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VIDEO PARA TODOS Bem Te Vi NCE-ECA/USP MinC

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VIDEO PARA TODOS

Bem Te ViNCE-ECA/USPMinC

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AULA 2Gravar: o quê e para quê?

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Nesta Aula:

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O que é um documentário?REGISTRO + CONSTRUÇÃO NARRATIVA

= DOCUMENTÁRIO

isto é:

O REGISTRO, que é o conjunto de imagens, editadas ou não, que uma câmera capta durante um tempo determinado;

mais

A CONSTRUÇÃO NARRATIVA, que é a maneira como o autor da produção organiza as cenas gravadas numa ordem lógica

em função da mensagem que ele quer transmitir

resulta no

FORMATO DOCUMENTÁRIO

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Quais são as principais funções de um documentário?

O uso documental do vídeo pode se prestar a diversas funções ou finalidades.

Aqui destacamos quatro delas:

1.DIDÁTICA

2.INSTITUCIONAL

3.IDEOLÓGICA

4.POÉTICA

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FUNÇÃO DIDÁTICAO documentário didático tem a função de ensinar e instruir em

situações de complementação ou substituição do professor.

Ele pode ser concebido “informalmente” a partir de um tema instigante e atual, ou sob demanda para um curso ou programa de ensino presencial ou a distância.

Em quaisquer dos casos, a preocupação do documentarista recai sobre (a) a carga de informação transmitida, (b) a clareza dos conceitos expostos e (c) a abordagem pedagógica com que os fatos são apresentados.

Busca-se, antes de tudo, a compreensão do espectador dentro de uma dinâmica de ensino-aprendizagem.

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FUNÇÃO INSTITUCIONALO documentário institucional busca promover empresas ou instituições,

que podem ser públicas, privadas ou do Terceiro Setor.

Promover, no caso, é apresentar a instituição a partir (evidentemente) de seus pontos mais marcantemente positivos. Neste ponto, a linguagem do documentário institucional se aproxima da Propaganda.

Independentemente do tipo de instituição, a preocupação do documentarista recai sobre

(a) o histórico da instituição, sua trajetória de desenvolvimento; (b) seus êxitos e conquistas mais significativos; (c) os aspectos humanos nas relações internas — entre funcionários e

dirigentes — e externas — entre a instituição e a comunidade (ou o mercado).

Busca-se assim, não apenas informar, mas construir uma imagem midiática favorável da instituição.

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FUNÇÃO IDEOLÓGICAO documentário ideológico parte de uma visão bem definida da realidade para

conscientizar, convencer ou mesmo doutrinar os espectadores.

Não por acaso, o audiovisual tornou-se uma “arma” a serviço de numerosas causas, e as técnicas desenvolvidas pela narrativa do documentário ideológico também fazem parte do repertório da Propaganda.

Neste caso, o documentarista se preocupa com:(f) incutir o sentido de “missão a ser cumprida” que inclui o espectador na

questão abordada e exigindo, em maior ou menor grau, que ele se posicione;(g) demonstrar pela argumentação as razões pelas quais o lado defendido é o

melhor, o mais justo;(h) afetar emocionalmente o espectador, minimizando seu ceticismo crítico e

propiciando que ele se identifique em nível pessoal com a causa defendida.

Busca-se aqui criar simpatizantes ou mesmo defensores engajados numa proposta de ação social, principalmente de natureza política ou religiosa.

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FUNÇÃO POÉTICAO documentário poético pode ser considerado o exercício máximo da

expressão individual do documentarista.

Ainda que ao autor possa desfrutar de grande liberdade na interpretação e representação dos fatos, ele não pode cruzar a linha que define o gênero não-ficcional: não se inventam pessoas ou situações, mostram-se as que realmente existem.

A preocupação do “documentarista-poeta” recai sobre (a) a concepção artística da obra, enfatizando o acabamento cuidadoso na

fotografia, luz e som;(b) o viés emotivo e sensorial que se quer despertar no espectador, ao invés da

argumentação lógica que normalmente caracteriza a mensagem nos demais tipos;

(c) o caráter único e diferenciado eu ser quer atribuir á obra, evitando os clichês e a padronização inerentes ao modelo seriado.

Busca-se impressionar, comover, marcar por meio da imagem e do áudio a consciência do espectador, oferecendo muitas vezes a “experiência” de assistir um audiovisual que não se prende à mensagem do texto escrito.

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Do ponto de vista dar realização, há inúmeros formatos de documentários possíveis, inclusive os “híbridos” (misturando elementos de um tipo e de outro) e “inclassificáveis”, como os experimentais e aqueles que inserem elementos de ficção.

Por razões didáticas simplificaremos aqui as opções propondo os seguintes gêneros:

e. PROPAGANDA INSTITUCIONAL/IDEOLÓGICAf. DIDÁTICO-CIENTÍFICO g. SOCIOLÓGICOh. ETNOGRÁFICO i. JORNALÍSTICOj. POÉTICO

Em quais diferentes sub-gêneros os documentários podem ser classificados?

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PROPAGANDA INSTITUCIONAL E/OU IDEOLÓGICA

Na prática, os documentários institucionais e ideológicos, confundem-se técnica e esteticamente com os filmes publicitários.

Diferentemente do que acontece na Publicidade & Propaganda, nem sempre é fácil de identificar o “patrocinador” da produção.

Exemplos: O TRIUNFO DA VONTADE de Leni Riefenstahl

(Alemanha, 1935, P&B, 114 min.) e FAHRENHEIT 9/11 de Michael Moore (EUA, 2004, Cor, 116 min.).

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DIDÁTICO-CIENTÍFICO

Os documentários didático-científicos cumprem o mesmo papel das revistas de divulgação científica: traduzem as descobertas da ciência para o nível de entendimento do espectador mediano.

Existem canais especializados neste tipo de produção que pode, ou não, ser exibida em séries ou temporadas.

Exemplos: COSMOS de Carl Sagan e Anne Druyan (EUA,

1980, Cor, 13 episódios) e JAMES CAMERON’S EXPEDITION: BISMARCK de James Cameron (EUA, 2000, Cor, 90 min.).

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SOCIOLÓGICO

Um bom documentário sociológico apresenta informações objetivas na mesma medida em que instiga à reflexões mais profundas quem o assiste.

De forma diversa do que ocorre geralmente no gênero didático-científico, as informações não são oferecidas sem questionamentos e apontando para uma conclusão mais ou menos fechada.

Exemplos: O CÁRCERE E A RUA de Liliana Sulzbach

(Brasil, 2005, Cor, 85 min.) e NÓS QUE AQUI ESTAMOS POR VÓS ESPERAMOS de Marcelo Masagão (Brasil, 1998, Cor, 73 min.).

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ETNOGRÁFICO

Muito próximo da proposta do documentário Sociológico, o subgênero Etnográfico distingue-se por ser mais denotativo, buscando apresentar a realidade de forma mais direta e objetiva (mais documento, menos comentário).

Exemplos: TORNALLOM de Enric Penris e Videohackers (Espanha, 2003, Cor, 48 min.) HIP HOP COM DENDÊ de Fabíola Aquino e Lílian Machado (Brasil, 2009, Cor, 17 min.).

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JORNALÍSTICO

O jornalismo se define, em todas as linguagens, pelo seu objeto-gerador: a notícia.

Esta, por sua vez, envolve novidade/atualidade dos fatos,veracidade comprovada e importância — medida pelo interesse que desperta na maioria das pessoas.

Exemplos: Cine-jornal CANAL 100 de Primo Carbonari, exibido nos cinemas (e mais tarde, na TV) de 1957 a 2000 e o programa GLOBO REPÓRTER, no ar desde 1971 talvez o exemplo mais duradouro e imitado de teledocumentário jornalístico no Brasil.

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POÉTICO

o documentário poético define-se por sua função: um produto artístico.

Talvez por este motivo ele possa ser considerado o subgênero de menor interesse comercial (ao lado do Etnográfico).

De um modo geral, ele pode dar a impressão de que “as imagens falam por si” escamoteando a sofisticação da linguagem.

Exemplos: KOYAANISQATSI de Godfrey Reggio (EUA, 1983, Cor, 87 min.) e BARAKA de Ron Fricke (EUA, 1992, Cor, 100 min.).

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Fim da Aula II

ATENÇÃO:Não deixe de baixar o caderno

EXERCÍCIOS e responder as questões!

Tenha um excelente curso!

A Coordenação

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Fonte

Os conteúdos desta aula foram produzidos pelos Profs. Drs.Marciel Consani e Paulo Teles, colaboradores do NCE-ECA/USP.

Para eventual reprodução, solicitar permissão via e-mail para [email protected] e [email protected]