ozonioterapia no tratamento da Úlcera crÔnica de …...3.4 tipos de participantes • pessoas com...

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  • OZONIOTERAPIA NO TRATAMENTO DA ÚLCERA

    CRÔNICA DE MEMBROS INFERIORES

    Revisão Sistemática

    CENTRO COCHRANE DO BRASIL

    Rua Borges Lagoa, 564 Conj. 63

    Vila Clementino - São Paulo – SP

    CEP: 04038-000

    Fone/Fax: (011) 5575-2970

    E-mail: [email protected]

    Home Page: www.centrocochranedobrasil.org

    OZONIOTERAPIA NO TRATAMENTO DA ÚLCERA

    CRÔNICA DE MEMBROS INFERIORES

    Revisão Sistemática de Literatura

    2013

    www.centrocochranedobrasil.org

    OZONIOTERAPIA NO TRATAMENTO DA ÚLCERA

    CRÔNICA DE MEMBROS INFERIORES

    e Literatura

  • Revisão Sistemática | Centro Cochrane do Brasil

    Página 1 de 30

    Sumário

    Resumo ..................................................................................................................... 3

    1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 4

    2 OBJETIVOS ........................................................................................................... 7

    3 MÉTODOS ............................................................................................................. 8

    3.1 Desenho do estudo ....................................................................................................................... 8

    3.2 Local ............................................................................................................................................. 8

    3.3 Critérios da seleção dos estudos para a revisão ......................................................................... 8

    3.4 Tipos de participantes ................................................................................................................... 8

    3.5 Tipos de Intervenção .................................................................................................................... 8

    3.6 Tipos de Desfechos ...................................................................................................................... 8

    3.7 Estratégia de Busca para identificação dos Estudos ................................................................... 9

    3.8 Extração de dados e Avaliação da qualidade metodológica ...................................................... 10

    3.9 Análise e apresentação dos resultados ...................................................................................... 12

    3.10 Potenciais conflitos de interesses: ........................................................................................... 12

    4 RESULTADOS ..................................................................................................... 13

    4.1 Resultado da Estratégia de Busca ............................................................................................. 13

    4.2 Estudos Incluídos ....................................................................................................................... 14

    4.2.1 Di Paolo 2005 ................................................................................................. 14

    4.2.2 Martínez-Sánchez 2005 ..................................................................................... 15

    4.2.3 Wainstein 2011 ............................................................................................... 16

    4.3 Estudos excluídos ....................................................................................................................... 17

    4.4 Qualidade dos estudos incluídos ................................................................................................ 17

    4.5 Características dos Pacientes estudados .................................................................................. 18

    4.6 Tipos de intervenções ................................................................................................................. 18

    4.7 Efeito das intervenções .............................................................................................................. 19

    4.8 Segurança da intervenção .......................................................................................................... 21

    5 DISCUSSÃO ........................................................................................................ 22

    6 CONCLUSÕES .................................................................................................... 23

    7 REFERÊNCIAS .................................................................................................... 26

  • Revisão Sistemática | Centro Cochrane do Brasil

    Página 2 de 30

    OZONIOTERAPIA NO TRATAMENTO DA ÚLCERA

    CRÔNICA DE MEMBROS INFERIORES

    Revisão Sistemática de Literatura

    2013

    PERGUNTA

    A ozonioterapia é efetiva e segura no tratamento da

    úlcera crônica de membros inferiores?

  • Revisão Sistemática | Centro Cochrane do Brasil

    Página 3 de 30

    Resumo

    Contexto: As úlceras crônicas de membros inferiores representam um problema

    de saúde pública e um desafio para controle e tratamento. Os principais tipos de

    úlcera são as venosas, isquêmicas, de pressão e diabetes.

    Objetivos: Determinar a efetividade e segurança da ozonioterapia no tratamento

    da úlcera crônica de membros inferiores

    Métodos: Revisão sistemática, segundo a metodologia da Colaboração Cochrane.

    Foram incluídos apenas ensaios clínicos randomizados que testaram a

    ozonioterapia isolada ou associada comparada a placebo ou outra opção de

    tratamento ativo.

    Resultados principais: A busca de literatura localizou 67 referencia, e destas

    apenas três estudos preencheram os critérios de inclusão, um de ozonioterapia em

    úlcera isquêmica e dois para úlceras diabéticas. Os estudos eram heterogêneos no

    modo de aplicação da terapia com ozônio, numero de sessões, duração do

    tratamento, e descrição de desfechos, impossibilitando a realização de

    metanálises.

    Conclusões: Existem evidências de baixa qualidade metodológica que o

    tratamento com ozônio pode ser efetivo e seguro no tratamento de úlceras crônicas

    de MMII relacionadas à diabetes e a insuficiência arterial periférica. Não foram

    localizadas evidências sobre a efetividade da ozonioterapia no tratamento de

    úlceras venosas.

  • Revisão Sistemática | Centro Cochrane do Brasil

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    1 INTRODUÇÃO

    As úlceras crônicas são definidas como feridas que não conseguiram progredir no

    processo reparador para produzir a integridade anatômica e funcional da pele após

    um período maior de três meses após o tratamento inicial e em face de cuidado

    apropriado. Apresenta alta prevalência, alto custo para o seu cuidado, sendo assim

    um problema de saúde pública importante. (Mustoe 2006)

    Com o envelhecimento das populações e o aumento da prevalência de sobrepeso e

    resultante comorbidades como diabetes e insuficiência venosa, um aumento do

    número de pessoas com úlceras crônicas tem sido observado. Estima-se que 1% da

    população desenvolverá ulceras de membros inferiores (MMII) no curso de sua vida.

    Nos Estados Unidos a úlcera crônica afeta de 3 a 6 milhões de pacientes com custos

    aproximados de 5 a 10 bilhões de dólares a cada ano para o seu cuidado (Werdin

    2009).

    As úlceras crônicas são frequentemente identificadas pela presença de margem

    sobrelevada, hiperproliferativa. O ambiente local da ferida é rico em produtos

    inflamatórios, que representa fator significante influenciando e adiando o processo de

    cura.

    As úlceras crônicas são tradicionalmente divididas etiologicamente e identificar e tratar

    a etiologia subjacente são a chave para o seu tratamento. Cerca de 98% das úlceras

    crônicas de MMII são de etiologia diabética ou vascular:

    • Úlceras isquêmicas – são resultantes de inadequada perfusão devido à obstrução

    arterial, causada por aterosclerose (doença arterial periférica) afetando artérias

    médias ou grandes ou por uma variedade de outras doenças que afetam os

    pequenos vasos (vasculite, escleroderma, tromboangeíte obliterante).

  • Revisão Sistemática | Centro Cochrane do Brasil

    Página 5 de 30

    • Úlceras venosas - são as mais frequentes e múltiplos fatores podem levar ao

    desenvolvimento de insuficiência venosa crônica e úlceras venosas, incluindo

    trombose de veias profundas e incompetência valvar venosa.

    • Úlceras de pressão – são áreas de necrose e ulceração onde os tecidos moles são

    comprimidos entre proeminências ósseas e superfície externa dura. Os fatores de

    risco incluem idade avançada, circulação alterada, imobilidade e incontinência.

    • Úlceras diabéticas – as úlceras crônicas de pacientes com diabetes são

    multifatoriais devido à combinação de neuropatia diabética, disfunção autonômica

    e insuficiência vascular.

    O ozônio obtido artificialmente é usado principalmente como esterilizante em múltiplas

    aplicações industriais, tais como conservação de alimentos, branqueamento de tecidos

    e ceras. O ozônio de fins terapêuticos (ozonioterapia) é na verdade um mistura de no

    máximo 95% de oxigênio e 5% de ozônio.

    O uso de ozônio no tratamento de feridas e úlceras remonta da Primeira Guerra

    Mundial, quando se aplicou em feridas de guerra sépticas e em abscessos. Os

    benefícios relatados envolvem o efeito antibacteriano local e sistêmico pela formação

    de peróxidos, aumento da produção de 2,3 difosfoglicerato responsável pela liberação

    de oxigênio aos tecidos e melhorando o metabolismo celular com aumento de

    consumo de glicose, ácidos graxos e aminoácidos e ativação de enzimas antirradicais

    livres.

    O ozônio para uso médico é produzido por dispositivo chamado geradores de ozônio.

    A molécula de ozônio (O3) é formada pela união de uma molécula de oxigénio (O2)

    com um átomo oxigênio livre. Estes dispositivos produzem concentrações de ozônio

    entre 1 e 100 mcg por ml e na União Europeia são considerados como equipamento

    médicos. O ozônio pode ser administrado por diferentes vias e técnicas, dependendo

    da doença para a qual ela é utilizada. Os principais são seguir:

    • Autohemoterapia – consiste na extração de 50 a 250 ml de sangue venoso, que

    é misturado com ozônio fora do organismo e transfundido de novo, ou injetado

    via intramuscular.

  • Revisão Sistemática | Centro Cochrane do Brasil

    Página 6 de 30

    • Ozonização e oxigenação extracorpórea do sangue, consistindo em mesclar o

    sangue com ozônio em um circuito fechado em técnica semelhante a

    hemodiálise.

    • Infiltrações – o ozônio é injetado via intra ou periarticular, subcutâneo,

    intramuscular, disco intravertebral, etc.

    • Insuflações – o gás é introduzido mediante sonda a nível retal, vaginal, vesical,

    pleural, peritoneal, etc. Também é possível administrar insuflações a pressão

    em banhos de água.

    • Tópico – aplicação com bolsa de plástico insuflado de gás e colocado no local a

    ser tratado, creme, óleos e banhos.

  • Revisão Sistemática | Centro Cochrane do Brasil

    Página 7 de 30

    2 OBJETIVOS

    • Determinar a efetividade e segurança da ozonioterapia no tratamento da úlcera

    crônica de membros inferiores.

  • Revisão Sistemática | Centro Cochrane do Brasil

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    3 MÉTODOS

    3.1 Desenho do estudo

    Revisão Sistemática de ensaios clínicos controlados randomizados.

    3.2 Local

    Centro Cochrane do Brasil

    3.3 Critérios da seleção dos estudos para a revisão

    Apenas ensaios clínicos controlados e randomizados serão incluídos nessa revisão.

    3.4 Tipos de participantes

    • Pessoas com mais de 18 anos de idade com diagnóstico de úlcera crônica de

    membros inferiores

    3.5 Tipos de Intervenção

    • Ozonioterapia comparada a placebo

    • Ozonioterapia comparada a outras intervenções.

    3.6 Tipos de Desfechos

    • Cura e melhora da lesão

  • Revisão Sistemática | Centro Cochrane do Brasil

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    • Qualidade de vida

    • Satisfação do paciente

    • Efeitos adversos

    3.7 Estratégia de Busca para identificação dos Estudos

    A Estratégia de Busca utilizada nas bases bibliográficas para a identificação dos

    estudos foi realizada por meio de busca sensibilizada onde utilizamos palavras e

    descritores oficiais do assunto buscado que permitiu uma busca abrangente e a

    identificação de um grande número de estudos.

    As bases de dados pesquisadas foram: Medline e Embase via Elsevier, CENTRAL -

    Cochrane Library via OVID, LILACS – Literatura Latino Americana em Ciências da

    Saúde e do Caribe via Biblioteca Virtual em Saúde.

    Os termos oficiais utilizados para a busca do Medline e Embase foi os seguintes:

    EMTREE - ozone therapy; 'oxygen therapy'/exp

    A descrição das estratégias de busca por bases de dados estão na Tabela 1.

    Tabela 1. Descrição das Estratégias de Busca por bases de dados.

    Bases de

    dados Estratégias

    Medline e

    Embase

    via Elsevier

    OZONONIO TERAPIA

    #1 'ozone therapy'/exp OR 'oxygen therapy'/exp

    #2 'leg ulcer'/exp OR 'skin ulcer'

    Cochrane

    #1 (ozone therapy or oxygen therapy).af.

    #2 (leg ulcer or skin ulcer).af.

  • Revisão Sistemática | Centro Cochrane do Brasil

    Página 10 de 30

    Library

    (CENTRAL)

    #1 AND #2

    Lilacs

    ozonio/uso terapêutico OR "OZONIOTERAPIA" OR

    "OZONIO TERAPIA" OR "OZONIO USO

    TERAPÊUTICO"

    Filtro para Humanos

    *Data de acesso as bases: 31/05/2013

    3.8 Extração de dados e Avaliação da qualidade metodológica

    A estratégia de busca identificou os artigos relevantes. Cada um dos artigos foi

    revisado por dois revisores independentes. Todos os dados foram extraídos pelos dois

    revisores. Detalhes relacionados à população, períodos de tratamento, base

    demográficos, foram extraídos independentemente. Um terceiro revisor foi consultado

    para ajudar a resolver diferenças quanto à classificação da qualidade dos artigos. A

    qualidade de cada ensaio foi realizada independentemente pelos dois revisores

    usando The Cochrane Collaboration’s tool for assessing risk of bias (Higgins, 2011)

    (Tabela 2).

    Tabela 2: Avaliação da Colaboração Cochrane para risco de viés

    Baixo risco de erro sistemático ou viés: todos os critérios apropriadamente

    aplicados;

    Moderado risco de erro sistemático ou viés: um ou mais critérios com métodos

    desconhecidos quanto à aplicação;

    Alto risco de erro sistemático ou viés: um ou mais critérios inapropriadamente

    aplicados ou não aplicados.

  • Revisão Sistemática | Centro Cochrane do Brasil

    Página 11 de 30

    Domínio Descrição Julgamento

    Randomização Descrição do método utilizado para gerar

    a sequencia de alocação com detalhes

    suficientes para permitir avaliação se

    resultará em grupos comparáveis

    A sequencia de alocação

    foi gerada de maneira

    adequada?

    Alocação

    Descreve o método utilizado para

    ocultação da sequencia de alocação com

    detalhes suficientes para determinar se a

    alocação da intervenção poderia ser

    conhecida antes ou durante o

    acompanhamento?

    A ocultação da alocação

    foi adequada?

    Participantes e

    pesquisadores

    cegos quanto a

    intervenção?

    Descreve todas as medidas utilizadas

    para cegar os participantes do estudo e

    pesquisadores de qual intervenção o

    participante recebeu. Fornece alguma

    informação se o ocultamento foi efetivo?

    O conhecimento da

    alocação da intervenção foi

    adequadamente prevenida

    durante o estudo?

    Dados de

    desfecho

    incompletos

    Descreve todos os dados dos desfechos,

    incluindo perdas e exclusões na analise?

    Quando há perdas e exclusões,

    descreve o número em cada grupo de

    intervenção e razões?

    As perdas no seguimento

    foram adequadamente

    relatadas e analisadas?

    Desfecho

    seletivo

    Estabelecer qual a possibilidade da

    utilização de desfecho seletivo

    Os resultados do estudo

    são livres de sugestão de

    desfecho seletivo?

    Outras fontes de

    viés

    Descrição de qualquer dúvida sobre

    possíveis vieses não analisados

    anteriormente

    O estudo é aparentemente

    livre de outros problemas

    que pode levar a alto risco

  • Revisão Sistemática | Centro Cochrane do Brasil

    Página 12 de 30

    de viés?

    3.9 Análise e apresentação dos resultados

    A análise quantitativa foi feita pelo princípio de “intenção de tratar”. Quando possível,

    os dados foram sumarizados em metanálises, utilizando-se o software Review

    Manager 5.2, desenvolvido pela Colaboração Cochrane. Para dados dicotômicos,

    calculou-se o Odds Ratio (OR) e seu respectivo Intervalo de Confiança de 95% (IC

    95%). Para resultados estatisticamente significativos calculou-se também o NNT

    (número necessário para tratar). NNT é o número de pacientes que necessita ser

    tratado com o objetivo de prevenir um evento em relação ao grupo controle, sendo

    calculado como o inverso da diferença de risco.

    Para análise de variáveis contínuas foi calculada a diferença de médias com intervalo

    de confiança de 95%.

    A heterogeneidade entre os resultados dos estudos é avaliada pelo cálculo do teste de

    Qui-quadrado (p50% representa

    heterogeneidade). Possíveis causas de heterogeneidade são diferenças na população,

    intervenções e avaliações dos desfechos.

    3.10 Potenciais conflitos de interesses:

    Não existiram conflitos de interesses conhecidos na realização dessa revisão

  • Revisão Sistemática | Centro Cochrane do Brasil

    Página 13 de 30

    4 RESULTADOS

    4.1 Resultado da Estratégia de Busca

    A busca nos banco de dados localizou 67 referências, cujos resumos foram avaliados.

    Após aplicação dos critérios de inclusão dessa revisão sistemática 15 estudos foram

    selecionados como potencialmente incluídos. Esses 15 estudos foram obtidos na

    íntegra e após segunda avaliação doze estudos foram excluídos restando assim três

    ensaios clínicos randomizados (ECRs) que foram incluídos nessa revisão (Figura 1).

    Figura 1: Fluxograma do resultado da busca e seleção de estudos

  • Revisão Sistemática | Centro Cochrane do Brasil

    Página 14 de 30

    4.2 Estudos Incluídos

    4.2.1 Di Paolo 2005

    Estudo controlado randomizado realizado em centro único na Itália. Foram

    randomizados 28 pacientes com úlcera por doença arterial periférica foram

    randomizados para receber oxigenação e ozonização sanguínea extracorpórea ou

    prostacilina intravenosa. O desfecho primário foi a regressão das lesões, dor,

    qualidade de vida e vascularização. Os pacientes foram submetidos a dois

    tratamentos por semana por sete semanas. As lesões foram fotografadas a cada 10

    dias por três meses. A avaliação primária do estudo foi realizada na sétima semana.

    Avaliação da qualidade

    Domínio Julgamento Descrição

    Randomização adequada?

    Incerto Descrito como randomizado, não há informação do método utilizado.

    Ocultação de alocamento?

    Incerto Informação não disponível

    Cego? Não Estudo aberto

    Dados de desfechos incompletos?

    Não Perdas de três pacientes

    Livre de desfecho seletivo

    Sim Todos os desfechos importantes considerados

    Livre de outros vieses

    Sim

    Risco de viés Moderado

  • Revisão Sistemática | Centro Cochrane do Brasil

    Página 15 de 30

    4.2.2 Martínez-Sánchez 2005

    Ensaio clínico controlado randomizado realizado em Cuba que incluiu 101

    participantes com diabetes tipo 2 e úlcera diabética randomizados em dois grupos:

    experimental (n=52) tratado com ozônio por insuflação local e retal do gás e grupo

    controle (n=49) tratado com antibióticos tópicos e sistêmicos. A eficácia do tratamento

    foi avaliada pela comparação de índice glicêmico, área e perímetro da lesão e

    marcadores bioquímicos de estresse oxidativo e dano endotelial após 20 dias de

    tratamento.

    Avaliação da qualidade

    Domínio Julgamento Descrição

    Randomização adequada?

    Incerto Descrito como randomizado, não há informação do método utilizado.

    Ocultação de alocamento?

    Incerto Informação não disponível

    Cego? Não Estudo aberto

    Dados de desfechos incompletos?

    Não Não relata perdas

    Livre de desfecho seletivo

    Sim Todos os desfechos importantes considerados

    Livre de outros vieses

    Sim Não foram detectados outros vieses.

    Risco de viés Moderado

  • Revisão Sistemática | Centro Cochrane do Brasil

    Página 16 de 30

    4.2.3 Wainstein 2011

    Ensaio clínico multicêntrico randomizado placebo controlado duplo cego realizado na

    Finlândia e Israel. Foram randomizados 61 pacientes com diabetes melito tipo 1 ou 2

    e com úlceras nos pés grau 2,3 ou 4 após debridamento, menor que 40cm2 com

    tempo de evolução de mais de 8 semanas. Todos pacientes receberam tratamento

    padrão que consistia em curativo diário com debridamento se necessário. A

    ozonioterapia foi aplicada localmente na úlcera por meio de insuflação através de

    bolsa de plástico, dividida em duas fases com inicialmente quatro sessões por

    semana de ozonioterapia por 4 semanas com concentração de ozônio a 4% (80

    mcg/ml). A segunda fase as sessões foram reduzidas para duas vezes por semana

    com concentração de gás a 2% (40 mcg/ml). O grupo controle recebeu terapia

    simulada.

    Avaliação da qualidade

    Domínio Julgamento Descrição

    Randomização adequada?

    Incerto Descrito como randomizado, não há informação do método utilizado.

    Ocultação de alocamento?

    Incerto Informação não disponível

    Cego? Sim Duplo cego

    Dados de desfechos incompletos?

    Sim Grandes perdas no seguimento (44,3%)

    Livre de desfecho seletivo

    Sim Todos os desfechos importantes considerados

    Livre de outros vieses

    Sim

    Risco de viés Alto

  • Revisão Sistemática | Centro Cochrane do Brasil

    Página 17 de 30

    4.3 Estudos excluídos

    Dos 12 estudos excluídos, a maior parte são estudos relato de casos e série de

    casos. Os outros motivos de exclusão foram estudos comparativos não

    randomizados ou estudos que utilizaram ozônio nos dois grupos de

    intervenção.

    Tabela 3: Estudos excluídos

    Artigo Motivo de Exclusão

    Anupunpisit 2004 Relato serie de casos

    De Monte 2005 Relato de caso

    Días Hernández 2001 Relato de caso

    Dupláa 1991 Série de casos

    Fathi 2012 Série de casos

    Kulikov 2002 Série de casos

    Luongo 2003 Ozônio nos dois grupos

    Marfella 2010 Sem desfecho adequado

    Quelard 1985 Não randomizado

    Shah 2011 Relato de caso

    Zagiroc 2008 Ozônio nos dois grupos

    Zubarev 2011 Não randomizado

    4.4 Qualidade dos estudos incluídos

    Os três estudos incluídos apresentavam problemas metodológicos. Apesar de

    todos relatarem randomização o método utilizado não foi relatado em nenhum

    deles, assim como o método utilizado para alocação cega. Apenas um dos

  • Revisão Sistemática | Centro Cochrane do Brasil

    Página 18 de 30

    estudos era duplo cego, mas este apresentou perdas importantes no

    seguimento (Wainstein 2011) (Figura 2).

    Figura 2: Gráfico de risco de viés dos estudos incluídos

    4.5 Características dos Pacientes estudados

    Todos os estudos apresentavam pequeno tamanho amostral. Dois estudos (Martinez-

    Sánches 2005, Wainstein 2011) incluíam pacientes diabéticos com úlceras em

    membros inferiores. Apenas um estudo (Di Paolo 2005) avaliou pacientes com doença

    arterial periférica.

    4.6 Tipos de intervenções

    Di Paolo 2005 comparou oxigenação e ozonização sanguínea extracorpórea a

    prostacilina intravenosa por sete semanas. Em cada sessão o participante do

    grupo ozônio em uma hora tinha 4.500 ml de sangue tratado com ozônio e

    oxigênio, duas sessões por semana. O grupo controle recebeu 0,5 ng/m2 de

    prostacilcina por 28 dias endovenosa diluída em 500 ml de solução salina,

    infusão em 6 horas

    Em Martinez-Sánchez 2005 os participantes do grupo ozônio receberam 20

    sessões de insuflação retal com 10 mg de ozônio e tratamento com ozônio

    Baixo risco de viés

  • Revisão Sistemática | Centro Cochrane do Brasil

    Página 19 de 30

    local, aplicado envolvendo o membro com a lesão em saco plástico selado que

    era insuflado com ozônio em concentração de 60 m g/l. Cada sessão tinha a

    duração de uma hora. Após esse período a lesão era coberta com óleo de

    girassol ozonizado. O grupo controle recebeu antibiótico sistêmico e local

    segundo cepa identificada.

    Em Wainstein 2011 todos pacientes recebiam o tratamento habitual com

    curativo e debridamento diários. O grupo ozônio recebeu quatro sessões por

    semana por quatro semanas com bota selada de plástico e ozônio a 4% e

    oxigênio 96% com duração de 26 minutos. Após quatro semanas os pacientes

    compleraram 12 semanas com sessões duas vezes por semana com

    concentração de ozônio a 2% e oxigênio a 98%.

    4.7 Efeito das intervenções

    Os três estudos apresentavam grande heterogeneidade no modo de aplicação

    da terapia com ozônio, numero de sessões, duração do tratamento, e descrição

    de desfechos, impossibilitando a realização de metanálises. Realizaremos

    assim uma descrição narrativa dos resultados.

    Di Paolo 2005 apresenta todos os resultados relevantes em gráficos de barra

    de baixa qualidade gráfica. No texto os autores referem melhora significante da

    área da ferida no grupo ozonioterapia comparado a prostaciclina (p

  • Revisão Sistemática | Centro Cochrane do Brasil

    Página 20 de 30

    a -1,67) e no tempo de hospitalização, DM=-8,00 (IC 95%: -14,17 a -1,83)

    (Figura 4).

    Figura 3: Ozonioterapia vs antibióticos em úlceras diabéticas. Desfecho cura

    total.

    Figura 4: Ozonioterapia vs antibióticos em úlceras diabéticas. Desfecho área e

    perímetro da úlcera (cm2) e tempo de hospitalização.

    No estudo de Wainstein 2011 ocorreram perdas significantes no seguimento (44%).

    Na análise com intenção de tratar, ou seja, analisando-se todos os participantes

    randomizados independentemente das perdas, não foi observada diferença na

    proporção de pacientes com cura da lesão (41% vs 33%, p=0,34). Entre os 34

    pacientes que completaram o estudo, ignorando as perdas (16 do grupo ozônio e 18

    do grupo placebo), houve uma significante maior taxa de cura completa observada no

    grupo ozônio (81% vs 44%, p=0,03).

    Study or Subgroup

    Martinez-Sánches 2005

    Total (95% CI)

    Total eventsHeterogeneity: Not applicableTest for overall effect: Z = 0.80 (P = 0.43)

    Events

    39

    39

    Total

    51

    51

    Events

    34

    34

    Total

    49

    49

    Weight

    100.0%

    100.0%

    M-H, Fixed, 95% CI

    1.43 [0.59, 3.48]

    1.43 [0.59, 3.48]

    Ozonioterapia Antibiotico Odds Ratio Odds RatioM-H, Fixed, 95% CI

    0.01 0.1 1 10 100Favorável antibiotico Favorável ozonioterapia

    Study or Subgroup2.2.1 Melhora de área da ferida (cm2)

    Martinez-Sánches 2005

    2.2.2 Melhora de perímetro de ferida (cm2)

    Martinez-Sánches 2005

    2.2.3 Tempo de hospitalização

    Martinez-Sánches 2005

    Mean

    -34.66

    -5.87

    26

    SD

    0.44

    0.12

    13

    Total

    51

    51

    51

    Mean

    -14.12

    -4.15

    34

    SD

    0.37

    0.12

    18

    Total

    49

    49

    49

    IV, Fixed, 95% CI

    -20.54 [-20.70, -20.38]

    -1.72 [-1.77, -1.67]

    -8.00 [-14.17, -1.83]

    Ozonioterapia Antibiotico Mean Difference Mean DifferenceIV, Fixed, 95% CI

    -50 -25 0 25 50Favorável ozônio Favorável antibiótico

  • Revisão Sistemática | Centro Cochrane do Brasil

    Página 21 de 30

    Apenas de forma ilustrativa, uma vez que os estudos são demasiado heterogêneos

    para metanálise, apresentados o resultado de cura das lesões com ozonioterapia nos

    dois estudos de úlceras diabéticas (Figura 5).

    Figura 5: Ozonioterapia vs controle em úlceras diabéticas. Desfecho cura total.

    4.8 Segurança da intervenção

    Todos os estudos incluídos relataram ausência de efeitos adversos tanto com as

    injeções de ozônio quanto com as intervenções de controle.

    Study or Subgroup1.1.1 Ozônio vs Antibiótico: 20 dias

    Martinez-Sánches 2005Subtotal (95% CI)

    Total eventsHeterogeneity: Not applicableTest for overall effect: Z = 0.80 (P = 0.43)

    1.1.2 Ozônio vs Placebo: 3 meses

    Wainstein 2011Subtotal (95% CI)

    Total eventsHeterogeneity: Not applicableTest for overall effect: Z = 2.12 (P = 0.03)

    Total (95% CI)

    Total eventsHeterogeneity: Chi² = 2.10, df = 1 (P = 0.15); I² = 52%Test for overall effect: Z = 1.83 (P = 0.07)Test for subgroup differences: Chi² = 2.10, df = 1 (P = 0.15), I² = 52.4%

    Events

    39

    39

    13

    13

    52

    Total

    5151

    1616

    67

    Events

    34

    34

    8

    8

    42

    Total

    4949

    1818

    67

    Weight

    85.3%85.3%

    14.7%14.7%

    100.0%

    M-H, Fixed, 95% CI

    1.43 [0.59, 3.48]1.43 [0.59, 3.48]

    5.42 [1.14, 25.83]5.42 [1.14, 25.83]

    2.02 [0.95, 4.30]

    Ozonio Controle Odds Ratio Odds RatioM-H, Fixed, 95% CI

    0.01 0.1 1 10 100Favorável a controle Favorável a ozonioterapia

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    Página 22 de 30

    5 DISCUSSÃO

    Atribui-se ao ozônio diversas propriedades biológicas como sua capacidade anti-

    inflamatória, antisséptica e imunomoduladora. Na área médica as doenças em que se

    aplicam as terapias com ozônio são múltiplas e diversas, e incluem doenças

    infecciosas, ortopédicas e traumatológicas, doenças degenerativas e enfermidades

    vasculares. A terapia com ozônio está sendo utilizada há anos em diferentes países

    do mundo, principalmente na Itália, Rússia, Alemanha e Cuba.

    Essa revisão sistemática foi realizada para levantar as melhores evidências da

    efetividade e segurança da ozonioterapia no tratamento de úlceras crônicas de MMII.

    Apesar da localização de extensa bibliografia, apenas três ensaios clínicos

    randomizados foram localizados. Os estudos apresentavam pequeno tamanho

    amostral e falhas metodológicas que aumentam o risco de viés. Além disso, os

    estudos eram heterogêneos nos critérios de inclusão de pacientes, métodos de

    aplicação de ozônio e tempo de acompanhamento, tornando impossível uma síntese

    quantitativa (metanálise).

    Os três estudos relatam efeitos favoráveis da aplicação de ozonioterapia, tanto em

    aplicação tópica do gás como em auto-hemoterapia, mas esses resultados devem ser

    analisados com cautela em vista do pequeno tamanho amostral e das limitações

    metodológicas dos estudos.

  • Revisão Sistemática | Centro Cochrane do Brasil

    Página 23 de 30

    6 CONCLUSÕES

    Implicações para a Prática

    • Há algumas evidências de baixa qualidade metodológica que o tratamento com

    ozônio pode ser efetivo e seguro no tratamento de úlceras crônicas de MMII

    relacionadas à diabetes e a insuficiência arterial periférica.

    • Não foram localizadas evidências sobre a efetividade da ozonioterapia no

    tratamento de úlceras venosas e de pressão.

    Implicações para pesquisa

    • São necessários mais estudos controlados randomizados com metodologia

    adequada, com critérios de inclusão e exclusão explícitos e com padronização

    da mensuração do desfecho. É necessário comparar a ozonioterapia com

    procedimento placebo, assim como comparar as diversas doses e os diversos

    métodos de aplicação disponíveis.

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    Tabela 3: Resumo dos principais achados segundo graus de evidência

    do GRADE Working Group*

    Desfecho Resultado Número de participantes

    e estudos

    Qualidade da evidência

    Comentário

    Úlcera diabética Cura total

    Sem evidência de efetividade

    134 2 estudos

    ⊕⊝⊝⊝ Muito baixa

    Pequeno tamanho de

    amostra e falhas metodológicas

    Melhora da área da ferida

    Favorável a ozônio

    DM=-20,54 (IC 95%: -20,70 a -

    20,38)

    100 1 estudo

    ⊕⊝⊝⊝ Muito baixa

    Pequeno tamanho de

    amostra e falhas metodológicas

    Melhora de perímetro de ferida

    Favorável a ozônio DM= -1,72 (IC 95%: -1,77 a -

    1,67)

    100 1 estudo

    ⊕⊝⊝⊝ Muito baixa

    Pequeno tamanho de

    amostra e falhas metodológicas

    Tempo de hospitalização

    Favorável a ozônio DM= -8,00 (IC 95%: -14,17 a

    -1,87)

    38 1 estudo

    ⊕⊝⊝⊝ Muito baixa

    Pequeno tamanho de

    amostra e falhas metodológicas

    Ulcera por insuficiência arterial periférica Melhora da área da ferida

    ? 28 1 estudo

    ⊕⊝⊝⊝ Muito baixa

    Pequeno tamanho de

    amostra e falhas metodológicas

    Alta qualidade: É muito improvável que mais pesquisas mudem a confiança na

    estimativa do efeito

    Qualidade moderada: Mais pesquisas podem ter um impacto importante sobre

    a confiança na estimativa do efeito e pode alterar a estimativa.

    Baixa qualidade: Mais pesquisas muito provavelmente terão um impacto

    importante sobre a confiança na estimativa do efeito e é susceptível de alterar a

    estimativa de efeito

    Muito baixa qualidade: Muita incerteza sobre a estimativa de efeito.

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    * Disponível em: http://www.gradeworkinggroup.org/index.htm. Acessado em

    julho de 2013

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    Página 26 de 30

    7 REFERÊNCIAS

    Estudos Incluídos

    • Di Paolo N, Bocci V, Salvo DP, Palasciano G, Biagioli M, Meini S, Galli F, Ciari I,

    Maccari F, Cappelletti F, Di Paolo M, Gaggiotti E.Extracorporeal blood oxygenation

    and ozonation (EBOO): a controlled trial in patients with peripheral artery disease.

    Int J Artif Organs. 2005 Oct;28(10):1039-50.

    • Martínez-Sánchez G, Al-Dalain SM, Menéndez S, Re L, Giuliani A, Candelario-Jalil

    E, Alvarez H, Fernández-Montequín JI, León OS. Therapeutic efficacy of ozone in

    patients with diabetic foot. Eur J Pharmacol. 2005 Oct 31;523(1-3):151-61. Epub

    2005 Sep 29.

    • Wainstein J., Feldbrin Z., Boaz M., Harman-Boehm I. Efficacy of ozone-oxygen

    therapy for the treatment of diabetic foot ulcers. Diabetes Technology and

    Therapeutics 2011 13:12 (1255-1260)

    Estudos excluídos

    • Anupunpisit, Vipavee; Sudawee Chuanchaiyakul; Hattya Petchpiboolthai;

    Sumon Jungudomjaroen & Waigoon Stapanavatr, Characterization of Infected

    Diabetic Wound after Ozonated Water Therapy.Journal of Medicine and Health

    Sciences 11(1-2): 1-12, 2004.

    • de Monte A, van der Zee H, Bocci V. Major ozonated autohemotherapy in

    chronic limb ischemia with ulcerations. J Altern Complement Med. 2005

    Apr;11(2):363-7.

    • Díaz Hernández O, Castellanos González, R. Ozonoterapia en úlceras

    flebostáticas. Rev. cuba. cir;40(2):123-129, abr.-jun. 2001.

    • Dupláa RG, Galindo Planas N. La Ozonoterapia en el tratamiento de las úlceras

    crónicas de las extremidades inferiores. Angiología 43(2): 47-50, 1991.

  • Revisão Sistemática | Centro Cochrane do Brasil

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    • Fathi AM, Mawsouf MN, Viebahn-Hänsler R. Ozone Therapy in Diabetic Foot

    and Chronic, Nonhealing Wounds. Ozone: Science & Engineering: The Journal

    of the International Ozone Association 2012, 34:6, 438-450 Série da casos

    • Kulikov AG, Turova EA, Shcherbina TM, Kisileva OM. [Efficacy of different

    methods of ozone therapy in vascular complications of diabetes mellitus]. Vopr

    Kurortol Fizioter Lech Fiz Kult. 2002 Sep-Oct;(5):17-20.

    • Luongo C, Sammartino A, Mascolo L, Campitiello F, Golino M, Luongo M. Title

    Advanced dressings and oxigen-ozone therapy to treat ulcer's in chronic

    obliterant peripheral artheriopaties (AOCP) . 13th Conference of the European

    Wound Management 2003; 232.

    • Marfella R, Luongo C, Coppola A, Luongo M, Capodanno P, Ruggiero R,

    Mascolo L, Ambrosino I, Sardu C, Boccardi V, Lettieri B, Paolisso G.. Use of a

    non-specific immunomodulation therapy as a therapeutic vasculogenesis

    strategy in no-option critical limb ischemia patients. Atherosclerosis. 2010

    Feb;208(2):473-9. doi: 10.1016/j.atherosclerosis.2009.08.005. Epub 2009 Aug

    8.

    • Quelard B, Cordier ME, Regent MC, Tenette M. Comparative study to

    determine the relative efficiency of two types of treatment of decubitus ulcers of

    sacro and ischial tuberosities: Topical ozone treatment versus the traditional

    methods. Annales Medicales de Nancy et de L'Est 1985; 24: 329-334.

    • Shah P, Shyam AK, Shah S.Adjuvant combined ozone therapy for extensive

    wound over tibia.Indian J Orthop. 2011 Jul;45(4):376-9. doi: 10.4103/0019-

    5413.80332.

    • Zagirov U Z, Isaev U M, Salikhov M A. [Clinicopathologic basis of

    ozonomagnetophoresis in treatment of festering wounds]. Khirurgiia 2008; 12:

    24-6.

    • Zubarev PN, Risman BV. [Ultrasonic cavitation and ozonization in treatment of

    patients with pyo-necrotic complications of diabetic foot syndrome]. Vestn Khir

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  • Revisão Sistemática | Centro Cochrane do Brasil

    Página 28 de 30

    Outras referências

    • Mustoe TA, O’Shaughnessy K, Kloeters O. Chronic wound pathogenesis and

    current treatment strategies: a unifying hypothesis. J Plast Reconstr Surg.

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    • Werdin F, Tennenhaus M, Schaller HE, Rennekampff HO. Evidence-based

    management strategies for treatment of chronic wounds. Eplasty. 2009 Jun

    4;9:e19.

  • Revisão Sistemática | Centro Cochrane do Brasil

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    Tabela 1: Ensaios randomizados incluídos

    Estudo Participantes Intervenção e controle Desfecho e duração Resultado

    Di Paolo 2005

    Incluídos 28 participantes úlcera por doença arterial periférica.

    - Intervenção: auto-hemoterapia com ozônio

    - Controle: prostaciclina

    - Avaliação em 3 meses

    - Regressão das lesões, dor, qualidade de vida.

    Resultados em gráficos de baixa qualidade gráfica

    Melhora significante da área da ferida no grupo ozonioterapia (p