pade - richar feijo - atividade individual módulo 5

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Matriz de atividade individual* Mdulo: 5 Frum: Operadores Logsiticos Ttulo: O processo de terceirizao das atividades logsticas Aluno: Richar Dias Feij Disciplina: PADE Turma: BBO2EAD_T0012_0411 Introduo

A logstica constitui elemento fundamental na elaborao das estratgias das organizaes, podendo, inclusive, orientar a formulao de estratgias corporativas. Na deciso de terceirizar atividades logsticas, a empresa opta pela estratgia de reduo para centrar-se nas suas competncias essenciais. Mas, dada as caractersticas da funo logstica, transversal e complexa, os riscos de transferi-la a terceiros so significativos e o sucesso depende da forma como este processo gerenciado, o que vm provocando uma evoluo nas formas da relao contratante-contratado. O atual crescimento da indstria de servios logsticos no pode ser visto como resultado de um simples aumento do nmero de empresas que transferem atividades para terceiros. O escopo e o tipo de relacionamento entre cliente e fornecedor de atividades tambm tem evoludo. E, este novo relacionamento tem tornado mais complexa a deciso, a seleo do terceiro, o processo de negociao, a transferncia das atividades e o monitoramento da terceirizao. O processo de terceirizao das atividades logsticas, como realizado atualmente, resultado de uma nova configurao das relaes. A terceirizao, ou outsourcing, nos moldes atuais, tem consequncias mais amplas para as organizaes. E, esta evoluo das relaes logsticas tem trazido resultados positivos, mas, tambm, tornou-se fonte de srias falhas e desapontamentos para muitas organizaes. A atual relao que caracteriza a contratao de servios logsticos, com uma maior integrao entre as partes, resultado do reconhecimento do papel estratgico desempenhado pela logstica.

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Situao mais vantajosa

Um exemplo interessante, que pode ser citado nesta anlise, o caso de dois grandes grupos de jornais no estado de So Paulo, onde se destaca a recente formao de parceria para a distribuio destes - a entrega de jornais concorrentes feita pelo mesmo prestador de servio, com a finalidade de reduzir custos. Para ambos, o tempo de entrega no consistia mais um diferencial competitivo. Pode-se afirmar que, neste caso, ele deixou de ser um servio proprietrio e passou a ser objeto de terceirizao. Pode-se, tambm, fazer uma anlise do ciclo de vida do servio. Atualmente, muitos servios logsticos deixam de ser avaliados em funo dos prazos de entrega, que passa de vantagem competitiva a pr-requisito. Para os jornais, as mudanas no sistema logstico passam a gerar vantagens competitivas relacionadas aos custos ou produtividade direta. Nesta primeira etapa do processo de terceirizao, a preocupao com aspectos estratgicos, ou seja, o impacto da terceirizao para a empresa de forma genrica, que definir o que pode ser objeto de terceirizao e o que no deve ser terceirizado. Definido que uma atividade pode ser terceirizada, o prximo passo analisar se as vantagens superam os riscos, ou seja, se a relao benefcio/custo positiva. A teoria mais difundida neste domnio para explicar o porqu comprar ou, numa abordagem mais recente, fazer junto ao invs de fazer internamente a teoria dos custos de transao. Apresentada, em 1971, por Williamson, a teoria dos custos de transao corresponde a uma extenso dos trabalhos de Coase sobre a teoria da firma, que define custos de transao como aqueles custos de usar o mecanismo de preo, isto , so os recursos gastos ao buscar o mercado para transferir um bem ou servio de uma parte a outra. (COASE apud HEPWORTH, 1989).

Benefcios com operadores estrangeiros

interessante pontuar uma tendncia para o setor de operadores logsticos que vem se consolidando: a entrada de grandes operadores

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logsticos e a parceria ou mesmo a aquisio de operadores logsticos brasileiros pelos estrangeiros. Este um movimento mundial e deve ampliar-se no Brasil tambm. importante lembrar que a globalizao e as fuses so partes do mesmo processo; as empresas operam globalmente, mas, precisam de solues locais e a melhor maneira de se entrar em um mercado rapidamente atravs de parcerias com operadores logsticos locais, que conhecem as peculiaridades deste mercado. A motivao para terceirizar as operaes logsticas inclui argumentos como: permitir maior foco ao prprio negcio (core business); ter acesso a infraestrutura e tecnologia, sem ter os custos com os investimentos, e substituir custos fixos por variveis. Alm desses, outra razo importante a busca por inovaes e know how especializado para introduzir diferenciao aos servios logsticos. Nesse sentido, aumentam as expectativas dos embarcadores por melhores servios, mais eficincia, produtividade, e capacidade dos operadores em realizar melhoria contnua. Contudo, simultaneamente, continuam as presses para reduzir custos, eliminar desperdcios, maximizar sinergias, aperfeioar recursos. A obsesso por reduo de custos est tornando as estruturas organizacionais cada vez mais enxutas. Muitas empresas decidem pela reduo de quadros nas estruturas de suporte, de planejamento e projeto. Isso significa menos gente para fazer trabalhos mais analticos, voltados ao planejamento e desenvolvimento de solues, de suporte ao gerenciamento de projetos e de mudanas. Ou seja, prioridade ter gente somente para operar, tocar o negcio, apagar os incndios.Vantagens e desvantagens com as parcerias

O insucesso em um processo de terceirizao tem impacto significativo para a organizao. Sem dvidas, no so desprezveis os riscos inerentes a um processo de aquisio de servios mas, um planejamento adequado do processo pode reduzi-los significativamente. Este planejamento deve-se iniciar com a identificao da necessidade de mudana do sistema logstico da organizao

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e a possibilidade de terceirizao de algumas, ou todas, as atividades que o compem. A anlise do impacto da transferncia destas para um terceiro uma etapa importante no processo decisrio. Alm disso, se a empresa opta pela terceirizao, h que se avaliar a forma como se dar a transferncia destas atividades aos terceiros e como ser monitorado o desempenho. Uma das maiores vantagens da terceirizao a reduo de custos ou, pelo menos, transformar altos custos fixos em custos variveis, e aumentar o nvel de servio oferecido aos clientes. Outra vantagem permitir que a empresa se concentre em suas atividades principais e, atravs do nova rede de logstica, alcance novos mercados. Em qualquer dos casos, a organizao deve acreditar que a terceirizao seja uma alternativa vivel para a obteno de melhorias de seu sistema logstico ou adequao deste s atuais demandas do mercado. Mas, h situaes onde a terceirizao no possvel ou no indicada. Por exemplo: situaes onde h operaes que exigem investimentos muito especficos e difceis de se tornarem rentveis; operaes que precisam de competncias muito especficas, ou ainda, operaes que demandam uma manipulao de informaes julgadas estratgicas ou confidenciais e operaes consideradas crticas para a organizao. De qualquer forma, a deciso de terceirizar deve estar de acordo com o plano estratgico da organizao.

Concluso

A evoluo nas formas de relao entre o prestador de servio logstico e o cliente, caracterizada por uma maior integrao entre as partes, vem exigindo um planejamento detalhado do processo de terceirizao. O grande nmero de recentes pesquisas que abordam este tema ratifica a importncia da terceirizao no atual contexto. Na verdade, as novas parcerias tm feito com que as organizaes tenham uma relao mais prxima, com novas exigncias para a gesto dos processos. 4

O conhecimento sobre o processo de terceirizar atividades logsticas permite que os gestores deste processo planejem suas aes e tomem suas decises considerando os vrios riscos e vantagens inerentes a um processo desta natureza. Para administrar uma parceria em cada etapa de seu ciclo de vida torna-se necessrio responder as questes que se colocam ao longo deste processo e buscar subsdios para orientar as decises em cada uma destas etapas. claro que a tradicional terceirizao ainda existe e pode ser identificada como uma simples transao mas fica claro, no atual ambiente competitivo, que mesmo um simples servio de transporte pode permitir empresa gerar vantagens competitivas relacionadas a produtividade e nvel de servio. Mas, de forma geral vem se exigindo a considerao de um maior nmero de aspectos na tomada de deciso do processo de terceirizao, principalmente, nos casos que se justificam uma anlise estruturada e mais acurada do seu impacto sobre a organizao. O risco de no manter processos e organizao dedicados ao planejamento e projetos a perda de conhecimento. As consequncias dessa perda so graves. Para o embarcador, a perda do conhecimento de sua prpria operao logstica dificulta a integrao do tema logstica na estratgia de negcios. Para os operadores, a falta de capacidade de projeto e planejamento corri seu desempenho operacional. Para ambos, a ausncia de pessoas capazes de analisar e projetar melhorias e inovaes deteriora o relacionamento entre as partes, atrasa implantao de mudanas, podendo levar a uma ruptura nos negcios.Referncias bibliogrficas

REVISTA PORTURIA. Relacionamento Embarcador e Operador Logstico: onde fica o conhecimento? Disponvel em: http://www.revistaportuaria.com.br/site/? home=artigos&n=zqCT&t=relacionamento-embarcador-operador-logisticoonde-fica-conhecimento. Acesso Acesso em: 23 mai. 2011. BRANSKI, Regina Meyer. O papel da Tecnologia da Informao no processo logstico: estudo de caso com operadores logsticos. Disponvel em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3136/tde-01102008-

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144646/publico/VERSAO_COMPLETA_REVISADA.pdf. 2011.

Acesso em: 23 mai.

LUNA, Mnica M. M. O processo de terceirizao das atividades logsticas. Disponvel em: http://www.ea.ufrgs.br/graduacao/disciplinas/adm01010/2007/Artigos %20T1_2/Terceirizacao%20Logistica.pdf. Acesso em: 23 mai. 2011.*Esta matriz serve para a apresentao de trabalhos a serem desenvolvidos segundo ambas as linhas de raciocnio: lgico-argumentativa ou lgico-matemtica.

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