Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa

Sistema de escrita alfabética

SEA

Unidades 3 e 4

“Professora, é que não me dou pro estudo, minha cabeça é que é muito dura pra aprender. Sei as letras todas, sei juntar algumas assim, uma com outra, mas quando aparece tudo junto na palavra aí esqueço!” (Aluísio, 47 anos, camponês, Palmares/PE)*

*(Caderno Educação do Campo, Unidade 1, p.17)

Será que este relato á apenas do senhor Aluísio? Ou é a história de muitos brasileiros?

Vamos acompanhar alguns dados históricos da educação brasileira.

DADOS DE REPROVAÇÃO E EVASÃO ESCOLAR NO BRASIL

INEP

1936 - 53,52% de retidos no 1º ano

1938- 58,83% de retidos no 1º ano

Década de 1930

Década de 1940

Do total de crianças matriculadas em 1945

... apenas 4% concluíram o primário em 1948, sem

reprovações.

... dos 96% restantes, metade não concluiu sequer o

primeiro ano.

Anos 1950 e 1960

... de cada 1.000 crianças que ingressaram no primeiro ano da escola primária...395 passaram para o segundo ano sem reprovação...

... apenas 53 atingiram oito anos de escolaridade em 1961.

Entre 1954 e 1961

Década de 1970

De 1971 a 1978 cada 1.000 crianças que se matricularam na primeira série...

... 526 matricularam-se na segunda série no ano seguinte...

... e 180 conseguiram terminar a oitava série em 1978.

Década de 19801979 – “Teoria da Psicogênese da escrita”A teoria criada por Emília Ferreiro e Ana Teberosky começa a ser divulgada em nosso país.

No estado de São Paulo implanta-se o Ciclo Básico como uma nova proposta curricular. É oferecido aos professores um curso intitulado PROJETO IPÊ.

Década de 1990Produzimos um aumento da cobertura no Ensino Fundamental, que chegou a 96,4% em 2000.

Primeiramente, discutimos a universalização de acesso bem como a permanência dos alunos nas escolas públicas brasileiras.

Hoje democratizado o acesso ao Ensino Fundamental, vivemos o momento de encontrar formas de garantir plenamente aos estudantes das escolas públicas brasileiras o direito a serem alfabetizados plenamente.

Anos 2000

De acordo com os dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica SAEB/2003, 55% dos estudantes das 4as séries conseguiam, no máximo, ler frases simples, o que significa que ensinar a ler e a escrever continua sendo um desafio.

Dados atuais segundo o censo 2010

13,9 milhões de jovens, adultos e idosos não sabem nem ler nem escrever: 9,6 por cento da população de 15 anos ou mais;

671 mil crianças de 10 a 14 anos não sabem nem ler nem escrever: 3,9 por cento da população nessa faixa etária.

Para PRADO e NÓBREGA, 2012.

“Apesar de a taxa do segundo grupo ter caído de 7,3 por cento em 2000 para 3,9 % em 2010, não há muito a comemorar, já que o desejável seria que as crianças estivessem alfabetizadas até os 8 anos de idade”.

“Na história do Brasil, temos vivenciado a dura realidade de identificar que muitas crianças tem concluído sua escolarização sem estarem plenamente alfabetizadas. Assim, o Pacto surge como uma luta para garantir o direito de alfabetização plena a meninas e meninos, até o 3º ano do ciclo de alfabetização”. (Cad. Apresentação, p. 5)

Garantir os direitos de aprendizagem...

Referências

Caderno de Apresentação. Pacto Nacional pela Alfabetização na idade certa.

Caderno Educação do Campo, Unidade 1. Pacto Nacional pela Alfabetização na idade certa.

Patto, Maria Helena de Souza. A produção do Fracasso escolar.

MORTATTI, Maria do Rosário L. Os sentidos da alfabetização (São Paulo 1876/1994). São Paulo: UNESP, 2000.

FREITAS, Luiz Carlos de. Ciclos, seriação e avaliação. Confronto de lógicas. São Paulo: Moderna, 2003.

Freitas, Luiz Carlos. A avaliação e as reformas dos anos de 1990: novas formas de exclusão velhas formas de subordinação. Educação & Sociedade. Campinas: Cedes, 2004a, v. 25, n. 86, p. 133-170.

Rojo, Roxane. LETRAMENTOS MÚLTIPLOS, ESCOLA E INCLUSÃO SOCIAL.Parábola, 2009.

MORAIS, Artur Gomes de. Sistema de escrita alfabética (Como eu ensino). São Paulo: Editora Melhoramentos, 2012.

Equipe Pedagógica

FormadorasAdriana Silene Vieira

Ana Claudia E Silva FidelisAparecida Moreira da Silva Biruel Ariana Coelho Rodrigues Rocha

Cristiane Begalli EvangelistaDaniela Gaspar Pedrazzoli Bagnasco

Danieli Sebastiana Oliveira TascaEliana Rodriguez Moreno

Fabiana Bigaton ToninGiovanna Azzi de Camargo

Heloisa Helena Dias Martins ProençaMarina Kaiser

Noeli Aparecida Rodrigues de OliveiraVera Lúcia Batista

 SupervisorasLigia Paoletti

Lilian Montibeller SilvaMarissol Prezotto

 Coordenação

Ana Lúcia Guedes-PintoAdriana Missae Momma-Bardela