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MUNICIPIO DE VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO câmara municipal Município de Vila Real de Santo António Praça Marquês de Pombal 8900-231 Vila Real de Santo António Telefone (351) 281 510 000 Fax (351) 281 510 003 Internet www.cm-vrsa.pt PP DO BAIRRO DA CAIXA | PROPOSTA DO PLANO RELATÓRIO DE ANÁLISE E FUNDAMENTAÇÃO OUTUBRO 2009

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M U N I C I P I O D E V I L A R E A L D E S A N T O A N T Ó N I O

c â m a r a m u n i c i p a l

Município de Vila Real de Santo António Praça Marquês de Pombal 8900-231 Vila Real de Santo António Telefone (351) 281 510 000 │ Fax (351) 281 510 003 Internet www.cm-vrsa.pt

PP DO BAIRRO DA CAIXA | PROPOSTA DO PLANO

RELATÓRIO DE ANÁLISE E FUNDAMENTAÇÃO

OUTUBRO 2009

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FICHA TÉCNICA

Coordenação Geral do Plano

Miguel Saraiva e Associados, Arquitectura e Urbanismo, Lda

Urbanismo e Arquitectura

Miguel Saraiva e Associados, Arquitectura e Urbanismo, Lda

Miguel Saraiva, Arq.

Luís Pedro A.C. Francisco, Arq.

Ana Bento, Arq.ta

Manuela Tamborino, Arq.ta

Arquitectura Paisagista

Luísa Borralho, Arq. Paisagista

Avaliação Ambiental

Nemus, Gestão e Reabilitação Ambiental, Lda

Pedro Betencourt, Dr.

Pedro Afonso, Dr.

Avaliação Acústica

Sonometria, Lda.

João Pedro Silva, Eng.

José Silva, Eng.

Infra-estruturas rodoviárias

Dimeconsult, Engenheiros Consultores, Lda.

Luís Silva, Eng.

Infra-estruturas eléctricas e de comunicações

Prosirtec, Sociedade de Projectos e Serviços Técnicos, Lda.

Pedro Girão Oliveira, Eng.

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Infra-estruturas de águas, esgotos e gás

Dimeconsult, Engenheiros Consultores, Lda.

Luís Silva, Eng. / Orlando Goulart, Eng.

Jurista

Dulce Lopes, Dr.ª

Promotor

Câmara Municipal de Vila Real de Santo António

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RELATÓRIO DE ANÁLISE E DE FUNDAMENTAÇÃO

ÍNDICE

INTRODUÇÃO 05

1. SISTEMA DE GESTÃO TERRITORIAL 05

2. DINÂMICA ECONÓMICO E SOCIAL 07

3. OBJECTIVOS 16

4. ENQUADRAMENTO LEGAL E REGULAMENTAR 17

5. ALTERAÇÃO ÀS DISPOSIÇÕES DO PDM 24

6. CONDICIONANTES (PLANTA DE ESTRUTURA E SALVAGUARDA) 25

7. CADASTRO 27

8. SITUAÇÃO EXISTENTE 29

9. PROPOSTA URBANÍSTICA 32

10. QUADRO SÍNTESE DA OCUPAÇÃO PROPOSTA 40

11. ESPAÇOS EXTERIORES 42

12. INFRA-ESTRUTURAS 48

13. SISTEMA DE EXECUÇÃO 85

14. PEREQUAÇÃO COMPENSATÓRIA 87

15. CONCLUSÃO 95

16. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 96

ANEXO I – QUADRO DE PRÉDIOS

ANEXO II – QUADRO DE TRANSFORMAÇÃO FUNDIÁRIA

ANEXO III – FICHAS EDP

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INTRODUÇÃO

O presente relatório constitui a fundamentação técnica para a proposta do Plano de Pormenor do Bairro da Caixa, adiante designado por PPBCx ou Plano, traduzida graficamente pela Planta de Implantação e pelo regulamento que a suporta. Os conteúdos do relatório foram estruturados e definidos de modo a responder às exigências legais requeridas nos termos do Decreto-lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, na redacção conferida pelo Decreto Lei n.º 46/2009, de 20 de Fevereiro, bem como às questões que são de ordem específica da área de intervenção e do contexto urbanístico, económico e social em que esta se insere. O relatório divide-se em duas partes. A primeira apresenta os elementos fundamentais de caracterização e diagnóstico, tendo sido dada particular atenção aos aspectos que permitem uma melhor compreensão da dinâmica social e económica que se está a desenvolver em Vila Real de Santo António, permitindo ajustar o Plano à incerteza associada a estas intervenções. Na segunda parte do relatório são apresentados os elementos relevantes para uma boa compreensão e fundamentação dos objectivos, princípios, mecanismos e programação de todas as acções e disposições regulamentares que decorrem do Plano. Face às necessidades habitacionais sentidas no Município de Vila Real de Santo António foi deliberado em reunião de câmara realizada a 19 de Fevereiro de 2008, a elaboração do Plano de Pormenor do Bairro da Caixa, aprovando os termos de referência que fundamentam a sua oportunidade e fixam os respectivos objectivos que adiante, neste relatório, serão desenvolvidos.

1. SISTEMA DE GESTÃO TERRITORIAL

O sistema municipal de gestão territorial existente em Vila Real de Santo António é constituído pelo Plano Director Municipal (PDM) de Vila Real de Santo António, alterado por adaptação do PDM ao PROT Algarve, aprovada pelo Regulamento nº 103/2008, publicado no Diário da República nº.43 - 2ª Série, de 29.02.2008, cujo o processo de revisão se encontra actualmente em curso, designadamente na sua fase de caracterização e diagnóstico. Os instrumentos de gestão territorial incidentes no município de Vila Real de Santo António, cujo âmbito é identificado de acordo com o Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, na redacção conferida pelo Decreto Lei n.º 46/2009, de 20 de Fevereiro, são os seguintes: Instrumentos de âmbito nacional

1. Programa Nacional da Politica de Ordenamento do Território (PNPOT), aprovado pela Lei n.º 58/2007, de 4 de Setembro (rectificada pela declaração de Rectificação n.º 80-A/2007, de 7 de Setembro);

Planos sectoriais com incidência territorial

1. Plano sectorial da Rede Natura 2000 (Resolução do Conselho de Ministros n.º 115-A/208, publicado no Diário da República I Série, de 21 de Julho de 20008)

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2. Plano de Bacia Hidrográfica (PBH) do Guadiana aprovado por Decreto Regulamentar n.º

16/2001, de 5 de Dezembro (rectificado pela Declaração de Rectificação n.º 21-C/2001, de 31 de Dezembro);

3. Plano da Bacia Hidrográfica (PBH) das Ribeiras do Algarve, aprovado pelo Decreto

Regulamentar n.º 12/2002, de 9 de Março;

4. Plano Regional de Ordenamento Florestal (PROF) do Algarve, aprovado pelo Decreto Regulamentar n.º 17/2006, de 20 de Outubro;

Planos Especiais de Ordenamento do Território

1. Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC) Vilamoura - Vila Real de Santo António, aprovado pela Resolução de Conselho de Ministros n.º 103/2005, de 13 de Junho;

2. Plano de Ordenamento do Parque Natural da Ria Formosa, aprovado pelo Decreto

Regulamentar n.º 2/91, de 24 de Janeiro (actualmente em fase de revisão, ao abrigo da Resolução de Conselho de Ministros n.º 37/2001, de 3 de Abril);

3. Plano de Ordenamento da Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de

Santo António (aprovado, a aguardar publicação – cf. Resolução do Conselho de Ministros n.º 25/2003, de 19 de Fevereiro);

Instrumentos de âmbito Regional:

1. Plano Regional de Ordenamento do Território (PROT) para o Algarve, cuja revisão foi aprovada pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 102/2007, de 3 de Agosto (rectificada pela declaração de Rectificação n.º 85-C/2007, de 2 de Outubro e alterada pela Resolução de Conselho de Ministros n.º 188/2007, de 28 de Dezembro).

Instrumentos de âmbito Municipal:

1. Plano Director Municipal de Vila Real de Santo António, ratificado pela Portaria nº 347/92, de 16 de Abril, publicado por Declaração a 14 de Julho de 1992 (Diário da República 2.ª série n.º 160) e alterado por: Declaração n.º 324/2002 (2.ª série), de 26 de Outubro; Resolução do Conselho de Ministros n.º114/2004, de 30 de Julho; Declaração n.º 160/2005 (2.ª série), de 26 de Julho; Aviso n.º 728/2008 (2.ª série), de 8 de Janeiro e Regulamento n.º 103/2008 (2.ªsérie), de 29 de Fevereiro.

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2. DINÂMICA ECONÓMICA E SOCIAL

2.1 Enquadramento Regional, Administrativo e Histórico da Área

A área do Plano de Pormenor do Bairro da Caixa situa-se na freguesia de Vila Real de Santo António, no concelho de Vila Real de Santo António e distrito de Faro. Vila Real de Santo António foi fundada em 1774, por vontade expressa do Marquês de Pombal, perto da foz do Guadiana. A cidade constitui um testemunho histórico importante devido ao facto de ter sido construída de raiz em apenas dois anos, segundo o padrão iluminista do século XVIII, caracterizado pela planimetria, altimetria e volumetria. A vila começou a ser construída em 1774 com base num processo de pré-fabrico e estandardização, técnicas que a Casa do Risco das Obras Públicas empregava desde a reconstrução de Lisboa, ficando em Agosto do mesmo ano concluída toda a parte destinada à Sociedade das Pescarias. Foi rápida a sua construção, pois assim o exigiam as contingências da política, face a Espanha e à vontade férrea do Marquês de Pombal, ministro do rei D. José I (1714-1777). Iniciada a marcação do plano da cidade em 2 de Março de 1774, em 6 de Agosto estavam já concluídas as Casas da Câmara e da Alfândega, os quartéis e iniciava-se a Igreja. O final do séc. XIX e as décadas seguintes foram de prosperidade para Vila Real de Santo António. A presença de sardinhas e de atum nas águas do litoral algarvio transformaram a vila num importante centro conserveiro, enquanto o seu porto era demandado pelos barcos que subiam o Guadiana para carregar o minério extraído nas minas de São Domingos. A comprovar o seu dinamismo e riqueza refira-se que foi a primeira localidade do Algarve a ter iluminação a gás (1886). A história do concelho não começa, porém, com a fundação de Vila Real de Santo António. Esta área do litoral foi habitada desde tempos recuados, como comprovam a anta e “tholos” em Nora, perto de Cacela. Os romanos, e mais tarde os árabes, fizeram de Cacela povoação importante. Tomado o seu castelo, em 1240, por D. Paio Peres Correia, mestre da Ordem de Sant'Iago, Cacela foi o ponto de partida para a reconquista de todo o Algarve. No Século XVII, os tempos eram outros e os desafios também. A edificação da vila neste importante ponto fronteiriço visava controlar o comércio e desenvolver as pescas, estimulando assim o aparecimento de uma indústria conserveira que se iria manter quase até os nossos dias. O rigor arquitectónico do Marquês de Pombal está ainda hoje integralmente presente e integrado no eixo urbano. A Praça Marquês de Pombal em conjunto com as históricas ruas pombalinas tece a principal área comercial da cidade. Na Praça encontramos um obelisco central, quatro torreões delimitando os vértices e o edifício da Câmara Municipal e Igreja Matriz.

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Junto ao rio, o edifício da Alfândega, primeiro a ser concluído, a par com os antigos edifícios da Sociedades das Pescarias, divide a cidade em duas metades simétricas, sendo o conjunto rematado por dois torreões que serviam de vigia à vila. Para além da sede do concelho, Vila Real de Santo António inclui ainda o aglomerado urbano de Hortas, estendendo-se ao longo do troço da Ex-Estrada Nacional 125 que liga Vila Real à vila de Monte Gordo e as freguesias de Monte Gordo, uma importante estância balnear, e Vila Nova de Cacela. Esse aglomerado está, em termos administrativos, "dividido" entre as freguesias de Vila Real de Santo António e Monte Gordo. Esta última inclui ainda o aglomerado urbano da Aldeia Nova, no troço da Estrada Nacional 125 que liga Monte Gordo à freguesia de Altura, no concelho de Castro Marim. Uma curiosidade interessante na geografia do concelho de Vila Real de Santo António é justamente o facto da freguesia de Vila Nova de Cacela surgir "separada" das outras duas freguesias do concelho pela freguesia de Altura, que constitui a "saída para o litoral" do concelho de Castro Marim, cuja sede se situa já no barrocal algarvio, a cerca de três quilómetros de Vila Real de Santo António.

2.2 Contexto Local

Correspondendo à sede do Concelho, esta Freguesia engloba a cidade de Vila Real de Santo António e a metade Leste do Sítio das Hortas, no troço da Estrada Nacional 125 que liga Vila Real à vila de Monte Gordo. O Sítio das Hortas é assim designado por, até há várias décadas atrás, ter tido muito menos habitações e muito mais pequenas hortas. Daí tiravam os habitantes da zona o seu sustento, quer através de consumo directo, quer através da venda dos produtos em Monte Gordo e na "Vila", designação simplificada pela qual, ainda hoje, quem mora nos arredores designa a cidade sede do concelho. A "Vila", elevada a cidade em 1986, teve o seu principal núcleo construído entre 1774 e 1776, por vontade expressa do Marquês de Pombal. A terra nasceu numa área que pouco mais era que um deserto de águas e areias, escassamente frequentada por pescadores nómadas, muitos dos quais eram espanhóis. A vontade de cobrar direitos alfandegários aos frequentadores da zona, travando o contrabando, e provar a Espanha que também aqui era terra portuguesa levou ao nascimento da vila, imponente para a época, cuja Zona Ribeirinha se erguia como um desafio a Espanha e à povoação que se erguia na margem esquerda do Guadiana; Ayamonte.

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Se a zona onde hoje se ergue Vila Real de Santo António era pouco povoada à data da sua Fundação, outro tanto não se poderia dizer de épocas anteriores. Na mesma zona se erguia, talvez dois séculos antes, a povoação piscatória de Santo António de Arenilha, à qual D. Manuel I tinha concedido Foral em 1513. O mar e as areias acabaram por tragar a povoação, afastando qualquer veleidade de alguém ali se pretender estabelecer em permanência. Foram precisos mais dois séculos e uma vontade férrea, para que a zona voltasse a ser efectivamente povoada. Quanto à anterior povoação, nem tudo se perdeu nas areias. Legaria à sua sucessora o nome do Santo. Num contexto local, para além da sua sede, o concelho apresenta poucos pólos de desenvolvimento e com dimensão pouco significativa em termos socioeconómicos. Em moldes genéricos, poder-se-á fazer o seguinte enquadramento: Vila Real de Santo António, a sede de concelho, é uma cidade antiga de origem portuária, com influências histórico-culturais diversas e ainda bem vincadas, bem estruturada com uma hierarquia viária bem definida.

A área de intervenção do Plano de Pormenor do Bairro da Caixa insere-se administrativamente na freguesia e concelho de Vila Real de Santo António, distrito de Faro. A freguesia tem uma área de 57,53 km², uma população de 10800 habitantes (Censos 2001) e uma densidade populacional de 1016 hab./km², sendo uma das mais pequenas (em termos de superfície).

A área de Intervenção do Plano,, com cerca de 2,5 ha, localiza-se dentro do perímetro Urbano a

Sul de Vila Real de Santo António e tem como confrontações:

1. A Norte, a Rua Luís de Camões

2. A Poente, a Avenida Ministro Duarte Pacheco

3. A Sul, a Avenida Eng.º. Sebastião Ramirez

4. A Nascente, a Rua Padre Jorge de Leiria

Aquela área de intervenção corresponde a um quarteirão permeável formado por bairros sociais

contíguos, designadamente o Bairro da Caixa, o Bairro de Fundo de Fomento da Habitação (FFH)

e o Bairro do Farol.

A inserção espacial do Bairro da Caixa nesta Vila em que a actividade Turística tem relevância

considerável, junto à Mata Nacional das Dunas Litorais de Vila Real de Santo António e próximo

da praia, justifica acções de requalificação urbana associadas ao uso residencial e à qualificação

do espaço público.

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2.3 Caracterização Demográfica – Evolução da População

A freguesia de Vila Real de Santo António apresenta indicadores demográficos típicos de um território urbano: a densidade populacional é elevada (1016 habitantes por km²) nos contextos local e regional e o envelhecimento não é muito acentuado (cerca de 109 residentes com 65 e mais anos por cada 100 residentes com menos de 15 anos). Não é conhecida a evolução, desde 2001, da população residente na freguesia de Vila Real de Santo António. No entanto, as últimas estimativas inter-censitárias divulgadas pelo INE (relativas a 2007) apontam para uma tendência de crescimento da população no respectivo concelho a uma taxa média de +0,4% ao ano, estando-se na presença de uma desaceleração face ao observado entre 1991 e 2001 (+2,23%). Trata-se de um crescimento moderado no contexto regional dado que se estima que a população algarvia tenha crescido, entre 2001 e 2007, a uma taxa média anual de 1,18%. Também se inverteu a tendência, observada entre 1991 e 2001, para um maior dinamismo demográfico de Vila Real de Santo António face ao Algarve. Assumindo que a população da Freguesia de Vila Real de Santo António cresceu, desde 2001, a uma taxa idêntica à média observada pelo respectivo concelho entre 2001 e 2007, a freguesia em estudo deverá ter, actualmente (2008), cerca de 10800 habitantes. Desta forma, a população residente em Vila Real de Santo António (freguesia) aproxima-se, lentamente, dos 11 mil habitantes, não se verificando uma evolução muito significativa dos contingentes demográficos de 2001. Como termo de comparação importa referir que as principais cidades do Algarve - Faro e Portimão apresentam volumes de população muito superiores (aproximadamente) 50 mil e 40 mil habitantes. É pois, a cidade de Vila Real de Santo António uma das mais pequenas do Algarve, apresentando, ainda, sinais de estagnação numa região em pleno processo de consolidação da respectiva rede urbana. Paralelamente, estima-se que a população residente no concelho seja próxima dos 18 500 habitantes. Desta forma, a freguesia de Vila Real de Santo António deverá manter a sua posição predominante (cerca de 60%) da população num conselho que se aproxima, lentamente aos 20 mil habitantes. Ao nível da distribuição demográfica, Vila Real de Santo António apresenta uma distribuição muito semelhante à generalidade dos concelhos do País, onde uma parte significativa da população reside no maior centro habitacional do concelho. No caso concreto, praticamente metade da sua população reside na cidade de Vila Real de Santo António.

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2.4 Previsão da Evolução da População – Impacto Demográfico dos Investimentos

Previstos

Desde 2001 observa-se uma desaceleração do crescimento da população residente na freguesia

(e no concelho) de Vila Real de Santo António face ao observado na última década do século XX.

No que diz respeito à taxa de natalidade, desceu de 14,31% para 9,41% entre 1991 e 2001; a

freguesia com o valor mais alto é Vila Real de Santo António (10,5%), seguido de Monte Gordo

(8,1%), e por fim Vila Nova de Cacela (7,5%).

No que diz respeito à taxa de mortalidade também decresceu, descendo de 12,29% em 1991,

para 11,92% em 2001. Analisando por freguesia Vila Real de Santo António e Vila Nova de Cacela

têm valores idênticos (13,1% e 13,0% respectivamente), enquanto Monte Gordo apresenta o valor

mais baixo do município (7,8%). Contudo, como o decréscimo de natalidade foi mais acentuado a

taxa de crescimento natural desceu de 2,01% para -2,51%. A única freguesia com saldo positivo

neste aspecto é Monte Gordo (0,3%), enquanto que Vila Nova de Cacela é que mais se destacou

pelo aspecto negativo (-5,5%); a freguesia de Vila Real de Santo António teve uma taxa de

crescimento natural de -2,6%.

Apesar do decréscimo, prevê-se que a população cresça de 27% relativamente a 2001 até ao ano

de 2031 (previsão de 22 834 habitantes) devido ao crescente êxodo de pessoas dos municípios do

interior do Algarve, para os mais litorais, tais como Vila Real de Santo António.

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O crescimento da população nota-se na densidade populacional que, segundo a previsão subirá

de 2,90 hab./Km2 em 2001 para 3,69 hab./Km2 em 2031.

Actualmente a população residente na freguesia de Vila Real de Santo António encontra-se

estabilizada em torno dos 11 mil habitantes, de entre o total de 18,5 mil habitantes no concelho.

Uma eventual persistência das tendências demográficas mais recentes, ou seja, o crescimento

lento da população residente pode condicionar a viabilidade da instalação de alguns equipamentos

colectivos importantes para a qualidade de vida das populações e para a atractividade de Vila

Real de Santo António, numa perspectiva transfronteiriça no sentido da não garantia das

respectivas escalas mínimas eficientes, nomeadamente de equipamentos de cultura e lazer (a

tipologia onde o Concelho apresenta a maior carência) e equipamentos de saúde promovidos por

privados.

Em 2001, as carências habitacionais em Vila Real de Santo António eram estimadas em 790

fogos, com 97 casos críticos (alojamentos não clássicos, em situações precárias tipo barraca ou

similar). Actualmente (2008) existem 765 pessoas inscritas na Câmara Municipal de Vila Real de

Santo António para acesso a habitação a custos controlados, estando prevista a disponibilização,

a curto/médio prazo de mais 418 fogos, face aos 693 existentes, que estão ocupados

praticamente na integra.

A concretização do Plano Pormenor do Bairro da Caixa pressupõe a disponibilização de mais 54

fogos, fruto da demolição prevista de cerca de 21.440 m2 de área bruta de construção, referentes

aos Bairros da Caixa e Farol, sendo estes os mais degradados dos 23 existentes no Concelho de

Vila Real de Santo António.

O concelho de Vila Real de Santo António tem um desafio para os próximos anos que irá requerer, fundamentalmente, uma grande capacidade de se transformar, isto é, tem uma oportunidade de dar um salto significativo na sua dinâmica de desenvolvimento, de atractividade e de qualificação territorial e ambiental. A visão para o concelho de Vila Real de Santo António e para o horizonte próximo de 2013, deve reflectir essa perspectiva transformacional e ambiciosa, que se sistematiza no “statement” apresentado: ser um centro de modernidade e referência cultural do Algarve.

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Esta perspectiva para Vila Real de Santo António em 2013 tem o propósito de ser simultaneamente emblemática e mobilizadora, de forma a identificar um desejo próprio de Vila Real de Santo António se afirmar no seu contexto regional e nacional, por um lado, e de forma a congregar interesses e lideranças de agentes locais e externos na prossecução desse objectivo global de alto nível. O aprofundamento da competitividade económica entre territórios, na procura e acolhimento de mais e melhores investimentos e de novos fluxos de visitantes, coloca a competitividade territorial no âmago da definição de opções estratégicas de desenvolvimento para o Algarve, cabendo à Região valorizar e promover os seus recursos de excelência e reivindicar a fixação de outros recursos que contribuam para reforçar a sua atractividade. Nesse sentido, foi claramente definida uma estratégia de desenvolvimento do Algarve 2007-2013 (CCDR Algarve, 2006) visando o reforço da competitividade económica regional, centrada no complexo de actividades de turismo e do lazer, visando desse modo ampliar os efeitos sobre o emprego e o valor acrescentado, assentes numa base económica mais sólida e no aproveitamento pleno dos recursos e capacidades produtivas, onde se destacam os valores naturais, a paisagem humanizada e a qualidade ambiental. A concretização da estratégia de desenvolvimento regional é suportada por três domínios de intervenção: os espaços rurais, valores naturais e biodiversidade; as infra-estruturas de base; e os espaços urbanos e equipamentos educativos, socais e culturais. Esse enquadramento quanto à estratégia de desenvolvimento para a Região do Algarve consubstancia o Programa Operacional do Algarve (PROALGARVE) definido para 2000-2013,que teve como base o QERN (Quadro Estratégico de Referência Nacional), o qual constitui um instrumento fundamental para a prossecução bem sucedida da estratégia regional. A perspectiva de valorização dos recursos regionais (aqui considerada segundo duas tipologias de base: os recursos humanos e as competências regionais; o território e o ambiente) fundamenta a definição de quatro objectivos estratégicos e eixos de desenvolvimento para o ALGARVE no horizonte de 2013:

1. Objectivo Especifico: Qualificar, inovar e robustecer a economia:

a) Diversificar e qualificar o “cluster” Turismo/Lazer; b) Alargar o complexo de actividades em torno do Turismo/Lazer; c) Robustecer e modernizar a economia regional;

2. Objectivo Especifico: Valorizar os recursos humanos e criar mais competências:

a) Melhorar as condições de empregabilidade para absorver novas qualificações; b) Melhorar as qualificações dos jovens e dos adultos, valorizando as competências

básicas e tecnológicas; c) Fomentar iniciativas de desenvolvimento socioeconómico de apoio à integração de

grupos vulneráveis; d) Modernizar e qualificar a Administração Pública da região;

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3. Objectivo Especifico: Promover um modelo territorial equilibrado e competitivo:

a) Promover um modelo territorial articulado e potenciador dos seus diversos espaços; b) Melhorar as acessibilidades e mobilidade; c) Completar redes regionais de equipamento; d) Qualificar o espaço público e a paisagem;

4. Objectivo Especifico: Consolidar um sistema ambiental sustentável;

a) Completar e garantir infra-estruturas ambientais de qualidade b) Criar níveis elevados de protecção ambiental c) Promover a participação, as boas práticas e politicas de informação e educação

ambiental d) Implementar uma politica de prevenção de risco.

A concretização da ambição da Região significa prosseguir os quatro grandes objectivos estratégicos referidos, definidos em torno da consolidação dos conceitos fundamentais do desenvolvimento, competitividade económica, coesão social e sustentabilidade ambiental que devem ser entendidos como um todo interdependente. Face a esta compreensão dos objectivos e linhas de desenvolvimento estratégicos preconizados para o Algarve, é de referir que deverá existir uma consonância em termos globais entre a perspectiva regional e a perspectiva que neste documento se estabelece para o concelho de Vila Real de Santo António.

2.5 Diagnóstico socioeconómico

Nos últimos anos, o concelho de Vila Real de Santo António tem vindo a apresentar uma

incidência de desemprego acima da observada (Fonte: IEEP, INE) quer para a área de influência

do respectivo Centro de Emprego-CTE (que abarca também os conselhos de Alcoutim, Castro

Marim e Tavira), quer para o Continente como para o Algarve. O concelho apresenta valores muito

elevados de desemprego, acima dos dois dígitos em 2004-2005 e, mais recentemente (Dezembro

2007), de 7,7%

Este último rácio é superior ao verificado no Algarve (6,9%) bem como na área de influência do

CTE de Vila Real de Santo António (6,2%), notando que os demais concelhos (que integram essa

área) têm uma incidência de desemprego na população activa inferior ao caso de Vila Real de

Santo António: Castro Marim (5,9%), Tavira (5,3%) e Alcoutim (3,5%).

Os 666 desempregados residentes no Concelho de VRSA correspondem a cerca de metade

(46%) dos inscritos no centro de emprego. Caracterizam-se por uma proporção relativamente

elevada de mulheres (71,6%) e de jovens (19,2%) nos contextos desse CTE, da Região e do

Continente.

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Contudo, o desemprego de longa duração (superior a 12 meses) e a procura do primeiro emprego

são pouco frequentes entre os desempregados residentes no concelho de Vila Real de Santo

António, reflectindo o carácter urbano de Vila Real de Santo António e de Monte Gordo (onde se

concentra mais de 80% da população do concelho e as oportunidades de emprego sazonal

associadas às actividades económicas inseridas no turismo (hotelaria, restauração, comércio entre

outras).

Verifica-se que o desemprego incide em pessoas com baixos níveis de habilitação em VRSA, com

(cerca de) 26% do total inscritos com apenas o 1º Ciclo do ensino Básico - CEB (antiga 4ª Classe)

e com 19% com o 2.º CEB (antigo Ciclo Preparatório), tratando-se de proporções elevadas dado o

contexto Regional.

De acordo com o levantamento efectuado e com base nas certidões da conservatória do registo predial e cadernetas prediais urbanas respectivas, à data presente, os prédios inseridos na área de intervenção do PPBCx apresentavam um total de 203 fracções, distribuídos por 35 prédios e pelos Bairros da Caixa, do Farol e FFH.

Das 203 fracções apuradas, 194 correspondem a habitações, dividindo-se as restantes 9 fracções em 8 afectas a armazéns e uma a comércio.

Por sua vez, das 194 fracções habitacionais, 132 unidades (cerca de 68%) correspondem a habitações de propriedade do município de VRSA ou do IGAPHE, tendo as restantes 62 unidades (cerca de 32%) sido alienadas, sendo, por conseguinte de proprietários privados. A referência a estes números visa precisar, com rigor, a questão dos realojamentos, resultando da mesma que, das 203 fracções existentes, 194 fracções correspondem a habitações (ou seja cerca de 543 habitantes, na hipótese destes terem uma ocupação média de 2,8 hab./fogo e de se encontrarem todos ocupados), dos quais 132 são propriedade da administração, podendo eventualmente corresponder a rendas apoiadas socialmente.

Deste modo, no cenário mais abrangente, o universo a ser objecto de realojamento, por via da implementação do PPBCx é de 132 fogos, correspondentes a igual número famílias.

Considerando que o município de VRSA tem neste momento em fase de conclusão 170 fogos e se encontra prevista a promoção de mais 140 fogos, totalizando 310 fogos a custos controlados, resulta evidente que as necessidades realojamento potencialmente geradas pela implementação do PPBCx, se encontram devidamente acauteladas pela politica de habitação em curso.

Em termos ainda da componente socioeconómica importa não desvalorizar o facto de nos encontrarmos perante o conjunto habitacional considerado o mais degradado do todo o concelho de Vila Real de Santo António, devido aos fenómenos de degradação humana e exclusão social que ai se registam e que se procura combater com a requalificação urbana desta área através do presente plano.

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3. OBJECTIVOS

O PPBCx tem um carácter essencialmente instrumental e programático no quadro dos objectivos gerais de desenvolvimento de Vila Real de Santo António. Neste sentido, o Plano é informado e informa os restantes instrumentos de gestão territorial na sua fase de concepção e/ou revisão, proporcionando desta forma uma melhor articulação entre os diferentes níveis de planeamento municipal. Adicionalmente, a concepção da solução urbanística e o programa de usos do solo têm em boa conta as importantes transformações previstas em planos e programas operacionais nacionais. O Plano assume a sua dimensão operativa, procurando dar uma resposta adequada à emergência de solicitações específicas das famílias, induzidas na área de intervenção pela realização de vários investimentos públicos e privados no concelho. As necessidades emergentes de mais (e/ou novos) recursos urbanos levaram a que o Plano procurasse oferecer, de forma equilibrada e adequada, um programa de espaços com diversas categorias de uso, as necessárias infra-estruturas urbanas, comércio e serviços adequados à população prevista e à superação de carências que hoje se fazem sentir na cidade. Por outro lado, este instrumento de gestão territorial pretende contribuir para um melhor desempenho de funções com expressão territorial e que são cometidas à Administração Local, designadamente na efectivação de vários princípios, direitos e obrigações que se encontram no âmbito da protecção de direitos difusos; harmonização dos interesses dos particulares com os da comunidade e os da boa administração autárquica; protecção dos “vizinhos urbanísticos”; participação pública e cidadania; maior eficácia, eficiência e transparência na administração da cidade.

O PPBCx corresponde ao cumprimento dos seguintes objectivos, identificados nos Termos de Referência que fundamentam a oportunidade de elaboração do presente Plano, designadamente:

1. Assegurar uma efectiva integração na área a estudar na sua envolvente, tendo especial atenção ao seu relacionamento com a morfologia urbana de Vila Real de Santo António e com a Paisagem envolvente;

2. Contribuir para uma identidade própria com arquitectura de elevada qualidade e dotar de uma zona de equipamentos e infra-estruturas numa lógica de requalificação urbana e qualificação do espaço público;

3. Garantir a viabilidade do Plano sob o ponto de vista urbanístico e económico financeiro, através de uma abordagem realista e tecnicamente segura nas suas implicações orçamentais.

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4. ENQUADRAMENTO LEGAL E REGULAMENTAR

O Plano de Pormenor do Bairro da Caixa, em Vila Real de Santo António, enquanto Instrumento de Gestão Territorial, tem como principal enquadramento legal, sem prejuízo da restante legislação aplicável em vigor, o Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, com a redacção dada pelo Decreto-Lei n.º 46/2009, de 20 de Fevereiro, que concretiza as Bases da Politica de Ordenamento do Território e Urbanismo, estabelecidas pela Lei n.º 48/98, de 11 de Agosto. Do ponto de vista de enquadramento legal e regulamentar nos instrumentos de planeamento e ordenamento válidos e em vigor, a área de intervenção do Plano encontra-se abrangida pelas disposições do Plano Director Municipal de Vila Real de Santo António. O PDM de Vila Real de Santo António foi ratificado pela Portaria nº. 347/92, de 16 de Abril e publicado por Declaração a 14 de Julho de 1992 (Diário da República 2.ª série nº. 160). Este instrumento de planeamento sofreu várias alterações ao longo do tempo, tendo a mais recente alteração sido efectivada através do Regulamento nº. 103/2008, publicado no Diário da República n.º 43 – 2.ª Série, de 29 de Fevereiro de 2008, procedido à republicação do respectivo regulamento. O Regulamento do PDM tem por objectivo estabelecer as regras a que deverá obedecer a ocupação, uso e transformação do território municipal e definir as normas de gestão urbanística a utilizar na implementação do Plano. A última alteração ao PDM introduziu algumas das orientações de Planos de Ordenamento do Território hierarquicamente superiores, nomeadamente o PROT Algarve, o Plano de Ordenamento da Orla Costeira de Vilamoura - Vila Real de Santo António e o Plano de Ordenamento da Ria Formosa. O enquadramento legal apresentado rege-se pelo Plano Director Municipal vigente. De acordo com o Plano do Uso dos Solos do PDM em vigor, verifica-se que a área de intervenção do PPBCx se encontra inserida na área classificada de “Zona de Habitação Consolidada” (ZHC), regendo-se estas áreas pelo dispostos nos artigos 55º e 56º do Regulamento do PDM, designadamente:

- Artigo 55º - “As Zonas de Habitação Consolidadas (ZHC) são constituídas por malhas urbanas em que a maioria dos lotes se encontra edificada, os alinhamentos estão definidos e existem todas as infra-estruturas urbanísticas.”

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- Artigo 56º: 1. Nas Zonas de Habitação Consolidada são permitidas operações de loteamento. 2. A edificabilidade admitida é a resultante da aplicação do Cap.II do Título III do

Regulamento Geral das Edificações Urbanas, não podendo em caso algum serem introduzidas alterações ao alinhamento do plano marginal definido pelos edifícios contíguos.

3. Número máximo de pisos: 4 Poderá ser autorizado um maior número de pisos quando existir plano de pormenor ou plano de cérceas aprovado, ou ainda quando o edifício contíguo tenha um número de pisos superior, desde que tal não contrarie as disposições no RGEU nem no disposto no número anterior relativamente ao alinhamento do plano marginal.

4. Não são permitidos corpos balançados sobre a via pública à excepção das varandas com 0,40m de balanço com guarda constituída por gradeamento ou outros elementos não opacos.

5. Na ZHC de Monte Gordo, quando a frente do lote seja superior a 15m, deverá prever-se estacionamento privativo dentro do lote na proporção de um lugar por fogo.

6. A regra estabelecida no número anterior deverá, sempre que possível, ser igualmente aplicada na ZHC de Vila Real de Santo António.

Verifica-se que os seguintes planos com incidência territorial no Município de Vila Real de Santo António apresentam a subsequente relação com a área de intervenção do PPBCx:

1) Plano Sectorial Rede Natura;

Tanto quanto foi possível apurar, atendendo à enorme diferença de escalas entre o Plano

(elaborado à escala 1:500) e o plano sectorial em questão (elaborado à escala 1:100.000) e aos

elementos disponibilizados, a área de intervenção do Plano confina mas não se sobrepõe à área

classificada por aquele plano.

Ainda assim, e na eventualidade de ser verificada a existência de uma pequena área a Sudoeste

classificada enquanto Sítio Rede Natura 2000, propõe-se a sua correcção pela desafectação e a

alteração desta classificação para “Áreas Urbanizáveis”, obedecendo aos índices que irão constar

no Plano Director Municipal após a sua revisão e adaptação à proposta do Plano, uma vez que

nos encontramos perante uma área urbana consolidada, a qual já existia previamente à

elaboração do presente plano e à marcação da Rede Natura, pelo que, a verificar-se esta

situação, a mesma só poderá corresponder a uma imprecisão gráfica resultante da escala

utilizada.

2) Plano da Bacia Hidrográfica (PBH) do Guadiana;

O Plano da Bacia Hidrográfica do Guadiana engloba toda a área de intervenção do Plano em:

Unidade Homogénea de Planeamento 11 (correspondente ao Estuário), no âmbito da Unidades

Homogéneas de Planeamento; em “Sede de Concelho”, no âmbito da ocupação do solo; sem

qualquer tipo de condicionantes no âmbito da rede hidrométrica

Assim e não obstante este plano abranja a área de intervenção do PPBCx, verifica-se que o

mesmo não apresenta disposições que condicionem a sua proposta de ocupação.

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3) Plano da Bacia Hidrográfica (PBH) das Ribeiras do Algarve;

Este Plano embora inclua no seu enquadramento territorial parte do concelho de Vila Real de

Santo António, não abrange a cidade de Vila Real de Santo António, por conseguinte o PPBCx,

logo não tem qualquer incidência sobre este instrumento de gestão e ordenamento territorial.

4) Plano Regional de Ordenamento Florestal (PROF) do Algarve;

De acordo com a da Planta Síntese do Plano Regional de Ordenamento Florestal, verifica-se que

o mesmo não apresenta disposições que sejam aplicáveis ao aglomerado urbano correspondente

à cidade de Vila Real de Santo António, desde logo porque exclui da sua aplicação os solos

urbanos, logo não se verifica qualquer incidência entre este Plano e o PP em estudo. Não

obstante, a proximidade da Mata Nacional das Dunas Litorais de Vila Real de Santo António foi

tomada em consideração para a modelação das acções de requalificação a levar a cabo pelo

Plano.

5) Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC) Vilamoura – Vila Real de Santo António;

De acordo com a Planta de Síntese e a Planta de Condicionantes deste plano, pese embora este

inclua na sua abrangência territorial parte do concelho de Vila Real de Santo António, verifica-se

que o mesmo não inclui a cidade de Vila Real de Santo António, por conseguinte o PPBCx, logo

não tem qualquer incidência sobre este instrumento de gestão e ordenamento territorial.

6) Plano de Ordenamento do Parque Natural da Ria Formosa

De acordo com a Planta de Síntese e a Planta de Condicionantes deste plano, pese embora este

inclua na sua abrangência territorial uma pequena parte do concelho de Vila Real de Santo

António, correspondente a Vila Nova de Cacela, verifica-se que o mesmo não inclui a cidade de

Vila Real de Santo António, por conseguinte o PPBCx, logo não tem qualquer incidência sobre

este instrumento de gestão e ordenamento territorial.

7) Plano da Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António

De acordo com a Planta de Síntese e a Planta de Condicionantes deste plano, pese embora este

inclua na sua abrangência territorial uma pequena parte do concelho de Vila Real de Santo

António, verifica-se que o mesmo não inclui a cidade de Vila Real de Santo António, por

conseguinte o PPBCx, logo não tem qualquer incidência sobre este instrumento de gestão e

ordenamento territorial.

A área de intervenção do PPBCx de Vila Real de Santo António localiza-se no Sotavento Algarvio,

região biogeográfica Mediterrânica, numa área privilegiada no que se refere à natureza e

biodiversidade.

O PP incide numa área de habitação consolidada, onde não se verifica a existência de

ecossistemas naturais ou semi-naturais, embora, existam na sua proximidade áreas classificadas

no âmbito da Conservação da Natureza, nomeadamente a Rede Natura 2000 e a Rede Nacional

de Áreas Protegidas, que conservam importantes valores naturais.

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Assim a área de intervenção do PPBCx confina a Sul e a Sudoeste com a Mata Nacional das

Dunas Litorais de Vila Real de Santo António. Não confinando directamente com a área do PP

estão ainda duas importantes Áreas Naturais, o Rio Guadiana que dista cerca de 300 m a Este e

os Sapais de Castro Marim, a cerca de 1,20 Km a Norte. Estas três áreas de características

naturais encontram-se classificados como Sítio de importância Comunitária (SIC)” Ria Formosa/

Castro Marim” (PTCON13), integrada na Rede Natura 2000, ao abrigo da directiva Habitats.

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A nível regulamentar identificam-se ainda as seguintes componentes consideradas no âmbito da proposta do presente plano, designadamente:

1) Delimitação de Áreas Com Risco de Inundação (PDP 40)

a. Introdução

O Plano de Pormenor do Bairro da Caixa encontra-se localizado imediatamente a norte do Farol

de Vila Real de Santo António, uma das zonas com cotas topográficas mais elevadas de toda a

cidade.

Com efeito, neste local as cotas dos arruamentos existentes situam-se no intervalo compreendido

entre a cota 4.0 (na extremidade norte, na ligação à Rua Luis de Camões) e a 5.0 (na extremidade

sul, junto ao Farol), ou seja, cerca de 0,5 a 1,5 m acima da Praça Marquês de Pombal e 1,0 a 2,0

m acima da Rotunda do Encalhe.

Tendo em conta a sua localização, e à semelhança do que se passa de um modo geral em toda a

cidade de Vila Real de Santo António, o risco da ocorrência de eventuais inundações baseia-se na

subida do nível do Guadiana e nas dificuldades de drenagem das águas pluviais caídas sobre a

cidade, nomeadamente aquando de precipitações intensas.

b. Nível Máximo do Guadiana em Vila Real de Santo António

Não existem registos disponíveis sobre o nível máximo atingido pelo Rio Guadiana em Vila Real de

Santo António.

Apesar das inundações nesta cidade serem recorrentes, não foram até à data relatados

galgamentos da Av. da República ou da Variante Norte pelo rio e a razão de se verificarem estas

ocorrências reside essencialmente na dificuldade de drenagem das águas pluviais nas zonas de

menor cota.

Consultados os estudos existentes sobre o Guadiana, designadamente o Plano da Bacia

Hidrográfica do Guadiana e o Estudo Integrado de Impacte Ambiental do Empreendimento do

Alqueva, é possível inferir-se que os caudais de cheia correspondentes a períodos de retorno

elevados, e mesmo a própria onda de inundação associada à hipotética rotura da barragem,

sofrem grandes amortecimentos por influência da capacidade de armazenamento dos sapais

existentes no seu percurso, pelo que o nível do rio na zona de Vila Real de Santo António não

deverá ultrapassar em qualquer das situações a cota 2.0.

Por outro lado, os registos do Instituto Hidrográfico apontam para níveis máximos de maré à volta

da cota 1.75 na zona da foz do Guadiana.

Haverá ainda que ter em conta o relatório do Painel Intergovernamental sobre Alterações

Climáticas, publicado em 2007, que refere uma previsível subida do nível do mar associada a

estes fenómenos, estimada entre 0,18 e 0,59 m.

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Conjugados os dados recolhidos, poder-se-á pois concluir que, na pior das situações, o nível

máximo do Guadiana não ultrapassará a cota 2.60, pelo que não terá influência directa sobre a

área do Plano de Pormenor do Bairro da Caixa, onde a cota de soleira das construções propostas

apresentam sempre um valor muito acima do referido (no mínimo 4.00), conforme é possível

constatar na Carta de Risco de Inundação apresentada.

c. Drenagem pluvial da zona Sul da cidade

Nos últimos anos, tem vindo a ser desenvolvido um enorme esforço no sentido de minimizar a

probabilidade de ocorrência de inundações em Vila Real de Santo António.

Para que tal seja possível, foi planeado, projectado e em parte já executado um extenso conjunto

de obras que visam, numa primeira instância, melhorar as condições actuais de drenagem

gravítica de águas pluviais para o rio Guadiana, mediante a construção de colectores com

capacidade suficiente para conduzir os caudais de ponta em situações correntes e, numa segunda

instância, possibilitar condições de drenagem mesmo em situações excepcionais, através da

construção de sistemas elevatórios estrategicamente localizados.

Estas obras têm por base uma análise preliminar do risco de inundação, em função do nível

máximo do Guadiana, da geometria e altimetria da cidade, bem como da distância aos pontos de

descarga, apresentando-se na figura seguinte um extracto da carta de risco referente à zona onde

o Plano de Pormenor do Bairro da Caixa se encontra localizado.

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Nesta zona foi preconizada a construção de um colector em betão, com diâmetros compreendidos

entre 400 e 1200 mm, que se desenvolverá ao longo da Rua Ministro Duarte Pacheco e da

Estrada da Mata e promoverá o encaminhamento das águas pluviais para o Guadiana.

Apesar de nas situações de baixa-mar o colector trabalhar em superfície livre, o seu

dimensionamento foi efectuado para as ocasiões em que funcionará em carga, com a sua

descarga submersa e considerando o serviço de toda a bacia hidrográfica correspondente, o que

permite assegurar que a área de implantação do Plano de Pormenor do Bairro da Caixa será

convenientemente drenada, mesmo nas situações em que o Guadiana venha a atingir o nível

máximo expectável.

2) Ruído

De acordo com os mapas de ruído e respectivo relatório elaborados para o PPBCx a respectiva

área de intervenção encontra-se classificada, na sua totalidade, como zona mista.

O Regulamento Geral do Ruído, no seu artigo 8.º, n.º1 vem determinar que “As zonas sensíveis ou

mistas com ocupação expostas a ruído ambiente exterior que exceda os valores limite fixados no

artigo 11.º devem ser objecto de planos municipais de redução do ruído, cuja elaboração é da responsabilidade das câmaras municipais”.

Na área de intervenção do presente Plano, de acordo com os mapas e relatório de ruído, bem

como das respectivas peças desenhadas que o acompanham, e tendo em conta os valores limite

de exposição previstos para as zonas mistas, foram identificadas faixas onde os níveis de ruído

evidenciados pelas medições efectuadas, ultrapassam os níveis previstos no Regulamento Geral

do Ruído (RGR), ocorrendo, assim, um incumprimento do RGR.

As mencionadas faixas de incumprimento encontram-se identificadas nas plantas de identificação

das zonas de incumprimento, definidas de acordo com o indicador lden e indicador ln, constando

no anexo VI do relatório do mapa de ruído, devidamente delimitadas a cor vermelha.

Tendo em conta a obrigação legal que decorre para a Câmara Municipal de Vila Real de Santo

António de elaborar os mencionados planos municipais de redução de ruído, e embora do RGR

não resulte a exigência legal de esse plano de redução de ruído acompanhar os planos municipais

de ordenamento do território (veja-se que nas alterações introduzidas pelo RGR à Portaria n.º

138/2005, de 2 de Fevereiro não consta a necessidade desde elemento), será elaborado plano

municipal de redução de ruído para as mencionadas faixas de incumprimento, o qual será

submetido à Assembleia Municipal, para aprovação, em momento simultâneo ao da aprovação do

presente Plano.

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Município de Vila Real de Santo António Praça Marquês de Pombal 8900-231 Vila Real de Santo António Telefone (351) 281 510 000 │ Fax (351) 281 510 003 Internet www.cm-vrsa.pt

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5. ALTERAÇÕES ÀS DISPOSIÇÕES DO P.D.M. DE VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO

O Plano Director Municipal é acima de tudo um instrumento de planeamento integrado no âmbito de intervenção estratégica e definidor das grandes linhas orientadoras de desenvolvimento a médio/longo prazo para o território concelhio, pelo que recorre a instrumentos de pormenor, como é o presente caso, para desenvolver e concretizar propostas de organização espacial. Por outro lado, o Decreto-Lei n.º 380/99 (com a redacção dada pelo Decreto-Lei n.º 46/2009, de 20 de Fevereiro,) refere, no seu artigo 71º, que o regime de uso do solo é definido nos planos municipais de ordenamento do território, através da classificação do solo, e que a reclassificação se processa através de procedimentos de revisão ou alteração dos mesmos, ressalvando no seu artigo 72º que “a reclassificação tem carácter excepcional, sendo limitada aos casos em que tal for comprovadamente necessário face à dinâmica demográfica e ao desenvolvimento económico e social(...)”. De acordo com o extracto da Planta de Síntese – Uso do Solo do PDM de VRSA a área de intervenção do presente Plano encontra-se inserida dentro do perímetro urbano de Vila Real de Santo António, na classe “Das Áreas Residenciais”, em Zonas de Habitação Consolidadas.

O artigo 56º do regulamento do PDM estabelece para estas áreas um regime de edificabilidade

resultante da aplicação do RGEU, “não podendo em caso algum serem introduzidas alterações ao

alinhamento do plano marginal definido pelos edifícios contíguos”, admitindo um número máximo

de pisos superior aos 4 estabelecidos, na eventualidade de existir um plano de pormenor ou um

plano de cérceas que preveja esta situação, como é o presente caso.

Entende-se assim, por tudo o exposto nos capítulos anteriores, que estas considerações vão ao encontro do que sucede na zona de intervenção do Plano, pelo que se considera que não existem alterações às disposições do PDM em vigor, conformando-se o PPBCx com os pressupostos enunciados no planos que têm incidência na sua área de intervenção. Ainda assim, dado o Plano Director Municipal de Vila Real de Santo António se encontra em fase de revisão, a mesma deverá contemplar ou salvaguardar as propostas constantes nesta proposta de Plano.

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Município de Vila Real de Santo António Praça Marquês de Pombal 8900-231 Vila Real de Santo António Telefone (351) 281 510 000 │ Fax (351) 281 510 003 Internet www.cm-vrsa.pt

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6. CONDICIONANTES (PLANTA DE ESTRUTURA E SALVAGUARDA)

O Plano Director Municipal de Vila Real de Santo António prevê no artigo 57.º do seu regulamento

o seguinte:

1) As Zonas Especiais de Protecção são constituídas por:

a) Centro Histórico de Vila Real de Santo António;

b) Núcleo Histórico de Cacela-a-Velha

2) Os Condicionamentos estabelecidos para as zonas especiais de protecção visam

a defesa e valorização do património edificado.

3) As disposições da presente secção não são imperativas para efeitos de

elaboração dos planos de salvaguarda das zonas históricas, quer dentro das

áreas históricas quer nas envolventes de protecção, e aplicar-se-ão apenas até à

entrada em vigor dos regulamentos ou das normas provisórias dos referidos

planos.

De acordo com a informação recebida da CMVRSA e tanto quanto foi possível visionar, através

dos sítios em que esta se encontra disponível, a Planta de Estrutura e Salvaguarda não apresenta

para a área de intervenção do plano zonas especiais de protecção, servidões administrativas e

outras restrições de utilidade pública ao uso do solo, com excepção das seguintes excepções:

- Protecção a rodovias;

- Protecção a redes de captação, aducção e distribuição de águas

De acordo com o n.º5, do artigo 15º do regulamento do PDM, “Na rede viária local é estabelecida

uma faixa de respeito non aedificandi com uma largura de 5 m, 6m ou 20 m, para cada lado do

eixo da via, consoante se trate de vedações, de construções para fins habitacionais e para

pequena industria ou de construções para instalações de fornos, forjas, fábricas ou outras que

possam causar dano, estorvo ou perigo quer à via, quer ao trânsito”.

Do mesmo modo, nos ternos do artigo 16º do regulamento do PDM, são definidas as seguintes

condicionantes a serem observadas na proximidade das redes de captação, aducção e

distribuição de água, designadamente:

a) Interdição de pontos de poluição bacteriana, tais como colectores e fossas

sépticas, despejos de lixo ou descarga de entulho numa faixa de 100 m à volta

dos furos de captação de água;

b) Interdição da execução de construções numa faixa de 20 m definida a partir dos

limites exteriores do reservatório e expansão;

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Município de Vila Real de Santo António Praça Marquês de Pombal 8900-231 Vila Real de Santo António Telefone (351) 281 510 000 │ Fax (351) 281 510 003 Internet www.cm-vrsa.pt

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c) Interdição da execução de construções numa faixa de 1,5m, medida para cada um

dos lados das condutas, quando se trate de adutoras-distribuidoras e de 1m para

cada lado, quando se trate de condutas exclusivamente distribuidoras;

d) Interdição, fora dos aglomerados urbanos, da plantação de árvores numa faixa de

2 m, medida para cada um dos lados das condutas.

A presente proposta de plano para o PPBCx encontra-se elaborada em conformidade com as

condicionantes identificadas, propondo ainda a desafectação e reimplantação da rede de média

tensão existente, de acordo com previsto pelo plano para esta infra-estrutura.

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Município de Vila Real de Santo António Praça Marquês de Pombal 8900-231 Vila Real de Santo António Telefone (351) 281 510 000 │ Fax (351) 281 510 003 Internet www.cm-vrsa.pt

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7. CADASTRO

A área de intervenção do presente Plano engloba trinta e cinco prédios urbanos, constituídos em propriedade horizontal, cujas fracções respectivas são pertença de diferentes proprietários, públicos e privados conforme o seguinte quadro:

RÚSTICO URBANO IMPLANTAÇÃO INSCRITA N.º ID Tipolog. TIPO ACTIVO PASSIVO

Norte: A T2 Prop. PlenaSul: B T3 Prop. PlenaNascente: C T2 Prop. Plena João Henrique Ribeiro Sabino José Manuel LourençoPoente: D T3 Prop. Plena Municipio de Vila Real de Santo António

E T3 Prop. Plena António da Silva Gomes NénéF T3 Prop. Plena Municipio de Vila Real de Santo António

Norte: A T3 Prop. Plena Maria Adelina Fernandes Veia de Braz Moura Carlos Alberto dos Santos Gonçalves Braz MouraSul: B T2 Prop. Plena Jacinto Lourenço Mestre nstituto da Gestão Financeira da Segurança SociaNascente: C T3 Prop. Plena Albertina Maria Rodrigues Pereira Telma Maria Gil Martins DavidPoente: D T2 Prop. Plena Eduardo Pereira Martins Maria da Encarnação Marques Zuniga Serrano

E T3 Prop. Plena Maria Esperança Estevão da Cruz CorielF T2 Prop. Plena Tomás Ribamar Martins Sabino

Norte: Bloco 1-A A T2 Prop. PlenaSul: Rua do Farol B T3 Prop. PlenaNascente: C T2 Prop. PlenaPoente: D T3 Prop. Plena

E T2 Prop. PlenaF T3 Prop. Plena

Norte: Bloco 1-A A T2 Prop. PlenaSul: Rua do Farol B T2 Prop. PlenaNascente: C T2 Prop. PlenaPoente: D T2 Prop. Plena

E T2 Prop. PlenaF T2 Prop. Plena

Norte: A T3 Prop. Plena Antónico Cecílio Munhoz BaptistaSul: B T2 Prop. Plena Domingos Gonçalves MarçaloNascente: C T3 Prop. PlenaPoente: D T2 Prop. Plena

E T3 Prop. PlenaF T2 Prop. Plena Rosa Maria da Encarnação Bandeira Fernandes

Norte: A T2 Prop. Plena Mariana de JesusSul: B T2 Usufrutuário João Fernando Salas VeiaNascente: C T2 Prop. Plena Municipio de Vila Real de Santo AntónioPoente: D T2 Prop. Plena Emílio Baptista Arsénio

E T2 Prop. PlenaF T2 Prop. Plena

Norte: Terrenos da Câmara Municipal A T2 Prop. Plena João Rafael Ramos Ferreira José Solá SoléSul: Instituto da Gestão Financeira da Segurança Social B T3 Prop. Plena Municipio de Vila Real de Santo AntónioNascente: C T2 Prop. Plena Augusto GonçalvesPoente: D T3 Prop. Plena Municipio de Vila Real de Santo António

E T2 Prop. Plena Dionísio da Silva Estevão F T3 Prop. Plena Municipio de Vila Real de Santo António

Norte: Instituto da Gestão Financeira da Segurança Social A T3 Prop. Plena José Alberto Gonçalves SalasSul: B T2 Prop. Plena Municipio de Vila Real de Santo AntónioNascente: C T3 Prop. Plena Dionísio Santos Estevão José Barão Frade DiasPoente: D T2 Prop. Plena Rogério Marques Gomes

E T3 Prop. Plena Municipio de Vila Real de Santo AntónioF T2 Prop. Plena Orlandino Valentim Moia

Norte: Passagem Pública A T3 Prop. PlenaSul: Bloco 2-B B T2 Prop. PlenaNascente: C T3 Prop. PlenaPoente: D T2 Prop. Plena

E T3 Prop. PlenaF T2 Prop. Plena

Norte: Passagem Pública A T2 Prop. PlenaSul: Bloco 1-B B T2 Prop. PlenaNascente: C T2 Prop. PlenaPoente: D T2 Prop. Plena

E T2 Prop. PlenaF T2 Prop. Plena

Norte: A T2 Prop. Plena José Domingos Palma do ÓSul: B T3 Prop. Plena Maria da Assunção Agostinho MachadoNascente: C T2 Prop. Plena Laurentino Fernandes do Livramento CordeiroPoente: D T3 Prop. Plena Albertina Aurora Correia

E T2 Prop. Plena Municipio de Vila Real de Santo AntónioF T3 Prop. Plena Municipio de Vila Real de Santo António

Norte: A T2 Prop. Plena Maria Gilberta Fernanda / José António do Rosário José António do RosárioSul: B T3 Prop. Plena José Simplicio dos Santos/Municipio???Nascente: Instituto da Gestão Financeira da Segurança Social C T2 Prop. Plena Municipio de Vila Real de Santo AntónioPoente: Terrenos da Câmara Municipal D T3 Prop. Plena Casimíro Afonso de Assunção Porfírio Mário Profírio

E T2 Prop. Plena Pedro José Maria Máximo/Municipio??? nstituto da Gestão Financeira da Segurança SociaF T3 Prop. Plena Maria de Fátima Monteiro Ramos Luís Manuel Guerreiro Raimundo

Norte: A T3 Prop. Plena Carlos Manuel Félix João Eduardo Calado BentoSul: B T2 Prop. Plena Municipio de Vila Real de Santo AntónioNascente: C T3 Prop. Plena Maria Adelina Parra Rodrigues da CruzPoente: Instituto da Gestão Financeira da Segurança Social D T2 Prop. Plena Municipio de Vila Real de Santo António

E T3 Prop. Plena Mário dos Santos Helena Néné Armando Samúdio da Silva SoaresF T2 Prop. Plena Municipio de Vila Real de Santo António Instituto da Gestão Financeira da Segurança Soc

Norte: Instituto da Gestão Financeira da Segurança Social A T2 Prop. Plena Maria da Piedade SantosSul: B T3 Prop. Plena Isidro Manuel de Oliveira e CastroNascente: C T2 Prop. Plena João António Domingues PiresPoente: D T3 Prop. Plena Carlos Alberto Raimundo Fernandes

E T2 Prop. Plena Arminda Pereira CristoF T3 Prop. Plena André Correia Estevão

Norte: A T2 Prop. Plena José Luís Fernandes da CruzSul: B T2 Prop. Plena José da RosaNascente: C T2 Prop. Plena Daniel Fernandes do Carmo Câmara Municipal de Vila Real de Santo AntónioPoente: D T2 Prop. Plena Francisco José da Conceição

E T2 Prop. Plena Alice Maria da LuzF T2 Prop. Plena Amélia Catarina Samúdio Fernandes Martins Câmara Municipal de Vila Real de Santo António

Norte: Terrenos da Câmara Municipal A T3 Prop. Plena Anabela Alves dos Santos Silva Maria da Conceição Dominguez Raposo PaulinoSul: Instituto da Gestão Financeira da Segurança Social B T2 Prop. Plena Faustina Emídia Domingues nstituto da Gestão Financeira da Segurança SociaNascente: C T3 Prop. Plena Alfredo Manuel de Jesus Rodrigues David José Botequilha da ConceiçãoPoente: D T2 Prop. Plena Município de Vila Real de Santo António nstituto da Gestão Financeira da Segurança Socia

E T3 Prop. Plena Joaquim Pereira da Silva AzinheiroF T2 Prop. Plena Augusto Martins da Rosa

Norte: A T3 Prop. PlenaSul: B T2 Prop. Plena

Nascente: C T2 Prop. PlenaMariana dos Mártires Rufino / Rosa Maria Rufino

FigueiredoMariana dos Mártires Rufino

Poente: D T3 Prop. Plena Noémia Madeira Anastácio Instituto da Gestão Financeira da Segurança Soc

E T3 Prop. PlenaIsabel Maria Leal Gonçalves / Tomás dos Santos

CaleiroTomás dos Santos Caleiro

F T3 Prop. Plena Município de Vila Real de Santo António Instituto da Gestão Financeira da Segurança SocNorte: A T2 Prop. Plena Ângelo Manuel Martins MarquesSul: B T2 Prop. Plena Município de Vila Real de Santo AntónioNascente: C T2 Prop. Plena Maria Isabel Lopes Currito Agostinho José Joaquim da EncarnaçãoPoente: D T2 Prop. Plena Maria Isabel Monteiro Gonçalves Medronho

E T2 Prop. Plena Sebastião Martins Dias

F T2 Prop. PlenaRaquelina da Conceição Palma / Adelina

Gertrudes da Palmanstituto da Gestão Financeira da Segurança Socia

Norte: A T2 Prop. PlenaSul: B T3 Prop. PlenaNascente: C T3 Prop. PlenaPoente: D T3 Prop. Plena

E T3 Prop. PlenaF T3 Prop. Plena

Norte: A T2 Prop. Plena Município de Vila Real de Santo AntónioSul: B T3 Prop. Plena João Vieira Martinho Nascente: C T2 Prop. Plena Município de Vila Real de Santo AntónioPoente: D T3 Prop. Plena Vitória Matias Raimundo

E T2 Prop. Plena José Ferreira AmoresF T3 Prop. Plena Município de Vila Real de Santo António

Norte: A T3 Prop. Plena Augusto Manuel César XavierSul: B T2 Prop. Plena Violante da Cruz Polido DiasNascente: C T3 Prop. Plena Município de Vila Real de Santo AntónioPoente: D T2 Prop. Plena José Francisco Rodrigues

E T3 Prop. Plena Catarina Palma LourençoF T2 Prop. Plena Município de Vila Real de Santo António

Norte: Terreno Público A T2 Prop. PlenaSul: Passagem Pública B T2 Prop. PlenaNascente: Bloco 7-A C T2 Prop. PlenaPoente: Terreno Público D T2 Prop. Plena

E T2 Prop. PlenaF T2 Prop. Plena

Norte: Terreno Público A T2 Prop. PlenaSul: Passagem Pública B T2 Prop. PlenaNascente: Rua Padre Jorge Leiria C T2 Prop. PlenaPoente: Bloco 7-B D T2 Prop. Plena

E T2 Prop. PlenaF T2 Prop. Plena

Norte: Praceta Pública A T2 Prop. PlenaSul: Bloco 8-B B T2 Prop. PlenaNascente: Rua Padre Jorge Leiria C T2 Prop. PlenaPoente: Praceta Pública D T2 Prop. Plena

E T2 Prop. PlenaF T2 Prop. Plena

Norte: Bloco 8-A A T2 Prop. PlenaSul: Passagem Pública B T2 Prop. PlenaNascente: Rua Padre Jorge Leiria C T2 Prop. PlenaPoente: Praceta Pública D T2 Prop. Plena

E T2 Prop. PlenaF T2 Prop. Plena

Norte: Rua Luís de Camões A T3 Prop. PlenaSul: Praceta Pública B T2 Prop. PlenaNascente: Bloco 9-B C T3 Prop. PlenaPoente: Terreno Público D T2 Prop. Plena

E T3 Prop. PlenaF T2 Prop. Plena

Norte: Rua Luís de Camões A T2 Prop. PlenaSul: Praceta Pública B T3 Prop. PlenaNascente: Rua Padre Jorge Leiria C T2 Prop. PlenaPoente: Bloco 9-A D T3 Prop. Plena

E T-e Prop. PlenaF T3 Prop. Plena

Norte: Bloco A A ARM Prop. Plena Município de Vila Real de Santo AntónioInstituto de Gestão e Alienação do Património

Habitacional do EstadoSul: B T2 Prop. PlenaNascente: C T3 Prop. PlenaPoente: D T2 Prop. Plena

E T3 Prop. Plena

Norte: Terreno Público A ARM Prop. Plena Município de Vila Real de Santo AntónioInstituto de Gestão e Alienação do Património

Habitacional do EstadoSul: Bloco 6-B B T3 Prop. PlenaNascente: C T2 Prop. PlenaPoente: D T3 Prop. Plena

E T2 Prop. Plena

Norte: A ARM Prop. Plena Município de Vila Real de Santo AntónioInstituto de Gestão e Alienação do Património

Habitacional do EstadoSul: B T2 Prop. PlenaNascente: C T3 Prop. PlenaPoente: Bloco 5-A D T2 Prop. Plena

E T3 Prop. Plena

Norte: A ARM Prop. Plena Município de Vila Real de Santo AntónioInstituto de Gestão e Alienação do Património

Habitacional do EstadoSul: B T3 Prop. PlenaNascente: Bloco 5-B C T2 Prop. PlenaPoente: Terreno Público D T3 Prop. Plena

E T2 Prop. Plena

Norte: A ARM Prop. Plena Município de Vila Real de Santo AntónioInstituto de Gestão e Alienação do Património

Habitacional do EstadoSul: B T2 Prop. PlenaNascente: C T3 Prop. PlenaPoente: Bloco 4-A D T2 Prop. Plena

E T3 Prop. Plena

Norte: A ARM Prop. Plena Município de Vila Real de Santo AntónioInstituto de Gestão e Alienação do Património

Habitacional do EstadoSul: B T3 Prop. PlenaNascente: Bloco 4-B C T2 Prop. PlenaPoente: Terreno Público D T3 Prop. Plena

E T2 Prop. Plena

Norte:Terreno Público A COM Prop. Plena

Sul: Bloco 3-A B ARM Prop. PlenaNascente: Terreno Público C T2 Prop. PlenaPoente: Avenida Engenheiro Eduardo Pacheco D T3 Prop. Plena

E T2 Prop. PlenaF T3 Prop. Plena

Norte: Bloco 3-B A ARM Prop. Plena Município de Vila Real de Santo AntónioInstituto de Gestão e Alienação do Património

Habitacional do EstadoSul: B T3 Prop. PlenaNascente: C T2 Prop. PlenaPoente: Avenida Engenheiro Eduardo Pacheco D T3 Prop. Plena

E T2 Prop. Plena

PLANO DE PORMENOR BAIRRO DA CAIXA - QUADRO DOS PRÉDIOS

ID BAIRRO BLOCO SECTOR NATUREZA DESCRIÇÃO PREDIAL CONSERVATÓRIA FREGUESIAPROPRIETÁRIO/TITULAR

5559 305,00 149,00Instituto da Gestão Financeira da Segurança Social

INSCRIÇÃO MATRICIAL (art) ÁREA (m²)CONFRONTAÇÕES

FRACÇÕES

1 Bairro da Caixa G 2 Urbano 272/19860515 V. R. Santo António V. R. Santo António -

Instituto da Gestão Financeira da Segurança Socia

nstituto da Gestão Financeira da Segurança Socia

2 Bairro da Caixa G 1 Urbano 5560 149,00

6

Municipio de Vila Real de Santo António

273/19860515 V. R. Santo António V. R. Santo António - 149,00Instituto da Gestão Financeira da Segurança Social

6

Instituto da Gestão Financeira da Segurança Socia

184,78 184,783 FFH - 4 Urbano 1776/19950828 V. R. Santo António V. R. Santo António - 5680 Passagem Pública

6Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana

I P / Instituto de Gestão e Alienação do Património Habitacional do Estado

Passagem Pública

6Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana

I P / Instituto de Gestão e Alienação do Património Habitacional do Estado

Fundo de Fomento de Habitação

Fundo de Fomento de Habitação170,24 170,244 FFH - 3 Urbano 1778/19950829 V. R. Santo António V. R. Santo António - 5679

5 Bairro da Caixa F 1 Urbano 270/19860515 V. R. Santo António V. R. Santo António - 6 nstituto da Gestão Financeira da Segurança SociaMunicipio de Vila Real de Santo António

5558 440,00 149,00Instituto da Gestão Financeira da Segurança Social

5557 440,00 132,006 Bairro da Caixa F 2 Urbano 269/19860515

Urbano

V. R. Santo António V. R. Santo António -

7 Bairro da Caixa B 2

Instituto da Gestão Financeira da Segurança Social6 Instituto da Gestão Financeira da Segurança Socia

Municipio de Vila Real de Santo António

V. R. Santo António - 5564 305,00Instituto da Gestão Financeira da Segurança Socia

Terrenos da Câmara Municipal

8 Bairro da Caixa B 1 Urbano

340/19870311 V. R. Santo António

5563 305,00

155,29 6

338/19870311 V. R. Santo António V. R. Santo António - 155,29 6

Instituto da Gestão Financeira da Segurança Socia

Terrenos da Câmara Municipal

Instituto da Gestão Financeira da Segurança Socia

184,78 184,789 Bairro do Farol 2 A Urbano 1777/19950828 V. R. Santo António V. R. Santo António - 5671 Passagem Pública

6Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana

I P / Instituto de Gestão e Alienação do Património Habitacional do Estado

Passagem Pública

6Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana

I P / Instituto de Gestão e Alienação do Património Habitacional do Estado

Fundo de Fomento de Habitação

Fundo de Fomento de Habitação170,24 170,2410 Bairro do Farol 1 A Urbano 1779/19950829 V. R. Santo António V. R. Santo António - 5670

11 Bairro da Caixa F 3 Urbano 271/19860515 V. R. Santo António V. R. Santo António - 5556 440,00 149,00Instituto da Gestão Financeira da Segurança Social

Urbano 339/19870311 V. R. Santo António V. R. Santo António12 Bairro da Caixa A 2

Terrenos da Câmara Municipal

6

6 Instituto da Gestão Financeira da Segurança Socia

- 5562 305,00 155,29nstituto da Gestão Financeira da Segurança Socia

13 Bairro da Caixa A 1 Urbano 337/19870311 V. R. Santo António - 5561 305,00 155,29

Urbano 581/19881115 V. R. Santo António

V. R. Santo António

14 Bairro da Caixa C 1 155,29 m² 6

6 nstituto da Gestão Financeira da Segurança SociaTerrenos da Câmara Municipal

V. R. Santo António - 5565 155,29 m² Instituto da Gestão Financeira da Segurança SociaTerrenos da Câmara Municipal

15 Bairro da Caixa C 2 Urbano 579/19881115 V. R. Santo António

Urbano

V. R. Santo António - 5566

16 Bairro da Caixa C 3 5567 155,29 m²

6

nstituto da Gestão Financeira da Segurança Socia

Terrenos da Câmara Municipalnstituto da Gestão Financeira da Segurança Socia

138,76 m² 138,76 m²

Instituto da Gestão Financeira da Segurança Social

580/19881115 V. R. Santo António V. R. Santo António - 155,29 m² 6Terrenos da Câmara Municipal

nstituto da Gestão Financeira da Segurança Socia

440,00 m² 149,00 m²17 Bairro da Caixa E 1 Urbano 267/19860515 V. R. Santo António V. R. Santo António - 5555

Instituto da Gestão Financeira da Segurança Social

6

nstituto da Gestão Financeira da Segurança Socia

Instituto da Gestão Financeira da Segurança Social

6

Município de Vila Real de Santo António nstituto da Gestão Financeira da Segurança Socia

440,00 m² 132,00 m²18 Bairro da Caixa E 2 Urbano 266/19860515 V. R. Santo António V. R. Santo António - 5554nstituto da Gestão Financeira da Segurança Socia

19 Bairro da Caixa E 3 Urbano CCRP não disponivel CCRP não disponivel V. R. Santo António

20 Bairro da Caixa D 1 Urbano 265/19860515

- 5568

305,00 m² 149,00 m²

Município de Vila Real de Santo António CCRP não disponivel440,00 m² -Instituto da Gestão Financeira da Segurança Social

6

V. R. Santo António V. R. Santo António - 5552

21 Bairro da Caixa D 2

Instituto da Gestão Financeira da Segurança Social6 nstituto da Gestão Financeira da Segurança Socia

- 5553 305,00 m² -

Urbano 1738/19950619

CCRP não disponivel V. R. Santo AntónioUrbano CCRP não disponivel

22 Bairro do Farol 7 B

Instituto da Gestão Financeira da Segurança Social6 CCRP não disponivel

V. R. Santo António V. R. Santo António - 5685

23 Bairro do Farol 7 A

Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana I P / Instituto de Gestão e Alienação do

Património Habitacional do EstadoFundo de Fomento de Habitação

- 5676 170,24 m²

6170,24 m² 170,24 m²

Urbano

1750/19950711 V. R. Santo António V. R. Santo AntónioUrbano

24 Bairro do Farol 8 A

170,24 m² 6Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana

I P / Instituto de Gestão e Alienação do Património Habitacional do Estado

Fundo de Fomento de Habitação

V. R. Santo António - 5677 170,24 m²Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana

I P / Instituto de Gestão e Alienação do Património Habitacional do Estado

Fundo de Fomento de Habitação

25 Bairro do Farol 8 B Urbano

1737/19950619 V. R. Santo António

5686 170,24 m²

170,24 m² 6

1733/19950612 V. R. Santo António V. R. Santo António -

26 Bairro do Farol 9 A

170,24 m² 6Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana

I P / Instituto de Gestão e Alienação do Património Habitacional do Estado

Fundo de Fomento de Habitação

Urbano

1727/19950518 V. R. Santo António V. R. Santo AntónioUrbano

27 Bairro do Farol 9 B

6Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana

I P / Instituto de Gestão e Alienação do Património Habitacional do Estado

Fundo de Fomento de Habitação

- 5687 184,78 m²

184,78 m²- 5678 184,78 m²

Fundo de Fomento de Habitação

28 Bairro do Farol 6 B Urbano

1728/19950518 V. R. Santo António V. R. Santo António

184,78 m²

184,78 m² 6Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana

I P / Instituto de Gestão e Alienação do Património Habitacional do Estado

Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana I P / Instituto de Gestão e Alienação do

Património Habitacional do EstadoFundo de Fomento de Habitação

Urbano 1760/19950817

184,78 m² 5Terreno Público

1751/19950711 V. R. Santo António V. R. Santo António - 5684

29 Bairro do Farol 6 AFundo de Fomento de HabitaçãoTerreno Público

Urbano 1761/19950817

5 Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana I P / Instituto de Gestão e Alienação do

Património Habitacional do Estado

V. R. Santo António V. R. Santo António - 5675 184,78 m² 184,78 m²

30 Bairro do Farol 5 B Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana I P / Instituto de Gestão e Alienação do

Património Habitacional do EstadoFundo de Fomento de Habitação

Urbano 1762/19950817

Terreno Público 5V. R. Santo António V. R. Santo António - 5683 184,78 m² 184,78 m²

31 Bairro do Farol 5 A Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana I P / Instituto de Gestão e Alienação do

Património Habitacional do EstadoFundo de Fomento de Habitação

Urbano 1767/19950824

Terreno Público

5V. R. Santo António V. R. Santo António - 5674 184,78 m² 184,78 m²

32 Bairro do Farol 4 B Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana I P / Instituto de Gestão e Alienação do

Património Habitacional do EstadoFundo de Fomento de Habitação

Urbano 1768/19950824

Terreno Público 5V. R. Santo António V. R. Santo António - 5682 184,78 m² 184,78 m²

33 Bairro do Farol 4 A Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana I P / Instituto de Gestão e Alienação do

Património Habitacional do EstadoFundo de Fomento de Habitação

Urbano 1769/19950824

Terreno Público

5V. R. Santo António V. R. Santo António - 5673 184,78 m² 184,78 m²

34 Bairro do Farol 3 B V. R. Santo António V. R. Santo António - 5681 184,78 m² 184,78 m² 6

Município de Vila Real de Santo AntónioInstituto de Gestão e Alienação do Património

Habitacional do Estado

Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana I P / Instituto de Gestão e Alienação do

Património Habitacional do EstadoFundo de Fomento de Habitação

Caderneta Predial da Fracção Autónoma F não disponivel

35 Bairro do Farol 3 A Urbano 1775/19950828 V. R. Santo António V. R. Santo António - 5672 184,78 m² 184,78 m² Terreno Público Fundo de Fomento de Habitação

5 Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana I P / Instituto de Gestão e Alienação do

Património Habitacional do Estado

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Município de Vila Real de Santo António Praça Marquês de Pombal 8900-231 Vila Real de Santo António Telefone (351) 281 510 000 │ Fax (351) 281 510 003 Internet www.cm-vrsa.pt

28/98

A área de intervenção do Plano, como já foi referido e de acordo com a figura abaixo, tem como

confrontações:

1. A Norte, a Rua Luís de Camões

2. A Poente, a Avenida Ministro Duarte Pacheco

3. A Sul, a Avenida Eng.º. Sebastião Ramirez

4. A Nascente, a Rua Padre Jorge de Leiria

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Município de Vila Real de Santo António Praça Marquês de Pombal 8900-231 Vila Real de Santo António Telefone (351) 281 510 000 │ Fax (351) 281 510 003 Internet www.cm-vrsa.pt

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8. SITUAÇÃO EXISTENTE

A área de intervenção do Plano é de 24.691,92 m². A localização da área de intervenção é apresentada na seguinte figura:

A morfologia do terreno apresenta-se praticamente plana, com pendentes pouco acentuadas. O terreno desenvolve-se entre a cota 5.00, no ponto mais a Nascente do limite da área de intervenção, na proximidade da Rua Padre Jorge Leiria, e a cota 4.00, a Poente no limite da área de intervenção, na proximidade da Av. Ministro Duarte Pacheco.

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30/98

A presente área de intervenção, correspondente a um quarteirão, tem uma forma quadrangular com um comprimento de aproximadamente 171 metros e largura máxima de aproximadamente 148 metros. Esta possui um conjunto de edifícios plurifamiliares correspondentes aos Bairros da Caixa, do Fundo de Fomento de Habitação (FFH) e do Farol, sendo que as construções e os usos habitacionais existentes e os compromissos assumidos de edificação na área de intervenção do Plano não devem ser mantidos, pelo que deverão ser objecto de processo de reconversão urbana, com vista à implementação progressiva do disposto no Plano e respectivo regulamento. No que se refere a infra-estruturas, elas existem no interior da área de intervenção do Plano, bem como na sua periferia. À semelhança com o que acontece com grande parte dos arruamentos da cidade, os Bairros da Caixa e do Farol seguem as orientações definidas pelo núcleo fundacional Pombalino, nomeadamente no que respeita à sua ortogonalidade. Foi neste enquadramento que estes bairros se implantaram numa área de formato rectangular, a qual corresponde ao presente Plano Pormenor. Estes bairros surgem nos finais da década de 60, para responder à necessidade de alojamento de famílias que viviam em condições de pobreza extrema, no interior do concelho. O Bairro da Caixa, com 102 fracções foi construído em 1967, tendo sido um dos primeiros bairros sociais do concelho. Uns anos mais tarde foi construído o Bairro do Farol também por iniciativa do FFH. Este bairro localiza-se na zona Sul do PP e tem 101 fracções. Tendo em conta o contexto que enquadrou a construção destes bairros, estes obedeceram a critérios rigorosos que delimitaram as áreas dos fogos, os custos de construção e consequentemente os materiais utilizados nos edifícios e espaços exteriores. Ambos têm uma localização periférica, e a sua arquitectura é uniforme e mono funcional, sem zonas verdes e equipamentos de recreio e lazer. Os edifícios encontram-se dispostos em bandas de habitação plurifamiliar que se distribuem de forma paralela e perpendicular à rede viária adjacente. O bairro funciona como uma unidade, no sentido em que não tem qualquer tipo de atravessamento pela rede viária de distribuição urbana, que apenas o delimita. A área do PPBCx encontra-se inserida numa zona consolidada e individualiza-se da restante área urbana pela sua identidade associada a uma arquitectura com um carácter simples e pragmático. A área do Plano insere-se na unidade da paisagem da Foz do Guadiana definida no estudo Contributos para a identificação e Caracterização de Paisagem em Portugal Continental (Universidade de Évora, 2004).

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Município de Vila Real de Santo António Praça Marquês de Pombal 8900-231 Vila Real de Santo António Telefone (351) 281 510 000 │ Fax (351) 281 510 003 Internet www.cm-vrsa.pt

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Esta área localiza-se no limite Sul da cidade de Vila Real de Santo António, no interior da paisagem urbana, confinando com as seguintes unidades da paisagem:

a) Malha urbana habitacional consolidada, para Norte e Nascente. Esta unidade é caracterizada pela presença de uma malha urbana consolidada na zona confinante com a área do Plano Pormenor do Bairro da Caixa. O limite da área do PP é caracterizado a Norte, por edifícios de habitação plurifamiliar em banda com quatro pisos, e a Este, por edifícios entre um e quatro pisos, incluindo a habitação plurifamiliar, habitação unifamiliar e uma escola primária, dispostos ao longo do arruamento que delimita a área.

b) Zona Desportiva, que se localiza a Poente da área do Plano, incluindo o complexo desportivo municipal, assim como outros espaços de uso público, nomeadamente espaços verdes que se encontram ao longo da Avenida Ministro Duarte Pacheco.

c) Mata, localizada a Sul apresenta-se como uma unidade uniforme em termos visuais que integra, na parte confinante com a área urbana, no enfiamento da Av. Ministro Duarte Pacheco, o Farol de Vila Real de Santo António. Esta unidade de paisagem delimita a área urbana a Sul e a Poente.

d) Zona Industrial, localizada para Sudoeste da área do Plano Pormenor, é caracterizada essencialmente pela presença de edifícios com características industriais, com cérceas correspondentes a dois e /ou três pisos, sendo significativo o seu estado de ruína e abandono.

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Município de Vila Real de Santo António Praça Marquês de Pombal 8900-231 Vila Real de Santo António Telefone (351) 281 510 000 │ Fax (351) 281 510 003 Internet www.cm-vrsa.pt

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9. PROPOSTA URBANÍSTICA

Na sequência da análise efectuada à área de intervenção do PPBCx, à sua envolvente, às construções aí implantadas e aos objectivos delineados para este Plano, concluímos que a manutenção, remodelação e preservação dos Bairros do Farol, do Fundo de Fomento da Habitação e da Caixa é incompatível com os objectivos delineados. Não obstante a sua fundação, o seu desenho, a sua arquitectura, tipologia e morfologia sejam compagináveis com o momento da sua edificação (há cerca de meio século atrás), verifica-se actualmente algum afastamento das soluções então encontradas, para com a cidade que entretanto se desenvolveu e adquiriu novas dinâmicas, sendo desta situação exemplo a crescente degradação que aí se verifica. Assim e porque a cidade é um organismo vivo em permanente mutação e constante interacção com as suas componentes, com vista a atingir a requalificação, valorização, integração e qualificação desta parte de cidade, ponderados os prós e o contras e as consequências de uma decisão deste tipo, optou-se, no âmbito da elaboração do presente Plano de Pormenor, substituir a estrutura edificada existente por uma outra solução que viabilizasse a reabilitação deste quarteirão. Ocupando uma situação periférica em relação ao centro de Vila Real de Santo António, a área de intervenção do PPBCx encontra-se inserida dentro do limite do perímetro urbano deste aglomerado, no seu extremo sul e sem uma relação directa com o seu núcleo central, de maior valor urbanístico e arquitectónico. Não obstante se trate de uma área consolidada, verifica-se que, devido à posição que esta área ocupa na estrutura da cidade, apresenta algumas características próprias de áreas de transição, em que a monofuncionalidade impera e a implantação de espaço público escasseia. Paradoxalmente a esta situação, os investimentos relativamente recentes em relevantes equipamentos de utilização colectiva (como é o caso do complexo desportivo) conjugados com o seu posicionamento geográfico, concorrem para a necessidade de demarcação das área urbanas das áreas rurais envolventes, conferindo-se ainda o potencial de se assumir como porta sul da cidade. Atendendo a estes considerandos, procurou-se que a estrutura urbana proposta para a área de intervenção fosse bastante simples, consubstanciando-se num tecido coeso e hierarquizado. Os princípios estruturantes propostos conduzem à concepção de um trecho urbano de elevada qualidade urbanística e ambiental, onde é claramente perceptível e identificável um conjunto de espaços de apropriação pública e semi-pública. A reorganização deste espaço urbano estrutura-se, no essencial em duas zonas de ocupação, designadamente a zona Nascente e a zona Poente, resultante do atravessamento da área verde de recreio e lazer que separa a presente área de intervenção, mas sobretudo da bipolarização verificada no contexto de recepção, caracterizada pelo estabelecimento de duas frentes distintas.

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Município de Vila Real de Santo António Praça Marquês de Pombal 8900-231 Vila Real de Santo António Telefone (351) 281 510 000 │ Fax (351) 281 510 003 Internet www.cm-vrsa.pt

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Habitação Plurifamiliar

Área de Intervenção do Plano de

Pormenor Bairro da Caixa

Unid. Hoteleira Comércio / Serviços Espaço Verde de Recreio e Lazer

Estacionamento

Habitação Plurifamiliar

Espaço Verde de Recrio e Lazer

Espaço Misto

Estacionamento

Comércio / Serviços

Habitação Plurifamiliar

Estacionamento

Habitação Plurifamiliar

Com um carácter vincadamente mais urbano e cosmopolita, servido por uma via de hierarquia superior (Av. Ministro Duarte Pacheco), enfatizada pela implantação do complexo desportivo de Vila Real de Santo António, na sequência aliás de outros equipamentos de utilização colectiva que se encontram implantados ao longo desta artéria, a frente Poente do quarteirão em estudo reivindica um tratamento consentâneo como esta realidade.

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Município de Vila Real de Santo António Praça Marquês de Pombal 8900-231 Vila Real de Santo António Telefone (351) 281 510 000 │ Fax (351) 281 510 003 Internet www.cm-vrsa.pt

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Por oposição, com um carácter mais hermético, fechado sobre si mesmo, onde prevalece o carácter funcional residencial e a ausência de espaços e/ou equipamentos públicos e de utilização colectiva, surge a malha consolidada existente a Nascente, pautada por uma arquitectura de acompanhamento que se distribui ao longo da estrutura ortogonal geradora e que se desenvolveu ao longo do tempo, verificando neste contexto algumas intervenções recentes. O desenho urbano proposto na presente proposta de plano procura articular estas duas realidades de natureza especifica, criando um espaço de cidade fortemente enraizado com o território, com o contexto urbano de recepção e com o terreno, privilegiando as tipologias de média densidade prevalecentes no local. Para tal, a concepção da proposta urbana teve como premissa base o modelo “pombalino” de cidade cujo conceito privilegia o traçado geométrico ortogonal e o espaço público enquanto elemento gerador de vida colectiva. Contudo, há também uma herança histórica mais recente do urbanismo, designadamente o movimento moderno, que pela sua estrutura ideológica e morfológica mereceu toda a atenção não só pela sua riqueza mas também e sobretudo, por ter sido, de alguma forma, sobre estes conceitos que foram inicialmente desenvolvidos os Bairros da Caixa e do Farol. Assim, na elaboração da presente proposta, adoptou-se como premissa elementar a manutenção da estrutura urbana originária, preservando (com pequenas intervenções ao nível do ordenamento do estacionamento, implantação da ciclovia, etc.) a estrutura viária circundante, em virtude de, face à analise efectuada, se ter concluído ser a mesma imemorial e adequada às exigências da actualidade. Com efeito, com o objectivo de reservar o interior do quarteirão para outro tipo de ocupações, restringe-se a implantação da estrutura viária à existente na periferia da área de intervenção do plano, admitindo-se exclusivamente a seu atravessamento viário para acesso local ao estacionamento em edificado e para acessibilidade a viaturas de emergência e socorro. Na elaboração deste Plano houve uma grande preocupação de composição, entre a massa edificada e os espaços verdes de recreio e lazer e praças que os envolvem, em benefício das diferentes vivências que estes podem proporcionar. A proposta urbana do plano assenta essencialmente em três elementos morfológicos distintos, que contudo definem conjuntos edificados regulares e de alinhamento rigoroso que se articulam entre si e com a envolvente imediata. A composição destes elementos, sobretudo ao nível do seu embasamento, vai fundamentar uma das premissas conceptuais mais valorizadas na presente proposta, designadamente, a permeabilidade entre as diversas áreas enquanto estratégia de promoção de sua conectividade e integração das mesmas para com a envolvente.

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Município de Vila Real de Santo António Praça Marquês de Pombal 8900-231 Vila Real de Santo António Telefone (351) 281 510 000 │ Fax (351) 281 510 003 Internet www.cm-vrsa.pt

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Esta permeabilidade é conseguida. não só através da morfologia dos corpos arquitectónicos e da relação que estes têm com a envolvente edificada, mas também com os dois grandes eixos fundamentais definidos pelas “alamedas” que atravessam a área do plano (no sentido Norte-Sul, mas também Nascente-Poente), que vão desenhando percursos e situações de modo a que os espaços exteriores sejam “agarrados”, aprazíveis e acolhedores (pela sua escala humana que evidenciam), contribuindo deste modo para a vivência desta área e da cidade, num contexto mais lato. Esta vontade explicita de vivência a céu aberto, enquanto elemento gerador de vida colectiva, onde a rede hierarquizada de espaços se relaciona e articula de forma a evitar conflitos entre peão e elementos perturbadores, designadamente o automóvel, delimitando o seu estacionamento em toda a periferia do quarteirão proposto e fazendo a “charneira” entre as infra-estruturas viárias existentes e o novo espaço urbano. Dentro dos três elementos morfológicos identificados para esta zona são previstas tipologias edificatórias com carácter diferente, designadamente: a habitação plurifamiliar; a mista que contempla habitação plurifamiliar nos pisos elevados e comércio e serviços no piso térreo; e ainda comércio / serviços e o estabelecimento hoteleiro. A Poente, paralelamente à Avenida Ministro Duarte Pacheco, é proposto um corpo descontinuo ao nível do piso térreo, pelo facto serem abertos “vazios” para acentuar as entradas dos corpos que integram comércio e serviços e ainda para dar acesso ao estacionamento em edificado dos mesmos. Esta banda, definida no alinhamento do plano marginal dos edifícios implantados a Norte, tem quatro pisos e serve de base aos corpos que se implantam perpendicularmente a estes, com seis pisos. Estes corpos pontuam um ritmo que se avista da Avenida Ministro Duarte Pacheco e principalmente delimitam os espaços verdes que são criados no interior do quarteirão nesta frente. Esta morfologia, assente nos pressupostos do movimento moderno e do tipo “plano aberto” permite a definição dos espaços públicos criados não só pela grande praça central, que dá acesso à zona de comércio e serviços, mas também de espaços verdes implantados em lotes privados de fruição pública ou semi-publica e em estrita articulação com os espaços verdes de utilização colectiva, designadamente de recreio e lazer, repleto de percursos pedonais e enfatizando a importância da vivência no exterior e em comunidade. Estes conjunto morfológico é definido designadamente pelos Lotes, L.01, L.02, L.03 e L.04. O comércio e serviços, que correspondentes ao piso térreo os corpos C.2 dos Lotes L.02 e L.03, são classificados no âmbito do plano enquanto espaços mistos.

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Município de Vila Real de Santo António Praça Marquês de Pombal 8900-231 Vila Real de Santo António Telefone (351) 281 510 000 │ Fax (351) 281 510 003 Internet www.cm-vrsa.pt

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No enfiamento desta banda e a Sul da mesma, surge o estabelecimento hoteleiro. Beneficiando de um excelente sistema de vistas sobre toda a envolvente, designadamente sobre a Mata Nacional das Dunas Litorais de Vila Real de Santo António, mas também sobre o rio, a foz e o mar, o Plano propõe para esta unidade de 3620 m2 de área bruta de construção acima do solo, cerca de 70 quartos, o número máximo de 140 camas, os quais se desenvolvem em oito pisos acima do solo, reservando os dois pisos abaixo para as necessárias áreas de estacionamento e áreas técnicas e de apoio. Esta opção programática surgiu no âmbito da elaboração do presente plano e resulta da conjugação de duas condições essenciais: a carência de unidades hoteleiras em Vila Real de Santo António e o potencial interesse de investidores neste sector. Este edifício é afirmativamente assumido como um elemento pontual e autónomo na área de intervenção do Plano, pela sua morfologia elipsoidal e volumetria, buscando nestas suas características um desempenho simbólico e emblemático enquanto referência urbana que assinala a porta sul da cidade. Trata-se do elemento mais alto, tanto no Plano como da envolvente, com excepção do Farol que se encontra mais a Sul, opção esta que surgiu conceptualmente como contraponto ao Farol, buscando na sua escala, o desenho de um edifício de excepção o qual acolhe um programa também de excepção. Este elemento é implantado no Lote 5, sobre uma grande praça pontuada por elementos verdes. O terceiro e último elemento morfológico presente no Plano (Lotes 6 a 13) corresponde a um quarteirão permeável formado por edifícios de quatro pisos, tendo num dos seus topos dois edifícios com seis pisos e, no lado oposto, por dois edifícios com um só piso, parcialmente vazado onde se integra o Comércio e Serviços. Este corpo vazado faz a ligação entre o espaço público e o espaço privado, permitindo o usufruto de espaços verdes de recreio e lazer de carácter privado ou semi-público, tais como esplanadas que poderão surgir, enriquecendo estas áreas. Estes corpos vazados vêm justificar a permeabilidade inerente em toda a proposta, convidando o público à vivência destes espaços. Este conjunto de cheios e vazios é ligado por uma longa pala que os unifica ,sem contudo lhes retirar o carácter permeável e acessível. Este modelo morfológico correspondente a um quarteirão como um desenho aparentemente mais clássico, é aplicado por duas vezes na área de intervenção do plano, de um modo simétrico. No espaço intersticial que os separa é proposta a criação de uma “alameda” equipada com um parque infantil e mobiliário urbano, contribuindo deste modo para a vivência de bairro enquanto unidade de vizinhança.

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Município de Vila Real de Santo António Praça Marquês de Pombal 8900-231 Vila Real de Santo António Telefone (351) 281 510 000 │ Fax (351) 281 510 003 Internet www.cm-vrsa.pt

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Esta área Verde de Recreio e Lazer estabelece uma relação de continuidade tanto da envolvente, que tem na proximidade uma escola primária, como no interior da área de intervenção com a já citada zona verde que atravessa a área de intervenção na direcção Norte-Sul, confinante aos Lotes 1, 2,3 e 4. Estes quarteirões correspondem aos lotes L.06, L07, L.08 e L.09 os que confinam a Norte com a Rua Luís de Camões e a Nascente com a Rua Padre Jorge de Leiria, e aos lotes L.10,L.11, L.12 e L.13 os que confinam a Nascente com a Rua Padre Jorge de Leiria e a Sul com a Avenida Sebastião Ramirez. Estes quarteirões estão implantados na zona nascente da área de intervenção do Plano, ou seja, na zona que se encontra mais próxima do núcleo fundacional Pombalino. O PPBCx, enquanto plano municipal de ordenamento do território, prevê a possibilidade de, na sua área de intervenção, ser construído um número máximo de 248 fogos (mais 54 fogos os que actualmente existentes), desenvolvendo e concretizando uma proposta de ocupação, estabelecendo regras sobre a implantação das infra-estruturas, o desenho dos espaços de utilização colectiva, a forma de edificação e a disciplina de integração na paisagem, conforme lhe compete. Não cabe no âmbito do presente plano a definição de estratégias de realojamento que, pela complexidade que naturalmente lhe são inerentes, reivindicam uma outra sede de análise e resposta especifica, caso a caso, dentro das disponibilidade da Administração. Por outro lado, importa lembrar que a implementação do PPBCx deverá desenvolver-se de forma faseada, de acordo com quatro unidades de execução, entre 2010 e 2016, pelo que a questão dos realojamentos em hipótese alguma se colocará de uma só vez, devendo os mesmos concretizar-se de forma gradual e conforme a implementação do Plano. Deste modo é possível afirmar que o PPBCx é essencialmente um plano residencial (admitindo diferentes tipos de promoção), apesar de existir a pontuação de espaços reservados a actividades comerciais e serviços e se prever a instalação de um estabelecimento hoteleiro. Com a presente solução encontra-se devidamente acautelada a efectiva integração da área a intervencionar com a sua envolvente, designadamente, no que respeita à morfologia urbana de Vila Real de Santo António Adoptando uma perspectiva crítica, a malha urbana iluminista originária é integralmente respeitada no âmbito do presente plano, não se abdicando no entanto de desenhar uma solução consentânea com o tempo presente. A estrutura urbana pombalina, presente em todo o aglomerado, é integralmente mantida, incidindo a presente intervenção no seu "miolo", designadamente ao nível da reinterpretação de conceitos como unidade de vizinhança e quarteirão, em função da relação que estes potencialmente possam estabelecer com a sua envolvente mais imediata.

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Município de Vila Real de Santo António Praça Marquês de Pombal 8900-231 Vila Real de Santo António Telefone (351) 281 510 000 │ Fax (351) 281 510 003 Internet www.cm-vrsa.pt

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Assim e perante a existência de duas frentes de características distintas (correspondentes ao complexo desportivo e a áreas consolidadas), o plano trata de forma diferente aquilo que é diferente, designadamente adoptando um desenho mais moderno (de plano aberto) na relação com o complexo desportivo, mas também um modelo mais clássico correspondente ao quarteirão (ainda que irregular ao nível da sua volumetria, com diferentes n.º de pisos), reservando para as áreas públicas a compatibilização destas duas abordagem, nomeadamente através da criação de ruas, praças e acontecimentos urbanos que promovem o cerzir da proposta com a cidade. Com o presente plano é criada a oportunidade de reabilitar de uma forma contemporânea uma área periférica da cidade, compatibilizando a estrutura urbana originária com uma abordagem norteada pela contemporaneidade, criando espaço público e dando continuidade à requalificação urbana encetada com a implantação do complexo desportivo. Trata-se do redesenhar de uma parte de cidade, atendendo às suas características endógenas e exógenas, reordenando a ocupação prevista, com vista a dotá-la de uma identidade urbanística e arquitectónica consentânea como o território em que se insere, promovendo para tal a necessária integração na malha urbana pelo “cerzir” do proposto, de olhos colocados no futuro. Conforme resulta da delimitação da sua área de intervenção, das suas premissas e da própria proposta de ocupação territorial, a implementação do PPBCx não implica o corte de arvoredo na área contigua da Mata Nacional das Dunas Litorais de Vila Real de Santo António.

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10. QUADRO SÍNTESE DA OCUPAÇÃO PROPOSTA

QUADRO DE VALORES GLOBAIS ÁREA DE INTERVENÇÃO DO PLANO 24691,92 m² INDICADORES DO PLANO

ÁREA DOS LOTES 15629,34 m² ÁREA DE IMPLANTAÇÃO 15337,84 m² ÁREA BRUTA DE CONSTRUÇÃO TOTAL 41909,36 m²

HABITAÇÃO 36851,20 m² COMÉRCIO 1438,00 m² TURÍSMO 3620,16 m²

NÚMERO TOTAL DE FOGOS 248 fogos POPULAÇÃO PREVISTA 834 DENSIDADE POPULACIONAL 338 DENSIDADE HABITACIONAL 100,44 ÍNDICE BRUTO DE CONSTRUÇÃO 1,70 ÍNDICE BRUTO DE IMPLANTAÇÃO 0,62 LUGARES DE ESTACIONAMENTO (TOTAL) 538

NO EXTERIOR DOS LOTES (PÚBLICOS) 110 CEDÊNCIAS PARA O DOMÍNIO PUBLICO

ÁREA TOTAL 9062,58 m² ÌNDICE DE CEDÊNCIA MÉDIA 0,22 INFRA-ESTRUTURAS VIÁRIAS

VIAS 1136,97 m² PASSEIOS 2597,11 m² ESTACIONAMENTO 1524,50 m² CICLOVIA 154,21 m²

ESPAÇOS VERDES DE UTILIZAÇÃO COLECTIVA 3649,79 m²

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Município de Vila Real de Santo António Praça Marquês de Pombal 8900-231 Vila Real de Santo António Telefone (351) 281 510 000 │ Fax (351) 281 510 003 Internet www.cm-vrsa.pt

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Quadro de Áreas

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11. ESPAÇOS EXTERIORES

11.1 Introdução

Os espaços verdes do presente Plano podem subdividir-se em duas classes ou unidades distintas: espaços verdes de enquadramento, espaços verdes de recreio e lazer. A classificação destas unidades está relacionada com uma série de factores e condicionantes e também com o objectivo pretendido para cada uma destas unidades. No seu conjunto, os espaços verdes aqui mencionados e os espaços verdes privados constituirão uma grande percentagem da área total deste Plano de Pormenor, pelo que deverão ser considerados com a devida atenção e cuidado. A classificação destas unidades não é estanque e cada uma delas poderá ter, simultaneamente, várias funções e objectivos, por isso a sua classificação funciona sobretudo como um auxiliar para a sua compreensão. Os espaços exteriores do presente Plano de Pormenor são espaços de recreio e lazer, mas também espaços de enquadramento e fruição da envolvente particular deste local. A forma como foram concebidos procura criar um grande espaço central comum, cuja estrutura interliga todas as edificações entre si, mas também os próprios edifícios com a envolvente. Sendo assim, o espaço central tem “aberturas” (quer directas, quer através dos edifícios) que permitem este contacto e esta interligação. O próprio lote destinado a uma unidade hoteleira surge integrado em todo o conjunto, sendo criada uma relação mais directa através do pavimento e das espécies das árvores que o rodeiam, e que se “prolongam” até aos espaços exteriores comuns. Estas árvores não rodeiam todo o edifício de forma intencional, para garantir a ligação mais directa ao farol, elemento estruturante e marcante de todo esta zona. O espaço de jogo e recreio (parque infantil) foi pensado também de modo a ter uma utilização colectiva e por parte de todos os moradores da área. A sua localização perto da escola permite também uma utilização directa por parte das crianças da mesma. Os caminhos que levam ao parque infantil ligam-se a uma estrutura pedonal que, para além do seu aspecto funcional e utilitário, constroem e definem canteiros, grandes relvados, espaços mais amplos ou mais confinados, zonas de interesse diferenciado. Estas diferentes áreas permitem, por sua vez, a utilização de uma forma mais activa nos relvados e caminhos, ou apenas um tipo de recreio mais passivo. Para melhor compreensão e leitura de cada um destes espaços, passam a ser descritos individualmente. No entanto, a sua leitura e compreensão só ficará completa com uma visão global de todo o conjunto, não só dos espaços verdes. Só com uma leitura de todo o conjunto podem ser compreendidas as partes individuais e os objectivos pretendido com este Plano de Pormenor.

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11.2 Espaços Verdes de Enquadramento

O seu objectivo principal é enquadrar todas as estruturas a construir (sejam edifícios, sejam vias, parques de estacionamento ou qualquer outro tipo de construção), para que se integrem no espaço exterior envolvente, mas também de forma a criar entre si uma unidade – estrutura verde - que permite que todo o conjunto se relacione entre si. Estes espaços verdes têm, por isso, uma função muito importante, que deve ser estudada caso a caso, para cada uma das estruturas. Deverá ainda ter uma forte ligação com a estrutura verde de protecção, de forma a criar uma transição natural e quase contínua. Neste caso, deverão ser utilizadas primordialmente as sementeiras de prados naturalizados, associadas a plantações pontuais de árvores, arbustos e, quando necessário, herbáceas. Para além da função de enquadramento, este tipo de espaços verdes terá um importante papel na protecção do solo, protegendo-o da erosão eólica e hídrica. No entanto, em casos extremos e caso se considere necessário, deverão ser tomadas medidas físicas complementares de protecção de taludes ou em casos de declives muito acentuados, com hidrosementeiras, gabiões ou outras.

11.3 Espaços Verdes de Recreio Lazer

São espaços destinados à utilização colectiva, pelo que devem ser pensados e projectados com esse objectivo. Pretende-se que estes espaços verdes formem uma estrutura verde contínua e que tenha também um papel importante na interligação das estruturas que lhe são adjacentes. Deverão proporcionar aos seus utilizadores um conjunto de espaços verdes confortáveis, seguros, de qualidade, capazes de proporcionar quer um uso destinado ao recreio activo, quer ao recreio passivo. São, por excelência, os espaços destinados ao convívio, às brincadeiras das crianças, ou ao simples passear. Devem, por isso, ter um conjunto de equipamentos e estruturas que permitam as diferentes utilizações a que se destinam, como equipamento e mobiliário urbano, zonas de relvado (zonas de expansão), áreas de sombra, artificial ou por meio de arvoredo, percursos bem definidos e com pavimentos que permitam a sua utilização de forma confortável e segura, etc. Devem ainda estabelecer uma ligação às estruturas construídas envolventes e às estruturas verdes anteriormente descritas, de forma a constituir um elemento integrado.

11.4 Generalidades

Uma vez que se destinam a uma utilização mista (recreio passivo, mas também área de jogo e recreio) e colectiva, todos estes espaços deverão ser projectados de forma a garantir a segurança e o conforto dos seus utilizadores.

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A área de jogo e recreio terá que cumprir todos os regulamentos e normas em vigor (nomeadamente o D.L. 397/97 de 27 de Dezembro), não só no que diz respeito à implantação e dimensionamento, mas também na escolha dos equipamentos e dos pavimentos. Todos os equipamento e/ou brinquedos propostos terão que ter os certificados de segurança, em vigor à data do projecto. Os espaços exteriores comuns, constituídos por zonas verdes e áreas pavimentadas, devem formar um conjunto coerente, de qualidade e de diferentes usos e interesses, devendo para isso criar-se zonas de diferentes tipologias, tais como relvados, manchas herbáceo-arbustivas, diferentes materiais de revestimentos, etc. Pretende-se que estes espaços verdes formem uma estrutura verde contínua e que tenha também um papel importante na interligação das estruturas que lhe são adjacentes. Deverão, simultaneamente, ser espaços que imprimam carácter próprio a este local. Devem ainda estabelecer uma ligação às estruturas construídas envolventes e às estruturas verdes anteriormente descritas, de forma a constituir um elemento integrado. Neste caso tem espacial importância as espécies das árvores de arruamento, integradas nos estacionamentos, que têm relação directa, quer na implantação, quer na escolha das espécies, com os arruamentos limítrofes. As espécies a utilizar devem ser as constantes nas listas anexas. As espécies das árvores devem ser as descritas nas peças desenhadas e as dos arbustos e herbáceas escolhidas de entre as listas apresentadas. Estas listas apresentam espécies que consideramos adaptadas às condições do local e ao tipo de uso a que se destinam, garantindo uma boa adaptação, mas também uma manutenção simples e corrente. É interdita a utilização de qualquer planta de Espécie ou Género interdito ou proibido em Portugal, devendo por isso ser consultada a Legislação existente (nomeadamente o Decreto-Lei n.º 565/99, de 21 de Dezembro) e os serviços competentes. Os caminhos, rampas, caldeiras de árvores, passeios e demais espaços públicos devem ser bem definidos e marcados, respeitando o descrito no D.L. 163/2006 de 8 de Agosto e todas as disposições camarárias. Todos os projectos realizados devem respeitar a Legislação em vigor e as normas aplicadas e estabelecidas pela Autarquia e ainda as orientações inscritas na Convenção Europeia da Paisagem.

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11.4.1 Pavimentos:

Os pavimentos de todos os passeios da envolvente do PPBCx serão em calçada “portuguesa” miúda de vidraço, tal como descrito no Regulamento Municipal de Urbanização e Edificação. O pavimento do espaço de jogo e recreio terá que ser específico para a sua utilização, garantindo a segurança dos seus utilizadores.

11.4.2 Plantações e Sementeiras:

Tal como já foi referido, as espécies das árvores devem ser as descritas nas peças desenhadas. Quanto aos arbustos e herbáceas, indicamos as seguintes listagens, de onde devem ser escolhidas as espécies a utilizar nos respectivos planos de plantações: Árvores: Bauhinia variegata Grevillia robusta Jacaranda ovalifolia Melia azedarach Prunus cerasifera var. ‘Atropurpurea’ Arbustos: Abelia floribunda Arbutus unedo Atriplex halimus Buddleja davidii Hebe x andersonii Hibiscus rosa-sinensis Escallonia ingramii Lavandula stoechas Lavandula officinalis Lonicera sp. Phillyrea angustifolia Pistacia lentiscus Rosmarinus officinalis Salvia grahamii Herbáceas: Agapanthus umbellatus Anigozanthus flavidus Armeria maritima Asparagus densiflorus ‘Myersii’ Cistus sp.

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Felicia amelloides Iris germanica Osteospermum sp. Pennisetum villosum Phormium tenax Santolina chamaecyparissus Tulbaghia violacea Verbena x hybrida Não devem ser utilizadas plantas com espinhos e/ou picos, nem plantas tóxicas ou agressivas. As espécies acima indicadas para os arbustos e herbáceas são indicativas, podendo ser alteradas desde que sejam comprovadamente adaptadas às condições do local, dando-se preferência às espécies da flora local. No entanto, e tratando-se de uma zona já bastante edificada e onde são visíveis pequenos espaços ajardinados, pensamos que poderão ser utilizadas outras espécies já introduzidas e adaptadas aos jardins locais. A mistura de espécies a utilizar nos relvados deve ser de grande resistência ao pisoteio e adaptada às condições do local, não só em termos de solos e clima mas também de sol ou de sombra. Devem ser utilizadas espécies cuja manutenção seja reduzida.

11.4.3 Equipamento e mobiliário urbano:

Os equipamentos a utilizar devem estar de acordo com as normas camarárias, garantindo a sua utilização dentro do previsto nos regulamentos. Ou seja, terão que permitir a utilização e recolha pelos serviços competentes. Para os R.S.U devem utilizar-se contentores de 3000 litros de capacidade, tipo “MBE-STOTKOM” ou equivalente, nas localizações agora propostas. A quantidade e a capacidade destes contentores deve obedecer ao “Regulamento Municipal de Resíduos Sólidos, Higiene e Limpeza Pública do Concelho de Vila Real de Santo António” e demais normas em vigor. Para a recolha de materiais recicláveis (“ecopontos”) devem utilizar-se contentores de cor castanha, capacidade de 2500 litros, sistema de recolha de anel simples, tampas diferenciadas para papel, embalagens e vidro, tipo “OTTO Cyclea” ou equivalente. Devem ter anexado, por cada grupo de 3 contentores, um “pilhão”. As papeleiras a utilizar deverão ser de material resistente, de abertura fácil e prática e material de limpeza fácil. Deverão localizar-se, preferencialmente, junto de passadeiras, áreas comerciais e no parque infantil. No parque infantil deverá também ser localizado um bebedouro, com ligação directa à rede de abastecimento de água e também ao sistema de drenagem pluvial. Este equipamento deverá permitir a sua utilização por crianças e utentes com mobilidade condicionada.

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Os brinquedos a utilizar no parque infantil terão que ser específicos para a faixa etária a que se destinam, apresentando todos os certificados necessários, garantindo a segurança dos seus utilizadores. Quando da sua implantação, terão que ser garantidas as áreas de segurança de cada um dos brinquedos. Os bancos a utilizar deverão ter estrutura metálica e assento e encosto em madeira tratada. Terão que ser robustos, de longa duração, fácil manutenção e confortáveis. As caldeiras das árvores deverão ter uma grelha específica para o efeito, cumprindo o estabelecido no D.L. 163/2006 de 8 de Agosto.

11.4.4 Rede de rega:

Todos os espaços verdes, incluindo árvores em caldeira, serão regados com uma rede de rega automática. Esta rede deverá ter pontos que permitam a ligação de mangueiras (“bocas de rega” ou “tomadas de água”) para rega manual. Para os relvados deve ser utilizada a rega por aspersão, enquanto que os canteiros de herbáceas e arbustos deverão ser regados através de sistema de gotejadores incorporados em tubagem (rega “gota-a-gota”), permitindo um menor consumo de água e uma rega mais adequada e este tipo de plantas. As caldeiras das árvores deverão ter também um sistema de rega localizada e individualizada para cada árvore. O programador deverá ser instalado em caixa própria, com chave, instalado em local protegido. A rede de rega deve ser calculada tendo em conta a pressão e o caudal disponíveis na rede, sendo que esta deverá ter um ramal exclusivamente destinado à rede de rega.

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12. INFRA-ESTRUTURAS

Neste capítulo são apresentados, de forma genérica, os estudos das soluções a implementar na

concepção das infra-estruturas da estrutura viária, da rede de distribuição de águas, da rede de

esgotos domésticos e rede de águas pluviais, das infra-estruturas eléctricas e telefónicas e

resíduos sólidos urbanos

Na fase de licenciamento todos os estudos agora apresentados serão alvo de uma reavaliação,

optimização e maior desenvolvimento.

12.1 ESTRUTURA VIÁRIA

12.1.1 DESCRIÇÃO GERAL

Refere-se a presente Memória Descritiva e Justificativa ao Estudo Prévio de Arruamentos e

Parques da área de intervenção preconizada pelo Plano de Pormenor do Bairro da Caixa.

A solução proposta para o plano teve como base a não intervenção nos arruamentos que

circundam este quarteirão, nomeadamente a Norte a Rua Luís de Camões, a Poente a Avenida

Ministro Duarte Pacheco, a Sul a Avenida Eng.º. Sebastião Ramirez e a Nascente a Rua Padre

Jorge de Leiria

No Interior do quarteirão, o Plano prevê ainda a criação de áreas públicas de infra-estruturas

viárias com uma área impermeável de cerca de 5352,96 m2, no qual se prevê que a circulação

automóvel de acesso exclusivo às garagens em cave para estacionamento e para acesso de

viaturas de emergência.

12.1.2 PAVIMENTAÇÃO

As soluções de pavimento, adoptadas nesta fase, estão de acordo com as indicações recebidas

do projecto de arquitectura, nomeadamente no que concerne ao tipo de material a aplicar nas

camadas de desgaste das faixas de rodagem.

A definição das estruturas de pavimento teve em conta o tipo e a intensidade dos tráfegos

previstos, constituídos essencialmente por veículos ligeiros e as baixas velocidades de circulação

dos mesmos.

A intervenção prevista terá uma incidência reduzida em termos dos trabalhos de terraplanagem,

uma vez que os traçados se adaptam à morfologia do terreno, apresentando cotas de trabalho

reduzidas.

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Face ao contexto geológico do local, admite-se que ao nível da fundação possam ocorrer

materiais granulares com boas características para funcionarem como leito do pavimento. A

confirmar-se este pressuposto, haverá apenas que proceder à escarificação dos solos de

fundação, numa espessura de 0,30m, seguida de uma recompactação.

Assim, propõe-se a seguinte estrutura de pavimento para a faixa de rodagem:

camada de sub-base de solos seleccionados, com 0,15 m de espessura;

camada de base granular em tout-venant, com 0,15 m de espessura;

Pavimento em Calçada Grossa , assente sobe almofada de areia com 0,08m.

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12.2 REDE DE DISTRIBUIÇÃO DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E INCÊNDIOS

12.2.1 INTRODUÇÃO

Refere-se a presente Memória Descritiva e Justificativa ao Estudo Prévio da Rede de Distribuição

de Abastecimento de Água local à área de intervenção preconizada pelo Plano de Pormenor do

Bairro da Caixa.

A proposta é composta por uma malha urbana muito próxima da ortogonal de edificações para

habitação plurifamiliar e de um edifício para uso de Hotelaria, perfazendo respectivamente um total

máximo de 248 fogos e 100 camas. A área de intervenção do Plano compreenderá ainda áreas

verdes de utilização colectiva.

Teve-se presente na elaboração do presente projecto a legislação aplicável, nomeadamente o

R.G.C.A.E., Normas Portuguesas e Especificações do L.N.E.C..

12.2.2 DESCRIÇÃO SUMÁRIA DA PROPOSTA

Na área objecto de intervenção do Plano, prevê-se a demolição dos edifícios e das infra-estruturas

existentes e a construção de 13 Lotes afectos a habitação, comércio/serviços e hotelaria. Estes

por sua vez estarão divididos por dois ou três corpos com cérceas máximas inferiores a 20m e

com garagens em cave para estacionamento até dois pisos. No exterior o Plano prevê ainda

áreas públicas de infra-estruturas viárias com uma área impermeável de cerca de 5258,58 m2 e de

espaços verdes de utilização colectiva de cerca de 3.649,79 m2.

O número total de habitantes considerado é de 700 habitantes permanentes e de 200 habitantes

flutuantes.

12.2.3 TRAÇADO DA REDE

12.2.3.1 Concepção da Rede

Para a concepção da rede tomou-se como base a planta de implantação do Plano e teve-se em consideração, a informação fornecida pela Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, designadamente o cadastro da rede de águas. A rede de distribuição a projectar consiste em ligar à conduta adutora pública existente de 400mm, que passa a pela Av. Eng.º Sebastião Ramirez a Sul, bem como às restantes condutas existentes, sempre que possível fora da faixa de rodagem. Uma vez que a rede a projectar serve simultaneamente de rede de incêndios o diâmetro mínimo a considerar para a ligação, segundo o grau de risco de ocorrência e propagação da zona compreendida do Plano, Grau 3, será no mínimo de 100mm.

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A rede proposta será do tipo malhada e em articulação com as restantes infra-estruturas existentes ou propostas para área em estudo, como tal, de acordo com as pressões de serviço garantidas pelas conduta adutora a rede de água proposta, garante a pressão mínima ao nível do arruamento para os diferentes lotes que se pretende construir e no marco de incêndio mais desfavorável.

12.2.3.2 Base de Cálculo

a) População

População Prevista: 900 habitantes

Capitação de consumo doméstico: 250 l/hab.dia

Capitação para consumo de rega e lavagens: 20 l/hab.dia

Perdas na Rede: 0,15

b) Caudal de dimensionamento

Qmed = (Capdom+CapPub)Pop = 2,81 l/s

Qmedcálulo = Qmed(1+perdas) = 3,23 l/s

Para obter o caudal de dimensionamento afectou-se este caudal do factor de ponta instantâneo,

Popf p

700.2

fp = 4,3 que conduziu ao seguinte valor de caudal instantâneo de cálculo:

Qdim = Qmedcálulo x fp = 14,01 l/s

c) Dimensionamento Hidráulico

No dimensionamento hidráulico pretende-se a minimização dos custos, o qual se obtém através

da combinação criteriosa de diâmetros, observando-se as seguintes regras:

A velocidade de escoamento para o caudal de ponta no horizonte de projecto não deve

exceder o valor calculado pela expressão:

v = 0,127D0,4

onde v é a velocidade máxima (m/s) e D o diâmetro interno da tubagem (mm);

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A velocidade de escoamento para o caudal de ponta no ano de início de exploração do sistema

não deve ser inferior a 0,30 m/s e nas condutas onde não seja possível verificar este limite

devem prever-se dispositivos adequados para descarga periódica;

A pressão máxima, estática ou de serviço, em qualquer ponto de utilização, não deve

ultrapassar os 600 kPa medida ao nível do solo;

Não é aceitável grande flutuação de pressões em cada nó do sistema, impondo-se uma

variação máxima ao longo do dia de 300 kPa;

A pressão de serviço em qualquer dispositivo de utilização predial para o caudal de ponta não

deve ser, em regra, inferior a 100 kPa, o que, na rede pública e ao nível do arruamento,

corresponde aproximadamente a:

H = 100 + 40n

onde H é a pressão mínima (kPa) e n o número de pisos acima do solo, incluindo o piso térreo;

em casos especiais, é aceitável uma redução daquela pressão mínima, a definir, caso a caso, em

função das características do equipamento.

12.2.3.3 Rede de Incêndios

O serviço de combate a incêndios é assegurado pela rede pública, o diâmetro nominal mínimo da

conduta para o Grau 3 é de 100 mm.

O caudal instantâneo de água a garantir para combate a incêndios no Grau 3 é de 30 l/s e a

pressão mínima no marco de incêndio mais desfavorável de 100 kPa.

Os marcos de incêndio devem localizar-se junto ao lancil dos passeios que marginam as vias

públicas, sempre que possível nos cruzamentos e bifurcações, com o espaçamento máximo entre

eles para o Grau 3, de 130 m e a menos de 30 metros das saídas dos lotes.

Os diâmetros nominais mínimos dos ramais de alimentação dos marcos de incêndio são de 100

mm.

Atendendo a que este quarteirão fica inserido no interior de outros os quais estão a ser

alimentados por diâmetros superiores às necessidades deste, é opção do Plano manter o diâmetro

destas malhas equivalente aos diâmetros da envolvente que são de 125 mm.

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12.2.4 MATERIAL A ADOPTAR

Propõe-se que as canalizações a adoptar para a ligação a efectuar-se que seja em tubagem de

PVC PN10, sendo os acessórios de ligação em ferro fundido dúctil.

12.2.5 ÓRGÃOS FUNCIONAIS, DE SEGURANÇA E ACESSÓRIOS

Neste estudo estão projectadas válvulas de seccionamento em ferro fundido dúctil para permitir

isolar troços limitados da rede com vista à execução de trabalhos de manutenção e/ou reparação.

12.2.6 ENSAIOS

Após a execução das redes, estas deverão ser submetidas a ensaio conforme o estipulado no

R.G.C.A.E..

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12.3 REDE DE ESGOTOS DOMÊSTICOS

12.3.1 INTRODUÇÃO

Refere-se a presente Memória Descritiva e Justificativa ao Estudo Prévio da Rede de Drenagem

de Esgotos Domésticos do Projecto das infra-estruturas a serem implantadas na área de

intervenção do Plano de Pormenor do Bairro da Caixa.

Para a concepção das redes de esgotos tomou-se como base a planta de implantação do PPBCx,

e teve-se em consideração um determinado conjunto de factores, tais como, as condicionantes

planimétricas e altimétricas da implantação dos lotes e dos arruamentos, e toda a informação

fornecida pela C. M. de Vila Real de Santo António (CMVRSA), relativamente às redes já

existentes no local.

Teve-se presente na elaboração do presente projecto a legislação aplicável, nomeadamente o

R.G.C.A.E., Normas Portuguesas e Especificações do L.N.E.C.

12.3.2 TRAÇADO DA REDE

12.3.2.1 Concepção da Rede

O sistema geral de drenagem a adoptar será do tipo separativo e o escoamento será sempre que

possível gravítico.

Pretende-se seguir como princípio para a base da implantação dos colectores, a sua colocação no

eixo da via. Tal implica a redução da extensão da rede geral, com evidentes benefícios para os

serviços de manutenção da rede.

A rede apenas se destina a recolher os esgotos domésticos provenientes da população prevista

pela ocupação da área de estudo.

12.3.2.2. Bases de Cálculo

a) População

População permanente = 700 habitantes

População flutuante = 200 habitantes

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b) Capitação

Considerou-se, tal como apresentado para o cálculo da rede de abastecimento de água, uma capitação de 250 l/hab.dia e um factor de afluência de 0,8.

c) Caudal de dimensionamento

Para a determinação do caudal de dimensionamento obteve-se um factor de ponta pela seguinte expressão:

Popf p

605.1

Obteve-se fp=3,5. Considerou-se um caudal de infiltração igual ao caudal médio diário anual.

Qmed = 0,8x250x900/(24x60) = 125,00 l/min

Qinf = 125,00 l/min

Qp = 3,5x125+125 = 562,50 l/min

d) Diâmetros

Para a determinação do diâmetro foi considerado os seguintes critérios:

- Caudal de cálculo Qc = 562,50 l/min

- inclinação mínima = 2%

- escoamento a meia secção

- fórmula de Manning-Strickler

O diâmetro obtido foi mínimo regulamentar => Ø200 mm.

Chama a atenção da necessidade de confirmação se a jusante do Plano, a rede existente suporta

os caudais do mesmo, bem como os caudais de montante do PPBCx.

12.3.3 MATERIAL A ADOPTAR

12.3.3.1. Canalizações

As canalizações a adoptar nos colectores de esgotos domésticos são em PVC rígido SN8.

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12.3.3.2. Caixas de Visita

As caixas de visita serão constituídas por anéis de betão de 1 m de diâmetro, para alturas

inferiores a 3 m, e de 1,25 m de diâmetro para alturas superiores a 3 m.

Os degraus de acesso serão executados com varões de ferro com diâmetro de 20 mm, com 30 cm

de largura e espaçados de 30 cm, devidamente metalizados e protegidos contra a corrosão.

As caixas serão construídas em todas as situações de mudança de direcção ou inclinação,

espaçadas no máximo de 60 m. As tampas e aros serão em ferro fundido de acordo com as

normas em vigor.

12.3.4 ENSAIOS

Após a execução das redes, estas deverão ser submetidas a ensaio conforme o estipulado no

R.G.C.A.E..

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12.4 REDE DE ESGOTOS PLUVIAIS

12.4.1 INTRODUÇÃO

Refere-se a presente Memória Descritiva e Justificativa ao Estudo Prévio da Rede de Drenagem

de Águas Pluviais do Projecto das infra-estruturas a serem implantadas na área de intervenção do

Plano de Pormenor do Bairro da Caixa.

Teve-se presente na elaboração do presente estudo o Regulamento, Plano da Bacia Hidrográfica

do Rio Guadiana (PBH do Guadiana), Plano da Bacia Hidrográfica (PBH) das Ribeiras do Algarve

bem como a legislação aplicável, nomeadamente o R.G.C.A.E., Normas Portuguesas e

Especificações do L.N.E.C..

12.4.2 TRAÇADO DA REDE

O sistema geral de drenagem de Águas Pluviais a adoptar será do tipo separativo e o escoamento

será sempre que possível gravítico. Os colectores serão colocados sempre que possível, na

mesma vala da Rede de Esgotos Domésticos. Pretende-se com esta rede apenas recolher as

águas pluviais apenas caídas na zonas a impermeabilizar pela ocupação prevista no Plano.

12.4.2.1 Concepção da Rede

a) Caudal de dimensionamento

O caudal de dimensionamento a considerar será obtido pela aplicação do método racional traduzido pela seguinte expressão:

Q = CIA

em que:

Q - caudal de cálculo estimado;

C - coeficiente de escoamento;

I - intensidade média máxima de precipitação;

A - área drenante.

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A intensidade de precipitação deverá ser avaliada para as condições criticas, ou seja, para o

instante em que toda a área da bacia impermeabilizável contribui para o caudal, o que por

definição ocorre a partir do momento em que a duração da chuvada iguala o tempo de

concentração da bacia drenada (tc). A intensidade média de precipitação foi avaliada com base na

curva de intensidade-duração-frequência referente a um tempo de retorno de 5 anos:

I = 259,26 x tc-0,562 (anexo IX do D.L. 23/95)

onde:

I – intensidade da precipitação (mm/h)

tc – tempo de concentração (min)

A intensidade de precipitação será a correspondente a uma chuvada de 10 minutos, ocorrendo

uma vez em cada 5 anos. Obtendo-se então um valor de intensidade de precipitação média em

l/min.m2 de 1,18.

Uma vez que a área impermeabilizada corresponde a 0,85 da área total de intervenção,

consideraram-se os seguintes coeficientes de escoamento:

Pavimento dos arruamentos => C = 0,9

Cobertura do Plano => C = 0,9

Área de Pavimentos => 5352,96 m2

Área dos Lotes => 15629,34 m2

b) Diâmetros

Na determinação dos diâmetros destes colectores procederemos ao cálculo dos caudais em cada

troço a partir do somatório dos caudais. Face aos valores calculados e admitindo escoamento a

secção cheia e a inclinação variável tendo em consideração o perfil dos arruamentos definimos os

calibres das tubagens tomando como mínimo Ø400 mm.

Chama a atenção da necessidade de confirmação se a jusante do Plano, a rede existente suporta

os caudais do mesmo, bem como os caudais de montante do PPBCx.

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12.4.3 MATERIAL A ADOPTAR

12.4.3.1. Canalizações

As canalizações a adoptar para os colectores de esgotos pluviais são em manilhas de betão.

12.4.3.2. Caixas de Visita

As caixas de visita serão constituídas por anéis de betão de 1 m de diâmetro, para alturas

inferiores a 3 m, e de 1,25 m de diâmetro para alturas superiores a 3 m.

Os degraus de acesso serão executados com varões de ferro com diâmetro de 20 mm, com 30 cm

de largura e espaçados de 30 cm, devidamente metalizados e protegidos contra a corrosão.

As caixas serão construídas em todas as situações de mudança de direcção ou inclinação,

espaçadas no máximo de 60 m. As tampas e aros serão em ferro fundido de acordo com as

normas em vigor.

12.4.4 ENSAIOS

Após a execução das redes, estas deverão ser submetidas a ensaio conforme o estipulado no R.G.C.A.E..

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12.5 REDE DE GÁS

12.5.1. INTRODUÇÃO

Refere-se a presente Memória Descritiva e Justificativa ao Estudo Prévio das infra-estruturas de

Distribuição de Gás Propano local à área de intervenção preconizada pelo Plano de Pormenor do

Bairro da Caixa, para abastecimento a 248 fogos para habitação e um Hotel com uma capacidade

máxima para 50 quartos e 100 camas.

A proposta teve presente a arquitectura da rede mas também o aspecto económico da concepção.

A rede será totalmente nova uma vez que não existe actualmente uma rede de distribuição de gás

canalizado na zona de intervenção do Plano.

12.5.2. DESCRIÇÃO SUMÁRIA DA PROPOSTA

A avaliação de consumos será feita com base nos dados disponíveis sobre a ocupação residencial

da área considerada. Os consumos previstos, para o sector doméstico, devem ter em conta a

utilização de gás combustível canalizado nas cozinhas, produção de água quente (cozinha e

sanitários) e aquecimento ambiente.

O número total de fogos considerandos foram 248 e uma unidade para edificação de um Hotel,

onde se prevê a instalação de equipamentos profissionais de cozinhas.

A rede de distribuição de Propano será enterrada e deverá ser executada em tubagem do tipo PE

sem costura (de acordo com a norma NP 1641) em articulação com as restantes infra-estruturas

enterradas e devidamente isolada e sinalizada.

A rede será abastecidas por um Reservatório em Pressão a localizar em área próxima à área de

estudo, que garanta os níveis de pressão mínimos de funcionamento de toda a rede de

distribuição que se propõem.

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12.5.3. TRAÇADO DA REDE

12.5.3.1. Concepção da Rede

Para a concepção da rede tomou-se como base a planta de implantação do Plano e teve-se em

consideração, a informação fornecida pela Câmara Municipal de Vila Real de Santo António

(CMVRSA).

A Rede de Distribuição de Gás é classificada como uma rede de distribuição domiciliária malhada,

cujo objectivo principal consiste na distribuição de gás aos consumidores finais das construções

sempre em níveis mínimos de pressão de abastecimento, e a não interrupção de toda a rede em

caso de avarias de funcionamento da mesma.

A instalação deverá satisfazer todos os requisitos previstos na Portaria nº386/94 de 16 de Junho e

Portaria 690/2001 de 10 de Julho.

O Técnico de gás deverá assegurar com rigor, o cumprimento do projecto, acompanhar e controlar

a sua execução material, assim como verificar os materiais utilizados, de acordo com as normas

regulamentares.

A instalação da tubagem será feita em vala à profundidade mínima de 60 cm medida a partir da

geratriz superior do tubo, depois de perfeitamente regularizada, com eliminação de quaisquer

saliências de rochas, pedras ou outros materiais que possam causar danos na tubagem ou seu

revestimento.

A tubagem deverá ser assente sobre uma camada de areia doce.

Acima da tubagem enterrada (conforme peça desenhada) deverá existir uma banda plástica

avisadora, sobreposta, com os dizeres «ATENÇÃO GÁS», bem visíveis e indeléveis, inscritos em

intervalos não superiores a 1 metro e respeitar as distâncias mínimas regulamentares em relação

às tubagens das restantes infra-estruturas enterradas.

O enchimento da vala acima da camada de areia pode ser feito com os materiais disponíveis do

desaterro, isentos de elementos que constituam eventual perigo para a tubagem ou para o seu

revestimento, quando existir.

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A vala será executada preferencialmente em zonas não sujeitas, normalmente, a grandes cargas,

como sejam os passeios ou zonas pedonais.

A rede será totalmente executada no mínimo em PE SDR11 e montada em conformidade com as

peças desenhadas.

As mudanças de direcção da tubagem devem ser executadas, quer com o auxílio de acessórios,

quer por dobragem a frio dos tubos, com raios de curvatura mínimos iguais a 30 vezes o diâmetro

externo das tubagens.

As válvulas de seccionamento ao longo da rede de distribuição devem ser consideradas em geral,

de forma a permitir isolar 200 consumidores ou isolar troços de tubagem superior a 2 km.

Deve ainda ser considerada a aplicação de válvulas nas derivações da rede, em tubagens de que

se prevê futura expansão e a montante e a jusante dos atravessamentos especiais que o

justifiquem.

12.5.3.2. Base de Cálculo

a) Cálculo dos caudais de simultaneidade

O sistema em causa deverá ser projectado para a distribuição de Gás Natural do tipo H, caso mais

desfavorável, para um regime de Média Pressão, (1bar p 4bar) com as seguintes

características principais:

- Gás Natural do tipo H;

- Poder Calorífico 9054 Kcal/m3;

- Densidade Relativa ao ar 0,65;

- Densidade Relativa ao ar corrigida 0,62.

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Para calcular os caudais em cada troço na Rede de Distribuição, tendo em conta o número de

consumidores e o tipo de consumo a média pressão, utilizou-se a seguinte fórmula:

)'

31(')

61( '

NCN

NNCQ NNh

Qh – Caudal horário de ponta (th/h);

CN - Consumo horário médio, por fogo (th/h), função do tipo de fogo e do número de horas de utilização;

CN’ - Consumo horário médio de aquecimento por consumidor (th/h), função do tipo de fogo e do número de horas de utilização;

N - Número de consumidores com aquecimento de águas quentes sanitárias;

N’ - Número de consumidores de com aquecimento ambiente

b) Cálculo das perdas de carga na tubagem

Para cálculo das perdas de carga introduzidas ao longo dos troços da tubagem e demais acessórios, utilizou-se a seguinte fórmula de Renouard:

)/(908.43 82.482.122 DQSLPP eqBA

PA, PB, Pressões absolutas nos nós A e B [bar (abs)];

S, densidade corrigida do gás natural, 0,62

Leq, Comprimento equivalente do troço A e B (m);

Q, Caudal [m3(st)/h];

D, Diâmetro interior do tubo (mm).

c) Cálculo da velocidade de circulação do gás

A velocidade do escoamento do gás nas tubagens é determinada através da seguinte expressão:

20354

PmD

QPv

v, velocidade do gás (m/s);

Q, Caudal [m3(st)/h];

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Pm, Pressão media absoluta no troço (bar);

P0, Pressão atmosférica (bar);

D, Diâmetro interior da tubagem (mm).

12.5.4. MATERIAL A ADOPTAR

Os tubos a utilizar na execução da Rede de Distribuição devem ter uma espessura nominal não

nominal inferior à Série SDR11 e ser fabricados com resinas do tipo PE 80. As características

físicas e dimensionais deverão satisfazer os requisitos das Normas NP EN 1555, ISO 1183 e ISO

1133.

Nas derivações serão utilizadas tomadas em carga do tipo “sela” eletrossoldáveis, com dispositivo

de furação incorporado, sempre que o diâmetro da tubagem o permitir, ou tês com uniões

Nas tomadas em carga a relação entre o diâmetro do orifício e o diâmetro externo do tubo não

deve exceder os 0,4.

Os tubos devem ser transportados e armazenados de modo a impedir a entrada de matérias

estranhas e ser protegidas da acção dos agentes atmosféricos.

12.5.5. ÓRGÃOS FUNCIONAIS, DE SEGURANÇA E ACESSÓRIOS

Todos os componentes devem ser fabricados com materiais que garantam condições de

funcionamento e segurança adequadas à sua utilização e que obedeçam aos requisitos das normas

aplicáveis.

Os dispositivos de corte devem ser facilmente acessíveis e manobráveis.

Os acessórios importantes para a exploração e manutenção da rede, nomeadamente as válvulas

de corte e as juntas dieléctricas, devem ser assinaladas por placas indicadoras colocadas na sua

vizinhança imediata, em posição com eles facilmente relacionáveis.

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Os acessórios a utilizar serão do tipo electrossoldável, de modelo oficialmente aprovado,

compatíveis com a tubagem a utilizar e para as pressões de serviço máximas admissíveis na rede.

12.5.6. ENSAIOS

Os trabalhos de montagem e de ensaios serão executados conforme determinado na Portaria n.º

386/94, alterada pela Portaria n.º 690/2001.

A instalação deverá ser ensaiada por entidade devidamente credenciada para o efeito pela DGE.

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12.6 GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

A gestão adequada de resíduos constitui, neste momento, uma preocupação global, devido à

complexidade e gravidade dos problemas relacionados com a sua gestão, que torna necessária

uma participação da sociedade na sua globalidade, e em particular de todos os cidadãos. A

essência do problema reside no facto de, apesar da sua vasta e interminável produção pelo

Homem, a natureza não os elimina facilmente, pelo que se exige um tratamento especial, de modo

a não permitir que a saúde pública e o ambiente corram riscos evitáveis ou controláveis.

A saúde pública, o ordenamento ambiental, a qualidade de vida dos cidadãos, são exigências cuja

satisfação não pode ser adiada.

Modificações no padrão de vida e hábitos alimentares da população portuguesa determinaram um

peso progressivamente crescente dos resíduos de embalagens produzidos: em 1980 os resíduos

de embalagens de vidro, papel e cartão e plástico representavam, em conjunto, cerca de 20% do

conteúdo de um saco de "lixo"; no início desta década, esses três materiais traduziam uma fatia de

cerca de 45% do "lixo" doméstico.

Os resíduos sólidos na área do plano de pormenor tem origem diversa, devido à composição dos

resíduos, que dependem essencialmente de:

Tipo de aglomerado (área residencial, comercial, equipamentos e serviços);

Tipo de habitação (unifamiliar e colectiva);

Níveis de vida (médio/elevado);

Tipo de população (urbana);

Clima e estação do ano (sazonalidade).

12.6.1 - Estimativa da produção de resíduos

Para a determinação do número de contentores de RSU e ecopontos para a zona do plano vamos

considerar os seguintes valores:

Capitações: 1,5 kg/hab/dia

Densidade dos resíduos no contentor: 200 kg/m3

Volume máximo do seu armazenamento: 80% da sua capacidade

Volume do contentor de RSU: 3,0m3

Recolha: dois em dois dias

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Pela inexistência de dados que permitam estimar de uma forma mais rigorosa a produção

comercial, hoteleira e pública de resíduos, considerou-se uma população equivalente que

corresponde a 25m2/hab na área do plano, equivalendo a 900 habitantes.

Dimensionamento do contentor de RSU:

População (hab.): 900;

Capitação de RSU´s (kg/hab./dia): 1,5;

Massa volúmica (kg/m3): 200 kg/m3;

Tipo de recolha: dois em dois dias

Massa diária de produção de RSU: 1.350 kg/dia;

Massa de RSU de dois em dois dias: 2.700 kg/dia;

Volume de RSU: 13,50 m³;

Volume do contentor: 3,0 m3;

Volume máximo de enchimento do contentor (80% da capacidade): 2,4 m3

Número de contentores: 5,625, equivalente a 6 contentores;

Rácio população/contentor: 150 hab/contentor

Para a determinação do número de conjunto de contentores de ecopontos considerou-se cerca de

425 habitantes por ecoponto.

Para a zona do Plano considerou-se 3 pontos de deposição correspondendo a um rácio de 300

habitantes por ponto de deposição de resíduos.

O tipo de contentor previsto corresponde ao sistema semi-enterrado, tipo “MBE-STOTKOM” ou

equivalente, devendo o sistema de manuseamento e elevação ser adequado aos sistemas de

recolha e ao sistema de deposição existente no município de Vila Real de Santo António.

Os pontos de recolha de resíduos sólidos urbanos serão compostos por contentores duplos, semi-

enterrados de 3,0m³, cada.

Em caso de necessidade, não serão de desconsiderar outras opções (aumento do volume de

deposição de recolha selectiva), como por exemplo, perto de zonas comerciais, onde a recolha

selectiva é mais intensa, devido ao peso das embalagens.

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12.7 REDE DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉCTRICA

12.7.1 OBSERVAÇÕES

Em toda a Concepção das Infra-estruturas em questão e nas respectivas Soluções a adoptar serão cumpridos rigorosamente todos os Regulamentos e Legislação em vigor assim como Normas e Prescrições Técnicas aplicáveis.

Nomeadamente:

1.1. Regulamento de Segurança de Instalações de Utilização de Energia Eléctrica;

1.2. Regulamento de Segurança de Redes de Distribuição de Energia Eléctrica em Baixa Tensão

1.3. Regulamento de Segurança de Linhas de Energia Eléctrica em Alta Tensão

1.4. Postos de Transformação Tipo (DGE)

1.5. Armários de Distribuição (DGE)

1.6. Manual de Urbanizações da EDP

12.7.2 GENERALIDADES

Na Concepção Infra-estrutural, no âmbito da Energia Eléctrica, serão tratadas independentemente as instalações relativas às Redes de Distribuição (RD) Média Tensão (MT) e Baixa Tensão (BT), e as instalações relativas às Redes de Iluminação Pública (IP) Normal e Decorativa.

A concepção das Redes terá por suportes fundamentais não só os preceitos Regulamentares em vigor e Legislação aplicável, mas também conceitos actualizados da Engenharia de Análise de Redes e da Ambiência Luminotécnica Urbana.

As Soluções adoptadas neste estudo norteiam-se pelos seguintes parâmetros directores:

Redes de Distribuição:

o Capacidade

As Redes de Média Tensão e Baixa Tensão deverão possuir a capacidade para satisfação das necessidades inerentes aos consumidores (domésticos, comerciais e turísticos) de acordo com a Proposta do Plano de Pormenor, tendo em consideração não só uma primeira fase de consolidação das explorações como também as necessidades a médio prazo numa evolução estatisticamente linear.

o Fiabilidade

As Redes possuirão características topológicas tais que minimizem os ‘nós’ que são geralmente ‘pontos fracos’ numa perspectiva de Fiabilidade do Serviço.

As Redes de Média Tensão terão configuração em anel (Sistema n-1)

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o Selectividade

As Redes de Baixa Tensão terão concepção radial e telescópica permitindo o fácil isolamento de avarias, e assim menores áreas de perturbação.

As Redes de Média Tensão terão configuração em anel.

o Rácio Custos/Eficiência

Todas as opções terão em consideração o factor económico sem que isto ponha em causa qualquer dos parâmetros anteriormente referidos (capacidade; fiabilidade; selectividade)

Redes de Iluminação Pública

o Os parâmetros anteriormente descritos para as Redes de Distribuição serão integralmente aplicáveis nas Redes de Iluminação Pública.

Iluminação Pública

A Iluminação Pública é determinante para a caracterização da Ambiência Urbana quer diurna quer nocturna.

o O enquadramento estético dos equipamentos (apoios e luminárias) e a sua disposição nos espaços públicos são factores determinantes na qualidade urbanística, quer de dia quer de noite.

o Uma Luminotecnia criteriosa e apoiada na moderna concepção da Arte de Iluminar é fundamental para uma apelativa Ambiência Nocturna, sendo inclusivamente um factor basilar na valorização da arquitectura urbanística.

12.7.3 CARACTERIZAÇÃO

Descrevem-se neste capítulo as infra-estruturas que se prevê garantam a alimentação de energia

eléctrica aos diferentes edifícios que integram o Plano de Pormenor do Bairro da Caixa, em Vila

Real de Stº António.

Sabendo-se que existia já um projecto elaborado para uma diferente estrutura de ocupação

urbanística, houve a preocupação de tentar fazer o respectivo aproveitamento. No entanto, sendo

esta ocupação substancialmente distinta da ora proposta, constatou-se que apenas é susceptível

de aproveitamento a rede de iluminação periférica.

Basicamente pretendem estas infra-estruturas servir as funcionalidades previstas para os

diferentes lotes, nomeadamente lotes para habitação e comércio (lotes 2, 3, 6, 7, 12 e 13), lote

para hotel (lote 5) e lotes exclusivamente para habitação (lotes 1, 4, 8, 9, 10 e 11).

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Assim, distinguem-se diferentes utilizações para cada edifício, nomeadamente áreas de habitação

(apartamentos), áreas de comércio (lojas) e/ou serviços (caso do hotel) e áreas de serviços

comuns. Estando definidas as suas tipologias e a respectiva área, é possível estimar com uma

razoável precisão as necessidades de consumo de energia eléctrica para cada edifício ou parcela.

Para os apartamentos e tendo em conta as áreas previstas, a potência considerada foi de 13,8

KVA, uma vez que as tipologias deverão variar entre os T1 e os T3. Assim consideramos uma

tipologia “média” correspondente ao T2, razão porque a potência de 13,8 KVA se considera

adequada.

Nos edifícios de apartamentos considerou-se adicionalmente potência instalada para serviços

comuns (cerca de 25 VA por m2).

A potência dos espaços de comércio integrados nos edifícios foram dimensionadas com base num

pressuposto de cerca de 110 VA/m2 (acima do solo), no pressuposto de se tratar em geral, de

espaços a climatizar.

Prevê-se futuramente a adopção de energias renováveis e alternativas para minimizar os

consumos eléctricos. No entanto, nesta fase e em termos de dimensionamento, optou-se por

considerar potências correntes para equipamentos e habitações de forma a não condicionar

futuras opções de projecto.

Para dimensionamento das potências totais e em particular das potências por lote, utilizaram-se os

coeficientes de simultaneidade prescritos pela EDP Distribuição.

Ao nível das instalações servidas por um mesmo Posto de Transformação, os coeficientes são

calculados pelas fórmulas:

C.S. = 0,2 + 0,8/n ( no caso de usos residenciais)

C.S. = 0,5 + 0,5/n ( no caso de usos distintos)

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Atendendo às necessárias reservas de potência e ainda à eventual necessidade de alimentação

de iluminação pública, as potências de cada PST foram previstas dentro da gama standard da

Distribuidora, optando-se por normalizar com transformadores de 630 KVA. No caso do Hotel

prevê-se um PT privativo, também com 630 KVA.

Consideram-se assim adequados 3 PSTs ( um para cada bloco habitacional – Lotes 1 a 4, lotes 6

a 9 e lotes 10 a 13). Acresce um PT privativo para o hotel.

Em anexo a esta memória estão explicitados os cálculos que deram origem ao dimensionamento

de cada Posto de Transformação, resumindo-se estes na tabela que segue:

PT1 630 KVA

PT2 630 KVA

PT3 630 KVA

PT4 630 KVA

A partir destes PST serão derivados os quadros de colunas de cada um dos edifícios, de onde

derivarão a generalidades das alimentações de energia eléctrica para as diferentes utilizações.

Os PST objecto deste projecto serão preferencialmente compostos por celas pré-fabricadas em

invólucro metálico, prevendo-se que fiquem integrados em edifícios de cada bloco habitacional.

Para o efeito serão consideradas todas as medidas adequadas ao isolamento térmico e acústico

relativamente às fracções habitacionais.

Estes compartimentos terão as medidas adequadas para respeitar as distâncias mínimas

regulamentares entre os elementos. Contudo não deverão ter medidas inferiores a 4 m de

comprimento, por 3,0 m de largura e 2,5 m de altura.

Serão dotados com grelhas de ventilação adequadas para a renovação de ar no interior do PT, e

portas com abertura para o exterior, equipadas com fechadura e chave normalizada pela empresa

distribuidora.

Os Equipamentos de média tensão serão previstos para a tensão de serviço de 15 KV.

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As celas a montar serão de gama tipo SM6 da Merlin Gerin, modulares, de isolamento em SF6,

equipadas com aparelhagem fixa de corte em carga, homologadas pela Direcção Geral de

Energia.

Refere-se ainda que a rede de interligação e alimentação destes PST, será de média tensão, 15

KV, prevendo-se cabo com alma condutora de alumínio, tipo LXHIOV 3x(1x240mm2), enterrado do

tipo LXHIOV 3 (1 x 240) . Previu-se que a rede interligue os PSTs em anel, de forma a garantir

uma fiabilidade adicional.

No caso do hotel, o PST previsto garante a alimentação em baixa tensão do mesmo, tratando-se

portanto de PT privativo. Noutras situações, o PST fará a alimentação a partir do Quadro Geral de

Baixa Tensão, em baixa tensão a diversos lotes, pelo que está também prevista no projecto, uma

rede de baixa tensão.

Duma maneira geral, os cabos do tipo LVAV e/ou LSVAV com secções e numero de condutores a

definir serão enterrados em vala aberta no solo, com as medidas regulamentares, assente e

coberto por uma camada de areia cirandada, que por sua vez terá por cima uma rede plástica de

sinalização em caso de reabertura de vala, excepto nas travessias de vias de tráfego rodoviário,

onde os cabos serão enfiados em tubos de elevada resistência mecânica, com diâmetro mínimo

de 120 mm, usando-se um tubo por cabo.

A instalação será subterrânea, nos traçados indicados nas peças desenhadas, observando-se as

disposições regulamentares em vigor, nomeadamente o Regulamento de Segurança de Redes de

Distribuição de Energia Eléctrica em Baixa Tensão (RSRDEEBT), nos Artigos 43, 56 e 115.

As valas para passagem de cabos serão sempre localizadas sob zonas públicas de caminhos

pedonais, salvo nas necessárias travessias de vias de trafego rodoviário.

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12.8 REDE DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA

12.8.1 Iluminação Pública

12.8.1.1 Generalidades Conceptuais

As actuais tecnologias ao serviço da Luminotecnia permitem a concepção de Projectos que,

duas décadas atrás, não poderiam ser concretizados. O sector que mais pode beneficiar com

as novas potencialidades da Luminotecnia é, sem dúvida, a Arquitectura, quer de interiores

quer de exteriores.

Porém até aos nossos dias a Iluminação e a Arquitectura escreveram a sua própria história e

hoje a Arte de Iluminar não se cinge aos interiores, tendo grande influência no âmbito do

equipamento Urbanístico.

A extraordinária evolução nas técnicas de iluminar, ao contrário do que seria de esperar, não

tem tido uma resposta adequada ao nível de Projecto, quer quantitativamente quer sobretudo

qualitativamente.

De facto, os Estudos Luminotécnicos para além de serem predominantemente de carácter

fotométrico, limitam-se a casos excepcionais de importantes edifícios ou de casos específicos

bem determinados, como por exemplo, Auditórios, Pavilhões Gimnodesportivos, Salões

Polivalentes, Museus, etc., circunscrevendo a Luminotecnia, nestes casos, a aplicações

rotineiras e decalcadas dos manuais comerciais.

É evidente que em muitos casos, a experiência permite evitar cálculos e optar por soluções

empíricas, como por exemplo, numa habitação ou num pequeno estabelecimento comercial.

Contudo, a generalização do empirismo conduz a erros que podem condicionar profundamente

a qualidade do Projecto, e consequentemente da Obra.

Hoje, não podemos conceber um Projecto de Luminotecnia sem a contribuição e optimização

dos parâmetros:

12.8.1.2 Parâmetros Fotométricos

12.8.1.2.1 Iluminância

12.8.1.2.2 Luminância

12.8.1.3 Parâmetros de Ambiência Luminotécnica

12.8.1.3.1 Iluminação Directa

12.8.1.3.2 Iluminação Indirecta

12.8.1.3.3 Por refracção

12.8.1.3.4 Por difusão

12.8.1.4 Parâmetros de Qualidade Luminotécnica

12.8.1.4.1 Uniformidade

12.8.1.4.2 Contrastes

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12.8.1.4.3 Temperatura de Cor

12.8.1.4.4 Índice de Restituição de Cor

12.8.1.5 Valores Qualitativos

Para diferentes tipos de Projecto cada um destes parâmetros tem um peso próprio.

Na tabela-1 seguinte indicamos as diversas contribuições para um Projecto de Qualidade:

Tabela-1

Em que:

+++ Forte contribuição + Ter em consideração - Não relevante

++ Contribuição

relevante

+ - Importância relativa

Porém, há outros requisitos de Projecto que não só têm influência (directa ou indirecta), nos

parâmetros acima referidos, como também são determinantes na subjectividade ambiental

(ambiência), como por exemplo:

Tabela-2

-Iluminação Directa -Iluminação Projectada (directa ou indirecta)

-Iluminação Indirecta; -Iluminação com Refractor

-Iluminação Difusa (por reflexão ou por

transparência)

-Localizada

-Iluminação Mista

Ambiência

Urbana

Zonas

Verdes e

Parques

Vias

Urbana

s

Vias

Interurbanas

Iluminância ++ + ++ ++

Uniformidade - - ++ ++

Temperatura de Cor ++ ++ + +

Cor da Luz +++ +++ ++ ++

Índice Restituição de

Cor

+ + + +

Luminância +++ +++ ++ ++

Encandeamento +++ +++ +++ +++

Ofuscamento +++ ++ ++ ++

Contraste ++ ++ +++ +++

Estroboscopia + - - -

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Tabela-3

Ambiência

Urbana

Zonas

Verdes e

Parques

Vias

Urbana

s

Vias

Interurbanas

Directa - - - -

Directa com

Refractor

+ - ++ +++

Difusa Reflector +++ + + -

Difusa Transparente +++ +++ +++ +

Indirecta +++ +++ + -

Mista ++ ++ + -

Projectada Directa - - + -

Projectada Indirecta ++ - - -

Localizada - + - -

12.8.1.6 Valores Quantitativos

De acordo com as necessidades de utilização e exigências de qualidade e conforto a

Iluminância e a Uniformidade deverão satisfazer o seguinte Quadro.

Iluminância Média

Em Lux

Contraste Tipo de Lâmpadas

Vias Estruturantes 40-45 1:2 ; 1:3 VS-150/250/400W

Vias Principais 35 1:3 VS-250/150W

Vias Secundárias 25-30 1:4 VS-150/100W

Vias Pedonais 15 (Emin) - VS-100/70W ; FC (42-18W)

Praças 50 (Emin) - VS-100/70W

Parques Estacion. 20 - VS-150/100W

12.8.1.7 Preceitos Luminotécnicos fundamentais

12.8.1.7.1 Ambiência

Para além da Em necessária para satisfazer os níveis internacionalmente propostos (tabelas

anteriores), a Uniformidade deverá possuir valores que evitem contrastes pronunciados

(sensibilidade reduzida), sobretudo relativamente à Iluminância horizontal (pavimento). Este

objectivo vê-se dificultado se, por acaso houver árvores nas proximidades dos pontos

luminosos.

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Aqui a intervenção do Projectista deverá ser criteriosa e incidir nos seguintes parâmetros:

Localização dos apoios das Luminárias;

Altura útil dos apoios;

Tipo e número de apoios;

Tipo e potência da Luminária.

Qualquer que seja a opção dever-se-á ter sempre presentes dois factores:

Encandeamento e/ou Ofuscamento;

Factor económico;

Porém uma imposição de grande importância qualitativa consiste na Luminância das paredes

dos edifícios circundantes. Este factor é de importância fundamental para uma apelativa

ambiência urbana.

A percepção de um espaço iluminado é condicionada pela Luminância da respectiva

envolvente opaca (ou translúcida). Numa rua urbana as envolventes são: o pavimento; as

paredes; o céu.

O céu comporta-se como um corpo negro. Daí não podemos esperar qualquer contribuição,

antes pelo contrário. Resta-nos o pavimento e as paredes.

O pavimento é geralmente escuro, o que significa ter uma Reflectância reduzida, não

contribuindo (por difusão) para a iluminação das paredes.

Concluímos assim que, apenas as paredes dos edifícios poderão contribuir para uma apelativa

ambiência luminotécnica urbana.

Isto não implica que a I.P. seja dirigida para os edifícios, mas tão-somente que o fluxo luminoso

oriundo das Luminárias deve atingir as paredes, sempre que possível. Esta condição é

duplamente favorável: Contribui para a qualidade da ambiência urbana nocturna; possibilita aos

peões melhor visibilidade de orientação e de circulação.

12.8.1.7.2 Colunas

É fundamental a distinção entre Coluna Urbana e Coluna Viária (vias não urbanas ou de

tráfego intenso).

Comecemos por definir as características essenciais de cada tipo.

Coluna Viária:

o Altura acima dos 6m (Hu6m);

o Fuste não ornamental;

o Com ou sem braço(s);

o Estrutura metálica ou em fibra.

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Coluna Urbana:

o Altura: 3mHu6m (preferencialmente: 3.5mHu 5m);

o Fuste preferencialmente ornamental ou estilizado;

o Construção preferencialmente metálica ou fibroplástica;

o Preferencialmente sem braço, ou com apoios múltiplos;

Portanto, numa maneira simplista podemos concluir que a diferença essencial

entre os dois tipos de Colunas é a ‘altura útil’.

12.8.1.7.3 Luminárias

Também é aconselhável distinguir os tipos de Luminárias consoante a sua utilização.

consideramos então:

o Luminárias Viárias;

o Luminárias Urbanas;

o Luminárias Ornamentais,

No contexto deste trabalho interessam-nos as seguintes particularidades:

Luminárias Viárias

Entre outras características (normativas e comerciais), estas devem garantir ainda:

o Utilização de Lâmpadas de descarga de alta eficiência luminosa e longa vida média (Vapor de Sódio ou Vapores Metálicos);

o Luminária com protector-refractor e óptica adequada aos propósitos (diagramas);

o Robustez (IP) e Design condizente;

o Fácil manutenção.

Luminárias Urbanas

Entre outras características (normativas e comerciais), devemos sublinhar:

o Utilização de Lâmpadas de descarga de alta eficiência luminosa e longa vida média (Vapor de Sódio ou Fluorescentes tipo Compact)

o A utilização de Lâmpadas de Vapor de Sódio (cromaticidade amarela –2000/2500ºK) apesar do reduzido índice de restituição cromática oferece algumas vantagens apreciáveis. De facto, o seu deficit na restituição cromática atenua (ou mesmo omite) o contraste cromático, originando assim uma certa homogeneidade na tonalidade ambiental. Uma consequência desta situação é o disfarce do possível mau estado de conservação dos edifícios, ou dos pavimentos, ou inclusivamente da falta de sanitarismo urbano. A ambiência aparenta ‘saúde urbana’. Se juntarmos a essa agradável aparência ambiental, o facto de a cor amarela (tendência monocromática) pertencer à ‘classe’ das cores de ‘tonalidade confortável’, podemos concluir que a Luz emitida pela Lâmpada de Vapor de Sódio é a ‘Luz Urbana’ por excelência.

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o As Lâmpadas Fluorescentes tipo Compact, devido à sua alta eficiência são uma séria alternativa às Lâmpadas VS, sobretudo quando não estejam em causa Iluminâncias elevadas.

o Protector Difusor obrigatoriamente não transparente:

Atendendo à baixa altura de fixação (3.5m/5.5m) a Luminária deve ser

obrigatoriamente equipada com protector-difusor antivandalismo,

preferencialmente opalino ou de outra variante translúcida). A utilização de

protector-transparente (ou protector-refractor) provoca ofuscamento ou

mesmo encandeamento, sendo um factor perverso relativamente à

Qualidade da Ambiência Luminotécnica Urbana.

Alguns fabricantes justificam a aplicação do protector-transparente pela

utilização de invólucro-difusor anelado, sobre a lâmpada. Consideramos

esta solução (ou explicação) fora das mais elementares regras técnicas,

pois as condições geradoras de ofuscamento permanecem (elevado

contraste).

o Luminárias antivandalismo;

o Luminária com protector refractor e óptica adequada aos propósitos (diagramas);

o Robustez (IP) e Design condizentes;

o Fácil manutenção.

12.8.1.8 Caracterização da solução proposta

Foi projectada e calculada uma rede de iluminação com o objectivo de iluminar as vias e espaços

públicos, em particular as afectas ao trânsito automóvel.

A malha de iluminação das vias foi calculada de acordo com o determinado na Portaria 454/2001

de 5 de Maio, nomeadamente no seu artigo 28.

Na elaboração do estudo luminotécnico foi considerada a classificação CIE tipo R1, grau de

reflexão 0,1 e factor de manutenção de 0,7,atribuída às vias face ao tipo de trânsito, velocidade de

circulação e características ambientais da envolvente.

Por forma a aproveitar a rede já existente foram consideradas as luminárias com poste iguais às já

existentes e foram acrescentadas algumas nos locais considerados necessários de forma a

melhorar as condições de iluminação.

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O comando da iluminação será automático e efectuado por meio de interruptor crepuscular, a

instalar na coluna mais próxima ou no armário correspondente, seguindo a filosofia já existente.

Os equipamentos de iluminação viária acrescentados serão para acrescentar na rede dos já

existentes.

A protecção e seccionamento dos cabos nestes circuitos, será efectuada em caixas de protecção

e seccionamento normalizadas, IP447, a instalar no interior das portinholas das colunas de

iluminação, dimensionadas para a ligação e derivação dos condutores previstos. Serão dotadas de

fusíveis de rolo de 6 A, tipo 10,3 x 38 mm, com seccionamento de neutro.

Prevê-se que sejam do tipo MVF 435 da Conchiglia para 500 V. Os cabos de ligação entre a caixa

e a armadura serão do tipo FVV 2 x 2,5 + T.

Todos os equipamentos de iluminação pública serão ligados à terra através de um eléctrodo

instalado junto de cada candeeiro. Cada candeeiro será ligado a uma terra independente do tipo

“piquet” por ligador de cobre de 25 mm2, com ligadores tipo C. O cabo de ligação entre terra e

neutro não deverá ter secção inferior a 10 mm. O valor global da resistência de terra não deverá

ser inferior a 5 .

Foi criada uma rede de iluminação no interior da área de intervenção do Plano com luminária em

coluna de 4 m. Para estas será a alimentação já prevista para os equipamentos que já existiam

nesta área.

Os armários de distribuição a instalar que sejam necessários na alimentação da iluminação

pública, serão de tipo e características semelhantes às de distribuição de energia a lotes.

Para alimentação dos candeeiros foi normalizada a utilização de cabo de alma de cobre, tipo

LSVAV 4x16 ou 2x16.

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12.9 REDE DE TELECOMUNICAÇÕES E TV CABO

12.9.1 ESTRATÉGIA DE SUPORTE DE REDE

12.9.1.1 GENERALIDADES

Toda a área de intervenção será dotada de infra-estruturas de telecomunicações subterrâneas,

com as consequentes vantagens (ausência de postes e traçados aéreos, maior fiabilidade, mais

fácil resposta de manutenção, etc.), cujas características essenciais serão descritas de seguida.

As redes de condutas de telecomunicações deverão ser concebidas de modo a contemplar a sua

utilização, em simultâneo, pelo sistema TVCabo.

Os projectos de execução deverão ser concretizados após o parecer do(s) concessionário(s) de

telecomunicações da sobre as soluções propostas, visto tratar-se de uma obra que passará para a

sua exploração.

12.9.2 CONCEPÇÃO

12.9.2.1 - Observações

A rede de condutas deverá possuir arquitectura simples privilegiando a construção de percursos

fechados (malhas) com base em critérios de previsão de tráfego.

Deverão ser definidos percursos principais e percursos secundários, ficando a definição de

percursos de menor tráfego para uma fase de projecto de execução.

Os percursos principais nunca poderão possuir menos de 4 Tubos por cada troço, devendo

prever-se percursos de possível maior densidade de tráfego (6 Tubos).

Em qualquer caso não haverá menos de 3 Tubos nos troços secundários.

Pretende-se dotar o Bairro da Caixa em Vila Real de Stº António de uma rede de infra-estruturas

de telecomunicações de distribuição, câmaras de visita e pontos de acesso que permitam as

ligações às redes existentes e às que serão instaladas na área de intervenção do Plano.

Estas infra-estruturas irão servir as funcionalidades previstas para os diferentes lotes,

nomeadamente lotes para habitação e comércio (lotes 2, 3, 6, 7, 12 e 13), lote para hotel (lote 5) e

lotes exclusivamente para habitação (lotes 1, 4, 8, 9, 10 e 11).

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Assim, distinguem-se diferentes utilizações para cada edifício, nomeadamente áreas de habitação

(apartamentos), áreas de comércio (lojas) e/ou serviços (caso do hotel) e áreas de serviços

comuns. Estando definidas as suas tipologias e a respectiva área, é possível estimar com uma

razoável precisão as respectivas necessidades de telecomunicações.

12.9.2.2 -Arquitectura de Rede

Para além da simplicidade de traçado, e capacidade de tráfego, deverão ser cumpridos os

seguintes requisitos:

Não existência de troços curvos (curvatura R>10m);

Câmaras de visita em todas as mudanças de direcção;

Utilização apenas de câmaras de visita dos tipos:

NR2 (principal)

NR3 (secundária)

12.9.3 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

12.9.3.1 Condutas Tubulares

Na construção de condutas simples e múltiplas serão utilizados tubos do tipo PVC 110x3,2

PN6Kg, ou seja, para suportar 6Kg de pressão pelo que serão colocados à profundidade de 80 cm

(passeio) ou 100 cm (estrada).

São aplicados directamente no solo, ligados entre si por cola lisfix ou equivalente a fim de garantir

a estanqueidade.

Deverão ser protegidos e envolvidos por uma camada de areia cirandada no caso do 4 ou tritubo,

ou ser protegidos por uma camada de betonilha, formando um bloco contínuo, no caso de 2 tubos,

e nas travessias. A massa de betão deverá ter o traço 1/3/5 (cimento/areia/brita).

O estabelecimento dos referidos tubos em terreno livre, ou próximo de cabos eléctricos ou outros

obstáculos deverá ser feito de acordo com as recomendações da Telecom.

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12.9.3.2 Câmaras de Visita ou Passagem

Para servir o edifícios previstos para a área de intervenção do PPHGX, é criada uma rede de

distribuição composta por caixas de visita do tipo, NR2 e NR3, conforme indicado pelos

operadores, interligadas por tubos em PVC de 110 mm , 6 Kg / m2, em troços localizados em

passeios e atravessamento de arruamentos, conforme é indicado nas peças desenhadas.

Ao nível de pares de cobre e em conformidade com as prescrições do ITED (Regulamento relativo

a Instalações de Telecomunicações de Edifícios), foram previstos para as áreas de habitação, 4

pares por cada fogo, acrescidos de pares de cobre para os SMAS, elevadores e S.A.D.I (Sistema

Automático de Detecção de Incêndios), relativamente ao comercio e hotel foi estimado um valor

por área. A nível de áreas comuns foram previstos pares de reserva para postos públicos.

Assim, para o Plano em referência poder-se-á apresentar o quadro ilustrativo do modo como os

números de pares de cobre foram atribuídos, tendo em linha de conta o necessário

sobredimensionamento de cerca de 10% no número destes. Neste projecto já está considerada a

respectiva reserva para cabos coaxiais.

NECESSIDADES DE PARES DE COBRE

LOTE

Habitação Comércio/Equipamento/Outros

Quantidade Quantidade

nº de Pares

1 26 116 2 26 1 150 3 26 1 150 4 26 116 5 1 50 6 8 1 120 7 8 1 120 8 28 1 160 9 28 1 160 10 28 1 160 11 28 1 160 12 8 1 120 13 8 1 120

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No traçado da rede de infra-estruturas para telecomunicações desta área, optar-se-á por utilizar as

redes existentes nos pontos da periferia e criação de novas redes que passarão enterradas junto e

dentro da área de intervenção do Plano em valas próprias a uma profundidade não inferior a 0,8m

que serão sempre localizadas sob zonas públicas de caminhos pedonais.

A entrada subterrânea para cada um dos lotes, face ao número de linhas para ele previsto, é feita

por PVC de valor indicado nas Peças Desenhadas, para pares de cobre e cabos coaxiais.

Nas Peças Desenhadas estão assinalados os tubos que se prevê utilizar, bem como as caixas de

cada Lote.

Regra geral as canalizações desenvolvem-se nos passeios paralelamente ao imóvel a servir.

As caixas a utilizar serão as normalizadas para este tipo de utilização e aprovadas para

Telecomunicações, construídas em blocos maciços de betão, ou pré-fabricadas em betão

moldado, assentes em terra compactada e nivelada coberta por uma camada de areia.

Na periferia da área serão previstas várias caixas para interligação com a rede existente, que será

interligada com as da rede do local, permitindo uma maior facilidade de ligação e gestão da rede.

12.9.3.3 - Armários Primários ou Secundários

Servirão para a colocação das caixas terminais donde serão instaladas as protecções e sairão os

cabos individuais, para cada assinante individual (ou "cabos colectivos" quando se trate de blocos

de apartamentos, sendo então, as caixas terminais instaladas no seu interior).

Serão instalados armários de distribuição tipo SPH-920 que deverão obedecer às especificações

do operador e dos desenhos anexos.

12.9.4 - DISPOSIÇÕES REGULAMENTARES

Deverão ser respeitadas as regras de construção de condutas da Telecom, e as disposições do

Decreto-Lei Nº46847 de 27/O1/66 (Regulamento de Segurança de Redes de Distribuição de

Energia Eléctrica em Baixa Tensão), designadamente no que respeita a travessias, cruzamentos e

vizinhança das referidas linhas eléctricas com as linhas de Telecomunicações.

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As obras deverão ser permanentemente fiscalizadas por Técnico especializado representando o

Proprietário e, sempre que necessário ou por iniciativa própria, pelos Técnicos da Telecom.

A execução das Câmaras relativamente à resistência mecânica e corrosiva deverão obedecer à

Normas D400 (câmaras nas vias de rodagem) e B125 (câmaras nos percursos pedonais).

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13. SISTEMA DE EXECUÇÃO

13.1 Introdução / Enquadramento Legal

O presente capítulo corresponde ao cumprimento das alíneas g) e h) do n.º1 do artigo 91º do

Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, com a redacção dada pelo Decreto-Lei n.º 46/2009, de

20 de Fevereiro, e tem como principal objectivo definir e enquadrar a actuação das entidades

públicas e privadas com interesses na área de intervenção do Plano de Pormenor do Bairro da

Caixa, nomeadamente no que se refere à sua execução.

Este capítulo é acompanhado pela peça desenhada PDP 39 – Planta das Unidades de Execução,

à escala 1:500, no qual se procede à delimitação das unidades de execução, e complementado

pelo Programa de Execução e Plano de Financiamento.

13.2 DEFINIÇÃO DO SISTEMA DE EXECUÇÃO

13.2.1 SISTEMA DE COOPERAÇÃO

O sistema de execução que se propõe – sistema de cooperação – resulta da aplicação do

enquadramento legal em vigor à situação concreta do presente Plano, em particular devido à

necessidade de compatibilizar a solução de desenho urbano proposto com os constrangimentos

impostos pela estrutura do cadastro, bem como garantir a viabilidade de execução do Plano.

No sistema de cooperação cabe ao Município a iniciativa de execução do Plano, com a

cooperação dos proprietários e/ou promotores privados interessados, actuando coordenadamente,

de acordo com a programação estabelecida no Programa de Execução do Plano e nos termos de

adequados instrumentos contratuais.

O desenho urbano e demais conteúdos do Plano são já o resultado de várias interacções e

propostas anteriores, no qual se procura acolher as observações e os interesses existentes, como

resultado das indicações transmitidas pela CMVRSA; contudo, o sucesso da implementação do

Plano encontra-se fortemente dependente da coordenação física e temporal das intenções de

investimento público e sobretudo dos diversos proprietários privados.

Neste contexto, considera-se indispensável reconhecer a necessidade do Município promover a

ampla divulgação do Plano, em particular junto dos proprietários das parcelas abrangidas pelo

Plano, no sentido de garantir a sua adesão ao sistema de execução e aos mecanismos de

perequação compensatória a implementar.

O sistema de execução aqui delineado, coloca a CMVRSA no papel de coordenação e mediação

dos actos necessários ao estabelecimento de consensos, sendo de prever que as operações

urbanísticas inerentes à implementação do Plano venham a ser enquadradas em acordos a

estabelecer entre o Município, os proprietários ou os promotores da intervenção urbanística e,

eventualmente, outras entidades públicas ou privadas, interessadas na execução do Plano.

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Perante o enquadramento legal em vigor, tais acordos deverão concretizar as operações de

transformação fundiária que se mostrem necessárias à execução do Plano, com fixação dos

direitos e obrigações dos intervenientes mediante a celebração de contrato de urbanização, ou a

constituição de associação de proprietários ou, ainda, a associação entre a Autarquia e os

proprietários, para efeito de urbanização conjunta.

Estes acordos são, aliás, um dos elementos essenciais para que o cenário de reparcelamento

previsto no Plano, e que visa deter efeitos registais, possa ser concretizado, de acordo com os

requisitos dispostos no artigo 92.º-A do Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial.

Tal como se prevê no Regulamento do Plano, caso a CMVRSA verifique que, numa ou em várias

Unidades de Execução (UE), não é possível ou desejável implementar o sistema de cooperação,

esta poderá sempre optar pelo sistema de imposição administrativa, conforme o disposto no artigo

124º do Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, com a redacção dada pelo Decreto-Lei n.º

316/07, de 19 de Setembro.

13.2.2 UNIDADES DE EXECUÇÃO (UE)

O sistema de execução proposto assenta na delimitação de 4 unidades de execução (UE), que

cobrem a totalidade da área de intervenção do Plano, conforme delimitação constantes nas peças

desenhadas PDP1 – Planta de Implantação e PDP 39 – Planta de Unidades de Execução, já

referida.

As UE propostas correspondem à subdivisão da área de intervenção em fases de execução,

sendo a sua coerência determinada pelos limites físicos das intervenções propostas,

nomeadamente no que se refere à constituição de lotes para construção, à infra-estruturação de

espaços urbanos contíguos e ao estabelecimento de uma ocupação urbana funcional e

harmoniosa.

De notar que, a cada UE podem corresponder uma ou mais prédios urbanos ou ainda parte de

parcelas de diferentes proprietários, cuja execução deverá resultar de operações urbanísticas

conjuntas por forma a viabilizar o cadastro proposto.

Em virtude da necessidade de adopção de soluções específicas de planeamento e gestão no

âmbito de cada UE, no documento relativo ao Programa de Execução do Plano e Plano de

Financiamento, elabora-se uma síntese das acções a desenvolver em cada UE, estabelece-se o

encadeamento temporal mais favorável à execução e identifica-se as entidades a responsabilizar

pelo seu financiamento.

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14. PEREQUAÇÃO COMPENSATÓRIA

O princípio do direito e dever de se proceder à distribuição perequativa de benefícios e encargos

decorrentes dos instrumentos de gestão territorial vinculativos dos particulares (como é o presente

caso) encontra-se consagrado no artigo 137.º do Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, com

a redacção dada pelo Decreto-Lei n.º 46/2009, de 20 de Fevereiro.

14.1 CRITÉRIOS DE REPARTIÇÃO DE BENEFÍCIOS E ENCARGOS

O presente Plano estabelece a obrigatoriedade de aplicação de mecanismos de perequação

compensatória em todas as operações urbanísticas a realizar na respectiva área de intervenção.

Tendo em conta os objectivos da perequação, importa definir um sistema de execução que

preveja mecanismos de repartição de benefícios e encargos de aplicação simples e facilmente

perceptível por qualquer dos agentes a envolver na execução do Plano.

Para tal, identificam-se os benefícios e encargos decorrentes da execução de operações

urbanísticas consignadas no Plano e propõe-se que a sua repartição seja feita em proporção à

edificabilidade concreta (medida em área bruta de construção) que o Plano atribui a cada

proprietário.

Neste contexto, coloca-se de seguida de forma explícita os critérios de identificação de benefícios

e encargos inerentes à CMVRSA e aos proprietários e/ou promotores particulares:

CÂMARA MUNICIPAL DE VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO

BENEFÍCIOS

Disponibilização de um instrumento de gestão territorial que legitima e orienta as decisões

e investimentos públicos a realizar na respectiva área de intervenção;

Gestão de uma área urbana programada cujas intervenções resultam do entendimento e

cooperação entre todos os proprietários envolvidos;

Recebimento do valor das taxas e licenças municipais a aplicar na área de intervenção do

Plano;

Disponibilidade de lotes urbanizados (ou do seu valor em numerário) na proporção da

área de solo municipal existente na área de intervenção;

Integração no domínio público municipal das áreas destinadas à implantação das redes

viária, pedonal e ao estacionamento à superfície, à instalação de infra-estruturas, aos

espaços verdes, conforme o desenho urbano proposto no Plano.

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ENCARGOS

Elaboração do Plano e respectiva tramitação processual;

Elaboração e/ou adaptação de regulamentos municipais à implementação dos

mecanismos de execução do Plano;

Montagem do sistema de execução e acompanhamento dos processos inerentes ao

estabelecimento de acordos entre proprietários;

Execução da infra-estruturação geral do Plano e dos equipamentos colectivos previstos;

Execução das demolições necessárias à implantação do sistema viário principal e

indemnização dos respectivos proprietários;

Eventual aquisição de bens ou expropriação de direitos sobre a área de intervenção do

Plano, cujos titulares não se queiram associar à execução deste.

PROPRIETÁRIOS / PROMOTORES PRIVADOS

BENEFÍCIOS

O Plano define já as soluções de desenho urbano e de reconfiguração da propriedade

para usos urbanos;

A capacidade construtiva de cada parcela (independentemente dos usos existentes e

propostos no Plano) é calculada com base num único índice médio de utilização (IMU) que

reflecte a ocupação urbana prevista;

Promoção de lotes para construção inseridos numa área de urbana consolidada.

ENCARGOS

Pagamento ao Município do valor das taxas e licenças municipais a aplicar na área de

intervenção do Plano;

Cedência gratuita ao Município das áreas para equipamentos, vias, zonas verdes e outros

espaços públicos, conforme desenho urbano proposto no Plano, na proporção da área de

construção que o Plano atribuí a cada parcela;

Execução das demolições das construções existentes em cada parcela, conforme

proposta do Plano;

Execução de obras de urbanização local (que directamente suportam as edificações a

realizar nos lotes);

Comparticipação nos custos de infra-estruturação geral do Plano, na proporção da área de

construção que o Plano atribui a cada parcela;

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Uma vez que o sistema de perequação proposto tem como base de cálculo a proporcionalidade

em relação à área das parcelas, para suportar a aplicação dos mecanismos de perequação

compensatória deverá ser desenvolvida uma análise pormenorizada do cadastro existente, o seu

registo cartográfico, peça desenhada - Planta da Divisão Cadastral – PDP 03 e a adopção (para

efeitos de cálculo) das áreas verificadas cartograficamente, devendo as mesmas serem

devidamente confirmadas perante o registado na conservatória do registo predial.

14.2 PEREQUAÇÃO DE BENEFÍCIOS – EDIFICABILIDADE MÉDIA

Como mecanismo de perequação dos benefícios a atribuir aos proprietários das parcelas inseridas

na área de intervenção do Plano propõem-se a adopção de um índice médio de utilização (IMU),

fixado no valor de 1,7, aplicado a toda a superfície da parcela, independentemente dos usos

existentes e propostos no Plano.

O IMU adoptado resulta da proposta de desenho urbano do Plano, sendo o seu valor determinado

pelo quociente entre a área bruta de construção (acima do solo) destinada a habitação, comércio,

serviços e equipamentos hoteleiros e a superfície da área de intervenção do Plano.

A cada parcela corresponde uma edificabilidade meramente abstracta (EA) que resulta da

multiplicação do IMU pela superfície da parcela.

A fixação da edificabilidade concreta (EC) decorre do cumprimento das prescrições estabelecidas

no Plano e materializa-se em área brutas de construção a edificar nos lotes propostos, sendo a

sua concretização resultado de procedimento administrativo inerente à execução das operações

urbanísticas a realizar em cada parcela e/ou conjunto de parcelas.

Como o desenho urbano proposto poderá não garantir à partida para cada parcela a igualdade

entre a EA e a EC, a equipa do Plano, logo que tiver na sua posse toda a informação referente ao

cadastros (já solicitada e a ser compilada pela CMVRSA) procederá ao testar da aplicação do

mecanismo de perequação de benefícios tendo em vista a operacionalização das disposições

constantes no Regulamento do Plano.

Este trabalho assentará nos seguintes pressupostos, que visam a minoração das desigualdades

introduzidas pelo Plano:

A CMVRSA procurará mediar os consensos entre proprietários e disponibilizará o apoio

técnico necessário ao estabelecimento de acordos subjacentes à implementação dos

mecanismos de perequação;

A disponibilidade da CMVRSA e dos proprietários e/ou promotores privados para

efectuarem permutas de terrenos, deferirem no tempo a concretização da sua

edificabilidade e permutarem entre si os lotes constituídos;

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Sempre que a EA de uma parcela for inferior à área bruta de construção mínima nos lotes

propostos (2.065 m²), a CMVRSA deverá preferencialmente adquirir essa parcela;

Os lotes a atribuir aos proprietários e/ou promotores particulares, com excepção daqueles

cuja geometria coincide com a parcela (ou é possível fazer coincidir por simples acerto de

extremas) destinam-se a um mesmo tipo de uso;

A prioridade na atribuição dos lotes constituídos, será em primeiro lugar atribuída ao

proprietário da parcela que lhes dá origem (sempre que não excedam a sua EA), em

segundo lugar a outros proprietários de parcelas com EC<EA da mesma UE e em terceiro

lugar a proprietários com EC<EA de UE de ordem anterior;

Quando EC – EA resulta um valor positivo que não é possível corrigir porque todos os

lotes propostos têm uma área de construção superior a essa diferença, considera-se que

o proprietário beneficiado deverá pagar uma compensação de valor equivalente ao

respectivo excesso de edificabilidade;

Quando EC – EA resulta um valor negativo que não é possível corrigir porque todos os

lotes propostos têm uma área de construção superior a essa diferença, considera-se que

o proprietário prejudicado deverá ser compensado em valor equivalente ao respectivo

défice de edificabilidade;

As diferenças entre EA e EC que não seja possível minimizar através da atribuição de

lotes, deverão ser objecto de compensação a estabelecer em regulamento municipal;

No final do processo, caso subsistam lotes que não venham a ser atribuídos a nenhum

dos proprietários e/ou promotores privados, ficarão integrados no domínio privado

municipal, uma vez que a sua edificabilidade corresponde à edificabilidade da parcela

municipal existente na área de intervenção do Plano.

A operacionalização destes pressupostos encontra-se dependente da aprovação de um

regulamento municipal que permita efectivar a dinâmica de permutas de direitos abstractos e

concretos, devendo prever, as seguintes medidas alternativas ou complementares:

A redução ou isenção das taxas legalmente devidas no procedimento administrativo

relativo à operação urbanística;

A cedência de lotes por proprietários com EC>EA e a sua atribuição a proprietários com

EC<EA;

O pagamento de compensações em numerário ou em espécie por proprietários com

excesso de edificabilidade e a sua atribuição a proprietários com edificabilidade em falta;

A aquisição de edificabilidade em falta pelo Município, por compra ou permuta.

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De salientar que, o sucesso da aplicação deste mecanismo se encontra fortemente dependente da

adesão dos proprietários e/ou promotores privados ao estabelecimento de acordos e

apresentação de operações urbanísticas conjuntas, o que permitirá obviar os processos

burocráticos inerentes ao registo das permutas de lotes e acertos de extremas (que poderão

revelar-se necessários à concretização do cadastro proposto).

Importa no entanto notar que, a proposta desenvolvida tem como principal objectivo colocar à

disposição da CMVRSA uma primeira hipótese de aplicação do mecanismo de perequação de

benefícios, que testa a redistribuição da edificabilidade abstracta e que deverá ser encarada como

um documento de trabalho, com a vantagem de constituir uma base de suporte às negociações e

acordos necessários à execução do Plano.

14.3 PEREQUAÇÃO DE ENCARGOS . CEDÊNCIA MÉDIA E CUSTOS DE URBANIZAÇÃO

Como mecanismos de perequação dos encargos a atribuir aos proprietários e/ou promotores

privados das parcelas inseridas na área de intervenção do Plano, propõe-se a adopção de índice

de cedência médio, (ou área de cedência média) e a repartição dos custos de urbanização, ambos

a implementar na proporção da edificabilidade concreta aferida após a aplicação do mecanismo de

perequação de benefícios.

ÁREA DE CEDÊNCIA MÉDIA – ÍNDICE DE CEDÊNCIA MÉDIO (ICM)

Para efeitos de aplicação do mecanismo perequativo relativamente aos encargos a atribuir a cada

proprietário, é fixado em 0,22, o valor do Índice de Cedência Médio (ICM), aplicável à

edificabilidade concreta que o proprietário da parcela passa a deter, no final da operação

urbanística em que a respectiva parcela se insere.

O ICM adoptado resulta do quociente entre a área total de espaço público proposto, destinada às

redes viária pedonal e ao estacionamento público à superfície, aos espaços verdes e a área total

de construção destinada a habitação, comércio, serviços e equipamento hoteleiro.

A cada parcela corresponde uma área de cedência meramente abstracta (CA) que resulta da

multiplicação do ICM pela EC que o Plano atribui ao seu proprietário.

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A determinação da área de cedência concreta (CC), decorre do cumprimento das prescrições

estabelecidas no Plano e resulta da dedução à superfície da parcela da área dos lotes (AL) que o

seu proprietário passa a deter como resultado da aplicação do mecanismo de perequação de

benefícios.

Como o desenho urbano proposto poderá não garantir à partida e para cada parcela a igualdade

entre a CA e CC, a equipa do Plano, logo que tiver na sua posse toda a informação referente ao

cadastro (já solicitada e a ser compilada pela CMVRSA), procederá ao testar da aplicação deste

mecanismo de perequação de encargos tendo em vista a operacionalização das disposições

constantes no Regulamento do Plano.

Na sequência da experiência desenvolvida para a aplicação do mecanismo de perequação de

benefícios, esta metodologia será aplicada às parcelas dos proprietários existentes na área de

intervenção, obtendo-se como resultado uma primeira hipótese de quantificação das diferenças

entre CC e CA que deverão ser objecto de compensações em numerário ou em espécie a prever

em regulamento municipal.

Deste modo, quando CC-CA resulta num valor negativo, o proprietário e/ou promotor deverá

compensar o Município em numerário ou em espécie a fixar em regulamento municipal.

Quando CC-CA resulta num valor positivo, o proprietário e/ou promotor privado deverá, aquando

pretender realizar a operação urbanística, ser compensado de forma adequada.

Para a implementação deste mecanismo de perequação compensatória é imprescindível a

aprovação de um regulamento municipal que permita converter as diferenças de CC e CA em

numerário ou espécie de valor económico equivalente.

O referido regulamento municipal deverá prever, como medidas alternativas ou complementares, o

seguinte:

A redução ou a isenção de taxas legalmente devidas no procedimento administrativo

relativo à operação urbanística;

A aquisição da área de cedência em excesso pelo Município, por compra ou permuta;

A cobrança de valores em numerário ou em espécie a proprietários que efectuam

cedências inferiores à área de cedência abstracta e a sua atribuição a proprietários com

área de cedência em excesso

De notar que, as áreas objecto de cedência concreta deverão integrar o domínio público municipal,

com excepção das cedências de lotes destinados à compensação de edificabilidade ou à

implantação de equipamentos de utilização colectiva que deverão integrar o domínio privado

municipal.

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REPARTIÇÃO DOS CUSTOS DE URBANIZAÇÃO

É da responsabilidade dos proprietários que promovam as operações urbanísticas consignadas no

Plano, a comparticipação no financiamento dos custos de urbanização que decorrem de projectos

e obras a executar pela CMVRSA na área de intervenção do Plano.

Tal comparticipação deverá encontrar-se prevista, nos termos da legislação em vigor, em

regulamento municipal que integre o valor da taxa a cobrar a cada proprietário, na proporção da

respectiva edificabilidade concreta (aferida após a aplicação do mecanismo de perequação de

benefícios), e tendo por base a previsão da totalidade dos custos de urbanização a serem

suportados pela Autarquia.

Na determinação do montante da taxa a cobrar deverá o Município incluir os custos relativos às

obras de urbanização geral consignadas no Regulamento do Plano, designadamente:

A execução das demolições necessárias à implantação do Plano e indemnização dos

respectivos proprietários;

Na implementação deste mecanismo, prevê-se a possibilidade de, no âmbito do sistema de

cooperação, a CMVRSA poder vir a estabelecer acordos com proprietários e/ou promotores

privados que venham a promover as operações urbanísticas propostas no Plano, no sentido

destes substituírem o Município na execução de partes ou da totalidade das obras de urbanização

geral, tendo como contrapartida uma redução proporcional no montante das taxas legalmente

devidas, desde que tal se encontre previsto em regulamento municipal.

De salientar que, a implantação efectiva deste mecanismo de perequação se encontra dependente

da aprovação e aplicação do referido regulamento municipal.

Em simultâneo, constituem obrigações dos proprietários e ou promotores privados que levem a

cabo as operações urbanísticas propostas no Plano, a obrigatoriedade de execução e do

financiamento integral dos custos relativos às obras de urbanização local, de acordo com a

solução constante na Planta de Implantação.

Assim, em função da vinculação situacional dos lotes atribuídos a cada proprietário, como

resultado da aplicação dos mecanismos de perequação dos benefícios, este deverá

responsabilizar-se pela execução dos seguintes trabalhos:

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Projectos e construção de infra-estruturas locais que servem directamente as construções

a edificar nos lotes propostos, nomeadamente arruamentos com a respectiva arborização

e mobiliário urbano, infra-estruturas de abastecimento de água, infra-estruturas de

drenagem de águas residuais e pluviais, infra-estruturas eléctricas, de iluminação pública,

de telecomunicações, TV por cabo e infra-estruturas de gás a localizar nas vias de

hierarquia local;

Projectos e construção dos espaços públicos e arranjos exteriores localizados na

envolvente dos lotes propostos, nomeadamente áreas verdes, áreas a pavimentar, sebes,

alinhamento de árvores sem caldeira, orlas arbóreas-arbustivas e percursos pedonais

propostos, de acordo com a solução expressa nos desenhos PDP 01 e 28a29,

correspondentes à Planta de Implantação e à Planta de Espaços Verdes Exteriores,

respectivamente.

A execução das obras de urbanização referidas nos pontos anteriores, deverá ser integrada no

âmbito dos acordos a estabelecer entre os proprietários e a CMVRSA, sendo de proceder à

repartição dos respectivos custos de execução na proporção das áreas de construção que cada

proprietário virá a deter no final da operação urbanística em que os lotes lhe são atribuídos se

inserem.

Sempre que a atribuição de lotes a proprietários a compensar não tenha uma coincidência

temporal com a execução da infra-estruturação local inerente à constituição dos lotes, o Município

será responsável pelos custos dessa infra-estruturação na proporção da área de construção a

edificar nesses lotes.

A recuperação destes investimentos deverá ser concretizada através da aplicação de um

regulamento municipal que preveja a cobrança dos valores investidos (devidamente actualizados)

aquando da transferência dos lotes cedidos para a posse dos seus proprietários finais.

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15. CONCLUSÃO

A Câmara Municipal de Vila Real de Santo António fica, com o presente Relatório, na posse dos

documentos necessários à apreciação e ponderação das soluções preconizadas na proposta de

Plano e à consulta das entidades consideradas relevantes e com responsabilidade na gestão da

área do Plano, com o intuito de obter o seu parecer, nomeadamente em sede de conferência de

serviços, antes de proceder à sua apresentação pública e de iniciar o período de Discussão

Pública previsto no regime jurídico aplicável.

Aprovado o Plano, este Relatório de Análise e Fundamentação, enquanto peça que o acompanha,

não deixará de ter um relevo importante no auxílio da interpretação das normas do Plano, seja

para o aplicador deste – o Município de Vila Real de Santo António -, seja para as demais

entidades públicas e privadas que visem controlar a sua observância.

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16. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Estratégia de Desenvolvimento do Algarve 2000-2006, CCRAlg 2000;

Plano Estratégico de Desenvolvimento da Região de Algarve (PEDRA), AMAL 1999;

Programa Operacional do Algarve 2000-2006, CCRAlg 2001

Planeamento estratégico e Ciclo de Vida das Grandes Cidades, António Oliveiras das

Neves, Celta, 1996

Normas Urbanísticas – Volume I Princípios e conceitos fundamentais, Direcção Geral do

Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano/Universidade Técnica de Lisboa,

1995, DGOTDU/UTL, 2ª edição, Lisboa

Normas Urbanísticas – Volume IV-Planeamento integrado do território. Elementos de

Teoria Crítica, Direcção Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento

Urbano/Universidade Técnica de Lisboa, 1995, DGOTDU/UTL, 1ª edição, Lisboa

Normas Urbanísticas – Volume VIII-Vocabulário de Termos e Conceitos do Ordenamento do Território, Direcção Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento

Urbanno, Maio de 2005, Lisboa

Servidões e restrições de utilidade pública, Direcção Geral do Ordenamento do Território e

Desenvolvimento Urbano, 1996, DGOTDU/UTL, 2ª edição, Lisboa

Dinâmicas e perspectivas demográficas, Direcção Geral do Ordenamento do Território e

Desenvolvimento Urbano, 1995, DGOTDU, Lisboa

Equipamentos colectivos – Normas de Programação e Caracterização de Equipamentos

Colectivos, Direcção Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano

DGOTDU, Maio 2002, Lisboa.

Atlas demográfico do Continente, Colecção divulgação n.º9, Direcção Geral do

Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano, 1995, DGOTDU, Lisboa.

Censos 91. Resultados definitivos – Região Algarve, Instituto Nacional de Estatística, 1996,

Lisboa

Censos 2001. Resultados definitivos – Região Algarve, Instituto Nacional de Estatística,

2004, Lisboa

Eficácia e incerteza na intervenção planeada, Instituto Nacional de Administração e Instituto

de Estudos para o desenvolvimento, J.P. Martins Barata, 1986, 1ª edição, Lisboa

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ANEXO I – Quadro dos Prédios

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ANEXO II – Quadro de Transformação Fundiária

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ANEXO III – Fichas EDP