pacific x osvaldo - exceção de pré-executividade

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    ANTONIO BENEDITO PEREIRAADVOGADO

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    Rua Jos da Rocha Vita, n 110 Chcara Mafalda CEP 03373-015 So Paulo SP.Telefones: (11) 2717.0331 (11) 9580.2153 E-mail: a [email protected]

    EXCELENTSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA 7 VARA CVEL DO FORO DA

    COMARCA DE CAMPINAS ESTADO DE S O PAULO

    Autos da Execuo de Ttulo ExtrajudicialProcesso n 114.01 .2006.072864-7Nmero de Ordem: 2.211 /2006

    PACIFIC SERVICE ADMINISTRAO REGIONAL S/S LTDA.

    inscr ita no Cadastro Nacional de Pessoas Jurdicas CNPJ sob n01.488.583/0001-04, com sede na Avenida Conselheiro Carro, n 1 .760,

    bairro Vi la Carro CEP 03403-001, em So P aulo Capital, representada por

    seu scio JOS DOS SANTOS MOITA, j devidamente quali f icado e

    identif icado nos autos da Execuo de Ttulo Extrajudicial , processo acima

    referenciado, por seu advogado, infra-assinado, vem, respeitosamente

    perante Vossa Excelncia propor a presente

    EXCEO DE PR-EXECUTIVIDADE COM PEDIDO DE L IMINAR

    contra OSWALDO BORGES DE MORAES PROFETA

    devidamente quali f icado e identif icado nos autos da execuo de t tulo

    extrajudicial que tramita atravs do processo referenciado, pelas

    argumentaes fticas e jur dicas a seguir aduzidas:

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    PROCESSAMENTO

    Execuo. Exceo de pr-executividade. A defesa que nega a executividade do ttulo

    apresentado pode ser formulada nos prprios autos do processo de execuo e independe

    do prazo fixado para os embargos de devedor. Precedentes. Recurso conhecido em parte e

    parcialmente provido. (Ac un da 4 T do STJ - REsp 220.100-RJ - Rel. Min. Ruy

    Rosado de Aguiar - j . 02.09.99 - DJU-e 1 25.10.99, p 93 - ementa of icial)

    Execuo. A nulidade do ttulo em que se embasa a execuo pode ser arguida por

    simples petio, uma vez que suscetvel de exame ex officio pelo juiz. .... (STJ 3

    Turma - Resp. n. 3.264-PR Acrdo unnime Ministro Relator Eduardo

    Ribeiro publicado no DJU em 18/02/91)

    Processual Civil. Agravo de Instrumento. Processo de Execuo. Embargos do

    Devedor. Nulidade. Vcio fundamental. Arguio nos prprios autos da execuo.

    Cabimento. Artigos 267, 3o ; 585, II; 586; 618, I do CPC.

    I - No se revestindo o ttulo de liquidez, certeza e exigibilidade, condies basilares no

    processo de execuo, constitui-se em nulidade, como vcio fundamental, podendo a parte

    argui-la independentemente de embargos do devedor, assim como pode e cumpre ao juiz

    declarar, de ofcio, a inexistncia desses pressupostos formais contemplados na leiprocessual civil.

    II - Recurso conhecido e provido. (STJ 3 Turma - Resp. n. 13.060-SP

    Acrdo unnime Ministro Relator Aldemar Zveiter publicado no DJU em

    03/02/92)

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    PRELIMINARMENTE

    I SUSPENSO DA EXPEDIO DE GUIA DE LEVANTAMENTO INAUDITA

    ALTERA PARTE

    Em despacho de f ls . 143/144 Vossa Excelncia determinou a transferncia

    dos valores bloqueados e a expedio de mandado de levantamento, bem

    como nova tentativa de bloqueio.

    O motivo do pedido l iminar se d em razo de que o bloqueio no

    signif ica penhora, sendo imprescindvel a converso dos valores bloqueados

    em penhora, que mesmo no sendo necessria a formao do auto,

    essencial e necessrio a prvia intimao do devedor, pois, consoante

    dispem os arts. 475-J , 1 , e art. 652, 1 , 4 e 5 , todos do CPC, preveem a

    apresentao de embargos ou impugnao.

    Logo, antes de decorr ido o prazo para a apresentao de embargos, no

    possvel a l iberao do valor penhorado parte exequente.

    de r igor, portanto, reconsiderar e suspender-se a determinao do

    levantamento dos valores bloqueados, sem que antes os mesmos sejam

    penhorados por esse Juzo e, somente aps a intimao do excipiente para

    opor embargos ou impugnao, que os mesmos podero ser l iberados para

    o excepto ou para o excipiente.

    de se conceder, l iminarmente, a suspenso da execuo e l iberao dos

    valores bloqueados, at o ju lgamento f inal da presente exceo de pr-

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    executiv idade, garantindo-se Excipiente a ampla defesa (art. 5 , al nea LV

    da Constituio Federal) .

    Por amostragem, inserimos Ementa proferida no acrdo n 70043261148

    de Tr ibunal de Justia do RS, Oit ava Cmara Cvel, 22 de Setembro de 2011 :

    AGRAVO DE INSTRUMENTO. CUMPRIMENTO DE SENTENA. EXCEO

    DE PR-EXECUTIVIDADE. DVIDA ILQUIDA. PERICULUM IN MORA.

    SUSPENSO DA EXECUO. CABIMENTO. Fundada alegao de ex cesso

    de execuo e de i l iquidez da obrigao que permitem a suspenso da

    execuo at que se decida a exceo de pr-executiv idade. DERAM

    PROVIMENTO AO RECURSO. (Agravo de Instrumento N 70043261148,

    Oitava Cmara Cvel, Tr ibunal de Justia do RS, Relator: Rui

    Portanova, Julgado em 22/09/2011)

    I I - DO SISTEMA BACEN JUD

    Com efeito, no acertado falar-se na existncia de penhora on l ine,penhora v irtual ou penhora eletrnica, como se o ato de constr io judicial

    regrado nos arts. 659 e seguintes do Cdigo de Processo Civ i l pudessem

    assumir vr ias roupagens no ordenamento jur dico ptr io.

    Penhora ser sempre penhora, como ato executivo que afeta determinado bem

    execuo, permitindo sua ulterior expropriao, e torna os atos de disposio do seu

    proprietrio ineficazes em face do processo. 1

    Por outro lado, se considerarmos que a penhora possa ser on l ine, v i rtual

    ou eletrnica, estar amos cr iando um novo insti tuto de constr io judicial

    ou, como pensam alguns outros estudiosos da matria, um novo

    procedimento em matria processual; o que, diga-se de passagem, no

    1ASSIS, Araken de. Manual do processo de execuo. 4. ed. ver. e atualiz. So Paulo: RT, 1997, p. 464

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    poderia ocorrer por v ia de um mero ato de disposio normativa havido

    entre o Banco Central e os tr ibunais, como o caso do Bacen Jud .

    que, como sabido, o pr ocediment o em matr ia pr ocessual tema que

    somente a Unio, os Estados e o prprio Distr i to Federal tm competncia

    para legis lar, a teor do art. 24, n. IX, da Constituio da Repblica.

    I I I - DO BLOQUEIO PENHORA

    Vimos que o bloqueio difere da penhora, portanto a nomenclatura

    correta a ser uti l izada bloqueio on l ine, tendo em vista, data vnia, que se

    trata da forma mais acertada para tratar tal procedimento.

    Como visto acima, pode-se tratar o bloqueio on l ine como a fase que

    antecede a penhora, quando real izada por meio eletrnico, atravs do

    sistema BACEN-JUD, disponvel aos magistrados a parti r do convnio

    real izado entre o Banco Central do Brasi l e o poder judicir io. Dessa forma,

    no h como tratar de penhora on l ine, mas s im de bloqueio on l ine como

    antecessor penhora.

    Assim, o bloqueio on l ine, como procedimento real izado pelo magistrado

    por meio eletrnico, d incio expropriao. J a penhora, ocorre em

    momento diverso, quando o magistrado determina que aquele valor

    anteriormente bloqueado seja transfer ido para uma conta judicial , passando

    assim a f icar disponvel ao rgo judicial .

    Observe-se que, s e somente s, nesse momento que os valores

    passam a estar disponveis ao poder judicir io, podendo ele, a depender, se

    no houver nenhum tipo de objeo, como o Embargo Execuo ou at os

    Embargos de terceiros, disponibi l iz- lo ao credor.

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    Dessa forma, se traz a devida traduo ao conceito e natureza jur dica de

    cada instituto, o bloqueio e a penhora, cada qual com suas peculi ar idades.

    Nesse espeque, a parti r da confirmao no s istema on l ine do BACENJUD

    em relao ao quantum debeat ur, Vossa Excelncia proferir uma deciso

    (em sentido lato sensu) determinando a transferncia para uma conta

    judicial disposio do Juzo sol ici tante da ordem e prossegue-se com as

    etapas processuais seguintes (arts. 475-J , 1 , e art. 652, 1 , 4 e 5 , todos

    do Cdigo de Processo Civ i l) .

    Conforme dispe o art. 475-J , 1 , do CPC, aps a lavratura do termo de

    penhora, ser intimada a parte executada para o oferecimento da

    impugnao.

    Por amostragem, inserimos uma das muitas decises sobre a matria:

    AGRAVO DE INSTRUMENTO. BRASIL TELECOM S.A. IMPUGNAO EXECUO.

    PRAZO. TERMO INICIAL.

    O prazo para o oferecimento da impugnao inicia-se a parti r da data da

    intimao do executado da lavratura do termo de penhora. Art. 475-J ,

    1 , CPC. Precedentes.

    Hiptese em que a r no foi intimada acerca do bloqueio/penhora de

    valores em sua conta bem como do incio do seu prazo para impugnar o

    cumprimento de sentena. Modif icao da deciso que no oportunizou r o prazo para responder execuo e que determinou a expedio de

    alvar para levantamento dos valores bloqueados em conta corrente da

    empresa.

    AGRAVO PROVIDO DE PLANO.

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    AGRAVO DE INSTRUMENTO N 70034012880 - PRIMEIRA CMARA ESPECIAL CVEL -

    COMARCA DE PORTO ALEGRE

    AGRAVANTE: BRASIL TELECOM / OIAGRAVADO : ANTONIO CARLOS VIEIRA ALBINO

    DOS FATOS

    O Exequente ajuizou a presente execuo de t tulo extrajudicial , tendo

    como instrumento o Contrato de Locao celebrado entre este e a empresa

    PACIFIC COMRCIO E SERVIOS AUTOMOTIVOS LTDA.

    No t tulo extrajudicial executado, f iguram como LOCADOR o Exequente e

    LOCATRIOS a empresa Pacif ic Comrcio e Servios Automotivos Ltda. (CNPJ

    n 03.985.977/0001-01) e como FIADORA a empresa PACIFIC SERVICE

    ADMINISTRAO REGIONAL S/S LTDA. (CNPJ n 01 .488.583/0001-04),

    portando, dist intas entre s i .

    Ocorre que, representando ambas as empresas (LOCATRIA e FIADORA)temos apenas o Senhor Ricardo Yuj i Takenaka (CPFMF 075.718.618-10) que,

    locou o imvel para residncia do Senhor Toshitake Takesako.

    No h nos autos nenhuma procurao ou autorizao para que o Sr.

    Ricardo Yuj i Takenaka representasse ambas as empresas, sendo que a

    LOCATRIA mantinha na poca os seguintes scios:

    ALTERAO N 1 DO CONTRATO SOCIAL DA PACIFIC COMRCIO E SERVIOS AUTOMOTIVOS

    LTDA, em 9 de novembro de 2000:

    Scios: LUCIANA KATAIOSE TORRES (CPFMF 192.316.358-24) e OSCAR PINTO

    JUNIOR (CPFMF 162.642.688-01);

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    ALTERAO N 2 DO CONTRATO SOCIAL DA PACIFIC COMRCIO E SERVIOS AUTOMOTIVOS

    LTDA. , em 12 de maro de 2001, adotando o nome fantasia de PACIFIC CAR

    SERVICE e mantendo os mesmos scios: Luciana Katayose Torres e Oscar

    Pinto Junior.

    ALTERAO N 3 DO CONTRATO SOCIAL DA PACIFIC COMRCIO E SERVIOS AUTOMOTIVOS

    LTDA. , em 6 de janeiro de 2003, alterando-se o quadro social:

    Scios: Kioshi Takenaka (CPFMF 516.718.408-87) e PAULO SERGIO MOITA

    (CPFMF 918.198.818-49).

    O Contrato de Locao foi celebrado em 9 de outubro de 2002, com

    vigncia para o perodo de 11 de outubro de 2002 a 10 de abri l de 2005.

    No fosse s, o Contrato Social da Locatr ia Pacif ic Comrcio e

    Servios Automotivos Ltda. probe a prtica de negcios que no sejam do

    interesse social (Clusula Quarta), incluindo a proibio para locao de

    imveis para pessoas estranhas empresa. No caso, o Senhor Toshitake

    Takesako.

    Portanto, nulo o Contrato de Locao ora executado, por

    i legit imidade absoluta do Sr. Ricardo Yuj i Takenaka que no detinha poderes

    para tal ato, sendo que, nula a celebrao pela Lo catr ia, nula a indicao da

    f iadora.

    ARGUIO DE IMPENHORABILIDADE DO BLOQUEIO

    Quando arguimos, em 9 de janeiro de 2009, a impenhorabi l idade do

    bloqueio real izado, Vossa Excelncia assim d espachou:

    1. I nd efi r o o pedi do de desbloque i o de valo res po rquanto se trata de medida

    merament e pr ocras t i natria, vi sando apenas eternizar a so lv nc ia do val or

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    executado, o que no pode ser permit ido ant e a nov a le i de execuo, p r o m ul ga da

    com o cl ar o p r o p s i t o de agi l i zar o paga mento de db i tos judi c ia i s [. . . ] .

    Despacho publicado em 3 de abri l de 2009.

    Em 16 de abri l de 2009, interpusemos Agravo de Instrumento,

    recebido pelo Egrgio Tr ibunal de Justia do Estado de So Paulo sem

    concesso de efeito suspensivo e negado provimento em 29 de julho de

    2009, com trnsito em julgado em 4 de setembro de 2009.

    E, somente em 26 de setembro de 2011 , mais de dois anos aps, o

    Exequente peticionou e em 15 de dezembro de 2011 Vossa Excelncia deferiuo pedido de transferncia dos valores bloqueados e, erroneamente,

    autorizou o levantamento, sem antes caracteriza- lo como valor penhorado e,

    sem antes intimar a empresa executada Pacif ic Service Administrao

    Regional S/S Ltda. para apresentar eventual impugnao (art. 475-J , 1 , do

    Cdigo de Processo Civ i l) .

    DO CABIMENTO DA PRESENTE EXCEO DE PR-EXECUTIVIDADE

    Temos que a exceo de pr-executiv idade uma oposio do

    demandado, que h muito vem sendo admitida tanto pela doutr ina quanto

    pela jur isprudncia ptr ia, como uma medida salutar impedit iva de abusos

    como a invaso injusti f icada do patr imnio do excipiente, por isso tem sido

    admitida como defesa, apresentada antes mesmo de seguro o ju zo, isso sem

    qualquer prejuzo futura interposio de embargos execuo, ou

    qualquer outro recurso. Vejamos a jur isprudncia:

    A nulidade da execuo pode ser alegada a todo tempo; sua arguio

    no requer a segurana do ju zo, nem exige a apresentao de

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    embargos execuo. Deve ser decretada de of cio. (RT 511 /2221 ;

    JTA-Civ. SP 57/37).

    Ainda que no seguro o ju zo, o executado pode alegar a nul idade da

    execuo (v. art. 618 do CPC); e mesmo depois de apresentados os

    embargos do devedor o ju iz pode indeferir a inicial da execuo.

    (JTA 38/123).

    Tendo em vista que a execuo inaugura-se com a agressopatr imonial do devedor, admissvel a interposio de exceo de

    pr-executiv idade, independente de seguro o ju zo, quando a questo

    disser respeito a uma das condies da a o. (Ag. Instr. n 726.098-4,

    8 Cmara, j . 20.08.97, rel. Juiz Antonio Carlos Malheiros, in RT

    752/215).

    Portanto, temos que para a execuo de t tulo extrajudicial necessrio que o documento seja um ttulo de obrigao certa, l quida e

    exigvel (art. 586 do CPC).

    Parafraseando Pedro Lenza, em Direito Constitucional Esquematizado,

    pg. 518, ci tando o mestre Hely Lopes Meirelhes, A atual expres so dir e ito

    l quido e certo substitui a precedente, da legislao cr iadora do mandado de

    segurana, di re i to certo e inco ntes t vel . Nenhuma sat isfa z. Amba s so

    imprprias e de s igni ficao equv oca, como procura rem os dem onstrar notexto . O d ir e ito, quando ex istent e, sem pre l quido e cer to; os fat os que

    po dem ser imprecisos e incertos , exigindo comprova o e esclarecimentos

    para propic iar a apl icao do Dir eito invoca do pel o post ulant e.

    Assim, ao ajuizar a presente execuo de t tulo extrajudicial o

    excepto no comprovou a regularidade da celebrao do Contrato de

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    Locao executado, pois, conforme documentos em anexo, o Senhor

    Ricardo Yuji Takenaka no fazia parte do quadro social da Locatria Pacif ic

    Service Comrcio e Servios Automotivos Ltda., nem tampouco estava

    autorizado a celebrar o contrato de f iana em n ome da excipiente.

    No existe, pois, f iana, se f i ador e af ianado forem a mesma pessoa.

    Por esse motivo, inquestionvel a nul idade da f iana, no contrato de

    locao, o que afasta a possibil idade de a excipiente ser executada como

    fiadora.

    Assim, a legit imidade do polo passivo to somente do Senhor

    Ricardo Yuji Takenaka que, assinando tanto pela Locatria como pela

    Fiadora, induziu a erro o excepto, tornando a Locatria e a Fiadora comoinexistentes, pois para aquela no t inha representao vl ida e, para esta

    no t inha autorizao nem representao eficaz.

    Vale lembrar que a f iana um contrato formal, porque a vontade do

    fiador dever ser manifestada por escrito, de forma expressa e inequvoca

    conforme estabelece o art. 819 do CC, mas, quando se trata de pessoa

    jurdica, somente poder ser pactuada por quem os estatutos designarem,

    ou, no os designando, por seus diretores (art. 12, inciso VI, do CPC ).

    DO PEDIDO

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    ANTE O EXPOSTO, respeitosamente, requer:

    a) seja determinada a suspenso l iminar dos atos de execuo, at que

    seja apreciada, em carter def init ivo, a presente exceo de pr-

    executiv idade;

    b) seja determinada a intimao do excepto para, querendo, impugnar a

    presente exceo;

    c) seja a presente exceo de pr-executiv idade acolhida para:

    reconhecer-se a i legimidade da Excipiente, excluindo-a do polo passivo,

    extinguindo-se, por consequncia, a presente ao de execuo, em relao

    mesma e restituindo-se- lhe o valor bloqueado;

    Protesta, por f im, pela produo de todas as provas em direito

    admitidas, especialmente a expedio de of cios s autoridades pblicas e a

    juntada de novos documentos.

    Nestes Termos,

    Espera Deferimento.

    So Paulo, 9 de janeiro de 2012.

    . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Antonio Benedito Pereira

    O A B / S P 9 6 . 6 2 0