MÁXIMO E MÍNIMO DA TEMPERATURA E DA HUMIDADE RELATIVA, BEM COMO A QUALIDADE DO AR INTERIOR.

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ORGANIZAÇÃO E GESTÃO PESSOAL

Faz parte daquela maioria que nunca tem tempo, quer para

fazer o que considera necessário, quer para cumprir com as obri-

gações, quanto mais arranjar uns minutinhos para fazer o que lhe

apetece? Pois este artigo foi escrito a pensar em si. Com algumas

noções de gestão do tempo, e aplicação da sua parte, é garantido

que vai conseguir organizar melhor o seu dia-a-dia. Acredite que

é possível manter o controlo da relação actividades/horas, ao

invés de ser dominado por aquela sensação de impotência face

à sobrecarga de afazeres.

Sabe qual é o segredo da gestão do tempo? A iden-

tificação das prioridades. Se não definir quais as suas

prioridades e objectivos de vida, não saberá aonde quer ir

e, assim, uma boa gestão do tempo não servirá para nada.

1. Dedique algum tempo a analisar quais os seus objecti-vos de vida, valores e motivações, não só ao nível pes-soal, como também da família/amigos e do trabalho.

2. Faça uma lista dos seus desejos sem ser muito crítico, elimine os completamente irreais e estabeleça objec-tivos a longo (5 anos), médio (1 ano/6 meses) e curto (1 mês/1 semana) prazos, para cada um dos planos: pessoal, família/amigos, trabalho.

3. Identifique os valores que considera mais importantes e estabeleça uma ordem de importância. Entre os va-lores mais prezados estão a sinceridade, a lealdade, o respeito, a honestidade, a amabilidade, a tolerância, ...

4. Escreva a sua declaração de missão, faça como as grandes empresas. Poderá ser algo como: “Melhorar a vida das pessoas com o meu trabalho e ser prós-pero”, “Partilhar o meu sucesso profissional com a minha família”, “Dedicar-me a fazer a minha família feliz sem prejudicar o meu crescimento”, “Aprender sempre e transmitir conhecimentos”, etc.

5. Descubra as suas motivações. Algumas das mais co-muns são: a recompensa (como salários e benefícios, ao nível profissional), resultados, realização pessoal, satisfação, integridade, equilíbrio e influência, para além de muitas outras motivações que cada ser hu-mano possa valorizar.

6. Importa que as suas decisões sejam tomadas com base nos seus objectivos, valores, motivações e, em caso de dúvida, a sua declaração de missão o ajude a clarificar.

PIRÂMIDE DE MASLOW

Nos anos 50, Abraham Maslow

identificou várias necessidades

e respectivos patamares, que as

pessoas têm de satisfazer. A sua

pirâmide ajuda-nos a compre-

ender as motivações básicas dos

seres humanos.

Em primeiro lugar, precisa-mos de comer e beber; depois de nos protegermos em relação aos predadores e outras pessoas; de seguida sentimos necessidade de fazer parte de um grupo; só a partir da satisfação deste nível passamos a ter necessidade de receber a apreciação desse grupo (valoriza-ção); finalmente podemos pensar na nossa realização pessoal (e na “arte de viver”).

POR SÍLVIA ANJOS

Controle o seu tempo!

O SEGREDO PRIORIDADES, OBJECTIVOS,

MOTIVAÇÕES E VALORES

G E S T Ã O D O T E M P O

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1º PASSO: REGISTAR O TEMPOPara ser bem sucedido no objectivo

de gerir da melhor forma o seu tempo, vai ter de fazer o seu registo. Esta é a forma mais eficaz de analisar e determi-nar como realmente gasta o seu tempo.

Estabeleça um período de duas se-manas onde não vale desistir logo que

a sua motivação comece a esmorecer. Lembre-se de que deve manter-se empenhado no propósito de gerir o seu tempo, pois as recompensas são aliciantes e vão desde a eliminação do stress, passando pelo reforço do seu autocontrolo, até ao apreço dos seus conhecidos.

EXISTEM DOIS MODOS DE REGISTAR O TEMPO:

1. Anote o tempo que gasta a reali-zar cada tarefa, não influencian-do contudo o seu desempenho. E anote o tempo de TUDO o que faz: da preparação do pequeno-almoço, da sua ingestão, de levar as crianças à escola, de tomar um café com os amigos depois do al-moço, das conversas telefónicas, de ir à casa de banho... tudo! Vai descobrir que, por vezes, antes de finalizar uma das actividades, já está distraído com outra, o que o faz demorar mais tempo

com as duas. Lembre-se de que

deverá realizar cada uma des-

tas duas opções de registo do

tempo durante duas semanas.

2. O segundo método utiliza um formulário dividido em secções de 15 e/ou 30 minutos. Ao fim de cada hora anote o que fez nesse período, incluindo os minutos que perdeu com os “ladrões de tempo” (interrupções várias, tais como chamadas telefónicas de amigos quando está no meio de uma tarefa considerada impor-tante e urgente).

Tempo é dinheiro! A avaliação do

tempo vai permitir-lhe descobrir o

valor do seu tempo. Vai revelar-lhe

quanto custa cada hora e minuto do

seu dia de trabalho.

Se a sua ocupação for doméstica, a avaliação do tempo continua a ser relevante. Sabe quantas horas perde no supermercado ou no café? Quantos mi-

PUB

Os cientistas denominam de variações cir-cadianas as oscilações de energia e capacidade de desempenho dos seres humanos ao longo do dia. Procure identificar a altura do dia em que está mais alerta e se sente em melhor for-ma, pois é também quando mais irá produzir. Para uns, a manhã é a parte do dia ideal para as actividades que exigem mais de si, para outros a tarde, e para outros ainda, é à noite que todo o seu potencial está no pico. Ideal-mente, deveríamos reservar a nossa melhor altura do dia para ocupar com as actividades ou assuntos que exigem mais de nós.

BIORRITMOS

OU VARIAÇÕES CIRCADIANAS

RÉDEAS FIRMES

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Sabe qual a altura

do dia em que está

no seu melhor?

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G E S T Ã O D O T E M P O

nutos dedica aos seus passatempos? Se fizer a análise do tempo que gasta em cada uma das suas actividades diárias, vai conseguir estudar uma forma de arranjar mais tempo livre para si. Siga esta sugestão, planeie criteriosamente a forma como faz as compras para a casa: primeiro verificando as faltas, depois elaborando com cuidado a lista de compras, organizando-a por ordem de disposição dos produtos ao longo do supermercado que frequenta, e finalmente realizando as compras apenas uma vez por semana.

2º PASSO:MELHORAR A PRODUTIVIDADE

Depois de analisado o seu tempo, há que dedicar-se a melhorar a produ-tividade. Para isso seleccione as tarefas que descobriu que lhe tomam mais tempo. Anote o tempo médio que

gasta a desempenhá-las. De seguida estabeleça um novo prazo para a sua concretização, almejando uma redução de cerca de 5 a 10%, e pense na melhor estratégia para o conseguir – por exem-plo, poderá eliminar diversas interrup-ções (os tais “ladrões de tempo”). Faça este teste durante algumas semana, até determinar se consegue mesmo reduzir o tempo de realização dessa tarefa.

Investir no planeamento é quase

como o código postal para o correio.

É basilar!

Seguem-se duas ferramentas fun-damentais para que consiga planear com sucesso:

AGENDA: A SUA MELHOR AMIGA

Use uma agenda. Uma só (sim-plificar também é uma palavra de ordem do planeamento). Onde anote tudo, da sua vida profissional, familiar e pessoal. Utilize-a para marcar os seus compromissos, traçar os seus objectivos e estudar os seus projectos, apontar os aniversários, esboçar os seus sonhos e desejos, marcar as férias, registar os seus progressos em gestão do tempo, etc.

Se for adepto das novas tecnolo-gias, adquira uma electrónica. O que interessa é que a tenha sempre à mão.

LISTA DE TAREFA: A GRANDE ALIADAFaça uma Principal e outra Diária,

que deve actualizar todos os dias à mesma hora, de preferência ao final do dia. Depois de escrever o que tem de fazer, vai sentir-se aliviado graças à sensação de segurança de já não se vir a esquecer. A Lista de Tarefas serve ainda para determinar o que realmente é preciso fazer e com que prioridade. É uma ferramenta para a gestão do tem-po que os grandes gestores vivamente recomendam.

É ainda importante que atribua prioridades às tarefas listadas, orde-nado-as por grau de urgência. Poderá dar uma nota a cada uma delas, de 1 (menos urgente) a 10 (mais urgente). Outra classificação muito utilizada é de A a E:

A) Importante e urgente: tarefas que devem ser realizadas imedia-tamente; B) Importante e menos urgente: tarefas que terá de concluir nos próximos dias e quando estiver no seu melhor; C) Menos importante mas urgente: tarefas que terá de realizar nos próximos dias, mas para as quais não precisa de estar no seu melhor; considere delegar estas ta-refas; D) Menos importante e menos urgente: tarefas a realizar quando achar melhor, podendo-as delegar; E) Sem importância e sem urgência: tarefas a realizar em algum momento; delegue ou esqueça-as.

PLANEAR: JÁ!

COLECÇÃO: GUIAS PRÁTICOSEDITORA: DECO/PROTESTEISBN 978-972-8162-75-7

LEIA O LIVRO SOBRE ESTE TEMA:

RESUMO PARA UMA BOA GESTÃO DO TEMPO

PERCA TEMPO COM AS SUAS LISTAS DE TAREFAS!

IDENTIFIQUE OS SEUS OBJECTIVOS DE VIDA, VALORES E MOTIVAÇÕES.ESCREVA A SUA DECLARAÇÃO DE MISSÃO.

REGISTE O SEU TEMPO. AVALIE QUANTO TEMPO DEMORA A REALIZARCADA UMA DAS ACTIVIDADES DO SEU DIA-A-DIA.

MELHORE A SUA PRODUTIVIDADE.

ESTABELEÇA OBJECTIVOS DE REDUÇÃO DE PRAZOS DE CONCRETIZAÇÃO DE TAREFAS.

DESCUBRA A ALTURA DO DIA EM QUE O SEU DESEMPENHO É MELHOR.

RECONHEÇA QUÃO CRUCIAL É O PLANEAMENTO.

FAÇA AMIZADE COM A SUA AGENDA.

O planeamento quotidiano é fundamental para a gestão do seu tempo. Existem várias fer-ramentas que o podem ajudar nesse sentido.

QUALQUER TIPO DE AGENDAÉ UMA BOA ESCOLHA

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M O D AHTTP://MODISSIMA.WORDPRESS.COM

MODA NACIONAL | CALÇADO | MULHER

Colecções Primavera/Verão 2010

VIRUS MODA

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http://virusmoda.com

A Chocolate Negro responde ao seu desejo com calçado vocacionado para uma mulher de espírito jovem, dinâmica e muito sedutora. Esta é a nova marca da AS – Indústria de Calçado, Lda, que também detém a Virus Moda.

Os sapatos da Virus Moda são vendidos em lojas selec-cionadas, de Norte a Sul do país, bem como no estrangeiro. Design contemporâneo, alta qualidade dos materiais e extremo conforto, resultante de formas que respeitam a anatomia feminina, caracterizam os seus modelos.

«Para a mulher actual, o sapato, muito mais do que uma necessidade, é um sedutor 'vírus', que sabe bem contrair.»

PARA SI, OS SAPATOS SÃO QUASE UM VÍCIO?

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F I T N E S S

COXAS E GLÚTEOSTonificar:

POR ADELINO RIBEIRO (JUSKA)

PERSONAL [email protected]

) Execute os seguintes exercícios de forma con-centrada e lenta. Não es-queça: “mente – músculo”, para melhores resultados.

NOTA:

ESTES EXERCÍCIOS MELHORAM O SEU METABOLISMO BASAL E TONIFICAM OS MÚSCULOS DAS COXAS, GLÚTEOS E LOMBARES.

http://juskatrainingsystems.com

Juska

LUNGE COM HALTERES

Coloque uma perna à frente, costas direitas, baixe a perna de trás até quase ficar no solo e volte à posição inicial. Execute 3 séries de 15 a 20 repetições em cada perna.

Costas direitas, pernas afastadas à largura dos ombros, baixe os halteres abaixo dos joelhos, mantendo a coluna vertebral direita, volte à posição inicial. Execute 3 séries de 15 a 20 repetições.

PESO MORTO COM HALTERES

Coloque a fitball atrás na zona dorsal, passe os elásticos por baixo dos pés, coloque a bola de futebol ligeiramente acima dos joelhos, baixe até à posição de 90º e volte à posição inicial. Faça 3 séries de 15 a 20 repetições.

AGACHAMENTO COM FITBALL

Exercite as suas coxas com a ajuda de uma cadeira e um par de halteres. Suba na cadeira 15 a 20 vezes. Execute 3 séries deste exercício.

EXERCÍCIO PARA AS COXAS

Material necessário para

executar estes exercícios:

> Fitball> Elásticos de resistência

intermédia

> Um par de halteres

> Uma cadeira

> Uma bola de futebol

CONSULTE O SEU MÉDICOANTES DE INICIAR UMA

ACTIVIDADE FÍSICA.

Exercícios para tonificar

coxas e glúteos que poderá

executar em casa ou no ginásio.

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Procure um ponto de apoio para prender o elástico. Coloque uma das pernas dentro do elástico, afaste-se do ponto de apoio até sentir alguma pressão no elás-tico e puxe até passar o outro pé. Execute 3 séries de 15 a 20 repe-tições.

Prenda o elástico ao pé e faça uma ex-tensão completa da perna. Neste exer-cício é necessário activar os músculos abdominais para es-tabilizar a coluna e evitar que arqueie a zona lombar em excesso. Execute 3 séries de 15 a 20 repetições.

ADUTORES

ACOMPANHE ESTES EXERCÍCIOS, PARA MELHORES RESULTADOS, COM UMA DIETA EQUILIBRADA E EXERCÍCIOS CARDIOVASCULARES.

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EXTENSÃO EM 4 APOIOS

Ponto de apoio, desta vez as duas pernas dentro do elástico, aqui novamente terá de se afastar até sentir pressão no elástico e vai fazer abdução até onde con-seguir. Execute 3 séries de 15 a 20 repetições.

ABDUTORES

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24 N V S M | M A I 2 0 1 0 HTTP://NATIVAMAGAZINE.WORDPRESS.COM

Tentei encontrar uma planície pacífica, silenciosa, irmanada de uma brisa morna e trigo ondulado numa enfatização dou-rada, para escrever este texto; um trigal sem a mesura coligida da lógica assente das pautas encarniçadas do tempo dos relógios e das vicissitudes quotidianas dos transeuntes que me vissem a escrevê-lo. Desisti. Fiquei em casa, junto a uma fotografia da minha infância e almejei compenetrar-me nos vestígios do dia de sol em que brincava e era inconscientemente feliz, porque as ilhargas expressivas do meu rosto ainda não tinham sofrido a erosão pendular do mistral ignóbil da dúvida assolapada da razão.

Lembrei-me do quão distantemente parece encastoada ao indizível toda uma sensação para perfilhá-la numa sequência racional pluriforme, embora contígua à

reminiscência alheia, que subordina a ter-nura a uma aceitação espiritual comum, transcrevendo-a alfabeticamente em aliterações de sonância entendíveis. Assim, demorei a convencer a minha mão que ela mesmo transportava as transidas segrega-ções dos limites supurados da infância e as cristalizadas fórmulas empíricas de um tempo perpétuo que ainda não encetou em terminar-se. Depois, acreditei-me como um corpo durável, como uma massa mol-dada pelo drama dos esforços evolutivos e pelo humor das madrugadas. As palavras regressavam de uma viagem exuberante e vieram enrodilhar-se a meus pés, como um cão ontológico, como se me incitas-sem a brincar a uma simulação de caça através de algum objecto feito de opaci-dade gnóstica que atirasse para um largo qualquer do dia. Curioso o nome desse cão: supus de seu nome Ressurreição, pois respondia somente a essa palavra. Enfim, havia já uma seara substituída por uma fotografia de infância, um cão chamado Ressurreição e a minha própria carne, de onde partia um membro conivente com uma mão na extremidade sensível. Já

só faltava o resto do mundo onde os três pudessem existir. Com o afecto que trans-miti ao meu cão, nasceram complacências feitas de pêlo eriçado entre cinco dedos. Cri que cinco dedos correspondiam a cinco dias úteis. O fim-de-semana surgiu quando, ora eu olhava para o corpo do meu cão, ora o meu cão olhava para mim, admiti ser dois o número de existências que possuíam a capacidade de vislumbre. Sete dias. Faltava, todavia, descobrir o que demarcava o espaço temporal de cada dia, o que lhe torneava o princípio e o fim, de forma a este cessar e um novo dia consequente surgir. Seria a nossa forma de comunicar, seriam os nossos particulares gestos concomitantes, a última cútis de cada dia? Concebi que sim. Rasguei uma longa estira epidérmica dessa pele e fiz, uma coleira. Coloquei-a em volta do pescoço do meu cão. Materializei a minha crença em animal de estimação.

Entre mim e o meu canino amigo formaram-se vielas, ruas, áleas, alame-das, coutadas, avenidas. Ao longo destas, outros cães encontraram seus amos e

O Problemada Ressurreiçãoapós três Cervejas

APARIENTE, ADJ. S.M.: QUE OU AQUILO QUE ABRE OU DESPERTA O APETITE; APERITIVO.ARRIMO, S.M.: ENCOSTO, APOIO, AMPARO.ÁSCUA, S.F.: BRASA VIVA; FIG. CHAMA (DO OLHAR).ATONIA, S.F.: FRAQUEZA, DEBILIDADE GERAL, INÉRCIA.AXIOMÁTICO, ADJ.: INCONTESTÁVEL, QUE DIZ RESPEITO AO AXIOMA; AXIOMA, S.M.: PROPOSIÇÃO TÃO EVIDENTE QUE NÃO PRECISA SER DEMONSTRADA.BABÉLICO, ADJ.: RELATIVO À TORRE DE BABEL; CONFUSO; GIGAN-TESCO, MUITO ELEVADO.BÁQUICO, ADJ.: RELATIVO A BACO OU AO VINHO.BAGULHO, S.M.: GRAINHA.CARDENHA, S.F.: REG. CASEBRE POBRE.CARDINA, S.F.: GRUMOS DE IMUNDÍCIE AGARRADOS À PELE DOS ANIMAIS; SUJIDADE NA PELE DAS PESSOAS.

DEDÁLEO, ADJ.: EMARANHADO, INTRINCADO; ENGENHOSO, PRIMO-ROSO, MUITO SUBTIL.EMBORNAL, S.M.: ESPÉCIE DE SACO COM RAÇÃO.GNÓSTICO, ADJ. S.M.: RELATIVO A GNOSE OU A GNOSTICISMO;GNOSE, S.F.: O SABER POR EXCELÊNCIA.IMO, S.M.: O QUE É MAIS ÍNTIMO, ÂMAGO.LUCILAR, V.: TREMELUZIR.MISTRAL, S.M.: VENTO FORTE DO NORDESTE (NO MEDITERRÂNEO).OPÚSCULO, S.M.: LIVRO PEQUENO SOBRE ARTES, CIÊNCIA, ETC.; FOLHETO.PARÓNIMO, ADJ.: GRAM. DIZ-SE DO VOCÁBULO QUE TEM A MESMA ORIGEM QUE OUTRO, QUE TEM O MESMO COMEÇO OU A MESMA TER-MINAÇÃO OU UM SOM SEMELHANTE, COMO: HOMÓNIMO E SINÓNIMO, CONFUSÃO E CONTUSÃO, ETC.PLÚMBEO, ADJ.: COR DE CHUMBO OU RELATIVO A CHUMBO.SERÁFICO, ADJ.: FIG. MÍSTICO; BEATÍFICO; PARADISÍACO.SITÓFAGO, ADJ. S.M.: QUE SE ALIMENTA DE TRIGO.TENTÂMEN, S.M.: TENTATIVA, ENSAIO.

E S C R I T A

POR F. M. ALVES MENDES

TÉCNICO DE BIBLIOTECAESTUDANTE DE [email protected]

PALAVRAS COM SENTIDO

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Autor: Fernando Miguel Alves Mendesconstruíram casas com quintais tal como a casa onde eu e o meu cão coabitávamos. Os outros cães respondiam pelos nomes de Imortalidade, Perenidade, Eternida-de, Infinito, Esperança, Além-Mundo e outros vocábulos da mesma natureza semântica.

Fluí pela passagem das estações como um bagulho axiomático vislumbrando o apetite voraz da vida em báquico augú-rio. A beligerância dos meus olhos fez do mundo uma pretensa capicua repleta de inexistências carnais, que nunca admiti da defluxão do meu espírito estivador. Eu e o meu cão brincámos a humanos na procura endémica do nosso próprio e comum imo; fizemos da alegria e da tristeza o embornal da nossa fome e sem-pre regressávamos à cardenha do nosso tentâmen definitivo, diariamente, pela calcorreada cantilena da ingenuidade.

Confesso que a minha infância foi uma áscua flutuante por um imenso rio, que nunca descobri nos mapas mais minuciosos. A geografia do mundo dos meus pés obedecia ao tráfego de uma voz imersa numa outra voz que me parecia, ou julguei que sim, vinda do outro lado de um matagal desconhecido. Com o tempo, eu e o meu cão aturdimos a feli-cidade de ambos com o delatório desejo de limpar a cardina dos nossos corações antípodas. Cada dia que passava era um badalo inconstante lembrando-nos da nossa solidão. Depois, o silêncio. O silêncio. Duvidei do meu cão. O meu cão, imagino, duvidou de mim. Criámos,

assim, uma afinidade emocional baseada na dúvida, na incerteza atonia que nos aviltou sem outro remédio que não o de vivermos separados por um tédio seráfico. A fenda que os unia sugava a nossa seiva para um desejo de retorno ao longínquo. A diferença entre a existência e a vida é que a existência é um passo e a vida é a viagem de regresso, sem retrocesso.

Os outros cães procuraram o meu cão, ou ao contrário – não sei precisar. O parónimo de suas existências atraiu-os tal como um uivo de retranca, lucilar e dedáleo. Por longos tempos, perdi o meu cão, eu não consegui identificá-lo nos olhos dos outros, que também tinham perdido seus cães, nos seus gestos, nos seus vultos, na palma de suas mãos, nas suas lágrimas plúmbeas, nos antepastos dos íntimos sonhos e, com mais intensidade sôfrega, nos aperientes dos seus semblan-tes sérios e pesarosos. Inútil. Tudo revelou-se inútil. O arrimo de nossa perseverança levou somente a que consentíssemos uma linguagem anti-babélica, por vezes ineficaz, através de testemunhos oculares feitos de paródias verbais assombrosas. Limitamo-nos a obedecer ao mínimo de infracções possíveis que constituições, leis e decretos, que impusemos uns aos outros, declaravam ser a modernidade do nosso estado evolutivo. O mundo cresceu a partir dessa altura; na verdade, tornou-se inacessível, por isso, construímos veículos de variada espécie animal e mecânica para nos transportarmos de um ponto a outro ponto, minimizando o esforço corpóreo para nos vermos. Viajámos na

carlinga da nossa desocupação durante séculos. Por ânsias de olhares altivos, descobrimos novas terras, novos mares, novos céus. Tropeçámos em nós próprios e caímos num poço sem fundo. Para nos entretermos durante a queda, escrevemos versos, pintámos telas, conjugámos sons, esculpimos heróis, morríamos, vezes sem conta, através da mescla dos nossos medos. Para nunca nos esquecermos dos que nos esqueceram, porque se lembra-ram de nós e tiveram piedade, criámos feriados, para lhes colocarmos flores em campas e cantarmos hinos e rezas em voz desequilibradamente uníssona. O silêncio fere-nos agora mais do que nunca. O silêncio prova, com toda a evidência, que a verdade é um opúsculo de folhas frágeis, perdido numa biblioteca volátil, onde as nossas mãos de pedra fecham o portal aos nossos dedos desastrados. Algures nesse pequeno livro, deve estar escrito que a nossa verdade eterna é o último olhar triste que o animal de estimação de cada um lançou antes de desaparecer na derradeira curva de nós mesmos. Mas isso é o que penso após a terceira cerveja. Não tenho a mínima certeza – também eu fiquei com uma trela desabitada pela Ressurreição na mão e também eu sou um sitófago deicida que sorri numa fotogra-fia que envelheceu.

COLABORE COM A NATIVA MAGAZINE

ENVIE-NOS OS SEUS TRABALHOS PARA:[email protected]

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TRADUÇÕESPAGINAÇÃO

Processamentode Texto

Comunicadosde Imprensa

[email protected]

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TORRE MEDIEVAL (VILAR DO TORNO E ALENTÉM)Construção de inspiração militar mas que terá sido

utilizada para fins civis. Data dos finais do séc. XIII, princípios do séc. XIV. Ergue-se no cimo de um pequeno outeiro e sobressai pela sua altura, atingindo 14 metros. Destaca-se ainda pelo arco de volta perfeita da entrada.

P A T R I M Ó N I O

Postais de Lousada

Lousada é herdeira de um património arque-

ológico riquíssimo, com origem nas ancestrais

comunidades neolíticas que se fixaram na região.

O concelho é fértil em interessantes exemplos arquitectó-nicos, não só do período românico, como também de épocas mais chegadas, como é o caso das nostálgicas casas solaren-gas que dominam vastas quintas recentemente reanimadas.

Nestas duas páginas apresentamos-lhe uma ínfima amostra do património que Lousada tem para oferecer aos visitantes. Não se esqueça de que vale a pena descobrir tam-bém outros tesouros locais, tão interessantes quanto estes...

FONTE: CÂMARA MUNICIPAL DE LOUSADAFOTOGRAFIAS: ANA NUNES

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CAPELA DO SENHOR DOS AFLITOS (LOUSADA)No coração de Lousada ergue-se a majestosa Capela

do Senhor dos Aflitos. Situada sobre o cume de um monte outrora denominado de Monte das Pedrinhas, uma modesta capela em madeira foi transformada, entre 1857 e 1892, na actual construção que domina a vila de Lousada. A igreja moderna é uma obra de gosto neo-clássico.

IGREJA DE SANTA MARIA (MEINEDO)Monumento do estilo românico tardio, consagrado em 1262, caracterizado por uma austeridade ornamental no exterior. O interior contrasta com retábulos em talha dourada e a imponente imagem de Nossa Senhora das Neves, datada do séc. XIV.

IGREJA DO SALVADOR (AVELEDA)Monumento da segunda metade do séc. XIII, de estilo

românico. O tecto da capela-mor é datado de 1723. No arco cruzeiro foi recentemente descoberta uma pintura sobre madeira de elevadíssimo nível.

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COLECÇÃO DE OITO POSTAIS COM LINDAS FOTOGRAFIAS DE ANA NUNES. AS FLORES SÃO ACOMPANHADAS DE PENSAMEN-TOS APROPRIADOS A DIFERENTES OCASIÕES.

Flores & Pensamentos

Para adquirir estas colecções ou postais individuais, contacte-nos: [email protected]; t. 255 892 088

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HTTP://NATIVAMAGAZINE.WORDPRESS.COMN V S M | M A I 2 0 1 028

CÂMARAS MUNICIPAISFelgueirasTel.: 255318000 [email protected].: 255820500 [email protected]ços de FerreiraTel.: 255860700 [email protected] Tel.: 255788800 [email protected].: 255710700 [email protected]

SEGURANÇA SOCIALFelgueirasTel.: 255310510LousadaTel.: 255810330 Paços de Ferreira Tel.: 255862231 ParedesTel.: 255785885 PenafielTel.: 255718980

CENTROS DE EMPREGO FelgueirasTel.: 255314010 [email protected].: 255710780 [email protected]

ENSINO SUPERIOR Instituto Superior de

Ciências da Saúde do Norte

Tel.: 224157100 [email protected] Escola Superior de

Tecnologia e Gestão de

Felgueiras Tel.: 255314167 [email protected] – Felgueiras

Instituto Superior de

Ciências Educativas

Tel.: 255318550 [email protected]

ENSINO TÉCNICO E PROFISSIONAL CENATEX – Pólo de

C O N T A C T O S Ú T E I SFelgueiras

Tel.: 255926878 [email protected] P F – Ensino Profissional

de Felgueiras

Tel.: 255312419 [email protected] PROFISOUSA – Paços de

Ferreira

Tel.: [email protected]

SAÚDEN.º Nacional de Socorro: 112Saúde 24: 808242424Intoxicações: 808250143Hospital Padre Américo – Vale do SousaTel.: 255714000Felgueiras Centro de Saúde Tel.: 255310920 Linha Azul: 255311930 Extensões de Saúde

Barrosas Tel.: 255330149 Jugueiros Tel.: 255346058 Lixa Tel.: 255496468 Longra Tel.: 255341436 Marco de Simães Tel.: 255491864 Regilde Tel.: 253481994 Serrinha Tel.: 255491601LousadaCentro de SaúdeTel.: 255912228 Linha Azul: 255811122 Extensões de Saúde

MeinedoTel.: 255829343 Pereiras – Caíde Rei Tel.: 255821343 Bouça Cova – LustosaTel.: 253584330Paços de Ferreira Centro de Saúde Tel.: 255962506 Linha Azul: 255861133 Extensões de Saúde

Freamunde Tel.: 255880500 ParedesCentro de SaúdeTel.: 255782318

Linha Azul: 255782537Centro de Saúde de Rebordosa Tel.: 224112266 Extensões de Saúde

Outeiro – BaltarTel.: 224151669 Rua da Estação – Sobreira Tel.: 224331525Gandra Tel.: 224111208 Lordelo Tel.: 224442720Cristelo Tel.: 25578 454PenafielCentro de SaúdeTel.: 255712294Linha Azul: 255712448Centro de Saúde de Termas de São VicenteTel.: 255616187 Extensões de Saúde

AbragãoTel.: 255942170 Calvário – Perozelo Tel.: 255942241 Galegos Tel.: 255729040Guilhufe Tel.: 255718530

FARMÁCIASFelgueiras Farmácia Coelho Costa

Tel.: 255330330Farmácia Estela

Tel.: 255924572Farmácia Helena Freitas

Tel.: 255341002Farmácia J. Reis

Tel.: 255922640Farmácia Rodrigues

Tel.: 255331530Farmácia Sampaio

Tel.: 255924 600Farmácia Nova Jugueiros

Tel.: 255346627Farmácia Mendes

Tel.: 253588699Farmácia Lima

Tel.: 255483104Farmácia Teixeira

Tel.: 255483137Farmácia Morais

Tel.: 255483359Farmácia Queirós

Tel.: 255491896Lousada Farmácia Fonseca

Tel.: 255912141Farmácia Ribeiro

Tel.: 255912231Farmácia Aveleda

Tel.: 255822367Farmácia Silva Rocha

Tel.: 255911588Farmácia Silva Marques

Tel.: 253580510Farmácia Lopes Caçola

Tel.: 255811662Farmácia Amândio

Tel.: 255812680Farmácia Sousa e Silva

Tel.: 255821350Paços de Ferreira Farmácia Antero Chaves Tel.: 255865004Farmácia Moderna

Tel.: 255862472Farmácia Mata Real

Tel.: 255862350Farmácia Central Barros

Tel.: 255879140 Farmácia M. Soares

Tel.: 255881593Farmácia Neves

Tel.: 255965180Farmácia Modelos

Tel.: 255861310 Farmácia Penamaior

Tel.: 255864504Farmácia Frazão

Tel.: 255892079Paredes Farmácia Central da

Sobreira

Tel.: 224330541 Farmácia Central de

Rebordosa

Tel.: 224442073 Farmácia Confiança

Tel.: 255781272 Farmácia de Recarei

Tel.: 224339060 Farmácia Ferreira de Vales

Tel.: 224113522 Farmácia Lusa

Tel.: 224441837 Farmácia Maria Adelaide

Tel.: 224114669 Farmácia Moderna

Tel.: 255783190 Farmácia Nogueira

Tel.: 224442105 Farmácia Ruão

Tel.: 255785572 Farmácia Sr.ª da Guia

Tel.: 224159794

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Farmácia Sr.ª do Vale

Tel.: 255755031 Farmácia Vasconcelos

Tel.: 224151610 Farmácia Vitória

Tel.: 255782024 Penafiel Farmácia Castro

Tel.: 255942272Farmácia Cruz Raimundo

Tel.: 255726350Farmácia Regina

Tel.: 255614231Farmácia Guilhufe

Tel.: 255725031Farmácia Barbosa

Tel.: 255752515Farmácia Gomes

Tel.: 255612211Farmácia Jardim Noites

Tel.: 255942222Farmácia Mora Torres

Tel.: 255677215Farmácia Sousa Rocha

Tel.: 255610368 Farmácia Moreira

Tel.: 255731122Farmácia Confiança

Tel.: 255213131Farmácia Miranda

Tel.: 255711254 Farmácia Oliveira

Tel.: 255212425Farmácia do Sameiro

Tel.: 255713071 Farmácia Stª Casa da

Misericórdia

Tel:. 25524133

PROTECÇÃO CIVILN.º Nacional: 214247100SOS Incêndios: 117Felgueiras Bombeiros Voluntários

FelgueirasTel.: 255926666/255922221 LixaTel.: 255491115/255491957Cruz Vermelha

Tel.: 255313130Polícia Municipal

Tel.: 255318100/106 Guarda Nac. Republicana

Tel.: 255312732 Lixa Tel.: 255490180Lousada Protecção Civil

Tel.: 255820540/255820500

Bombeiros Voluntários

Tel.: 255912119/255912019Cruz Vermelha

Tel.: 255811357Guarda Nac. Republicana

Tel.: 255810470Paços de FerreiraBombeiros Voluntários

Tel.: 255965339FreamundeTel.: 255879115Polícia Municipal

Tel.: 255865598Guarda Nac. Republicana

Freamunde Tel.: 255878320Paredes Bombeiros Voluntários

Tel.: 255788780BaltarTel.: 224153434 Cête Tel.: 255752222Lordelo Tel.: 224447770/224442387  RebordosaTel.: 224157440Cruz Vermelha

Sobreira Tel.: 224332334 Vilela  Tel.: 255872115 Guarda Nac. Republicana

Tel.: 255782644Lordelo Tel.: 224441838Penafiel Bombeiros Voluntários Tel.: 255212122 Entre-os-RiosTel.: 255613393Paço de SousaTel.: 255752228Cruz Vermelha

Tel.: 255213757Polícia Municipal

Tel.: 255712697Guarda Nac. Republicana

Tel.: 255710950Abragão – Paço SousaTel.: 255752132

SERVIÇOS DE FINANÇASFelgueirasPosto 1 Tel.: 255311981 Posto 2 Tel.: 255482230 LousadaTel.: 255912888 Paços de Ferreira

Tel.: 255962319 ParedesTel.: 255788630 PenafielTel.: 255718730

TRIBUNAIS JUDICIAISFelgueirasTel.: 255318300 LousadaTel.: 255810270 Paços de FerreiraTel.: 255868900 ParedesTel.: 255788470 PenafielTel.: 255714900 Tribunal do TrabalhoTel.: 255718760 Tribunal Administrativo e Fiscal Tel.: 255718060

CARTÓRIOS NOTARIAISFelgueirasTel.: 255310890 Lousada Tel.: 255822145

ParedesTel.: 255785560 Paços de FerreiraTel.: 255962513 PenafielTel.: 255729660

POSTOS DE TURISMO FelgueirasTel.: 255925328 [email protected] LousadaTel.: [email protected] Paços de FerreiraTel.: 255868890 [email protected].: [email protected].: 255712561 [email protected] Termas de S. Vicente Tel.: 255612344Entre-os-RiosTel.: [email protected]

CANTINHO INFANTIL

Page 30: Pág. 10 ESPECIAL EDUCAÇÃO · área junto à fábrica da Swedwood foi a escolhida para rece-ber o ponto alto do espectáculo. Numa rotunda próxima foi ... vai oferecer a Toalha

30 N V S M | M A I 2 0 1 0 HTTP://NATIVAMAGAZINE.WORDPRESS.COM

2 de MaioDia da Mãe15 de MaioDia Internac.da Família

26 de MaioDia Nacionaldo Bombeiro

27 de MaioDia Mund. das

Com. Sociais

31 de MaioDia Mund. do

Não-fumador

Dia Nac. das

Colectividades

A G E N D A

VALE DO SOUSA MAIO 2010ENVIE AS SUAS SUGESTÕES PARA: [email protected]

CARNEIRO: GRANDES PEIXES PESCAM-SE EM

GRANDES RIOS.

TOURO: HÁ MALES QUE VÊM POR BEM.

GÉMEOS: MAIS VALE PERDER UM MINUTO NA

VIDA QUE A VIDA NUM MINUTO.

CARANGUEJO: MANDA QUEM PODE, OBEDECE

QUEM DEVE.

LEÃO: NÃO DEIXES PARA AMANHÃ O QUE

PODES FAZER HOJE.

VIRGEM: NO MEIO É QUE ESTÁ A VIRTUDE.

BALANÇA: NINGUÉM É PROFETA NA SUA

TERRA.

ESCORPIÃO: QUEM SE METE EM ATALHOS

METE-SE EM TRABALHOS.

SAGITÁRIO: NÃO HÁ BEM QUE SEMPRE DURE

NEM MAL QUE NÃO ACABE.

CAPRICÓRNIO: QUEM VAI À FONTE E NÃO

BEBE, NÃO SABE O QUE PERDE.

AQUÁRIO: O SEGREDO É A ALMA DO NEGÓCIO.

PEIXES: QUEM NÃO ARRISCA NÃO PETISCA.

Prov

érbios & Astrologia

DIA 14 DE MAIOÚLTIMA TERÇA DE MAIO

Organize e festeje o Dia Europeu dos Vizinhos com quem mora a seu lado.

OUTRAS EFEMÉRIDES DO MÊS

Dia Internacional das Forças de Manutenção da Paz das Nações Unidas

01 Dia Mundial do Trabalhador03 Dia Mundial da Liberdade de Imprensa (UNESCO) Dia do Sol

Dia Mundial das Aves09 Dia Mundial das Telecomunicações e Soc. de Informação17Dia Internacional dos Museus18 20 Dia Europeu do Mar 21 Dia Mundial para a Diversidade Cultural

22 Dia Internacional da Biodiversidade 24 Dia Europeu dos Parques Naturais25 Dia de África Dia Internacional das Crianças Desaparecidas29 Dia Mundial da Energia

Ao final do dia, em pleno centro de Felguei-ras, o CháCaffé oferece-lhe um ambiente mais intimista com o novo conceito Lounge

e música jazz ao vivo.

21 A 30 DE MAIO

Visite a Feira do Livro em Paços de Ferreira, no Jardim Municipal, de segun-da a quinta das 10 às 22h, sexta e sábado das 10 às 24h.

Se é católico, não per-ca a oportunidade de assistir à celebração da Missa Papal, na Avenida dos Aliados do Porto. O mobiliário e toalhas do altar foram doados pelo Vale do Sousa! DIA 9

O Grupo Desportivo da

Portela e a Associação de Atletismo do Porto organi-zam o 3.º Grande Prémio de Atletismo de Rebordosa, uma prova de âmbito nacional onde está prevista a partici-pação de 800 atletas de todos os escalões etários.

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6

3

2

8

6

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3

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9

8

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7

6

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5

7 3

4 8

6 5

1 7

2

5

SODUKU

SOLUÇÃO DO PASSATEMPO DA REVISTA ANTERIOR

PUB

Proezasmatemáticas

Sabia que aquelas mentes prodigiosas que

fazem cálculos matemáticos inimagináveis para

a maioria dos seres humanos, podem afinal ser

uma espécie de mágicos que aprenderam alguns

truques?

Recentemente Arthur Benjamin, que no famoso clube de Hollywood “Magic Castle” maravilha o público com as suas proezas matemáticas, veio revelar alguns deles.

AO QUADRADO

Para elevar ao quadrado um número como 14, identifique o número redondo mais próximo, que neste caso é 10. Como subtraiu 4 para obter 10, acrescente 4 a 14 e obtém assim 18. Multiplique agora por 10 e acrescente a raiz quadrada de 4: 180 + 16 = 196!

11 VEZES

Para multiplicarmos, por exemplo, 11 x 32, some os dois dígitos de 32 (3 + 2 = 5) e insira o re-sultado no meio do número: 352. Para os números com somas de dois dígitos há uma ligeira variação. Por exemplo, em 11 x 84 (8 + 4 = 12), some o 1 do 12 a 8 e deixe o 2 no meio: 924.

NÚMERO MÁGICO

Diga a um amigo para pensar em qualquer nú-mero. A seguir peça-lhe para o duplicar, acrescentar 12 e dividir por 2, e finalmente subtrair o número original. Antes que ele termine de fazer a operação, diga-lhe qual o resultado: 6! Será sempre esse o número apurado.

9

7

5

3

8

4

8 9

5

1

9

72

6

9 4

9

2

8

5

9

5

8 2 5

6 7

3

3

6

7 4 1

5 8

2

4 6 1

1

7 9

2 6

4 7

2

6 3

3 1 6

4 5

8

2

5 8 1

7

3

1 4 5

8

4 7 2

1 6

3 9

7 8

2 6 4

1 3

3

9

PPPPP

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