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Ouvir no silêncio
Grupo D – Surdez Profunda: conhecendo apenas libras para se
comunicar.Componentes: Maria
Dorany, Ezir, Sandra, Latife e Daisy
Os sons não parecem tãoimportantes, quase insignificantes, para quemestá acostumado a ouvi-los. Mas para quemnão houve, a impossibilidade de senti-los passa a ser mais que umaausência, torna-se uma barreira paracomunicação.
Vygotski ressalta que é através da cultura que o homem aprende e se desenvolve, modificando o meio e a si mesmo, desta forma, comunicar e interagir com outros torna-se fundamental.
A língua é um dos meios para que ocorra acomunicação. Mas para compreender e se fazercompreender é necessário empenho mútuo dosagentes dessa cultura no intuito de não excluiraquele que não ouve.
Mas como ficam os brasileiros que nãocompreendem a língua portuguesa por nãopoder ouvi-la?Diversas línguas estrangeiras podemser aprendidas para que possamos noscomunicar com os que não falam a nossa línguaportuguesa. Da mesma forma podemosaprender uma língua de sinais para noscomunicarmos com os que não utilizam a línguaportuguesa para relacionarem-se, por nãoescutar. Cada país possui sua língua de sinais.
No Brasil, a LIBRAS - Língua Brasileira deSinais, derivada da língua de sinais Francesa, graças àluta sistemática e persistente das pessoas com deficiênciaauditiva, foi reconhecida pela Nação brasileira como aLíngua Oficial da Pessoa Surda, com a publicação da Leinº 10.436, de 24-4-2002 e a Lei nO 10.098, de 19-12-2002.Com diversos direitos assegurados, os surdos, hoje, têm apossibilidade de interagir e conviver normalmente, masisso não quer dizer que esta prática esteja em um nívelideal e perfeito. Muitos problemas podem serapontados, contudo é obrigatória a inclusão destaspessoas na sociedade, principal e inicialmente , atravésda Educação.Cumprindo com o direito do surdo e exercendo o papel
de educador e cidadão apresentaremos mais adiante umasituação onde ocorre a inclusão de uma criança de 06anos em uma classe regular do ensino fundamental.
Nenhuma língua pode ser aprendida porpartes, através de palavras isoladas ou de textossem sentido; a língua é um instrumento decomunicação, de expressão e de elaboração dopensamento, e é aprendida através de seu usocomunicativo e expressivo.A língua de sinais é uma língua natural quedemonstra todas as características de qualqueroutra língua humana; não é um mero conjuntode gestos; tem uma gramática complexa e sutilque deve ser levado em consideração pelosprofessores que usam sinais com seus alunos.
”Aproximadamente 15% da população brasileiraapresenta algum grau de perda auditiva. Muitosnão sabem que apresentam deficiência naaudição, que pode ter causasgenéticas/naturais, ou pode ser atribuída àexposição a ambientes ruidosos por longosperíodos de tempo ou ao uso excessivo de fonesde ouvido, como os utilizados nos aparelhostocadores de mp3″, comenta a fonoaudióloga doGrupo microsom, Maria do Carmo Branco.Cuidar da audição é cuidar da qualidade de vida doser humano. A diminuição da sensibilidade auditivacompromete seriamente a comunicação doindivíduo, podendo gerar ansiedade, frustração eraiva, ocasionando afastamento e isolamento social.
Inclusão - Conhecendo somente LIBRAS
1. Perfil do Aluno
Idade: 06 anosSérie: Educação Infantil (1º ano) . Classe de educaçãobilíngüe para educação infantil e alfabetização. Turmainclusiva com aproximadamente 20 crianças.Sexo: MasculinoDeficiência: Deficiência auditiva neurosensorial bilateral profunda.Dificuldades: Apresenta ausência de domínio lingüísticoda L1( primeira língua – Libras).
Inclusão - Conhecendo somente LIBRAS
2. Contexto Familiar: O aluno provem de uma família com baixarenda per capita, para realizar atendimentos complementarescom fonoaudiólogos e neurologistas. Depende exclusivamente deatendimentos oferecidos pela rede pública de saúde. Filho de paisouvintes que não conhecem a libras, utilizam “gestualismo ediálogos iconizados”.
3. Preparação do docente:• Realizar anteriormente cursos envolvendo a LIBRAS;• Realizar cursos que envolvam metodologia na educação de
surdos, que evidencie a compreensão do processamentolingüístico e aquisição de linguagem; promova o ensino doletramento para o aluno DA.
• Participar de cursos que envolvam a promoção de técnicas deestimulação macro e micromotores do sistema fonoaudiológicodo aluno.
• Fazer intercâmbio entre escola que promovam a educação desurdos.
Inclusão - Conhecendo somente LIBRAS
4. Adaptação física:• Colocar o aluno sentado à frente, sempre com o auxilio dointérprete;
• Em momentos de atividades em grupo promover momentosem que o aluno possa participar efetivamente utilizandosua L1;
• Colocar cartazes em altura de boa visualização;• Nomear sempre e utilizar conectivos da língua portuguesaem toda a sala: Ex: a porta, a janela, o quadro etc;
• Identificar em LIBRAS os objetos da sala e os ambientesda escola como direção, banheiro, bebedouros, etc.
5. Estratégia na classe inclusiva:• Realizar uma recepção dos alunos com atividades quevivenciem as dificuldades/necessidades educativasespeciais auditivas, através de vídeos, jogos e dinâmicas.
Conclusão
Esperamos que a apresentação dessa pesquisa tenha despertado o interesse e sensibilização por esse grupo de pessoas, que sendo diferentes não
deixam de superar suas limitações, e se estimulados podem ressignificar suas potencialidades.