p r o d u t i v i d a d e francisco c. damante produtividade, qualidade e flexibilidade q p...

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P R O D U T I V I D A D E P R O D U T I V I D A D E Francisco C. Damante

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P R O D U T I V I D A D EP R O D U T I V I D A D E

Francisco C. Damante

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Produtividade, Qualidade e Produtividade, Qualidade e FlexibilidadeFlexibilidade

QQPP

2000199019701910

ECONOMIA DE ESCALA ECONOMIA

DESESCALA

Q

PPQ

P

D > OD > O D = OD = O D < OD < O

D = demandaO = oferta

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Forças de MercadoForças de Mercado

2000199019701910

A ERA DAPRODUTIVIDADE

A ERA DAQUALIDADE

A ERA DAFLEXIBILIDADE

= DEMANDA

= OFERTA

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O Sistema de Entradas e SaídasO Sistema de Entradas e Saídas

AMBIENTE

INPUTS

OUTPUTS

AMBIENTE

Funções deTransformação

Mão-de-Obra

Materiais

Energia

Capital

OutrosInsumos

PRODUTOS

SERVIÇOS

Fronteira do Sistema

OBJETIVO DO SISTEMA = SAÍDAS ÚTEIS

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EFICÁCIA E EFICIÊNCIAEFICÁCIA E EFICIÊNCIA

ESTRATÉGIAESTRATÉGIA = política de longo prazo. É não repetitiva, irreversível.Sua medida é a EFICÁCIAEFICÁCIA (o quão próximo se chegou dos objetivos previamente estabelecidos)

TÁTICATÁTICA = política de curto e médio prazo. É repetitiva, reversível.Sua medida é a EFICIÊNCIAEFICIÊNCIA (é a relação entre o que se obteve (output) e o que se consumiu na sua produção (input), medidos na mesma unidade). Em sentido amplo, temos:

= output / inputExemplosExemplos: a)a) sistemas de engenharia: transformador recebe 850 kwh de energia e envia 830 kwh => = 830 / 850 = 0,98 = 98%

b)b) sistema econômico: empresa incorre em custos de $ 150.000,00 para gerar receita de $ 170.000,00 => = 170.000,00 / 150.000,00 = 1,17 ou 117%

Em sentido estrito: = produção real / produção padrão TEMPO PADRÃOTEMPO PADRÃO = tempo que um colaborador, devidamente treinado e

qualificado leva para executar, em um ritmo normal, uma determinada operação, utilizando-se de um método determinadoO tempo para executar uma operação é uma medida de EFICIÊNCIA.

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Definição:Definição:

O conceito amplo de eficiência é pouco operacional secomparado com o conceito de produtividade. Dado um sistema de produção/serviço, onde insumos são

combinados para fornecer uma saída, a PRODUTIVIDADEPRODUTIVIDADE refere-se ao maior ou menor aproveitamento dos recursosnesse processo de produção/serviço, ou seja, diz respeito a quanto se produz partindo de uma certa quantidade de recursos.

Neste sentido, um crescimento da produtividade implica em:

um melhor aproveitamento de funcionários, máquinas, energia e combustíveis consumidos, de matéria prima,

etc.

PRODUTIVIDADEPRODUTIVIDADE

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Saídas úteisProdutividade =

Recursos produtivos mensuráveis

Ex.:Ex.: - Quantidade de peças/homem- Litros/hora- Toneladas de ferro/turno de produção * nº de

pessoas- ton. de produto/kwh- Toneladas de cereal por hectare- Quantidade de atendimento por enfermeira- etc.

Produtividade Parcial:Produtividade Parcial: é a relação entre o produzido e o consumido de um dos insumos (recursos) utilizados. Ex.: produtividade da mão-de-obra; produtividade do capital, etc.Produtividade Total:Produtividade Total: é a relação entre o output total e a soma de todos os fatores de input, refletindo o impacto conjunto de todos os fatores de input na produção do output

PRODUTIVIDADEPRODUTIVIDADE Formulação geral da produtividadeFormulação geral da produtividade

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PRODUTIVIDADEPRODUTIVIDADE Mecanismo da influência da produtividadeMecanismo da influência da produtividade

CUSTOS

COMPETITIVIDADE

CRESCIMENTO

LUCRO

PRODUTIVIDADE

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Interação entre os critérios de performance

SE O SEU SISTEMASE O SEU SISTEMAORGANIZACIONAL ÉORGANIZACIONAL É

ELE SERÁ MUITOELE SERÁ MUITOPROVAVELMENTEPROVAVELMENTE

ELE TERÁELE TERÁQUEQUE

PARA OBTER DEPARA OBTER DE MODO DURÁVELMODO DURÁVEL

EFICAZEFICAZ

EFICIENTEEFICIENTE

QUALIDADEQUALIDADE

PRODUTIVOPRODUTIVO LUCRATIVIDADELUCRATIVIDADE

SOBREVIVÊNCIASOBREVIVÊNCIACRESCIMENTOCRESCIMENTORECOMPENSARECOMPENSADAS PARTESDAS PARTES

MANTERMANTERQUALIDADEQUALIDADE

DE VIDADE VIDAE INOVARE INOVAR

EE

E SEUS PRODUTOS, SERVIÇOSE SEUS PRODUTOS, SERVIÇOSE PROCESSOS ATENDEM ÀSE PROCESSOS ATENDEM ÀSASPIRAÇÕES DOS ASPIRAÇÕES DOS CLIENTESCLIENTES

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Conceitos Relacionados à Conceitos Relacionados à ProdutividadeProdutividade

CI = CACAPICADADE INSTALADACI = CACAPICADADE INSTALADAHOC = HORAS OCIOSAS POR CONTINGÊNCIAHOC = HORAS OCIOSAS POR CONTINGÊNCIAHMD = HORAS-MÁQUINA DISPONÍVEIS HMD = HORAS-MÁQUINA DISPONÍVEIS HO = HORAS OCIOSASHO = HORAS OCIOSASHMI = HORAS-MÁQUINA IMPRODUTIVASHMI = HORAS-MÁQUINA IMPRODUTIVASHMP = HORAS-MÁQUINA PRODUTIVASHMP = HORAS-MÁQUINA PRODUTIVASHPR = HORAS PERDIDAS POR REFUGO = HMP x %RHPR = HORAS PERDIDAS POR REFUGO = HMP x %RCU = CAPACIDADE ÚTILCU = CAPACIDADE ÚTIL

10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

CICI

HMDHMD

HMPHMP

CUCU

HOCHOC

HOHOHMIHMI

% horas perdidas% horas perdidaspor refugopor refugo

HPRHPR

OBS.: no caso de operações manuais, devemos substituir HM (hora-máquina) por HH (hora-homem)OBS.: no caso de operações manuais, devemos substituir HM (hora-máquina) por HH (hora-homem)

Fonte: MARQUES, Joambell M. Produtividade. São Paulo: Edicon, 1996

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Conceitos Relacionados à Conceitos Relacionados à ProdutividadeProdutividade

CI = no. máquinas instaladas x no. meses/ano x no. dias/mês x no. horas/diaobs.: grupo de máquinas de mesmas características tecnológicas e/ou mesma capacidade; considerar todos

os dias do ano (sáb., dom. e feriados) e disponibilidade de 24 horas/dia HOC = são HM/HH não utilizadas por contingências legais (sáb.,dom. e feriados; refeições)

e contingências técnicas (manutenções programadas, mudanças, etc.) HMD = no. máquinas instaladas x no. dias/mês x no. horas/dia HO = são HM/HH não utilizadas por falta de programação de produçãoobs.: corresponde às horas paradas, muitas vezes programadas pela empresa (folga normativa) para atender

eventuais picos de demanda HMI = são aquelas horas em que a máquina ou a MOD não está produzindo em razão da

ocorrência de perturbações (ruídos), como set-up, trocas, testes, etc. HMP = são as horas efetivamente utilizadas na produção de bens, seja com boa ou má

produtividade, incluindo aquelas utilizadas durante a produção de peças defeituosas HPR (horas perdidas por refugo) = HMP x % de refugo HMU (horas-máquina úteis) = HMP - HPR CU = representa a ocupação da capacidade instalada ou das HMD durante a qual a

máquina está efetivamente produzindo peças boasCU(%) = [HMD -(HPR + HMI + HO)] / HMD

ouCU(h) = HMP - HPR = HMU

OBS.: no caso de operações manuais, devemos substituir HM (hora-máquina) por HH (hora-homem)OBS.: no caso de operações manuais, devemos substituir HM (hora-máquina) por HH (hora-homem)

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Conceitos Relacionados à Conceitos Relacionados à ProdutividadeProdutividade

PERTURBAÇÕES (ou RUÍDOS)

As perturbações geram as horas improdutivas, afetando tanto HM como HH. São causadas pelos mais variados motivos:

troca de modelo manutenção falta de energia falta de material ajuste ou reajuste de máquina limpeza falta de operador alimentação de máquinas testes etc.

Para controle das perturbações / ruídos, requer-se forte ação gerencial

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Considerações para análise da Considerações para análise da produtividadeprodutividade

Para uma análise adequada da produtividade, deveremos considerar o percentual de HMD durante o qual a máquina está efetivamente operando, incluindo o tempo de produção de peças defeituosas.

Assim, na prática, a diferença em relação a 100% corresponde às HMI e às HO. Para eliminação/redução das HO, as providências devem partir da Área Comercial.

Assim, para a Área Industrial, HO = 0 (zero). Lembremos que as HOC são resultantes de contingências legais (sábados, domingos,

feriados, manutenções programadas, etc.). Portanto, também deverão ser desconsideradas. Assim, temos:

10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

HMDHMD

HMPHMP

CUCU

HMIHMI

% horas perdidas% horas perdidaspor refugopor refugo

HPRHPR

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Estudo de TemposEstudo de Tempos

Estudo de Tempo é dividido, em geral, em 3 fases: tempos de processos, tempos de operações e tempos de movimentos

TARIFA = tempo requerido para fazer uma operação Deve ser precedido sempre pela análise do MÉTODO O valor da tarifa, no sistema sexagesimal é expresso em minutos de

trabalho e, no sistema centesimal, em horas/ “x” peças (“x” = 1000; 100, etc.)Fórmulas:

sistema centesimal: tempo normal (minutos) x fator de fadiga ------------------------------------------------ = horas por peça 60 minutos sistema sexagesimal: tempo normal (segundos) x fator de fadiga ------------------------------------------------ = minutos por peça 60 segundos

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Tempo PadrãoTempo Padrão

Horas teóricas necessárias (HT): representam o número total de HM ou HH necessárias para obtenção da produção programada, sem perturbações e sem refugos e/ou reprocesso (retrabalho).

Tempo Padrão (TP): quando consideradas as horas teóricas necessárias para um lote padrão de peças (ex.: 1000 peças), estas passam a se chamar TP.

TP = TN + TOLERÂNCIAS TN = tempo normal = tempo cronometrado x fator de ritmo (ou utilizando-se o sistema

pré-determinado, i.é., sem cronometragem) TOLERÂNCIAS = fator de fadiga + necessidades pessoais Portanto: TP = (tempo cronometrado x fator de ritmo) + tolerâncias Obs.: a) TP só pode ser determinado após otimização do MÉTODO de trabalho, conforme

já vimos b) para máquinas automáticas, utiliza-se o TP próprio da máquina (especificação do

fabricante), pois não tem sentido o ritmo Conclusão: HT = TP x programa de produção (em quantidades) Fator de Refugo (FR): representa as HP (horas produtivas) adicionais às HT para cobrir

a % refugo/retrabalho (= R%) de cada item (FR >= 1,0) Lembramos que: R = índice de refugo = [100% /(100% - R%)]

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Eficiência Técnica e Eficiência Eficiência Técnica e Eficiência HomemHomem

Eficiência Técnica (ET): representa o percentual das HMD durante a qual a máquina está efetivamente operando, seja com boa ou má produtividade, incluindo o tempo de produção de peças defeituosas. A diferença em relação à 100% corresponde às HMI e às HO.

Para eliminação/redução das HO, as providências devem partir da Área Comercial, razão pela qual consideraremos HO = 0 (zero)

Assim: ET = [(HMD - HMI) / HMD] x 100, sendo 0 <= ET <= 1 Eficiência Homem (EH): é a velocidade de trabalho do operador em relação ao TP

(tempo padrão) Assim: EH = {[TP(h/1000 pç.) x Q(unidades)] / HP(h)} x 100 horas teóricas da produção HT Rendimento da MOD = n = ------------------------------ = -------- x 100 tempo produtivo+improdut. HP+HI Considerando os refugos, temos: n = [HT / (HP + HPxFR + HI)] x 100 Uma vez conhecidos os dados reais relativos ao processo (HP, HI e FR), os mesmos

serão utilizados no dimensionamento da MOD Pela análise da EH e do n, fica fácil identificar as causas que poderão provocar

baixa produtividade

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Taxa de Utilização e Análise das Taxa de Utilização e Análise das PerdasPerdas

total de horas reais necessárias Taxa de Utilização (TU) = ------------------------------------ x 100 no. homens-hora disponíveis por período Análise das Perdas

Para analisarmos as perdas referentes aos processos, devemos calcular os valores dos parâmetros EH, HI, FR e HO.

Horas ReaisNecessárias

Valor (horas reais) % em relação às horasreais necessárias

% em relação àshoras disponíveis

Total horas teóricas(1)

Perda por HI (2)

Perda por EH (3)

Perda por refugo (4)

Total perdas (5) = (1) +(2) + (3) + (4)Horas reais necessárias(6) = (1 ) + (5)Perda por HO (7)

Total perdas (8)=(5)+(7)

Total horas disponíveis(8) = (5) + (7)

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Eficiência Efetiva e Carga MáquinaEficiência Efetiva e Carga Máquina

Eficiência Efetiva (EE): indica a eficiência resultante do sistema homem-máquina, isto é,

o rendimento desse sistema. Assim: EE(%) = EH(%) x ET(%)

Obs.: este conceito é muito importante para o cálculo da carga-máquina Carga-Máquina (CM): indica o número de horas-máquina que a(s) máquina(s) deve(m)

operar para que seja possível a obtenção do programa mensal. Representa a ocupação da máquina ou grupo de máquinas, variável em função da programação mensal, FR, ET e EH.

CM é calculada multiplicando-se as horas-máquina teóricas necessárias (HT) de cada item pelo fator de refugo (FR) correspondente, somando-se a totalidade dos itens e dividindo-se pela eficiência efetiva (EE) do binômio homem-máquina

Assim: [HT(h) x FR(%)] CM= ---------------------

EE(%)Obs.: no caso de máquina totalmente automática substitui-se EE por ET

Número de máquinas necessárias (NM) = CM / HMD Ocupação (Ocup) = [total horas necessárias/HMD x no. máq.] x 100 Fator de Perdas (FP) = [CM(h) - HT(h)] / HT(h)

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Eliminação de Perdas e DesperdíciosEliminação de Perdas e Desperdícios Na área industrial ou de serviços, normalmente ocorrem atividades improdutivas que consomem recursos da empresa e não produzem ou diminuem o output esperado Numa empresa as atividades são basicamente de 2 tipos: Operações sem valor agregado: que constituem desperdícios/perdas e, portanto, devem ser imediatamente eliminadas ou minimizadas, vez que os consumidores não desejam pagar

por elas Operações que agregam valor: são as operações de transformação, montagem, serviços, melhoria da qualidade, etc. que são efetivamente utilizadas na obtenção do produto/serviço.

Essas operações modificam o produto/serviço final e são atividades que o consumidores/clientes estão dispostos a pagar Vimos que:

OUTPUT

PRODUTIVIDADE = ----------

INPUT Em decorrência das atividades improdutivas, parte dos INPUTS são consumidos pelas perdas/desperdícios, não constituindo valor agregado Chama-se de INPUT EFICAZ ao grau de aproveitamento de um dado INPUT Assim:

OUTPUT

PRODUTIVIDADE = -------------------------------

INPUT EFICAZ + PERDAS

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Perdas no Sistema Toyota de ProduçãoPerdas no Sistema Toyota de Produção No Sistema Toyota de Produção, as perdas são agrupadas em 7 categorias: Perdas por superprodução: superprodução é a produção massificada (sistema taylorista) =>o que se recomenda é a produção em lotes

pequenos, de acordo com os pedidos do cliente, no momento necessário (produção just-in-time) Perdas por espera: set-up; manutenção (máquinas e/ou ferramentas); troca de modelos; falta de energia; falta de material; limpeza da

máquina; alimentação com matéria-prima; etc. => MPT (manutenção produtiva total); troca-rápida; programa 5S; etc. Perdas decorrentes de transporte: transporte de materiais não agrega valor => adoção de “super-mercados” na produção Perdas decorrentes do processo: envolvem o sistema homem-máquina => metodologia 5W-1H (what, who, where, when, why e how) Perdas decorrentes do estoque em processo: estoque excessivo causa desperdício pelo aumento do inventário => pequenos lotes (JIT),

com controle por cartão kanban, de acordo com as necessidades dos clientes Perdas decorrentes por movimentos desnecessários: os movimentos são decorrentes do método => regras de economia de

movimentos (uso do corpo e disposição do local de trabalho e ferramentas) e automação Perdas por produtos defeituosos: peças defeituosas causam o desperdício de insumos diversos => técnicas preventivas de qualidade

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Outras Perdas Associadas àOutras Perdas Associadas à Produção/Serviços Produção/Serviços

Fator tecnologia: conjunto de conhecimentos que se aplicam a um determinado setor. Está associado ao grau de automação. Quanto mais automatizado for um processo (administrativo ou produtivo), mais avançada é a tecnologia

Fator desempenho: desempenho = f (habilidade x motivação e habilidade x esforço)

Variáveis ambientais: poluição sonora, temperatura, iluminação e cores no ambiente de trabalho Fadiga Stress Etc.

ALTAPRODUTIVIDADE

BAIXAPRODUTIVIDADE

ESFORÇO FÍSICOESFORÇO FÍSICO

HA

BIL

IDA

DE

HA

BIL

IDA

DE

ALT0

ALTA

BAIXABAIXO

ALTAPRODUTIVIDADE

BAIXAPRODUTIVIDADE

MOTIVAÇÃOMOTIVAÇÃO

HA

BIL

IDA

DE

HA

BIL

IDA

DE

ALTA

ALTA

BAIXABAIXA

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As quatro formas clássicas deAs quatro formas clássicas dese aumentar a produtividadese aumentar a produtividade

Produtividade é produzirmos mais com cada vez menos recursos a um custo cada vez menor Vimos que: Bens e/ou serviços produzidos Q

PRODUTIVIDADE = -------------------------------------------------------------------- = --- MOD + MP + Capital + Energia + Área + Tecnologia + Serviços I Podemos considerar, também, a seguinte relação: Bens e/ou serviços produzidos Q

PRODUTIVIDADE = ----------------------------------- = --- Custo Total CT Quatro possibilidades para se aumentar a produtividade: 1a.) aumentando Q e diminuindo I 2a.) mantendo Q e diminuindo I 3a.) aumentando Q e mantendo I 4a.) aumentando Q e aumentando I, porém, o incremento de Q é mais do que proporcional ao incremento de I

OUTPUT Vimos, também, que: PRODUTIVIDADE = -------------------------------

INPUT EFICAZ + PERDAS Assim, precisamos estudar como alavancar os inputs para a eliminação das perdas / desperdícios

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Providências para o aumento da Providências para o aumento da ProdutividadeProdutividade

Genericamente, o aumento da produtividade é conseqüência de providências nos seguintes aspectos: melhorar os recursos ou meios de produção otimizar as condições do ambiente de trabalho otimizar a tecnologia eliminar os desperdícios de matéria-prima, de energia e de tempo utilizar lay-out racional melhorar os métodos de trabalho minimizar as perturbações do sistema homem-máquina preocupação com as condições de saúde e vitalidade da mão-de-obra preocupação com as condições de higiene e segurança no trabalho preocupação com o desenvolvimento da mão-de-obra, visando torná-la mais competente e comprometida etc. CONCLUSÃO:CONCLUSÃO: a obtenção de melhores resultados, através da produtividade, depende do planejamento, organização e implantação de ações na empresa

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Aumento da disponibilidade da Capacidade Aumento da disponibilidade da Capacidade Útil, antes e após a alavancagem da Útil, antes e após a alavancagem da

ProdutividadeProdutividade

100%

90%

80%

70%

60%

50%

40%

30%

20%

10%

0%

Capacidade efetivamenteutilizada

CA

PA

CID

AD

E D

ISPO

NÍV

EL

(em

HM

D)

ANTES DA ALAVANCAGEMDOS INPUTS

APÓS A ALAVANCAGEMDOS INPUTS

Capacidade em evolução,após início da mudança via

alavancagem da produtividade

PERDA DE 10%

PERDA DE 40%

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Alavancagem do insumo Mão-de-Obra Alavancagem do insumo Mão-de-Obra DiretaDireta

Lembremos que: FP = Fator de Perdas = [CM(h) - HT(h)] / HT(h) Como: [HT(h) x FR(%)]

CM= --------------------- EE(%) Assim, para reduzir-se as perdas, medidas pelas horas improdutivas, tem-se de aumentar a EH (eficiência homem) e a ET (eficiência técnica), bem como

diminuir o FR (fator de refugo) Podemos alavancar a produtividade do insumo MDO das seguintes formas: redução ou eliminação das HI (horas improdutivas), para aumento da ET, com eliminação de paralizações do operador melhoria do MÉTODO de trabalho, para aumento da EH e redução de FR aumento do RITMO, para aumento da EH Na determinação do MÉTODO para o sistema homem-máquina, deve-se cuidar para a avaliação correta da capabilidade das máquinas envolvidas (Cpk > 1,33) Para as MÁQUINAS, sempre que possível, adotar no processo de racionalização mecanizações de baixo custo Para o HOMEM, racionalizar o MÉTODO, visando que o mesmo dispenda o menor esforço possível, dentro de condições ambientais adequadas A MOD deve ser selecionada e adequadamente atualizada (treinamento e desenvolvimento); além disso, a empresa deve promover a QVT (qualidade de vida no

trabalho) visando a obtenção de seu comprometimento e motivação

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Alavancagem do insumo Máquinas e Alavancagem do insumo Máquinas e EquipamentosEquipamentos Tecnologia

Set-up e troca rápida (padronizar dispositivos,promovendo intercambiabilidade) Maximizar a ET (eficiência técnica) => manter controle rigoroso das HI para análise das causas e tomada de ações corretivas Avaliação da capabilidade da máquina (Cpk > 1,33) Racionalizar o lay-out Reduzir o consumo de energia (sistemas informatizados para controle) Automatizar, sempre que possível, os sub-sistemas da máquina que requeiram movimentos manuais por parte do operador Implementar plano de manutenção produtiva total (TPM) Eliminar as condições inseguras Utilizar cores adequadas Etc. Seleção de máquinas: Q1 = poucas trocas e lotes pequenos; máquinas não automatizadas Q2 = muitas trocas e lotes pequenos; máquinas semi-automáticas Q3 = muitas trocas e lotes grandes; máquinas automáticas Q4 = poucas trocas e lotes grandes; máquinas automáticas

Q3Q4

Q1 Q2

MIX DE PRODUTOSMIX DE PRODUTOS

VO

LU

ME D

EV

OLU

ME D

EP

RO

DU

ÇÃ

OP

RO

DU

ÇÃ

O

ALTO

ALTO

BAIXOBAIXO

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Alavancagem do insumo Matéria-PrimaAlavancagem do insumo Matéria-Prima Tecnologia do processo Projetar racionalmente o produto com a utilização da Engenharia Simultânea Utilização de metodologias como DOE (Design of Experiments); DFMA (Design for Manufacturing and

Assembling), etc., objetivando redução do refugo, maior confiabilidade do processo e redução do custo Análise da especificação da MP e utilização de global sourcing para sua aquisição (menor custo) Adoção do sistema JIT (just in time) / kanban, para redução do nível de estoque de MP Redução do refugo, com a utilização das ferramentas da qualidade Racionalizar embalagens e os meios de transporte Praticar o programa 5 S Fluxograma para otimização da utilização da MP:

Matérias-Primas

Estoque

ProduçãoMP obsoleta

ou sobras

Vendas

Devoluções Campo Venda a 3os.

ProdutosRefugados

MPs Refugadas

Análise

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Alavancagem dos inputs: recursos Alavancagem dos inputs: recursos financeiros; inventários e ativos fixos financeiros; inventários e ativos fixos

RECURSOS ALAVANCAGEM

RECURSOS FI NANCEI ROS1 – Contas a receber2 – menos contas a pagar3 – Contas líquidas a receber4 – Outros ativos correntes

Sempre que possível, utilizar-se daalavancagem financeira

I NVENTÁRI OS1 – Estoque de produtos acabados2 – Estoque de itens em processo3 – Estoque de matéria-prima

Adotar: FMS (Flexible ManufacturingSystem); J I T (just in time) e globalsourcing

ATI VOS FI XOS1 – Terrenos e edif ícios2 – Máquinas3 - Equipamentos

1 – maior taxa de ocupação (output/ m2)2 – vide item anterior3 – menor investimento possível

MÁQUINA = todo sistema cuju output é um componente ou Produto (ex.: prensa, injetora,torno, etc.)EQUIPAMENTO = todo sistema cujo output é um SERVIÇO (ex.: empilhadeira, instrumento demedição, etc.)

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Controle das Horas Improdutivas (HI)Controle das Horas Improdutivas (HI) Objetivo: a partir de equipes multifuncionais e do PDCA (Plan-Do-Check-

Action) ou MASP (Metodologia de Análise e Solução de Problemas), devemos selecionar as causas mais prováveis de perturbação e priorizar aquelas mais relevantes para a tomada de ações

SITUAÇÃOATUAL:

OCORRÊNCIADEHI

OBJETIVOOU METADESEJADA

PERTURBAÇÃOENFOCADA

SELEÇÃO DE 10-15CAUSAS POSSÍVEIS

PRIORIZAÇÃO PORGRAU DE IMPACTO

DDCC

AA PP

PRIORIZAÇÃO POR GRAU DE IMPACTO NO RESULTADO

CAUSA CAMPEÃIMPLEMENTAR

A AÇÃOCORRETIVA

ALTERNATIVAPARA ANÁLISE

FUTURA

ABANDONAR,NUM PRIMEIRO

MOMENTO

REAVALIARPOSSIBILI-

DADES

PRIORIZAÇÃO PORPRIORIZAÇÃO PORGRAU DE IMPACTO NO RESULTADOGRAU DE IMPACTO NO RESULTADO

PO

TEN

CIA

LP

OTEN

CIA

LP

AR

A S

OLU

ÇÃ

OP

AR

A S

OLU

ÇÃ

OD

O P

RO

BLEM

AD

O P

RO

BLEM

A

ALTA

ALTO

BAIXOBAIXA

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Planilha - Histórico de PerturbaçõesPlanilha - Histórico de Perturbações