otimização do programa 5s em uma indústria química...

65
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ENGENHARIA DE LORENA MARIANA MARQUES SIMÃO Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química do Vale do Paraíba Lorena 2013

Upload: ngoque

Post on 08-Sep-2018

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2013/MEQ13006.pdf · organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

ESCOLA DE ENGENHARIA DE LORENA

MARIANA MARQUES SIMÃO

Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química do Vale do

Paraíba

Lorena

2013

Page 2: Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2013/MEQ13006.pdf · organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement

MARIANA MARQUES SIMÃO

Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química do Vale do

Paraíba

Monografia apresentada à Escola de

Engenharia de Lorena da Universidade

de São Paulo como requisito para

obtenção da Graduação em Engenharia

Química.

Área de concentração: Engenharia da

Qualidade

Orientador: Prof. Antônio Carlos da Silva

Lorena

2013

Page 3: Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2013/MEQ13006.pdf · organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement

AUTORIZO A REPRODUÇÃO E DIVULGAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE TRABALHO, POR QUALQUER MEIO CONVENCIONAL OU ELETRÔN ICO, PARA FINS DE ESTUDO E PESQUISA, DESDE QUE CITADA A FONTE.

CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO Assessoria de Documentação e Informação

Escola de Engenharia de Lorena

Simão, Mariana Marques Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química do Vale do

Paraíba/ Mariana Marques Simão; Orientador Antônio Carlos da Silva – Lorena, 2013. 66f.

Monografia apresentada como requisito para a obtenção do título de Graduação do curso de Engenharia Química. Escola de Engenharia de Lorena da Universidade de São Paulo.

1. Lean Manufacturing 2. 5S 3. Indústria Química

Page 4: Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2013/MEQ13006.pdf · organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement

RESUMO

SIMÃO, M. M., Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química do Vale do

Paraíba, 2013. 66f. Monografia (Trabalho de Graduação em Engenharia Química) –

Escola de Engenharia de Lorena, Universidade de São Paulo, Lorena, São Paulo 2013.

A estratégia que tem sido muito implementada é o Lean Manufacturing, produção enxuta,

que faz com que as empresas identifiquem e eliminem atividades que não agregam valor,

reduzindo os custos e aumentando a qualidade e a produtividade. Esse sistema de produção

possui muitas ferramentas que podem ser utilizadas no ambiente industrial: 5S, Value

Stream Map, Kaizen, Kanban, Just in Time, SMED, entre outros. Mas a ferramenta que

será tema deste trabalho é o 5S. O estudo deste trabalho é o processo de melhoria do 5S em

uma planta química do Vale do Paraíba. Em 2008 foi feito um processo de implementação

desta ferramenta, porém, desde então houve dificuldades em manter o 5S vivo no dia a dia

de trabalho. A confusão entre 5S e housekeeping era constante e havia necessidade de

mudança de comportamento. Inicialmente as áreas foram subdivididas e dadas a elas

donos, para que todos tivessem responsabilidades. Então foram feitas auditorias para

verificação do status das áreas, e foram escolhidas duas áreas para inclusão neste projeto:

área úmida e sala 40. A área úmida participou do processo de implementação em 2008, e

foi verificado, durante a auditoria, que necessitava somente da otimização, pois os 2

últimos S’s não estavam sendo mantidos. No entanto, a sala 40 obteve uma nota muito

ruim na auditoria, evidenciando que precisava da implementação de todo o processo. Esta

área não participou do processo em 2008, entaão, foi feito o passo a passo do programa 5S

nela. Ao final do projeto foi percebido os objetivos foram atingidos, dentre eles: mudança

de comportamento, o ambiente de trabalho limpo e organizado, inventário de peças

reduzido, lay out melhorado, aprimoramento do trabalho em equipe e até ganhos em

crédito no centro de custo da planta. Ainda, foi notado que é necessário treinamento

periódico para que os conceitos se mantenham vivos e vistos no ambiente de trabalho.

Palavras-chave: Lean Manufacturing, 5S, Indústria Química

Page 5: Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2013/MEQ13006.pdf · organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement

ABSTRACT

SIMÃO, M. M., 5S Optimization in a Chemical Industry of Vale do Paraíba, 2013.

66f. Monografia (Trabalho de Graduação em Engenharia Química) – Escola de Engenharia

de Lorena, Universidade de São Paulo, Lorena, São Paulo 2013.

A strategy that has been implemented is the Lean Manufacturing, that makes companies

identify and eliminate activities that do not aggregate value, reducing costs and rising

quality and produtivity. This production system has many tools that can be used in a

industry:5S, Value Stream Map, Kaizen, Kanban, Just in Time, SMED. The tool

emphasized in this project is 5S. The study approached in this work is 5S Optimization in a

Chemical Industry of Vale do Paraíba. The 5S was implemented in 2008 in this company,

although, since then, there were many obstacles in maintain the 5S alive in the work

environment. The confusion between 5S and housekeeping has been persistent and there

was a need of behavior change. In the beginning the areas were divided and given owners,

in order to give responsibilities to all employees. Then, audits were made to in order to

check the area status, and two areas were chosen: wet area and 40th room. The wet area

participated of 2008 implementation process, and was verified, during the audit, that the

area needed only a optimization process, because the last two S´s were not being

maintained. However, the grade obtained in 40th room was very low, and there was need of

implementation process. In the end of the project At the end of the project was noticeable

that the goals were achieved, including: behavior change, the work environment clean and

organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement of teamwork and even

gains in credit cost center. Still, it was noted that recurrent training is necessary so that the

concepts remain alive and seen in the workplace.

Key Words: Lean Manufacturing, 5S, Chemical Industry

Page 6: Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2013/MEQ13006.pdf · organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement

SUMÁRIO

1. Introdução .............................................................................................................................. 7

1.1 Objetivos ................................................................................................................. 8

2.Revisão Bibliográfica ............................................................................................... 9

2.1 Lean Manufacturing (Produção Enxuta) ................................................................. 9

2.2 Desperdícios .......................................................................................................... 13

2.2.1 Tempo de Espera ............................................................................................. 15

2.2.2 Defeitos ............................................................................................................. 15

2.2.3 Transporte ........................................................................................................ 15

2.2.4 Movimentação .................................................................................................. 16

2.2.5 Excesso de Estoque .......................................................................................... 16

2.2.6 Excesso de Produção ....................................................................................... 17

2.2.7 Superprocessamento ........................................................................................ 17

2.3 Ferramentas do Lean Manufacturing .................................................................... 18

2.3.1 Value Strem Map (Mapa de Fluxo de Valor – VSM) .................................... 18

2.3.2 Total Productive Maintenance (TPM) ............................................................ 20

2.3.3 Kanban .............................................................................................................. 20

2.3.4 Kaizen ................................................................................................................ 21

2.3.5 Ciclo PDCA ...................................................................................................... 22

2.4 Programa 5S .......................................................................................................... 23

2.4.1 Definição do 5S ................................................................................................ 27

2.4.2 Benefícios da Implementação do 5S ............................................................... 33

2.4.3 Padrão de Implementação .............................................................................. 34

2.4.4 Auditorias ......................................................................................................... 35

3.Materiais e Métodos ................................................................................................ 36

3.1 Classificação da Metodologia ............................................................................... 36

3.2 Aplicação da Metodologia .................................................................................... 36

3.3 Plan (Planejamento) .............................................................................................. 37

3.4 Do (agir) ................................................................................................................ 38

4.Resultados e Discussões ......................................................................................... 40

4.1 Implementação do 5S na Sala 40 .......................................................................... 40

4.2 Otimização do 5S na Área Úmida ......................................................................... 51

Page 7: Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2013/MEQ13006.pdf · organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement

5.Conclusão ................................................................................................................... 56

6.Referências Bibliográficas ..................................................................................... 58

7.Anexos ........................................................................................................................ 60

7.1 Anexo I: Divisão de áreas e seus donos ................................................................ 60

7.2 Anexo II: Exemplo de Checklist de acompanhamento semanal ........................... 63

7.3 Anexo III: Checklist de Avaliação do Programa 5S ............................................. 64

Page 8: Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2013/MEQ13006.pdf · organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement

7

1. Introdução

A globalização e as inovações tecnológicas estão tornando a concorrência entre as

empresas cada vez mais acirrada. Isso tem provocado às empresas a dificuldade de

acompanhar as oscilações do mercado e de atender as exigências do cliente que sempre

busca maior qualidade pelo menor preço. Por isso, torna-se cada vez mais visível a

necessidade de investir e implementar novas metodologias e ferramentas para melhorar o

desempenho do seu atual sistema de produção.

Uma maneira é através da identificação e eliminação dos desperdícios existentes nesse

sistema. Desperdício pode ser definido como qualquer atividade que não acrescenta valor

ao produto, do ponto de vista do cliente (ORTIZ, 2006), que não está disposto a pagar por

atividades que não acrescentam valor.

O sistema de produção que tem sido muito implementada é o Lean Manufacturing,

produção enxuta, que faz com que as empresas identifiquem e eliminem atividades que não

agregam valor, reduzindo os custos e aumentando a qualidade e a produtividade. Essa

estratégia possui muitas ferramentas que podem ser utilizadas no ambiente industrial: 5S,

Value Stream Map, Kaizen, Kanban, Just in Time, SMED, entre outros. Mas a ferramenta

que será tema deste trabalho é o 5S.

O 5S é um programa que surgiu no Japão, é derivado de cinco palavras japonesas que

começam com a letra S. No Brasil, chamamos de os cinco sensos, conhecido também por

housekeeping: Seiri (senso de utilização), Seiton (senso de organização), Seiso (senso de

limpeza), Seiketsu (senso de saúde e higienização) e Shitsuke (senso de auto-disciplina).

São cinco passos que são seguidos para adiquirir uma mudança comportamental, uma

mudança de atitude e cultura.

Page 9: Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2013/MEQ13006.pdf · organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement

8

1.1 Objetivos

1.1.1 Objetivo Geral

O objetivo deste trabalho é estudar a aplicação de ferramentas do Lean Manufacturing para

obter melhorias no ambiente de trabalho e reduzir desperdícios em uma Indústria Química,

utilizando-se para isto, 5S como ferramenta principal deste trabalho.

1.1.2 Objetivos Específicos

O Objetivo deste projeto visa melhorar o programa de 5S já existente em uma planta

química do Vale do Paraíba re-implementando os cinco passos, aplicando novas

ferramentas que possibilitarão ao time ter maior produtividade com maior segurança e um

ambiente de trabalho mais organizado. No escopo do trabalho entrarão as áreas

administrativas e a planta produtiva. O programa foi implementado na planta em 2008 e

devido a várias circustâncias existe a necessidade de otimização. O 5S existente é encarado

somente como Housekeeping, e melhorando o programa é esperado uma mudança

comportamental, redução de custos da planta com materiais desnecessários, processos

menos custosos, prevenção de acidentes e redução de desperdícios.

1.2 Estrutura Do Trabalho

O presente trabalho está estruturado em sete capítulos:

· Capítulo1 – Introdução: Descrição do tema da pesquisa, da justificativa, do objetivo e a

apresentação da estrutura do trabalho;

· Capítulo 2 – Revisão bibliográfica: Conceitos e princípios do Lean Manufacturing,

ferramentas do Lean, e os conceitos e princípios da ferramenta 5S

· Capítulo 3 – Metodologia: Descrição do tipo de pesquisa adotado neste trabalho e da

metodologia utilizada;

Page 10: Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2013/MEQ13006.pdf · organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement

9

· Capítulo 4 – Resultados e Discussões: Descrição do processo implementado e dos

resultados obtidos

· Capítulo 5 – Conclusão.

2. Revisão Bibliográfica

2.1 Lean Manufacturing (Produção Enxuta)

A produção enxuta nasceu no Japão e foi implementada pela Toyota com idéias que foram

surgindo no fim da década de 30. Após a Segunda Guerra Mundial a Toyota e outras

empresas japonesas sofreram as consequências da guerra. Com a escassez de recursos, o

Japão necessitava reconstruir as indústrias de manufatura do país. Muitas das indústrias do

Japão tentaram inspirar-se nas empresas do ocidente para se reerguerem. Nos Estados

Unidos a ordem era a produção em massa para atender às necessidades de todas as pessoas

que voltaram da guerra, e por outro lado, no Japão, o mercado era bem menor e o

investimento de capital era escasso. Com um volume de produção menor e escassez de

recursos houve a necessidade de desenvolver um sistema de produção flexível e que

utilizava menos recursos. A solução era desenvolver o Lean Manufacturing System

(produção enxuta), e o autor foi Taiichi Ohno da Toyota (OHLSSON, 2005).

No final da década de 80 o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) iniciou um

programa chamado The International Mothor Vehicle Programme (IMVP) e o objetivo era

comparar as indústrias automotivas do Japão com as do ocidente. E o estudo mostrou que

existia uma diferença de qualidade e produtividade entre as empresas. O reporte do IMVP

foi divulgado ao mundo no livro A Máquina que Mudou o Mundo ( The Machine that

Changed the Wolrd), James P. Womack, Daniel T. Jones e Daniel Roos (OHLSSON,

2005).

Esse modelo de produção ficou conhecido como Sistema de Produção da Toyota (Toyota

Production System – TPS) e foi divulgado e traduzido para o mundo como Lean

Manufacturing. De acordo com o IMVP é chamado de Lean pois utiliza-se menos recursos

Page 11: Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2013/MEQ13006.pdf · organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement

10

em comparação com a produção em massa, isso se traduz em menos esforços humanos,

menos espaço, menos investimento em ferramentas, menos horas de engenharia

empenhadas em desenvolver produtos em menos tempo. E ainda requere menos inventário,

o que resulta em menos defeitos e produz uma crescente variedade de produtos

(WOMACK & JONES, 1990).

Os cinco princípios do Lean Manufacturing são:

• Especificar Valor pela perspectiva do cliente final, é significativo quando

expresso em termos de produto específico que vai ao encontro das suas necessidades com

determinado preço e num determinado tempo.

• Identificar cadeia de valor – a corrente de valor é o conjunto de todas atividades

específicas requeridas para produzir determinado produto (bens e/ou serviços) através das

A análise da cadeia de valor permite a percepção de que muitas etapas criam valor de

forma ambígua, algumas não agregam valor ao produto mas são inevitáveis com os meios

usados para a sua produção, e que muitas outras não agregam valor e podem ser evitadas.

• Criar fluxo contínuo – após identificada a cadeia de valor dos produtos da empresa e

eliminados os desperdícios a ela inerentes, a fase seguinte é criar um fluxo de modo a

evitar inventários (desperdícios).

• Produzir somente quando é efetuado o pedido pelo cliente, ao contrário da produção

empurrada que resulta em grandes estoques.

• Busca da melhoria contínua de modo a evitar wastes (GONÇALVES, 2009).

Na Figura 1 segue o ciclo dos cinco princípios da produção enxuta:

Page 12: Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2013/MEQ13006.pdf · organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement

11

Figura 1. Ciclo dos cinco princípios do Lean Manufacturing. Fonte: própria

Com o principal objetivo de eliminar desperdícios a estratégia da produção enxuta dispõe

de ferramentas que são conhecidas como pilares do Lean Manufacturing, que são

mostrados na Figura 2. Nos próximos tópicos abordaremos algumas delas.

Page 13: Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2013/MEQ13006.pdf · organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement

12

Figura 2. Os pilares do Lean Manufacturing – Fonte:

http://wikiuce.blogspot.com.br/2011_04_01_archive.html

Como título de curiosidade, abaixo a Figura 3. ilustra os resultados de uma pesquisa sobre

ferramentas de Lean. Essa pesquisa foi conduzida nos países V4, focando em

conhecimento e nível de utilização de técnicas do Lean em indústrias. Foram contactadas

para a entrevista 605 indústrias e somente 162 organizações responderam o que representa

26.8%. 39% destas são companhias de gande porte com mais de 250 empregados, 35% de

empresas de pequeno porte com o número de empregados pouco maior que 50 e 26% de

empresas de médio porte com o número de empregados entre 51-250. Foram avaliadas a

utilização de conceitos fundamentais do Lean no sistema de Logística, e as ferramentas

avaliadas foram: Kaizen, trabalho em equipe (teamwork), kanban, gerenciamento visual

(visual management), VSM, 5S, TPM (BEDNÁR, 2012)

Os resultados da pesquisa mostraram que as empresas utilizam esse método independente

do tipo de produção. O tipo de produção é relacionado intimamente com a imensidão e

Page 14: Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2013/MEQ13006.pdf · organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement

13

complexidade do Sistema de logística. Os métodos são rankeados do mais utilizado para o

menos utilizado em produção em série em ordem por frequência (BEDNÁR,2012).

Figura 3. Utilização das ferramentas do Lean na prática. Fonte: BEDNÁR, 2012

2.2 Desperdícios

O desperdício representa qualquer atividade que consome recursos, que por sua vez levam

a um aumento dos custos de produção e que no final não vão contribuir para aumentar o

valor que o cliente tem que pagar pelo produto. Desperdício existe em todos os níveis de

uma organização (BRITO, 2011).

O ponto crítico do pensamento Lean é o valor. O valor só pode ser definido pelo

consumidor final e é apenas significativo quando expressado em termos de um produto

específico que atende às necessidades do cliente com preço e tempo específicos. Tudo

aquilo que não acresce valor é denominado desperdício, e é algo que o consumidor não

deseja pagar. Identificação e eliminação de desperdício faz com que seja mais fácil focar

em atividades que adicionam valor (OHLSSON, 2005).

Page 15: Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2013/MEQ13006.pdf · organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement

14

No contexto interno de manufatura existem três tipos de operação que são realizadas:

1. Operações que não agregam valor: desperdícios que envolvem ações desnecessárias

que devem ser eliminadas completamente, como exemplo retrabalho

2. Operações que são necessárias porém não agregam valor: ações que podem ser fonte de

desperdício, porém são necessárias de acordo com os procedimentos atuais. Para

eliminar essa operação será necessária mudanças maiores no sistema de operação.

3. Operações que agregam valor: ações que convertem a matéria prima em produto

(TAYLOR & BRUNT, 2001).

Para identificar os desperdícioes em uma empresa é necessário classificar todas as

atividades em as que acrescentam valor e as que não acrescentam valor do ponto de vista

do cliente.

De acordo com o Toyota Producyion System, existem sete tipos de desperdício que o Lean

Manufacturing visa eliminar, e são representados na Figura 4.

Figura 4. Os sete desperdícios . Fonte: http://gestaoindustrial.com/leanmanufacturing.htm

Page 16: Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2013/MEQ13006.pdf · organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement

15

2.2.1 Tempo de Espera

Pode ocorrer de diferentes formas: espera por informação, produtos esperando para serem

processados, maquinários esperando para serem operadas e esperando por materiais. Um

exemplo de tempo de espera muito comum é o inventário de produtos. Reduzir o

inventário é uma questão muito importante quando trata-se de reduzir tempo de espera

(OHLSSON, 2005).

Uma ferramenta importante para mapear o processo é o Value Stream Map (Mapa de Fluxo

de Valor). Esta mostra os tempos de set up, takt time, lead time, fluxo do processo, fluxo

de informações.

2.2.2 Defeitos

Problemas com qualidade também é um tipo de desperdício. Produtos fora de

especificação, com defeitos que podem ser rejeitado pelos clientes ou mesmo retrabalhados

no processo geram um aumento no custo de produção e utilização de recursos sem agragar

valor.

Quando problemas desse tipo ocorrem, o Lean Manufacturing requer que seja encontrado a

principal causa dos defeitos para que seja solucionado de modo a evitar a recorrência do

mesmo. É uma ferramenta muito utilizada em indústrias, chamada Investicação de Causa

Raiz.

2.2.3 Transporte

Desperdício no transporte inlcui todos os transportes desnecessários com produtos, que não

acrescenta valor no produto final (OHLSSON, 2005). Este tipo de desperdício pode ter

como causa a existência de um layout inapropriado, que apresente distâncias muito grandes

entre os postos de trabalho (BRITO, 2011). E também, o excesso de movimentos pode

causar um problema na comunicação do processo que pode gerar um ação corretiva lenta .

Ferramentas que podemos utilizar para melhorar esse quadro seria o Mapa de Espaguete

que mostra todos os movimentos que são feitos durante o processo, de modo a eliminar o

Page 17: Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2013/MEQ13006.pdf · organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement

16

que está em excesso. Outra ferramenta é Tempos e Métodos que reduz o também o

desperdício nas atividades.

2.2.4 Movimentação

Os movimentos desnecessários de pessoas consistem em todos os movimentos que são

executados durante a realização das atividades inerentes ao processo e que não

acrescentam valor ao produto. Este tipo de desperdício pode ser fruto da falta de

organização do posto de trabalho e quando os equipamentos que são necessários durante as

atividades não são encontrados com facilidade (BRITTO, 2011).

Uma ferramenta da filosofia Lean que é muito utilizada é o 5S ( Os cinco sensos), que

também é uma filosofia que visa mudança comportamental, sobretudo.

2.2.5 Excesso de Estoque

O estoque é o produto em excesso que fica acumulado em início, meio e fim de processo.

O problema desse waste é que ele pode esconder outros tipos de desperdícios do processo,

evitando que seja tomada uma ação rápida para que o problema seja solucionado. Ao

reduzir o inventário, os problemas que estavam camuflados se tornarão aparentes e poderão

ser contornados (BRITTO, 2011). A Figura 5 ilustra os tipos de waste que podem estar

escondidos pelo inventário

Page 18: Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2013/MEQ13006.pdf · organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement

17

Figura 5. Representação dos problemas associados ao excesso de estoque. Fonte: BRITTO, 2011

2.2.6 Excesso de Produção

O desperdício da superprodução é o mais sério entre os sete desperdícios pois contribui

para gerar os outros seis (OHLSSON, 2005). Do desperdício da sobreprodução resultam

fluxos irregulares de materiais e informação, bem como excesso de stocks intermédios e de

produto acabado (BRITTO, 2011).

Existem algumas formas de contornar esta situação, como diminuir o tamanho de lote,

diminuir o tempo de preparação das máquinas. Mas, uma ferramenta muito utilizada é o

Kanban, que é a produção puxada, e foi implementado pela Toyota (TAYLOR & BRUNT,

2001).

2.2.7 Superprocessamento

São operações realizadas no processo produtivo, porém não são necessárias para o

processamento do produto e, desta forma, não acrescentam qualquer valor ao produto final.

Este desperdício, em particular (BRITTO, 2011), tem como causa principal o design

inadequado do processo. O processo deve ser continuamente revisto e melhorado para

evitar este tipo de desperdício (OHLSSON, 2005) pois este tipo de desperdício tende a

aumentar os gastos com produção da empresa.

Page 19: Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2013/MEQ13006.pdf · organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement

18

As ferramentas utilizadas para evitar esse tipo de desperdício são Poke yoke ou Jidoka.

2.3 Ferramentas do Lean Manufacturing

Existe um conjunto de ferramentas específicas, como métodos de análise, técnicas de

projeto, ferramentas de melhoria e novos arranjos organizacionais que podem

operacionalizar conceitos do pensamento enxuto, seja em operação de manfatura ou em

operações de serviço. O objetivo dessas ferramentas é simplificar o trabalho, melhorar a

qualidade, reduzir o tempo de operação e focar os funcionários em atividades que agregam

valor ao produto (GIANNINI, 2007). Abaixo a Figura 6 ilustra algumas ferramentas

específicas.

Figura 6. Ferramentas do Lean Manufacturing . Fonte: http://txm.com.au/blog/lean-begins-with-

housekeeping

2.3.1 Value Strem Map (Mapa de Fluxo de Valor – VSM)

O VSM é uma ferramenta que identifica fluxos de processo, produtos e informação ao

longo de todo o processo desde o pedido da matéria prima até a entrega do produto para o

cliente. Tem como objetivo principal diferenciar as atividades que agregam daquelas que

Page 20: Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2013/MEQ13006.pdf · organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement

19

não agregam valor na produção da empresa. É a representação da cadeia de valor de um

sistema de produção.

Com a análise desta ferramenta podemos diminuir a variabilidade identificando as áreas

com maior desperdícios (tempo de ciclo, tamanho de lote, inventário) e implementar

melhorias para eliminar os mesmos. A Figura 7 é a representação de alguns símbolos

utilizados nesta tecnica, e a Figura 8 é um exemplo de VSM.

Figura 7. Símbolos utilizados no VSM. Fonte: http://www.leylais.com/services.html

Page 21: Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2013/MEQ13006.pdf · organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement

20

Figura 8. Exemplo de um VSM. Fonte: http://www.advanceconsultoria.com/?p=4286

2.3.2 Total Productive Maintenance (TPM)

São procedimentos frequentes de manutenção nos equipamentos para que seja possível

identificar qualquer tipo de prolema. O objetivo é prevenir anomalias e são os próprios

donos dos equipamentos que fazem o monitoramento para garantir um sistema eficiente

(GONÇALVES, 2009).

2.3.3 Kanban

Palavra japonesa traduzida como “cartões”, é um dispositivo usado na construção

organizanda encomendas de materiais. Atua como uma ferramenta visual de melhoria de

comunicação entre diferentes stakeholders, assegura que a quantidade certa de material é

entregue no momento certo, servindo também como ferramenta de controle de segurança,

pois esse tipo de informação pode também estar presente nos cartões (GONÇALVES,

2009).

Page 22: Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2013/MEQ13006.pdf · organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement

21

Coloca-se um kanban nas peças ou partes específicas de uma linha de produção, para

indicar a necessidade de uma determinada quantidade. Quando se esgotarem todas as

peças, o mesmo aviso é levado ao seu ponto de partida, ou armazém, onde se converte num

novo pedido de peças. Quando for recebido o cartão, então, deve-se movimentar, produzir

ou solicitar a produção do produto (GONÇALVES, 2010).

Figura 9. Funcionamento do Kanban. Fonte: http://www.manufactus.com/en/

2.3.4 Kaizen

O kaizen é um dos principais fundamentos da filosofia lean manufacturing que visa a

realização de atividades de melhoria com o obetivo de criação de valor e eliminação de

desperdícios. É uma palavra japonesa que foi traduzida para o português como melhoria

contínua, que foca em otimização dos sistemas de produção (BRITTO, 2011).

Esta ferramenta tem como base a integração de atividades que sejam realizadas

regularmente, as quais tenham como foco a identificação e eliminação de desperdícios,

construção de standards e obtenção de um espaço de trabalho limpo e organizado

(BRITTO, 2011) sempre com o foco de identificar oportunidades que podem ser

melhoradas.

Page 23: Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2013/MEQ13006.pdf · organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement

22

2.3.5 Ciclo PDCA

Existe uma ferramenta chamada ciclo PDCA que mostra os passos necessários

implementação de um programa de melhoria contínua. O significado da sigla é Plan –

planejar, Do –fazer, Check- checar, Act – agir.

• O planeamento define e estabelece a estratégia que será utilizada para identificar os

problemas e planear as ações de forma a atingir os resultados esperados.

• A etapa da implementação consiste na execução das atividades planeadas na etapa

anterior.

• Na etapa da verificação procede-se a uma monitorização da implementação das ações

definidas e são avaliados os resultados obtidos.

• A última etapa designa-se de ação, onde são revistas as ações que foram tomadas nas

etapas anteriores e garantir que estas são cumpridas. Nesta fase são também

identificados os resultados que não foram atingidos através das medidas anteriormente

implementadas, e proceder novamente à realização das etapas do ciclo PDCA

(BRITTO, 2011).

Page 24: Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2013/MEQ13006.pdf · organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement

23

Figura 10. Representação da utilização do ciclo PDCA para implementação do Kaizen. Fonte:

http://www.bdi.co.th/blog/blog_inside.asp?category=Q.A.

2.4 Programa 5S

O Programa 5S é uma filosofia de trabalho que promove um ambiente de trabalho seguro,

produtivo saudável, organização, limpeza, disciplina, responsabilidade e consciência de

todos na empresa.

É um conceito que surgiu no Japão, e é denominado dessa forma por serem conceitos

escritos com palavras que começam com S. Tem o objetivo principal de mudança de

atitudes e comportamentos, e também criar um ambiente de trabalho saudável, evitar

acidentes, reduzir custos, promover trabalho em equipe, aumentar a produtividade, reduzir

os desperdícios, qualidade do trabalho e produto, e também identificar prontamente

anomalias no processo.

Page 25: Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2013/MEQ13006.pdf · organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement

24

A maioria dos profissionais japoneses consideram o 5S não só uma melhoria no ambiente

físico mas também no processo de pensar. Após sua popularidade no Japão, seus

benefícios se espalharam para os países do ocidente (VENKATESWARAN, 2011).

5S é um componente do Lean Manufacturing. Um dos passos fundamentais para iniciar a

implementação do Lean é implementando o 5S. Definido com esse nome, o seu conceito

foi criado por Hiroyuki Hirano e é enfatizado nitidez, clareza, simplificação e

conformidade em toda a organização e é importante pela alta performance no ambiente de

trabalho (CHITRE 2010).

O 5S é originado de cinco temos japoneses: Seiri, Seiton, Seiso, Seiketsu and Shitsuke que

eram utilizados como plataforma para o desenvolvimento em um sistema de gerenciamento

integrado. Para as palavras ficarem coerentes, foram traduzidas para o português como os 5

sensos:

Seiri – Senso de Utilização

Seiton – Senso de Organização

Seiso - Senso de Limpeza

Seiketsu – Senso de Saúde

Shitsuke – Senso de Auto disciplina

A implementação do 5S é vista em diversos campos como simples e com resultados

imediatos. O programa proporciona retorno imediato de investimento e é aplicável a

diversas funções de organizações. No passado, diversas organizações implementaram com

sucesso o 5S. Pesquisadores têm compartilhado suas experiências durante a implementação

e também o impacto depois do evento. Foi sugerido que o 5S cria uma fundação sólida

para o futuro da iniciativa do Lean e pode ser implementado por diversas organizações.

Um estudo conduzido (Figura 11.) tem como foco um método estrutural para transformar

o processo 5S através de treinamento adequado para empregados começando com a

introdução do 5S até os resultados (VENKATESWARAN, 2011).

Page 26: Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2013/MEQ13006.pdf · organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement

25

Figura 11. Processo de Transforamação do 5S. Fonte: VENKATESWARAN, 2011

Em uma empresa que tem o 5S funcionando perfeitamente, itens fora do lugar ou faltando

se destacam por eliminar o tempo em busca destes itens. Alguns estudos comparam o um

ambiente de trabalho com 5S a uma cozinha de um restaurante respeitado – uma indústria

indústria voltada para o cliente altamente competitiva. Em qualquer cozinha de classe

mundial (CHITRE 2010):

1. Todos os potes e panelas estão limpos e mantidos a um braço de distância.

2. Facas e outras ferramentas de cozinha estão em recipientes abertos e claramente

identificados no raio de visão dos chefs

3. A área está bem iluminada.

4. Cada chefe fica na sua esfera de trabalho que possui todas as ferramentas necessárias na

área imediata o que reduz o movimento e utiliza o tempo dos chefs eficientemente

reduzindo confusões desnecessárias.

No Japão, a prática do 5S surgiu no setor de manufatura e se extendeu para outras

indústrias e setor de serviços. O TPS mostra um exemplo bem conhecido do 5S na prática.

Uma impressão difundida fora do Japão é o “housekeeping" e muitos pesquisadores e

praticantes da técnica têm dificuldades de ir além do escopo. Um estudo de firmas

australianas que empregam ferramentas de melhoria contínua revelaram que em uma lista

Page 27: Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2013/MEQ13006.pdf · organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement

26

dos 10 maiores resolvedores de problemas, 5S é rankeado em décimo. Este estudo indica

que as empresas australianas têm somente conhecimento básico do potencial e da

importância do 5S para as ferramentas de melhoria contínua. Alguns autores alegaram

extrema surpresa em uma conferência de lean onde consultantes atestaram que não podiam

mais vender o 5S pois envolvia somente limpeza no chão de fábrica do cliente (CHITRE

2010).

Pelo contrário, 5S pode entregar um grande potencial e a limpeza é um dos sub produtos, e

então necessita ser entendido e implementado como muito mais que uma limpeza. De

acordo com um estudo, praticar 5S foi capaz de reduzir o número de acidentes na empresa

Boeing (CHITRE 2010).

Algumas das melhorias notadas em empresas de manufatura 12 meses depois de

implementado o programa 5S (CHITRE 2010):

1. O trabalho em andamento reduziu em 60%.

2. Tempo de ciclo reduziu em 70%

3. 370m2 de espaço livre para mais projetos

4. Tempo de parada para mudanças reduziu em 40%

Algumas companhias do Reino Unido e Japão responderam a uma pesquisa para ver se o

5S pode ser considerado como ponto de partida para o gerenciamento total da qualidade

(TQM). O estudo comprovou que o 5S tem papel significante e dá uma base essencial a

implementação da TQM. O estudo também concluiu que muitas companhias do Reino

Unido estão praticando 5S sem perceber, e seria um benefício formalizar a prática do 5S

(CHITRE 2010).

Indepedente do tipo e tamanho da organização, o 5S pode ser utilizado para melhoria de

atividades em lugares como casas, escolas, comunidades e ambientes de trabalho (CHITRE

2010).

Destacando os princípios do 5S, TQM notou uma importante melhora de performance em

hospitais públicos em países desenvolvidos. Este estudo confirmou que importantes

Page 28: Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2013/MEQ13006.pdf · organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement

27

melhorias foram atingidas seguindo a implementação 5S- baseado no TQM e que essa

metodologia pode estimular mudanças no gerenciamento organizacional (CHITRE 2010).

Recentemente o 5S foi expandido para o 6S , que são os 5 pilares do Lean e separadamente

o sexto pilar para Segurança. Essa filosofia, têm o objetivo de dar ênfase à segurança no

ambiente de trabalho (ANVARI, 2011).

O 6S é o primeiro método implementado nas empresas pois atua como fundamento para o

implementação da melhoria contínua. Essa ferramenta permite aos empregados serem

capazes de saberem onde estão e encontrarem facilmente ferramentas, arquivar de maneira

apropriada e reduzir o tempo gasto procurando por algo. Os seis pilares trabalham juntos

para a melhoria continua. Ajudam a reduzir defeitos, dimunuir a probabilidade de

acidentes, diminuir custos e aumentar a produtividade. Também, o 6S evidencia a cultura

de melhoria continua e enganjamento dos empregados o que é essencial para o sucesso de

implementação do Lean. E também esse programa facilita a implementação de outros

métodos do Lean. Finalmente, o impacto visual conduz à melhoria e produz a sensação que

é impossível perder algo e isso cria um senso real de atingimentos dos objetivos e orgulho

o que mostra o começo de transição cultural (ANVARI, 2011).

Como consequência, o 6S é uma ferramenta do Lean cujo valor é rapidamente

compreendido e o conceito de “ um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar” é

facilmente entendido. Outra qualidade da ferramenta é duplamente permitida por

funcionários: permite que as pessoas sejam livres de companhias agravantes que escondem

seu trabalho e é uma forma positiva de envolver as pessoas na melhoria das suas próprias

definições de trabalho (ANVARI, 2011).

2.4.1 Definição do 5S

Para que todos esses objetivos sejam atingidos, deve-se implementar e manter os cinco

sensos dentro do ambiente de trabalho. São os 5S:

• Seiri – Senso de Utilização: nesta primeira etapa é feita a identificação e separação

que é realmente necessário, do desnecessário no ambiente de trabalho. Devemos

Page 29: Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2013/MEQ13006.pdf · organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement

28

manter na área somente os itens essenciais ao trabalho e então vamos eliminar o

consumo do que não tem necessidade e que pode gerar desperdício.

Figura 12. Ilustração do senso de utilização. Fonte: http://cincosensos-5s.blogspot.com/2010/08/5s-

seiri-seiton-seiso-seiketsu-shitsuke.html

Através da separação adequada poderão ser identificados materiais, ferramentas,

equipamentos e informações necessárias para a realização de tarefas. Esta etapa elimina

o desperdício de materiais (matérias primas e materiais), produtos não conforme,

ferramentas quebradas. Ajuda a manter um espaço limpo e melhora a eficiência em

procurar e receber algo e encurta o tempo de execução da produção (MICHALSKA,

2007).

As regras do 1S:

a) Nesta etapa devemos responder algumas perguntas chamadas de Perguntas de

Controle (MICHALSKA, 2007):

� Existem itens desnecessários bagunçando o ambiente de trabalho?

� Existem restos de materiais desnecessários jogados em algum lugar do

ambiente de trabalho?

� As ferramentas ou restos de materiais para a produção se encontram no chão (

do ambiente de trabalho)?

� Todos os itens necessários foram separados, classificados e colocados em seu

lugar?

� Todas as ferramentas de medição foram classificadas e mantidas?

Page 30: Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2013/MEQ13006.pdf · organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement

29

Baseado nas respostas das perguntas acima é possível estimar a desordem do

ambiente de trabalho em termos da regra do 1S. Se alguma resposta for “sim”

deverá ser executado o o senso de utilização (MICHALSKA, 2007).

b) No segundo estágio alguém deverá executar a revisão de todos os itens que estão no

ambiente de trabalho e agrupá-los de acordo com o sistema definido. De acordo

com a separação realizada deve-se realizar a eliminação dos itens classificados

como desnecessários (MICHALSKA, 2007).

c) Para uso permanente do 1S será chamado de Programa da Etiqueta Vermelha (Red

Tag Programme). Significa rotular os itens que os operadores irão classificar como

desnecessários no ambiente de trabalho (MICHALSKA, 2007).

• Seiton – Senso de Organização: Neste segundo passo é feito um gerenciamento e

identificação dos itens que foram classificados como necessários. Deve ser feita uma

disposição adequada e uma comunicação visual para rápido acesso a esses itens. É

necessário que tudo seja identificado, com layout adequado, padronizado visualmente,

podendo ser de cores, etiquetas. Popularmente significa “ um lugar para cada coisa e

cada coisa em seu lugar”.

Figura 13. Ilustração do senso de organização. Fonte: http://cincosensos-

5s.blogspot.com/2010/08/5s-seiri-seiton-seiso-seiketsu-shitsuke.html

O controle visual do ambiente de trabalho é especialmente importante (ex: pintar o

chão ajuda a identificar os lugares de armazenamento de cada material ou maneiras de

transporter, desenhar a forma das ferramentas torna possível a rápida devolução, pintar

rótulos permite identificar o material, peças de reposição ou documentos

(MICHALSKA, 2007).

Page 31: Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2013/MEQ13006.pdf · organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement

30

Implementando as regras do 2S:

Deverá executar a segregação dos itens e demarcar lugares para serer armazenados. Os

itens deverão sempre ser divididos:

Figura 14. Exemplo de separação dos itens. Fonte: Própria, (adaptação treinamento 5S da empresa

em questão)

Para a estimativa do ambiente de trabalho em termos das regras do 2S, senso de

organização, segue as Questões de Controle (MICHALSKA, 2007):

� A posição (localização) das passagens principais e locais para armazenamento estão

claramente identificadas?

� As ferramentas estão separadas em uso regular e ferramentas especializadas?

� Todos os pallets estão estocados na altura apropriada?

� Os dispositivos contra fogo são mantidos na área?

� O chão tem alguma irregularidade, rachaduras ou algo que provoque dificuldade de

movimentos do operador?

Os itens utilizados ocasionalmente e raramente devem ser armazenados em locais

afastados do ambiente de trabalho. A distância depende da frequência de uso destes

materiais e ferramentas. Locais de armazenamento devem ser demarcados para ser

possível uma rápida identificação. Pode ser utilizado linhas coloridas, sinais, quadro de

ferramentas. Uma vez definido os locais não deverá variar (MICHALSKA, 2007).

Page 32: Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2013/MEQ13006.pdf · organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement

31

• Seiso - Senso de Limpeza: ser definido como a eliminação da sujeira sob todos os

aspectos, incluindo a boa preservação dos equipamentos, ambiente de trabalho limpo,

com agradável sensação de bem-estar e eliminação de estoques desnecessários

(VANTI, 1999). Mais do que limpar é muito importante evitar que suje. Deve ser feita

por todos os funcionáros independentemente de função e cargos.

Figura 15. Ilustração do senso de limpeza. Fonte: http://cincosensos-5s.blogspot.com/2010/08/5s-

seiri-seiton-seiso-seiketsu-shitsuke.html

Limpeza regular permite identificar e eliminar fontes de sujeira e mantes o ambiente de

trabalho limpo. Durante a limpeza é checado limpeza das máquinas, do ambiente de

trabalho e do chão, estanqueidade de equipamentos, limpeza de linhas, tubulações,

fontes de luz, dados atuais, legibilidade e compreensão das informações entregues.

Também é importante cuidar e manter o asseio pessoal do operador (MICHALSKA,

2007).

Implementando as regras do 3S:

O primeiro passo para a realização do 3S é a renovação do ambiente de trabalho.

Supõe-se que “a primeira limpeza” força a verificação dos 2Ss anteriores. O uso da

regra do 3S baseia-se em manter todos os dias a limpeza impecável do ambiente de

trabalho. É executado por todo o time. Para a estimativa do ambiente de trabalho em

termos das regras do 3S, que é limpeza do ambiente de trabalho, seguem as seguintes

Questões de Controle (MICHALSKA, 2007):

� Existem manchas de óleo, poeira ou restos de metal ao redor de máquinas ou no

chão?

� A máquina está limpa?

Page 33: Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2013/MEQ13006.pdf · organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement

32

� As linhas, tubulações estão limpas e elas demandam reparos?

� As saídas de tubulações estão obstruídas por alguma sujeira?

� Existem fontes de luz limpas?

• Seiketsu – Senso de Saúde: é o estágio alcançado com a prática dos três sensos

anteriores, acrescido de hábitos rotineiros de higiene, segurança no trabalho e saúde

mental. Este senso é implica em conservar a higiene, sem descuidar os estágios de

organização, ordem e limpeza alcançados, padronizando hábitos, normas e

procedimentos (VANTI, 1999). Este procedimento induz a uma prática de trabalho e a

um layout padronizado.

Figura 16. Ilustração do senso de saúde. Fonte: http://cincosensos-5s.blogspot.com/2010/08/5s-seiri-

seiton-seiso-seiketsu-shitsuke.html

Com os padrões implementados e funcionando na forma de procedimentos e instruções

permitem a ordem nos ambientes de trabalho. Padrões devem ser comunicativos, claros

e fáceis de entender. Em relação a este durante a preparação e melhorias, todos os

participantes do processo devem ser envolvidos. O grupo sabe especificamente suas

próprias atividades e os processos de elaboração e depois disso, a utilização

possibilitará entender a essência de cada aspect da operação. Com o objetivo de

garantir fácil acesso, padrões obrigatórios deverão ser encontrados em lugares visíveis.

Supõe-se que padrões não devem ser implementados somente em processos

operacioanis típicos, mas também em processos administrativos (MICHALSKA,

2007).

• Shitsuke – Senso de Auto disciplina: refere-se à manutenção e revisão dos padrões.

Uma vez que os 4 Ss anteriores tenham sido estabelecidos, transformam-se numa nova

Page 34: Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2013/MEQ13006.pdf · organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement

33

maneira de trabalhar, não permitindo um regresso às antigas práticas sempre visando a

melhoria contínua.

Figura 17. Ilustração do senso de auto disciplina. Fonte: http://cincosensos-

5s.blogspot.com/2010/08/5s-seiri-seiton-seiso-seiketsu-shitsuke.html

Depois de implementando o processo do 5S irá exigir auto-disciplina dos empregados

conectada à implementação e também seguimento das regas. Isto irá levar ao aumento

da consciência do pessoal, e uma diminuição do número de não conformidades dos

produtos e processos, melhorias na comunicação interna, e através desta melhoria nas

relações humanas. É também importante entender a necessidade de executar inspeções

de rotina para a certificação do programa. Essa inspeção é executada através de um

checklist e a periodicidade e realização definidas pelo time (MICHALSKA, 2007).

2.4.2 Benefícios da Implementação do 5S

O 5S é uma ferramenta muito utilizada nas fábricas pois traz resultados satisfatórios, é

simples de implementar e tem o custo bastante reduzido. Dentre os benefícios que a

ferramenta apresenta, abaixo estão listados alguns (KUMAR, 2012):

• O ambiente de trabalho limpo e organizado.

• Escritórios e oficinas se tornam mais seguras.

• Resultados visíveis que incentivam a geração de novas idéias

• Tempo de ciclo reduzido

• Tempo de troca reduzido em operações rápidas

• Paradas menores são eliminadas das linhas de produção

• Redução de defeitos por erros

Page 35: Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2013/MEQ13006.pdf · organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement

34

• Métodos limpos e padrões são estabelecidos

• Inventário reduzido

• O uso do espaço é melhorado

• Redução de reclamações de clientes.

• Aprimoramento do trabalho em equipe

• Aumento da produtividade.

• Redução de custos

2.4.3 Padrão de Implementação

O método de implementação do 5S segue a método do Ciclo PDCA

PLAN (Planejar): Antes da fase de implementação, o treinamento deve ser dado a todo o

time. Então, é requerido que seja formado um time de 5S. O time de 5S determinará os

objetivos, as áreas afetadas e as fases de implementação. Em seguida o plano de ação é

moldado e lançado (KUMAR, 2012).

DO (Fazer): Esta fase é a implementação (KUMAR, 2012)

Senso de Utilização – Identificação dos itens necessários e é requerido fazer uma lista.

Senso de Ordenação – Depois de identificados os itens, é necessario encontrar locais

adequados para os itens.

Senso de Limpeza – As fontes de sujeiras são identificadas

Senso de Higienização – São identificados, endereçados e executados os planos de ação.

Ações posteriores serão necessárias para manter as condições requeridas.

Senso de Padronização – Os procedimentos e regras devem ser obedecidos e mantidos e

identificadas oportunidades de melhoria.

CHECK (Checar): A avaliação do andamento do programa será conduzido por auditorias

internas (KUMAR, 2012).

ACT (Agir): Para a melhoria contínia, o time deverá tornar o 5S um hábito. Periodicamente as

metas atuais deverão ser comparadas com as metas definidas. Para motivar o pessoal, deverá

ser dado reconhecimento aos esforços (KUMAR, 2012).

Page 36: Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2013/MEQ13006.pdf · organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement

35

A Figura 18. Ilustra o modelo de implemtação do 5S em uma empresa, seguindo o ciclo

PDCA.

Figura 18. Modelo de Implementação do 5S. Fonte: GIBBONS, 2011

2.4.4 Auditorias

Para a certificação que o programa está sendo implementado é importante que o time

realize auditorias periódicas. Com essas auditorias será possível um acompanhamento do

programa e também será possível identificar as oportunidades de melhorias que devem ser

endereçadas imediatamente.

A periodicidade será feita de acordo com a meta direcionada para cada empresa e o o

checklist de avaliação seguirá o fundamento dos cinco sensos e também será definido uma

escala de notas para cada senso. No caso

da empresa que está sendo estudada, as notas variam de 1 a 5, sendo que, 1 é muito pobre e

5 é muito bom. Deve ficar claro para todo o time da empresa a importância da auditoria

para manter o programa 5S implementado.

Page 37: Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2013/MEQ13006.pdf · organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement

36

3. Materiais e Métodos

3.1 Classificação da Metodologia

O presente trabalho seguiu as classificações de pesquisa de forma de abordagem do

problema, objetivos e procedimentos técnicos. Dessa forma, esta pesquisa é de natureza

aplicada, pois visa obter conhecimentos que poderão ser utilizados na aplicação prática e

na solução de problemas da empresa envolvida (SILVA e MENEZES, 2005). A forma de

abordagem do problema é de pesquisa qualitativa, pois foi utilizado apenas o método

descritivo sem a necessidade de utilização de métodos e técnicas estatísticas. Os objetivos

seguem a pesquisa exploratória, pois permite maior familiaridade com o tema estudado por

meio de pesquisas bibliográficas e entrevistas informais com pessoas que tiveram

experiências práticas com o problema pesquisado (SILVA e MENEZES, 2005). Já o

procedimento técnico é do tipo estudo de caso, pois é um estudo que investiga um

fenômeno atual dentro de um contexto de realidade permitindo um exame detalhado do

processo organizacional em estudo.

3.2 Aplicação da Metodologia

O programa 5S foi implementado na planta em 2008 e desde então vários métodos foram

utilizados. Devido a mudança de funcionários, falta de enganjamento e métodos

ineficientes de 5S, as auditorias semanais mostraram que o programa necessita de

melhorias para buscar a melhoria contínua.

Entrevistando os operadores periodicamente, foi possível notar que o programa

implementado anteriormente necessitava de uma otimização. As auditorias semanais não

eram executadas toda semana pelas pessoas já designadas (pessoas do setor administrativo)

no início de cada mês. Havia um checklist de passagem de turno, que também não era

tratado com importância pela operação. E, apesar do ofuscamento do programa, ainda

mantinha-se os 3 primeiros Ss bem visíveis no dia a dia. Por isso, como já falado

anteriormente, foi decidido melhorar o programa.

Page 38: Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2013/MEQ13006.pdf · organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement

37

Como parte do programa, a liderança foi envolvida para motivação dos funcionários. Com

a melhoria do programa os resultados que buscamos obter são redução de gastos da planta

com materiais desnecessários, menor custo de processo, prevenção de acidentes e redução

de desperdícios. Também como um dos objetivos promover a mudança comportamental

dos funcionários.

Utilizando a estratégia do Lean Manufacturing foi seguida a metodologia do PDCA para

otimização do programa 5S da planta Dithane de Jacareí e também administração que

busca ter como resultado, principalmente, a mudança de comportamento, maior

produtividade e um ambiente de trabalho mais seguro.

3.3 Plan (Planejamento)

Duas pessoas do time administrativo ficaram à frente do projeto. Como primeiro passo, foi

identificada a necessidade de ter um time para o programa, que pudesse acompanhar o

andamento durante toda a jornada de trabalho. Por isso, foram escolhidas mais quatro

pessoas, todos operadores da planta, um de cada turno.

Com o time formado, a estratégia foi realizar treinamentos para nivelar a informação sobre

a filosofia do 5S, os objetivos e expectativas. Também foi definido junto a liderança a meta

para o ano de 2013 que em uma escala de 1 a 5, a meta definida foi 3. A Tabela 1 detalha a

pontuação definida.

Tabela 1. Detalhamento da pontuação

Pontos Descrição

5 Total compreensão das áreas com forte evidência e padronização é totalmente

sustentável

4 Boas evidências das atividades na áreas fazendo esforços para realizar

sustentação (1 ou 2 desvios)

3 Evidência moderada nas atividades das áreas (3 ou 4 desvios)

2 Algumas evidências nas atividades das áreas (5 ou 6 desvios)

1 Pouca ou nenhuma evidência nas atividades das áreas (7 ou mais desvios)

Page 39: Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2013/MEQ13006.pdf · organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement

38

Para que o programa consiga se manter e todos estejam enganjados, foi decidido que todos

seriam “donos”, os responsáveis, por alguma área. E a partir daí, seriam responsáveis pelo

status de sua área, e as auditorias não seriam mais semanais, mas mensais, e serão feitas

somente pelo time de 5S.

Definido o time, e algumas estratégias, a avaliação das áreas (primeira auditoria) é a

primeira etapa a ser realizada, pois a partir daí, será conhecida a necessidade de

implementação do 5S total, ou somente a manutenção.

3.4 Do (agir)

Como descrito anteriormente, a primeira ação foram os treinamentos. Foi mandatório que

todo o time da planta participasse de uma das duas sessões de treinamento ministrada pela

autora deste trabalho. Durante as sessões foram explicados a filosofia dos 5S´s e o passo a

passo de implementação.

Figura 19. Foto do treinamento de 5S

Após a apresentação do programa será a vez da implementação dos 5 sensos, ou somente

otimização do processo, de acordo com a necessidade. Caso a nota final da avaliação

Page 40: Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2013/MEQ13006.pdf · organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement

39

inicial seja 1, 2 será necessária re-implementação, e caso a nota final for 3,4 ou 5, somente

a manutenção.

Se houver a necessidade de implementação, esta seguira o passo a passo dos sensos. Se

somente os 3 primeiros S´s estiverem vigentes, será necessário implementar os dois

últimos, e entraremos no critério da manutenção.

A planta foi dividida em áreas, e para essas áreas foram designados donos. Cada dono

ficou responsável por deixar sua área nos padrões que a ferramenta pede. O Anexo I lista a

divisão das áreas e seus respectivos donos. Semanalmente, essas pessoas respondem a um

checklist, específico para cada área, e no fim de cada mês uma média será feita para

acompanhar o andamento. O checklist foi elaborado pela autora deste trabalho, e o Anexo

II demonstra o modelo para uma das áreas.

Após a implementação e a manutenção semanal do programa, o time de 5S será

responsável pelas auditorias semanais, que demonstrarão o progresso do projeto. Essas

auditorias também seguem a padronização em checklist, e o Anexo III demonstra o modelo

utilizado para a planta.

Com a finalidade de caracterizar o programa dos 5 sensos profundamente, partindo da

avaliação inicial do programa, vamos estudar a área que que obteve a menor nota,1, a Sala

40. Esta sala não participou da implementação em 2008 o que justifica sua nota na primeira

avaliação. Foi necessário partir do 1S nesta área.

Para a avaliação dos dois últimos S´s, foi escolhida a área úmida, que já participava do

programa implementado em 2008, porém o acompanhamento não estava sendo feito de

forma correta. A primeira avaliação foi feita e a nota final foi 3, o que demonstra que esta

área necessita de uma reavaliação do que está sendo feito atualmente, porém está mantendo

o programa vivo. Comparando esta área com a anterior, este era um dos locais que fazia

parte do programa iniciado em 2008, por isso foi necessária a avaliação dos 5 sensos, para

analisarmos o patamar que a área está.

As etapas Check (checar) e Act (Agir) serão feitas posteriormente a implementação das

áreas que obtiveram notas 1 e 2 e otimização das áreas que obtiveram 3, 4 e 5.

Para o acompanhamento semanal das áreas será implementado um painel com ímãs

(Kanban) que mostrará o status geral das áreas de acordo com o preenchimento do

Page 41: Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2013/MEQ13006.pdf · organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement

40

checklist. A Figura 20 ilustra o painel. Esse painel é importante para o controle visual do

status do 5S nas áreas

Figura 20. Kanban da Planta. Fonte: Própria

4. Resultados e Discussões

Foram escolhidas duas áreas para avaliação de acordo com suas notas, a Sala 40 e a área

úmida.

4.1 Implementação do 5S na Sala 40

A Sala 40 foi a área que obteve a menor nota de avaliação, seguindo o checklist ilustrado

no Anexo II. A nota é obtida por umá média de todas as etapas dos sensos. A nota obtida

foi 1, o que implica que o processo deverá ser iniciado do primeiro S. Foram avaliados

somente os 3 primeiros S´s, pois esta não foi uma das áreas atingidas pelo 5S

implementado na fábrica em 2008 e partindo do significado que os dois últimos S´s

significam manutenção dos três primeiros, não há necessidade de sua avaliação.

Nesta sala são colocados todos os itens que foram esquecidos de devolver ao almoxarifado,

itens de reposição, peças quebradas, produtos de limpeza, tintas para manutenção das

Page 42: Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2013/MEQ13006.pdf · organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement

41

áreas, maquinário utilizado somente em paradas, materiais para descarte e muitos outros.

Os donos desta área são todos coordenadores de turno, totalizando 4 operadores.

Será detalhado passo a passo da implementação do 5S:

• Seiri (Senso de Utilização):

Primeiramente, foram tiradas fotos para ilustrar o quadro antes das mudanças. Após as

fotos, a autora deste trabalho juntamente com os operadores do time de 5S fizeram uma

lista com todos os itens que existiam na área, já classificando o que seria descartado ou

não.

Figura 21. Foto antes da implementação do 5S na Sala 40

Dos itens para descarte, havia necessidade de mais pessoas participarem das decisões, pois

haviam itens que deixava dúvidas da sua necessidade. Os itens foram classificados como

necessários e desnecessários de acordo com a Tabela 2.

Page 43: Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2013/MEQ13006.pdf · organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement

42

Tabela 2. Classificação dos itens da Sala 40

QTD DESCRIÇÃO DOS ITENS CLASSIFICAÇÃO

1 Valvula Globo 2” Necessário

1 Válvula de vapor 3 vias Necessário

3 Solenóides NPV N3 -5150-57B Necessário

1 Eixo KSB A40R Necessário

4 Válvulas de posição Desnecessário

1 Chave de nível Desnecessário

1 Bucha Eixo Goulds Necessário

1 Valvula Globo ¾” Necessário

- Flanges enferrujadas Desnecessário

2 Válvula PCV faltando peças Desnecessário

5 Valvula Globo ½” Necessário

- Pedaços de metal Desnecessário

1 Eixo KSB PN Necessário

3 Proteções para rotâmetros Desnecessário

1 Rolo de papel pardo Desnecessário

4 Rolamento 6306 Necessário

1 Válvula esfera 1" Necessário

2 Solenóides grampeadores Necessário

1 Rotor ½” Necessário

2 Eixos mega A30 Necessário

2 Luvas protetoras megachem A30 Necessário

1 Eixo D14 Necessário

3 Chaveta A Necessário

2 Anéis de desgaste A Necessário

8 Retentores Necessário

2 Buchas do tanque de água quente Necessário

1 Válvula reguladora Necessário

1 Polia Necessário

4 Borrachas de vedação válvula borboleta 14" Necessário

4 Borrachas de vedação válvula borboleta 10" Necessário

2 Borrachas de vedação válvula borboleta 6" Necessário

3 Válvula esfera 4"x 3" class 150 Necessário

1 Trava quedas Necessário

1 Junta Graflex FF 16" com 20 Furos Necessário

Page 44: Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2013/MEQ13006.pdf · organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement

43

2 Dry Links Necessário

1 Rotâmetro Necessário

6 Filtros de bronze Necessário

1 Válvula reguladora de oxigênio Necessário

1 Secador Necessário

1 Seladora portátil Necessário

6 Partes de vidro de equipamentos do LCQ Necessário

1 Bombona com esferas de zircônio utilizadas

em moinhos

Necessário

2 Bombonas com esferas contaminadas com

fungicida

Desnecessário

1 Bombona com esfera de vidro Desnecessário

1 Caixa com juntas de Teflon de tamanhos

diversos

Necessário

2 Motores pequenos da máquina seladora Necessário

1 Estator Desnecessário

1 Flexível Inaflex 1" Desnecessário

4 Transmissores de temperatura (sem sensor) Desnecessário

1 Indicador e transmissor de pressão Desnecessário

1 Tábua de madeira Desnecessário

2 Cavaletes de madeira Desnecessário

5 Atuadores Kingston Desnecessário

1 Escada dois degraus fora do padrão Desnecessário

2 Polias enferrujadas Desnecessário

1 Máquina VAP Desnecessário

- Pedaços de tubos de PVC Desnecessário

2 Máquinas seladoras manual Desnecessário

1 Exaustor/ Aspirador Desnecessário

- Isolamento antigo Desnecessário

4 Proteções de vidro de luminárias Desnecessário

2 Partes de vidro de equipamentos do LCQ Desnecessário

1 Saco de cimento aberto Desnecessário

- Pedaços de mangueiras com rachadura Desnecessário

1 Equipamento de medição de umidade muito

antigo

Desnecessário

3 Placas de identificação quebradas Desnecessário

Page 45: Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2013/MEQ13006.pdf · organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement

44

- Conexões enferrujadas e/ou sem utilidade Desnecessário

2 Manômetros com o range fora do padrão Desnecessário

5 Eixos de motor enferrujados Desnecessário

1 Rolo de plástico bolha Desnecessário

3 Filtros manga sujos Desnecessário

1 Proteção de equipamento desconhecida Desnecessário

2 Tampas de caixa d'água Desnecessário

2 Rotâmetros quebrados Desnecessário

6 Atuadores Kingston Necessário

7 Atuadores reserva Necessário

4 Motores Necessário

- Conexões para descarregamento de

caminhões

Necessário

- Itens utilizados em paradas de manutenção Necessário

- Produtos de limpeza Necessário

- Máquina seladora 3M Necessário

- Pedaços de tubulação Necessário

1 Bomba pneumática Necessário

1 Ventilador Necessário

- Mangueiras e Flexíveis Necessário

3 Robozinhos Necessário

- Tintas Necessário

- Talhas Necessário

- Correntes para isolamento Necessário

- Materiais utilizados para fabricação de

tamborete

Necessário

1 Máquina de costura Necessário

3 Balanças Necessário

Após a análise detalhada, todos os itens acima foram dispostos de maneira adequada, de

acordo com sua utilização e com a autorização de pessoas da liderança seguindo o

procedimento do segundo S.

Nesta etapa pudemos perceber que 39% dos itens alocados na sala 40 não eram necessários

estar armazenados, pois não seriam utilizados em nenhum local. Por outro lado, 61% dos

itens eram necessários, e estavam armazenados de forma incorreta.

Page 46: Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2013/MEQ13006.pdf · organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement

45

• Seiton (Senso de Organização):

Os itens que foram classificados como necessários, foi preciso encontrar locais adequados

para o seu armazenamento. Muitas peças e equipamentos foram devolvidos ao

almoxarifado e muitos itens ficaram armazenados na Sala 40. Foram listados os itens e

distribuídos em itens para descarte como sucata, itens devolvidos para o almoxarifado,

itens que serão cadastrados e devolvidos para o almoxarifado e outras destinações. As

tabelas a seguir evidenciam a listagem e disposição dos itens necessários localizados

anteriormente na sala.

Tabela 3. Itens devolvidos para o Almoxarifado

QTD DESCRIÇÃO DOS ITENS

1 Valvula Globo 2”

1 Valvula Globo ¾”

5 Valvula Globo ½”

1 Eixo KSB A40R

1 Eixo KSB PN

4 Rolamento 6306

1 Bucha Eixo Goulds

TOTAL R$ 17300,00

De acordo tabela acima, a devolução de alguns itens para o almoxarifado gerou um crédito

no centro de custo da planta de R$ 17300,00. Na tabela 4 pode-se encontrar os itens que

ainda serão cadastrados no almoxarifado, e entrarão como custo R$ 0,00, porém ainda

serão contabilizados pela autora posteriormente.

Page 47: Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2013/MEQ13006.pdf · organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement

46

Tabela 4. Itens cadastrados no Almoxarifado

QTD DESCRIÇÃO DOS ITENS

1 Válvula de vapor 3 vias

3 Solenóides NPV N3 -5150-57B

1 Válvula esfera 1"

2 Solenóides grampeadores

1 Rotor ½”

2 Eixos mega A30

2 Luvas protetoras megachem A30

1 Eixo D14

3

(pacotes)

Chaveta A

2 Anéis de desgaste A

8 Retentores

2 Buchas do tanque de água quente

1 Válvula reguladora

1 Polia

4 Borrachas de vedação válvula borboleta 14"

4 Borrachas de vedação válvula borboleta 10"

2 Borrachas de vedação válvula borboleta 6"

3 Válvula esfera 4"x 3" class 150

1 Trava quedas

1 Junta Graflex FF 16" com 20 Furos

2 Dry Links

1 Rotâmetro

6 Filtros de bronze

Alguns dos materiais que estavam na sala poderiam ser utilizados em outros locais como

Laboratório, outras plantas. A Tabela 5 lista os itens que foram direcionados para estes

locais.

Page 48: Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2013/MEQ13006.pdf · organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement

47

Tabela 5. Itens destinados a locais dentro e fora do site

QTD DESCRIÇÃO DOS ITENS LOCAL DE DESTINAÇÃO

1 Válvula reguladora de oxigênio Laboratório

1 Secador Laboratório

1 Seladora portátil Laboratório

6 Partes de vidro de equipamentos do LCQ Laboratório

1 Bombona com esferas de zircônio utilizadas em

moinhos

Franco da Rocha

1 Caixa com juntas de Teflon de tamanhos diversos Efluentes

2 Motores pequenos da máquina seladora Devolvidos para 3M

Ainda pertencente aos itens considerados como necessários, restaram aqueles que ficarão

alocados na Sala 40. A Tabela 6 lista os materiais.

Tabela 6. Itens armazenados na Sala 40

QTD DESCRIÇÃO DOS ITENS

6 Atuadores Kingston

7 Atuadores reserva

4 Motores

- Conexões para descarregamento de caminhões

- Itens utilizados em paradas de manutenção

- Produtos de limpeza

- Máquina seladora 3M

- Pedaços de tubulação

1 Bomba pneumática

1 Ventilador

- Mangueiras e Flexíveis

3 Robozinhos

- Tintas

- Talhas

- Correntes para isolamento

- Materiais utilizados na fabricação de tamboretes

1 Máquina de costura

3 Balanças

Page 49: Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2013/MEQ13006.pdf · organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement

48

Os itens classificados como desnecessários foi preciso encontrar uma destinação adequada.

A maioria foi descartado como sucata, como mostra a Tabela 7, porém havia alguns

materiais contaminados que precisaram de uma disposição adequada, a incineração.

Tabela 7. Itens descartados

QTD DESCRIÇÃO DOS ITENS FORMA DE DISPOSIÇÃO

1 Estator Sucata

1 Flexível Inaflex 1" Sucata

4 Transmissores de temperatura (sem sensor) Sucata

1 Indicador e transmissor de pressão Sucata

1 Tábua de madeira Sucata

2 Cavaletes de madeira Sucata

5 Atuadores Kingston Sucata

4 Válvulas de posição Sucata

1 Chave de nível Sucata

- Pedaços de metal Sucata

3 Proteções para rotâmetros Sucata

1 Rolo de papel pardo Sucata

1 Escada dois degraus fora do padrão Sucata

2 Polias enferrujadas Sucata

1 Máquina VAP Sucata

- Pedaços de tubos de PVC Sucata

2 Máquinas seladoras manual Sucata

1 Exaustor/ Aspirador Sucata

- Isolamento antigo Sucata

4 Proteções de vidro de luminárias Sucata

2 Partes de vidro de equipamentos do LCQ Sucata

1 Saco de cimento aberto Sucata

- Flanges enferrujadas Sucata

2 Válvula PCV faltando peças Sucata

- Pedaços de mangueiras com rachadura Sucata

1 Equipamento de medição de umidade muito

antigo

Sucata

Page 50: Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2013/MEQ13006.pdf · organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement

49

3 Placas de identificação quebradas Sucata

- Conexões enferrujadas e/ou sem utilidade Sucata

2 Manômetros com o range fora do padrão Sucata

5 Eixos de motor enferrujados Sucata

1 Rolo de plástico bolha Sucata

3 Filtros manga sujos Sucata

1 Proteção de equipamento desconhecida Sucata

2 Tampas de caixa d'água Sucata

2 Rotâmetros quebrados Sucata

2 Bombonas com esferas contaminadas com

fungicida

Incineração

1 Bombona com esfera de vidro Incineração

Foi evidenciado como era imprenscindível a classificação dos materiais da área. Foram

descartados muitos itens, porém muitos também foram dispostos de forma adequada. A

partir daí foi possível a planta saber o que havia dentro da sala e onde poderão achar os

itens. E também as pessoas conseguiram entender o que deve ser realmente deixado

naquela área. Em relação ao descarte, dispomos duas gaiolas inteiras como sucata. A

Figura 22 ilustra o descarte de materiais.

Figura 22. Descarte de materiais como sucata

Page 51: Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2013/MEQ13006.pdf · organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement

50

Ainda nesta etapa do programa falta a demarcação e identificação dos itens que serão feitas

aos poucos.

• Seiso (Senso de Limpeza):

Nesta etapa do processo foi feita uma limpeza na área e também foram identificadas

algumas necessidades primárias. Havia bastante sujeira na sala, os equipamentos e estante

estavam com bastante poeira e teias de aranha. Foi feita uma limpeza geral dos itens que

ficaram na sala. Durante esta etapa foi verificado que a área precisava de alguns reparos. A

Tabela 8 lista as necessidades encontradas.

Tabela 8. Oportunidades de Melhoria

OPORTUNIDADES DE MELHORIA STATUS

Instalação da proteção da bomba P-xxx do Persist Aberta

Notificação

Instalação do chapeuzinho do exaustor Em avaliação

Instalação de suporte para mangueiras na sala 40 (o suporte precisa

suportar bastante peso pos as mangueiras são pesadas)

Aberta

Notificação

Troca de lâmpadas na sala 40 Aberta

Notificação

Fios expostos na sala 40. Aberta

Notificação

Verificação da estrutura da sala Em avaliação

Colocar extintor de incêndio na sala Aberta

Notificação

Em se tratando de implementação do programa os dois últimos S´s ainda não podem ser

avaliados pois são relacionados com acompanhamento, comportamento, e são

características que serão avaliadas com os resultados das próximas auditorias.

Analisando o resultado desta área foi possível entender porque a nota da primeira avaliação

foi tão baixa. Era necessário fazer este Dia D para a implementação do 5S. Havia uma falta

de disciplina de todos em relação à utilização da sala, as pessoas não sabiam ao certo o que

deveria ser armazenado nela.

Page 52: Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2013/MEQ13006.pdf · organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement

51

E também foi possível gerar um crédito no centro de custo da planta, evidenciando que

alguns materiais são esquecidos de ser devolvidos ao almoxarifado, ficando expostos a

condições desfavoráveis, podendo estragar, ou mesmo fazendo com que a planta compre

materiais sem necessidade.

De modo geral foi positivo, pois foi possível mostrar a todos a importância de manter

qualquer local limpo e organizado seguindo os padrões do 5S. Principalmente, após o

retorno financeiro que apenas uma sala trouxe. A Figura 23 demonstra o resultado após as

três primeiras etapas:

Figura 23. Foto depois da implementação do 5S na Sala 40

4.2 Otimização do 5S na Área Úmida

Para a avaliação dos dois últimos S´s, foi escolhida a área úmida, que já participava do

programa implementado em 2008, porém o acompanhamento não estava sendo feito de

forma correta.

A primeira avaliação foi feita e a nota final foi 3, o que demonstra que esta área necessita

de uma reavaliação do que está sendo feito atualmente, porém está mantendo o programa

vivo. Comparando esta área com a anterior, este era um dos locais que fazia parte do

Page 53: Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2013/MEQ13006.pdf · organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement

52

programa iniciado em 2008, por isso foi necessária a avaliação dos 5 sensos, para

analisarmos o patamar que a área está. Analisando as cinco etapas separadamente, temos:

• Seiri (Senso de Utilização):

Como em todas as áreas, primeiramente, foram tiradas fotos para ilustrar o quadro antes

das mudanças. A nota obtida neste primento senso foi 3, o que demonstra que o conceito

do que é realmente necessário está claro para todos da área. Porém, ainda sim existem

muitos itens que não são úteis no local de trabalho.

Figura 24. Foto antes da otimização do 5S na Área Úmida

• Seiton (Senso de Organização):

Os itens que foram classificados como necessários, já estavam alocados no seu local

adequado, porém somente faltavam algumas demarcações e identificações. A nota obtida

nesta primeira avaliação para este senso foi 4.

• Seiso (Senso de Limpeza):

Com a nota da avaliação deste S, 3 foi possível notar que está claro o conceito, porém

ainda há necessidade de melhorar. A fábrica, devido ao vapor e umidade, favorece a

presença de teias de aranha e aranhas, então é um pouco difícil ficar isento delas.

Page 54: Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2013/MEQ13006.pdf · organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement

53

• Seiketsu (Senso de Saúde):

Esta etapa foi avaliada com uma nota 3, e demonstra que ainda não se tornou um hábito de

saúde e bem estar para todos da área. Ainda não se tornou padronizado e habitual, então

sempre há necessidade de cobrar as pessoas para que o programa seja mantido. As

oportunidades de melhoria não são procuradas e também não são endereçadas.

• Shitsuke (Senso de Auto disciplina)

A nota desta estapa também é baixa, 2, o que mostra que os 4S´s acima não estão

implementados corretamente, o que permite um regresso às antigas práticas.

Estas avaliações são feitas por pessoas do time de 5S e sempre na presença de algum

operador da área, para que fosse possível evidenciar e justificar as notas que estavam sendo

dadas. Depois de realizada a auditoria, foram destinadas algumas ações para correções dos

itens.

Tabela 9. Desvios encontrados na auditoria 5S na área úmida e ações corretivas.

Desvios Ações

Precisamos mudar a placa do antiespumate Fabricar outra

Os postinhos de isolamento precisam da demarcação como

nas outras áreas

Demarcar o local

As grades de concreto das canaletas está muito ruim. Em avaliação

O armarinho de madeira embaixo da escada do polímero

floculante está muito sujo por dentro, e as bombonas

precisam ser trocadas e identificadas com a etiqueta de

produto químico

Programar limpeza e identificar os

frascos com a etiqueta de

amostragem.

Atrás da bomba de vácuo que fica embaixo da escada tem

uma caixinha e um saco com parafusos. Precisamos verificar

se for ficar lá precisa estar identificado

Precisamos verificar se há

necessidade dos itens ficarem na

área, e caso precisem, devem ser

identificados.

Havia hastes de metal que foram utilizadas na parada para

limpar tubulações e ainda estão lá

Verificar o melhor local para

armazenar as hastes, pois

utilizamos somente nas paradas.

Page 55: Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2013/MEQ13006.pdf · organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement

54

No SLF está com muita infiltração. Em avaliação

Necessidade de demarcação na área dos produtos de limpeza

e também as duas escadas dois degraus

Demarcar o local

Do lado dos condensadores havia muitas teias de aranha na

tubulação baixa

Programar limpeza da área pela

operação no MTL

O armário de madeira de EPI está solto, e havia uma

espatula, o EPI estava em cima do armário. Embaixo deste

armário tem um copo onde é colocado o estilete, falta

identificação

Verificar se é melhor arrumar ou

trocar o armário

No local onde fica o tanque de aditivos a bombona de cake e

os potes de amostra faltam identificação. Usar a etiqueta de

amostragem para identificação. Também as grades estão

muito sujas devido ao ligno

Programar limpeza das grades no

MTL para operação .

Nesta mesma área tinha haste de madeira de vassouras e

rodos

Jogar fora se não estiver utilizando

Descendo as escada, embaixo das plataforma havia 2

bombonas sem identificação e sem nada dentro

Jogar fora se não estiver utilizando

Ao lado da bomba do aditivos também havia algumas hastes

de metal, e também conexões de engate de flexível, todos

sem identificação

Separar por tamanho e colocar no

armário de ferramentas.

Nesta área tem um armário de madeira, que quando abri

havia baldes e esfregão, hastes de metal, pás. Verificar,

segregar, jogar fora o que não é necessário. A porta do

armário está solta e com perigo de cair

Retirar o armário da área e

verificar a utilidade do que está

dentro

Embaixo das grades do tanque está muito sujo Programar limpeza das grades no

MTL para operação

Todos os desvios listados pela Tabela 9 foram direcionados para os donos das áreas que

ficaram responsáveis por realizar as ações corretivas.

Como foi possível notar, os desvios foram pequenos e de fáceis resolução, e desvios como

esse foram encontrados nas outras áreas. Isso evidencia que o 5S está presente no dia a dia

de todos, porém a auto disciplina de manter é um pouco falha. A Figura 25 ilustra a área

úmida após a limpeza e organização executadas pelos donos da área.

Page 56: Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2013/MEQ13006.pdf · organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement

55

Figura 25. Foto depois da otimização do 5S na Área Úmida

Não é possível notar grandes mudanças físicas com a otimização do 5S nas áreas pois o

objetivo maior dela é a mudança comportamental, demonstrada pela manutenção das áreas

que torna o ambiente saudável e agradável para trabalhar.

Foram feitas avaliações em todas as áreas, porém somente a sala 40 e recuperação de ligno

que foi necessária a implementação desde o princípio dos 5S´s. As outras áreas serão

necessárias somente o processo de otimização.

Foi possível verificar também que há um grande esforço por parte da operação em manter a

área sempre limpa e organizada, mas também existe a confusão entre Housekeeping e 5S.

Como resultado conseguimos atingir muitos dos nossos objetivos, são eles:

• O ambiente de trabalho limpo e organizado

• Métodos limpos e padronizados foram estabelecidos

• Inventário reduzido

• O uso do espaço é melhorado

• Aprimoramento do trabalho em equipe

• Redução de custos

Page 57: Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2013/MEQ13006.pdf · organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement

56

Com certeza o fator que mais chamou a atenção de todos foi o quanto valiam os materiais

que estavam armazenados na Sala 40 e quantos materiais foram comprados sem

necessidade. Conseguiu-se perceber a importância de uma seleção e disposição adequada

de materiais pode trazer benefícios a todos o time. E também que se todos estiverem

cientes de suas responsabilidades o ambiente de trabalho ficará mais limpo e organizado e

melhor para trabalhar. É importante ressaltar também a necessidade da reciclagem dos

treinamentos de 5S para que todos fiquem alinhados, este foi um item apontado pela

operação.

5. Conclusão

Esse projeto mostrou claramente, através das fotos antes e depois, do passo a passo

descrito no projeto, dos resultados obtidos que a prática do 5S é efetiva para melhora do

housekeeping, performance de saúde e segurança, performance de gastos com itens de

almoxarifado e também para o trabalho em equipe. Porém o projeto também evidenciou

que existem obstáculos para sua implementação ou otimização. A maior barreira é a falta

de informação e treinamento do time. E para isso, como já foi falado anteriormente, é

necessário treinamento periódico para manter o conceito sempre vivo no ambiente de

trabalho.

Esse projeto também evidenciou a mudança de comportamento das pessoas em relação ao

desperdício e excesso assim que foi comprovado o montante que estava estagnado na Sala

40 como também a mudança de comportamento quando foi comprovado a melhora das

condições de do ambiente de trabalho e segurança.

Ressaltando especificamente a implementação na Sala 40 foi possível notar o

reaproveitamento do espaço antes totalmente ocupado, descarte de muitos materiais sem

utilidade há anos, a devolução dos itens gerando um crédito no centro de custo da planta de

mais de R$17.000,00 e principalmente o reconhecimento de quais itens eram necessários

estar presentes e quais deveriam ser alocados em outras áreas. Foi importante mostrar para

o time que mesmo quando um material é necessário, é preciso encontrar um local

adequado para seu armazenamento.

Page 58: Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2013/MEQ13006.pdf · organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement

57

O 5S tem mostrado sua importância nas atividades do dia a dia que garantem um melhor

ambiente de trabalho, porém ainda é difícil que a empresa consiga manter todos os passos

do programa. Uma fraqueza que já foi evidenciada é a confusão entre o 5S e

Housekeeping, que nada mais é que uma parte do processo. Através do treinamento que

esses conceitos e o comportamento vão sendo alterados.

Por fim pode-se concluir que o 5S é uma ferramenta muito eficaz para a melhora do

ambiente de trabalho da planta em termos de otimização do espaço, redução de

desperdícios, mudança de comportamento. Para que a manutenção seja contínua existem

alguns elementos que necessitam estar presentes: motivação, trabalho em equipe,

comunicação, auditorias e que esta ferramenta passe a ser rotina para todo o time. Este

passo a passo de implementação e/ou otimização será contemplado em toda a planta para

que o conceito seja adquirido e praticado por todo o time.

Page 59: Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2013/MEQ13006.pdf · organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement

58

6. Referências Bibliográficas

ANVARI, A., ZULKIFLI, N., MOHD, R., 2011. Evaluation of Approaches to Safety in

Lean Manufacturing and Safety Management Systems and Clarification of the Relationship

Between Them. World Applied Sciences Journal 15 (1): 19-26, 2011.

BEDNÁR, R., VIDOVÁ, H., BELUSKÝ, M., 2012. Lean Principles Application In

Business Logistics. METAL 23. - 25. 5. 2012, Brno, Czech Republic, EU.

BRITO, L. V. O., 2011. Organização da produção através da aplicação de ferramentas de

Lean Manufacturing numa empresa de produção de pneus. Tese de Mestrado Integrado em

Engenharia e Gestão Industrial da Universidade do Minho

CHITRE, A., 2010. Implementing the 5S Methodology for Lab Management In the Quality

Assurance Lab of a Flexible Packaging Converter. Tese de Mestrado em Gerenciamento

de Tecnologia da Universidade de Wisconsin-Stout.

GIANNINI, R., 2007. Aplicação de Ferramentas do Pensamento Enxuto na Redução de

Perdas em Operações de Serviços. Dissertação de Mestrado de Engenharia na Escola

Politécnica da Universidade de São Paulo.

GIBBONS, P. M., 2011. The Development of a Value Improvement Model For Repetitive

Processes. IDC in Systems 2ndAnnual Research Conference Bristol University.

GONÇALVES, R. A, 2010. Lean Manufacturing. Optimização de um sistema produtivo.

Dissertação de Mestrado em Engenharia e Gestão Industrial da Universidade de Aveiro.

GONÇALVES, W. K. F, 2009. Utilização de Técnicas Lean e Just in Time na Gestão de

Empreendimentos e Obras. Dissertação de Mestrado de Engenharia Civil da Universidade

Tecnica de Lisboa.

KUMAR, K., KUMAR S., 2012. Steps For Implementation Of 5s. International Journal of

Management, IT and Engineering, Volume 2, Issue 6.

MICHALSKA J., SZEWIECZEK, D., 2007. The 5S methodology as a tool for improving

the organization. Journal of Achievements in Materials and Manufacturing Engineering.

Volume 24, Issue 2.

Page 60: Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2013/MEQ13006.pdf · organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement

59

OHLSSON, A. B. F. ,2005. Lean Manufacturing at Volvo Truck Production Australia.

Development of an Implementation Program. Tese de Mestrado,, Lulea University of

Tecnology.

ORTIZ, C. A., 2006. Kaizen Assembly: Designing, Constructing, and Managing a Lean

Assembly Line. New York: CRC Press

SILVA, E. L. MENEZES, E. M. Metodologia da pesquisa e elaboração de dissertação. 4.

Ed. Florianópolis: UFSC, 2005.

TAYLOR, D., BRUNT, D., 2001. Manufacturing Operations and Supply Chain

Management. Thompson Learning.

VANTI, N., 1999. Ambiente de qualidade em uma biblioteca universitária: aplicação do 5S

e de um estilo participativo de administração. Ci. Inf., Brasília, v. 28, n. 3, p. 333-339,

set./dez 1999.

VENKATESWARAN, S., 2011. Implementing Lean In Healthcare Warehouse Operations

– Evaluation Of 5s Best Practice. Faculty of the Louisiana State University and

Agricultural and Mechanical College in partial fulfillment of the requirements for the

degree of Master of Science in Industrial Engineering.

WOMACK, J. P., JONES, D. T., ROOS, D. (1990). The Machine that Changed the World.

Page 61: Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2013/MEQ13006.pdf · organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement

60

7. Anexos

7.1 Anexo I: Divisão de áreas e seus donos

Área Equipamento Dono do

Equipamento

ÁR

EA S

ECA

Sala de Controle Paulo

RVDs Francisco

Aquecedor + área dos ciclones do SD Marcos

Casas de Filtro dos 2 RVDs Jairo

Area de recuperacao de ligno 1 (incluindo terraço externo e

silo-balança 1)

Paulo

Area de recuperacao de ligno 2 (incluindo terraço externo,

exaustor de ligno e silo-balança 2)

Edson

Terraço - catch tank e caixa d'água Andre

SD e Atomizador Marcos

Particulados (incluindo todos os andares da área externa) Liceu

Particulados (incluindo todos os andares da área externa) Jose Geraldo

ÁR

EA Ú

MID

A

Aditivos - 2 andares (terreo +mesanino) Milton

Aditivos - 2 andares (terreo +mesanino) Edivaldo

Aditivos - 2 andares (terreo +mesanino) Diego

Piso terreo da area umida Joao Paulo

Piso terreo da area umida Rogerio

Piso intermediário - área úmida Cleber

Piso intermediário - área úmida Mauro

Piso intermediário - área úmida Marquinhos

Mesanino da área úmida (SLF + Condensadores) Jose Carlos

Mesanino da área úmida (SLF + Condensadores) Marcos P.

Area de disposição de resíduos Elmir

Terraco da Area umida - pote de selagem Jesse

Page 62: Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2013/MEQ13006.pdf · organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement

61

EMB

ALA

GEM

Big Bag + 25 kg (2 lados) Douglas

Fabrima Valdir

Salinha do café da embalagem Luis Hederio

Área de emissao de PTS Emissores

mesa da embalagem + recuperação da Fabrima Edionei

Peneiras rotativas e organização geral da embalagem (pallets,

quadro de ferramentas)

Jose Roberto

EFLU

ENTE

S

Terreo (PIT 1/ PIT2) + primeiro andar (tanques de cake,

coat)+decanter + filtro sparkler + mesa e quadro de

ferramentas

Sodre

Terreo (PIT 1/ PIT2) + primeiro andar (tanques de cake,

coat)+decanter + filtro sparkler + mesa e quadro de

ferramentas

Jose Roberto

Terreo (PIT 1/ PIT2) + primeiro andar (tanques de cake,

coat)+decanter + filtro sparkler + mesa e quadro de

ferramentas

Elmir

Terreo (PIT 1/ PIT2) + primeiro andar (tanques de cake,

coat)+decanter + filtro sparkler + mesa e quadro de

ferramentas

Isidoro

AD

M

Baias todos

sala de impressoras Luis/ Augusto

sala de reuniao Yuri

sala de reuniao 2 Erica

Armários gerais Ricardo

Sala do café Juliana

banheiro feminino Barbara

banheiro masculino Peloggia

Biblioteca Luis/ Augusto

Page 63: Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2013/MEQ13006.pdf · organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement

62

EH&

S

Baias Todos

Sala do café Matheus

Armários gerais Matheus

banheiro masculino Matheus

banheiro feminino Mariana

SALA

40

Sala 40 Sandro/

Doni/

Anderson/

Roberto

DES

CA

RR

EGA

MEN

TO

EDA e Soda

MnSO4

CS2

Gustavo/

Celso

Page 64: Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2013/MEQ13006.pdf · organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement

63

7.2 Anexo II: Exemplo de Checklist de acompanhamento semanal

18-24 11-17 0-10

OK NOK OK NOK OK NOK OK NOK

PROGRAMA 5S - CHECKLIST

MÊS/ANO NOME

ÁREA: Recuperação de Ligno

N? DE QUESTÕES OK STATUS SEMANAL

1 2 3 4

QUESTÕESSENSO DE

UTILIZAÇÃO

Existe algum material/equipamento que é

estranho ao local?

Os postes de isolamento estão em quantidade

adequada?

Existe algum material que está faltando?

Os pallets com matérias primas estão em

quantidade adequada para o espaço?

Somente os EPI's necessários estão armazenados

na caixinha de EPI?

As espátulas do SD estão em quantidade

adequada?

Existe algum material em cima do telhado?

SENSO DE

ORGANIZAÇÃO

Todos os equipamentos e itens do local estão no

seus lugares demarcados?

Todos os equipamentos, itens e botoeiras do local

estão identificados/ tageados?

Todo o resto de plástico e embalagem de Matéria-

prima está sendo colocado em local devidamente

identificado e demarcado?

SENSO DE

LIMPEZA

O chão e os equipamentos estão limpos?

As ferramentas util izadas nesta área estão limpas

e descontaminadas?

Existe acúmulo de pó na porta 2 do SD?Todas as fontes de sujeira foram identificadas/

eliminadas?

Os isolamentos de superfície quente/ porta 2 do

SD estão identificado corretamente?

SENSO DE

SAÚDE

A iluminação está adequada?

O ambiente está isento de vazamento?

Os equipamentos estão em bom estado e

funcionando adequadamente?

Os extintores estão sendo inspecionados?

As ventosas e balança foram inspecionada/ está

com a data de inspeção válida?As oportunidades de melhoria para a área estão

sendo identificadas?

SENSO DE

AUTO

DISCIPLINA

O checkl ist da semana anterior foi feito?

As pessoas estão mantendo a área organizada?

As não conformidades estão sendo resolvidas?

TOTAL DE QUESTÕES

NOTAS:

Page 65: Otimização do Programa 5S em uma Indústria Química …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2013/MEQ13006.pdf · organized, reduced parts inventory, lay out improved enhancement

64

7.3 Anexo III: Checklist de Avaliação do Programa 5S

SENSOS Nível Avaliação Nota

1 Itens necessários e desnecessários estão misturados no local de trabalho

2Todos os itens úteis para as atividades encontram-se disponíveis. Ex.: ferramentas, EPIs, formulários, computador, etc.

3 Existem itens na área que as pessoas desconhecem a sua finalidade?

4

Todos os funcionários sabem os procedimentos/processos para dispor materiais desnecessários da área de trabalho. Ex.: coleta seletiva, itens obsoletos, documentos da rede, etc

5 Existem itens obsoletos que poderiam ser descartados ou trocados?

6Os itens estão alocados de forma ordenada na área e com delimitações e identificação, quando pertinente.

7 Os lay outs definidos são seguidos conforme definido?

8 Itens pessoais estão espalhados pela área ou em local indevido.

9A ordenação da área e disposição dos itens possibilita o gerenciamento visual (quantidade necessária e ausência de outros itens no local).

10

A ordenação da área e disposição dos itens é segura e possibilita fácil acesso dos usuários (ordenação feita de acordo com a frequência de uso; itens ficam dispostos próximos à utilização).

11 Existem itens, materiais, equipamentos sem a devida identificação?

12 Os pisos e paredes da área estão limpos.

13 Os corredores estão livres de lixo e materiais desnecessários.

14Ferramentas, máquinas, portas, armários e mesas estão limpas e em bom estado de conservação.

15 Itens de segurança estão mantidos adequadamente. Ex.: fiações

16Os itens de conforto e segurança estão mantidos. Ex: lâmpadas, ar de conforto, ventilação, guarda-corpos, tapetes ergonômicos, etc.

SENSOS Nível Avaliação Nota

17Durante a inspeção dos equipamentos são identificados danos e os mesmos são tratados e evidenciados.

18 Não existem peças em local inadequado

19 Os processos de limpeza são padronizados na área.

20Existe um método identificado para remover material desatualizado e fazer descarte de materiais.

21A estrutura das áreas está boa? (ex: telhado, grades, armários, chão, iluminação)

22Existe preocupação com o asseio pessoal e uniformes em condições de uso(limpos, sem rasgos e ou outras avarias) ?

23Existe algum vazamento na área que não foi resolvido, ou está em andamento?

24 O check list 5S do Programa está atualizado

25É evidenciado sinais de 5S frequente. Ex.: sinais de organização diária, resolução de danos inesperados, correções etc.

26As ações propostas e danos encontrados a partir do Programa são tomadas e com eficácia validada.

27Os objetivos do 5S, pontos fortes e oportunidades de melhoria são divulgados para todo o time.

28 É evidenciado sinais da cultura de 5S no ambiente e vida pessoal dos funcionários.

29As pessoas do setor conhecem o programa 5 S? E você entende e pratica os 5 sensos?

QUADRO GERAL 5S – PLANTA DITHANE

Limpeza

SEISO

Observações

QUADRO GERAL 5S – PLANTA DITHANE

Organização

SEITON

Utilização

SEIRI

Observações

Limpeza

SEISO

Saúde

SEIKETSU

Auto Disciplina

SHITSUKE