pacific x osvaldo - exceção de pré-executividade
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EXCELENTSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA 7 VARA CVEL DO FORO DA
COMARCA DE CAMPINAS ESTADO DE S O PAULO
Autos da Execuo de Ttulo ExtrajudicialProcesso n 114.01 .2006.072864-7Nmero de Ordem: 2.211 /2006
PACIFIC SERVICE ADMINISTRAO REGIONAL S/S LTDA.
inscr ita no Cadastro Nacional de Pessoas Jurdicas CNPJ sob n01.488.583/0001-04, com sede na Avenida Conselheiro Carro, n 1 .760,
bairro Vi la Carro CEP 03403-001, em So P aulo Capital, representada por
seu scio JOS DOS SANTOS MOITA, j devidamente quali f icado e
identif icado nos autos da Execuo de Ttulo Extrajudicial , processo acima
referenciado, por seu advogado, infra-assinado, vem, respeitosamente
perante Vossa Excelncia propor a presente
EXCEO DE PR-EXECUTIVIDADE COM PEDIDO DE L IMINAR
contra OSWALDO BORGES DE MORAES PROFETA
devidamente quali f icado e identif icado nos autos da execuo de t tulo
extrajudicial que tramita atravs do processo referenciado, pelas
argumentaes fticas e jur dicas a seguir aduzidas:
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PROCESSAMENTO
Execuo. Exceo de pr-executividade. A defesa que nega a executividade do ttulo
apresentado pode ser formulada nos prprios autos do processo de execuo e independe
do prazo fixado para os embargos de devedor. Precedentes. Recurso conhecido em parte e
parcialmente provido. (Ac un da 4 T do STJ - REsp 220.100-RJ - Rel. Min. Ruy
Rosado de Aguiar - j . 02.09.99 - DJU-e 1 25.10.99, p 93 - ementa of icial)
Execuo. A nulidade do ttulo em que se embasa a execuo pode ser arguida por
simples petio, uma vez que suscetvel de exame ex officio pelo juiz. .... (STJ 3
Turma - Resp. n. 3.264-PR Acrdo unnime Ministro Relator Eduardo
Ribeiro publicado no DJU em 18/02/91)
Processual Civil. Agravo de Instrumento. Processo de Execuo. Embargos do
Devedor. Nulidade. Vcio fundamental. Arguio nos prprios autos da execuo.
Cabimento. Artigos 267, 3o ; 585, II; 586; 618, I do CPC.
I - No se revestindo o ttulo de liquidez, certeza e exigibilidade, condies basilares no
processo de execuo, constitui-se em nulidade, como vcio fundamental, podendo a parte
argui-la independentemente de embargos do devedor, assim como pode e cumpre ao juiz
declarar, de ofcio, a inexistncia desses pressupostos formais contemplados na leiprocessual civil.
II - Recurso conhecido e provido. (STJ 3 Turma - Resp. n. 13.060-SP
Acrdo unnime Ministro Relator Aldemar Zveiter publicado no DJU em
03/02/92)
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PRELIMINARMENTE
I SUSPENSO DA EXPEDIO DE GUIA DE LEVANTAMENTO INAUDITA
ALTERA PARTE
Em despacho de f ls . 143/144 Vossa Excelncia determinou a transferncia
dos valores bloqueados e a expedio de mandado de levantamento, bem
como nova tentativa de bloqueio.
O motivo do pedido l iminar se d em razo de que o bloqueio no
signif ica penhora, sendo imprescindvel a converso dos valores bloqueados
em penhora, que mesmo no sendo necessria a formao do auto,
essencial e necessrio a prvia intimao do devedor, pois, consoante
dispem os arts. 475-J , 1 , e art. 652, 1 , 4 e 5 , todos do CPC, preveem a
apresentao de embargos ou impugnao.
Logo, antes de decorr ido o prazo para a apresentao de embargos, no
possvel a l iberao do valor penhorado parte exequente.
de r igor, portanto, reconsiderar e suspender-se a determinao do
levantamento dos valores bloqueados, sem que antes os mesmos sejam
penhorados por esse Juzo e, somente aps a intimao do excipiente para
opor embargos ou impugnao, que os mesmos podero ser l iberados para
o excepto ou para o excipiente.
de se conceder, l iminarmente, a suspenso da execuo e l iberao dos
valores bloqueados, at o ju lgamento f inal da presente exceo de pr-
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executiv idade, garantindo-se Excipiente a ampla defesa (art. 5 , al nea LV
da Constituio Federal) .
Por amostragem, inserimos Ementa proferida no acrdo n 70043261148
de Tr ibunal de Justia do RS, Oit ava Cmara Cvel, 22 de Setembro de 2011 :
AGRAVO DE INSTRUMENTO. CUMPRIMENTO DE SENTENA. EXCEO
DE PR-EXECUTIVIDADE. DVIDA ILQUIDA. PERICULUM IN MORA.
SUSPENSO DA EXECUO. CABIMENTO. Fundada alegao de ex cesso
de execuo e de i l iquidez da obrigao que permitem a suspenso da
execuo at que se decida a exceo de pr-executiv idade. DERAM
PROVIMENTO AO RECURSO. (Agravo de Instrumento N 70043261148,
Oitava Cmara Cvel, Tr ibunal de Justia do RS, Relator: Rui
Portanova, Julgado em 22/09/2011)
I I - DO SISTEMA BACEN JUD
Com efeito, no acertado falar-se na existncia de penhora on l ine,penhora v irtual ou penhora eletrnica, como se o ato de constr io judicial
regrado nos arts. 659 e seguintes do Cdigo de Processo Civ i l pudessem
assumir vr ias roupagens no ordenamento jur dico ptr io.
Penhora ser sempre penhora, como ato executivo que afeta determinado bem
execuo, permitindo sua ulterior expropriao, e torna os atos de disposio do seu
proprietrio ineficazes em face do processo. 1
Por outro lado, se considerarmos que a penhora possa ser on l ine, v i rtual
ou eletrnica, estar amos cr iando um novo insti tuto de constr io judicial
ou, como pensam alguns outros estudiosos da matria, um novo
procedimento em matria processual; o que, diga-se de passagem, no
1ASSIS, Araken de. Manual do processo de execuo. 4. ed. ver. e atualiz. So Paulo: RT, 1997, p. 464
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poderia ocorrer por v ia de um mero ato de disposio normativa havido
entre o Banco Central e os tr ibunais, como o caso do Bacen Jud .
que, como sabido, o pr ocediment o em matr ia pr ocessual tema que
somente a Unio, os Estados e o prprio Distr i to Federal tm competncia
para legis lar, a teor do art. 24, n. IX, da Constituio da Repblica.
I I I - DO BLOQUEIO PENHORA
Vimos que o bloqueio difere da penhora, portanto a nomenclatura
correta a ser uti l izada bloqueio on l ine, tendo em vista, data vnia, que se
trata da forma mais acertada para tratar tal procedimento.
Como visto acima, pode-se tratar o bloqueio on l ine como a fase que
antecede a penhora, quando real izada por meio eletrnico, atravs do
sistema BACEN-JUD, disponvel aos magistrados a parti r do convnio
real izado entre o Banco Central do Brasi l e o poder judicir io. Dessa forma,
no h como tratar de penhora on l ine, mas s im de bloqueio on l ine como
antecessor penhora.
Assim, o bloqueio on l ine, como procedimento real izado pelo magistrado
por meio eletrnico, d incio expropriao. J a penhora, ocorre em
momento diverso, quando o magistrado determina que aquele valor
anteriormente bloqueado seja transfer ido para uma conta judicial , passando
assim a f icar disponvel ao rgo judicial .
Observe-se que, s e somente s, nesse momento que os valores
passam a estar disponveis ao poder judicir io, podendo ele, a depender, se
no houver nenhum tipo de objeo, como o Embargo Execuo ou at os
Embargos de terceiros, disponibi l iz- lo ao credor.
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Dessa forma, se traz a devida traduo ao conceito e natureza jur dica de
cada instituto, o bloqueio e a penhora, cada qual com suas peculi ar idades.
Nesse espeque, a parti r da confirmao no s istema on l ine do BACENJUD
em relao ao quantum debeat ur, Vossa Excelncia proferir uma deciso
(em sentido lato sensu) determinando a transferncia para uma conta
judicial disposio do Juzo sol ici tante da ordem e prossegue-se com as
etapas processuais seguintes (arts. 475-J , 1 , e art. 652, 1 , 4 e 5 , todos
do Cdigo de Processo Civ i l) .
Conforme dispe o art. 475-J , 1 , do CPC, aps a lavratura do termo de
penhora, ser intimada a parte executada para o oferecimento da
impugnao.
Por amostragem, inserimos uma das muitas decises sobre a matria:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. BRASIL TELECOM S.A. IMPUGNAO EXECUO.
PRAZO. TERMO INICIAL.
O prazo para o oferecimento da impugnao inicia-se a parti r da data da
intimao do executado da lavratura do termo de penhora. Art. 475-J ,
1 , CPC. Precedentes.
Hiptese em que a r no foi intimada acerca do bloqueio/penhora de
valores em sua conta bem como do incio do seu prazo para impugnar o
cumprimento de sentena. Modif icao da deciso que no oportunizou r o prazo para responder execuo e que determinou a expedio de
alvar para levantamento dos valores bloqueados em conta corrente da
empresa.
AGRAVO PROVIDO DE PLANO.
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AGRAVO DE INSTRUMENTO N 70034012880 - PRIMEIRA CMARA ESPECIAL CVEL -
COMARCA DE PORTO ALEGRE
AGRAVANTE: BRASIL TELECOM / OIAGRAVADO : ANTONIO CARLOS VIEIRA ALBINO
DOS FATOS
O Exequente ajuizou a presente execuo de t tulo extrajudicial , tendo
como instrumento o Contrato de Locao celebrado entre este e a empresa
PACIFIC COMRCIO E SERVIOS AUTOMOTIVOS LTDA.
No t tulo extrajudicial executado, f iguram como LOCADOR o Exequente e
LOCATRIOS a empresa Pacif ic Comrcio e Servios Automotivos Ltda. (CNPJ
n 03.985.977/0001-01) e como FIADORA a empresa PACIFIC SERVICE
ADMINISTRAO REGIONAL S/S LTDA. (CNPJ n 01 .488.583/0001-04),
portando, dist intas entre s i .
Ocorre que, representando ambas as empresas (LOCATRIA e FIADORA)temos apenas o Senhor Ricardo Yuj i Takenaka (CPFMF 075.718.618-10) que,
locou o imvel para residncia do Senhor Toshitake Takesako.
No h nos autos nenhuma procurao ou autorizao para que o Sr.
Ricardo Yuj i Takenaka representasse ambas as empresas, sendo que a
LOCATRIA mantinha na poca os seguintes scios:
ALTERAO N 1 DO CONTRATO SOCIAL DA PACIFIC COMRCIO E SERVIOS AUTOMOTIVOS
LTDA, em 9 de novembro de 2000:
Scios: LUCIANA KATAIOSE TORRES (CPFMF 192.316.358-24) e OSCAR PINTO
JUNIOR (CPFMF 162.642.688-01);
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ALTERAO N 2 DO CONTRATO SOCIAL DA PACIFIC COMRCIO E SERVIOS AUTOMOTIVOS
LTDA. , em 12 de maro de 2001, adotando o nome fantasia de PACIFIC CAR
SERVICE e mantendo os mesmos scios: Luciana Katayose Torres e Oscar
Pinto Junior.
ALTERAO N 3 DO CONTRATO SOCIAL DA PACIFIC COMRCIO E SERVIOS AUTOMOTIVOS
LTDA. , em 6 de janeiro de 2003, alterando-se o quadro social:
Scios: Kioshi Takenaka (CPFMF 516.718.408-87) e PAULO SERGIO MOITA
(CPFMF 918.198.818-49).
O Contrato de Locao foi celebrado em 9 de outubro de 2002, com
vigncia para o perodo de 11 de outubro de 2002 a 10 de abri l de 2005.
No fosse s, o Contrato Social da Locatr ia Pacif ic Comrcio e
Servios Automotivos Ltda. probe a prtica de negcios que no sejam do
interesse social (Clusula Quarta), incluindo a proibio para locao de
imveis para pessoas estranhas empresa. No caso, o Senhor Toshitake
Takesako.
Portanto, nulo o Contrato de Locao ora executado, por
i legit imidade absoluta do Sr. Ricardo Yuj i Takenaka que no detinha poderes
para tal ato, sendo que, nula a celebrao pela Lo catr ia, nula a indicao da
f iadora.
ARGUIO DE IMPENHORABILIDADE DO BLOQUEIO
Quando arguimos, em 9 de janeiro de 2009, a impenhorabi l idade do
bloqueio real izado, Vossa Excelncia assim d espachou:
1. I nd efi r o o pedi do de desbloque i o de valo res po rquanto se trata de medida
merament e pr ocras t i natria, vi sando apenas eternizar a so lv nc ia do val or
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executado, o que no pode ser permit ido ant e a nov a le i de execuo, p r o m ul ga da
com o cl ar o p r o p s i t o de agi l i zar o paga mento de db i tos judi c ia i s [. . . ] .
Despacho publicado em 3 de abri l de 2009.
Em 16 de abri l de 2009, interpusemos Agravo de Instrumento,
recebido pelo Egrgio Tr ibunal de Justia do Estado de So Paulo sem
concesso de efeito suspensivo e negado provimento em 29 de julho de
2009, com trnsito em julgado em 4 de setembro de 2009.
E, somente em 26 de setembro de 2011 , mais de dois anos aps, o
Exequente peticionou e em 15 de dezembro de 2011 Vossa Excelncia deferiuo pedido de transferncia dos valores bloqueados e, erroneamente,
autorizou o levantamento, sem antes caracteriza- lo como valor penhorado e,
sem antes intimar a empresa executada Pacif ic Service Administrao
Regional S/S Ltda. para apresentar eventual impugnao (art. 475-J , 1 , do
Cdigo de Processo Civ i l) .
DO CABIMENTO DA PRESENTE EXCEO DE PR-EXECUTIVIDADE
Temos que a exceo de pr-executiv idade uma oposio do
demandado, que h muito vem sendo admitida tanto pela doutr ina quanto
pela jur isprudncia ptr ia, como uma medida salutar impedit iva de abusos
como a invaso injusti f icada do patr imnio do excipiente, por isso tem sido
admitida como defesa, apresentada antes mesmo de seguro o ju zo, isso sem
qualquer prejuzo futura interposio de embargos execuo, ou
qualquer outro recurso. Vejamos a jur isprudncia:
A nulidade da execuo pode ser alegada a todo tempo; sua arguio
no requer a segurana do ju zo, nem exige a apresentao de
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embargos execuo. Deve ser decretada de of cio. (RT 511 /2221 ;
JTA-Civ. SP 57/37).
Ainda que no seguro o ju zo, o executado pode alegar a nul idade da
execuo (v. art. 618 do CPC); e mesmo depois de apresentados os
embargos do devedor o ju iz pode indeferir a inicial da execuo.
(JTA 38/123).
Tendo em vista que a execuo inaugura-se com a agressopatr imonial do devedor, admissvel a interposio de exceo de
pr-executiv idade, independente de seguro o ju zo, quando a questo
disser respeito a uma das condies da a o. (Ag. Instr. n 726.098-4,
8 Cmara, j . 20.08.97, rel. Juiz Antonio Carlos Malheiros, in RT
752/215).
Portanto, temos que para a execuo de t tulo extrajudicial necessrio que o documento seja um ttulo de obrigao certa, l quida e
exigvel (art. 586 do CPC).
Parafraseando Pedro Lenza, em Direito Constitucional Esquematizado,
pg. 518, ci tando o mestre Hely Lopes Meirelhes, A atual expres so dir e ito
l quido e certo substitui a precedente, da legislao cr iadora do mandado de
segurana, di re i to certo e inco ntes t vel . Nenhuma sat isfa z. Amba s so
imprprias e de s igni ficao equv oca, como procura rem os dem onstrar notexto . O d ir e ito, quando ex istent e, sem pre l quido e cer to; os fat os que
po dem ser imprecisos e incertos , exigindo comprova o e esclarecimentos
para propic iar a apl icao do Dir eito invoca do pel o post ulant e.
Assim, ao ajuizar a presente execuo de t tulo extrajudicial o
excepto no comprovou a regularidade da celebrao do Contrato de
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Locao executado, pois, conforme documentos em anexo, o Senhor
Ricardo Yuji Takenaka no fazia parte do quadro social da Locatria Pacif ic
Service Comrcio e Servios Automotivos Ltda., nem tampouco estava
autorizado a celebrar o contrato de f iana em n ome da excipiente.
No existe, pois, f iana, se f i ador e af ianado forem a mesma pessoa.
Por esse motivo, inquestionvel a nul idade da f iana, no contrato de
locao, o que afasta a possibil idade de a excipiente ser executada como
fiadora.
Assim, a legit imidade do polo passivo to somente do Senhor
Ricardo Yuji Takenaka que, assinando tanto pela Locatria como pela
Fiadora, induziu a erro o excepto, tornando a Locatria e a Fiadora comoinexistentes, pois para aquela no t inha representao vl ida e, para esta
no t inha autorizao nem representao eficaz.
Vale lembrar que a f iana um contrato formal, porque a vontade do
fiador dever ser manifestada por escrito, de forma expressa e inequvoca
conforme estabelece o art. 819 do CC, mas, quando se trata de pessoa
jurdica, somente poder ser pactuada por quem os estatutos designarem,
ou, no os designando, por seus diretores (art. 12, inciso VI, do CPC ).
DO PEDIDO
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ANTE O EXPOSTO, respeitosamente, requer:
a) seja determinada a suspenso l iminar dos atos de execuo, at que
seja apreciada, em carter def init ivo, a presente exceo de pr-
executiv idade;
b) seja determinada a intimao do excepto para, querendo, impugnar a
presente exceo;
c) seja a presente exceo de pr-executiv idade acolhida para:
reconhecer-se a i legimidade da Excipiente, excluindo-a do polo passivo,
extinguindo-se, por consequncia, a presente ao de execuo, em relao
mesma e restituindo-se- lhe o valor bloqueado;
Protesta, por f im, pela produo de todas as provas em direito
admitidas, especialmente a expedio de of cios s autoridades pblicas e a
juntada de novos documentos.
Nestes Termos,
Espera Deferimento.
So Paulo, 9 de janeiro de 2012.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Antonio Benedito Pereira
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