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XXXXXXX / 201123 22 XXXXXXX / 2011 MÃO DE OBRA: mais uma turma formada pelo SINCOMAM 100 ANOS DE LUTA: filho de João Cândido quer justiça HIDROVIAS Investimentos devem gerar mais empregos ÓRGÃO OFICIAL DO SINDICATO NACIONAL DOS CONDUTORES DA MARINHA MERCANTE E AFINS ANO I - N 0 3 - DEZEMBRO DE 2011 SINCOMAM SINCOMAM pag_01-capa_Layout 1 02/01/2012 10:24 Página 1

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XXXXXXX / 2011❖ 2322 ❖ XXXXXXX / 2011

MÃO DE OBRA: mais uma turma formada pelo SINCOMAM

100 ANOS DE LUTA: filho de João Cândido quer justiça

HIDROVIASInvestimentos devem gerar mais empregos

ÓRGÃO OFICIAL DO SINDICATO NACIONAL DOS CONDUTORES DA MARINHA MERCANTE E AFINS

ANO I - N0 3 - DEZEMBRO DE 2011

SINCOMAMSINCOMAMpag_01-capa_Layout 1 02/01/2012 10:24 Página 1

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Há males que vêm para o bem. O velho e surrado ditado aplica-se como umaluva às causas e consequências do acidente ambiental provocado pela pe-troleira norte-americana Chevron na Bacia de Campos.

O desastre, ocorrido no fechamento do ano, serviu para jogar os holofotes nachegada maciça de estrangeiros de olho nos campos do litoral brasileiro. Milhões detrabalhadores do segmento marítimo no país observam atentos essa movimentaçãode fora para dentro.

É antiga e conhecida essa nossa preocupação com a presença de estrangeirosem águas territoriais brasileiras. O assunto, inclusive, foi tema de reportagem naRevista SINCOMAM de agosto. Na matéria intitulada ‘Batalha do Pré-Sal’, tra-tamos do tema com números oficiais mostrando o crescimento de forasteirosno segmento e publicamos uma entrevista com dois procuradores do Ministé-rio Público do Trabalho.

Confortou a todos nós, na ocasião, observar que o MPT já estava de fatoatento a tudo. E conforta também a todos nós, agora, saber que o Ministério Pú-blico do Trabalho no Rio de Janeiro decidiu investigar as condições trabalhistas

e de segurança dos funcionários da petrolífera Chevron. Em nota divulgada no fe-chamento desta edição, o órgão informava que abrira duas investigações para apu-rar a segurança e a legalidade da contratação dos empregados na plataforma da em-presa no Campo do Frade.

O procedimento vai investigar as condições de saúde e segurança dos trabalha-dores, após denúncia da Agência Nacional do Petróleo (ANP) de existência de gássulfídrico no local, sem as devidas precauções. Sobre a possível contratação irregularde trabalhadores, que não teriam autorização para atuar no país, o MPT anuncia queinvestigará a legalidade do processo.

Os profissionais atuantes no segmento podem assegurar que o Ministério Públi-co do Trabalho encontrará campo fértil para investigar. É o que ficou patente numarecente reunião ocorrida na Diretoria de Portos e Costas da Marinha, Rio de Janeiro,entre sindicalistas e a autoridade marítima, já empenhada na investigação ambientaldo desastre da Chevron.

No encontro, ocorrido no início de dezembro, menos de um mês após o sinistro,os dirigentes sindicais confirmaram entre si uma série de situações desagradáveis eaté vexatórias que vêm se repetindo e se multiplicando no trabalho a bordo.

A lista de queixas começa com o incômodo maior, de que não se cumpre a le-gislação contida na Resolução Normativa n 72, de 10 de outubro de 2006. O docu-mento emitido pelo Conselho Nacional de Imigração, do Ministério do Trabalho eEmprego (MTE), disciplina a atuação de profissionais estrangeiros a bordo de em-barcações ou plataformas.

O rosário de insatisfação na referida reunião se aprofundou com uma constata-ção em comum: a exigência imediata das empresas empregadoras do exterior paraque marítimos e aquaviários nativos falem inglês.

Outros pontos se seguiram para uma constatação que acende mais um sinal dealerta: a de que a exploração do petróleo na costa do Brasil está criando empregospara estrangeiros, em detrimento dos brasileiros.

É preciso, mais do que nunca, fomentar a união dos trabalhadores daqui. So-mente assim poderemos, no futuro, olhar para trás sem o risco de nos arrepender-mos. Lembramos ainda que as empresas ao se instalarem no BRASIL têm por obri-gação cumprirem fielmente a nossa legislação e não ficarem exigindo que falemos oseu idioma, e em seus letreiros coloquem em português o nome de suas empresas. Épreciso fazer cumprir a nossa legislação para que não haja desvio de função comotem ocorrido em várias embarcações, e o trabalhador não seja diminuído ao traba-lhar com estrangeiros, pois estão em nossas águas sob nossa legislação. Portanto, oemprego é nosso e o BRASIL pertence aos brasileiros.

Que o Sr DEUS abençoe esta nação!

CARTA DO PRESIDENTEREVISTA SINCOMAMÓrgão Oficial do Sindicato Nacional dosCondutores da Marinha Mercante e Afinswww.sincomam.com.br

SEDEAv. Presidente Vargas, nº 446 - 22º andar -Grupos: 2201/ 2204/ 2206/ 2207 - Centro - Rio de Janeiro - RJ - CEP 20.071-000Tel / Fax: (21) 2516-2143E-mail: [email protected]

DELEGACIA DE SANTOS - SPAv. Afonso Pena, nº 296, sala 36 -Embaré - Santos -SP -CEP: 11.020-000Tel / Fax: (13) 3272-2445E-mail: [email protected]

DELEGACIA DE MACAÉ - RJ Av. Rui Barbosa, nº 698, sala 301- Centro -Macaé - RJ - CEP: 27.910-360Tel: (22) 2762-5227E-mail: [email protected]

DELEGACIA DE SÃO LUÍS - MAAv. Marechal Castelo Branco, nº 281, sala 303 -São Francisco – São Luiz – MA – CEP: 65076-090Tel: (98) 3227-5180E-mail: [email protected]

DIRETORIA EXECUTIVAALCIR DA COSTA ALBERNOZ – Diretor PresidenteNILTON MASCARENHAS – Diretor SecretárioHÉLIO LOPES DA COSTA – Diretor ProcuradorJORGE FERREIRA PACHECO – Diretor AdministrativoANTONIO DO CARMO – Diretor AdjuntoCARLOS JAIME MARTINS JÚNIOR – Diretor Financeiro

DIRETORIA SUPLENTEABELARDO TEIXEIRA FILHOJOSÉ CARDOSOWALDEIR FRANCISCO DA SILVARAIMUNDO DOS SANTOS COSTANOELCIO CAJUEIRO DE CAMPOS

CONSELHO FISCALANÍSIO FREIREJAIRO DE OLIVEIRAANTÔNIO MARCOS CASTELO SOUZA SALGADO

CONSELHO FISCAL SUPLENTERUBILAR MONTEIRO DOS SANTOSVILNEI SOUZA LIMARAIMUNDO NONATO DA SILVA

DELEGADOS JUNTO À FEDERAÇÃOALCIR DA COSTA ALBERNOZELI MACEDO CAMPOS

DELEGADOS SUPLENTES JUNTO ÀFEDERAÇÃOFRANCISCO DE ASSIS DOS SANTOSJOSÉ BARBOSA DE SOUZA FILHO

EDITORMAURICIO AZEVEDO (MTb RJ 14035) [email protected]

PROJETO GRÁFICOLAERTE [email protected]

TRATAMENTO DE IMAGENSEDUARDO [email protected]

IMPRESSÃOGRÁFICA MEC

Esta edição: 5 mil exemplares

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Planos de saúdeSindicatos devem lutar por vantagens quando inserirem esse benefícionos Acordos Coletivos de Trabalho. Recomendação foi da ANS, emsimpósio promovido pela CGTB no SINCOMAM.

Século 21 começa com mar em fúriaA primeira década do novo milênio foi assustadora. Confira dezdos piores desastres com navios no período, como o do cargueiroalemão Sabine D (foto), emborcado em 2005 entre o Mar doNorte e o Mar Báltico, após colisão.

28Ano termina bempara ACTsO SINCOMAM encerra oano com saldo positivonas negociações comnovas empresaschegando ao mercado.Uma delas foi a Fugro,cujos dirigentesfecharam AcordoColetivo de Trabalho2010-2011 com odiretor do Sindicato,Nilton Mascarenhas(primeiro à esquerda).

Soberania em pautaEle foi comandante daBrigada de OperaçõesEspeciais, da Brigada deInfantaria Paraquedista eda 12ª Região Militar, noAmazonas. Com maisde 40 anos de carreira, ogeneral Marco AurélioCosta Vieira, atualdiretor de EducaçãoSuperior Militar doExército, fala sobretreinamento eestratégias de defesa.

Dia Marítimo Mundial 2011O SINCOMAM esteve presente, no CIAGA-RJ, na comemoraçãoda data. O tema foi o combate à pirataria nos mares, que geraprejuízo global de US$ 7 bilhões a US$ 12 bilhões por ano.

LiderançaSINCOMAM

O Sindicato formou, emparceria com o CIAGA,mais uma turma deCondutores deMáquinas pelo Cursode Adaptação paraAquaviários da MarinhaMercante. A solenidadereuniu a Diretoria efuncionários doSINCOMAM,autoridades marítimas efamiliares dos novosCDMs.

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16Primavera de hidroviasSetembro marcou oinício de uma série dedebates sobreinvestimentos públicos eprivados nesse tipo demodalidade. OSINCOMAMcompareceu em Brasília-DF a um simpósio sobrenavegação interior. Maisemprego à vista.

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22O filho de JoãoCândidoEntrevistamos ocaçula do líder daRevolta da Chibata.Funcionário maisantigo da ABI,Adalberto Cândido(foto) fala sobre aluta para reabilitarplenamente o pai, oAlmirante Negro,cuja puniçãocompleta 100 anosem 2012.

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OSINCOMAM e outros sin-dicatos com sede no Rio deJaneiro decidiram firmaruma parceria para que os

associados dessas entidades ampliem oacesso aos serviços de saúde e às opor-tunidades de lazer oferecidas como be-nefícios por cada entidade.

A ideia foi lançada pelo Sindicatodos Empregados em Escritórios dasEmpresas de Navegação do Rio de Ja-neiro, que tem áreas de lazer em Gua-pimirim-RJ, Búzios-RJ e Piratininga,em Niterói.

Estrutura de lazer

– A proposta é oferecer nossa amplaestrutura recreativa. Em troca, o Sin-desnav sugere que os coirmãos disponi-bilizem, apenas aos aposentados donosso sindicato, acesso a serviços desaúde dos convênios que mantêm – ex-plica José Silvério, presidente do Sin-desnav, ao firmar o acordo com Alcir

Albernoz, do SINCOMAM.O Sindesnav dispõe de um sítio em

Guapimirim, no pé da serra de Teresó-polis-RJ, e de duas sedes praianas: umaem Búzios, na Região dos Lagos flumi-nense, e outra em Piratininga, valoriza-do bairro oceânico de Niterói. Todas aspropriedades têm piscina, churrasquei-ra e demais itens para confraterniza-ções.

O primeiro passo para a implemen-tação da parceria aconteceu em setem-bro na sede do Sindesnav. Na ocasiãoestiveram reunidos os presidentes doSINCOMAM, Alcir Albernoz, do Sin-desnav, José Silvério, e do Sintraindistal,Ernesto Afonso. José Juvino, diretor doSeen, também participou.

O Seen é o Sindicato dos Emprega-dos de Edifícios de Niterói e o Sintrain-distal é o Sindicato dos Oficiais Eletri-cistas e Trabalhadores nas Indústrias deInstalação e Manutenção Elétrica, Gás,Hidráulica, Sanitária, Mecânica e deTelefonia do Rio de Janeiro.

Sede praiana do Sindesnav em Búzios Sede praiana do Sindesnav em Piratininga Sede campestre do Sindesnav em Guapimirim

Os presidentes do Sindesnav, José Silvério(esquerda), e do SINCOMAM,Alcir Albernoz,firmam o convênio

SAÚDE X LAZER

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Aregional RJ da Central Geraldos Trabalhadores do Brasil(CGTB) promoveu em conjunto

com o SINCOMAM e com a AgênciaNacional de Saúde Suplementar maisum encontro do Programa Parceiros daCidadania. O programa, criado em2007, promove a integração entre aANS, órgãos públicos de defesa do con-sumidor do país e as centrais sindicais.

Naquele ano foi assinado o primeiroacordo com uma central, e hoje as seisentidades reconhecidas são parceirasneste projeto de órgãos públicos e dasociedade civil organizada.

No encontro de agosto, no auditóriodo SINCOMAM, no centro do Rio, esti-veram em foco os planos de saúde inse-ridos nos Acordos Coletivos de Traba-lho (ACTs).

Planos coletivos

O diretor adjunto de Fiscalização daANS, Dalton Callado, revelou que 60milhões de brasileiros têm plano desaúde e que 60% dos contratos em vi-gor são de seguros coletivos.

– Há um certo desequilíbrio, com30 grandes operadoras concentrandomais de 50% dos contratos. Existem noBrasil 89 operadoras. Em 2010 houve26 mil denúncias, com mais de 60%dando razão ao consumidor. A princi-pal reclamação, com 16 mil queixas, é afalta de cobertura assistencial.

Cancelamento é opção

O gerente geral de Relações de Con-sumo da ANS, Jorge Jardineiro, obser-vou que o crescimento do segmento deplanos de saúde abriu as portas para in-serção de planos de saúde em AcordosColetivos de Trabalho (ACTs).

– As entidades sindicais podem atéoptar pelo cancelamento, caso consta-tem má qualidade – orientou, acrescen-tando que a ANS estuda a instalação de

um fórum em parceria com órgãos dedefesa do consumidor.

Trabalhadores pagam

O gerente geral de Ajuste e Recursoda ANS, Francisco Telles, lembrou quenegociar planos coletivos pode ser maisum foco de luta dos sindicatos.

– A microrregulação levará ao cui-dado necessário com alguns pontos dosplanos inseridos nos Acordos Coletivosde Trabalho. Na maioria dos casos, osempregados pagam mais de 50% do va-lor do plano. Centrais e sindicatos po-dem pedir a revisão disso visando ajus-te futuro.

A pirataria foi o tema escolhidoem 2011 pela OrganizaçãoMarítima Internacional

(IMO/ONU) para marcar a passagemdo Dia Marítimo Mundial, em 29 desetembro.

O Rio de Janeiro promoveu noCentro de Instrução Almirante GraçaAranha uma das solenidades realiza-das Brasil afora. O SINCOMAM foirepresentado na cerimônia pelo presi-dente Alcir Albernoz e pelos diretoresAntônio do Carmo, Hélio Costa, Nil-ton Mascarenhas e Jorge Pacheco.

A mensagem distribuída ao mun-do pelo secretário da IMO, EfthimiosMitropoulos, foi lida no CIAGA pelopresidente do Centro de Capitães daMarinha Mercante, CLC Álvaro JoséAlmeida Jr.

O texto faz um chamamento à am-

pliação da campanha antipirataria,surgida nos idos de 1980, com foconos estreitos de Málaga e Cingapura eno Mar do Sul da China. Os resulta-dos positivos naquelas regiões suge-rem que a campanha avance para ou-tras áreas, como a costa da Somália,Golfo de Aden, Mar Arábico e partedo Oceano Índico, onde os piratas “setornaram mais atrevidos, audaciosos,agressivos e violentos e parecem es-tar bem mais organizados”.

O texto atualizou também os ma-les da pirataria, responsáveis em2010 por prejuízos de US$ 7 bilhões aUS$ 12 bilhões para a economia mun-dial e pelo menos quatro mil ataquesa marítimos. Mais de mil profissio-nais do mar ficaram reféns sob armasde fogo e quase 500 sofreram abusopsicológico ou físico. A recomenda-ção é que devem resguardar-se os na-vios mais vulneráveis, com pequenaborda livre e pouca velocidade.

Dia Marítimo Mundial 2011 reuniu comunidades ligadas ao mar em todo Brasil, a exemplo do CIAGA (RJ)

Diretoria do SINCOMAM representou categoria no evento

Pirataria na mira

Planos de

saúde e ACTs

Francisco Telles, gerente geral de Ajuste e Recurso da ANS

Jorge Jardineiro, gerentegeral de Relações de Consumoda ANS

PresidentedoSINCOMAM,AlcirAlbernoz(esquerda)fazcomentáriosdurante oencontro

O MERCADO DOS PLANOS DE SAÚDE

u 89 operadoras de plano de saúdeatuam no Brasilu 30 grandes operadoras concentrammais de 50% dos contratosu 26 mil denúncias contra operadorasem 2010u 16 mil queixas por falta de coberturaassistencial em 2010u 60% das denúncias em 2010 deramrazão ao consumidoru 60 milhões de brasileiros têm planode saúdeu 60% dos contratos em vigor são deplanos coletivos

Dirigentesda CGTB emembrossindicaisfiliados àcentralatentos

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Foi o fecho de ouro para o pri-meiro CAAQ I MM ministradonas dependências do SINCO-MAM pelo Centro de Instru-

ção Almirante Graça Aranha. A festade formatura, no dia 6 de setembro, co-roou a iniciativa pioneira do Sindicato,com apoio do CIAGA. Os 34 alunos,agora Condutores de Máquinas, forma-dos após seis meses de cursos teórico eprático, estão aptos a embarcar.

O Curso de Adaptação para Aqua-viários (CAAQ) destina-se a técnicos in-teressados em atuar profissionalmentecomo marítimos, fluviários ou pescado-res, na Seção de Convés ou Seção deMáquinas. No caso do SINCOMAM, ointeresse é a área de motores, atendidapelo CAAQ I MM.

Auditório lotado

A solenidade de encerramento docurso praticamente lotou o AuditórioAlmirante Newton Braga, no CIAGA.Diretores e funcionários do SINCO-

APTOS PARA O EMBARQUE

MAM, empresários, autoridades marí-timas, professores, instrutores e paren-tes dos alunos presenciaram a formatu-ra de mais uma geração de CDMs. Sãoeles que estarão a bordo das embarca-ções cujo número em operação aumen-ta conforme o crescimento do país.

A execução do Hino Nacional abriua cerimônia, que foi presidida pelo su-perintendente de Ensino do CIAGA, al-mirante Marco Antonio Falcão. Elechamou para compor a mesa o presi-dente do SINCOMAM, Alcir Albernoz,o coordenador do curso CAAQ IMM/SINCOMAM, Carlos Magno Sa-lustiano de Barros, o professor OsvaldoPinheiro Souza e Silva e o capitão delongo curso Amândio Pereira Chaves.

Após o ritual para colocação daplatina na farda e a sequência de dis-cursos, a solenidade no auditório foiencerrada com a foto oficial dos for-mandos, e os convivas confraterniza-ram a seguir em um coquetel servidono ginásio próximo do próprio CIA-GA. >>>

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Em seu discurso solene, abaixo na íntegra, o presidentedo SINCOMAM, Alcir Albernoz, escolhido patrono daturma, lembrou a origem do CAAQ I MM, fez um bre-

ve balanço do setor marítimo e deixou uma mensagem de es-tímulo aos novos Condutores de Máquinas da Marinha Mer-cante.

“Senhores convidados, familiares, formandos, represen-tantes de empresas, a mesa, senhoras e senhores, bom dia.

“Antes de qualquer coisa, quero agradecer a Deus por mereservar mais esse momento, sublime e de grande relevância.O Brasil tem uma vocação natural para navegação marítimaem face de seu imenso mar territorial onde já fomos o segun-do maior construtor naval do mundo. Perdíamos apenas parao Japão. Nos anos 80, crise mundial afetou os países em de-senvolvimento, nossos estaleiros fecharam, as indústrias de-mitiram milhares de trabalhadores, e quem conseguia man-ter o emprego era com baixo salário. O Brasil não crescia hámais de 20 anos, continuava a ser o ‘país do futuro’ onde asnovas gerações completavam seu ciclo e sem expectativa defuturo traçavam rumo ao exterior ou vendiam amendoim nasesquinas de nosso país.

“Nos últimos nove anos o futuro chegou, com a nova políti-ca de governo, incentivos fiscais, contratos para fabricação denovos navios, os estaleiros se revitalizaram, a indústria do pe-tróleo gerou milhares de empregos diretos e indiretos e a Mari-nha Mercante singrou novos mares na busca de sua verdadeiraidentidade que é de ser grande. É preciso continuar a fortalecera nossa Marinha Mercante para que possamos voltar a ocupar,sem complexo de país em desenvolvimento, não o segundo lu-gar, mas o primeiro lugar, pois já nascemos grandes.

“Retorno à nossa trajetória, no início do ano de 2000,quando levamos um projeto para a Diretoria de Portos e Cos-tas, no qual sugeríamos a criação do curso CAAQ e do Acom,onde gentilmente o Almirante Oneto na época nos recebeu eencampou nossa ideia, a fim de formarmos nova geração deprofissionais graduados, onde juntos com os condutoresoriundos de marinheiros de máquinas se enriqueceriam deconhecimento a fim de atender aos novos desafios de umaMarinha Mercante moderna e competitiva. Em 2001 formou-se a primeira turma. De lá para cá o CIAGA tem formado nomínimo uma turma por ano oxigenando a praça de máquinas

Aluno Wolmer, orador:

“NOVA VIDA”

Oorador da turma, Wol-mer Ferreira Espinha,agradeceu o apoio dos

familiares de todos os forman-dos e a Deus, mencionandotambém a iniciativa do presi-dente do SINCOMAM, AlcirAlbernoz.

“Em nome dos colegas, épossível afirmar que as dificul-dades e o esforço nesses seismeses de curso serão recom-pensados na nova vida de to-dos nós”, resumiu. >>>

Escolhido paraninfo daturma, o professor Os-valdo Pinheiro Souza e

Silva disse aos alunos que elesconquistaram o passaporte daprofissão, acrescentando queusufruir desta conquista come-çava naquele momento.

Depois de elogiar a parce-ria CIAGA-SINCOMAM, se-gundo ele uma iniciativa que“abre novos caminhos paraevolução do segmento”, Sou-za e Silva desejou que os no-vos CDMs cresçam juntocom um país melhor e deixouum recado final aos alunos:“Sujem as mãos e não aban-donem os livros”.

Professor Souza e Silva, paraninfo da turma:

“NÃO ABANDONEM OS LIVROS”

Osuperintendente de Ensino do CIAGA, almiranteMarco Antonio Falcão, fez um balanço atual da áreaeducacional marítima, atingida por restrições finan-

ceiras, mas atuante, como indicam, segundo ele, as 34 salasdo CIAGA ocupadas por 250 cursos ao ano, além das ativida-des da EFOMM. “Mesmo com as dificuldades, estamos fazen-do tanto ou mais do que aconteceria num quadro mais favo-rável”, afirmou.

Sobre a parceria SINCOMAM-CIAGA, o almirante Falcãosaudou a iniciativa do Sindicato em aproveitar as instalaçõespróprias e buscar a formação de mão de obra específica. “Otrabalho cooperativo é o caminho para formar o profissionalmarítimo. Esse curso permite apresentar à iniciativa privadaprofissionais com valores sedimentados”, completou.

Dirigentes comemoram formação de mão de obra e incentivam novos valores Alcir Albernoz, do SINCOMAM, patrono da turma:

“OXIGENAMOS ASPRAÇAS DE MÁQUINAS”

dos navios mercantes com novos talentos onde muitos já as-cenderam à categoria superior.

“Senhores, há duas fontes perenes de alegria pura: o bemrealizado e o dever cumprido! Que vocês possam abraçar e seorgulhar da profissão escolhida, pois nunca na história daMarinha Mercante houve regime de embarque e condiçõeslaborais como se tem hoje. Também se orgulhem: nesse mo-mento, vocês passam a fazer parte de um seleto grupo dentroda sociedade que verdadeiramente contribui para o desenvol-vimento de nosso país. Que o espírito do companheirismo eda solidariedade que trago comigo dos tempos que passei pe-la Marinha do Brasil esteja sempre com vocês, e que sejamtão felizes na Marinha Mercante como eu fui. Que Deus abe-çoe a todos! Muito obrigado!”

Almirante Falcão, do CIAGA, presidente da mesa:

“COOPERAÇÃO É O CAMINHO”

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DEZEMBRO / 2011❖ 1514 ❖ DEZEMBRO / 2011

Momentos especiais da cerimônia de formatura do CAAQ I MM tiveram apoio e entusiasmo de parentes

Os familiares dos alunos foramum destaque à parte na sole-nidade de graduação do pri-

meiro curso CCAQ I MM ministradopelo CIAGA no SINCOMAM. Elesgravaram em fotos e vídeos os melho-res momentos da cerimônia.

Enquanto parentes registravam tu-do com inúmeras câmeras, o cerimo-nial da festa reforçava essa integraçãoconvidando familiares para colocaçãode platina nos uniformes.

Outros rituais simbólicos foramcumpridos. Entre eles, o descerra-mento da placa com a foto e nomesdos componentes da turma, rito queficou a cargo do superintendente deEnsino do CIAGA, almirante MarcoAntonio Falcão, e do aluno WesleyBatista de Farias.

Coube ao presidente do SINCO-MAM e patrono da turma, Alcir Al-bernoz, entregar a placa de honra aomérito a Rodrigo Vieira Mansur, pri-meiro colocado durante o curso.

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DEZEMBRO / 2011❖ 1716 ❖ DEZEMBRO / 2011

TEMPO DE HI DROVIASNavegação interior tem promessa de R$ 2 bi e também é incluída no PAC 2

A primavera de 2011chegou com sinais deque o Brasil finalmentequer se voltar para anavegação interior. Fatosimportantesconcentrados a partir desetembro apontam parao desenvolvimentoprojetado das hidroviasno país que tem umavasta extensão de riosnavegáveis – cerca de 42mil quilômetros – quevão receber R$ 2 bilhõesdo governo, segundoanunciou o Ministériodos Transportes duranteseminário em que oSINCOMAM estevepresente.O sistema goza doconsenso de ser o idealpara transportar grandesvolumes em longasdistâncias ao juntarpreservação ambiental ecustos inferiores emrelação às demaismodalidades.Para as categoriasmarítimas, essedesenvolvimentorepresenta apossibilidade de maismercado de trabalho. >>>

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DEZEMBRO / 2011❖ 1918 ❖ DEZEMBRO / 2011

Os chineses querem investir em hi-drovias brasileiras. O interesse foi de-monstrado em setembro durante en-contro técnico na sede da Agência Na-cional de Transportes Aquaviários, emBrasília. A Antaq recebeu dirigentes daHydrochina Internacional, empresa queparticipou da construção da eclusa deTrês Gargantas, a gigantesca hidrelétri-ca do país asiático que tem a maior ca-pacidade instalada do mundo.

A Hydrochina – que já desenvolveno Equador e na Colômbia projetos detransporte hidroviário – manifestou in-tenção de investir no Brasil. A comitivachinesa foi informada de que tramita noCongresso brasileiro projeto de lei quetorna obrigatória a construção de eclu-sas paralelamente à de hidrelétricas.

Os chineses demonstraram interesseespecial na hidrovia Teles Pires-Tapajós,no Pará. Há previsão de construir ali se-te barragens, com eclusas navegáveis naregião. No entanto, índios contrários depelo menos dez etnias – apiaká, bakiarí,enawene nawe, irantxe, kaiabí, karajá,munduruku, panará, rikbatska, yudja –prometem guerra.

Acompanhando essa nova movimen-tação em torno das hidrovias, o SIN-COMAM participou em setembrona capital federal do II Seminário

Portos e Vias Navegáveis: Um Olhar Sobre a In-fraestrutura. O encontro, promovido pela Agên-cia Nacional de Transportes Aquaviários (An-taq) e pela Frente Parlamentar Mista em Defe-sa da Infraestrutura Nacional, aconteceu noauditório Nereu Ramos, no Anexo II da Câma-ra dos Deputados.

O seminário terminou com o anúncio doministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos,de que o governo federal pretende investir R$2 bilhões nas hidrovias brasileiras. Foi mais umsinal de que a navegação interior está para de-colar.

Piauí e Tietê-Paraná

Os sinais se intensificaram no segundo se-mestre. Um deles foi a decisão do governo, emsetembro, de incluir no cronograma de obrasdo PAC 2 a viabilização de navegabilidade parao Rio Parnaíba, no Piauí. A inclusão do maiorrio nordestino nas prioridades federais pareceter sido uma preferência da presidenta DilmaRousseff. Pouco antes da decisão, ela havia re-cebido do governador do Estado, Wilson Mar-tins, o pleito do Parnaíba, determinando a se-guir estudos a toque de caixa sobre as potencia-lidades do rio.

Ainda em setembro, a presidenta tambémdeu mostras de acreditar na navegação interiorao assinar, em São Paulo, com o governadorGeraldo Alckmin, documento prevendo a libe-ração de R$ 1,5 bilhão em investimentos na Hi-drovia Tietê-Paraná. A obra também está no or-çamento do PAC 2, pre-vendo que o governo fe-deral entre com R$ 900milhões e SP com R$600 milhões em melho-rias neste leito navegá-vel. No trecho paulista,de 800 quilômetros deextensão, circularam,em 2010, quase seis mi-lhões de toneladas demilho, soja, óleo, madei-ra, carvão e adubo. Dequebra, a Hidrovia Tie-tê-Paraná interliga cincodos maiores estados pro-dutores de grãos (GO,MT, MS, MG e PR). Aeconomia, o agronegó-cio e o mercado de tra-balho torcem a favor.

SINCOMAM em Brasília

Os diretores do SINCOMAMHélio Costa e Antonio do Carmoestiveram no II Seminário Portos eVias Navegáveis: Um Olhar Sobre aInfraestrutura, organizado pelaAntaq em Brasília, no mês de se-tembro.

Eles mantiveram contatos comautoridades do setor e assistiram apalestras técnicas sobre legislaçãoe construção naval. Dados atuali-zados sobre a tripulação brasileiratambém estiveram em pauta.

Discórdia no Pará

Seminário naAntaq: anúncio dogoverno de R$ 2 bilhões parahidrovias

Nossos diretoresAntonio do Carmo(esq) e Hélio Costarepresentaram oSINCOMAM

AS HIDROVIAS BRASILEIRAS

� Hidrovia do Madeira (RO-AM)� Hidrovia do Solimões (AM)� Hidrovia do Amazônia� Hidrovia do Guamá-Capim (PA)� Hidrovia do Parnaíba (PI)� Hidrovia do Itapecurú (MA)� Hidrovia do Mearim (MA)� Hidrovia do Pindaré (MA)� Hidrovia do Paraguai (MT)� Hidrovia do São Francisco (BA, MG, PE)� Hidrovia do Mercosul (RS)� Hidrovia do Paraná (MT)� Hidrovia do Tietê (SP)� Hidrovia do Tocantins (TO)� Hidrovia do Araguaia (PA)� Hidrovia das Mortes (TO)� Hidrovia do Xambioá (TO)

Fonte: Ministério dos Transportes

Contatos com autoridades e palestras em Seminário

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Desde que seconsolidou emSão Luís doMaranhão comuma Delegaciaprópria, oSINCOMAMvem combatendopráticas lesivasao trabalhador.Recentemente passamos a contarcom a colaboração do advogadoAdriano Santos Araujo. Um dosprincipais motivos depreocupação para a categoria éo acúmulo de função praticado enão remunerado.O assunto é analisado nesteartigo assinado pelo especialista.O tema desenvolvido certamenteservirá de apoio para nossosassociados e leitores. Boaleitura.

* Diretor Administrativo doSINCOMAM e Delegado doSindicato em São Luís-MA

DEZEMBRO / 2011❖ 2120 ❖ DEZEMBRO / 2011

Av. Marechal Castelo Branco, n 281, sala 303 Tel: (98) 3227-5180E-mail: [email protected]

São Luís-MA

ADRIANO SANTOS ARAUJO *

Ao nos instalarmos na ur-be de São Luís do Mara-nhão, constatamos umaprática costumeira por

parte das empresas operantes noPorto do Itaqui, que possuem emseus quadros funcionais Conduto-res de Máquinas da Marinha Mer-cante e Amarradores: colocá-los arealizar tarefas além das definidas

Sindicato denuncia acúmulo de função no Maranhãona Normam nº. 13, no cargo ano-tado na CTPS e Acordo Coletivo,sem remuneração, que denota tí-pica lesão aos direitos destesobreiros.

Esta prática de direcionar oscondutores a desempenharemfunções distintas da Normam nº.13, (fontewww.dpc.mar.mil.br/normam/N_13/normam13.pdf), e determina-rem os Amarradores a desempe-nharem funções de varrição deáreas secundárias do porto, a cole-tarem lixo, manobrarem escava-deiras e a pintarem canteiros sãosituações denunciadas pelo SIN-COMAM. Enquadram-se perfeita-mente no que a Consolidação dasLeis Trabalhista define como acú-mulo de função. Vejamos no textoem negrito a seguir o que dispõe aNormam 13 e o que deve perfazero Amarrador, respectivamente:

0411- DAS ATRIBUIÇÕESDOS AQUAVIÁRIOS SUBAL-TERNOS DA SEÇÃO DE MÁ-QUINAS

a) Ao Condutor de Máquinas,compete:

1Executar todos os servi-ços afetos a sua especia-

lidade, de acordo com asdeterminações do Chefede Máquinas, de modo amanter, sob a supervisãodo Oficial de Máquinas deServiço, todos os apare-lhos, instalações mecâni-cas, hidráulicas e pneumá-

ticas funcionando corretamente;

2Estar presente na Praça de Má-quinas, ou em outro local pre-

viamente determinado, duranteas manobras da embarcação ouem situações de emergências;

3Inspecionar, com antecedên-cia, sob a orientação do Oficial

de Máquinas de Serviço, os siste-mas necessários à manobra daembarcação, mantendo-os sempreem boas condições de funciona-mento;

4Ter sob sua guarda o materialque lhe for entregue, responsa-

bilizando-se pelas faltas que ocor-rerem e assinando as devidas cau-telas;

5Fazer os quartos e divisões deserviço para os quais for desig-

nado, dando imediato conheci-mento ao Oficial de Máquinas deServiço de todas as ocorrências ve-rificadas.

Realizar serviços de operações por-tuárias de auxílio à manobra de atraca-ção e desatracação, orientando, quandosolicitado, a praticagem, rebocadores elanchas, içando cabos de amarraçãodos navios para fixação e soltura dosmesmos nos cabeços existentes noscais.

Antes de adentrarmos nas conse-quências jurídicas desta ação lesiva aodireito do obreiro Condutor de Máqui-nas, necessário se faz não confundir-mos acúmulo de função com desvio defunção. Desvio se caracteriza quando o

trabalhador exercer atividades que cor-respondem a outro cargo, diferente aoque foi pactuado, contratualmente, ede forma habitual. Nesta situação, casoa remuneração da atividade exercidaseja maior do que a da atividade para aqual o trabalhador foi contratado, elepode reclamar por uma equiparação sa-larial. Acúmulo é concretizado quandoum trabalhador tem que executar tare-fas que não se relacionam com o cargoconstante na sua carteira de trabalho(CTPS), além das tarefas rotineiras desua profissão. A CLT não permite estetipo de alteração sem o mútuo consen-timento das partes (empregado e em-pregador). Nestes casos, o trabalhadortem direito a receber uma remunera-ção adicional denominada plus salarial.

Desta feita, com base no artigo 468da Consolidação das Leis do Trabalho,qualquer alteração do contrato de tra-balho, sem que haja mútuo consenti-mento das partes, resta por ilegal. Noentanto, nestas situações em que houvea realização laboral sem a devida con-traprestação, deve-se buscar o judiciá-rio, para se auferir a contraprestaçãomonetária não remunerada.

Porém não nos esqueçamos que na-da obsta que as empresas que assim de-sejarem dos seus laborantes compac-tuem com eles a realização de outrasatividades, além do cargo descrito naCTPS. Para esta previsibilidade, o con-trato de trabalho deve conter cláusulaprevendo o exercício de duas ou maisfunções, deixando claras as condições ea jornada de trabalho a ser cumpridaem cada uma das funções, observado olimite permitido na jornada de traba-lho.

Essas condições deverão também

ser anotadas na Carteira de Trabalho ePrevidência Social (CTPS) do emprega-do, bem como na ficha ou no livro deregistro do empregado. O registro naCTPS poderá ser feito com a funçãoprincipal, observando-se na parte deanotações gerais que o obreiro exercesimultaneamente outra função, deven-do ser definido separadamente cargahorária e salário de cada função.

Caso o contrato contemple expres-samente o exercício de duas ou maisfunções, entende-se que caberá à em-presa fixar a sua remuneração obser-vando a proporcionalidade, isto é, esti-pular o salário de cada atividade pro-porcionalmente à carga horária respec-tiva.

Cabe salientar que alguns sindica-tos, por intermédio da convenção cole-tiva de trabalho e de acordo coletivo,estabelecem um percentual a ser acres-cido à remuneração do empregadoquando ele acumula funções.

Desta maneira, não se concebe queempresas que operam perante um por-to que cresce em estruturas físicas e co-merciais não percebam os princípiosnorteadores das relações trabalhistas,que nos convocam a observância doprincípio da dignidade da pessoa hu-mana, pois tentar mascarar ações abje-tas, lesivas aos direitos, utilizando-se demão de obra além do avençado noscontratos laborais, sem remunerar, écaminhar inversamente proporcionalcom a função social do empregador.

* Advogado especialista em Direito Cons-titucional e Direito do Trabalho, assessorjurídico do SINCOMAM (Delegacia Re-gional de São Luís/MA)

DELEGACIAS SINCOMAM

* JORGE PACHECO

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DEZEMBRO / 2011❖ 2322 ❖ DEZEMBRO / 2011

Como foi a convivência com seu pai?Morei com ele até 1962, quando

me casei. Convivemos por 31 anos,desde 1938, quando nasci, até elemorrer, em 1969. Era uma pessoa fe-chada. Nós não conversávamos sobredeterminados assuntos porque a cria-ção naquela época era diferente. Mi-nha mãe [Anna do Nascimento] foi aúltima das três companheiras que eleteve. Sou o filho caçula dele.

Que lembrança você guarda dele?Meu pai era admirado por compa-

nheiros e elogiado por oficiais comotimoneiro e pelo bom comportamen-to. Era analfabeto, mas tinha o domde liderar. Lembro também que eleera frasista. “Um homem não nasceupara ser chicoteado por outro ho-mem” foi uma dessas frases.

Acha que ele morreu magoado?Ele não tinha mágoa, porque adora-

va a Marinha, apesar de tudo. Em 15anos de carreira militar, recebeu novepunições, entre castigos, prisões e re-baixamento de cabo a marinheiro. Ten-tou a Marinha Mercante e chegou a sertimoneiro num navio que veio da Ar-

gentina porque o comandanteadoeceu, mas em qualquerporto em que ele chegava eraretirado do timão. Em 1959

uma homenagem no Sulfoi suspensa por in-terferência da Mari-nha. Mas nem porisso ele tinha má-goa.

Você tem algumalembrança do pe-ríodo do bani-mento dele daMarinha?

Ele foi ser esti-vador descarregandopeixes no Mercado da

Praça XV [cais no Centrodo Rio]. Eu era criança e

às vezes o acompanhava.Um dia, brincando pelosbarcos, perdi o sapato. Vol-tei para casa de tamanco,mas ele não seaborreceu. >>>

AEm nome do PAI

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DEZEMBRO / 2011❖ 2524 ❖ DEZEMBRO / 2011

Como está a luta pela indenizaçãoque a família pleiteia como forma dereparação?

Espero receber. Teve gente que nãoparticipou de nada em 1964 e conse-guiu. Teve também quem não partici-passe da 2ª Guerra e recebe até R$ 50mil pela chamada ‘Lei da Praia’. En-quanto há vida, há esperança. Meuprimo, advogado no RS, acompanha oprocesso há três anos. Tenho outrosparentes requerendo também. Se euganhar, vou dividir tudo, mas eu sou aúnica referência. Até hoje há arquivosdo meu pai na Agência Brasileira deInteligência, o antigo Serviço Nacionalde Informações. Quando alguém pedeautorização para ter acesso àqueles do-cumentos, a Abin faz a consulta antesa mim. Sou uma referência, começan-do por ser o funcionário mais antigoda ABI [Associação Brasileira de Im-prensa], com 47 anos de casa. Eu meaposentei mas me chamaram de volta.Nasci e moro há 72 anos em São Joãode Meriti [cidade da Baixada Fluminen-se]. Tenho mulher, três filhos, sete ne-tos e um bisneto. Não quero ficar mi-lionário, mas essa indenização seriauma espécie de satisfação à sociedade.

Quando você descobriu que seu paitinha sido o que foi?

Somente em 1958, quando eu esta-va com 20 anos, tive consciência dopapel do meu pai, por causa do livrodo Morel [Edmar Morel, autor de A Re-volta da Chibata]. Tenho mais de 15 li-vros em casa sobre ele, mas não tudoque se publicou a respeito dele.

Uma das curiosidades na biografiado seu pai foi a adesão dele ao inte-gralismo...

Meu pai gostava de política. Ele liao “Correio da Manhã” e o “Diário deNotícias”. Aderiu ao integralismo por-que a oficialidade da Marinha era sim-pática à causa. Ele era popular, recebiaconvite dos partidos, mas desistiu da-

quilo em 1938 quando os integralistastentaram invadir o Palácio do Catete[sede do governo federal, antes da mu-dança da capital do Rio de Janeiro paraBrasília, em 1960] para depor o presi-dente da República, Getúlio Vargas.Ele jogou tudo fora, até o uniformeverde. Quando ele deixou o partido,minha mãe ainda argumentou: “O Plí-nio [Plínio Salgado, gaúcho, fundador daAção Integralista Brasileira] gosta devocê”. Ele respondeu: “Eu gosto maisda minha pele”. Havia um núcleo dointegralismo em São João de Meriti,onde meu pai viveu.

O que ele comentava sobre a Revoltada Chibata?

Lembro dele contando que, em1910, o almirante e deputado José Car-los Carvalho foi a bordo do navio ten-tar uma negociação, a mando do Pi-nheiro Machado [influente parlamentarconservador do início do século 20 e polí-tico de grande prestígio no governo dopresidente Nilo Peçanha, em 1909-1910].Ele contava também que durante a se-mana da Revolta da Chibata a popula-ção abastada do Rio fugiu para Petró-polis [cidade serrana fluminense], en-quanto o povão ficou no alto do Morrodo Castelo [centro carioca] vendo a evo-lução dos navios rebelados. Nas con-versas com os amigos, ele costumavadizer também que após a Revolta de-volveu os navios sem os canhões.

Qual foi a postura dele diante dosepisódios que culminaram com a in-terrupção da democracia em 1964?

Naquele período de turbulênciapolítica, ele foi convidado para umaassembleia no Sindicato dos Metalúr-gicos de Niterói. Ele deve ter sentidoque a situação estava complicada, por-que quando perguntaram o que eleachava daquele momento, ele respon-deu com outra frase que ficou famosa:“Revolta não se faz na terra, se faz nomar”.

MEMÓRIA

O que foi a Revolta da Chibata

Três momentosda rebelião:João Cândido lêmanifesto,Correio daManhã anunciafim da revolta eo líder é preso

Rebelião na Marinha do Brasil, planeja-da por cerca de dois anos culminandocom um motim. A revolta, sob a liderançado marinheiro João Cândido Felisberto, seestendeu de 22 a 27 de novembro de

1910 na Baía deGuanabara, noRio de Janeiro,à época a capi-tal do país.

Q u a s e2.500 mari-nheiros se re-belaram, amea-çando bombar-dear a cidade.Era o protestocontra a aplica-ção de castigosfísicos a bordo.As faltas gra-ves eram puni-das com 25chibatadas.

No primeirodia do motim,

foram mortos ma-rinheiros infiéis e cinco oficiais que se re-cusaram a sair de bordo, entre eles o co-mandante do encouraçado Minas Gerais.No quinto dia, o governo recém-eleito eempossado do presidente marechal Her-mes da Fonseca declarou aceitar as rei-vindicações dos amotinados, abolindo oscastigos físicos e anistiando os revoltososque se entregassem. Os rebeldes depuse-ram armas e entregaram as embarcações.

Dois dias depois, no entanto, era emiti-do novo decreto, permitindo que fossemexpulsos da Marinha os "inconvenientesà disciplina". >>>

Em nome do PAI

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Na foto à esquerda, de 1959,o ‘Almirante Negro’ e o filhoAdalberto Cândido embarcamno RJ para homenagem no RSque acabou não acontecendo,por interferência da Marinha.

Natural de Rio Pardo-RS,João Cândido é cultuado emPorto Alegre com um bustoinaugurado em 2001[foto à di-reita]. Era o começo da reabili-tação in memorian do líder.

No Rio, ganhou em 2007uma estátua feita pelo auditorfiscal e escultor Valter Britto. Omonumento em bronze tem 3metros de altura.

Em 2009, foi homenageadocom o batismo de seu nome nocasco de um petroleiro daTranspetro, lançado ao mar em2010.

26 ❖ DEZEMBRO / 2011

IMAGENS PARA SEMPRE

Em 1957, João Cândido renegado pela Marinha traba-lhou na Praça XV, centro do Rio, descarregando pescado(foto abaixo à esquerda). À direita, um recorte de jornal daépoca retratava o ostracismo do líder da Revolta da Chiba-

ta, com a seguinte legenda na foto: “Este é João Cândido,ganhando a vida no Entreposto da Pesca da Capital Federal.É mais um herói da ralé que entra para a História do Brasil”,escreveu o jornal.

Ocaso em vida e reabilitação post mortem

DEZEMBRO / 2011❖ 27

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Um time afiado

Assessorar a Diretoria do Sindicato a or-ganizar ACTs (Acordos Coletivos deTrabalho), encaminhar currículos deprofissionais a empresas, atualizar ca-

dastro de sindicalizados e distribuir avisos aosassociados pelos correios ou por e-mail.

Todas estas e inúmeras outras demandas deassociados começam a andar no SINCOMAM

quando a equipe administrativa entra em ação.São jovens com formação específica para as fun-ções que desempenham.

Com prazer pelo trabalho que desempenhanesta rotina, a equipe administrativa se congra-tula com os sindicalizados, deseja a todos um Fe-liz Natal e já se coloca à disposição para fazer de2012 um Próspero Ano Novo.

Retaguarda jurídica

O SINCOMAM renovou ereforçou a equipe doDepartamento Jurídico. Oassessor jurídico JoclemyGama e o estagiário HamiltonWerneck, que já faziam partedo staff, têm agora acompanhia de mais doisprofissionais: a advogadaMichele Lobato Gonçalves,que assumiu também comoassessora jurídica, e oestagiário Daniel Silva.

Em nome do PAI

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DEZEMBRO / 2011❖ 2928 ❖ DEZEMBRO / 2011

Um ano produtivoSINCOMAM fecha 2011 assinando com empresas Acordos Coletivos de Trabalho de vantagens e garantiasO SINCOMAM termina o ano apresentando balanço positivo das negociações

salariais com os empregadores. Nos últimos meses, novos Acordos Coletivos de

Trabalho com vigência 2011-2012 foram firmados, enquanto outros

encontravam-se em adiantadas conversações.

Sobrare-CE e São Miguel

m outubro, foi a vez de atuali-zar o ACT firmado ainda em2010 com a Sobrare, do Ceará.

O acordo continua vigindo com ascláusulas originais, mas o Sindicato e aempresa firmaram a prevalência deum termo aditivo de reajuste salarialde 7,53%.

Em novembro, o SINCOMAMtambém fechou ACT com a São Mi-guel. As duas partes chegaram a umíndice de 7% para reposição nos salá-rios, mas o avanço mais significativose deu com um reajuste importantepara o Vale Alimentação, negociado aum valor acima da média do mercadopara a área de apoio portuário. O va-lor obtido nesta negociação do Sindi-cato com a São Miguel cria precedentefavorável às futuras conversações nosegmento para este benefício em ba-ses melhores para a categoria.

No fechamento desta edição, esta-vam em andamento discussões pararenovação de Acordos Coletivos deTrabalho com diversas outras empre-

sas dos vários segmentos. As perspec-tivas de boas negociações já eram umarealidade.

A Tugbrasil, que iniciou em 2005suas operações de apoio portuário nolitoral brasileiro, passou a acumularem 2011 operações de apoio maríti-mo. A empresa concordou em nego-ciar com o SINCOMAM um novoAcordo Coletivo de Trabalho para onovo segmento em que vai operar.

Vencedora de licitação para a Pe-trobras, a Tugbrasil programou paradezembro de 2011 a operação de maisuma embarcação, o que representa aabertura de mais dois postos de traba-lho – chefe e sub-chefe de máquinas –para condutores.

Atualmente, a Tugbrasil está pre-sente nos portos de Rio Grande, Pa-ranaguá, Itajaí, Navegantes, Santos,Rio de Janeiro, Salvador, São Sebas-tião, São Luis (Itaqui, Ponta da Ma-deira e Alumar).

Log-In

Transpetro ePetrobras

m setembro, foram concluídasas negociações que permiti-ram a assinatura com a VDB e

com a Smit. Com a VDB, o ACT fir-mado apresenta em destaque umareposição salarial de 6,31%, acima doINPC. Houve pressão para um acor-

s relações da Log-In com o Sin-dicato parecem ter deixado nopassado o terreno do impasse,

como na questão de isonomia entreCDMs e eletricistas, na qual ao SIN-COMAM não restara outra alternati-va senão a do ajuizamento.

Já nas primeiras reuniões com aLog-In visando o Acordo Coletivo deTrabalho 2011-2012, houve conside-ráveis avanços. O reajuste salarialprovável saiu da casa dos 7,53% (IN-PC) para o patamar dos 8,3%. Fora is-so, a Log-In passou a considerar plau-sível reduzir de 75% para 50% a dife-rença na gratificação GTR, que é umpleito dos CDMs contratados da em-presa, reivindicação que foi assumidapelo SINCOMAM.

VDB e Smit

do de dois anos sem reavaliação dascláusulas econômicas, mas o SINCO-MAM manteve posição firme, fe-chando o documento com validadeaté 2012 e obtendo ainda reajuste doVale Alimentação pelo índice oficialde inflação.

Já com a Smit, a negociação foimelhor. No ACT firmado com a em-presa, o SINCOMAM negociou umareposição salarial mais vantajosa, gra-ças ao índice de 9,13% e reajuste, pelainflação, para o Vale Alimentação.

Outras boas perspectivas no iní-cio das negociações são o pagamen-to de auxílio-uniforme e uma boaatualização no valor do Vale Ali-mentação.

O Sindicato, por sua vez, reco-nhece o apoio da empresa no pro-grama de formação de mão de obra:a Log-In abriu duas vagas de estágiopara os novos CDMs certificadospelo curso CAAQ I MM, ministradopelo CIAGA no SINCOMAM em2011.

O SINCOMAM firmou em agos-to o Acordo Coletivo de Trabalhoreferente à PLR (Participação nosLucros e Resultados) relativa aoexercício 2010 das empresas Trans-petro e Petrobras.

O ato aconteceu na sede da Trans-petro, no Rio de Janeiro, após aprova-ção da grande maioria dos Conduto-res empregados das duas empresas.Na foto, o presidente do Sindicato,Alcir Albernoz, no momento da assi-natura do documento. >>>

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30 ❖ DEZEMBRO / 2011

SINCOMAM firmou o pri-meiro Acordo Coletivo deTrabalho com a Fugro do

Brasil e com duas novas empresasque estão se estabelecendo no mer-cado. Uma delas é a Log Star, queopera há quase um ano no segmen-to de longo curso e cabotagem. ALog Star é resultado da associaçãoda Log In e da TBS International. OACT firmado é para o período 2010-2011. O outro acordo inédito, relati-vo a 2011-2012, foi assinado emagosto com a Internav, que come-çou a atuar este ano no segmento deapoio marítimo.

Fugro do Brasil

Operando há mais de 20 anosem serviços submarinos e de pes-

quisas em óleo e gás, a Fugro doBrasil negociou com o SINCOMAMo primeiro Acordo Coletivo de Tra-balho da empresa. A companhiadispõe atualmente de uma embar-cação destinada a serviços ambien-tais, instalação de equipamentosoceanográficos e levantamento geo-

lógico, entre outros. Emprega atual-mente quatro CDMs como chefes esubchefes de máquinas, e tem aperspectiva de agregar duas outrasembarcações. Consequentemente,deverá mais que dobrar o númerode vagas para condutores em regi-me 28 x 28 dias.

Empresasassinam 10acordo comSINCOMAM

DEZEMBRO / 2011❖ 31

Longo curso e cabotagem

Aliança e Maestra confirmaram oficialmentea disposição de adotar no próximo AcordoColetivo de Trabalho com o SINCOMAM aescala 1 x 1. A decisão atende a uma antigareivindicação contra regimes de trabalho que

chegaram a seis meses de embarque contraum de descanso.A tendência é que as demais empresas daárea de longo curso e cabotagem assumamo modelo mais humano, praticado pelascompanhias dos segmentos de apoiomarítimo e portuário, que assim passaria aser único. A primeira consequência deveser a abertura de mais vagas no mercado

de trabalho aquaviário.O outro lado da moeda é que vai aumentara necessidade de se formar mais mão deobra neste momento de redução doorçamento para ensino marítimo, além deuma boa articulação das autoridades sobrea legislação que regula a proporção deemprego de profissionais estrangeiros nosetor.

ACTs / Balanço final 2011No fechamento desta edição, o SINCOMAM contabilizava 28 Acordos Coletivos de Trabalho assinados e 29 ainda em negociação. Confira nas tabelas abaixo.

ACTS ASSINADOS ACTS EM NEGOCIAÇÃO

C & C TECHNOLOGIES DO BRASIL 2011/2012ABEAM 2010/2012ALIANÇA NAVEGAÇÃO E LOGISTICA 2011/2012BANDEIRANTES DRAGAGEM E CONSTRUÇÃO 2010/2011BARCAS S/A TRANSPORTES MARÍTIMOS 2011/2012CAMORIM - PORTO 2011/2012CAMORIM - APOIO MARÍTIMO 2011/2012ELCANO GRANÉIS SÓLIDOS 2010/2011FUGRO BRASIL 2011/2012GOLAR 2010GOLAR 2011H. DANTAS – COMÉRCIO, NAVEGAÇÃO 2011/2012IBERÁ 2011/2012INTERNACIONAL MARÍTIMA – MA 2011/2012INTERNAV NAVEGAÇÃO 2011/2012LOG.STAR NAVEGAÇÃO 2010/2011LOG-IN LOGISTICA INTERMODAL 2009/2011MAROIL APOIO MARÍTIMO 2011/2012NAVEGAÇÃO SÃO MIGUEL (RJ) - APOIO PORTUÁRIO 2011/2012NOVO VISUAL TERCEIRIZAÇÃO E SERVIÇOS 2011/2012PANCOAST NAVEGAÇÃO 2010/2011PINK FLIX 2010/2011REBRAS REBOC. DO BRASIL - SMIT 2011/2012SAVEIROS CAMUIRANO E SOBRARE (RJ) 2011/2012SOBRARE SERVEMAR LTDA (CEARÁ) 2011/2012TRANSHIP - TRANSPORTES MARITIMOS 2010/2012TUGBRASIL APOIO PORTUÁRIO - MA (ANTIGA CBR) 2011/2012VDB MARITIMA 2011/2012

BARCAS S/A 2009/2010AUGUSTA OFFSHORE 2011/2012BANDEIRANTES DRAGAGEM 2011/2012NORSUL 2011/2012E.T.C. - ENGENHARIA TRANSPORTE COMÉRCIO 2011/2012ELCANO S/A - GRANÉIS LÍQUIDOS 2011/2012ELCANO S/A - GRANÉIS SÓLIDOS 2011/2012ENTERPA ENGENHARIA 2011/2012JAN DE NUL DO BRASIL DRAGAGEM 2011/2012LIBRA - COMPANHIA LIBRA DE NAVEGACAO 2011/2012LOG.STAR NAVEGAÇÃO S.A 2011/2012LOG-IN LOGISTICA INTERMODAL 2011/2012MANOBRASSO SERVIÇOS MARITIMOS 2011/2012MEGASEA APOIO MARITIMO 2011/2012MERCOSUL LINE 2010/2011MERCOSUL LINE 2011/2012MULICEIRO - APOIO MARÍTIMO 2011/2012MULICEIRO - APOIO PORTUÁRIO 2011/2012NAVEGAÇÃO SÃO MIGUEL - APOIO MARITIMO 2010/2012OSM DO BRASIL 2011/2012PAN MARINE 2011/2012PANCOAST NAVEGAÇÃO 2011/2012PETROLEO BRASILEIRO S/A – PETROBRAS 2011/2012SULNORTE SERVIÇOS 2011/2012SUPERPESA - APOIO PORTUÁRIO 2011/2012TERPASA SERVIÇOS TEC. DE DRAGAGEM 2011/2012TRANSPETRO - PETROBRAS TRANSPORTES 2011/2012TUGBRASIL – RJ 2011/2012VAN OORD DRAGAGEM 2011/2012

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Correram o mundo em outubro últimoas imagens do cargueiro Rena, daMonróvia, encalhado e derramandoquase 100 contêineres na costa da NovaZelândia. A preocupação maior foievitar que 1,8 mil toneladas de óleo donavio vazassem e produzissem umdesastre ambiental.Este é um dos dez desastres marítimosda primeira década do século 21,registrados na sequência.

A revolta de NetunoDez anos de tragédias no mar

2011PARTIDO AO MEIO NO JAPÃOO navio sul-coreano Marine Osaka colidiu contra o porto deOtaru, na ilha de Hokkaido. Quatro marítimos mortos.

ANTÁRTIDA IMPLACÁVELMais de 150 passageiros e tripulantes usaram botes para se salvarquando o navio explorador do Líbano emborcou para afundar.

O PERIGO DO BÁLTICOFim de linha para a viagem do navio de passageiros sueco,encalhado no gelo no Mar Báltico.

2004

ENCALHE NA ANTÁRTIDAO navio alemão Magdalena Oldendorff preso no gelo tinha 89cientistas a bordo, afinal salvos.

2002

2010

TUFÃO NA CHINANavio panamenho arrastado por ventos fortes foi dar à praia deSanya, na China, despertando curiosidade entre moradores.

O MAR ADRIÁTICO FERVEUIncêndio combatido por ar e por água no navio turco incendiadono litoral da Croácia. Os 31 tripulantes foram resgatados.

2008

2005

MORTES NA NORUEGAO navio Rocknes emborcou em Bergen, na costa da Noruega,matando 18 tripulantes.

2003

RESGATE DRAMÁTICO EM TAIWANHelicóptero retira o último dos 14 tripulantes sãos e salvos donavio boliviano encalhado em Kaohsiung, costa do Taiwan.

CONTRA O ROCHEDO NORUEGUÊSNo Mar da Noruega, o navio russo Petrozavodsk é jogado aoencontro das rochas próximas à ilha de Bjoernoeya.

2009

2006 2007

FOTOS: REPRODUÇÕES

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ENTREVISTA / general Marco Aurélio Costa Vieira

34 ❖ DEZEMBRO / 2011

“No Brasil não se admiteperda de soberania”

Ocrescimento eco-nômico do Brasile a sua consolida-ção no cenário

geopolítico mundial soam co-mo música. O lado dissonanteestá na crescente cobiça es-trangeira e o consequente ris-co de ameaças inéditas porparte de nações do primeiromundo, atraídas por maiores emelhores oportunidades denegócios, emprego e investi-mentos, existentes agora em nosso país.

Nas hipóteses de conflito imaginadas pelosestrategistas nacionais, cabe ao Exército a pre-visão e os planejamentos de defesa. Para che-gar à capacidade plena de levantar todas essasameaças e elaborar os adequados procedi-mentos, o oficial do Exército frequenta cursosque totalizam cerca de 15 mil horas de dura-ção, revela o diretor de Educação Superior Mi-litar, general Marco Aurélio Costa Vieira, ex-comandante da Brigada de Operações Espe-ciais e da Brigada de Infantaria Paraquedista, ecuja missão anterior foi a de Comandante da

12a Região Militar, no Ama-zonas. Com mais de 40 anosde serviços prestados, noBrasil e no exterior, o generalMarco Aurélio encontra-sehoje à frente do ensino supe-rior do Exército, onde tem aoportunidade de discutir ecolocar suas ideias tambémno campo acadêmico, junto àjuventude militar.

A Revista SINCOMAM,dando sequência à abordagem

da soberania nacional, entrevistou este oficial-general que hoje atua como professor, masque seguramente é um analista estratégicocom visão privilegiada, graças à larga vivênciade soldado, notadamente como comandanteem todas as regiões militares sensíveis do país.

A entrevista tem a educação superior militarcomo pano de fundo, mas aborda também ou-tros temas que ganham atualidade, como geo-política, defesa territorial e a necessidade de in-vestir em tecnologia e na agilidade das tropas.“O militar brasileiro não deve nada a nenhumoutro”, afirma. >>>

Diretor de EducaçãoSuperior Militar, o

general MarcoAurélio Costa Vieira

fala sobre apreparação da Linha

de Ensino MilitarBélico para enfrentar

os desafios deproteger o território

nacional

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Como e quanto estuda um oficial do Exér-cito para ser capaz de planejar estrategi-camente ?

Um oficial do Exército, hoje, frequenta cur-sos que totalizam cerca de 15 mil horas de au-las presenciais entre a graduação, na AcademiaMilitar das Agulhas Negras (AMAN), o mestra-do, na Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais(ESAO), e o doutorado, na Escola de Comandoe Estado-Maior (ECEME). Além disso, normal-mente ele necessita cumprir algumas metas deespecialização, como os cursos de para-quedis-mo e de guerra na selva, por exemplo. Caso sedestaque como um bom aluno, ele realizarácursos congêneres em escolas militares de ou-tros países. Esse cabedal de conhecimentos de-ve ser lastreado com a experiência adquiridanas diversas funções profissionais exercidas epela experiência de viver em diversas regiõesdo país. Somente assim ele pode se tornar umplanejador e desenvolver a sua visão e senso es-tratégicos.

Quais são as disciplinas e orientações queos oficiais recebem para desenvolver ascapacidades de planejamento estratégico?

O planejamento, para o oficial do Exército,é ferramenta de trabalho e é aprendido desdeas escolas de formação. Gradativamente, como conhecimento dos campos tático, operacionale estratégico, mesmo nos postos de oficial-su-balterno e capitão, o militar desenvolve a capa-cidade de atuar no nível de sua fração de tropa,mas sempre com uma visão e percepção dedois níveis acima daquele em que estiver ope-rando. Os estudos de Geopolítica e Estratégia,complementados pelos de História, Política,Economia, Direito Internacional Humanitárioe outras ciências são realizados como oficial-su-perior e consolidados por uma experiência pro-fissional diversificada, o que assegura os co-nhecimentos e as capacidades para que o ofi-cial seja um planejador estratégico.

A crise econômica mundial contribuiu pa-ra acentuar ainda mais o enfraquecimen-to do chamado Estado-Nação, situaçãoque o Sr. já havia apontado em 2005?

Esse enfraquecimento vem acontecendodesde meados do século XX e se acentuou apósa queda do Muro de Berlim. Como uma dasconsequências perversas da globalização, trou-xe crescimento da desigualdade social das po-pulações, e o Estado-Nação tende a ficar cadavez mais debilitado, perdendo gradativamentesuas mais nobres funções. Por outro lado, vá-rios fatores que ultrapassam as exclusivas ques-tões econômicas, mas que podem originá-lasou são delas decorrentes, também corroborampara o enfraquecimento do Estado-Nação e aperda de sua própria identidade. São questõescomo a criminalidade transnacional, o narco-tráfico, a imigração ilegal, os movimentos so-ciais e ecológicos, por exemplo. No Brasil, his-toricamente, e mesmo em termos estratégicos,não se admite perda de soberania. Para atenderas nossas razões de defesa, isso exigiria umapresença mais efetiva do Estado em todo terri-tório nacional, além de um nível de educaçãoda população compatível com deveres e direi-tos, que nos assegurassem razoável domíniodesse processo.

Considerando sua passagem pelo coman-do da Brigada de Operações Especiais, etendo deixado o comando da 12a RegiãoMilitar, na Amazônia, como o Sr. vê nossapresença naquela região?

Fundamentalmente, o grande problema daAmazônia é a incipiente presença do Estado.Desde o tempo colonial, o Estado não se fazpresente, na região amazônica, na dimensãocorrespondente à demanda, seja nas áreas daEducação e Saúde, nos Transportes, na Justiça eem muitos outros serviços essenciais. Isso acar-reta prejuízos para o indivíduo no exercício dacidadania, além dificultar seriamente a defesado território. Contudo, é preciso que se diga serilusório pensar que vamos conseguir defendera Amazônia valendo-nos de uma ocupação ple-na das fronteiras. Controlar, monitorar, vigiaruma fronteira, mesmo uma fronteira a cavalei-ro de um rio, ou de um acidente nítido no terre-no, nunca é fácil. Observe que até os EUA têmextrema dificuldade na fronteira de pouco maisde 3 mil Km com o México. Imagine agora oBrasil, com 11,2 mil Km de fronteiras com setepaíses, somente na Amazônia.

A Diretoria de Educação Superior Militar,que o Sr. dirige, está de alguma forma liga-da às fronteiras?

A Diretoria de Educação Superior, comoparte integrante do Sistema de Educação e Cul-tura do Exército, está voltada para a qualifica-ção dos recursos humanos, em particular dosoficiais, buscando capacitá-los a atuar em todoterritório nacional e, sem dúvida, também naAmazônia. Um oficial do Exército comprome-te-se a estudar o País e a possuir o que chama-mos de “vivência nacional” na prática, sendoinclusive valorizado profissionalmente confor-me tenha servido em um maior número de re-giões. Adotamos basicamente hoje três tipos deestratégia, naturalmente desenvolvidas emfunção dos diferentes ambientes operacionaisbrasileiros, tais como o urbano, a caatinga, opantanal e a selva. O primeiro tipo é a estraté-gia da ‘Presença’, com as diversas Organiza-ções Militares, os quartéis, localizadas em todoo território nacional, como que balizando anossa propriedade. O segundo tipo de estraté-gia é a ‘Dissuasão’, materializada quando seapresenta um Exército capaz, com profissio-nais bem preparados, equipamentos suficien-tes e tropas bem adestradas, sinalizando nossafirme disposição de vender muito caro qual-quer tentativa de agressão. O terceiro tipo é aestratégia da ‘Resistência’, quando o possívelenfrentamento se daria ante uma tropa compoder de combate muito superior ao nosso. Sãoessas as três estratégias que orientam o treina-mento dos nossos oficiais e suas capacidades,estudadas e treinadas nas nossas escolas, prin-cipalmente sob a forma de manobras militares,muitas vezes conjuntas, com a atuação da Ma-rinha e da Força Aérea, nas cartas e no terreno,com ou sem tropa.

O Sr. acredita que o país está se preparan-do adequadamente para garantir sua sobe-rania?

Posso falar com mais propriedade da Educa-ção Superior Militar, no Exército. Em termos deconhecimento, doutrina e capacidades, sem dú-vida o Exército Brasileiro está à altura de qual-quer outro no mundo. Em termos de materialde emprego militar, acredito que hoje estejamosem um nível compatível com os demais exérci-tos da América Central e do Sul. Entretanto, écerto que uma Força Armada, no mundo atual,necessita de investimentos adequados e regula-res a fim de capacitá-la às missões que lhe são

destinadas constitucionalmente. O ambientenatural da profissão militar é o risco. Um exér-cito sempre vai solicitar mais investimentos,porque busca combater, ao mesmo tempo, commaior letalidade e menor risco, e isso exige re-cursos financeiros cada vez mais vultosos. Poroutro lado, verifica-se que o Brasil de hoje co-meça a ter mais consciência de defesa nacional.O Ministério da Defesa conseguiu apresentarparte dessa preocupação e dessa obrigação tam-bém como responsabilidades do poder político,pois soberania é apanágio de todos os cidadãose não apenas daqueles que usam farda. Nestesentido, há grandes expectativas em torno daEstratégia Nacional de Defesa, no que tange aosrecursos orçamentários a serem destinados acada uma das Forças Armadas.

O que prevê a Estratégia Nacional de Defe-sa?

De forma bastante ponderada, consideran-do as características e a missão de cada ForçaArmada, a Estratégia Nacional de Defesa foipublicada em 2008 e projetou investimentos àaltura das necessidades atuais do país. O docu-mento foi elaborado por oficiais das três Forças,diplomatas e técnicos do governo e, entre ou-tras determinações, destinou a defesa aeroes-pacial para Aeronáutica, enquanto a área nu-clear ficou sob a responsabilidade da Marinha.Ao Exército coube o segmento cibernético, queenvolve todo o trato dos assuntos relativos à de-fesa contra ataques aos sistemas informáticossensíveis do país, civis e militares, além daque-les relativos à Tecnologia da Informação. É umdocumento de governo, bastante completo eque prevê basicamente três eixos estruturan-tes: reorganização das Forças Armadas, reestru-turação da indústria brasileira de material dedefesa e política de composição dos efetivosdas Forças Armadas.

O Sr. acredita que isso pode ser cumprido?Eu diria que esse é um grande passo na di-

reção do aperfeiçoamento da defesa nacional.Existir um documento do Governo, com pre-visão de ações e de investimentos para a defe-sa, é um fato inédito. Agora, cabe aos nossosdirigentes políticos perceberem a importân-cia de se realizar o previsto, sob o risco dodescrédito e, inclusive, da perda de capacida-de de dissuasão, caso isso não se concretize.A Estratégia Nacional de Defesa tem a grandevirtude de ser uma intenção de >>>

“... até os EUA

têm extrema

dificuldade na

fronteira de pouco

mais de 3 mil Km

com o México.

Imagine agora o

Brasil, com 11,2

mil Km de

fronteiras com

sete países,

somente na

Amazônia”

“(...) o grande

problema da

Amazônia é a

incipiente

presença do

Estado. Desde o

tempo colonial, o

Estado não se faz

presente, na

região

amazônica, na

dimensão

correspondente à

demanda”

“Há um dado

curioso na nossa

Constituição: a

única vez em que

a palavra ‘pátria’

aparece em nossa

Carta Magna é no

Artigo 142”

ENTREVISTA / general Marco Aurélio Costa Vieira

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governo, expressa oficialmente em um docu-mento formal, de envolver os diversos seg-mentos da sociedade na defesa da pátria. Háum dado curioso na nossa Constituição: aúnica vez em que a palavra “pátria” apareceem nossa Carta Magna é no Artigo 142. Ali,o texto diz: “As Forças Armadas, constituídaspela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáu-tica, são instituições nacionais permanentese regulares, organizadas com base na hierar-quia e na disciplina, sob a autoridade supre-ma do Presidente da República, e destinam-se à defesa da pátria...”

O relacionamento com nossos vizinhosrequer algum tipo de cuidado especial?

Primeiramente, há que se considerar que ocrescimento econômico e o ganho de peso es-pecífico no âmbito internacional exigem que opaís se apresente à altura de suas pretensões.Com isso, o Brasil deve se posicionar política eestrategicamente no continente, e mesmo nomundo, respaldado por um poder militar com-patível. O Sistema de Educação Superior doExército promove anualmente um sem núme-ro de atividades de intercâmbio que proporcio-nam conhecimento mútuo e maior aproxima-ção de militares de diferentes exércitos, alémde facilitar cooperações futuras. As crises eoperações conjuntas seguramente são maisbem conduzidas quando militares de exércitosdistintos se conhecem pessoalmente, além deconhecerem os outros exércitos. Não há, por-tanto, um cuidado especial, mas sim umapreocupação em estreitar os laços com os exér-citos dos países com os quais mantemos rela-ções diplomáticas, especialmente com aquelesconsiderados amigos, particularmente na áreaacadêmica.

Os defensores da soberania têm uma certadesconfiança com as Organizações NãoGovernamentais que atuam na Amazô-nia...

Não é sem razão, e isso se deve principal-mente ao precário controle que se tem delas,no Brasil. Só na Amazônia calcula-se que es-tejam presentes e atuantes cerca de 100 milONGs, das quase 400 mil que se estima exis-tam no nosso país. Acontece que o controledos recursos captados, assim como das des-pesas efetuadas por essas entidades é bas-tante precário. Não se sabe ao certo, masprovavelmente grande parte dessas organi-

zações camufla outros interesses. São entida-des com propósitos não muito bem defini-dos, com quadros e trabalhos pouco conhe-cidos, além dos sabidos privilégios e/ou des-controle na prestação de contas. Normal-mente, elas procuram justificar a sua exis-tência com um apelo ecológico, humanitárioou social, mas isso pode na verdade estarmascarando outras atividades, como investi-gações antropológicas, retirada de madeirasou interesses biotecnológicos, por exemplo.Mas este é um problema internacional e queaflige outros países, também.

Nesse caso, em que ou em quem nossasForças Armadas podem se apoiar?

O militar brasileiro equipara-se profissio-nalmente a qualquer outro militar no mun-do. Nosso Exército herdou seus uniformes epráticas de portugueses e ingleses, desde o

tempo colonial e no Império. Já na Repúbli-ca, tivemos intercâmbios de oficiais com aAlemanha, convivemos com uma missãomilitar francesa por quase 20 anos no país egrande influência de doutrina americana,principalmente por conta da Força Expedi-cionária Brasileira (FEB), que lutou com osaliados nos campos da Itália. Já na década desessenta do século XX, o Exército passou adesenvolver sua própria doutrina e valeu-separa isso de seu bem montado sistema deensino, ganhando assim personalidade e cre-dibilidade profissional no âmbito mundial.Hoje, podemos dizer que temos algumas ex-pertises militares únicas, que são estudadase imitadas por outras forças armadas e quemuito nos orgulham. Nossa missão de pazno Haiti, por exemplo, transformou-se emmodelo de atuação no gênero e já vem sendousada com sucesso na ocupação do Comple-xo do Alemão, no Rio de Janeiro. Sem dúvi-da, isso também é resultado da nossa quali-dade de ensino no Exército, e é um dos nos-sos orgulhos.

É mais um traço de uma tradição?Certamente. A nossa linha de ensino é

pioneira e nasceu há 200 anos, com a funda-ção de uma Real Academia Real Militar,inaugurada em 23 de abril de 1811, por DomJoão VI, no Rio de Janeiro. Esta antiga Esco-la, precursora da atual Academia Militar dasAgulhas Negras (AMAN), foi a primeira denível superior da América Latina e a quintado mundo. Ela é a origem e ainda conduz opensamento militar terrestre do Brasil. OExército Brasileiro nasceu em Guararapes,mas desenvolveu a sua mentalidade nosbancos da Academia Militar. Inicialmentearistocrático, a partir de 1850 o estudo mili-tar “se abriu ao talento”, nas palavras do en-tão ministro da Guerra, general Manoel Feli-zardo. Essa decisão de privilegiar o desem-penho intelectual para o progresso na carrei-ra, tomada em pleno século XIX pela cúpulamilitar brasileira, fez do Exército a primeirainstituição democrática do Brasil e, pode-seafirmar, aproximou o povo das Forças Arma-das. Até hoje, os elevados níveis de aceitaçãodo Exército muito devem ao aspecto popu-lar, e ao papel de ascensor social que ele de-sempenhou e desempenha. O nosso Exérci-to é o povo brasileiro fardado, e historica-mente tem demonstrado ser capaz de se re-

lacionar muito bem com qualquer popula-ção, inclusive no exterior. Na Itália, até hojeo pracinha brasileiro é lembrado de formacarinhosa e mesmo emocionada, por causado seu comportamento junto à populaçãodas aldeias, por onde passou combatendo,na 2ª Guerra Mundial.

Como o Sr vê, para o futuro, as possibili-dades estratégicas do Brasil, e como aeducação militar pode contribuir paraisso?

Boas e competentes Forças Armadas sãoo respaldo para qualquer intenção estratégi-ca de um país. O Brasil é uma potênciaemergente e tem pretensões perfeitamentedefinidas no quadro político internacional,como, por exemplo, o direito a ser um mem-bro permanente no Conselho de Segurançada ONU. A evolução dos exércitos, no sécu-lo XX, passou por uma chamada Revoluçãodos Assuntos Militares (RAM) e agora vive oque se convencionou definir como ‘transfor-mação’. O escopo é dotar as Forças Armadasde capacidades de múltiplo emprego, emambientes operacionais diversificados e comampla utilização de meios tecnológicos. Nes-te sentido, o Exército Brasileiro vem condu-zindo o seu processo de transformação des-de 2010 e tem na Educação e Cultura umdos seus mais importantes vetores. Somentecom uma Educação adequada ao mundo doséculo XXI e capaz de agilmente incorporarmudanças em todos os campos, será possívelmanter e aprimorar o nível profissional dosnossos oficiais, capacitando-os à visão estra-tégica necessária ao Exército de um Brasilmais atuante e respeitado no concerto dasnações.

“Normalmente,

elas [ONGs]

procuram

justificar a sua

existência com

um apelo

ecológico (...), mas

isso pode na

verdade estar

mascarando

outras atividades,

como

investigações

antropológicas,

retirada de

madeiras ou

interesses

biotecnológicos”

“Nossa missão de

paz no Haiti,

por exemplo,

transformou-se

em modelo de

atuação no gênero

e já vem sendo

usada com

sucesso na

ocupação do

Complexo do

Alemão, no

Rio de Janeiro”

ENTREVISTA / general Marco Aurélio Costa Vieira

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A renova-ção da con-cessão doPorto de SãoFrancisco doSul foi assina-da em setem-bro pelo go-verno de San-ta Catarina.Após reuniãona SecretariaEspecial dePortos (SEP),ficou defini-do que SC iráadministrar oterminal pormais oito me-ses, até o Go-verno Federaldefinir a polí-tica de gestão conjunta entre os pode-res federais e estaduais.

Em 2010, o Porto de São Franciscofoi responsável por 48% da movimen-tação de SC, em um total estadual de

10,3 milhões de toneladas. Com qua-tro portos no Estado, Santa Catarinatambém é o segundo maior movimen-tador de contêineres e o quinto emmovimentação de grãos.

A Log-In lançou aomar, em outubro, o grane-leiro Tambaqui, no estalei-ro carioca Eisa. É o tercei-ro navio de uma enco-menda de sete, sendo cin-co porta-contêineres edois graneleiros. O Tam-baqui tem 80 mil tonela-das de porte bruto, com-primento total de 245 m,largura de 40 m e acomo-dação para 40 tripulantes.

Ele vai atender ao contrato de 25anos da Log-In com a Alunorte emviagens entre os portos de Trombetase Vila do Conde, ambos no Pará. Noperíodo serão movimentados 150 mi-

lhões de toneladas de minério debauxita a granel.

Todas as embarcações encomen-dadas pela Log-In ao Eisa estão in-cluídas no PAC.

Os cursos de formação e aperfei-çoamento marítimo serão submeti-dos a uma nova revolução. O anún-cio foi feito pelo diretor de Portos eCostas, vice-almirante Leal Ferreira,durante o Dia Marítimo Mundial,no Centro de Instrução AlmiranteGraça Aranha, no Rio.

Segundo o diretor da DPC, a Or-ganização Marítima Internacional(IMO/ONU) acatou sugestão inter-na da Standards of Training, Certifi-cation & Watchkeeping de fazeruma emenda na Convenção STCWsobre "Padrões de Instrução, Certifi-cação e Serviço de Quarto para Ma-rítimos". Novas qualificações passa-rão a ser exigidas dos profissionais.Segundo o diretor de Portos e Cos-tas, haverá profundas alterações doscurrículos de diversos cursos. Eleacrescentou que as mudanças serãograduais, mas que estarão totalmen-te efetivada até 2017.

DIVULGAÇÃO

DIVULGAÇÃO

Formação marítimamais exigente

SC renova S. Francisco do SulDIVULGAÇÃO

Reforço na cabotagem do Pará

ASSOCIADO FALECIMENTOEdneia Pereira dos Santos 24/07/2008Florisvaldo Santos de Oliveira 25/05/2010Edivaldo Beserra da Silva 25/07/2010Françuar dos Santos Duarte 16/12/2010Sergio Rodrigues de Almeida 02/01/2011Antonio Machado Feitosa (ex-presidente) 24/03/2011Edinaldo Lima de Souza 23/04/2011José Cecilia Dos Santos 19/05/2011Felisberto de Jesus Farias 12/07/2011Antonio Pereira Gomes 15/09/2011Carlos Alberto Martins 22/10/2011Alvaro Gomes de Oliveira Filho -- / -- / --

OBITUÁRIO SINCOMAM

É com pesar que encerramos o ano com a notícia da perda de pelo menosseis companheiros em 2011. No fechamento desta edição, o SINCOMAM foiinformado do falecimento, em 24 de março, do ex-presidente do SindicatoAntonio Machado Feitosa. Em 22 de outubro, um infarto fulminante levounosso delegado em Santos-SP, Carlos Alberto Martins.O SINCOMAM se solidariza com familiares de todos os companheirossindicalizados que nos deixaram recentemente, conforme lista a seguir.

Um acidente marítimona costa do Maranhão trou-xe preocupação em dezem-bro. O navio graneleiro ValeBeijing, fretado pela Vale, te-ve uma rachadura em umdos tanques de lastro, noTerminal Ponta da Madeira,em São Luís, e corria riscode afundar no fechamentodesta edição.

O navio gigante Vale Bei-jing, a serviço da Vale, apre-sentou problemas após sercarregado quase com capa-cidade máxima de minériode ferro. O destino dele erao porto de Rotterdam, naHolanda.

As rachaduras no cascoforam confirmadas pela Ca-pitania dos Portos. Recém-construído na Coreia do Sul,o graneleiro integra a nova

Graneleiro gigante racha no MaranhãoO acidente noTerminal Ponta daMadeira, em São Luís,provocourápida eintensamovimentação

frota que a Vale está mon-tando com o objetivo de re-duzir seus custos de trans-porte transoceânico de mi-nério de ferro. A embarca-ção pode não ter suportadoa carga, segundo a Capita-nia. Também segundo fun-cionários locais, o dano naembarcação teria sido cau-sado durante o carregamen-to ou o navio possui proble-mas estruturais.

Técnicos do Ibama de

São Luís fizeram uma inspe-ção imediata no local. O ca-pitão dos portos do Mara-nhão, Nelson Ricardo Cal-mon Bahia, disse de princí-pio que não havia indíciosde vazamento de óleo ou mi-nério. Ele não fez estimativada extensão do acidente,mas anunciou abertura deum inquérito administrativopara apurar o sinistro.

A Capitania dos Portosdo Maranhão informou que

inicialmente a situação eramantida sob controle pelatripulação do navio. A águainfiltrada na embarcaçãoera retirada por bombas degrande potência, o que ga-rantia a flutuação do navio,segundo a Marinha.

De bandeira das IlhasMarshal, o Vale Beijing temcapacidade para 400 mil to-neladas de minério, e é umdos maiores graneleiros domundo. Tem 292 m de com-primento, 45 m de largura e23 m de calado máximo.

O navio começou a serremovido do berço de carre-gamento para outro local, afim de passar por reparos. Amovimentação de navios noPorto de Itaqui, localizadopróximo ao terminal da Va-le, não foi afetada.

FOTOS: REPRODUÇÕES DA INTERNET

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Page 22: pag 01-capa Layout 1 - sincomam.com.br filepag_01-capa_Layout 1 02/01/2012 10:24 Página 1. DEZEMBRO / 2011 3 H á males que vêm para o bem. O velho e surrado ditado aplica-se como

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Castelo Branco - Desconto a partir de 20%. Tel: (21) 2406-7700.Celso Lisboa - 20% de desconto nos cursos de graduação,Licenciaturas e superiores profissionais de Tecnologia. Tel: (21) 2501-4722.Estácio de Sá – Desconto de até 50% dependendo do curso,campus e turno. Tel: (21) 2563-0000.Gama Filho – 25% de desconto nos cursos de Graduação e15% nos cursos de extensão e de pós-graduação. Tel: (21) 2599-7100.Instituto A Vez do Mestre – 10% de desconto nos cursos degraduação e pós-graduação. Tel: 0800-2825353.Faculdade Béthencourt da Silva – 20% (vinte por cento) dedesconto nos cursos: Bacharelado em Administração –Licenciatura em Eletrônica – Licenciatura em Construção Civil.Tel: (21) 2224-5814.Faculdades Integradas de Jacarepaguá – FIJ – 40%(Quarenta por cento). Tel:(21) 3392-6646.Moraes Junior - 10%de desconto. Tel: (21) 2169-8200.Faculdade São José – Oferece desconto nos cursos degraduação. Tel: (21) 3159-1249.SUESC – Desconto de até 25%. Tel: (21) 2509-1965.Uni La Salle – Descontos de até 20%. Tel: (21) 2199-6609.Unicarioca – Desconto de até 50%. Infs. pelo tel: 0800-229701.Universidade Santa Úrsula – Descontos de até 50%. Maisinformações pelos seguintes telefones: (21) 2554-2500 / 2554-2521.Universidade UNISUAM – 20% nos cursos de graduação e25% para beneficiários que já possuem diploma de nívelsuperior. Mais informações pelo telefone (21) 3882-9797.Veiga de Almeida – 20% de desconto. Infs. 0800-2461172.

FARMÁCIASFarmácia de Manipulação Bio Ativa – 15% de desconto nopagamento á vista e 10% de desconto no pagamento comcartão (sem parcelamento). Filiais: Centro Tel: (21) 2224-6486. Madureira Tel: (21) 2489-6141. Tijuca Tel: (21) 2284-9324.

LAZERHotel Mandrágora – Búzios – 35% de desconto nos períodosde baixa temporada (01/03 até 15/12 exceto férias de julho eferiados) 15% de desconto nos periodos de alta temporada(16/12 a 18/02). Infs. pelo telefone (22) 2623-1348.Hotel Recanto – Penedo – 10% de desconto para um pessoaou casais e 15% para grupos, nos períodos de alta e baixatemporada. Infs. pelo telefone (24) 3351-1253.Pousada Itaúna Inn – 10% de desconto. Tel: (22) 2651-5147/ 2651-6086.Pousada Arcádia - Baixa temporada: 20% de desconto 6a adomingo e 30% nos demais dias. Alta temporada: 10% sextaa domingo e 15% nos demais dias. Tel: (24) 2222-6020.Pousada Água Marinha – 5% de desconto na alta temporadae 10% de desconto na baixa temporada. Tel: (22) 2643-8447.Rio's Nice Hotel – 50% de desconto de acordo com oapartamento ocupado. Tel: (21) 2297-1155.SESI – Desconto de 10% nas consultas médicas e 30% dedesconto nas mensalidades. Tel: 0800-231231. Hotel Búzios Ariaú – 20% nas diárias, este benefício nãoinclui pacotes em datas especiais. Tel: (22) 2633-1073.Hotel Monte Alegre - 40% nas diárias, este benefício nãoinclui pacotes em datas especiais. Infs. pelos telefones (21) 2277-7300/2509-1820.SINDESNAV - Pousadas em Búzios, Guapimirim ePiratininga. Infs: (21) 2516-1100.

RESTAURANTESRestaurante Áurea – 10% de desconto no peso da refeiçãode 11:00h às 14:00h e após as 14:00h o desconto será de18%. Tels.: (21) 2233-3196.Restaurante Verde Town – 10% de desconto no peso darefeição até as 14:00 horas. Após este horário prevalece apromoção vigente no período. Infs. pelos telefones (21) 2233-8543 / 2237-8676.Restaurante Casarão – 10% de desconto no peso da refeição.Tels.: (21) 2263-6346.

NORDESTE E ESPÍRITO SANTOCOLÉGIOSEscola Batista Ludovicense / MA – 20% de desconto sob ovalor normal das mensalidades de todos os cursosoferecidos. Tel: (98) 3232-5216.Santa Teresa / MA – 30% de desconto na Educação infantile no Ensino Fundamental do 1 ao 5 ano, 25% no EnsinoFundamental do 6 ao 9 ano, 15% no Ensino Médio na 1 e2 série, 10% no Ensino Médio na 3 série. Tel: (98) 3774-3889 / (98)2671-2946.

CURSOS DE INGLÊSCCAA / Alagoinhas BA - 40% de desconto para alunosnovos e 15% nos outros períodos. Tel.: (75) 3421-9844.ICBEU / MA – 20% de desconto. Tel: (98) 3221-0118.

FACULDADESFanor / Faculdade Nordeste – Descontos de até 30%dependendo do curso escolhido. Tel: (85) 3052-4848.FARN – Descontos de 10% (dez por cento) a 25% (vinte ecinco por cento) para os cursos de Graduação e 20% (vintepor cento) para todos os cursos de Pós – Graduação. Tel: (84) 3215-2917.FTC – Faculdade de Tecnologia e Ciências (IMES) - BA –Descontos que variam de 10% a 20% sobre o valor dasmensalidades dos cursos de Graduação, Pós Graduação. Tel. (71) 3281-8285.Mauricio de Nassau – Recife - 10% nos cursos oferecidos,nas Pós-Graduações “realizados e certificados” e BJ Colégioe Cursos. Tel: (81) 3413-4611.

LAZERAlnorte – Desconto de 20%. Tel: (84) 9991-9690/ 3615-1717.SESC - ES - Taxa de Inscrição anual (paga no ato damatrícula), R$20,00 para titular e R$ 7,00 para dependente.Tel: (27) 3222-0522 / Reservas: (27) 3223-0871.

SANTOS-SPLAZERGrupo ALC - 3% Cruzeiro Marítimo; 3% Pacote Nacional eInternacional; 3% Locação de Veículos; 10% Seguro Viagem;10% Assessoria Consular para visto e documentação. Tels.:(13) 3222-6138 / 3321-6138.Brasil Futebol Clube – Desconto de 20%. Tel: (13) 3236-4726/ 4566.

ENSINOCCAA (Boqueirão) – A partir de 20% de desconto. Tel: (13) 3234-9669.CCBEU – 30% de desconto. Tel: (13) 3281-3993.Colégio Laly – 20% de desconto. Tel: (13) 3358-1242/ 2042. Colégio Notre Dame – 10% de desconto. Tel: (13) 3468 – 6228.Escola Politecnica Treinasse – Descontos de até 20%. Tel: (13) 3232-9273.Paulistec – Mensalidades de R$ 420,00 (pode parcelar). Tel:(13) 3219-2490.San Petro – 60% de desconto. Tel: (13) 3221-7081.Colégio Santa Cecília – 25% para a Educação Infantil e parao 5 ano do Ensino Fundamental e 20% do 6 ao 9 ano doEnsino Fundamental e para o Ensino Médio. Tel: (13) 3202-7105.

FACULDADESFundação Lusíadas – Desconto de até 20%. Tel: (13) 3235-1311.Universitas – Desconto de até 40%. Tel: (13) 3269-0012.UNISANTA – A Universidade oferece desconto nos cursosde graduação e de pós-graduação. Tel: (13) 3202-7100.

CURSOS DE INFORMÁTICAMicrolins Boqueirão – 10% de desconto. Tel: (13) 3223 – 8189.Tecnoponta Treinamentos – Descontos de até 25%. Tel: (13) 3222-9492.

DELEGACIASSSIINNCCOOMMAAMM

Av. Rui Barbosa, n 698, sala 301Tel: (22) 2762-5227E-mail: [email protected]

Macaé-RJ

42 ❖ DEZEMBRO / 2011

O ano em MacaéO delegado Antonio do Carmo aproveita a edição da Revista

SINCOMAM de dezembro para fazer um balanço de 2011.– Aqui em Macaé, no Porto de Imbetiba, Píer da Petrobras,

estivemos em visita aos companheiros e companheiras durantetodo o ano, sempre às terças-feiras. O SINCOMAM subiu a bordoem mais de 130 embarcações de diversas empresas, algumas pormais de uma vez. Aos companheiros de bordo, à gerência ecorpo técnico de SMS e Logística do Píer da Petrobrás, um FelizNatal e um 2012 de muitas realizações!

CDMs veteranos conhecem Delegacia do SINCOMAM

Um dia em Macaé

Aposentados associados ao SINCOMAM visita-ram a Delegacia Macaé-RJ na última sexta-feirade novembro. O Sindicato proporcionou a ativi-

dade social disponibilizando uma van para transportar,ida e volta, o grupo do Rio de Janeiro até o município donorte fluminense.

Além de conhecer as instalações da Delegacia, nocentro, os visitantes fizeram um almoço de confraterni-zação em um restaurante da cidade.

O diretor do SINCOMAM e delegado em Macaé,Antonio do Carmo, recepcionou os companheiros, ex-plicando a rotina da representação sindical.

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Page 23: pag 01-capa Layout 1 - sincomam.com.br filepag_01-capa_Layout 1 02/01/2012 10:24 Página 1. DEZEMBRO / 2011 3 H á males que vêm para o bem. O velho e surrado ditado aplica-se como

Você acaba de conhecer as vantagens de pertencer ao SINCOMAM.

Estimule a sindicalização de colegas.

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