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noivasenoivos. com 96 NOIVAS&NOIVOS LEGISLAÇÃO O NÚMERO DE CASAIS QUE LAVRARAM O DOCUMENTO EM CARTÓRIOS DE NOTAS CRESCEU 36% NO BRASIL NOS ÚLTIMOS ANOS OFERECE TRANQUILIDADE PARA QUEM VAI CASAR PACTO ANTENUPCIAL Planejar uma união vai muito além de pensar em festas, vestidos ou lua de mel. Tão im- portante quanto imaginar o casamento dos seus sonhos é refletir em preservação de patrimônio e em questões relacionadas à sucessão e herança. Afinal, não é incomum sabermos de matrimônios que se desfizeram pouco tempo depois do enlace. Segundo pesquisa realizada pelo IBGE, em 2013, os casamentos no Brasil duram em média 15 anos. Para quem vai se casar, ainda há tempo de preparar o pacto antenupcial – documento utilizado para estipular questões patrimo- niais referentes ao casamento. De acordo com o Colégio Notarial do Brasil – Seção São Paulo (CNB/SP), alguns casais optam pela inclusão de cláusulas diferenciadas no pacto, como o pagamento de um valor pre- viamente determinado conforme a duração do casamento; multas em caso de traição e até mesmo definição de quem ficará com os animais de estimação se houver divórcio. Segundo a entidade, a popularidade do pacto antenupcial vem crescendo. Entre 2012 e 2014, cresceu 36% o número de documentos lavrados em todo o Bra- sil: 30.625 em 2012, 42.236 em 2013 e 41.694 em 2014. São Paulo foi o estado que mais realizou atos dessa natureza, registrando um aumento de 2% no úl- timo ano, passando de 10.165 em 2013, para 10.375 em 2014. O presidente do CNB/SP, Carlos Fernan- do Brasil Chaves, afirma que o aumento deve-se ao fato de os casais estarem cada vez mais informados sobre os pro- blemas que podem ser evitados na esfe- ra patrimonial com a escolha adequada do regime de bens a vigorar no casa- mento perante um tabelião de notas. “O pacto antenupcial é um instrumento efi- ciente para evitar discussões no futuro e também serve para estabelecer as re- percussões desejadas para as questões que envolvam herança”. O documento deve ser feito necessariamente por escri- tura pública, no cartório de notas. Com RG e CPF em mãos, o ato leva apenas alguns minutos para ser feito. Posteriormente, o pacto antenupcial deve ser levado ao cartório de registro civil onde será realizado o casamento. Firmado o matrimônio, deve ser registrado no Cartório de Registro de Imóveis do primeiro domicílio do casal para produzir efeito perante terceiros. Consequentemente, o documento será averbado na matrícula dos bens imóveis do casal. O valor da escritura pública de pacto antenupcial, que é tabelado por lei em todos os cartórios do estado de São Paulo, é de R$ 326,27. Este valor pode ser diferente em outras regiões do Brasil.

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NOIVAS&NOIVOS LEGISLAÇÃO

O NÚMERO DE CASAIS QUE LAVRARAM O DOCUMENTO EM CARTÓRIOS DE NOTAS CRESCEU 36% NO BRASIL NOS ÚLTIMOS ANOS

OFERECE TRANQUILIDADE PARA QUEM VAI CASAR

PACTO ANTENUPCIAL

Planejar uma união vai muito além de pensar em festas, vestidos ou lua de mel. Tão im-portante quanto imaginar o casamento dos seus sonhos é refl etir em preservação de patrimônio e em questões relacionadas à sucessão e herança. Afi nal, não é incomum sabermos de matrimônios que se desfi zeram pouco tempo depois do enlace. Segundo pesquisa realizada pelo IBGE, em 2013, os casamentos no Brasil duram em média 15 anos.

Para quem vai se casar, ainda há tempo de preparar o pacto antenupcial – documento utilizado para estipular questões patrimo-niais referentes ao casamento. De acordo com o Colégio Notarial do Brasil – Seção São Paulo (CNB/SP), alguns casais optam pela inclusão de cláusulas diferenciadas no pacto, como o pagamento de um valor pre-viamente determinado conforme a duração do casamento; multas em caso de traição e até mesmo defi nição de quem fi cará com os animais de estimação se houver divórcio.

Segundo a entidade, a popularidade do pacto antenupcial vem crescendo. Entre 2012 e 2014, cresceu 36% o número de documentos lavrados em todo o Bra-sil: 30.625 em 2012, 42.236 em 2013 e 41.694 em 2014. São Paulo foi o estado que mais realizou atos dessa natureza, registrando um aumento de 2% no úl-timo ano, passando de 10.165 em 2013, para 10.375 em 2014.

O presidente do CNB/SP, Carlos Fernan-do Brasil Chaves, afi rma que o aumento deve-se ao fato de os casais estarem cada vez mais informados sobre os pro-blemas que podem ser evitados na esfe-ra patrimonial com a escolha adequada do regime de bens a vigorar no casa-mento perante um tabelião de notas. “O pacto antenupcial é um instrumento efi -ciente para evitar discussões no futuro e também serve para estabelecer as re-percussões desejadas para as questões que envolvam herança”.

O documento deve ser feito necessariamente por escri-tura pública, no cartório de notas. Com RG e CPF em mãos, o ato leva apenas alguns minutos para ser feito. Posteriormente, o pacto antenupcial deve ser levado ao cartório de registro civil onde será realizado o casamento. Firmado o matrimônio, deve ser registrado no Cartório de Registro de Imóveis do primeiro domicílio do casal para produzir efeito perante terceiros. Consequentemente, o documento será averbado na matrícula dos bens imóveis do casal. O valor da escritura pública de pacto antenupcial, que é tabelado por lei em todos os cartórios do estado de São Paulo, é de R$ 326,27. Este valor pode ser diferente em outras regiões do Brasil.

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Agilidade: o casal deve comparecer ao cartório de notas com seus documentos pessoais e o pacto poderá ser feito com ra-pidez e sem burocracia.

Liberdade: o casal pode escolher livremente que tipo de regime de bens deseja para sua relação, podendo mesclar ou combinar as regras dos regimes existentes.

Segurança: a questão da propriedade e da administração dos bens fica resolvida antes do casamento, evitando brigas e pro-blemas futuros sobre a relação patrimonial.

Tranquilidade: os interessados podem estabelecer regras não patrimoniais como divisão de tarefas domésticas, direito de vi-sita aos animais de estimação em caso de eventual divórcio.

Organização: possibilidade de estipular quem irá administrar cada bem, assim como dispor acerca de eventuais dívidas.

Justiça: o casal pode especificar quais bens cada um tinha antes de casar, evitando confusão patrimonial.

Economia: custo baixo, preço tabelado por lei, indepen-dentemente do valor do patrimônio do casal.

Adequação: o regime de bens pode ser alterado confor-me a vontade do casal, desde que haja autorização judicial.

Fé pública: o documento elaborado pelo tabelião de notas garante segurança jurídica, autenticidade e eficácia.

Confiança: o casal terá a assessoria imparcial com re-lação ao regime de bens que melhor se ajusta às suas ne-cessidades: comunhão parcial, comunhão universal e se-paração de bens.

10 MOTIVOS PARA FAZER PACTO ANTENUPCIAL

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