otto robba

15

Upload: otavio-lara

Post on 22-Mar-2016

229 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Proposta para

TRANSCRIPT

Page 1: Otto Robba

id30bienal

OtávioRobba Lara

Page 2: Otto Robba

Currículo Otávio Robba LaraSolteiro, 23 Anos, Brasileiro.

São Paulo - SP - Brasil

R. Nebraska n928 ap.21

Cep - 04560-01 2 - Brooklin

Telefone: (1 1 )9280-2382

E-mail: [email protected]

Twitter:@ottorobba

Portfólio:www.ottorobba.com

Descrevo-me como:Poeta

Ilustrador

Contador de histórias

Ativista de Software Livre

Formação:• 201 0-201 2 - Istituto Europeo di Design

-Graduação em Design Gráfico.

• 2008-201 0 - Universidade de São Paulo

-Graduação em Letras. (Trancada)

Idiomas:• Inglês - Fluente

• Português - Fluente

• Espanhol - Básico (leitura)

Experiências Profissionais:• 08/201 1 - Freelance –Agência Cria

-Diagramação, tratamento de fotografias e

ilustrações vetoriais. (Evento da Coca-Cola)

• 03/201 1 - Freelance – Editora Abril

-Colorista de Quadrinhos (Revista Recreio)

• 05/201 0 ~ 09/201 0 - Hifi Colour Design

-Assistente de Colorista de Quadrinhos

• 2003 ~ 201 0 - Robba Design

-02/2003 ~ 02/2007 - Webdesigner

-02/201 0 ~ 05/201 0 - Tradutor Português-inglês

Cursos Complementares:• Meliés - Escola de Cinema 3D e Animação

-201 1 - Crayon – Pintura Digital.

-2009 - Sketch - Desenho &Arte Conceitual.

-2008 - Fontaine - Escultura Tradicional.

-2006 - Voyage - Do zero ao Curta em um Ano.

• Tamwood International College

-2005 - Winter Teen Program (Intercâmbio -

Canadá)

Page 3: Otto Robba

Portfólio

OtávioRobba Lara

Page 4: Otto Robba

Lavoisier enunciou em pleno

século 1 8 que "Na natureza, nada

se cria, nada se perde, tudo se

transforma". Tendo como certo o

cientista, não seríamos nós produ-

tos do mundo natural? Seria apli-

cável o que ele diz à nossa vida?

E não seria a arte, que por

definição é uma ciência do ho-

mem, um ato transformatório?

Parto da premissa de que sim,

visto que somos um elo numa

cadeia de transformações, somos

a base para as pessoas que virão

e sem dúvida, o resultado da-

queles que já se foram. Tal como

Auguste Comte colocou, os mor-

tos governam os vivos.

A minha proposta para bienal

parte nesse sentido de conexões,

buscando na raiz etimológica da

palavra religião a essência do que

é ser humano. Religião vem de

religio, que vem de religare.

Religare implica relacionar, es-

tabelecer relações - ligar-se e

desligar-se. Estamos todos invisí-

vel e indivisívelmente conecta-

dos. Como fios que compõem

uma corda, que tecem uma tra-

ma, como elos em uma corrente.

Construímos universos de sen-

tido próprios de cada um, tocan-

do no que é alheio mas sendo

sempre singular. Ingerimos a re-

alidade, expelindo nossas ações

em sentido oposto - elas tem um

claro ponto de partida mas, sua

formulação é resultado de incon-

táveis ações anteriores. Nossos

atos não são isolados e, portanto,

também não é isolada a arte que

se cria.

Minha proposta é, com grande

humanidade, expressar o caráter

de transformação da arte, a imi-

nência das transformações fu-

turas e como tecemos uma teia

de sentidos sempre com base no

que já existe - faz-se progresso a

partir do que é pregresso. É ex-

plicitar a questão das ligações,

das ramificações, sendo congru-

ente com a própria ideia das

constelações dos autores.

Encerro esse texto com o poema

de Will Allen Dromgoole ao lado

que, acredito, muito bem define

o que aqui lhes apresento.

Proposta

Um velho solitário seguindo pela estrada

Chegou naquela noite fria e desolada

À um precipício, vasto, profundo e imenso,

Pelo qual fluía um rio tão denso.

À luz do crepúsculo o velho atravessou.

O denso fluxo da torrente não o intimidou.

Voltou-se ao chegar ao outro lado, com certeza

De construir uma ponte sobre tal profundeza.

"Velho", disse um peregrino que passava ali,

"É desperdício o esforço de cá construir.

Tua jornada finda quando finda o dia,

Mas nunca voltarás a esta cercania.

Cruzaste o abismo - qual é o caso

De construir uma ponte em pleno acaso?

Operoso, o velho disse, erguendo a fronte:

"Bom amigo, a razão de construir a ponte

É que, depois de minha travessia triunfante,

Há de seguir-me um jovem ou infante.

O abismo que admirei com maravilha

Pode revelar-se a ele como armadilha.

Mas é importante que atravesse o precipício.

Bom amigo, é por ele que faço tal sacrifício.

O Construtor de Pontespor Will Allen Dromgoole

Page 5: Otto Robba

Inspirações

Dá-me a tua mão:

Vou agora te contar

como entrei no inexpressivo

que sempre foi a minha busca cega e secreta.

De como entrei

naquilo que existe entre o número um e o número dois,

de como vi a linha de mistério e fogo,

e que é linha sub-reptícia.

Entre duas notas de música existe uma nota,

entre dois fatos existe um fato,

entre dois grãos de areia por mais juntos que estejam

existe um intervalo de espaço,

existe um sentir que é entre o sentir

- nos interstícios da matéria primordial

está a linha de mistério e fogo

que é a respiração do mundo,

e a respiração contínua do mundo

é aquilo que ouvimos

e chamamos de silêncio.

Dá-me tua mãopor Clarice Lispector

De tudo ficaram três coisas:

A certeza de que estamos começando,

A certeza de que é preciso continuar e

A certeza de que podemos ser

interrompidos antes de terminar

Fazer da interrupção um caminho novo,

Fazer da queda um passo de dança,

Do medo uma escola,

Do sonho uma ponte,

Da procura um encontro,

E assim terá valido a pena existir!

De tudo ficaram três coisas:por Fernando Sabino

Eu encontrei um viajante de uma antiga terra

Que disse: — Duas imensas e destroncadas pernas de pedra

Erguem-se no deserto. Perto delas na areia

Meio enterrada, jaz uma viseira despedaçada, cuja fronte

E lábio enrugado e sorriso de frio comando

Dizem que seu escultor bem suas paixões leu

Que ainda sobrevivem, estampadas nessas coisas inertes,

A mão que os escarneceu e o coração que os alimentou.

E no pedestal aparecem estas palavras:

"Meu nome é Ozymandias, rei dos reis:

Contemplai as minhas obras, ó poderosos e desesperai-vos!"

Nada mais resta: em redor a decadência

Daquele destroço colossal, sem limite e vazio

As areias solitárias e planas se espalham para longe.

Ozimândiaspor Percy Bysshe Shelley

Não herdamos a terrade nossos ancestrais:Emprestamo-a dos

nossos filhos.

--DavidBrower

Literatura

Page 6: Otto Robba
Page 7: Otto Robba

Inspirações

Visuais,objetos,situações

Page 8: Otto Robba

Mira Schendel

Page 9: Otto Robba

Inspirações

Artistas

Ernesto Neto

Page 10: Otto Robba

Yves Arthur Bertrand

Page 11: Otto Robba

Inspirações

ArtistasShaun Tan

Page 12: Otto Robba

Trabalhara ideia deligações:

Anéis,redes,cordase/oulinhas

Logo

Page 13: Otto Robba

IdentidadePostes demadeira, talcomoobserva-seem pontosde transição,fronteiras oumesmo emdocas, talcomo asestacas emqueamarram-seos barcos.

Logo &Sinalização

Page 14: Otto Robba

Trabalhara ideia deligações:

Anéis,redes,cordase/oulinhas

Deja Vu Serif

8 Famílias + Variações.Ideal para textos corridos, panfletos e afins.

Funciona muito bem em formatos pequenos egrandes.

Identidade

Tipografia

Page 15: Otto Robba

Identidade

Tipografia

Ubuntu Font

8 Famílias + Variações.Altamente legível, mesmo em tamanhos menores (9pt),

sendo adequada para letreiros e legendas.