pac diario oficial

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Ano CXLIV N o - 15-A Brasília - DF, segunda-feira, 22 de janeiro de 2007 ISSN 1677-7042 EDIÇÃO EXTRA Sumário . Atos do Poder Executivo . MEDIDA PROVISÓRIA N o - 346, DE 22 DE JANEIRO DE 2007 Abre crédito extraordinário, em favor da Presidência da República, dos Mi- nistérios dos Transportes, da Cultura e do Planejamento, Orçamento e Gestão e de Encargos Financeiros da União, no valor global de R$ 452.183.639,00, para os fins que especifica. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 62, combinado com o § 3 o do art. 167, da Constituição, adota a seguinte Medida Provisória, com força de lei: Art. 1 o Fica aberto crédito extraordinário, em favor da Presidência da República, dos Ministérios dos Transportes, da Cultura e do Planejamento, Orçamento e Gestão e de Encargos Financeiros da União, no valor global de R$ 452.183.639,00 (quatrocentos e cinqüenta e dois milhões, cento e oitenta e três mil, seiscentos e trinta e nove reais), para atender às programações constantes do Anexo desta Medida Provisória. Art. 2 o A abertura do crédito de que trata o art. 1 o correrá à conta de Recursos Ordinários do Tesouro Nacional e de Títulos de Responsabilidade do Tesouro Nacional. Art. 3 o Esta Medida Provisória entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 22 de janeiro de 2007; 186 o da Independência e 119 o da República. LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Paulo Bernardo Silva ORGAO : 20000 - PRESIDENCIA DA REPUBLICA UNIDADE : 20114 - ADVOCACIA-GERAL DA UNIAO ANEXO CREDITO EXTRAORDINARIO PROGRAMA DE TRABALHO RECURSOS DE TODAS AS FONTES - R$ 1, 00 EGR M I F FUNC PROGRAMATICA PROGRAMA/ACAO/SUBTITULO/PRODUTO S N P O U T V A L O R FD D E 0580 DEFESA JURIDICA DA UNIAO 20.000.000 ATIVIDADES 03 092 0580 869M REPRESENTACAO JUDICIAL E EXTRAJUDICIAL DA UNIAO 20.000.000 03 092 0580 869M 0101 REPRESENTACAO JUDICIAL E EXTRAJUDICIAL DA UNIAO - NACIONAL (CREDITO EXTRAORDINARIO) 20.000.000 F3 2 90 0 100 18.000.000 F4 2 90 0 100 2.000.000 TOTAL - FISCAL 20.000.000 TOTAL - SEGURIDADE 0 TOTAL - GERAL 20.000.000 ORGAO : 39000 - MINISTERIO DOS TRANSPORTES UNIDADE : 39101 - MINISTERIO DOS TRANSPORTES ANEXO CREDITO EXTRAORDINARIO PROGRAMA DE TRABALHO RECURSOS DE TODAS AS FONTES - R$ 1, 00 EGR M I F FUNC PROGRAMATICA PROGRAMA/ACAO/SUBTITULO/PRODUTO S N P O U T V A L O R FD D E 0225 GESTAO DA POLITICA DOS TRANSPORTES 54.628.739 OPERACOES ESPECIAIS 26 846 0225 0C30 DISSOLUCAO E LIQUIDACAO DA COMPANHIA DE NAVE- GACAO DO SAO FRANCISCO - FRANAVE 5.753.739 26 846 0225 0C30 0101 DISSOLUCAO E LIQUIDACAO DA COMPANHIA DE NAVE- GACAO DO SAO FRANCISCO - FRANAVE - NACIONAL (CREDITO EXTRAORDINARIO) 5.753.739 F1 1 90 0 100 2.486.255 F3 2 90 0 100 3.267.484 26 122 0225 09IX EXTINCAO DA REDE FERROVIARIA FEDERAL S/A - RFF- SA 48.875.000 26 122 0225 09IX 0101 EXTINCAO DA REDE FERROVIARIA FEDERAL S/A - RFF- SA - NACIONAL (CREDITO EXTRAORDINARIO) 48.875.000 F3 2 90 0 100 48.875.000 0901 OPERACOES ESPECIAIS: CUMPRIMENTO DE SENTENCAS JUDICIAIS 5.000.000 OPERACOES ESPECIAIS 26 846 0901 0C31 CUMPRIMENTO DE SENTENCA JUDICIAL TRANSITADA EM JULGADO DEVIDA PELA COMPANHIA DE NAVEGA- CAO DO SAO FRANCISCO - ENTIDADE EM DISSOLU- CAO/LIQUIDACAO 5.000.000 PÁGINA Atos do Poder Executivo ............................................................................................................................. 1 Presidência da República ........................................................................................................................... 16

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Page 1: Pac Diario Oficial

Ano CXLIV No- 15-A

Brasília - DF, segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

ISSN 1677-7042EDIÇÃO EXTRA

Sumário.

Atos do Poder Executivo.

<!ID68191-0> MEDIDA PROVISÓRIA No- 346, DE 22 DE JANEIRO DE 2007

Abre crédito extraordinário, em favor da Presidência da República, dos Mi-nistérios dos Transportes, da Cultura e do Planejamento, Orçamento e Gestãoe de Encargos Financeiros da União, no valor global de R$ 452.183.639,00,para os fins que especifica.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 62, combinadocom o § 3o do art. 167, da Constituição, adota a seguinte Medida Provisória, com força de lei:

Art. 1o Fica aberto crédito extraordinário, em favor da Presidência da República, dos Ministériosdos Transportes, da Cultura e do Planejamento, Orçamento e Gestão e de Encargos Financeiros daUnião, no valor global de R$ 452.183.639,00 (quatrocentos e cinqüenta e dois milhões, cento e oitentae três mil, seiscentos e trinta e nove reais), para atender às programações constantes do Anexo destaMedida Provisória.

Art. 2o A abertura do crédito de que trata o art. 1o correrá à conta de Recursos Ordinários doTesouro Nacional e de Títulos de Responsabilidade do Tesouro Nacional.

Art. 3o Esta Medida Provisória entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 22 de janeiro de 2007; 186o da Independência e 119o da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVAPaulo Bernardo Silva

ORGAO : 20000 - PRESIDENCIA DA REPUBLICA

UNIDADE : 20114 - ADVOCACIA-GERAL DA UNIAO

ANEXO CREDITO EXTRAORDINARIO

PROGRAMA DE TRABALHO RECURSOS DE TODAS AS FONTES - R$ 1, 00

E G R M I F

FUNC P R O G R A M AT I C A P R O G R A M A / A C A O / S U B T I T U L O / P R O D U TO S N P O U T V A L O R

F D D E

0580 DEFESA JURIDICA DA UNIAO 20.000.000

AT I V I D A D E S

03 092 0580 869M REPRESENTACAO JUDICIAL E EXTRAJUDICIAL DAUNIAO

20.000.000

03 092 0580 869M 0101 REPRESENTACAO JUDICIAL E EXTRAJUDICIAL DAUNIAO - NACIONAL (CREDITO EXTRAORDINARIO)

20.000.000

F 3 2 90 0 100 18.000.000

F 4 2 90 0 100 2.000.000

TOTAL - FISCAL 20.000.000

TOTAL - SEGURIDADE 0

TOTAL - GERAL 20.000.000

ORGAO : 39000 - MINISTERIO DOS TRANSPORTES

UNIDADE : 39101 - MINISTERIO DOS TRANSPORTES

ANEXO CREDITO EXTRAORDINARIO

PROGRAMA DE TRABALHO RECURSOS DE TODAS AS FONTES - R$ 1, 00

E G R M I F

FUNC P R O G R A M AT I C A P R O G R A M A / A C A O / S U B T I T U L O / P R O D U TO S N P O U T V A L O R

F D D E

0225 GESTAO DA POLITICA DOS TRANSPORTES 54.628.739

OPERACOES ESPECIAIS

26 846 0225 0C30 DISSOLUCAO E LIQUIDACAO DA COMPANHIA DE NAVE-GACAO DO SAO FRANCISCO - FRANAVE

5.753.739

26 846 0225 0C30 0101 DISSOLUCAO E LIQUIDACAO DA COMPANHIA DE NAVE-GACAO DO SAO FRANCISCO - FRANAVE - NACIONAL(CREDITO EXTRAORDINARIO)

5.753.739

F 1 1 90 0 100 2.486.255

F 3 2 90 0 100 3.267.484

26 122 0225 09IX EXTINCAO DA REDE FERROVIARIA FEDERAL S/A - RFF-SA

48.875.000

26 122 0225 09IX 0101 EXTINCAO DA REDE FERROVIARIA FEDERAL S/A - RFF-SA - NACIONAL (CREDITO EXTRAORDINARIO)

48.875.000

F 3 2 90 0 100 48.875.000

0901 OPERACOES ESPECIAIS: CUMPRIMENTO DE SENTENCAS JUDICIAIS 5.000.000

OPERACOES ESPECIAIS

26 846 0901 0C31 CUMPRIMENTO DE SENTENCA JUDICIAL TRANSITADAEM JULGADO DEVIDA PELA COMPANHIA DE NAVEGA-CAO DO SAO FRANCISCO - ENTIDADE EM DISSOLU-CAO/LIQUIDACAO

5.000.000

PÁGINA

Atos do Poder Executivo............................................................................................................................. 1

Presidência da República ........................................................................................................................... 16

Page 2: Pac Diario Oficial

Nº 15-A, segunda-feira, 22 de janeiro de 20072 ISSN 1677-7042

26 846 0901 0C31 0101 CUMPRIMENTO DE SENTENCA JUDICIAL TRANSITADAEM JULGADO DEVIDA PELA COMPANHIA DE NAVEGA-CAO DO SAO FRANCISCO - ENTIDADE EM DISSOLU-CAO/LIQUIDACAO - NACIONAL (CREDITO EXTRAORDINA-RIO)

5.000.000

F 1 1 90 0 100 3.000.000

F 3 1 90 0 100 2.000.000

TOTAL - FISCAL 59.628.739

TOTAL - SEGURIDADE 0

TOTAL - GERAL 59.628.739

ORGAO : 39000 - MINISTERIO DOS TRANSPORTES

UNIDADE : 39207 - VALEC - ENGENHARIA, CONSTRUCOES E FERROVIAS S.A.

ANEXO CREDITO EXTRAORDINARIO

PROGRAMA DE TRABALHO RECURSOS DE TODAS AS FONTES - R$ 1, 00

E G R M I F

FUNC P R O G R A M AT I C A P R O G R A M A / A C A O / S U B T I T U L O / P R O D U TO S N P O U T V A L O R

F D D E

0237 CORREDOR ARAGUAIA-TOCANTINS 43.854.900

OPERACOES ESPECIAIS

26 122 0237 09IU ADMINISTRACAO E REMUNERACAO DE PESSOAL DAEXTINTA REDE FERROVIARIA FEDERAL S/A - RFFSA, DE-CORRENTE DE SUCESSAO TRABALHISTA

42.829.900

26 122 0237 09IU 0101 ADMINISTRACAO E REMUNERACAO DE PESSOAL DAEXTINTA REDE FERROVIARIA FEDERAL S/A - RFFSA, DE-CORRENTE DE SUCESSAO TRABALHISTA - NACIONAL(CREDITO EXTRAORDINARIO)

42.829.900

F 1 1 90 0 100 40.349.900

F 3 2 90 0 100 2.480.000

26 273 0237 09LL CONTRIBUICAO A PREVIDENCIA PRIVADA DO PESSOALDA EXTINTA REDE FERROVIARIA FEDERAL S/A - RFFSA,DECORRENTE DE SUCESSAO TRABALHISTA

1.025.000

26 273 0237 09LL 0101 CONTRIBUICAO A PREVIDENCIA PRIVADA DO PESSOALDA EXTINTA REDE FERROVIARIA FEDERAL S/A - RFFSA,DECORRENTE DE SUCESSAO TRABALHISTA - NACIONAL(CREDITO EXTRAORDINARIO)

1.025.000

F 1 1 90 0 100 1.025.000

TOTAL - FISCAL 43.854.900

TOTAL - SEGURIDADE 0

TOTAL - GERAL 43.854.900

ORGAO : 39000 - MINISTERIO DOS TRANSPORTES

UNIDADE : 39250 - AGENCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES - ANTT

ANEXO CREDITO EXTRAORDINARIO

PROGRAMA DE TRABALHO RECURSOS DE TODAS AS FONTES - R$ 1, 00

E G R M I F

FUNC P R O G R A M AT I C A P R O G R A M A / A C A O / S U B T I T U L O / P R O D U TO S N P O U T V A L O R

F D D E

0224 EXPLORACAO DA INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTE RODOVIARIO E FERROVIARIO 3.000.000

AT I V I D A D E S

26 125 0224 869U FISCALIZACAO DE BENS OPERACIONAIS E GESTAO DOSCONTRATOS DE ARRENDAMENTO DAS MALHAS FERRO-VIARIAS

3.000.000

26 125 0224 869U 0101 FISCALIZACAO DE BENS OPERACIONAIS E GESTAO DOSCONTRATOS DE ARRENDAMENTO DAS MALHAS FERRO-VIARIAS - NACIONAL (CREDITO EXTRAORDINARIO)

3.000.000

F 3 2 90 0 100 3.000.000

TOTAL - FISCAL 3.000.000

TOTAL - SEGURIDADE 0

TOTAL - GERAL 3.000.000

ORGAO : 39000 - MINISTERIO DOS TRANSPORTES

UNIDADE : 39252 - DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES - DNIT

ANEXO CREDITO EXTRAORDINARIO

PROGRAMA DE TRABALHO RECURSOS DE TODAS AS FONTES - R$ 1, 00

E G R M I F

FUNC P R O G R A M AT I C A P R O G R A M A / A C A O / S U B T I T U L O / P R O D U TO S N P O U T V A L O R

F D D E

0224 EXPLORACAO DA INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTE RODOVIARIO E FERROVIARIO 10.300.000

AT I V I D A D E S

26 783 0224 869V MANUTENCAO E GESTAO DOS ATIVOS FERROVIARIOS 10.300.000

Page 3: Pac Diario Oficial

Nº 15-A, segunda-feira, 22 de janeiro de 2007 3ISSN 1677-7042

26 783 0224 869V 0101 MANUTENCAO E GESTAO DOS ATIVOS FERROVIARIOS -NACIONAL (CREDITO EXTRAORDINARIO)

10.300.000

F 3 2 90 0 100 8.300.000

F 4 2 90 0 100 2.000.000

TOTAL - FISCAL 10.300.000

TOTAL - SEGURIDADE 0

TOTAL - GERAL 10.300.000

ORGAO : 42000 - MINISTERIO DA CULTURA

UNIDADE : 42204 - INSTITUTO DO PATRIMONIO HISTORICO E ARTISTICO NACIONAL

ANEXO CREDITO EXTRAORDINARIO

PROGRAMA DE TRABALHO RECURSOS DE TODAS AS FONTES - R$ 1, 00

E G R M I F

FUNC P R O G R A M AT I C A P R O G R A M A / A C A O / S U B T I T U L O / P R O D U TO S N P O U T V A L O R

F D D E

0167 BRASIL PATRIMONIO CULTURAL 6.000.000

AT I V I D A D E S

13 391 0167 86AV GESTAO E MANUTENCAO DE BENS MOVEIS E IMOVEISDE VALOR ARTISTICO, HISTORICO E CULTURAL DA EX-TINTA REDE FERROVIARIA FEDERAL S.A. - RFFSA

6.000.000

13 391 0167 86AV 0101 GESTAO E MANUTENCAO DE BENS MOVEIS E IMOVEISDE VALOR ARTISTICO, HISTORICO E CULTURAL DA EX-TINTA REDE FERROVIARIA FEDERAL S.A. - RFFSA - NA-CIONAL (CREDITO EXTRAORDINARIO)

6.000.000

F 3 2 90 0 100 6.000.000

TOTAL - FISCAL 6.000.000

TOTAL - SEGURIDADE 0

TOTAL - GERAL 6.000.000

ORGAO : 47000 - MINISTERIO DO PLANEJAMENTO, ORCAMENTO E GESTAOUNIDADE : 47101 - MINISTERIO DO PLANEJAMENTO, ORCAMENTO E GESTAO

ANEXO CREDITO EXTRAORDINARIO

PROGRAMA DE TRABALHO RECURSOS DE TODAS AS FONTES - R$ 1, 00

E G R M I FFUNC P R O G R A M AT I C A P R O G R A M A / A C A O / S U B T I T U L O / P R O D U TO S N P O U T V A L O R

F D D E

0750 APOIO ADMINISTRATIVO 9.400.000

AT I V I D A D E S

04 122 0750 86AT GESTAO DOS BENS IMOVEIS E DA COMPLEMENTACAODE APOSENTADORIAS E PENSOES DA EXTINTA REDEFERROVIARIA FEDERAL S.A. - RFFSA

9.400.000

04 122 0750 86AT 0101 GESTAO DOS BENS IMOVEIS E DA COMPLEMENTACAODE APOSENTADORIAS E PENSOES DA EXTINTA REDE FER-ROVIARIA FEDERAL S.A. - RFFSA - NACIONAL (CREDITOEXTRAORDINARIO)

9.400.000

F 3 2 90 0 100 9.400.000

TOTAL - FISCAL 9.400.000

TOTAL - SEGURIDADE 0

TOTAL - GERAL 9.400.000

ORGAO : 71000 - ENCARGOS FINANCEIROS DA UNIAOUNIDADE : 71101 - RECURSOS SOB SUPERVISAO DO MINISTERIO DA FAZENDA

ANEXO CREDITO EXTRAORDINARIO

PROGRAMA DE TRABALHO RECURSOS DE TODAS AS FONTES - R$ 1, 00

E G R M I FFUNC P R O G R A M AT I C A P R O G R A M A / A C A O / S U B T I T U L O / P R O D U TO S N P O U T V A L O R

F D D E

0909 OPERACOES ESPECIAIS: OUTROS ENCARGOS ESPECIAIS 300.000.000

OPERACOES ESPECIAIS

28 846 0909 09LK ENCARGOS DO FUNDO CONTINGENTE DA EXTINTA RE-DE FERROVIARIA FEDERAL S.A. - RFFSA

300.000.000

28 846 0909 09LK 0101 ENCARGOS DO FUNDO CONTINGENTE DA EXTINTA RE-DE FERROVIARIA FEDERAL S.A. - RFFSA - NACIONAL(CREDITO EXTRAORDINARIO)

300.000.000

F 3 2 90 0 144 300.000.000

TOTAL - FISCAL 300.000.000

TOTAL - SEGURIDADE 0

TOTAL - GERAL 300.000.000

<!ID68192-0> MEDIDA PROVISÓRIA No 347,DE 22 DE JANEIRO DE 2007

Constitui fonte de recursos adicional paraampliação de limites operacionais da CaixaEconômica Federal - CEF.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuiçãoque lhe confere o art. 62 da Constituição, adota a seguinte MedidaProvisória, com força de lei:

Art. 1o Fica a União autorizada a conceder crédito à CaixaEconômica Federal - CEF, no valor de R$ 5.200.000.000,00 (cincobilhões e duzentos milhões de reais), em condições financeiras econtratuais que permitam o enquadramento da operação como ins-trumento híbrido de capital e dívida, conforme definido pelo Con-selho Monetário Nacional - CMN.

Parágrafo único. O crédito será concedido assegurada a equi-valência econômica da operação em relação ao custo de captação delongo prazo do Tesouro Nacional, na data de sua efetivação.

Art. 2o Os recursos decorrentes da operação de que trata oart. 1º serão aplicados em:

I - saneamento básico;

II - habitação popular; e

III - outras operações previstas no estatuto social da CEF.

Parágrafo único. As aplicações de que tratam os incisos I e IIserão dirigidas, mediante financiamento, aos setores público e privado.

Art. 3o Sem prejuízo do atendimento das finalidades es-pecíficas previstas em lei, o superávit financeiro existente no TesouroNacional no encerramento do exercício financeiro de 2006 poderá serdestinado à cobertura:

I - do crédito de que trata o art. 1o; e

II - de despesas do orçamento da seguridade social.

Parágrafo único. Excluem-se do disposto no caput os valorescomprometidos com restos a pagar e as fontes decorrentes de vin-culações constitucionais.

Art. 4o Esta Medida Provisória entra em vigor na data de suapublicação.

Brasília, 22 de janeiro de 2007; 186o da Independência e11 9 o da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVAGuido MantegaPaulo Bernardo Silva

<!ID68193-0>

MEDIDA PROVISÓRIA No 348,DE 22 DE JANEIRO DE 2007

Institui o Fundo de Investimento em Par-ticipações em Infra-Estrutura - FIP-IE, e dáoutras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuiçãoque lhe confere o art. 62, da Constituição, adota a seguinte MedidaProvisória, com força de lei:

Art. 1o As instituições autorizadas pela Comissão de ValoresMobiliários - CVM para o exercício da administração de carteira de

Page 4: Pac Diario Oficial

Nº 15-A, segunda-feira, 22 de janeiro de 20074 ISSN 1677-7042

títulos e valores mobiliários poderão constituir Fundo de Investimentoem Participações em Infra-Estrutura - FIP-IE, sob a forma de con-domínio fechado, que terá por objetivo o investimento em novosprojetos de infra-estrutura no território nacional.

§ 1o Para os efeitos desta Medida Provisória, consideram-senovos, os projetos de infra-estrutura implementados a partir da vi-gência desta Medida Provisória, por sociedades especificamente cria-das para tal fim, em:

I - energia;

II - transporte; e

III - água e saneamento básico.

§ 2o Os novos projetos de que trata o § 1o poderão constituir-se na expansão de projetos já existentes, implantados ou em processode implantação, desde que os investimentos e os resultados da ex-pansão sejam segregados mediante a constituição de sociedade depropósito específico.

§ 3o As sociedades de propósito específico a que se referemos §§ 1o e 2o serão necessariamente organizadas como sociedades porações, de capital aberto ou fechado.

§ 4o No mínimo noventa e cinco por cento do patrimônio doFIP-IE deverá ser aplicado em ações ou bônus de subscrição deemissão das sociedades de que trata o § 3o.

§ 5o O FIP-IE terá prazo de duração de, no mínimo, oito anos.

§ 6o O FIP-IE deverá ter um mínimo de dez cotistas, sendoque cada cotista não poderá deter mais de vinte por cento das cotasemitidas pelo FIP-IE ou auferir rendimento superior a vinte por centodo total de rendimentos do fundo.

§ 7o As sociedades de que trata o § 3o deverão seguir, pelomenos, as seguintes práticas de governança corporativa:

I - proibição de emissão de partes beneficiárias e inexistênciadesses títulos em circulação;

II - estabelecimento de um mandato unificado de no máximodois anos para todo o Conselho de Administração;

III - disponibilização de contratos com partes relacionadas,acordos de acionistas e programas de opções de aquisição de ações oude outros títulos ou valores mobiliários de emissão da companhia;

IV - concessão da faculdade do emprego da arbitragem comomecanismo de resolução dos conflitos societários;

V - auditoria anual de suas demonstrações contábeis porauditores independentes registrados na CVM; e

VI - no caso de abertura de seu capital, obrigar-se, perante oFIP-IE, a aderir a segmento especial de bolsa de valores ou deentidade mantenedora de mercado de balcão organizado que assegure,no mínimo, níveis diferenciados de práticas de governança corpo-rativa previstos neste parágrafo.

§ 8o O FIP-IE deverá participar do processo decisório dassociedades investidas, com efetiva influência na definição de suas po-líticas estratégicas e na sua gestão, notadamente por meio da indicaçãode membros do Conselho de Administração, ou, ainda, pela detençãode ações que integrem o respectivo bloco de controle, pela celebraçãode acordo de acionistas ou pela celebração de ajuste de natureza di-versa ou adoção de procedimento que assegure ao fundo efetiva in-fluência na definição de sua política estratégica e na sua gestão.

§ 9o O não atendimento pelo FIP-IE de qualquer das con-dições de que trata este artigo implica sua liquidação ou sua trans-formação em outra modalidade de fundo de investimento.

§ 10. O FIP-IE terá o prazo máximo de cento e oitenta diasapós a sua constituição, para enquadrar-se no nível mínimo de in-vestimento estabelecido no § 4o.

§ 11. Aplica-se também o disposto no § 10 na hipótese dedesenquadramento do fundo por encerramento de projeto a que serefere o § 1º.

Art. 2o Os rendimentos auferidos no resgate de cotas do FIP-IE, inclusive quando decorrentes da liquidação do fundo, ficam su-jeitos ao imposto de renda na fonte à alíquota de quinze por centoincidente sobre a diferença positiva entre o valor de resgate e o custode aquisição das cotas.

§ 1o Os ganhos auferidos na alienação de cotas de fundos deinvestimento de que trata o caput deste artigo serão tributados àalíquota de quinze por cento:

I - como ganho líquido quando auferidos por pessoa físicaem operações realizadas em bolsa e por pessoa jurídica em operaçõesrealizadas dentro ou fora de bolsa; e

II - de acordo com as regras aplicáveis aos ganhos de capitalna alienação de bens ou direitos de qualquer natureza, quando au-feridos por pessoa física em operações realizadas fora de bolsa.

§ 2o No caso de amortização de cotas, o imposto incidirásobre o valor que exceder o respectivo custo de aquisição à alíquotade que trata o caput deste artigo.

§ 3o No caso de rendimentos distribuídos à pessoa física, nasformas previstas no caput e no § 2o, ficam isentos do imposto derenda na fonte e na declaração de ajuste anual das pessoas físicas,desde que tenham transcorridos cinco anos da aquisição da cota peloi n v e s t i d o r.

§ 4o O disposto neste artigo aplica-se somente aos fundosreferidos nesta Medida Provisória que cumprirem os limites de di-versificação e as regras de investimento constantes da regulamentaçãoestabelecida pela CVM.

§ 5o Na hipótese de liquidação ou transformação do fundoconforme previsto no § 9o do art. 1o, aplicar-se-ão as alíquotas pre-vistas nos incisos I a IV do caput do art. 1o da Lei no 11.033, de 21de dezembro de 2004.

Art. 3o As perdas apuradas nas operações de que trata o art.2o, quando realizadas por pessoa jurídica tributada com base no lucroreal, não serão dedutíveis na apuração do lucro real.

Art. 4o A Comissão de Valores Mobiliários e a Secretaria daReceita Federal do Ministério da Fazenda regulamentarão, dentro desuas respectivas competências, o disposto nesta Medida Provisória.

Art. 5o Esta Medida Provisória entra em vigor na data desua publicação.

Brasília, 22 de janeiro de 2007; 186o da Independência e11 9 o da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVAGuido Mantega

<!ID68194-0>

MEDIDA PROVISÓRIA No 349,DE 22 DE JANEIRO DE 2007

Institui o Fundo de Investimento do FGTS- FI-FGTS, altera a Lei no 8.036, de 11 demaio de 1990, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuiçãoque lhe confere o art. 62 da Constituição, adota a seguinte MedidaProvisória, com força de lei:

Art. 1o Fica criado o Fundo de Investimento do Fundo deGarantia do Tempo de Serviço - FI-FGTS caracterizado pela apli-cação de recursos do FGTS, destinado a investimentos em empre-endimentos dos setores de energia, rodovia, ferrovia, porto e sa-neamento, de acordo com as diretrizes, critérios e condições quedispuser o Conselho Curador do FGTS.

§ 1o O FI-FGTS terá patrimônio próprio, segregado do pa-trimônio do FGTS, será disciplinado por instrução da Comissão deValores Mobiliários - CVM e seus investimentos não têm a coberturade risco de crédito estabelecida no § 1o do art. 9o da Lei no 8.036, de11 de maio de 1990.

§ 2o A administração e a gestão do FI-FGTS será da CaixaEconômica Federal, na qualidade de agente operador do FGTS, ca-bendo ao Comitê de Investimento - CI, a ser constituído pelo Con-selho Curador do FGTS, a aprovação dos investimentos.

§ 3o Na hipótese de extinção do FI-FGTS, o seu patrimôniototal será distribuído aos cotistas, na proporção de suas participações,observado o disposto no § 8o do art. 20 da Lei no 8.036, de 1990.

Art. 2o Fica autorizada a aplicação de R$ 5.000.000.000,00(cinco bilhões de reais) do patrimônio líquido do FGTS para in-tegralização de cotas do FI-FGTS.

Parágrafo único. Por proposta da Caixa Econômica Federal emediante autorização do Conselho Curador do FGTS, o montanteautorizado no caput poderá ser elevado para o valor de até oitentapor cento do patrimônio líquido do FGTS registrado em 31 de de-zembro de 2006.

Art. 3o A Lei no 8.036, de 1990, passa a vigorar com asseguintes alterações:

“Art. 5o .......................................................................

..................................................................................................

XIII - em relação ao Fundo de Investimento doFundo de Garantia do Tempo de Serviço - FI-FGTS:

a) aprovar a política de investimento do FI-FGTS,por proposta do Comitê de Investimento;

b) decidir sobre o reinvestimento ou distribuição dosresultados positivos aos cotistas do FI-FGTS, em cada exer-cício;

c) definir a forma de deliberação, de funcionamentoe a composição do Comitê de Investimento;

d) estabelecer o valor da remuneração da Caixa Eco-nômica Federal pela administração e gestão do fundo deinvestimento;

e) definir a exposição máxima de risco dos inves-timentos do FI-FGTS;

f) estabelecer o limite máximo de participação dosrecursos do FI-FGTS por empreendimento, observados osrequisitos técnicos aplicáveis;

g) estabelecer o prazo mínimo de resgate das cotas eretorno dos recursos à conta vinculada;

h) aprovar o regulamento do FI-FGTS, elaboradopela Caixa Econômica Federal; e

i) autorizar a integralização de cotas do FI-FGTSpelos trabalhadores, estabelecendo previamente os limitesglobais e individuais, parâmetros e condições de aplicação eresgate.” (NR)

“Art. 20. .....................................................................

....................................................................................................

XVII - integralização de cotas do FI-FGTS, res-peitado o disposto no art. 5o, inciso XIII, alínea “i”, per-mitida a utilização máxima de dez por cento do saldo exis-tente e disponível na data em que exercer a opção.

....................................................................................................

§ 8o As aplicações em Fundos Mútuos de Priva-tização e no FI-FGTS são nominativas, impenhoráveis e,salvo as hipóteses previstas nos incisos I a XI e XIII a XVdeste artigo, indisponíveis por seus titulares.

....................................................................................................

§ 13. A garantia a que alude o § 4o do art. 13 nãocompreende as aplicações a que se referem os incisos XII eXVII deste artigo.

§ 14. Ficam isentos do imposto de renda:

I - a parcela dos ganhos nos Fundos Mútuos dePrivatização até o limite da remuneração das contas vin-culadas de que trata o art. 13, no mesmo período; e

II - os ganhos do FI-FGTS.

§ 15. A transferência de recursos da conta do titularno Fundo de Garantia do Tempo de Serviço em razão daaquisição de ações ou de quotas do FI-FGTS não afetará abase de cálculo da multa rescisória de que tratam os §§ 1o e2o do art. 18 desta Lei.

....................................................................................................

§ 19. A integralização das cotas previstas no incisoXVII deste artigo será realizada por meio de Fundo de In-vestimento em Cotas - FIC, constituído pela Caixa Eco-nômica Federal especificamente para essa finalidade.

§ 20. Regulamentação da Comissão de Valores Mo-biliários estabelecerá os requisitos para integralização dasquotas referidas no § 19, devendo condicionar a possibilidadede integralização pelo menos aos seguintes requisitos:

I - elaboração e entrega de prospecto ao trabalhador; e

II - declaração, por escrito, individual e específica,pelo trabalhador, de sua ciência quanto aos riscos do in-vestimento que está realizando.” (NR)

Art. 4o Esta Medida Provisória entra em vigor na data da suapublicação.

Brasília, 22 de janeiro de 2007; 186o da Independência e11 9 o da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVAGuido MantegaLuiz MarinhoMarcio Fortes de Almeida

<!ID68195-0> MEDIDA PROVISÓRIA No- 350,DE 22 DE JANEIRO DE 2007

Altera a Lei no 10.188, de 12 de fevereirode 2001, que cria o Programa de Arren-damento Residencial, institui o arrenda-mento residencial com opção de compra, edá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuiçãoque lhe confere o art. 62 da Constituição, adota a seguinte MedidaProvisória, com força de lei:

Art. 1o Os arts. 1o, 2o, 3o, 4o, 5o e 8o da Lei no 10.188, de 12de fevereiro de 2001, passam a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 1o Fica instituído o Programa de Arrendamento Re-sidencial para atendimento da necessidade de moradia da po-pulação de baixa renda, nas seguintes modalidades:

I - arrendamento residencial com opção de compra; ou

II - alienação.

...............................................................................................” (NR)

“Art. 2o .....................................................................................

...........................................................................................................

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Nº 15-A, segunda-feira, 22 de janeiro de 2007 5ISSN 1677-7042

§ 7o A alienação dos imóveis pertencentes ao patrimônio dofundo a que se refere o caput será efetivada diretamente pelaCEF, constituindo o instrumento de alienação documento hábilpara cancelamento, perante o Cartório de Registro de Imóveis,das averbações pertinentes às restrições e destaque de que tratamos §§ 3o e 4o, observando-se:

I - o decurso do prazo contratual do Arrendamento Re-sidencial; ou

II - a critério do gestor do Fundo, por processo de de-simobilização do fundo financeiro de que trata o caput.

...............................................................................................” (NR)

“Art. 3º .....................................................................................

...........................................................................................................

III - incorporar as receitas pertencentes ao fundo financeiroespecífico do Programa, provenientes do processo de desimo-bilização previsto no inciso II do § 7o do art. 2o; e

IV - receber outros recursos a serem destinados ao Programa.

...............................................................................................” (NR)

“Art. 4º .....................................................................................

...........................................................................................................

IV - definir os critérios técnicos a serem observados naaquisição, alienação e no arrendamento com opção de comprados imóveis destinados ao Programa;

...........................................................................................................

VIII - observar as restrições a pessoas jurídicas e físicas, noque se refere a impedimentos à atuação em programas habitacio-nais, inclusive subsidiando a atualização dos cadastros existentes.

.……......………............................................................................…............” (NR)

“Art. 5o .....................................................…...........................…………….....

............................................................................................…...............

II - fixar regras e condições para implementação do Pro-grama, tais como áreas de atuação, público-alvo, valor máximode aquisição da unidade habitacional, entre outras que julgarnecessárias;

...........................................................................................................

IV - estabelecer diretrizes para a alienação prevista no § 7o

do art. 2o.” (NR)

“Art. 8o .....................................................................................

§ 1o O contrato de compra e venda, referente ao imóvelobjeto de arrendamento residencial que vier a ser alienado naforma do inciso II do § 7o do art. 2o, ainda que o pagamentointegral seja feito à vista, contemplará cláusula impeditiva de oadquirente, no prazo de trinta meses, vender, prometer vender ouceder seus direitos sobre o imóvel alienado.

§ 2o O prazo a que se refere o parágrafo anterior poderá,excepcionalmente, ser reduzido conforme critério a ser definidopelo Ministério das Cidades, nos casos de arrendamento comperíodo superior à metade do prazo final regulamentado.

§ 3o Nos imóveis alienados na forma do inciso II do § 7o doart. 2o, será admitida a utilização dos recursos depositados emconta vinculada do FGTS, em condições a serem definidas peloConselho Curador do FGTS.” (NR)

Art. 2o A Lei no 10.188, de 12 de fevereiro de 2001, passa avigorar acrescida do seguinte artigo:

“Art. 10-A. Os valores apurados com a alienação dos imó-veis serão utilizados para amortizar os saldos devedores dos em-préstimos tomados junto ao FGTS, na forma do inciso II do art.3o, nas condições a serem estabelecidas pelo Conselho Curadordo FGTS.” (NR)

Art. 3o Esta Medida Provisória entra em vigor na data da suapublicação.

Brasília, 22 de janeiro de 2007; 186o da Independência e11 9 o da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVAMarcio Fortes de Almeida

<!ID68196-0>

MEDIDA PROVISÓRIA No 351,DE 22 DE JANEIRO DE 2007

Cria o Regime Especial de Incentivos parao Desenvolvimento da Infra-Estrutura -REIDI, reduz para vinte e quatro meses oprazo mínimo para utilização dos créditosda Contribuição para o PIS/PASEP e daContribuição para o Financiamento da Se-guridade Social - COFINS decorrentes daaquisição de edificações, amplia o prazopara pagamento de impostos e contribui-ções e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuiçãoque lhe confere o art. 62 da Constituição, adota a seguinte Medidaprovisória, com força de lei:

Do Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento deInfra-Estrutura - REIDI

Art. 1o Fica instituído o Regime Especial de Incentivos parao Desenvolvimento da Infra-Estrutura - REIDI, nos termos destaMedida Provisória.

Parágrafo único. O Poder Executivo disciplinará os limites eas condições para a habilitação ao REIDI.

Art. 2o É beneficiária do REIDI a pessoa jurídica que tenhaprojeto aprovado para implantação de obras de infra-estrutura nossetores de transportes, portos, energia e saneamento básico.

§ 1o As pessoas jurídicas optantes pelo Sistema Integrado dePagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e dasEmpresas de Pequeno Porte - Simples ou pelo Simples Nacional deque trata a Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006,não poderão aderir ao REIDI.

§ 2o A adesão ao REIDI fica condicionada à regularidadefiscal da pessoa jurídica em relação aos impostos e contribuiçõesadministradas pela Secretaria da Receita Federal do Ministério daFazenda.

Art. 3o No caso de venda ou de importação de máquinas,aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, e de materiais deconstrução, para utilização ou incorporação em obras de infra-es-trutura destinadas ao ativo imobilizado, fica suspensa a exigência:

I - da Contribuição para o PIS/PASEP e da Contribuição para oFinanciamento da Seguridade Social - COFINS incidentes sobre a ven-da no mercado interno, quando os referidos bens ou materiais de cons-trução forem adquiridos por pessoa jurídica beneficiária do REIDI;

II - da Contribuição para o PIS/PASEP-Importação e daCOFINS-Importação, quando os referidos bens ou materiais de cons-trução forem importados diretamente por pessoa jurídica beneficiáriado REIDI.

§ 1o Nas notas fiscais relativas às vendas de que trata oinciso I do caput deverá constar a expressão “Venda efetuada comsuspensão da exigibilidade da Contribuição para o PIS/PASEP e daCOFINS”, com a especificação do dispositivo legal correspondente.

§ 2o As suspensões de que trata este artigo convertem-se emalíquota zero após a utilização ou incorporação do bem ou material deconstrução na obra de infra-estrutura.

§ 3o A pessoa jurídica que não utilizar ou incorporar o bemou material de construção na obra de infra-estrutura fica obrigada arecolher as contribuições não pagas em decorrência da suspensão deque trata este artigo, acrescidas de juros e multa de mora, na forma dalei, contados a partir da data da aquisição ou do registro da De-claração de Importação - DI, na condição:

I - de contribuinte, em relação à Contribuição para o PIS/PA-SEP-Importação e à COFINS-Importação;

II - de responsável, em relação à Contribuição para oPIS/PASEP e à COFINS.

Art. 4o No caso de venda ou importação de serviços des-tinados a obras de infra-estrutura para incorporação ao ativo imo-bilizado, fica suspensa a exigência:

I - da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS in-cidentes sobre a prestação de serviços efetuada por pessoa jurídicaestabelecida no País, quando os referidos serviços forem prestados àpessoa jurídica beneficiária do REIDI; ou

II - da Contribuição para o PIS/PASEP-Importação e daCOFINS-Importação incidentes sobre serviços, quando os referidosserviços forem importados diretamente por pessoa jurídica benefi-ciária do REIDI.

Parágrafo único. Nas vendas ou importação de serviços deque trata o caput aplica-se o disposto nos §§ 2o e 3o do art. 3o.

Art. 5o O benefício de que tratam os arts. 3o e 4o poderá serusufruído nas aquisições e importações realizadas no período de cincoanos contados da data de aprovação do projeto de infra-estrutura.

Do Desconto de Créditos de Contribuição para o PIS/PASEP eda COFINS de Edificações

Art. 6o As pessoas jurídicas poderão optar pelo desconto, noprazo de vinte e quatro meses, dos créditos da Contribuição para oPIS/PASEP e da COFINS de que tratam o inciso VII do art. 3o da Lei no

10.637, de 30 de dezembro de 2002, e o inciso VII do art. 3o da Lei no

10.833, de 29 de dezembro de 2003, na hipótese de edificações incor-poradas ao ativo imobilizado, adquiridas ou construídas para utilizaçãona produção de bens destinados à venda ou na prestação de serviços.

§ 1o Os créditos de que trata o caput serão apurados me-diante a aplicação, a cada mês, das alíquotas referidas no caput doart. 2o da Lei no 10.637, de 2002, ou do art. 2o da Lei no 10.833, de2003, conforme o caso, sobre o valor correspondente a um vinte equatro avos do custo de aquisição ou de construção da edificação.

§ 2o Para efeito do disposto no § 1o, no custo de aquisição ouconstrução da edificação não se inclui o valor:

I - de terrenos;

II - de mão-de-obra paga a pessoa física; e

III - da aquisição de bens ou serviços não sujeitos ao pa-gamento das contribuições previstas no caput em decorrência deimunidade, não incidência, suspensão ou alíquota zero da Contri-buição para o PIS/PASEP e da COFINS.

§ 3o Para os efeitos do inciso I do § 2o, o valor das edi-ficações deve estar destacado do valor do custo de aquisição doterreno, admitindo-se o destaque baseado em laudo pericial.

§ 4o Para os efeitos dos incisos II e III do § 2o, os valoresdos custos com mão-de-obra e com aquisições de bens ou serviçosnão sujeitos ao pagamento das contribuições, deverão ser contabi-lizados em subcontas distintas.

§ 5o O disposto neste artigo aplica-se somente aos créditosdecorrentes de gastos incorridos a partir de 1o de janeiro de 2007,efetuados na aquisição de edificações novas ou na construção deedificações.

§ 6o Observado o disposto no § 5o, o direito ao desconto decrédito na forma do caput aplicar-se-á a partir da data da conclusãoda obra.

Do Prazo de Recolhimento de Impostos e Contribuições

Art. 7o O art. 18 da Medida Provisória no 2.158-35, de 24 deagosto de 2001, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 18. O pagamento da Contribuição para oPIS/PASEP e da COFINS deverá ser efetuado até o últimodia útil do segundo decêndio subseqüente ao mês de ocor-rência dos fatos geradores.” (NR)

Art. 8o O parágrafo único do art. 9o da Lei no 9.779, de 19 dejaneiro de 1999, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Parágrafo único. O imposto a que se refere esteartigo será recolhido até o último dia útil do primeiro de-cêndio do mês subseqüente ao de apuração dos referidosjuros e comissões.” (NR)

Art. 9o Os arts. 30 e 31 da Lei no 8.212, de 24 de julho de1991, passam a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 30. .....................................................................I - a empresa é obrigada a:

.................................................................................................

b) recolher o produto arrecadado na forma da alínea an-terior, a contribuição a que se refere o inciso IV do art. 22, assimcomo as contribuições a seu cargo incidentes sobre as remunera-ções pagas, devidas ou creditadas, a qualquer título, aos seguradosempregados, trabalhadores avulsos e contribuintes individuais aseu serviço, até o dia dez do mês seguinte ao da competência;

....................................................................................................

III - a empresa adquirente, consumidora ou con-signatária ou a cooperativa são obrigadas a recolher a con-tribuição de que trata o art. 25, até o dia dez do mês sub-seqüente ao da operação de venda ou consignação da pro-dução, independentemente de estas operações terem sido rea-lizadas diretamente com o produtor ou com intermediáriopessoa física, na forma estabelecida em regulamento;

........................................................................................” (NR)

“Art. 31. A empresa contratante de serviços executadosmediante cessão de mão-de-obra, inclusive em regime de tra-balho temporário, deverá reter onze por cento do valor bruto danota fiscal ou fatura de prestação de serviços e recolher a im-portância retida até o dia dez do mês subseqüente ao da emissãoda respectiva nota fiscal ou fatura, em nome da empresa cedenteda mão-de-obra, observado o disposto no § 5o do art. 33.........................................................................................” (NR)

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Nº 15-A, segunda-feira, 22 de janeiro de 20076 ISSN 1677-7042

Art. 10. O art. 4o da Lei no 10.666, de 8 de maio de 2003,passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 4o Fica a empresa obrigada a arrecadar a con-tribuição do segurado contribuinte individual a seu serviço,descontando-a da respectiva remuneração, e a recolher o va-lor arrecadado juntamente com a contribuição a seu cargo atéo dia dez do mês seguinte ao da competência.........................................................................................” (NR)

Art. 11. O art. 10 da Lei no 10.637, 30 de dezembro de 2002,passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 10. A contribuição de que trata o art. 1o deveráser paga até o último dia útil do segundo decêndio sub-seqüente ao mês de ocorrência do fato gerador.” (NR)

Art. 12. O art. 11 da Lei no 10.833, de 29 de dezembro de2003, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 11. A contribuição de que trata o art. 1o deveráser paga até o último dia útil do segundo decêndio sub-seqüente ao mês de ocorrência do fato gerador.” (NR)

Das Disposições Gerais

Art. 13. O art. 80 da Lei no 4.502, de 30 de novembro de1964, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 80. A falta de lançamento do valor, total ouparcial, do imposto sobre produtos industrializados na res-pectiva nota fiscal ou a falta de recolhimento do impostolançado sujeitará o contribuinte à multa de ofício de setentae cinco por cento do valor do imposto que deixou de serlançado ou recolhido.

§ 1o No mesmo percentual de multa incorrem:....................................................................................................

§ 6o O percentual de multa a que se refere o caput,independentemente de outras penalidades administrativas oucriminais cabíveis, será:

I - aumentado de metade, ocorrendo apenas umacircunstância agravante, exceto a reincidência específica;

II - duplicado, ocorrendo reincidência específica oumais de uma circunstância agravante, e nos casos previstosnos arts. 71, 72 e 73 desta Lei.

§ 7o Os percentuais de multa a que se referem ocaput e o § 6o serão aumentados de metade, nos casos denão atendimento pelo sujeito passivo, no prazo marcado, deintimação para prestar esclarecimentos.

§ 8o A multa de que trata este artigo será exigida:

I - juntamente com o imposto, quando este não hou-ver sido lançado nem recolhido;

II - isoladamente, nos demais casos.

§ 9o Aplica-se à multa de que trata este artigo, odisposto nos §§ 3o e 4o do art. 44 da Lei no 9.430, de 27 dedezembro de 1996.” (NR)

Art. 14. O art. 44 da Lei no 9.430, de 27 de dezembro de1996, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 44. Nos casos de lançamento de ofício, serãoaplicadas as seguintes multas:

I - de setenta e cinco por cento sobre a totalidade oudiferença de imposto ou contribuição, nos casos de falta depagamento ou recolhimento, de falta de declaração e nos dedeclaração inexata;

II - de cinqüenta por cento, exigida isoladamente,sobre o valor do pagamento mensal:

a) na forma do art. 8o da Lei no 7.713, de 22 dedezembro de 1988, que deixar de ser efetuado, ainda que nãotenha sido apurado imposto a pagar na declaração de ajuste,no caso de pessoa física;

b) na forma do art. 2o desta Lei, que deixar de serefetuado, ainda que tenha sido apurado prejuízo fiscal oubase de cálculo negativa para a contribuição social sobre olucro líquido, no ano-calendário correspondente, no caso depessoa jurídica.

§ 1o O percentual de multa de que trata o inciso I docaput será duplicado nos casos previstos nos arts. 71, 72 e73 da Lei no 4.502, de 1964, independentemente de outraspenalidades administrativas ou criminais cabíveis.

§ 2o Os percentuais de multa a que se referem oinciso I do caput e o § 1o serão aumentados de metade, noscasos de não atendimento pelo sujeito passivo, no prazomarcado, de intimação para:

I - prestar esclarecimentos;

II - apresentar os arquivos ou sistemas de que tratamos arts. 11 a 13 da Lei no 8.218, de 29 de agosto de 1991;

III - apresentar a documentação técnica de que tratao art. 38.

........................................................................................” (NR)

Art. 15. O art. 33 da Lei no 9.430, de 27 de dezembro de1996, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 33. .....................................................................

....................................................................................................

§ 5o Às infrações cometidas pelo contribuinte du-rante o período em que estiver submetido a regime especialde fiscalização será aplicada a multa de que trata o inciso Ido caput do art. 44, duplicando-se o seu percentual.” (NR)

Art. 16. O art. 9o da Lei no 10.426, de 24 de abril de 2002,passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 9o Sujeita-se à multa de que trata o inciso I docaput do art. 44 da Lei no 9.430, de 27 de dezembro de 1996,duplicada na forma de seu § 1o, quando for o caso, a fontepagadora obrigada a reter imposto ou contribuição, no casode falta de retenção ou recolhimento, independentemente deoutras penalidades administrativas ou criminais cabíveis.

........................................................................................” (NR)

Art. 17. O art. 38 da Lei no 10.637, de 30 de dezembro de2002, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 38. .....................................................................

....................................................................................................

§ 8o A utilização indevida do bônus instituído poreste artigo implica a imposição da multa de que trata o incisoI do caput do art. 44 da Lei no 9.430, de 27 de dezembro de1996, duplicando-se o seu percentual, sem prejuízo do dis-posto em seu § 2o.

........................................................................................” (NR)

Art. 18. O art. 18 da Lei no 10.833, de 29 de dezembro de2003, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 18. O lançamento de ofício de que trata o art.90 da Medida Provisória no 2.158-35, de 24 de agosto de2001, limitar-se-á à imposição de multa isolada em razão denão-homologação da compensação, quando se comprove fal-sidade da declaração apresentada pelo sujeito passivo.

....................................................................................................

§ 2o A multa isolada a que se refere o caput desteartigo será aplicada no percentual previsto no inciso I docaput do art. 44 da Lei no 9.430, de 27 de dezembro de1996, aplicado em dobro, e terá como base de cálculo o valortotal do débito indevidamente compensado.

....................................................................................................

§ 4o Será também exigida multa isolada sobre ovalor total do débito indevidamente compensado, quando acompensação for considerada não declarada nas hipóteses doinciso II do § 12 do art. 74 da Lei no 9.430, de 1996,aplicando-se o percentual previsto no inciso I do caput doart. 44 da Lei no 9.430, de 1996, duplicado na forma de seu§ 1o, quando for o caso.

§ 5o Aplica-se o disposto no § 2o do art. 44 da Leino 9.430, de 1996, às hipóteses previstas nos §§ 2o e 4o desteartigo.” (NR)

Art. 19. O art. 2o da Lei no 10.892, de 13 de julho de 2004,passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 2o A multa a que se refere o inciso I do caputdo art. 44 da Lei no 9.430, de 27 de dezembro de 1996,duplicada na forma de seu § 1o, quando for o caso, será de150% (cento e cinqüenta por cento) e de 300% (trezentos porcento), respectivamente, nos casos de utilização diversa daprevista na legislação das contas correntes de depósito su-jeitas ao benefício da alíquota 0 (zero) de que trata o art. 8o

da Lei no 9.311, de 24 de outubro de 1996, bem como dainobservância de normas baixadas pelo Banco Central doBrasil de que resultar falta de cobrança da Contribuição Pro-visória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e deCréditos e Direitos de Natureza Financeira - CPMF devida.

§ 1o Na hipótese de que trata o caput deste artigo,se o contribuinte não atender, no prazo marcado, à intimaçãopara prestar esclarecimentos, a multa a que se refere o incisoI do caput do art. 44 da Lei no 9.430, de 1996, duplicada naforma de seu § 1o, quando for o caso, passará a ser de 225%(duzentos e vinte e cinco por cento) e 450% (quatrocentos ecinqüenta por cento), respectivamente.

........................................................................................” (NR)

Das Disposições Finais

Art. 20. Ficam revogados os arts. 69 da Lei no 4.502, de 30de novembro de 1964, 45 e 46 da Lei no 9.430, de 27 de dezembrode 1996.

Art. 21. Esta Medida Provisória entra em vigor na data desua publicação.

Brasília, 22 de janeiro de 2007; 186o da Independência e11 9 o da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVAGuido Mantega

<!ID68197-1> MEDIDA PROVISÓRIA No- 352,DE 22 DE JANEIRO DE 2007

Dispõe sobre os incentivos às indústrias deequipamentos para TV Digital e de com-ponentes eletrônicos semicondutores e so-bre a proteção à propriedade intelectual dastopografias de circuitos integrados.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuiçãoque lhe confere o art. 62 da Constituição, adota a seguinte Medidaprovisória, com força de lei:

CAPÍTULO IDO APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO

DA INDÚSTRIA DE SEMICONDUTORES

Seção IDo Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico

da Indústria de Semicondutores

Art. 1o Fica instituído o Programa de Apoio ao Desenvol-vimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores - PADIS, nostermos e condições estabelecidos pelo Poder Executivo.

Art. 2o É beneficiária do PADIS a pessoa jurídica que realizeinvestimento em pesquisa e desenvolvimento - P&D, na forma do art.6o, e que exerça isoladamente ou em conjunto, em relação a dis-positivos:

I - eletrônicos semicondutores, classificados nas posições85.41 e 85.42 da Nomenclatura Comum do Mercosul - NCM, asatividades de:

a) concepção, desenvolvimento e projeto (design);

b) difusão ou processamento físico-químico; ou

c) encapsulamento e teste;

II - mostradores de informação (displays), de que trata o §2o, as atividades de:

a) concepção, desenvolvimento e projeto (design);

b) fabricação dos elementos fotossensíveis, foto ou eletro-luminescentes e emissores de luz; ou

c) montagem final do mostrador e testes elétricos e ópticos.

§ 1o Para efeitos deste artigo, considera-se que a pessoajurídica exerce as atividades:

I - isoladamente, quando executar todas as etapas previstasna alínea em que se enquadrar; ou

II - em conjunto, quando executar todas as atividades pre-vistas no inciso em que se enquadrar.

§ 2o O inciso II do caput:

I - alcança os mostradores de informações (displays) re-lacionados em ato do Poder Executivo, destinados à utilização comoinsumo em equipamentos eletrônicos, com tecnologia baseada emcomponentes de cristal líquido (LCD), fotoluminescentes (painelmostrador de plasma - PDP), eletroluminescentes (diodos emissoresde luz - LED, diodos emissores de luz orgânicos - OLED ou displayseletroluminescentes a filme fino - TFEL) ou similares com microes-truturas de emissão de campo elétrico;

II - não alcança os tubos de raios catódicos (CRT).

§ 3o A pessoa jurídica de que trata o caput deve exercer,exclusivamente, as atividades previstas neste artigo.

§ 4o O investimento em pesquisa e desenvolvimento referidono caput e o exercício das atividades de que tratam os incisos I e IIdo caput devem ser efetuados de acordo com projetos aprovados naforma do art. 5o.

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Nº 15-A, segunda-feira, 22 de janeiro de 2007 7ISSN 1677-7042

Seção IIDa aplicação do PADIS

Art. 3o No caso de venda no mercado interno ou de im-portação de máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, no-vos, para incorporação ao ativo imobilizado da pessoa jurídica ad-quirente no mercado interno ou importadora, destinados às atividadesde que tratam os incisos I e II do caput do art. 2o, ficam reduzidas azero as alíquotas:

I - da Contribuição para o PIS/PASEP e da Contribuição parao Financiamento da Seguridade Social - COFINS incidentes sobre areceita da pessoa jurídica vendedora, quando a aquisição for efetuadapor pessoa jurídica beneficiária do PADIS;

II - da Contribuição para o PIS/PASEP-Importação e daCOFINS-Importação, quando a importação for efetuada por pessoajurídica beneficiária do PADIS; e

III - do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI, in-cidente na importação ou na saída do estabelecimento industrial ouequiparado, quando a importação ou a aquisição no mercado internofor efetuada por pessoa jurídica beneficiária do PADIS.

§ 1o As reduções de alíquotas previstas no caput alcançam tam-bém as ferramentas computacionais (softwares) e os insumos destina-dos às atividades de que trata o art. 2o, quando importados ou adquiridosno mercado interno por pessoa jurídica beneficiária do PADIS.

§ 2o As disposições do caput e o § 1o deste artigo alcançamsomente os bens ou insumos relacionados em ato do Poder Executivo.

§ 3o Fica reduzida a zero a alíquota da contribuição deintervenção no domínio econômico destinada a financiar o Programade Estímulo à Interação Universidade-Empresa para o apoio à Ino-vação de que trata o art. 2o da Lei no 10.168, de 29 de dezembro de2000, nas remessas destinadas ao exterior para pagamento de con-tratos relativos à exploração de patentes ou de uso de marcas e os defornecimento de tecnologia e prestação de assistência técnica, quandoefetuadas por pessoa jurídica beneficiária do PADIS e vinculadas àsatividades de que trata o art. 2o.

§ 4o Para efeitos deste artigo, equipara-se ao importador apessoa jurídica adquirente de bens estrangeiros, no caso de impor-tação realizada por sua conta e ordem por intermédio de pessoajurídica importadora.

§ 5º Poderá também ser reduzida a zero a alíquota do Im-posto de Importação - II incidente sobre máquinas, aparelhos, ins-trumentos e equipamentos, novos, relacionados em ato do Poder Exe-cutivo e nas condições e pelo prazo nele fixados, importados porpessoa jurídica beneficiária do PADIS para incorporação ao seu ativoimobilizado e destinados às atividades de que tratam os incisos I e IIdo caput do art. 2º.

Art 4o Nas vendas dos dispositivos referidos nos incisos I eII do caput do art. 2o, efetuadas por pessoa jurídica beneficiária doPADIS, ficam reduzidas:

I - a zero as alíquotas da Contribuição para o PIS/PASEP eda COFINS incidentes sobre as receitas auferidas;

II - a zero as alíquotas do IPI incidentes sobre a saída doestabelecimento industrial; e

III - em cem por cento as alíquotas do imposto de renda eadicional incidentes sobre o lucro da exploração.

§ 1o As reduções de alíquotas previstas nos incisos I e III docaput deste artigo aplicam-se também às receitas decorrentes da ven-da de projeto (design), quando efetuada por pessoa jurídica bene-ficiária do PADIS.

§ 2o As reduções de alíquotas previstas nos incisos I e II docaput deste artigo, relativamente às vendas dos dispositivos referidos:

I - no inciso I do caput do art. 2o, aplicam-se somente quando:

a) o projeto (design) tenha sido desenvolvido no País; ou

b) a difusão tenha sido realizada no País.

II - no inciso II do caput do art. 2o, aplicam-se somente quando:

a) o projeto (design) tenha sido desenvolvido no País; ou

b) a fabricação dos elementos fotossensíveis, foto ou eletro-luminescentes e dos emissores de luz tenha sido realizada no País.

§ 3o Para usufruir da redução de alíquotas de que trata oinciso III do caput, a pessoa jurídica deverá demonstrar em suacontabilidade, com clareza e exatidão, os elementos que compõem asreceitas, custos, despesas e resultados do período de apuração, re-ferentes às vendas sobre as quais recaia a redução, segregados dasdemais atividades.

§ 4o O valor do imposto que deixar de ser pago em virtudeda redução de que trata o inciso III do caput não poderá ser dis-tribuído aos sócios e constituirá reserva de capital da pessoa jurídica,que somente poderá ser utilizada para absorção de prejuízos ou au-mento do capital social.

§ 5o Considera-se distribuição do valor do imposto:

I - a restituição de capital aos sócios, em caso de redução docapital social, até o montante do aumento com a incorporação dareserva de capital; e

II - a partilha do acervo líquido da sociedade dissolvida, atéo valor do saldo da reserva de capital.

§ 6o A inobservância do disposto nos §§ 2o a 4o importaperda do direito à redução de alíquotas de que trata o inciso III docaput e obrigação de recolher, com relação à importância distribuída,o imposto que a pessoa jurídica tiver deixado de pagar, acrescido dejuros e multa de mora, na forma da lei.

§ 7o As reduções de alíquotas de que trata este artigo não seaplicam cumulativamente com outras reduções ou benefícios relativosaos mesmos impostos ou contribuições, ressalvado o disposto noinciso I do caput e no § 2o do art. 17 da Lei no 11.196, de 21 denovembro de 2005.

Seção IIIDa aprovação dos projetos

Art. 5o Os projetos referidos no § 4o do art. 2o devem seraprovados em ato conjunto do Ministério da Fazenda, do Ministérioda Ciência e Tecnologia e do Ministério do Desenvolvimento, In-dústria e Comércio Exterior, nos termos e condições estabelecidospelo Poder Executivo.

§ 1o A aprovação do projeto fica condicionada à compro-vação da regularidade fiscal, da pessoa jurídica interessada, em re-lação aos tributos e contribuições administrados pela Secretaria daReceita Federal do Ministério da Fazenda e pela Secretaria da ReceitaPrevidenciária do Ministério da Previdência Social

§ 2o O prazo para apresentação dos projetos é de quatro anos,prorrogáveis por até quatro anos em ato do Poder Executivo.

Seção IVDo investimento em pesquisa e desenvolvimento

Art. 6o A pessoa jurídica beneficiária do PADIS deverá in-vestir, anualmente, em atividades de pesquisa e desenvolvimento aserem realizadas no País, no mínimo cinco por cento do seu fa-turamento bruto no mercado interno, deduzidos os impostos inci-dentes na comercialização dos dispositivos de que tratam os incisos Ie II do caput do art. 2o e o valor das aquisições de produtos in-centivados nos termos deste Capítulo.

§ 1o Serão admitidos apenas investimentos em atividades depesquisa e desenvolvimento nas áreas de microeletrônica, dos dis-positivos mencionados nos incisos I e II do art. 2o, de optoeletrônicos,de ferramentas computacionais (s o f t w a re s ), de suporte a tais projetose de metodologias de projeto e de processo de fabricação dos com-ponentes mencionados nos incisos I e II do art. 2o.

§ 2o No mínimo um por cento do faturamento bruto, de-duzidos os impostos incidentes na comercialização, na forma do ca-put, deverá ser aplicado mediante convênio com centros ou institutosde pesquisa ou entidades brasileiras de ensino, oficiais ou reconhe-cidas, credenciados pelo Comitê da Área de Tecnologia da Infor-mação - CATI, de que trata o art. 30 do Decreto no 5.906, de 26 desetembro de 2006, ou pelo Comitê das Atividades de Pesquisa eDesenvolvimento na Amazônia - CAPDA, de que trata o art. 26 doDecreto no 6.008, de 29 de dezembro de 2006.

§ 3o A propriedade intelectual resultante da pesquisa e de-senvolvimento realizados mediante os projetos aprovados nos termosdeste Capítulo deve ter a proteção requerida no território nacionaljunto ao órgão competente, conforme o caso, pela pessoa jurídicabrasileira beneficiária do PADIS.

Art. 7o A pessoa jurídica beneficiária do PADIS deverá en-caminhar ao Ministério da Ciência e Tecnologia, até 31 de julho decada ano civil, os relatórios demonstrativos do cumprimento, no anoanterior, das obrigações e condições estabelecidas no art. 6o.

Art. 8o No caso de os investimentos em pesquisa e de-senvolvimento previstos no art. 6o não atingirem, em um determinadoano, o percentual mínimo fixado, a pessoa jurídica beneficiária doPADIS deverá aplicar o valor residual no Fundo Nacional de De-senvolvimento Científico e Tecnológico - FNDCT (CT-INFO ou CT-Amazônia), acrescido de multa de vinte por cento e de juros equi-valentes à taxa do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia -SELIC, calculados desde 1o de janeiro do ano subseqüente àquele emque não foi atingido o percentual até a data da efetiva aplicação.

§ 1o A pessoa jurídica beneficiária do PADIS deverá efetuara aplicação referida no caput deste artigo até o último dia útil do mêsde março do ano subseqüente àquele em que não foi atingido opercentual.

§ 2o Na hipótese do caput deste artigo, a não realização daaplicação ali referida, no prazo previsto no § 1o, obriga o contribuinteao pagamento:

I - de juros e multa de mora, na forma da lei, referentes àscontribuições e ao imposto não pagos em decorrência das disposiçõesdos incisos I e II do art. 4o; e

II - do imposto de renda e dos adicionais não pagos emfunção do disposto no inciso III do art. 4o, acrescido de juros e multade mora, na forma da lei.

§ 3o Os juros e multa de que trata o inciso I do § 2o desteartigo serão recolhidos isoladamente e devem ser calculados:

I - a partir da data da efetivação da venda, no caso do incisoI do art. 4o, ou a partir da data da saída do produto do estabe-lecimentos industrial, no caso do inciso II do art. 4o; e

II - sobre o valor das contribuições e do imposto não re-colhidos, proporcionalmente à diferença entre o percentual mínimo deaplicações em pesquisa e desenvolvimento fixado e o efetivamenteefetuado.

§ 4o Os pagamentos efetuados na forma dos §§ 2o e 3o nãodesobrigam a pessoa jurídica beneficiária do PADIS do dever deefetuar a aplicação no FNDCT (CT-INFO ou CT-Amazônia), naforma do caput.

§ 5o A falta ou irregularidade do recolhimento previsto no §2o sujeita a pessoa jurídica a lançamento de ofício, com aplicação demulta de ofício na forma da lei.

§ 6o O descumprimento das disposições deste artigo sujeita apessoa jurídica às disposições do art. 9o desta Medida Provisória.

Seção VDa suspensão e do cancelamento da aplicação do PADIS

Art. 9o A pessoa jurídica beneficiária do PADIS será punida,a qualquer tempo, com a suspensão da aplicação dos arts. 3o e 4o, semprejuízo da aplicação de penalidades específicas, no caso das se-guintes infrações:

I - não apresentação ou não aprovação dos relatórios de quetrata o art. 7o;

II - descumprimento da obrigação de efetuar investimentosem pesquisa e desenvolvimento, na forma do art. 6o, observadas asdisposições do art. 8o;

III - infringência aos dispositivos de regulamentação do PA-DIS; ou

IV - irregularidade em relação a tributo ou contribuição ad-ministrado pela Secretaria da Receita Federal ou pela Secretaria daReceita Previdenciária.

§ 1o A suspensão de que trata o caput converter-se-á emcancelamento da aplicação dos arts. 3o e 4o, no caso da pessoajurídica beneficiária do PADIS não sanar a infração no prazo denoventa dias contados da notificação da suspensão.

§ 2o A pessoa jurídica que der causa a duas suspensões emprazo inferior a dois anos será punida com o cancelamento da apli-cação dos arts. 3o e 4o.

§ 3o A penalidade de cancelamento da aplicação somentepoderá ser revertida após dois anos de sanada a infração que amotivou.

§ 4o O Poder Executivo regulamentará as disposições desteartigo.

Seção VIDas disposições gerais

Art. 10. O Ministério da Ciência e Tecnologia deverá co-municar à Secretaria da Receita Federal os casos de:

I - descumprimento, pela pessoa jurídica beneficiária do PA-DIS, da obrigação de encaminhar os relatórios demonstrativos, noprazo do art. 7o, ou da obrigação de aplicar no FNDCT (CT-INFO ouCT-Amazônia), na forma do caput do art. 8o, observado o prazo doseu § 1o, quando não for alcançado o percentual mínimo de in-vestimento em pesquisa e desenvolvimento;

II - não aprovação dos relatórios demonstrativos de que tratao art. 7o; e

III - infringência aos dispositivos de regulamentação do PADIS.

Parágrafo único. Os casos previstos no inciso I devem sercomunicados até 30 de agosto de cada ano civil, os demais casos até30 dias após a apuração da ocorrência.

Art. 11. O Ministério da Ciência e Tecnologia e o Ministériodo Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior divulgarão, acada três anos, relatórios com os resultados econômicos e tecno-lógicos advindos da aplicação das disposições deste Capítulo.

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Nº 15-A, segunda-feira, 22 de janeiro de 20078 ISSN 1677-7042

CAPÍTULO IIDO APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO

DA INDÚSTRIA DE EQUIPAMENTOS PARA A TV DIGITAL

Seção IDo Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico

da Indústria de Equipamentos para a TV digital

Art. 12. Fica instituído o Programa de Apoio ao Desen-volvimento Tecnológico da Indústria de Equipamentos para TV Di-gital - PATVD, nos termos e condições estabelecidas pelo PoderExecutivo.

Art. 13. É beneficiária do PATVD a pessoa jurídica querealize investimento em pesquisa e desenvolvimento - P&D, na formado art. 17, e que exerça as atividades de desenvolvimento e fa-bricação de equipamentos transmissores de sinais por radiofreqüênciapara televisão digital, classificados no código 8525.50.2 da NCM.

§ 1o Para efeitos deste artigo, a pessoa jurídica de que tratao caput deve cumprir Processo Produtivo Básico - PPB estabelecidopor portaria interministerial do Ministério do Desenvolvimento, In-dústria e Comércio Exterior e Ministério da Ciência e Tecnologia ou,alternativamente, atender aos critérios de bens desenvolvidos no Paísdefinidos por portaria do Ministério da Ciência e Tecnologia.

§ 2o O investimento em pesquisa e desenvolvimento e oexercício das atividades de que trata o caput devem ser efetuados deacordo com projetos aprovados na forma do art. 16.

Seção IIDa aplicação do PATVD

Art. 14. No caso de venda no mercado interno ou de im-portação de máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, no-vos, para incorporação ao ativo imobilizado da pessoa jurídica ad-quirente no mercado interno ou importadora, destinados à fabricaçãodos equipamentos de que trata o caput do art. 13, ficam reduzidas azero as alíquotas:

I - da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS in-cidentes sobre a receita da pessoa jurídica vendedora, quando a aqui-sição for efetuada por pessoa jurídica beneficiária do PATVD;

II - da Contribuição para o PIS/PASEP-Importação e daCOFINS-Importação, quando a importação for efetuada por pessoajurídica beneficiária do PATVD; e

III - do IPI, incidente na importação ou na saída do es-tabelecimento industrial ou equiparado, quando a importação ou aaquisição no mercado interno for efetuada por pessoa jurídica be-neficiária do PATVD.

§ 1o As reduções de alíquotas previstas no caput alcançamtambém as ferramentas computacionais (s o f t w a re s ) e os insumosdestinados à fabricação dos equipamentos de que trata o art. 13,quando adquiridos no mercado interno ou importados por pessoajurídica beneficiária do PATVD.

§ 2o As reduções de alíquotas de que tratam o caput e o § 1o

deste artigo alcançam somente bens ou insumos relacionados em atodo Poder Executivo.

§ 3o Fica reduzida a zero a alíquota da contribuição deintervenção no domínio econômico destinada a financiar o Programade Estímulo à Interação Universidade-Empresa para Apoio à Ino-vação de que trata o art. 2o da Lei no 10.168, de 2000, nas remessasdestinadas ao exterior para pagamento de contratos relativos à ex-ploração de patentes ou de uso de marcas e de fornecimento detecnologia e prestação de assistência técnica, quando efetuadas porpessoa jurídica beneficiária do PATVD e vinculadas às atividades deque trata o art. 13.

§ 4o Para efeitos deste artigo, equipara-se ao importador apessoa jurídica adquirente de bens estrangeiros, no caso de impor-tação realizada por sua conta e ordem, por intermédio de pessoajurídica importadora.

§ 5º Poderá também ser reduzida a zero a alíquota do IIincidente sobre máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos,novos, relacionados em ato do Poder Executivo e nas condições epelo prazo nele fixados, importados por pessoa jurídica beneficiáriado PATVD para incorporação ao seu ativo imobilizado e destinadosàs atividades de que trata o art. 13.

Art. 15. Nas vendas dos equipamentos transmissores de quetrata o art. 13, efetuadas por pessoa jurídica beneficiária do PATVD,ficam reduzidas a zero as alíquotas:

I - da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS in-cidentes sobre as receitas auferidas; e

II - do IPI incidente sobre a saída do estabelecimento in-dustrial.

Parágrafo único. As reduções de alíquotas de que trata esteartigo não se aplicam cumulativamente com outras reduções ou be-nefícios relativos ao mesmo imposto ou às mesmas contribuições.

Seção IIIDa aprovação dos projetos

Art. 16. Os projetos referidos no § 2o do art. 13 devem seraprovados em ato conjunto do Ministério da Fazenda, do Ministérioda Ciência e Tecnologia e do Ministério do Desenvolvimento, In-dústria e Comércio Exterior, nos termos e condições estabelecidaspelo Poder Executivo.

Parágrafo único. A aprovação do projeto fica condicionada àcomprovação da regularidade fiscal, da pessoa jurídica interessada,em relação aos tributos e contribuições administrados pela Secretariada Receita Federal e pela Secretaria da Receita Previdenciária.

Seção IVDo investimento em pesquisa e desenvolvimento

Art. 17. A pessoa jurídica beneficiária do PATVD deveráinvestir, anualmente, em atividades de pesquisa e desenvolvimento aserem realizadas no País, no mínimo um por cento do seu faturamentobruto no mercado interno, deduzidos os impostos incidentes na co-mercialização dos equipamentos transmissores de que trata o art. 13.

§ 1o Serão admitidos apenas investimentos em atividades depesquisa e desenvolvimento dos equipamentos referidos no art. 13, desoftware e de insumos para tais equipamentos.

§ 2o No mínimo meio por cento do faturamento bruto, de-duzidos os impostos incidentes na comercialização, na forma do ca-put, deverá ser aplicado mediante convênio com centros ou institutosde pesquisa ou entidades brasileiras de ensino, oficiais ou reconhe-cidas, credenciados pelo CATI ou pelo CAPDA.

§ 3o A propriedade intelectual resultante da pesquisa e de-senvolvimento realizados mediante os projetos aprovados nos termosdeste Capítulo deve ter a proteção requerida no território nacionaljunto ao órgão competente, conforme o caso, pela pessoa jurídicabrasileira beneficiária do PATVD.

Art. 18. A pessoa jurídica beneficiária do PATVD deveráencaminhar ao Ministério da Ciência e Tecnologia, até 31 de julho decada ano civil, os relatórios demonstrativos do cumprimento, no anoanterior, das obrigações e condições estabelecidas no art. 17.

Art. 19. No caso dos investimentos em pesquisa e desen-volvimento previstos no art. 17 não atingirem, em um determinadoano, o percentual mínimo fixado, a pessoa jurídica beneficiária doPATVD deverá aplicar o valor residual no FNDCT (CT-INFO ou CT-Amazônia), acrescido de multa de vinte por cento e de juros equi-valentes à taxa SELIC, calculados desde 1o de janeiro do ano sub-seqüente àquele em que não foi atingido o percentual até a data daefetiva aplicação.

§ 1o A pessoa jurídica beneficiária do PATVD deverá efetuara aplicação referida no caput até o último dia útil do mês de marçodo ano subseqüente àquele em que não foi atingido o percentual.

§ 2o Na hipótese do caput deste artigo, a não realização daaplicação ali referida, no prazo previsto no § 1o, obriga o contribuinteao pagamento de juros e multa de mora, na forma da lei, referentes àscontribuições e ao imposto não pagos em decorrência das disposiçõesdos incisos I e II do art. 15.

§ 3o Os juros e multa de que trata o § 2o deste artigo serãorecolhidos isoladamente e devem ser calculados:

I - a partir da data da efetivação da venda, no caso do incisoI do art. 15, ou a partir da data da saída do produto do estabe-lecimentos industrial, no caso do inciso II do art. 15; e

II - sobre o valor das contribuições e do imposto não re-colhidos, proporcionalmente à diferença entre o percentual mínimo deaplicações em pesquisa e desenvolvimento fixado e o efetivamenteefetuado.

§ 4o Os pagamentos efetuados na forma dos §§ 2o e 3o nãodesobrigam a pessoa jurídica beneficiária do PATVD do dever deefetuar a aplicação no FNDCT (CT-INFO ou CT-Amazônia), naforma do caput.

§ 5o A falta ou irregularidade do recolhimento previsto no §2o sujeita a pessoa jurídica a lançamento de ofício, com aplicação demulta de ofício na forma da lei.

§ 6o O descumprimento das disposições deste artigo sujeitama pessoa jurídica às disposições do art. 20 desta Medida Provisória.

Seção VDa suspensão e do cancelamento da aplicação do PATVD

Art. 20. A pessoa jurídica beneficiária do PATVD será pu-nida, a qualquer tempo, com a suspensão da aplicação dos arts. 14 e15, sem prejuízo da aplicação de penalidades específicas, no caso dasseguintes infrações:

I - descumprimento das condições estabelecidas no § 1o doart. 13

II - descumprimento da obrigação de efetuar investimentosem pesquisa e desenvolvimento, na forma do art. 17, observadas asdisposições do art. 19;

III - não apresentação ou não aprovação dos relatórios de quetrata o art. 18;

IV - infringência aos dispositivos de regulamentação doPATVD; ou

V - irregularidade em relação a tributo ou contribuição ad-ministrado pela Secretaria da Receita Federal ou pela Secretaria daReceita Previdenciária.

§ 1o A suspensão de que trata o caput converte-se em can-celamento da aplicação dos arts. 14 e 15, no caso de a pessoa jurídicabeneficiária do PATVD não sanar a infração no prazo de noventa diascontados da notificação da suspensão.

§ 2o A pessoa jurídica que der causa a duas suspensões emprazo inferior a dois anos será punida com o cancelamento da apli-cação dos arts. 14 e 15.

§ 3o A penalidade de cancelamento da aplicação somente po-derá ser revertida após dois anos de sanada a infração que a motivou.

§ 4o O Poder Executivo regulamentará as disposições desteartigo.

Seção VIDas disposições gerais

Art. 21. O Ministério da Ciência e Tecnologia deverá co-municar à Secretaria da Receita Federal os casos de:

I - descumprimento, pela pessoa jurídica beneficiária do PATVD:

a) das condições estabelecidas no § 1o do art. 13;

b) da obrigação de encaminhar os relatórios demonstrativos,no prazo de que trata o art. 18, ou da obrigação de aplicar no FNDCT(CT-INFO ou CT-Amazônia), na forma do caput do art. 19, ob-servado o prazo do seu § 1o, quando não for alcançado o percentualmínimo de investimento em pesquisa e desenvolvimento.

II - não aprovação dos relatórios demonstrativos de que tratao art. 18; e

III - de infringência aos dispositivos de regulamentação do PATVD.

Parágrafo único. Os casos previstos na alínea b do inciso Idevem ser comunicados até 30 de agosto de cada ano civil, os demaiscasos até trinta dias após a apuração da ocorrência.

Art. 22. O Ministério da Ciência e Tecnologia e o Ministériodo Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior divulgarão, acada três anos, relatórios com os resultados econômicos e tecno-lógicos advindos da aplicação das disposições deste Capítulo.

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CAPÍTULO IIITOPOGRAFIA DE CIRCUITOS INTEGRADOS

Seção IDas definições

Art. 23. Este Capítulo estabelece as condições de proteçãodas topografias de circuitos integrados.

Art. 24. Os direitos estabelecidos neste Capítulo são as-segurados:

I - aos nacionais e aos estrangeiros domiciliados no País; e

II - às pessoas domiciliadas em país que, em reciprocidade,conceda aos brasileiros ou pessoas domiciliadas no Brasil direitosiguais ou equivalentes.

Art. 25. O disposto neste Capítulo aplica-se também aospedidos de registros provenientes do exterior e depositados no Paíspor quem tenha proteção assegurada por tratado em vigor no Brasil.

Art. 26. Para os fins deste Capítulo, adotam-se as seguintesdefinições:

I - circuito integrado significa um produto, em forma final ouintermediária, com elementos, dos quais pelo menos um seja ativo, ecom algumas ou todas as interconexões integralmente formadas sobreuma peça de material ou em seu interior e cuja finalidade seja de-sempenhar uma função eletrônica.

II - topografia de circuitos integrados significa uma série deimagens relacionadas, construídas ou codificadas sob qualquer meioou forma, que represente a configuração tridimensional das camadasque compõem um circuito integrado, e na qual cada imagem re-presente, no todo ou em parte, a disposição geométrica ou arranjos dasuperfície do circuito integrado em qualquer estágio de sua concepçãoou manufatura.

Seção IIDa titularidade do direito

Art. 27. Ao criador da topografia de circuito integrado seráassegurado o registro que lhe garanta a proteção nas condições desteCapítulo.

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Nº 15-A, segunda-feira, 22 de janeiro de 2007 9ISSN 1677-7042

§ 1o Salvo prova em contrário, presume-se criador o re-querente do registro.

§ 2o Quando se tratar de topografia criada conjuntamente porduas ou mais pessoas, o registro poderá ser requerido por todas ouquaisquer delas, mediante nomeação e qualificação das demais pararessalva dos respectivos direitos.

§ 3o A proteção poderá ser requerida em nome próprio, pelosherdeiros ou sucessores do criador, pelo cessionário ou por aquele aquem a lei ou o contrato de trabalho, de prestação de serviços ou devínculo estatutário determinar que pertença a titularidade, dispensadaa legalização consular dos documentos pertinentes.

Art. 28. Salvo estipulação em contrário, pertencerão exclu-sivamente ao empregador, contratante de serviços ou entidade ge-radora de vínculo estatutário os direitos relativos à topografia decircuito integrado desenvolvida durante a vigência de contrato detrabalho, de prestação de serviços ou de vínculo estatutário, em que aatividade criativa decorra da própria natureza dos encargos concer-nentes a esses vínculos ou quando houver utilização de recursos,informações tecnológicas, segredos industriais ou de negócios, ma-teriais, instalações ou equipamentos do empregador, contratante deserviços ou entidade geradora do vínculo.

§ 1o Ressalvado ajuste em contrário, a compensação do tra-balho ou serviço prestado limitar-se-á à remuneração convencionada;

§ 2o Pertencerão exclusivamente ao empregado, prestador deserviços ou servidor público os direitos relativos à topografia decircuito integrado desenvolvida sem relação com o contrato de tra-balho ou de prestação de serviços e sem a utilização de recursos,informações tecnológicas, segredos industriais ou de negócios, ma-teriais, instalações ou equipamentos do empregador, contratante deserviços ou entidade geradora de vínculo estatutário;

§ 3o O disposto neste artigo também se aplica a bolsistas,estagiários e assemelhados.

Seção IIIDas topografias protegidas

Art. 29. A proteção prevista neste Capítulo só se aplica àtopografia que seja original, no sentido de que resulte do esforçointelectual do seu criador ou criadores e que não seja comum ouvulgar para técnicos, especialistas ou fabricantes de circuitos inte-grados, no momento de sua criação.

§ 1o Uma topografia que resulte de uma combinação deelementos e interconexões comuns, ou que incorpore, com a devidaautorização, topografias protegidas de terceiros, somente será pro-tegida se a combinação, considerada como um todo, atender ao dis-posto no caput deste artigo.

§ 2o A proteção não será conferida aos conceitos, processos,sistemas ou técnicas nas quais a topografia se baseie ou a qualquerinformação armazenada pelo emprego da mesma.

§ 3o A proteção conferida neste Capítulo independe da fi-xação da topografia.

Art. 30. A proteção depende do registro, que será efetuadopelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial - INPI.

Seção IVDo pedido de registro

Art. 31. O pedido de registro deverá referir-se a uma únicatopografia e atender as condições legais regulamentadas pelo INPI,devendo conter:

I - requerimento;

II - descrição da topografia e de sua correspondente função;

III - desenhos ou fotografias da topografia, essenciais parapermitir sua identificação e caracterizar sua originalidade;

IV - declaração de exploração anterior, se houver, indicandoa data de seu início; e

V - comprovante do pagamento da retribuição relativa aodepósito do pedido de registro.

Parágrafo único. O requerimento e qualquer documento queo acompanhe deverão ser apresentados em língua portuguesa.

Art. 32. A requerimento do depositante, por ocasião do de-pósito, o pedido poderá ser mantido em sigilo, pelo prazo de seismeses, contados da data do depósito, após o que será processadoconforme disposto neste Capítulo.

Parágrafo único. Durante o período de sigilo, o pedido po-derá ser retirado, com devolução da documentação ao interessado,sem produção de qualquer efeito, desde que o requerimento sejaapresentado ao INPI até um mês antes do fim do prazo de sigilo.

Art. 33. Protocolizado o pedido de registro, o INPI faráexame formal, podendo formular exigências, as quais deverão sercumpridas integralmente no prazo de sessenta dias, sob pena dearquivamento definitivo do pedido.

Parágrafo único. Será também definitivamente arquivado opedido que indicar uma data de início de exploração anterior a doisanos da data do depósito.

Art. 34. Não havendo exigências ou sendo as mesmas cum-pridas integralmente, o INPI concederá o registro, publicando-o naíntegra e expedindo o respectivo certificado.

Parágrafo único. Do certificado de registro deverão constar onúmero e a data do registro, o nome, a nacionalidade e o domicílio dotitular, a data de início de exploração, se houver, ou do depósito dopedido de registro e o título da topografia.

Seção VDos direitos conferidos pela proteção

Art. 35. A proteção da topografia será concedida por dezanos, contados da data do depósito ou da primeira exploração, o quetiver ocorrido primeiro.

Art. 36. O registro de topografia de circuito integrado con-fere ao seu titular o direito exclusivo de explorá-la, sendo vedado aterceiros, sem o consentimento do titular:

I - reproduzir a topografia, no todo ou em parte, por qualquermeio, inclusive incorporá-la a um circuito integrado;

II - importar, vender ou distribuir por outro modo, para finscomerciais, uma topografia protegida ou um circuito integrado noqual esteja incorporada uma topografia protegida; ou

III - importar, vender ou distribuir por outro modo, para finscomerciais, um produto que incorpore um circuito integrado no qualesteja incorporada uma topografia protegida, somente na medida emque este continue a conter uma reprodução ilícita de uma topografia.

Parágrafo único. A realização de qualquer dos atos previstosneste artigo por terceiro não autorizado, entre a data do início daexploração ou do depósito do pedido de registro e a data de con-cessão do registro, autorizará o titular a obter, após dita concessão, aindenização que vier a ser fixada judicialmente.

Art. 37. Os efeitos da proteção prevista no art. 36 não seaplicam:

I - aos atos praticados por terceiros não autorizados comfinalidade de análise, avaliação, ensino e pesquisa;

II - aos atos que consistam na criação ou exploração de umatopografia, que resulte da análise, avaliação e pesquisa de topografiaprotegida, desde que a topografia resultante não seja substancialmenteidêntica à protegida;

III - aos atos que consistam na importação, venda ou dis-tribuição por outros meios, para fins comerciais ou privados, decircuitos integrados ou de produtos que os incorporem, colocados emcirculação pelo titular do registro de topografia de circuito integradorespectivo ou com seu consentimento; e

IV - aos atos descritos nos incisos II e III do art. 36, pra-ticados ou determinados por quem não sabia, quando da obtenção docircuito integrado ou do produto, ou não tinha base razoável parasaber que o produto ou o circuito integrado incorpora uma topografiaprotegida, reproduzida ilicitamente.

Parágrafo único. No caso do inciso IV deste artigo, apósdevidamente notificado, o responsável pelos atos ou sua determinaçãopoderá efetuar tais atos com relação aos produtos ou circuitos in-tegrados em estoque ou previamente encomendados, desde que, comrelação a esses produtos ou circuitos, pague, ao titular do direito, aremuneração equivalente à que seria paga no caso de uma licençavoluntária.

Seção VIDa extinção do registro

Art. 38. O registro extingue-se:

I - pelo término do prazo de vigência; ou

II - pela renúncia do seu titular, mediante documento hábil,ressalvado o direito de terceiros.

Parágrafo único. Extinto o registro, o objeto da proteção caino domínio público.

Seção VIIDa nulidade

Art. 39. O registro de topografia de circuito integrado serádeclarado nulo judicialmente se concedido em desacordo com asdisposições deste Capítulo, especialmente quando:

I - a presunção do § 1o do art. 27 provar-se inverídica;

II - a topografia não atender ao requisito de originalidadeconsoante o art. 29;

III - os documentos apresentados, conforme disposto no art.31, não forem suficientes para identificar a topografia, ou

IV - o pedido de registro não tiver sido depositado no prazodefinido no parágrafo único do art. 33.

§ 1o A nulidade poderá ser total ou parcial.

§ 2o A nulidade parcial só ocorre quando a parte subsistenteconstitui matéria protegida por si mesma.

§ 3o A nulidade do registro produzirá efeitos a partir da datado início de proteção definida no art. 35.

§ 4o No caso de inobservância do disposto no § 1o do art. 27, ocriador poderá, alternativamente, reivindicar a adjudicação do registro.

Art. 40. Declarado nulo o registro, será cancelado o res-pectivo certificado.

Seção VIIIDas cessões e das alterações no registro

Art. 41. Os direitos sobre a topografia de circuito integradopoderão ser objeto de cessão.

§ 1o A cessão poderá ser total ou parcial, devendo, nestecaso, ser indicado o percentual correspondente.

§ 2o O documento de cessão deverá conter as assinaturas docedente e do cessionário, bem assim de duas testemunhas, dispensadaa legalização consular.

Art. 42. O INPI fará as seguintes anotações:

I - da cessão, fazendo constar a qualificação completa docessionário;

II - de qualquer limitação ou ônus que recaia sobre o re-gistro; e

III - das alterações de nome, sede ou endereço do titular.

Art. 43. As anotações produzirão efeitos em relação a ter-ceiros depois de publicadas no órgão oficial do INPI, ou, à falta depublicação, sessenta dias após o protocolo da petição.

Seção IXDas licenças e do uso não autorizado

Art. 44. O titular do registro de topografia de circuito in-tegrado poderá celebrar contrato de licença para exploração.

Art. 45. O INPI averbará os contratos de licença para pro-duzir efeitos em relação a terceiros.

Art. 46. Salvo estipulação contratual em contrário, na hi-pótese de licenças cruzadas, a remuneração relativa a topografia pro-tegida licenciada não poderá ser cobrada de terceiros que adquiriremcircuitos integrados que a incorporem.

Parágrafo único. A cobrança ao terceiro adquirente do cir-cuito integrado somente será admitida se esse, no ato da compra, forexpressamente notificado desta possibilidade.

Art. 47. O Poder Público poderá fazer uso público não-comercial das topografias protegidas, diretamente ou mediante con-tratação ou autorização a terceiros, observado o previsto nos incisosIII a VI do art. 51 e no art. 53.

Parágrafo único. Quando o Poder Público, o contratante ou oautorizado souber ou tiver base demonstrável para saber, sem pro-ceder a uma busca, que uma topografia protegida é ou será usada peloou para o Poder Público, o titular do respectivo registro deverá serprontamente informado.

Art. 48. Poderão ser concedidas licenças compulsórias paraassegurar a livre concorrência ou prevenir abusos de direito ou depoder econômico pelo titular do direito, inclusive o não atendimentodo mercado quanto a preço, quantidade ou qualidade.

Art. 49. Na concessão das licenças compulsórias deverão serobedecidas as seguintes condições e requisitos:

I - o pedido de licença será considerado com base no seumérito individual;

II - o requerente da licença deverá demonstrar que resultaraminfrutíferas, em prazo razoável, as tentativas de obtenção da licença,em conformidade com as práticas comerciais normais;

III - o alcance e a duração da licença serão restritos aoobjetivo para os quais a licença for autorizada;

IV - a licença terá caráter de não-exclusividade;

V - a licença será intransferível, salvo se em conjunto com acessão, alienação ou arrendamento do empreendimento ou da parteque a explore; e

VI - a licença será concedida para suprir predominantementeo mercado interno.

§ 1o As condições estabelecidas nos incisos II e VI não seaplicam quando a licença for concedida para remediar prática an-ticompetitiva ou desleal, reconhecida em processo administrativo oujudicial.

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§ 2o As condições estabelecidas no inciso II também não seaplicam quando a licença for concedida em caso de emergência na-cional ou de outras circunstâncias de extrema urgência.

§ 3o Nas situações de emergência nacional ou em outrascircunstâncias de extrema urgência, o titular dos direitos será no-tificado tão logo quanto possível.

Art. 50. O pedido de licença compulsória deverá ser for-mulado mediante indicação das condições oferecidas ao titular doregistro.

§ 1o Apresentado o pedido de licença, o titular será intimadopara manifestar-se no prazo de sessenta dias, findo o qual, semmanifestação do titular, considerar-se-á aceita a proposta nas con-dições oferecidas.

§ 2o O requerente de licença que invocar prática comercial an-ticompetitiva ou desleal deverá juntar documentação que a comprove.

§ 3o Quando a licença compulsória requerida com funda-mento no art. 50 envolver alegação de ausência de exploração ouexploração ineficaz, caberá ao titular do registro comprovar a im-procedência dessa alegação.

§ 4o Em caso de contestação, o INPI realizará as diligênciasindispensáveis à solução da controvérsia, podendo, se necessário,designar comissão de especialistas, inclusive de não integrantes doquadro da autarquia.

Art. 51. O titular deverá ser adequadamente remunerado,segundo as circunstâncias de cada uso, levando-se em conta, obri-gatoriamente, no arbitramento dessa remuneração, o valor econômicoda licença concedida.

Parágrafo único. Quando a concessão da licença se der comfundamento em prática anticompetitiva ou desleal, esse fato deveráser tomado em consideração para estabelecimento da remuneração.

Art. 52. Sem prejuízo da proteção adequada dos legítimosinteresses dos licenciados, a licença poderá ser cancelada, medianterequerimento fundamentado do titular dos direitos sobre a topografia,se e quando as circunstâncias que ensejaram a sua concessão dei-xarem de existir e for improvável que se repitam.

Parágrafo único. O cancelamento previsto no caput poderáser recusado se as condições que propiciaram a concessão da licençatenderem a ocorrer novamente.

Art. 53. O licenciado deverá iniciar a exploração do objetoda proteção no prazo de um ano, admitida:

I - uma prorrogação, por igual prazo, desde que tenha olicenciado realizado substanciais e efetivos preparativos para iniciar aexploração ou existam outras razões que a legitimem;

II - uma interrupção da exploração, por igual prazo, desdeque sobrevenham razões legítimas que a justifiquem.

§ 1o As exceções previstas nos incisos I e II somente poderãoser exercitadas mediante requerimento ao INPI, devidamente funda-mentado e no qual se comprovem as alegações que as justifiquem.

§ 2o Vencidos os prazos referidos no caput e seus incisos, semque o licenciado inicie ou retome a exploração, extinguir-se-á a licença.

Seção XDas disposições gerais

Art. 54. Os atos previstos neste Capítulo serão praticadospelas partes ou por seus procuradores, devidamente habilitados.

§ 1o O instrumento de procuração redigido em idioma es-trangeiro, dispensada a legalização consular, deverá ser acompanhadopor tradução pública juramentada.

§ 2o Quando não apresentada inicialmente, a procuração de-verá ser entregue no prazo de sessenta dias do protocolo do pedido deregistro, sob pena de arquivamento definitivo.

Art. 55. O INPI não conhecerá da petição:

I - apresentada fora do prazo legal;

II - apresentada por pessoa sem legítimo interesse na relaçãoprocessual; ou

III - desacompanhada do comprovante de pagamentos darespectiva retribuição no valor vigente a data de sua apresentação.

Art. 56. Não havendo expressa estipulação contrária nesteCapítulo, o prazo para a prática de atos será de sessenta dias.

Art. 57. Os prazos estabelecidos neste Capítulo são contínuos,extinguindo-se automaticamente o direito de praticar o ato após seudecurso, salvo se a parte provar que não o realizou por razão legítima.

Parágrafo único. Reconhecida a razão legítima, a parte pra-ticará o ato no prazo que lhe assinar o INPI.

Art. 58. Os prazos referidos neste Capítulo começam a cor-rer, salvo expressa disposição em contrário, a partir do primeiro diaútil após a intimação.

Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, a intimaçãoserá feita mediante publicação no órgão oficial do INPI.

Art. 59. Pelos serviços prestados de acordo com este Ca-pítulo será cobrada retribuição, cujo valor e processo de recolhimentoserão estabelecidos em ato do Ministro de Estado a que estiver vin-culado o INPI.

Art. 60. O art. 24 da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993,passa a vigorar acrescido do seguinte inciso:

“XXVIII - para o fornecimento de bens e serviços, pro-duzidos ou prestados no País, que envolvam, cumulativamente,alta complexidade tecnológica e defesa nacional, mediante pa-recer de comissão especialmente designada pela autoridade má-xima do órgão.” (NR)

CAPÍTULO IVDAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 61. O Poder Executivo regulamentará as disposiçõesdesta Medida Provisória no prazo de sessenta dias, contado da data desua publicação.

Art. 62. As disposições do art. 3o e dos incisos I e II docaput do art. 4o vigorarão por quinze anos, contados da data dapublicação desta Medida Provisória.

Art. 63. As disposições do § 3o do art. 3o e do inciso III docaput do art. 4o vigorarão por:

I - dezesseis anos, contados da data de aprovação do projeto,no caso dos projetos que alcancem as atividades referidas nas alíneas:

a) ”a” ou “b” do inciso I do art. 2o; ou

b) ”a” ou “b” do inciso II do art. 2o;

II - doze anos, contados da data de aprovação do projeto, no casodos projetos que alcancem somente as atividades referidas na alínea:

a) ”c” do inciso I do art. 2o; ou

b) ”c” do inciso II do art. 2o.

Art. 64. As disposições dos arts. 14 e 15 vigorarão por dezanos, contados da data da publicação desta Medida Provisória.

Art. 65. Esta Medida Provisória entra em vigor na data desua publicação, produzindo efeitos em relação ao art. 60 a partir dodia 19 de fevereiro de 2007.

Brasília, 22 de janeiro de 2007; 186o da Independência e11 9 o da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVAGuido Mantega

II - repassar às unidades da Advocacia-Geral da União asrespectivas informações e documentos.

Art. 3o Aos acionistas minoritários fica assegurado o direitoao recebimento do valor de suas participações acionárias na extintaRFFSA, calculado com base no valor de cada ação, segundo o mon-tante do patrimônio líquido registrado no balanço patrimonial apuradona data de publicação desta Medida Provisória, atualizado mone-tariamente pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -IPCA, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística -IBGE, do mês anterior à data do pagamento.

Parágrafo único. Fica a União autorizada a utilizar bens não-operacionais oriundos da extinta RFFSA para promover a quitação daparticipação dos acionistas minoritários, mediante dação em pagamento.

Art. 4o Os bens, direitos e obrigações da extinta RFFSAserão inventariados em processo, que se realizará sob a coordenaçãoe supervisão do Ministério dos Transportes.

Parágrafo único. Ato do Poder Executivo disporá sobre aestrutura e o prazo de duração do processo de inventariança, bemcomo sobre as atribuições do Inventariante.

Art. 5o Fica instituído, no âmbito do Ministério da Fazenda,o Fundo Contingente da Extinta RFFSA - FC, de natureza contábil,em valor suficiente para o pagamento de:

I - participações dos acionistas minoritários da extinta RFF-SA, na forma prevista no caput do art. 3o;

II - despesas decorrentes de condenações judiciais que im-ponham ônus à VALEC - Engenharia, Construções e Ferrovias S.A.,na condição de sucessora trabalhista, por força do disposto no incisoI do caput do art. 17, relativamente aos passivos originados até a datada publicação desta Medida Provisória;

III - despesas decorrentes de eventuais levantamentos degravames judiciais, existentes até a data de publicação desta MedidaProvisória, incidentes sobre bens oriundos da extinta RFFSA, im-prescindíveis à administração pública; e

IV - despesas relativas à regularização, administração, ava-liação e venda dos imóveis não-operacionais mencionados no incisoII do caput do art. 6o.

§ 1o Ato do Ministro de Estado da Fazenda disciplinará ofuncionamento do FC.

§ 2o Os pagamentos com recursos do FC, decorrentes deobrigações previstas no inciso II do caput, ocorrerão exclusivamentemediante solicitação da VALEC dirigida ao agente operador do FC,acompanhada da respectiva decisão judicial.

Art. 6o O FC será constituído de:

I - recursos oriundos de emissão de títulos do Tesouro Na-cional, até o valor de face total de R$ 300.000.000,00 (trezentosmilhões de reais), com características a serem definidas pelo Ministrode Estado da Fazenda;

II - recursos do Tesouro Nacional, provenientes da emissãode títulos, em valores equivalentes ao produto da venda de imóveisnão-operacionais oriundos da extinta RFFSA, até o limite de R$1.000.000.000,00 (um bilhão de reais);

III - recebíveis até o valor de R$ 2.444.800.000,00 (doisbilhões, quatrocentos e quarenta e quatro milhões e oitocentos milreais), oriundos dos contratos de arrendamento de malhas ferroviárias,contabilizados nos ativos da extinta RFFSA, não adquiridos peloTesouro Nacional com base na autorização contida na Medida Pro-visória no 2.181-45, de 24 de agosto de 2001;

IV - resultado das aplicações financeiras dos recursos do FC; e

V - outras receitas previstas em lei orçamentária.

§ 1o O Poder Executivo designará a instituição financeirafederal que atuará como agente operador do FC, à qual caberá ad-ministrar, regularizar, avaliar e vender os imóveis referidos no incisoII do caput, observados os procedimentos indicados nos arts. 10 e 11desta Medida Provisória, afastado o disposto no art. 23 da Lei no

9.636, de 15 de maio de 1998.

§ 2o Ato da Secretaria do Patrimônio da União do Ministériodo Planejamento, Orçamento e Gestão indicará os imóveis a seremvendidos, objetivando a integralização dos recursos destinados ao FC,afastada a aplicação do art. 23 da Lei no 9.636, de 1998.

§ 3o O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestãopoderá autorizar o Inventariante a transferir diretamente, ao agenteoperador do FC, os imóveis referidos no inciso II do caput.

§ 4o Assegurada a integralização do limite estabelecido no in-ciso II do caput, os imóveis excedentes à composição do FC serão des-tinados na forma da legislação que dispõe sobre o patrimônio da União.

§ 5o Efetuados os pagamentos das despesas de que trata o art.5o, os ativos financeiros remanescentes do FC reverterão ao TesouroNacional.

<!ID68198-0> MEDIDA PROVISÓRIA No 353,DE 22 DE JANEIRO DE 2007

Dispõe sobre o término do processo de li-quidação e a extinção da Rede FerroviáriaFederal S.A. - RFFSA, altera dispositivosda Lei no 10.233, de 5 de junho de 2001, edá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuiçãoque lhe confere o art. 62 da Constituição, adota a seguinte MedidaProvisória, com força de lei:

Art. 1o Fica encerrado o processo de liquidação e extinta aRede Ferroviária Federal S.A. - RFFSA, sociedade de economia mistainstituída com base na autorização contida na Lei no 3.115, de 16 demarço de 1957.

Parágrafo único. Ficam encerrados os mandatos do Liqui-dante e dos membros do Conselho Fiscal da extinta RFFSA.

Art. 2o Na data de publicação desta Medida Provisória:

I - a União sucederá a extinta RFFSA nos direitos, obri-gações e ações judiciais em que esta seja autora, ré, assistente, opoen-te ou terceira interessada, ressalvadas as ações de que trata o inciso IIdo caput do art. 17; e

II - os bens imóveis da extinta RFFSA ficam transferidospara a União, ressalvado o disposto no inciso I do art. 8o.

Parágrafo único. Os advogados ou escritórios de advocaciaque representavam judicialmente a extinta RFFSA deverão, imedia-tamente, sob pena de responsabilização pessoal pelos eventuais pre-juízos que a União sofrer, em relação às ações a que se refere o incisoI do caput:

I - peticionar em juízo, comunicando a extinção da RFFSA erequerendo que todas as citações e intimações passem a ser dirigidasà Advocacia-Geral da União; e

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Art. 7o Fica a União autorizada a emitir, sob a forma decolocação direta, ao par, os títulos que constituirão os recursos do FC,até os montantes referidos nos incisos I e II do art. 6o, cujas ca-racterísticas serão definidas pelo Ministro de Estado da Fazenda.

Parágrafo único. Os títulos referidos neste artigo poderão serresgatados antecipadamente, ao par, a critério do Ministro de Estadoda Fazenda.

Art. 8o Ficam transferidos ao Departamento Nacional de In-fra-Estrutura de Transportes - DNIT:

I - a propriedade dos bens móveis e imóveis operacionais daextinta RFFSA;

II - os bens móveis não-operacionais utilizados pela Ad-ministração Geral e Escritórios Regionais da extinta RFFSA, res-salvados aqueles necessários às atividades da Inventariança; e

III - os demais bens móveis não-operacionais, incluindo tri-lhos, material rodante, peças, partes e componentes, almoxarifados esucatas, que não tenham sido destinados a outros fins, com base nosdemais dispositivos desta Medida Provisória.

Art. 9o Caberá ao Instituto do Patrimônio Histórico e Ar-tístico Nacional - IPHAN receber e administrar os bens móveis eimóveis de valor artístico, histórico e cultural, oriundos da extintaRFFSA, bem como zelar pela sua guarda e manutenção.

Parágrafo único. Caso o bem seja classificado como ope-racional, o IPHAN deverá garantir seu compartilhamento para usoferroviário.

Art. 10. A União, por intermédio do agente operador do FC,promoverá a venda dos imóveis referidos no inciso II do caput do art.6o, mediante leilão ou concorrência pública, independentemente dovalor, aplicando-se, no que couber, o disposto na Lei no 8.666, de 21de junho de 1993, e observadas as seguintes condições:

I - apresentação de propostas ou lances específicos para cadaimóvel;

II - no caso de concorrência, caução no valor correspondentea cinco por cento do valor de avaliação do imóvel;

III - no caso de leilão público, o arrematante pagará sinalcorrespondente a, no mínimo, vinte por cento do valor da arrema-tação, complementando o preço no prazo e nas condições previstasem edital, sob pena de perder, em favor da União, o valor do cor-respondente sinal; e

IV - realização do leilão público por leiloeiro oficial.

§ 1o No caso de leilão público, a comissão do leiloeiro seráde até cinco por cento do valor da arrematação, e será paga peloarrematante, diretamente ao leiloeiro, conforme condições definidasem edital.

§ 2o Aos ocupantes dos imóveis referidos no inciso II docaput do art. 6o é assegurado o direito de preferência à compra, pelopreço e nas mesmas condições oferecidas pelo vencedor da licitação,desde que manifestem seu interesse no prazo de até quinze dias,contado da data de publicação do resultado do certame.

§ 3o O ocupante será notificado, por carta ou edital, da datado certame e das condições da venda com antecedência mínima detrinta dias.

§ 4o O produto da venda dos imóveis referidos no inciso IIdo caput do art. 6o será imediatamente recolhido, pelo agente ope-rador, à conta do Tesouro Nacional, e será integralmente utilizadopara amortização da Dívida Pública Mobiliária Federal, devendo serprovidenciada a emissão de títulos em valor equivalente ao montanterecebido para capitalização do FC.

Art. 11. O pagamento do valor dos imóveis referidos noinciso II do caput do art. 6o poderá ser efetuado de forma parcelada,observadas as condições estabelecidas no art. 27 da Lei no 9.636, de1998, e, ainda:

I - entrada mínima de vinte por cento do preço total de vendado imóvel, a título de sinal e princípio de pagamento;

II - prazo máximo de sessenta meses; e

III - garantia mediante alienação fiduciária do imóvel objetoda venda.

Art. 12. Aos empregados ativos, inativos e pensionistas daextinta RFFSA ou seus sucessores, conforme previsto em lei, in-dicados em alvará judicial, expedido a requerimento do interessado,independentemente de inventário ou arrolamento, que sejam ocu-pantes dos imóveis não-operacionais residenciais da extinta RFFSA, éassegurado o direito de preferência na sua compra, nos termos dosarts. 26 e 29 da Lei no 9.636, de 1998.

Parágrafo único. O ocupante será notificado, por carta ouedital, da data do certame e das condições da venda com antecedênciamínima de trinta dias.

Art. 13. Aos ocupantes de baixa renda de imóveis não-ope-racionais é assegurado o direito de preferência na aquisição do imó-vel, nos termos da Lei no 9.636, de 1998, e do Decreto-Lei no 9.760,de 5 de setembro de 1946, após os procedimentos necessários deregularização fundiária de interesse social, afastada a aplicação do art.23 da Lei no 9.636, de 1998.

Art. 14. Os imóveis não-operacionais oriundos da extintaRFFSA, excetuados os referidos no inciso II do caput do art. 6o,poderão ser alienados diretamente a Estados, ao Distrito Federal, aMunicípios e a entidades públicas que tenham por objeto provisãohabitacional, nos termos da Lei no 11.124, de 16 de junho de 2005,bem como ser utilizados em Fundos de Investimentos Imobiliários,previstos na Lei no 8.668, de 25 de junho de 1993, quando destinadosa programas de reabilitação de áreas urbanas centrais, sistemas decirculação e transporte, regularização fundiária e provisão habita-cional de interesse social, afastada a aplicação do art. 23 da Lei no

9.636, de 1998.

Art. 15. O agente operador do FC representará a União nacelebração dos contratos de compra e venda dos imóveis de que tratao inciso II do caput do art. 6o, efetuando a cobrança administrativa erecebendo o produto da venda.

Parágrafo único. O agente operador do FC encaminhará àAdvocacia-Geral da União as informações e os documentos neces-sários a eventual cobrança judicial do produto da venda dos imóveis,bem como à defesa dos interesses da União.

Art. 16. Na alienação dos imóveis referidos nos arts. 12, 13e 14, os contratos celebrados mediante instrumento particular terãoforça de escritura pública.

Art. 17. Ficam transferidos à VALEC:

I - os contratos de trabalho dos empregados ativos inte-grantes do quadro de pessoal próprio da extinta RFFSA, ficandoalocados em quadro de pessoal em extinção; e

II - as ações judiciais relativas aos empregados a que serefere o inciso I do caput em que a extinta RFFSA seja autora, ré,assistente, opoente ou terceira interessada.

§ 1o A transferência de que trata o inciso I do caput dar-se-á por sucessão trabalhista e não caracterizará rescisão contratual,preservados aos empregados os direitos garantidos pelas Leis nos

8.186, de 21 de maio de 1991, e 10.478, de 28 de junho de 2002.

§ 2o Os empregados transferidos na forma do disposto noinciso I do caput terão seus valores remuneratórios inalterados no atoda sucessão e seu desenvolvimento na carreira observará o esta-belecido no plano de cargos e salários da extinta RFFSA, não secomunicando, em qualquer hipótese, com o plano de cargos e saláriosda VALEC.

§ 3o Em caso de demissão, dispensa, aposentadoria ou fa-lecimento do empregado fica extinto o emprego por ele ocupado.

§ 4o Os empregados de que trata o inciso I do caput, ex-cetuados aqueles que se encontram cedidos para outros órgãos ouentidades da administração pública, ficarão à disposição da Inven-tariança, enquanto necessários para a realização dos trabalhos ou atéque o Inventariante decida pelo seu retorno à VALEC.

§ 5o Os empregados de que trata o inciso I do caput poderãoser cedidos para prestar serviço na Advocacia-Geral da União, noMinistério do Planejamento, Orçamento e Gestão, no Ministério dosTransportes, inclusive no DNIT, na Agência Nacional de TransportesTerrestres - ANTT e na Agência Nacional de Transportes Aquaviários- ANTAQ, e no IPHAN, independentemente de designação para oexercício de cargo comissionado, sem ônus para o cessionário, desdeque seja para o exercício das atividades que foram transferidas paraaqueles órgãos e entidades por esta Medida Provisória, ouvido pre-viamente o Inventariante.

§ 6o Os advogados ou escritórios de advocacia que repre-sentavam judicialmente a extinta RFFSA nas ações a que se refere oinciso II do caput deverão, imediatamente, sob pena de respon-sabilização pessoal pelos eventuais prejuízos causados:

I - peticionar em juízo, comunicando a extinção da RFFSA ea transferência dos contratos de trabalho para a VALEC, requerendoque todas as citações e intimações passem a ser dirigidas a estaempresa; e

II - repassar à VALEC as respectivas informações e do-cumentos sobre as ações de que trata o inciso II do caput.

§ 7o Não havendo mais integrantes no quadro em extinção deque trata o inciso I do caput deste artigo, em virtude de desligamento pordemissão, dispensa, aposentadoria ou falecimento do último empregadoativo oriundo da extinta RFFSA, a complementação de aposentadoriainstituída pelas Leis nos 8.186, de 1991, e 10.478, de 2002, terá comoreferência, para reajuste, os índices e a periodicidade aplicados aos apo-sentados do Regime Geral da Previdência Social - RGPS.

Art. 18. A VALEC assumirá a responsabilidade de atuarcomo patrocinadora dos planos de benefícios administrados pela Fun-dação Rede Ferroviária de Seguridade Social - REFER, na condiçãode sucessor trabalhista da extinta RFFSA, em relação aos empregadosreferidos no inciso I do caput do art. 17, observada a exigência deparidade entre as contribuições da patrocinadora e do participante.

Parágrafo único. O disposto no caput aplica-se unicamenteaos empregados transferidos na forma do inciso I do caput do art. 17,cujo conjunto constituirá massa fechada.

Art. 19. A União, por intermédio do Ministério dos Trans-portes, disponibilizará à VALEC os recursos orçamentários e finan-ceiros necessários ao custeio dos dispêndios decorrentes do dispostono inciso I do caput do art. 17 e nos arts. 18 e 25.

Art. 20. As atribuições referentes à aprovação das demons-trações contábeis e financeiras do balanço de extinção, segundo odisposto no art. 3o, conferidas por lei ou pelo estatuto da extintaRFFSA à assembléia geral de acionistas, serão exercidas pelo Mi-nistro de Estado da Fazenda.

Art. 21. A União, por intermédio do Ministério do Pla-nejamento, Orçamento e Gestão, poderá formalizar termos de entregaprovisórios de bens imóveis não-operacionais oriundos da extintaRFFSA, excetuados aqueles destinados ao FC, previstos no inciso IIdo caput do art. 6o, aos órgãos e entidades da administração públicadireta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dosMunicípios, promovendo a sua substituição por instrumentos defi-nitivos na forma do regulamento.

Art. 22. Para os fins desta Medida Provisória, consideram-sebens operacionais os bens móveis e imóveis vinculados aos contratosde arrendamento celebrados pela extinta RFFSA.

Art. 23. Ficam criados, no âmbito do Poder Executivo Fe-deral, os seguintes cargos em comissão do Grupo-Direção e Asses-soramento Superiores - DAS: um DAS-6; nove DAS-5; vinte e cincoDAS-4; trinta DAS-3; trinta e seis DAS-2; e cinqüenta e seis DAS-1.

§ 1o Os cargos em comissão referidos no caput, destinadosàs atividades de inventariança, não integrarão a estrutura regimentaldo Ministério dos Transportes, devendo constar nos atos de nomeaçãoseu caráter de transitoriedade.

§ 2o À medida que forem concluídas as atividades de inven-tariança, os cargos em comissão referidos no § 1o serão restituídos à Se-cretaria de Gestão do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

§ 3o Os demais cargos integrarão a estrutura regimental dosórgãos para os quais forem distribuídos.

§ 4o Ato do Poder Executivo estabelecerá a distribuição doscargos em comissão criados por esta Medida Provisória.

Art. 24. Fica o Ministério do Planejamento, Orçamento eGestão autorizado a aprovar proposta da VALEC para a realização dePrograma de Desligamento Voluntário - PDV para os empregados deque trata o inciso I do caput do art. 17.

Art. 25. Fica a União autorizada a atuar como patrocinadorade planos de benefícios administrados pela REFER, em relação aosbeneficiários assistidos da extinta RFFSA na data de publicação destaMedida Provisória.

Art. 26. Os arts. 14, 77, 82 e 118 da Lei no 10.233, de 5 dejunho de 2001, passam a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 14. .....................................................................

....................................................................................................

IV - .............................................................................

....................................................................................................

b) o transporte ferroviário regular de passageiros nãoassociado à infra-estrutura.

........................................................................................” (NR)

“Art. 77. .....................................................................

....................................................................................................

II - recursos provenientes dos instrumentos de ou-torga e arrendamento administrados pela respectiva Agência,excetuados os provenientes dos contratos de arrendamentooriginários da extinta Rede Ferroviária Federal S.A. - RFFSAnão adquiridos pelo Tesouro Nacional com base na auto-rização contida na Medida Provisória no 2.181-45, de 24 deagosto de 2001;

........................................................................................” (NR)

Page 12: Pac Diario Oficial

Nº 15-A, segunda-feira, 22 de janeiro de 200712 ISSN 1677-7042

“Art. 82. .....................................................................

XVII - exercer o controle patrimonial e contábil dosbens operacionais na atividade ferroviária, sobre os quaisserá exercida a fiscalização, pela Agência Nacional de Trans-portes Terrestres - ANTT, conforme disposto no art. 25, in-ciso IV, bem como dos bens não-operacionais que lhe foremtransferidos;

XVIII - implementar medidas necessárias à desti-nação dos ativos operacionais devolvidos pelas concessio-nárias, na forma prevista nos contratos de arrendamento; e

XIX - propor ao Ministério dos Transportes, emconjunto com a ANTT, a destinação dos ativos operacionaisao término dos contratos de arrendamento.

....................................................................................................

§ 4o O DNIT e a ANTT celebrarão, obrigatoria-mente, instrumento para execução das atribuições de quetrata o inciso XVII, cabendo à ANTT a responsabilidadeconcorrente pela execução do controle patrimonial e contábildos bens operacionais recebidos pelo DNIT, vinculados aoscontratos de arrendamento referidos nos incisos II e IV doart. 25.” (NR)

“Art. 118. Ficam transferidas da extinta RFFSA parao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão:

I - a gestão da complementação de aposentadoriainstituída pelas Leis nos 8.186, de 21 de maio de 1991, e10.478, de 28 de junho de 2002; e

II - a responsabilidade pelo pagamento da parcelasob o encargo da União relativa aos proventos de inatividadee demais direitos de que tratam a Lei no 2.061, de 13 de abrilde 1953, do Estado do Rio Grande do Sul, e o Termo deAcordo sobre as condições de reversão da Viação Férrea doRio Grande do Sul à União, aprovado pela Lei no 3.887, de8 de fevereiro de 1961.

§ 1o A paridade de remuneração prevista na legis-lação citada nos incisos I e II do caput terá como referênciaos valores previstos no plano de cargos e salários da RFFSA,aplicados aos empregados cujos contratos de trabalhos foremabsorvidos pelo quadro em extinção da VALEC - Enge-nharia, Construções e Ferrovias S.A.

§ 2o O Ministério do Planejamento, Orçamento eGestão poderá, mediante celebração de convênio, utilizar asunidades regionais do DNIT e da Inventariança da extintaRFFSA para adoção das medidas administrativas decorrentesdo disposto no caput.” (NR)

Art. 27. Esta Medida Provisória entra em vigor na data desua publicação.

Art. 28. Ficam revogados o § 6o do art. 2o da Lei no 9.491,de 9 de setembro de 1997, os arts. 114-A e 115 da Lei no 10.233, de5 de junho de 2001, e o art. 1o da Medida Provisória no 2.161-35, de23 de agosto de 2001, na parte referente ao § 6o do art. 2o da Lei no

9.491, de 1997, bem como o art. 1o da Medida Provisória no 2.217-3,de 4 de setembro de 2001, na parte referente à alínea “b” do incisoIV do art. 14 e aos arts. 114-A e 115, da Lei no 10.233, de 2001.

Brasília, 22 de janeiro de 2007; 186o da Independência e11 9 o da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVAGuido MantegaPaulo Sérgio Oliveira PassosPaulo Bernardo SilvaÁlvaro Augusto Ribeiro Costa

Parágrafo único. O assessoramento jurídico necessário aosatos relativos ao processo de inventariança será prestado pela Ad-vocacia-Geral da União, conforme dispuser o Advogado-Geral daUnião em ato próprio.

Art. 3o Constituem atribuições do Inventariante:

I - representar a União, na qualidade de sucessora da extintaRFFSA, nos atos administrativos necessários à Inventariança, po-dendo também celebrar, prorrogar e rescindir contratos administra-tivos, convênios e outros instrumentos, quando houver interesse daadministração;

II - praticar atos de gestão patrimonial, contábil, financeira eadministrativa, inclusive de pessoal;

III - elaborar e publicar o balanço patrimonial de extinção daRFFSA referente à data de publicação da Medida Provisória no 353,de 2007;

IV - apurar os direitos e obrigações, assim como relacionardocumentos, livros contábeis, contratos e convênios da extinta RFF-SA, dando-lhes as destinações previstas neste Decreto;

V - identificar, localizar e relacionar os bens móveis e imó-veis, dando-lhes as destinações previstas em lei, podendo, para tanto,designar comissões específicas;

VI - encaminhar, de imediato, ao Ministério do Planeja-mento, Orçamento e Gestão, a documentação disponível de titula-ridade dos imóveis referidos no § 2o do art. 6o da Medida Provisóriano 353, de 2007, para análise prévia, elaboração do ato formal deindicação e remessa ao agente operador do Fundo Contingente daExtinta RFFSA - FC;

VII - providenciar o tratamento dos acervos técnicos, bi-bliográficos, documentais e de pessoal, observadas as normas es-pecíficas, transferindo-os, mediante termo próprio, ao Arquivo Na-cional ou aos órgãos e entidades que tiverem absorvido as corres-pondentes atribuições da extinta RFFSA;

VIII - providenciar a regularização contábil dos atos ad-ministrativos pendentes, inclusive a análise das prestações de contasdos convênios e instrumentos similares da extinta RFFSA, podendo,para tanto, designar comissões específicas;

IX - submeter ao Ministro de Estado dos Transportes pro-posta com vistas à nomeação de ocupantes de cargos em comissão naInventariança;

X - praticar os atos necessários à instauração de sindicânciase processos administrativos disciplinares, assim como adotar os pro-cedimentos necessários para a conclusão e o acompanhamento dosprocessos em andamento, encaminhando à autoridade competente osrespectivos relatórios conclusivos;

XI - encaminhar ao Ministro de Estado dos Transportes re-latórios trimestrais sobre o andamento das atividades, atualizando emcada relatório o cronograma de atividades básicas em andamento,bem como relatório final quando da conclusão do processo de in-ventariança;

XII - adotar as medidas necessárias para viabilizar o cum-primento do disposto na Lei no 8.693, de 3 de agosto de 1993;

XIII - realizar os encontros de contas com as empresas de-vedoras ou credoras da extinta RFFSA, observado o disposto naalínea “b” do inciso II do art. 5o;

XIV - transferir ao Departamento Nacional de Infra-Estruturade Transportes - DNIT o acervo documental relativo aos bens de quetrata o art. 8o da Medida Provisória no 353 , de 2007;

XV - dar prosseguimento, durante o processo de inventa-riança, ao pagamento das obrigações decorrentes de acordos admi-nistrativos e judiciais firmados pela extinta RFFSA;

XVI - transferir para o Ministério do Planejamento, Orça-mento e Gestão o acervo documental e os registros funcionais deempregados aposentados e pensionistas de que trata o art. 118 da Leino 10.233, de 5 de junho de 2001;

XVII - transferir para o Ministério do Planejamento, Or-çamento e Gestão a documentação e as informações disponíveis re-ferentes aos imóveis não-operacionais oriundos da extinta RFFSA;

XVIII - adotar as providências decorrentes da rescisão doscontratos de prestação de serviços advocatícios;

XIX - rescindir os contratos de prestação de serviços que te-nham por objeto a venda de bens móveis e imóveis da extinta RFFSA;

XX - rescindir os contratos de trabalho formalizados combase no disposto no § 3o do art. 3o do Decreto no 3.277, de 7 dedezembro de 1999, bem como apurar e liquidar as obrigações delesdecorrentes;

XXI - informar à Chefia do Gabinete do Advogado-Geral daUnião quando da efetivação das transferências para as unidades des-centralizadas daquele Órgão dos acervos documentais relativos aosprocessos judiciais de que trata o art. 2o da Medida Provisória no 353,de 2007;

XXII - indicar, quando solicitado pela Advocacia-Geral daUnião ou pela VALEC - Engenharia Construções e Ferrovias S.A., osprepostos e testemunhas que tenham conhecimento do fato objeto daação judicial;

XXIII - dar continuidade à elaboração da folha de pagamentodo pessoal ativo, bem como aos procedimentos operacionais no quediz respeito à apuração da parcela sob encargo da União relativa-mente aos proventos de inatividade de que trata o inciso II do art. 118da Lei no 10.233, de 2001, até que a VALEC e o Ministério doPlanejamento, Orçamento e Gestão tenham concluído os trabalhos deabsorção dessas atividades em sistemas informatizados;

XXIV - transferir para a VALEC a documentação referenteaos contratos de trabalho dos empregados ativos mencionados noinciso I do caput do art. 17 da Medida Provisória no 353, de 2007;

XXV - fornecer à Advocacia-Geral da União e à VALEC oselementos necessários à defesa judicial dos seus interesses;

XXVI - liquidar as demais obrigações contratuais cujo valornão ultrapasse R$ 250.000,00 (duzentos e cinqüenta mil reais) eencaminhar à Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fa-zenda os processos relativos às obrigações com valor superior;

XXVII - adotar medidas visando promover as adaptaçõesnecessárias no Regulamento do Serviço Social das Estradas de Ferro- SESEF, em decorrência da extinção da RFFSA;

XXVIII - elaborar proposta de estrutura organizacional defuncionamento das unidades regionais da Inventariança e submeter àaprovação do Ministério dos Transportes;

XXIX - promover, em conjunto com o Ministério do Pla-nejamento, Orçamento e Gestão, a atualização dos dados cadastrais deaposentados e pensionistas sob responsabilidade da extinta RFFSA;

XXX - dar prosseguimento ao pagamento das obrigações daextinta RFFSA junto à Fundação Rede Ferroviária de SeguridadeSocial - REFER, referentes às contribuições dos empregados já des-ligados em virtude de adesão a planos de incentivo ao desligamentovoluntário, nos quais a extinta RFFSA obrigou-se a mantê-los nacondição de participantes ativos, pelo prazo pactuado;

XXXI - proceder ao encerramento dos registros da extintaRFFSA junto aos órgãos públicos federais, estaduais e municipais; e

XXXII - desempenhar outras funções que lhe forem atri-buídas pelo Ministério dos Transportes.

Parágrafo único. O Inventariante poderá delegar atribuiçõescontidas neste artigo.

Art. 4o Os cargos em comissão do Grupo-Direção e As-sessoramento Superiores - DAS criados pelo art. 23 da Medida Pro-visória no 353, de 2007, ficam assim distribuídos:

I - no Ministério dos Transportes, para exercício na Inven-tariança: um DAS 101.6, para o cargo de Inventariante, quatro as-sessores diretos, DAS 102.5, a serem indicados, respectivamente,pelos titulares dos Ministérios do Planejamento, Orçamento e Gestão,da Fazenda e dos Transportes e da Advocacia-Geral da União, bemcomo nove DAS 101.4, dezesseis DAS 101.3, treze DAS 101.2 evinte e quatro DAS 101.1;

II - na Advocacia-Geral da União, para o desempenho dasatividades decorrentes do disposto no inciso I do art. 2o da MedidaProvisória no 353, de 2007: um DAS 101.5, dois DAS 101.4, cincoDAS 101.3 e dezenove DAS 101.2; e

III - no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão,para a realização das atividades decorrentes do disposto no art. 118 daLei no 10.233, de 2001, bem como de outras relativas à incorporaçãoao patrimônio da União de imóveis não-operacionais oriundos daextinta RFFSA: dois DAS 101.5, seis DAS 101.4, sete DAS 101.3,quatro DAS 101.2 e dezesseis DAS 101.1.

Art. 5o Durante o processo de inventariança serão transferidos:

I - à Advocacia-Geral da União, na qualidade de repre-sentante judicial da União, à medida que forem requisitados, os ar-quivos e acervos documentais relativos às ações judiciais, em que aextinta RFFSA seja autora, ré, assistente, opoente ou terceira in-teressada, que estejam tramitando em qualquer instância, inclusiveaquelas em fase de execução, ressalvado o disposto no inciso II doart. 17 da Medida Provisória no 353, de 2007;

II - à Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda:

a) as obrigações financeiras decorrentes de financiamentoscontraídos pela extinta RFFSA com instituições nacionais e inter-nacionais;

b) os haveres financeiros e demais créditos da extinta RFFSAperante terceiros;

c) as obrigações decorrentes de tributos; e

d) as obrigações contratuais com valores superiores a R$250.000,00 (duzentos e cinqüenta mil reais);

<!ID68184-0> DECRETO No- 6.018, DE 22 DE JANEIRO DE 2007

Regulamenta a Medida Provisória no 353,de 22 de janeiro de 2007, que dispõe sobreo término do processo de liquidação e aextinção da Rede Ferroviária Federal S.A. -RFFSA, altera dispositivos da Lei no

10.233, de 5 de junho de 2001, e dá outrasprovidências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuiçõesque lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, alínea “a”, da Constituição,e tendo em vista o disposto na Medida Provisória no 353, de 22 dejaneiro de 2007,

D E C R E T A :

Art. 1o Compete ao Ministério dos Transportes a coorde-nação e a supervisão dos procedimentos administrativos relativos àInventariança da extinta Rede Ferroviária Federal S.A. - RFFSA.

Art. 2o As atividades da Inventariança serão conduzidas porInventariante indicado pelo Ministro de Estado dos Transportes, paraocupar cargo em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Su-perior, DAS 101.6.

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Nº 15-A, segunda-feira, 22 de janeiro de 2007 13ISSN 1677-7042

III - ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão:

a) a documentação e as informações sobre os bens imóveisnão-operacionais oriundos da extinta RFFSA transferidos à União;

b) a base de dados cadastrais dos imóveis não-operacionaisoriundos da extinta RFFSA transferidos à União, para fins de inclusãono sistema informatizado da Secretaria do Patrimônio da União; e

c) a gestão da complementação de aposentadoria instituídapela Lei no 8.186, de 21 de maio de 1991, e pela Lei no 10.478, de 28de junho de 2002, bem como os respectivos acervos documentais, emconsonância com o disposto no art. 118 da Lei no 10.233, de 2001;

IV - ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional- IPHAN:

a) os bens móveis de valor artístico, histórico e cultural,oriundos da extinta RFFSA; e

b) os convênios firmados com entidades de direito público ouprivado que tenham por objeto a exploração e administração de museusferroviários e de outros bens de interesse artístico, histórico e cultural;

V - ao DNIT:

a) a propriedade dos bens móveis e imóveis operacionais daextinta RFFSA;

b) os bens móveis não-operacionais utilizados pela Admi-nistração Geral e Escritórios Regionais, ressalvados aqueles neces-sários às atividades da Inventariança;

c) os demais bens móveis não-operacionais, incluindo trilhos,material rodante, peças, partes e componentes, almoxarifados e su-catas, que não tenham sido destinados a outros fins, considerando odisposto na Medida Provisória no 353, de 2007;

d) o acervo documental e sistemas informatizados referentesàs alíneas “a”, “b” e “c”, mediante termo específico a ser firmadocom a Inventariança, dando ciência à Agência Nacional de Trans-portes Terrestres - ANTT, por força do disposto no §4o do art. 82 daLei no 10.233, de 2001; e

e) as informações e documentos referentes aos Termos deAjuste de Conduta (TAC), celebrados entre a extinta RFFSA e oMinistério Público;

VI - à VALEC:

a) os contratos de trabalho dos empregados ativos do quadropróprio da extinta RFFSA, na forma do disposto no inciso I do caputdo art. 17 da Medida Provisória no 353, de 2007, bem como osdocumentos necessários à gestão da respectiva folha de pagamento;

b) as informações e os documentos referentes às ações ju-diciais referidas no inciso II do caput do art. 17 da Medida Provisóriano 353, de 2007; e

c) o acervo documental e demais informações referentes aopatrocínio da REFER, nos termos do art. 18 da Medida Provisória no

353, de 2007;

VII - à ANTT, os contratos de arrendamento e demais in-formações necessárias às atividades de gestão dos referidos contratos,mediante termo específico a ser firmado com a Inventariança, dandociência ao DNIT, por força do disposto no § 4o do art. 82 da Lei no

10.233, de 2001.

Art. 6o O termo de entrega provisório previsto no art. 21 daMedida Provisória no 353, de 2007, será formalizado quando houverurgência na entrega, em razão da necessidade de proteção ou ma-nutenção do imóvel, regularização dominial ou interesse público.

§ 1o A formalização referida no caput será feita com baseem ato fundamentado da autoridade competente, e o instrumentodeverá conter cláusula resolutiva para o caso de necessidade ou in-teresse público superveniente.

§ 2o Após a celebração do termo de entrega provisório, oMinistério do Planejamento, Orçamento e Gestão adotará as pro-vidências necessárias à substituição por instrumento definitivo.

§ 3o Fica autorizada a substituição dos contratos de utilizaçãode imóveis não-operacionais oriundos da extinta RFFSA, celebradoscom órgãos e entidades públicas federais, estaduais, do Distrito Fe-deral e municipais, por termos de entrega ou contratos de cessão deuso, mantendo-se as condições originalmente pactuadas.

§ 4o Fica autorizada a substituição dos contratos de utilizaçãode imóveis não-operacionais oriundos da extinta RFFSA, celebradoscom particulares, por contratos de cessão de uso, mantendo-se ascondições originalmente pactuadas, quando não colidirem com osinteresses da União ou com as normas vigentes.

§ 5o O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestãoadotará providências para regularização fundiária, urbanística e am-biental e a destinação dos imóveis não-operacionais de que trata esteDecreto, excetuando-se aqueles previstos no § 2o do art. 6o da MedidaProvisória no 353, de 2007, podendo, para tanto, celebrar contrato deprestação de serviços técnicos especializados.

Art. 7o O IPHAN deverá solicitar ao Ministério do Pla-nejamento, Orçamento e Gestão a cessão de uso dos imóveis queforem de seu interesse, para o cumprimento do disposto no art. 9o daMedida Provisória no 353, de 2007.

Parágrafo único. O IPHAN poderá solicitar a cessão de bensimóveis de valor artístico, histórico e cultural, para utilização poroutras entidades de direito público ou privado com o objetivo deperpetuar a memória ferroviária e contribuir para o desenvolvimentoda cultura e do turismo.

Art. 8o Cabe à Secretaria do Tesouro Nacional receber e darquitação das parcelas oriundas dos contratos de arrendamento firmadospela extinta RFFSA, e informar à ANTT eventuais inadimplências.

Parágrafo único. No caso dos pagamentos relativos às par-celas de arrendamentos referidas no inciso III do caput do art. 6o daMedida Provisória no 353, de 2007, a Secretaria do Tesouro Nacionalprovidenciará a transferência dos respectivos valores ao FC e daráconhecimento ao agente operador.

Art. 9o Os processos relativos ao reconhecimento de dívidasoriundas da extinta RFFSA serão obrigatoriamente instruídos com:

I - declaração expressa do Inventariante quanto à certeza,liquidez e exatidão das obrigações;

II - original ou cópia autenticada da documentação com-probatória da dívida; e

III - manifestação da Secretaria Federal de Controle Interno,da Controladoria-Geral da União, sobre a regularidade das contra-tações e a exatidão dos valores devidos, quando o montante forsuperior a R$ 250.000,00 (duzentos e cinqüenta mil reais).

Art. 10. Ato do Ministro de Estado da Fazenda disciplinará oFundo Contingente da Extinta RFFSA - FC, de que trata o art. 5o daMedida Provisória no 353, de 2007.

§ 1o A Caixa Econômica Federal é designada o agente ope-rador do FC, e será responsável pela elaboração do seu regulamento,que conterá as normas e os procedimentos para o seu funcionamento.

§ 2o As disponibilidades financeiras do FC serão depositadasna Conta Única do Tesouro Nacional.

§ 3o A remuneração da Caixa Econômica Federal pela pres-tação dos serviços relativos à operacionalização do FC será definidaem ato do Ministro de Estado da Fazenda.

§ 4o A Caixa Econômica Federal prestará contas trimes-tralmente ao Ministério da Fazenda, até o trigésimo dia útil após oencerramento do trimestre, das operações realizadas sob sua res-ponsabilidade.

Art. 11. As despesas com regularização, administração, ava-liação e venda dos imóveis de que trata o inciso IV do caput do art.5o da Medida Provisória no 353, de 2007, correrão à conta do FC.

§ 1o A Caixa Econômica Federal disponibilizará pessoal ca-pacitado e suficiente para a pronta conclusão das regularizações,avaliações e vendas referidas no caput.

§ 2o A Caixa Econômica Federal procederá à regularizaçãodos títulos dominiais dos imóveis vinculados ao FC, perante os ór-gãos administrativos federais, estaduais, do Distrito Federal ou mu-nicipais, Cartórios de Notas e Cartórios de Registro de Imóveis,mantendo a Secretaria do Patrimônio da União informada sobre oandamento dos trabalhos.

Art. 12. Os pagamentos a cargo do FC serão realizadosexclusivamente por solicitações encaminhadas à Caixa EconômicaFederal, por intermédio:

I - da VALEC, nos casos previstos no inciso II do art. 5o daMedida Provisória no 353, de 2007, acompanhada da respectiva de-cisão judicial; e

II - da Advocacia-Geral da União, nos casos previstos noinciso III do art. 5o da Medida Provisória no 353, de 2007, acom-panhada da respectiva decisão judicial.

Parágrafo único. As demais hipóteses de pagamento serãodisciplinadas no regulamento do FC.

Art. 13. O prazo para a conclusão dos trabalhos de inven-tariança será de um ano, contado da data de publicação deste Decreto,podendo ser prorrogado, a critério do Ministro de Estado dos Trans-portes, mediante proposta do Inventariante.

Art. 14. Os Ministérios das Cidades e dos Transportes, aCaixa Econômica Federal e o IPHAN, por intermédio do Grupo deTrabalho instituído em 30 de junho de 2004, analisarão as demandasde que tratam os arts. 13 e 14 da Medida Provisória no 353, de 2007,para operacionalização da alienação e regularização dos imóveis não-operacionais, com observância ao disposto no Convênio celebrado em11 de maio de 2004 e seus termos aditivos.

Art. 15. Em todos os atos ou operações, o Inventariantedeverá usar a denominação “Inventariante da extinta Rede FerroviáriaFederal S.A. - RFFSA”.

Art. 16. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 22 de janeiro de 2007; 186o da Independência e11 9 o da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVAGuido MantegaPaulo Sérgio Oliveira PassoJoão Bernardo de Azevedo BringelÁlvaro Augusto Ribeiro Costa

<!ID68185-0> DECRETO No- 6.019, DE 22 DE JANEIRO DE 2007

Institui o Fórum Nacional da PrevidênciaSocial e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuiçãoque lhe confere o art. 84, inciso VI, alínea “a”, da Constituição,

D E C R E T A :

Art. 1o Fica instituído, no âmbito do Ministério da Pre-vidência Social, o Fórum Nacional da Previdência Social - FNPS,com as seguintes finalidades:

I - promover o debate entre os representantes dos traba-lhadores, dos aposentados e pensionistas, dos empregadores e doGoverno Federal com vistas ao aperfeiçoamento e sustentabilidadedos regimes de previdência social e sua coordenação com as políticasde assistência social;

II - subsidiar a elaboração de proposições legislativas e nor-mas infra-legais pertinentes; e

III - submeter ao Ministro de Estado da Previdência Social osresultados e conclusões sobre os temas discutidos no âmbito do FNPS.

Art. 2o O FNPS será composto por representantes indicadospelos seguintes segmentos:

I - do Governo Federal, representado pelos seguintes órgãos:

a) Ministério da Previdência Social;

b) Casa Civil da Presidência da República;

c) Ministério do Trabalho e Emprego;

d) Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão;

e) Ministério da Fazenda;

f) Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; e

g) Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, da Pre-sidência da República;

II - dos trabalhadores ativos, aposentados e pensionistas,representados pelos seguintes órgãos:

a) Central Autônoma de Trabalhadores - CAT;

b) Central Geral dos Trabalhadores - CGT;

c) Central Geral de Trabalhadores do Brasil - CGTB;

d) Central Única dos Trabalhadores - CUT;

e) Confederação Brasileira de Aposentados, Pensionistas eIdosos - COBAP.

f) Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura -C O N TA G ;

g) Força Sindical - FS;

h) Nova Central Sindical de Trabalhadores - NCST; e

i) Social Democracia Social - SDS;

III - dos empregadores, representados pelos seguintes órgãos:

a) Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Bra-sil - CNA;

b) Confederação Nacional do Comércio - CNC;

c) Confederação Nacional das Instituições Financeiras - CNF;

d) Confederação Nacional da Indústria - CNI; e

e) Confederação Nacional do Transporte - CNT.

§ 1o O FNPS será presidido pelo Ministro de Estado daPrevidência Social e secretariado pelo Secretário de Políticas de Pre-vidência Social do Ministério da Previdência Social, o qual tambémterá direito a voz e voto.

§ 2o Os membros do FNPS, sendo um titular e um suplentepor órgão ou entidade, serão designados pelo Ministro de Estado daPrevidência Social, mediante indicação:

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Nº 15-A, segunda-feira, 22 de janeiro de 200714 ISSN 1677-7042

I - dos titulares dos órgãos a que se refere o inciso I docaput deste artigo;

II - das entidades representativas de trabalhadores e de em-pregadores a que se referem os incisos II e III do caput deste artigo,observado o disposto no § 3o.

§ 3o As indicações de que trata o inciso II do § 2o deverãorecair em pessoas que exerçam cargos ou funções de relevância naentidade.

§ 4o O Ministro de Estado da Previdência Social poderá, sem-pre que necessário, convidar para participar das discussões represen-tantes dos Estados e do Distrito Federal, dos Municípios, de órgãos eentidades da administração pública federal, bem como dos PoderesLegislativo e Judiciário e de outras instituições públicas e privadas.

§ 5o Cada um dos órgãos ou entidades que compõem o FNPSresponsabilizar-se-á pelas despesas de deslocamento e estadia dosrespectivos representantes ou de participantes em eventuais comissõestécnicas especializadas que venham a ser instituídas, inclusive nacondição de assessores.

§ 6o A função de membro do FNPS não será remunerada,sendo seu exercício considerado de relevante interesse público.

Art. 3o O FNPS contará, para seu funcionamento, com oapoio institucional e técnico-administrativo da Secretaria de Políticasde Previdência Social do Ministério da Previdência Social.

Art. 4o O Ministro de Estado da Previdência Social aprovaráo regimento interno do FNPS.

Art. 5o O FNPS terá prazo de duração de seis meses a partirda data de sua instalação.

Art. 6o Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 22 de janeiro de 2007; 186o da Independência e11 9 o da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SIVLANelson Machado

§ 2o O liquidante, sem prejuízo das demais obrigações, in-cumbir-se-á das providências relativas à fiscalização orçamentária efinanceira da FRANAVE, nos termos da Lei no 6.223, de 14 de julhode 1975.

§ 3o Para os efeitos do disposto no § 2o, o liquidante seráassistido pela Controladoria-Geral da União.

Art. 4o O liquidante deverá apresentar ao Ministério do Pla-nejamento, Orçamento e Gestão, no prazo de até trinta dias contadosda data da Assembléia de sua nomeação, plano de trabalho contendocronograma de atividades da liquidação, prazo de execução e previsãode recursos financeiros e orçamentários para o cumprimento das me-tas estabelecidas, e a cada dois meses relatório de andamento dostrabalhos.

Art. 5o O liquidante poderá, nos termos da legislação vigente,compor equipe para assessorá-lo no desempenho de suas atribuições,mediante contratação de profissionais que detenham conhecimentosespecíficos nas áreas jurídicas, contábil, financeira, administrativa oude engenharia, devendo os nomes ser submetidos à aprovação préviado Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

Art. 6o Fica estendido ao liquidante da FRANAVE a vantagemde custeio de auxílio-moradia de que trata o Decreto no 3.255, de 19 denovembro de 1999, a partir da data de sua investidura no cargo.

Art. 7o As despesas referentes à liquidação correrão à contada própria FRANAVE e, complementarmente, do Ministério dosTr a n s p o r t e s .

Parágrafo único. Fica o Ministério dos Transportes auto-rizado a colocar à disposição do liquidante recursos oriundos dedotações orçamentárias consignadas em leis específicas, com a fi-nalidade de complementar as despesas de liquidação e de outrasobrigações da FRANAVE decorrentes de norma legal, de ato ad-ministrativo ou de contrato.

Art. 8o Fica o liquidante autorizado a implantar Programa deDesligamento Incentivado (PDI) para os empregados do quadro pró-prio da FRANAVE, observadas as condições a serem previamenteaprovadas pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

Art. 9o Em todos os atos e operações, o liquidante deveráutilizar a razão social da FRANAVE, seguida da expressão “emliquidação”.

Art. 10. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 22 de janeiro de 2007; 186o da Independência e11 9 o da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVAGuido MantegaPaulo Sérgio Oliveira PassosLuiz Fernando FurlanJoão Bernardo de Azevedo Bringel

<!ID68187-0> DECRETO No- 6.021, DE 22 DE JANEIRO DE 2007

Cria a Comissão Interministerial de Gover-nança Corporativa e de Administração deParticipações Societárias da União - CG-PAR, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuiçãoque lhe confere o art. 84, inciso VI, alínea “a”, da Constituição,

D E C R E T A :

Art. 1o Fica criada a Comissão Interministerial de Gover-nança Corporativa e de Administração de Participações Societárias daUnião - CGPAR, com a finalidade de tratar de matérias relacionadascom a governança corporativa nas empresas estatais federais e daadministração de participações societárias da União.

Parágrafo único. Para os fins deste Decreto, consideram-se:

I - empresas estatais federais: as empresas públicas, socie-dades de economia mista, suas subsidiárias e controladas e demaissociedades em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maio-ria do capital social com direito a voto;

II - participações: os direitos da União decorrentes da pro-priedade, direta ou indireta, do total ou de parcela do capital desociedades;

III - administração de participações: todas as atividades ad-ministrativas relacionadas ao exercício das funções de acionista, quo-tista ou proprietário do capital de empresas; e

IV - governança corporativa: conjunto de práticas de gestão,envolvendo, entre outros, os relacionamentos entre acionistas ou quo-tistas, conselhos de administração e fiscal, ou órgãos com funçõesequivalentes, diretoria e auditoria independente, com a finalidade deotimizar o desempenho da empresa e proteger os direitos de todas aspartes interessadas, com transparência e eqüidade, com vistas a ma-ximizar os resultados econômico-sociais da atuação das empresasestatais federais;

Art. 2o A CGPAR será composta pelos Ministros de Estado:

I - do Planejamento, Orçamento e Gestão, que a presidirá;

II - da Fazenda; e

III - Chefe da Casa Civil da Presidência da República.

§ 1o Poderão ser convidados a participar das reuniões daCGPAR, sem direito a voto, Ministros de Estado responsáveis pelasupervisão de empresas estatais com interesse nos assuntos objeto dedeliberação, bem como dirigentes e conselheiros de administração efiscal das empresas estatais federais e representantes de outros órgãosou entidades da administração pública federal, responsáveis por ma-térias a serem apreciadas.

§ 2o Os Ministros de Estado titulares da CGPAR serão subs-tituídos em suas ausências ou impedimentos pelos respectivos Se-cretários-Executivos.

§ 3o O Ministro de Estado do Controle e Transparênciaparticipará das reuniões da CGPAR quando constar da pauta do co-legiado o exercício da competência referida no inciso V do art. 3o

deste Decreto.

Art. 3o Compete à CGPAR:

I - aprovar diretrizes e estratégias relacionadas à participaçãoacionária da União nas empresas estatais federais, com vistas à:

a) defesa dos interesses da União, como acionista;

b) promoção da eficiência na gestão, inclusive quanto à ado-ção das melhores práticas de governança corporativa;

c) aquisição e venda de participações detidas pela União,inclusive o exercício de direitos de subscrição;

d) atuação das empresas estatais federais na condição depatrocinadoras de planos de benefícios administrados por entidadesfechadas de previdência complementar;

e) fixação da remuneração de dirigentes;

f) fixação do número máximo de cargos de livre provimento;

g) expectativa de retorno do capital dos investimentos comrecursos da União;

h) distribuição de remuneração aos acionistas; e

i) divulgação de informações nos relatórios da administraçãoe demonstrativos contábeis e financeiros, no caso das empresas pú-blicas e sociedades de capital fechado;

II - estabelecer critérios para avaliação e classificação das em-presas estatais federais, com o objetivo de traçar políticas de interesseda União, tendo em conta, dentre outros, os seguintes aspectos:

a) desempenho econômico-financeiro;

b) práticas adotadas de governança corporativa;

c) gestão empresarial;

d) setor de atuação, porte, ações negociadas em bolsas devalores nacionais e internacionais; e

e) recebimento de recursos do Tesouro Nacional a título dedespesas correntes ou de capital;

III - estabelecer critérios e procedimentos, a serem adotadospelos órgãos competentes, para indicação de diretores e dos represen-tantes da União nos conselhos de administração e fiscal das empresasestatais federais, observados, dentre outros, os seguintes requisitos:

a) capacitação técnica;

b) conhecimentos afins à área de atuação da empresa e àfunção a ser nela exercida; e

c) reputação ilibada;

IV - estabelecer diretrizes para a atuação dos representantesda União nos conselhos de administração e fiscal, ou órgãos comfunções equivalentes, das empresas estatais federais e de sociedadesem que a União participa como minoritária; e

V - estabelecer padrão de conduta ética dos representantes daUnião nos conselhos de administração e fiscal das empresas estataisfederais e de sociedades em que a União participa como minoritária,sem prejuízo das normas já definidas pela própria sociedade; e

VI - aprovar o seu regimento interno, mediante resolução.

Art. 4o Fica criado o Grupo Executivo, como unidade exe-cutiva de apoio técnico e administrativo da CGPAR, composto porum representante titular e respectivo suplente de cada órgão a seguirindicado:

I - Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, que ocoordenará;

<!ID68186-0> DECRETO No- 6.020, DE 22 DE JANEIRO DE 2007

Dispõe sobre a dissolução e liquidação daCompanhia de Navegação do São Francisco- FRANAVE.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuiçãoque lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vistao disposto nos arts. 4o, inciso V, e 24 da Lei no 9.491, de 9 desetembro de 1997, e

Considerando a Resolução CD/PND no 45, de 16 de marçode 1992, da Comissão Diretora do Programa Nacional de Deses-tatização - PND;

D E C R E T A :

Art. 1o Fica dissolvida a Companhia de Navegação do SãoFrancisco - FRANAVE, incluída no Programa Nacional de Desesta-tização - PND pelo Decreto no 99.666, de 1o de novembro de 1990.

Art. 2o A liquidação da FRANAVE far-se-á sob a supervisãodo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e observará, noque couber, as disposições da Lei no 8.029, de 12 de abril de 1990.

Art. 3o A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional convo-cará, no prazo de oito dias, contado da data de publicação desteDecreto, Assembléia-Geral de Acionistas, com a finalidade de:

I - nomear o liquidante, cuja escolha deverá recair em ser-vidor efetivo ou aposentado da Administração Pública Federal direta,autárquica ou fundacional, indicado pelo Ministro de Estado do Pla-nejamento, Orçamento e Gestão;

II - fixar o valor mensal da remuneração do liquidante, aíincluído o custeio do auxílio-moradia a que se refere o art. 6o;

III - declarar extintos os mandatos e cessada a investidura doPresidente, dos Diretores e dos membros dos Conselhos de Admi-nistração e Fiscal da Companhia, sem prejuízo da responsabilidadepelos respectivos atos de gestão e de fiscalização;

IV - nomear os membros do Conselho Fiscal, que deveráfuncionar durante o processo de liquidação da Companhia, dele fa-zendo parte um representante da Secretaria do Tesouro Nacional doMinistério da Fazenda, um do Ministério dos Transportes e um doMinistério do Planejamento, Orçamento e Gestão, que o presidirá; e

V - fixar o prazo máximo de cento e oitenta dias para aconclusão do processo de liquidação, que poderá ser prorrogado, acritério do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, me-diante proposta motivada do liquidante.

§ 1o A convocação de que trata este artigo far-se-á mediantepublicação, com antecedência mínima de oito dias da realização daAssembléia, no Diário Oficial da União e em jornal de grande cir-culação na cidade em que a FRANAVE tenha a sua sede, de editalcontendo local, data, hora e ordem do dia.

Page 15: Pac Diario Oficial

Nº 15-A, segunda-feira, 22 de janeiro de 2007 15ISSN 1677-7042

II - Ministério da Fazenda; e

III - Casa Civil da Presidência da República.

§ 1o Os representantes serão indicados pelos titulares dosrespectivos órgãos, no prazo de quarenta e cinco dias, a contar da datade publicação deste Decreto, e designados pelo Ministro de Estado doPlanejamento, Orçamento e Gestão.

§ 2o O Grupo Executivo reunir-se-á, ordinariamente, uma vezpor mês e, extraordinariamente, sempre que convocado pelo seu co-o r d e n a d o r.

§ 3o O coordenador do Grupo Executivo deverá convocarrepresentante da Secretaria de Orçamento Federal, do Ministério doPlanejamento, Orçamento e Gestão, sempre que o objeto de deli-beração das reuniões envolver empresas estatais federais dependentes,na forma definida pelo inciso III do art. 2o da Lei Complementar no

101, de 4 de maio de 2000, ou quando tratar de transferência derecursos do Tesouro Nacional para cobertura de despesas de capital.

§ 4o O coordenador do Grupo Executivo poderá convidarrepresentantes de entidades públicas ou privadas para participar desuas reuniões.

Art. 5o Compete ao Grupo Executivo:

I - formular propostas de diretrizes globais e estratégias parasubmeter à apreciação da CGPAR;

II - acompanhar a implementação das diretrizes e estratégiasaprovadas pela CGPAR;

III - propor a realização de reuniões da CGPAR; e

IV - apoiar, de forma administrativa e logística, a realizaçãodas reuniões da CGPAR.

Parágrafo único. Quando se tratar de matérias específicas deórgãos da administração pública federal não citados neste Decreto, oparecer do Grupo Executivo será acompanhado de avaliação técnicado respectivo órgão.

Art. 6o A CGPAR e o Grupo Executivo poderão instituircomissões temáticas, de caráter temporário, destinadas ao estudo e àelaboração de propostas sobre matérias específicas.

§ 1o O ato de instituição de comissão temática estabeleceráseus objetivos específicos, sua composição e prazo para apresentaçãode resultados.

§ 2o Poderão ser convidados a participar dos trabalhos dascomissões temáticas representantes de órgãos, de entidades públicasou privadas, de empresas estatais e dos Poderes Legislativo e Ju-diciário.

Art. 7o A CGPAR deliberará por consenso, mediante resolução.

Parágrafo único. As deliberações da CGPAR serão prece-didas de pareceres técnicos do Grupo Executivo.

Art. 8o As empresas estatais federais e os órgãos da ad-ministração pública federal deverão fornecer informações ou estudosrequisitados pela CGPAR e pelo Grupo Executivo.

Art. 9o Tendo em vista o disposto no art. 8o-C da Lei no

9.028, de 12 de abril de 1995, a CGPAR poderá recomendar aoAdvogado-Geral da União a avocação, a integração ou a coordenaçãodos trabalhos a cargo de órgão jurídico de empresa estatal, na defesados interesses da União e em hipóteses que possam trazer reflexos denatureza econômica, ainda que indiretos, ao erário federal.

Art. 10. Compete aos dirigentes de órgãos da administraçãopública federal e aos representantes da União nos conselhos de ad-ministração e fiscal das empresas estatais federais, respeitadas suasatribuições legais e estatutárias, adotar as medidas necessárias à ob-servância das diretrizes e estratégias da CGPAR.

Parágrafo único. O Procurador da Fazenda Nacional, nasassembléias de acionistas ou nas deliberações dos sócios das so-ciedades controladas diretamente pela União, bem assim os repre-sentantes dessas nas assembléias ou reuniões das respectivas sub-sidiárias e controladas, observarão as diretrizes e estratégias ema-nadas da CGPAR nas matérias que dependam de deliberação deassembléia ou reunião, nos termos das Leis nos 6.404, de 15 dedezembro de 1976, 10.406, de 10 de janeiro de 2002, e demaislegislações de regência.

Art. 11. A atuação no âmbito da CGPAR e do Grupo Exe-cutivo não enseja qualquer remuneração para seus membros e ostrabalhos nela desenvolvidos são considerados prestação de relevanteserviço público.

Parágrafo único. Eventuais despesas com a execução do dis-posto neste Decreto, inclusive as decorrentes de deslocamentos dosmembros da CGPAR e do Grupo Executivo, correrão à conta doMinistério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

Art. 12. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 22 de janeiro de 2007; 186o da Independência e11 9 o da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVAGuido MantegaJoão Bernardo de Azevedo BringelDilma Rousseff

<!ID68188-0> DECRETO No- 6.022, DE 22 DE JANEIRO DE 2007

Institui o Sistema Público de EscrituraçãoDigital - Sped.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuiçãoque lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e considerandoo disposto no art. 37, inciso XXII, da Constituição, nos arts. 10 e 11da Medida Provisória no 2.200-2, de 24 de agosto de 2001, e nos arts.219, 1.179 e 1.180 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002,

D E C R E T A :

Art. 1o Fica instituído o Sistema Público de EscrituraçãoDigital - Sped.

Art. 2o O Sped é instrumento que unifica as atividades derecepção, validação, armazenamento e autenticação de livros e do-cumentos que integram a escrituração comercial e fiscal dos em-presários e das sociedades empresárias, mediante fluxo único, com-putadorizado, de informações.

§ 1o Os livros e documentos de que trata o caput serãoemitidos em forma eletrônica, observado o disposto na Medida Pro-visória no 2.200-2, de 24 de agosto de 2001.

§ 2o O disposto no caput não dispensa o empresário e a so-ciedade empresária de manter sob sua guarda e responsabilidade os li-vros e documentos na forma e prazos previstos na legislação aplicável.

Art. 3o São usuários do Sped:

I - a Secretaria da Receita Federal do Ministério da Fazenda;

II - as administrações tributárias dos Estados, do DistritoFederal e dos Municípios, mediante convênio celebrado com a Se-cretaria da Receita Federal; e

III - os órgãos e as entidades da administração pública fe-deral direta e indireta que tenham atribuição legal de regulação, nor-matização, controle e fiscalização dos empresários e das sociedadesempresárias.

§ 1o Os usuários de que trata o caput, no âmbito de suasrespectivas competências, deverão estabelecer a obrigatoriedade, pe-riodicidade e prazos de apresentação dos livros e documentos, poreles exigidos, por intermédio do Sped.

§ 2o Os atos administrativos expedidos em observância aodisposto no § 1º deverão ser implementados no Sped concomitan-temente com a entrada em vigor desses atos.

§ 3o O disposto no § 1o não exclui a competência dos usuá-rios ali mencionados de exigir, a qualquer tempo, informações adi-cionais necessárias ao desempenho de suas atribuições.

Art. 4o O acesso às informações armazenadas no Sped deveráser compartilhado com seus usuários, no limite de suas respectivascompetências e sem prejuízo da observância à legislação referente aossigilos comercial, fiscal e bancário.

Parágrafo único. O acesso previsto no caput também serápossível aos empresários e às sociedades empresárias em relação àsinformações por eles transmitidas ao Sped.

Art. 5o O Sped será administrado pela Secretaria da ReceitaFederal com a participação de representantes indicados pelos usuáriosde que tratam os incisos II e III do art. 3o.

§ 1o Os usuários do Sped, com vistas a atender o disposto no§ 2o do art. 3o, e previamente à edição de seus atos administrativos,deverão articular-se com a Secretaria da Receita Federal por in-termédio de seu representante.

§ 2o A Secretaria da Receita Federal, sempre que necessário,poderá solicitar a participação de representantes dos empresários edas sociedades empresárias, bem assim de entidades de âmbito na-cional representativas dos profissionais da área contábil, nas ativi-dades relacionadas ao Sped.

Art. 6o Compete à Secretaria da Receita Federal:

I - adotar as medidas necessárias para viabilizar a implan-tação e o funcionamento do Sped;

II - coordenar as atividades relacionadas ao Sped;

III - compatibilizar as necessidades dos usuários do Sped; e

IV - estabelecer a política de segurança e de acesso às in-formações armazenadas no Sped, observado o disposto no art. 4o.

Art. 7o O Sped manterá, ainda, funcionalidades de uso ex-clusivo dos órgãos de registro para as atividades de autenticação delivros mercantis.

Art. 8o A Secretaria da Receita Federal e os órgãos a que se refereo inciso III do art. 3o expedirão, em suas respectivas áreas de atuação,normas complementares ao cumprimento do disposto neste Decreto.

§ 1o As normas de que trata o caput relacionadas a leiautese prazos de apresentação de informações contábeis serão editadasapós consulta e, quando couber, anuência dos usuários do Sped.

§ 2o Em relação às informações de natureza fiscal de in-teresse comum, os leiautes e prazos de apresentação serão estabe-lecidos mediante convênio celebrado entre a Secretaria da ReceitaFederal e os usuários de que trata o inciso II do art. 3°.

Art. 9o Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 22 de janeiro de 2007; 186º da Independência e119º da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVABernard Appy

<!ID68189-0> DECRETO No 6.023, DE 22 DE JANEIRO DE 2007

Altera o art. 2o do Decreto no 5.602, de 6 dedezembro de 2005, que regulamenta o Pro-grama de Inclusão Digital instituído pela Leino 11.196, de 21 de novembro de 2005.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição quelhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o dis-posto no § 1o do art. 28 da Lei no 11.196, de 21 de novembro de 2005,

D E C R E T A :

Art. 1o O art. 2o do Decreto no 5.602, de 6 de dezembro de2005, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 2o .....................................................................................

...........................................................................................................

II - R$ 4.000,00 (quatro mil reais), no caso do incisoII do caput do art. 1o;

III - R$ 4.000,00 (quatro mil reais), no caso dossistemas contendo unidade de processamento digital, mo-nitor, teclado e mouse de que trata o inciso III do caput doart. 1o; e

...............................................................................................” (NR)

Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 22 de janeiro de 2007; 186º da Independência e119º da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVAGuido Mantega

<!ID68190-0>

DECRETO Nº 6.024, DE 22 DE JANEIRO DE 2007

Altera as alíquotas do Imposto sobre Pro-dutos Industrializados - IPI incidentes sobreos produtos que menciona.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuiçãoque lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vistao disposto no art. 4º, inciso I, do Decreto-Lei no 1.199, de 27 dedezembro de 1971,

D E C R E T A :

Art. 1º Fica reduzida a zero as alíquotas do Imposto sobreProdutos Industrializados - IPI incidente sobre os produtos classi-ficados na posição 72.16 da Tabela de Incidência do Imposto sobreProdutos Industrializados - TIPI, aprovada pelo Decreto nº 6.006, de28 de dezembro de 2006.

Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 22 de janeiro de 2007; 186º da Independência e119º da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVAGuido Mantega

Page 16: Pac Diario Oficial

Nº 15-A, segunda-feira, 22 de janeiro de 200716 ISSN 1677-7042

DESPACHOS DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA<!ID68199-0>

MENSAGEM

Nº 29, de 22 de janeiro de 2007. Encaminhamento ao Congresso Na-cional do texto da Medida Provisória nº 346, de 22 de janeiro de 2007.

Nº 30, de 22 de janeiro de 2007. Encaminhamento ao Congresso Na-cional do texto da Medida Provisória nº 347, de 22 de janeiro de 2007.

Nº 31, de 22 de janeiro de 2007. Encaminhamento ao Congresso Na-cional do texto da Medida Provisória nº 348, de 22 de janeiro de 2007.

Nº 32, de 22 de janeiro de 2007. Encaminhamento ao Congresso Na-cional do texto da Medida Provisória nº 349, de 22 de janeiro de 2007.

Nº 33, de 22 de janeiro de 2007. Encaminhamento ao Congresso Na-cional do texto da Medida Provisória nº 350, de 22 de janeiro de 2007.

Nº 34, de 22 de janeiro de 2007. Encaminhamento ao Congresso Na-cional do texto da Medida Provisória nº 351, de 22 de janeiro de 2007.

Nº 35, de 22 de janeiro de 2007. Encaminhamento ao Congresso Na-cional do texto da Medida Provisória nº 352, de 22 de janeiro de 2007.

Nº 36, de 22 de janeiro de 2007. Encaminhamento ao Congresso Na-cional do texto da Medida Provisória nº 353, de 22 de janeiro de 2007.

Nº 37, de 22 de janeiro de 2007. Encaminhamento ao CongressoNacional do texto do projeto de lei complementar que “Fixa normaspara a cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e osMunicípios, nas ações administrativas decorrentes do exercício dacompetência comum relativas à proteção das paisagens naturais no-táveis, à proteção do meio ambiente, ao combate à poluição emqualquer de suas formas e à preservação das florestas, da fauna e daflora, previstas no art. 23, incisos III, VI e VII, da Constituição”.

Nº 38, de 22 de janeiro de 2007. Encaminhamento ao CongressoNacional do texto do projeto de lei complementar que “Acrescedispositivo à Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000”

Nº 39, de 22 de janeiro de 2007. Encaminhamento ao CongressoNacional do texto do projeto de lei que “Altera dispositivos da Lei nº8.666, de 21 de junho de 1993, que regulamenta o art.37, XXI, daConstituição, institui normas para licitações e contratos da Admi-nistração Pública, e dá outras providências”.

Nº 40, de 22 de janeiro de 2007. Encaminhamento ao CongressoNacional do texto do projeto de lei que “Dispõe sobre o valor dosalário mínimo a partir de 2007 e estabelece diretrizes para a suapolítica de valorização de 2008 a 2023”.

Nº 41, de 22 de janeiro de 2007. Encaminhamento ao CongressoNacional do texto do projeto de lei que “Altera os arts. 2º e 3º da Leinº 11.439, de 29 de dezembro de 2006, que dispõe sobre as diretrizespara a elaboração da Lei Orçamentária de 2007”.

Presidência da República.

<!ID68397-0>

DECRETO No- 6.025, DE 22 DE JANEIRO DE 2007

Institui o Programa de Aceleração do Cres-cimento - PAC, o seu Comitê Gestor, e dáoutras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuiçãoque lhe confere o art. 84, incisos VI, alínea “a”, da Constituição,

D E C R E T A :

Art. 1o Fica instituído o Programa de Aceleração do Cres-cimento - PAC, constituído de medidas de estímulo ao investimentoprivado, ampliação dos investimentos públicos em infra-estrutura evoltadas à melhoria da qualidade do gasto público e ao controle daexpansão dos gastos correntes no âmbito da Administração PúblicaFederal.

Parágrafo único. Para os efeitos do disposto neste Decreto, asmedidas integrantes do PAC serão discriminadas pelo Comitê Gestordo Programa de Aceleração do Crescimento - CGPAC.

Art. 2o O PAC será acompanhado e supervisionado peloCGPAC, com o objetivo de coordenar as ações necessárias à suaimplementação e execução.

Art. 3o O CGPAC será integrado pelos titulares dos seguintesó rg ã o s :

I - Casa Civil da Presidência da República, que o coor-denará;

II - Ministério da Fazenda; eIII - Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

Art. 4o Fica instituído o Grupo Executivo do Programa deAceleração do Crescimento - GEPAC, vinculado ao CGPAC, com oobjetivo de consolidar as ações, estabelecer metas e acompanhar osresultados de implementação e execução do PAC, integrado pelosseguintes órgãos:

I - Subchefia de Articulação e Monitoramento da Casa Civilda Presidência da República;

II - Secretaria de Orçamento Federal do Ministério do Pla-nejamento, Orçamento e Gestão;

III - Secretaria de Planejamento e Investimentos Estratégicosdo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão;

IV - Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fa-zenda; e

V - Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fa-zenda.

§ 1o Os membros do GEPAC serão designados pelo Ministro

de Estado Chefe da Casa Civil da Presidência da República, mediante

indicação dos respectivos titulares do CGPAC.

§ 2o Cabe à Subchefia de Articulação e Monitoramento exer-

cer as atividades de Secretaria-Executiva do GEPAC.

§ 3o A Secretaria-Executiva do GEPAC poderá convidar para

participar de suas reuniões representantes de outros órgãos ou en-

tidades do Poder Público, cujas atribuições guardem relação com a

execução de seus trabalhos.

§ 4o As funções dos membro do CGPAC e do GEPAC não

serão remuneradas, sendo seu exercício considerado de relevante in-

teresse público.

Art. 5o O CGPAC e o GEPAC contarão, para seu funcio-

namento, com o apoio institucional e técnico-administrativo da Casa

Civil da Presidência da República.

Art. 6o Este Decreto entra em vigor na data de sua pu-

blicação.

Brasília, 22 de janeiro de 2007; 186o da Independência e

11 9 o da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

Guido Mantega

Paulo Bernardo Silva

Dilma Rousseff