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Otávio Dias ∞ BradescoPresidê[email protected]

Antonio Luiz Fermino • CaixaSecretaria [email protected]

Carlos Alberto Kanak • HSBCSecretaria de Finanç[email protected]

Audrea Louback • HSBCSecretaria de Organização e Suporte Administrativo [email protected]

André C. Branco Machado • Banco do BrasilSecretaria de Imprensa e Comunicaçã[email protected]

Genésio Cardoso • CaixaSecretaria de Formação Sindical [email protected]

Cristiane Zacarias • HSBCSecretaria de Igualdade e da [email protected]

Karla Cristine Huning • BradescoSecretaria de Assuntos Jurídicos Coletivos e [email protected]

Ana Maria Fideli Marques • ItaúSecretaria de Saúde e Condições de [email protected]

Marcio M. Kieller • ItaúSecretaria de Políticas Sindicais e Movimentos [email protected]

Ana Luiza Smolka • Banco do BrasilSecretaria de [email protected]

Júnior César Dias • Itaú UnibancoSecretaria de Mobilização e Organização da [email protected]

Pablo Sérgio M. Ruiz Diaz • Banco do BrasilSecretaria de Ass. de P. Sociais e E. Socioeconô[email protected]

Lilian de C. Graboski • SantanderSecretaria de Assuntos do Ramo Financeiro*Aguardando liberação

Genivaldo A. Moreira • HSBCSecretaria de Esportes e [email protected]

Ademir Vidolin - BradescoAlessandro Greco Garcia - BBAna Paula Araújo Busato - BBAnselmo Vitelbe Farias - ItaúArmando Antonio Luiz Dibax - ItaúCarlos Francisco Liparotti Deflon - CaixaClaudemir Souza do Amaral - SantanderClaudi Ayres Naizer - HSBCClovis Alberto Martins - HSBCDarci Borges Saldanha - ItaúDavidson Luis Zanette Xavier - BBDébora Penteado Zamboni - CaixaDenívia Lima Barreto - HSBCEdison José dos Santos - HSBCEdivaldo Celso Rossetto - HSBCEustáquio Moreira dos Santos - ItaúGerson Laerte da Silva Vieira - BB

Efetivos

Herman Felix da Silva - CaixaJoão Paulo Pierozan - CaixaJorge Antonio de Lima - HSBCJosé Carlos Vieira de Jesus - HSBCJosé Carneiro Ferreira - HSBCKarin Tavares - SantanderKelson Morais Matos - BradescoNilceia Aparecida Nascimento - BradescoOrlando Narloch - HSBCRodrigo Pilati Pancotte - BBSélio de Souza Germano - ItaúSidney Sato - ItaúSonia Regina Sperandio Boz - CaixaTarcizo Pimentel Junior - HSBCUbiratan Pedroso - HSBCValdir Lau da Silva - HSBCVanderleia de Paula - HSBCVandira Martins de Oliveira - Itaú

Ivanício Luiz de Almeida - Itaú UnibancoDenise Ponestke de Araújo - CaixaMargarete Segalla Mendes - HSBC

SuplentesTânia Dalmau Leyva - Banco do BrasilEdna do Rocio Andreiu - HSBCCarolina M. Mattozo - Banco do Brasil

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Cartas do leitorEditorialBancosEntrevistaConjunturaCampanhaRetrospectivaCulturaOpiniãoCidadaniaSaúdeVida SindicalFormaçãoAconteceuMemórias de LutaHumor

12 Caos econômicoInstabilidade político-financeira internacional e manifesta-

ções populares de descontentamento com os governos mar-cam período de ebulição mundial.

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Eleições municipais de 2012 já suscitam reflexão sobre a importância do voto como oposição à corrup-ção política.

Voto consciente

União na lutaApesar da intransigência patronal, bancários de ban-

cos públicos e privados encerram o ano com conquistas importantes.

Campanha salarialGreve nacional foi marcada por união, organização

e mobilização, que geraram bons frutos. Aumento real foi conquistado pelo oitavo ano consecutivo.

dezembro 2011 03

Conselho Editorial: Ana Smolka, André Machado,Carlos Kanak, Genésio Cardoso,

Eustáquio Moreira Santos e Otávio DiasJornalista responsável: Renata Ortega (8272-PR)

Redação: Flávia Silveira, Paula Padilha e Renata OrtegaProjeto gráfico: Fabio Souza e Renata Ortega

Diagramação: Fabio Souza e Mariana KaminskiRevisão: Maria C. Périgo

Impressão: Maxigráfica • Tiragem: 8.000 Contato: [email protected]

A revista Bancári@s é uma publicação bimestral doSindicato dos Bancários de Curitiba e região,

produzida pela Secretaria de Imprensa e Comunicação.Presidente: Otávio Dias • [email protected]

Sec. Imprensa: André Machado • [email protected]

Rua Vicente Machado, 18 • 8° andarCEP 80420-010 • Fone 41 3015.0523

www.bancariosdecuritiba.org.brOs textos assinados são de inteiraresponsabilidade de seus autores.

Compensação de horas

Após a assinatura da CCT 2011/2012, o maior número de reclamações recebidas pelo Sindicato dos Bancários de Curiti-ba e região foi sobre a pressão, principalmente nos bancos pú-blicos, pela compensação das horas não trabalhadas durante a greve. A entidade alerta que a reposição deve ser feita em até duas horas diárias, de acordo com a disponibilidade de cada trabalhador, até 15 de dezembro.

“O CSO Curitiba do Banco do Brasil está pressionando os trabalhadores a compensar duas horas diárias, fazendo relatórios de compensação e ameaçando quem não o fizer.”

Bancário do Banco do Brasil

“A Caixa está forçando a barra para os empregados paga-rem o saldo das horas da greve, sob pena de abertura de pro-cesso administrativo.”

Bancário da Caixa Econômica Federal

“Aderi à greve, juntamente com os demais colegas de tra-balho, sabendo que, ao final, teríamos de alguma forma que repor os dias não trabalhados. Acontece que, sendo comis-sionado, com 8 horas trabalhadas, foi solicitado que realizás-semos a reposição de duas horas por dia. Assim, trabalhamos 10 horas diárias (com mais uma de almoço), o que totaliza 11 horas na agência. É muito cansativo!”

Bancário do Banco do Brasil

A corrosão do caráterAutor: Richard Sennett Páginas: 208Editora: Record

V de Vingança Gênero: AçãoTempo de duração: 132 minAno de lançamento: 2006

Com um discurso bastante provocador, o autor desafia os leitores a decidir se a flexibilização do Capitalismo moderno oferece um ambiente melhor para o crescimento pessoal ou se é apenas uma nova forma de opressão.

Na paisagem de uma Inglaterra totalitária, o filme conta a história de uma jovem resgatada por um mascarado, conhecido apenas como V. Ele inicia uma revolução quando convoca seus compatriotas a erguerem-se contra a opressão.

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Vivemos em um mundo de extremos

No fechamento desta edição da Re-vista Bancári@s, as empresas brasileiras anunciavam seus lucros referentes aos nove primeiros meses de 2011. O setor mais lucrativo do país, mais uma vez, foi o financeiro, com R$ 37,2 bilhões, se-gundo dados da consultoria Economáti-ca. Esse valor, excetuando o que será re-passado dos bancos públicos ao Governo, será distribuído para menos de 50 famí-lias de extremos ricos residentes no Brasil e no exterior.

Ao mesmo tempo, no Brasil, mais de 16 milhões de pessoas vivem em extre-ma miséria, ou seja, com menos de R$ 2,50 ao dia, como alertou um estudo do IBGE publicado em março de 2011. Vi-vemos em um país dos extremos, com gente muito pobre para gerar a riqueza de muito poucos, em especial os donos dos bancos.

A isso soma-se o fato das instituições políticas e do sistema eleitoral brasileiro serem reféns desse poder econômico dos

banqueiros, responsáveis pelo financia-mento de campanha e pelo controle de grandes bancadas nos parlamentos e go-vernos. Com isso, pouco se transformam as estruturas de poder político e mantém-se no país uma ditadura econômica dos juros, privilegiando sempre a minoria de extremos ricos.

Essa concentração das riquezas e a grande desigualdade é o pano de fundo das crises em todo o globo, com suas diferentes formas em cada nação. Foi por conta da situação de miséria e opressão que, há um ano, na Tunísia, um jovem desempregado suicidou-se, imolando-se com fogo, gerando uma onda de protes-tos e enfrentamentos sociais pelo país, derrubando o governo de Ben Ali.

Da mesma forma, é a situação econômica e social da Espanha, levando ao desemprego 45% dos jovens, que im-pulsiona grande mobilizações dos “in-dignados” e uma rejeição da maioria da população às instituições políticas, com

abstenções recordes nas eleições de no-vembro. Nos EUA, milhares de jovens ocuparam Wall Street e na Grécia os tra-balhadores fizeram uma série de greves gerais contra o corte de direitos.

No Brasil, as greves marcaram a rea-ção dos trabalhadores. Várias categori-as foram à luta. Os bancários fizeram a maior mobilização das últimas décadas, com grande adesão dos trabalhadores na greve. A participação efetiva da categoria foi o grande segredo para avançarmos em nossas reivindicações e vencermos a intransigência dos banqueiros. A partici-pação de cada um dos bancários nas lutas futuras impulsionadas pelo Sindicato é o que garantirá novas conquistas, seja por melhores salários, direitos, condições de trabalho ou mesmo por uma sociedade mais justa e igualitária. Boa leitura!

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Em 2011, os bancários de todo o Brasil fizeram a maior greve das últimas duas décadas. Curitiba e região foi exemplo de organização e mobilização. Depois de muitos anos, a paralisação foi encabeça-da exclusivamente por bancários, que enfrentaram a intransigência patronal, lutando por melhores condições de trabalho.SE

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André Machado,secretário de

Imprensa e Comunicação

dezembro 2011 05

Unidade da categoria foi fundamental

A grande conquista da categoria bancária em 2011 foi, certamente, a ma-nutenção de uma campanha nacional unificada. Ao final dos 21 dias de para-lisação, com 9.254 agências e vários cen-tros administrativos fechados em todo o país, foram garantidos aos trabalhadores reajuste nos salários e pisos; valorização da Participação nos Lucros e Resultados (PLR); fim da exposição de rankings indi-viduais como forma de combater o assédio moral e a disputa entre colegas de trabalho;

proibição do transporte de numerário rea-lizado por bancários, para aumentar a se-gurança; entre outros itens importantes.

“Todos esses avanços foram fruto de muita resistência dos bancários contra a pressão dos bancos, que investiram em práticas antissindicais e desrespeitosas”, destaca Otávio Dias, presidente do Sindi-cato dos Bancários de Curitiba e região.

Na avaliação do movimento sindical, se essa paralisação não tivesse se mantido forte, mesmo com todos os artifícios para impedir o direito de greve dos trabalha-dores, as conquistas não seriam amplia-

GREVE FORTE BENEFICIOU TRABALHADORES DE BANCOS PÚBLICOS E PRIVADOS, COM AUMENTO DO PISO E MANUTENÇÃO DE CLÁUSULAS IMPORTANTES

Bancos privadosO aumento real nos pisos salariais

nos últimos três anos foi especialmente sentido pelos funcionários do HSBC. “A grande maioria dos trabalhadores dos centros administrativos do HSBC recebe o piso. E, em duas campanhas salariais, viram o salário aumentar de R$

1.074,46, em 2009, para R$ 1.40, neste ano”, completa Carlos Alberto Kanak, representante dos bancários na COE/HSBC. O aumento do piso representa reajuste de 16% em 2010 e de 12% em 2011, totalizando 28% de reajuste somente nos últimos dois anos. Soma-

se a isso a valorização na PLR, com au-mento da parcela fixa da regra básica para R$ 1.400 (reajuste de 27,2%) e do teto da parcela adicional para R$ 2.800 (reajuste de 16,7%).

Para garantir que questões priori-tárias continuem sendo debatidas, a CCT

das. “Os bancários conquistaram, na Con-venção Coletiva de Trabalho 2011/2012, aumento real pelo oitavo ano consecutivo e uma evolução substancial no piso sala-rial da categoria”, defende Otávio Dias. Os reajustes de 9% (1,5% de ganho real) sobre salários e demais verbas e de 12% (equivalente a 4,3% de aumento real) so-bre os pisos representam a consolidação de uma política permanente de recom-posição salarial. “Isso deixa clara a im-portância da estratégia construída desde 2004 da campanha nacional unificada, reunindo trabalhadores de bancos públi-cos e privados”, completa.

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Caixa EconômicaA valorização do piso também foi significativa na

Caixa Econômica Federal, com um reajuste de 11,55%. A campanha salarial trouxe mudanças também no Pla-no de Cargos e Salários (PCS), já que a empresa vai re-passar o aumento para todos os que estão no plano an-tigo, beneficiando trabalhadores que permanecem no REG/Replan não saldado. Os bancários conquistaram a garantia, assinada em aditivo, de mais contratações, com a criação de 5 mil postos de trabalho até 2012.

A manutenção da PLR Social também foi come-morada, já que havia a possibilidade de extinção do benefício. Com o anúncio pelo Governo Federal de que alguns dos serviços sociais seriam assumidos pelo Banco do Brasil em 2012, os bancários da Caixa precisaram se unir para garantir a distribuição linear dos 4% do lucro líquido.

No que diz respeito à saúde, o período de afas-tamento sem retirada de função foi ampliado de 16 para 180 dias. Caso volte antes, o funcionário tem a garantia de permanecer na função (atualmente, o ges-tor pode substituir o bancário afastado após 15 dias). A Caixa também ampliou a idade para que filhos maio-res de 21 anos possam continuar no plano de saúde como dependentes. A nova idade limite é 24 anos para filhos comprovadamente sem renda e 27 anos desde que esteja estudando e não possua renda própria.

Banco do BrasilA valorização do piso e da carreira de mérito tam-

bém beneficiou de forma diferenciada os trabalha-dores do Banco do Brasil. O reajuste de 9% foi aplicado no VCPI (vencimento em caráter pessoal – incorpo-rados), garantido o interstício sobre esta verba. Além disso, cada M (mérito) passou a valer R$ 97,35, repre-sentando um aumento real de 2,43%, e foi assegurada retroatividade no mérito na carreira do PCR até 1998. A licença-paternidade passou de cinco para 10 dias.

Já o modelo de PLR aplicado no BB é considerado o melhor da categoria, com a manutenção da regra do ano passado. A distribuição é anual, dividida em dois semestres, com valor equivalente a 90% do sa-lário, mais distribuição de 4% do lucro líquido de forma linear, mais bônus para comissionados.

Os bancários também conquistaram, com a força da mobilização, a manutenção da cláusula que exige três avaliações negativas para que haja descomissio-namento e, ainda, a diminuição da trava de dois para um ano em caso de mudança de função. O aditivo prevê ainda a instalação de mesas temáticas, num prazo de 30 dias a contar da assinatura, para debate sobre PCR e jornada de trabalho. Os bancários da Central de Atendimento do Banco do Brasil (CABB) também conseguiram avançar em sua pauta de rei-vindicações específicas (leia mais na página 08).

2011/2012 também estabelece que as mesas temáti-cas passem a ter reuniões trimestrais. Elas abrangem discussões sobre saúde, segurança bancária, tercei-rização e igualdade de oportunidades, temas cruciais para a categoria, que serão fortalecidos com o debate o ano todo, não só na mesa de negociação durante a campanha salarial. Outra conquista que beneficia

funcionários de bancos privados é a aplicação da ampliação do aviso prévio indenizado. Anunciada recentemente a alteração na lei, os bancários terão aumento no prazo, com extensão do pagamento de indenização em valor equivalente a até 120 dias para demissões sem justa causa.

dezembro 2011 07

Vitórias na CABBO banco finalmente reconheceu as diferenças

existentes na Central de Atendimento do Banco do Brasil (CABB), em São José dos Pinhais, e os trabalha-dores encerraram a Campanha Nacional dos Bancá-rios 2011 com grandes conquistas. O resultado de uma greve forte, a maior das duas últimas décadas, trouxe verdadeiros avanços: o banco garantiu aos atendentes o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) com valor igual ao dos caixas, de R$ 3.912,16 (25% maior do que foi pago em 2010);

e a função de atendente passou a ser reconhecida como uma comissão.

Pela regra definida ano passado, a PLR dos atendentes seria de ape-nas R$ 2.681,70. Após incontáveis manifesta-ções realizadas pelo Sin-dicato dos Bancários de Curitiba e região, foi pago o valor de R$ 3.118,00 para o atendente B e R$ 3.200,00 para o aten-dente A, desconsiderando as comissões desses fun-cionários. Neste ano, os atendentes tiveram asse-gurada a parcela variável da PLR e todos receberam

o valor de R$ 4.231,85. Um avanço de mais de R$ 1.000,00 em cada parcela para todos.

Remoções Pelo aditivo assinado, os atendentes não pre-

cisam mais pedir descomissionamento para serem removidos dos postos efetivos para outras unidades, eliminando a trava de dois anos para um novo co-missionamento. “As conquistas deste ano, seja a da PLR ou da remoção sem descomissionamento, são

muito mais que simples vitórias. São exemplos de que com organização e mobilização somos capazes de avançar na luta por melhores condições de tra-balho”, comemora André Machado, secretário de Imprensa e Comunicação do Sindicato.

“Também conquistamos a continuidade das ne-gociações para melhorar a carreira na CABB”, de-clara Ana Smolka, dirigente do sindicato. O Banco do Brasil se comprometeu, através de uma mesa es-pecífica, a apresentar uma proposta de jornada de 8 horas para os comissionados, com estabelecimento de novo encarreiramento específico, além de re-solver o problema dos valores das comissões. “Te-mos que estar vigilantes às mesas de negociação, para que esses compromissos sejam cumpridos. O banco já sentiu que há uma grande mobilização desses bancários e vamos intensificar as lutas caso haja enrolação nessas mesas”, esclarece Alessandro Garcia (Vovô), diretor do Sindicato.

Histórico de mobilizações No dia do pagamento da segunda parcela da PLR

de 2010, em fevereiro deste ano, a CABB amanhe-ceu fechada. A paralisação organizada pelo Sindi-cato marcava a insatisfação dos funcionários com o tratamento que o banco estava dando aos atendentes que, apesar de serem comissionados, não recebiam a parcela variável da PLR.

As manifestações foram mantidas e os atenden-tes se organizaram para a realização do I Encon-tro dos Funcionários da CABB, apresentando uma pauta de reivindicações com mais de 10 itens para o banco, sendo uma delas o pagamento da parcela variável da PLR. “Fizemos o lançamento da cam-panha salarial desse ano na porta da CABB de São José dos Pinhais, dando o recado para o banco de que exigíamos a negociação dos itens específicos”, lembra André Machado. A greve foi a coroação desse processo, quando os atendentes realmente cruzaram os braços e mostraram sua insatisfação.

CENTRAL DE ATENDIMENTO DO BANCO DO BRASIL PAROU DURANTE OS 21 DIAS DE GREVE NA LUTA POR REIVINDICAÇÕES HISTÓRICAS

“ As conquistas desteano, seja a da PLR ouda remoção semdescomissionamento, são muito mais quesimples vitórias. Sãoexemplos de quecom organização emobilização somoscapazes de avançar na luta por melhores condições de trabalho.”

dezembro 201108

A importância da segurança bancária

Um estudo recente elaborado pelo Dieese, base-ando-se em balanços do primeiro semestre de 2011, mostrou que os cinco maiores bancos brasileiros inves-tem apenas 5% de seus lucros em segurança. Já pes-quisa elaborada pela Contraf-CUT em parceria com a Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) revelou que 38 pessoas foram assassinadas em assaltos envol-vendo bancos até setembro de 2011, um crescimento de 111% em relação ao mesmo período de 2010.

A segurança bancária é, portanto, um tema que deve ser amplamente discutido não só pelos bancários,

mas por toda sociedade. Nesta edição, a Revista Bancári@s traz uma en-trevista com o chefe da Delegacia de Segurança Privada do Paraná (De-lesp), o delegado Wilson Ferreira Bonfim. A Delesp é o órgão da Polícia Fe-deral responsável por fis-calizar o cumprimento da Lei 7.102/83, que rege a segurança nos bancos.

Bancári@s: Recente-mente, a Polícia Federal multou nove bancos em R$2,4 milhões por des-cumprimento de leis de

segurança. Quais são os principais problemas de se-gurança encontrados hoje nas agências e postos de atendimento bancários?

Wilson Ferreira Bonfim: Os bancos entregam um relatório chamado Plano de Segurança, em que eles fazem uma lista dos itens de segurança existentes no local. Em seguida, a Polícia Federal faz a vistoria para ver se o que consta no Plano é verdadeiro e, se não estiver de acordo, o banco é multado. Atual-

mente, a Lei nº 7.102, que diz respeito à segurança privada, prevê que são itens de segurança obrigatóri-os aos bancos um sistema de alarmes em perfeito funcionamento e pelo menos dois vigilantes por unidade. Além disso, a lei obriga a instalação de um item opcional, que pode ser porta giratória, sistema de câmeras, escudo, instrumentos de retardo da ação dos bandidos ou cabine blindada. Quando a PF aplica a multa por desacordo entre a realidade da agência e o Plano apresentado, o banco pode recorrer e o pro-cesso pode ser arquivado. Se isso não acontece, é apli-cada a multa, como foi essa de R$2,4 milhões.

Bancári@s: Mas não é um problema que estes itens sejam apenas opcionais?

W. F. B.: Com certeza. Essa lei é de 1983 e já passou por duas mudanças mais recentes, mas ainda existem itens que precisam ser adequados à realidade atual, aproveitando os avanços tecnológicos que já tivemos com o passar dos anos. Mas enxergamos a possibili-dade de alguns desses itens, hoje opcionais, virarem obrigatórios. Já está sendo redigido um novo Estatuto de Segurança Privada, que deve vir mais atualizado, contemplando essas mudanças.

Bancári@s: Quando deve sair este novo Estatuto?W. F. B.: O Ministério da Justiça começou a pen-

sar nessa necessidade principalmente por causa dos grandes eventos que o Brasil vai receber nos próxi-mos anos, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Nos estádios, a segurança interna é privada, mas é um serviço defasado, que precisa ser modernizado. Com a proximidade destes eventos, o Estatuto deve sair logo, para poder dar tempo de fazer as adequações até lá.

Bancári@s: Uma das modalidades de crime mais recorrente é a chamada “saidinha de banco”. Até então, são praticamente nulas as ações para prevenir este tipo de crime, mas já há uma sinalização de que a PF começará a cobrar dos bancos medidas efetivas. Que tipo de medidas? Como a população pode se proteger?

PARA CHEFE DA DELESP, É PRECISO ADEQUAR LEI À REALIDADE ATUAL

“ Já está sendoredigido um novoEstatuto de Segurança Privada, que deve vir mais atualizado,contemplandomudanças. Existem itens que precisam ser adequados à realidade atual, aproveitando os avanços tecnológicos.”

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W. F. B.: Este é um tipo de assalto que acontece fora do banco, então, foge da nos-sa competência e passa a ser de responsa-bilidade da Secretaria de Segurança Públi-ca. Mas orientamos que os clientes fiquem atentos, tentem sempre ir acompanhados ao banco, fiquem espertos com pessoas ao redor. Já para os bancos, a orientação são medidas preventivas que ampliam a segu-rança dos clientes, como estacionamentos na área interna do banco e um sistema de vigilância com monitoramento em tempo real, o que ajuda a polícia a apurar quem são os criminosos. Cabe citar um avanço recente nessa questão da “saidinha”, que foi o enquadramento da área dos caixas eletrônicos na legislação que devem seguir as agências. Os caixas devem ficar sempre em áreas que não sejam isoladas, dentro dos próprios estabelecimentos e a segu-rança deles também deve estar na relação do Plano de Segurança.

Bancári@s: Mesmo nos caixas ele-trônicos que são nas agências e ficam abertos até mais tarde?

W. F. B.: Não. A Lei 7.102 obriga que existam aqueles itens obrigatórios e o op-cional enquanto houver atendimento ao público e movimentação de numerário dentro do estabelecimento. Acabando o expediente, não há mais legislação. Mas um sistema de câmeras que funcione 24h ajuda nesses casos.

Bancári@s: Já existem leis que visam diminuir a violência nos bancos, como a dos biombos, a proibição do uso de celular nas agências e a instalação de portas com detectores de metais. Observamos que nos bancos em que não há cumprimento dessas leis, em especial do biombo, como Itaú e Bradesco, há mais ocorrências de “saidinhas”. Apesar de, em um primeiro momento, parecerem medidas paliativas, estas leis podem vir a contribuir com a di-minuição destes crimes?

W. F. B.: Essas leis, na maioria munici-pais, são complementares a 7.102. Elas ajudam, mas como não há uma uniformi-zação em todo país, não cabe à PF checá-las, cada município tem seu procedimento.

Bancári@s: Cada vez mais, os bancos ampliam os tipos de serviços prestados pe-los correspondentes bancários. Estes locais, no entanto, não precisam seguir as mesmas leis de segurança das agências e postos, o que expõe funcionários e população a um risco ainda maior. Existe algum plano para expansão das leis também para estes locais?

W. F. B.: Há uma expectativa de que no novo Estatuto de Segurança Privada os principais tipos de correspondentes bancários sejam enquadrados, como as lotéricas e os bancos postais. Agora, casos como padarias e supermercados depen-dem mais do Banco Central definir quais são os correspondentes e o que é consi-

derado uma instituição financeira. Bancári@s: Quando um bancário vê

problemas de segurança no seu local de trabalho, como ele pode contribuir para que providências sejam tomadas, além de comunicar o Sindicato?

W. F. B.: Ele deve entrar em contato di-retamente com o setor que cuida da segu-rança do seu banco quando se sentir em risco ou perceber alguma irregularidade.

Bancári@s: Outra questão importante diz respeito à formação dos vigilantes. Quais são os principais problemas na ma-neira como eles são formados atualmente?

W. F. B.: Esse é um ponto importante. Como disse, o novo Estatuto está bastante preocupado com a questão de seguran-ça nos estádios por causa da Copa e das Olimpíadas. Então, eles estão pensando em maneiras de treinar esses vigilantes especificamente para segurança dos es-tádios. O mesmo deve acontecer para os vigilantes do sistema bancário.

Todos os vigilantes passam por um curso básico. Mas existem os vigilantes que trabalham com transporte de valores e escolta armada, e estes recebem treina-mento específico. Esperamos que a mu-dança na legislação também contemple o treinamento específico para os vigilantes que trabalham em instituições bancárias, com um curso específico que os prepare para esta realidade.

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“ Esperamos quea mudança nalegislação contemple o treinamentoespecífico paraos vigilantes quetrabalham eminstituiçõesbancárias, com um curso específicoque o preparepara esta realidade.”

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O mundo em ebuliçãoCRISE ECONÔMICA SE APROFUNDA, GOVERNOS RESPONDEM COM DEMISSÕES E PRIVATIZA-ÇÕES. MAS O POVO RESISTE!

Nos últimos anos, a conjuntura econômica mundi-al vem sendo marcada pela crise. As principais potên-cias vivenciam um longo período de estagnação, com aumento do risco de um colapso financeiro, devido à forma predatória de acumulação e concentração das riquezas pelas grandes corporações capitalistas. A re-ceita que aparece como consenso entre os principais partidos políticos e governos nos países afetados, em nome de um “pacto nacional”, são as ondas de de-missões, os ataques aos sistemas previdenciários e as privatizações. Na Grécia, as agências internacionais sugeriam até que o governo vendesse as ilhas do país para pagar a dívida pública. Medidas que resolvem exclusivamente o problema dos capitalistas e levam a maioria da população trabalhadora ao desespero.

Desde 2008, quando estourou a bolha imobiliária nos Estados Unidos, levando grandes bancos norte-americanos e europeus à falência, os governos passaram a injetar trilhões no sistema financeiro, aumentando

a dívida pública e diminuindo os gastos sociais. Essa política propiciou a estagnação econômica e aumentou o desemprego, que já estava em alta, atingindo níveis preocupantes, com aumento médio de 20%.

Diante dessa situação caótica, milhares de pessoas estão saindo às ruas para se contrapor às medidas adotadas, são acampamentos, greves e mobilizações. São manifestações globais que externam revolta com as receitas adotadas por políticos e patrões e que sugerem o surgimento de nova consciência política, econômica e social. “Contudo, apesar da pressão popular, os grandes capitalistas respondem com a in-tervenção direta sobre os governos, seja com a ocu-pação militar, como no Iraque, Afeganistão e, agora, na Líbia, ou na imposição de seus representantes nos governos, como na Itália e na Grécia, onde os primei-ros ministros são assalariados diretos do banco norte-americano Goldman Sachs”, analisa André Machado, secretário de Imprensa e Comunicação do Sindicato

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dos Bancários de Curitiba e região. Ao invés de seguir as determinações

do “mercado”, que levaram ao aprofun-damento da crise e ao aumento da pobre-za no mundo, a saída está justamente nas reivindicações dos povos que ocupam as ruas ao redor do mundo: fim dos “ajustes fiscais”, aumento da massa salarial dos trabalhadores, mais empregos, fortaleci-mento dos serviços públicos e a tributa-ção dos mais ricos.

O Brasil não está imune Em um mundo globalizado, um co-

lapso financeiro também assume di-mensões globalizadas. No Brasil, o PIB já mostra sinais de desaceleração e deve fechar o ano de 2011 em menos de 3,5%, além de outros fatores alterados, como a queda da bolsa de valores, a subida do ris-co Brasil e a desvalorização do câmbio. E a presidente Dilma Rousseff, em seu discur-so na Organização das Nações Unidas, já sinalizou o caminho que irá trilhar: “com sacrifícios, mas com discernimento, man-temos os gastos públicos do governo sob rigoroso controle a ponto de gerar vultoso superávit nas contas públicas”, declarou.

“O ‘vultoso superávit’ gerado vai para os juros da dívida, que em sua maioria está nas mãos dos bancos, corroendo 44% do orçamento para a farra do capital especu-lativo. Enquanto isso apenas 0,04% foram

destinados para o saneamento e habitação, 2,8% para a educação e 3,9% para saúde. Até mesmo as privatizações voltaram à or-dem do dia, como a dos aeroportos, em nome dos controles dos gastos públicos”, critica André Machado. “A maioria da so-ciedade está sofrendo com os ditos ‘sa-crifícios’, mas para os bancos não há sa-crifícios. Os lucros nesse setor serão ainda maiores que no ano anterior.”, completa.

Trabalhadores Para manter a política de superávit nas

contas públicas, o Governo Federal foi ex-tremante duro com as greves de diversas categorias, inclusive bancários, por meios das direções do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. “Sofremos ameaças de desconto nos pontos dos grevistas, retirada de direitos e não concessão de avanços nos reajustes. Já os bancos privados aproveita-ram o discurso do governo e endureceram. Mas nós fomos à luta. A forte greve impe-diu que houvesse descontos e avançamos no ganho real no salário, nos benefícios, na PLR e vários avanços nos acordos espe-cíficos dos bancos públicos”, relembra o secretário de Imprensa e Comunicação.

Diante desse cenário, sobram desafios para a classe trabalhadora brasileira, in-cluindo a categoria bancária, como a luta contra as terceirizações e os corresponden-tes bancários, que servem apenas para di-

minuir salários e direitos. A própria presi-dente Dilma disse aos europeus, em sua visita a Bruxelas em outubro, que a saída para a crise seria aumentar o consumo, os investimentos e o nível de crescimen-to. “Temos que cobrar do governo uma outra política, para que o Brasil não se transforme em uma ‘nova Grécia’ ou ‘nova Itália’, com o fim do superávit e das priva-tizações e maior redução dos juros, entre outros. Somente o fortalecimento de nos-sas lutas e da ação sindical poderá garan-tir o futuro dos 500 mil bancários e dos milhões de trabalhadores de nosso país”, finaliza André Machado.

dezembro 2011 13

Mobilização forte, conquista garantidaPARTICIPAÇÃO DOS BANCÁRIOS NA MOBILIZAÇÃO FOI FUNDAMENTAL PARA PRESSIONAR NE-GOCIAÇÃO E GARANTIR AVANÇOS

Apesar do cenário inicialmente desfavorável, a Campanha Nacional dos Bancários 2011 trouxe avan-ços significativos para a categoria. Com o andamen-to das negociações atravancado na mesa de reuniões

com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), foi preciso fortalecer a unidade e realizar a maior greve das últi-mas duas décadas, que durou 20 dias em Curitiba e região. Desde a entrega da minuta, a entidade patronal relutou em apresentar uma proposta que contemplasse reivindicações sociais dos bancários. Mas com muita luta foi possível ampliar as conquistas.

Na data-base da categoria, em 01 de setembro, o cenário econômico se mostrava preo-

cupante: a inflação acumulada do período estava em alta, passando da marca de 7,5%, e sua simples re-posição, com aumento real mínimo, parecia ser sufi-

ciente para os banqueiros. Mas não para os bancários. E por conta de uma primeira proposta insatisfatória (7,8%), seguida de uma segunda proposta sem grandes alterações (8%), a greve teve início em todo o Brasil no dia 27 de setembro. A partir desse dia, os bancários sofreram os mais diversos tipos de pressão por parte de gestores e gerências.

A intransigência dos bancos chegou ao ápice quando a mobilização de outra categoria por me-lhores condições de trabalho, a dos funcionários dos Correios, não obteve consenso e a greve foi para dissí-dio. A Fenaban, então, recuou, contando com um jul-gamento em desfavor dos trabalhadores e aguardou o posicionamento do Tribunal Superior do Trabalho (TST) para se manifestar e retomar as negociações com os representantes dos bancários. O resultado, contudo, foi a favor dos trabalhadores. Apesar de par-te dos dias parados nos Correios terem sido descon-tados, a greve não foi considerada abusiva.

Condições de trabalho Nesta campanha salarial, os bancários avançaram

na busca por emprego decente. Mesmo com ameaças

“ A vitória dos bancários nesta campanhasalarial teve início já na assembleia dedeflagração da greve, quando centenasde bancários sedispuseram a atuar junto ao Sindicato.”

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dos bancos, os dias parados não foram descontados e a compensação foi novamente conquistada. Uma vitória para todos aqueles que não se deixaram le-var pelas ameaças e paralisaram suas atividades, esti-veram na frente das agências e lutaram, junto com o Sindicato, para explicar à população que essa é uma batalha que deve ser compreendida por todos os usuários do sistema financeiro: a busca por qualidade de trabalho e de atendimento aos clientes.

E os avanços sociais vieram na valorização do emprego, com mais contratações garantidas na Caixa; na saúde, com a manutenção da cláusula de combate ao assédio moral e com a inserção de mais uma garantia aos bancários, de que rankings indi-viduais não serão mais expostos nos locais de tra-balho; na segurança, com a garantia na Convenção Coletiva de Trabalho de que não haverá mais trans-porte de numerário por funcionários.

Remuneração Com esse cenário de perspectivas de mudan-

ças e de igualdade de oportunidades elencados na proposta arrancada depois de 20 dias de greve, as questões sobre remuneração também avançaram de forma satisfatória. Com o reajuste de 9% em todas as verbas salariais (salário e benefícios), foi mantida a sequência de oito anos consecutivos de aumento real, acumulando o índice de 10,71% de ganho real desde 2004.

Já a regra de distribuição de Participação nos Lu-cros e Resultados (PLR) foi mantida, contudo, houve uma elevação de 27,18% no valor fixo da regra bási-ca (90% do salário + R$ 1.400 fixos, com teto de R$ 7.827,29), de acordo com cálculos da Contraf-

CUT. Já na parcela adicional da PLR, que distribui linearmente 2% do lucro líquido, o teto aumentou 16,66%, chegando a R$ 2.800.

Participação de todos“A vitória dos bancários nesta campanha salarial

teve início já na assembleia de deflagração da greve, quando centenas de bancários se dispuseram a atuar junto ao Sindicato dos Bancários de Curitiba e região e deram corpo à campanha ‘Adote uma Agência’, lan-çada pela entidade”, destaca Otávio Dias, presidente da entidade. Cada bancário foi responsável, então, por reunir colegas de trabalho e se responsabilizar pelo fechamento de uma agência, ampliando, assim, a paralisação na base.

E o resultado pôde ser observado no decorrer da paralisação, que começou com 114 agências e 13 centros administrativos fechados e foi ampliada na primeira semana. Mesmo com a baixa das agên-cias do Bradesco e do HSBC, por força de interditos proibitórios, a greve continuou forte com a ade-são de praticamente todas as agências do Itaú e do Santander e o fechamento de 100% dos locais de trabalho nos bancos públicos. Do décimo quinto dia de greve até o vigésimo, 310 agências permanece-ram fechadas.

E o fruto dessas conquistas chegou aos bancários ainda nos meses de outubro e novembro, com o re-passe da antecipação da PLR e a aplicação do reajuste nos salários e benefícios retroativos a setembro. A reabertura das agências, em Curitiba, se concretizou no dia 17 de outubro, após uma grande assembleia realizada no domingo decidir pelo fim da greve, com a participação de milhares de bancários.

dezembro 2011

Bancários rejeitam proposta de 7,8% e aprovam indicativo de greve.

Inicia a greve dos bancáriosem todo o Brasil.

Justiça nega interdito para o Santander e resguarda direito de greve no Itaú.

Bradesco e HSBC conseguem interditoproibitório. No BB, funcionários trabalhamno Shopping Palladium.

Itaú apela para força policial tentando impedir o fechamento das agências.

Assembleia rejeita nova proposta e mantém indicativo de greve para dia 27.

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dezembro 2011

Bancários dos centros administrativos do HSBC fazem greve por adesão.

Greve nacional dos bancáriosfecha 310 agências em Curitibae região e 710 no Paraná.

Assembleia aceita propostas,encerrando a greve em Curitiba e região.

Itaú envia superintendente a Curitiba para coibir mobilização.

Fenaban, Caixa e Banco do Brasil apresentam proposta de 9%.

Justiça nega interdito para o Banco do Brasil.

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Novas atrações noEspaço Cultural

Para 2012, o Sindicato dos Bancários de Curitiba e região está preparando mudanças no Espaço Cul-tural e Esportivo. A Secretaria de Cultura e Lazer, sob comando da diretora Ana Smolka, busca junto aos bancários saber quais atividades seriam as mais atra-tivas para o local.

A consulta começou em novembro, quando foi se-lecionada uma amostra variada de bancários para par-ticipar de uma pesquisa qualitativa junto ao Sindicato, realizada por uma empresa especializada. A conversa se deu em cima de uma lista de atividades propostas pela Secretaria de Cultura e Lazer. Da lista, foram eleitas as que mais interessaram esses bancários.

Agora, a partir da circulação da Revista Bancári@s, será disponibilizada esta lista de atividades para que toda a base do Sindicato possa participar da pesquisa. Funciona da seguinte maneira: acesse o site do Sin-dicato (www.bancariosdecuritiba.org.br) e lá há um link para responder ao questionário. Da lista exibida, você deve elencar de 1 a 10, em ordem de preferên-cia, as atividades que você gostaria de desfrutar no Espaço Cultural.

Segundo a diretora Ana Smolka, esta é uma tenta-

SINDICATO FAZ PESQUISA COM BANCÁRIOS PARA SABER O QUE ELES QUEREM NO ESPAÇO

tiva de reunir a categoria. “Precisamos nos lembrar de nossos pares, em um ambiente bem mais agradável do que o banco. Queremos que o Espaço Cultural e Esportivo seja um local de descontração, de diversão para toda família”, afirma.

Entre as atividades propostas, estão: aulas de di-versos instrumentos musicais, cursos de culinária típica e de artesanato, palestras, matinê infantil aos sábados, cineclube, concursos de fotografia, bazar para troca de roupas e objetos, Festival Pratas da Casa, café colonial durante a semana, colônia de férias para as crianças e espaço para jogos, entre muitas outras.

Ana Smolka lembra que todas as atividades, das objetivas às mais lúdicas, vão de alguma forma se re-lacionar à luta dos bancários. “Por exemplo, se vamos ter um curso de culinária italiana, queremos trazer pessoas que tenham histórias de luta na Itália para conversar com os participantes”, destaca.

A participação de todos de nossa base é impres-cindível para que o Espaço Cultural e Esportivo fique cada vez mais com sua cara, bancário. Acesse nosso site e responda o questionário e, todos juntos, construire-mos um lugar bem mais divertido!

dezembro 2011

Corrupção, um problema de todos

A corrupção abrange, praticamente, todos os setores de todas as esferas, está arraigada na cultura brasileira. Dificilmente, alguém não conhece pelo menos uma pessoa corrupta neste país. E não há dúvidas de que ela é um dos piores entraves para o desenvolvimento da nação.

Desde o descobrimento do Brasil, instalou-se a prática do “levar a melhor” sobre o outro, o “jeiti-nho brasileiro”, que está presente em todos os seg-mentos. Com isso, alguns políticos, desde a eleição, investem milhões em um processo vergonhoso de captação de votos, muitas vezes pautado na compra de eleitores. São candidatos que não têm qualquer compromisso com o seu eleitor, até porque quem vende seu voto não tem o direito de cobrar daqueles que foram eleitos nessa condição.

Com isso, observamos a triste situação em que se encontram as Câmaras Municipais, Estaduais, o Con-gresso Nacional e muitos Ministérios, comandados por pessoas que foram eleitas para legislar, fiscalizar e gerir bilhões em recursos de pasta de extrema im-portância. A cada momento, aparece uma nova denún-cia escandalosa daqueles que deveriam dar exemplo à nação. São desvios de fortunas, muitas vezes, em bene-fício próprio, enquanto a população sofre com o pés-simo atendimento nos serviços públicos.

São brasileiros morrendo nas filas da Saúde Públi-ca, sem nenhuma dignidade. Falta investimento na Segurança Pública, o que obriga a população a viver trancafiada em suas próprias residências, enquanto a marginalidade está solta, cometendo barbaridades. São escolas sem nenhuma condição de oferecer en-sino de qualidade, com professores sendo agredidos dentro do seu próprio local de trabalho.

Estamos em um momento em que a mudança na grade escolar tornou-se urgente, com inclusão das discussões de políticas públicas – pois são nossos pequenos que irão decidir o futuro do nosso país. Se esperarmos que políticos profissionais o façam,

nossos jovens ficarão a mercê de bandidos e trafican-tes, com toda a liberdade de ação por falta de uma política de prevenção e combate ao tráfico de drogas.

Recentemente, a ministra do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Eliana Calmon, relatou, em en-trevista, que por trás das togas existem pessoas que ao invés de julgar parecem estar a serviço de ou-tros interesses. Se a população já não acredita nos políticos, como fica a sociedade com a existência de dúvidas quanto a postura do judiciário?

Desde a eleição do presidente Lula, muitas foram as denúncias de corrupção. Nunca a Polícia Federal trabalhou tanto, investigando e levando todo o tipo de pessoas para trás das grades. Diferente de gover-nos anteriores, que, ao invés de investigar, jogaram tudo para debaixo do tapete, toda podridão exis-tente, o Governo Federal do Partido dos Trabalha-dores (PT) vem enfrentando uma das piores fases, mas está reagindo com austeridade. Está dando as respostas que a sociedade precisa, demitindo aqueles que não merecem nosso respeito, que não têm compromisso com o povo brasileiro – diferente do que vem acontecendo em Curitiba, em especial, na Câmara Municipal.

Eleitor, avalie o que vem acontecendo em nosso município, as denúncias que, a cada momento, a imprensa acompanha e divulga. Ao que parece, os instrumentos de investigação da Câmara Municipal estão tentando enganar a sociedade curitibana. Ao invés de punir os responsáveis, tentam esconder o favorecimento das próprias famílias daqueles que estão no poder.

É preciso reação com urgência. A acredito que o único meio para reverter a situação é votar em can-didatos que tenham compromissos com uma socie-dade mais justa e fraterna, com projetos que atendam aos interesses de todos e não de pequenos grupos, sejam na esfera Municipal, Estadual e Federal. Por-tanto, vamos começar a mudança em 2012!

Otávio Dias,presidente do

Sindicato dos Bancários de Curitiba e região

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dezembro 2011

A notícia que mais é martelada na cabeça dos eleitores curitibanos em relação às eleições de 2012 é o recadastramento biométrico. Quem não o fizer, fi-cará de fora, terá o título cancelado e, ainda, terá que arcar com as consequências jurídicas de não fazer uso do voto obrigatório nas próximas eleições. E ficam de lado demais orientações, realmente importantes, que devem ser esclarecidas: o voto é um instrumento e, mesmo que você concorde ou não com o fato dele ser obrigatório, pode mudar a realidade social do país.

Resolver os problemas de Curitiba Por mais que a atual administração municipal não

admita, a grande Curitiba registrou em 2010 um número médio de cinco mortes violentas por dia, como aponta o Mapa do Crime elaborado pelo jornal Tribuna do Paraná. Essas mortes violentas ocorrem, em sua maioria, nos bairros mais pobres da cidade,

em decorrência da exclusão da população aos seus di-reitos fundamentais, como trabalho, educação, saúde e serviços públicos de qualidade.

Ao invés de fortalecer o atendimento da população mais pobre, a prefeitura de Curitiba vem aumentando a terceirização dos serviços públicos, atendendo ao in-teresse de lucro das prestadoras privadas e piorando ainda mais o atendimento à população. “Em todas as áreas da Prefeitura há um intenso processo de tercei-rização. Na saúde, os CEMUs, o Hospital do Idoso, os CAPSs e alguns centros de especialidades estão todos terceirizados. Assim como os fiscais do meio ambien-te, o abastecimento do Armazém da Família, os orien-tadores esportivos e em diversas áreas da educação”, afirma Alessandra Oliveira, dirigente do Sindicato dos Servidores Municipais de Curitiba (Sismuc).

“Nas escolas municipais faltam funcionários, a se-gurança das crianças é precária e o fornecimento de

O que você quer com seu voto?A MUDANÇA DE POSTURA NA POLÍTICA DO PAÍS PODE COMEÇAR NAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE 2012. BASTA VOCÊ FAZER A SUA PARTE

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merenda, também terceirizado, está de pés-sima qualidade. Os trabalhadores e as co-munidades estão realizando paralisações de 50 minutos todo mês para reivindicar mais contratações de funcionários e melhorias na educação”, completa a diretora do Sismuc. O transporte público também está em situação alarmante. As pessoas são obrigadas a se aper-tar em ônibus lotados para ir ou voltar do tra-balho. O valor da passagem aumenta, mas a qualidade dos serviços continua precária.

Curitiba também tem corrupçãoApesar da atual administração municipal

tentar esconder os escândalos de corrupção, uma enxurrada de denúncias tomou conta de Curitiba. O presidente da Câmara Municipal de Curitiba, João Cláudio Derosso (PSDB), é acusado de uma série de irregularidades, como nas licitações para contratação da agên-cia de publicidade da instituição, que, não por acaso, é de propriedade de sua esposa. Ele também foi denunciado por nepotismo, por contratar uma cunhada. E por irregularidade ambiental, ao desviar o leito de um rio para beneficiar um terreno de sua propriedade.

O resultado foi apenas o pedido de afasta-mento por 90 dias da presidência e a instala-ção de uma CPI. O Comitê de Ética arquivou todas as denúncias após o pedido de afasta-mento do próprio Derosso, já que a Câmara tem oposição mínima em sua composição. A maioria dos vereadores apoia Derosso e a atual administração tucana na cidade. “A corrupção na política está sendo punida no governo fe-deral. E em Curitiba ela é jogada para baixo do tapete. Está na hora de acabar com essa visão de que em Curitiba não existe corrupção”, de-fende Otávio Dias, presidente do Sindicato.

Seu voto pode mudar este cenárioEm 2012, a população curitibana irá votar

para a escolha do Prefeito e dos Vereadores. A direção do Sindicato dos Bancários de Curi-tiba e região defende que a categoria utilize seu direito de voto para mudar a política em nossa cidade. “Curitiba pode ter uma pre-feitura e uma Câmara que verdadeiramente defendam os interesses da maioria da popu-lação da cidade, fortalecendo os serviços pú-blicos, diminuindo a violência e combatendo de frente a corrupção”, completa Otávio.

dezembro 201122

A Secretaria de Saúde do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região elaborou uma série de questões que reúnem as principais dúvidas sobre quando é a hora de parar, refletir e procurar ajuda. Seja por problemas físicos e mentais, causados pelas condições de trabalho, muitos trabalhadores não sa-bem reconhecer nem o que fazer na hora de cuidar da própria saúde.

Confira abaixo as respostas para questões que afligem a categoria bancária e se intere de todos os procedimentos que devem ser tomados para que sua situação seja preservada dentro do banco em ca-sos de afastamento do trabalho por doença ou aci-dente. As dúvidas continuam na próxima edição da Revista Bancári@s. Caso você esteja precisando de ajuda, procure a Secretaria de Saúde.

Tenho vários sintomas (problemas estoma-cais, dores sem causas físicas, vertigens, mal-estar ou medo constante, ansiedade, exaustão física e mental, insônia, dores musculares, entre outros), como devo proceder?

A Secretaria de Saúde do Sindicato orienta os bancários que procurem ajuda médica. Primei-ramente, um clínico geral deve consultado, para avaliar seu estado físico. Contudo, uma autoavalia-ção de sua vida também é recomendável. Só você pode responder se o mais importante em sua vida é saúde, família ou trabalho. “Se você percebeu que não está bem, apresenta somatização de situações que estão afetando sua vida laboral, afetiva, familiar, social e, principalmente, emocional, está na hora de procurar ajuda”, alerta Roseli Paschoal, assis-tente social da entidade. Médicos podem prescrever ansiolíticos ou antidepressivos se constatarem um

caso psicossomático. “Isso vai amenizar um pou-co o quadro sintomático, porém, não vai resolver completamente o problema”, explica. Se você já está tomando medicamento controlado, mas o quadro sintomático permanece, busque ajuda de um profis-sional de Psiquiatria e de Psicologia. Os planos de saúde são obrigados a disponibilizar 12 sessões de psicoterapia, conforme legislação vigente.

E se mesmo com ajuda médica eu continuar me sentindo mal?

Exaustão física e emocional, depressão em estágio grave, síndrome do pânico, LER/Dort. Esses quadros não se resolvem somente com medicamentos e psico-terapias. Afaste-se do agente causador. “Para essas pato-logias, é necessário repouso, pois podem desencadear num processo crônico que pode até levar à morte em casos mais graves, com o sistema imunológico fra-gilizado e ficando cada vez mais suscetíveis a doenças crônicas”, esclarece Roseli Pascoal. O afastamento é di-reito de todo trabalhador em caso de doença.

Ultrapassei todos meus limites, preciso me afastar. O que faço primeiro?

Todo trabalhador que precisa se afastar deve ter recomendação médica e atestado. Não existe legis-lação fixando prazo para apresentação do atestado médico, deve-se observar a Convenção Coletiva de Trabalho e o regulamento interno da empresa, que podem fixar o prazo e as penalidades em caso de não cumprimento. A maioria dos bancos exige que o atestado seja apresentado no prazo de 48 horas. Nos 15 primeiros dias, o atestado que fica com a empresa é o original, você fica com uma cópia.

É obrigatório constar o Código Internacional de Doenças (CID) no atestado?

Você precisa de ajuda?O SINDICATO DOS BANCÁRIOS POSSUI UMA EQUIPE ESPECIALIZADA PARA ORIENTAR OSTRABALHADORES EM SITUAÇÃO DE RISCO. SAIBA RECONHECER SE VOCÊ PRECISA DE AJUDA

dezembro 2011

Por lei, o trabalhador não é obrigado a informar, em um atestado médico, o CID (Código Internacional de Doenças) da sua doença. O médico deve escrever o código apenas se solicitado pelo pa-ciente. Na prática, os bancos estão exi-gindo que o motivo do afastamento seja declarado no atestado, e o documento não é aceito se isso não for feito. Você pode pedir que o CID seja colocado no atestado para evitar problemas com o banco. Mas a lei está do seu lado se você não quer expor a causa do seu afasta-mento. O artigo 154 do Código Penal determina que a empresa não pode o-brigar o médico a colocar o diagnóstico ou o CID nos atestados sem autorização do paciente, sob pena de violação de segredo profissional.

Quantos atestados posso apresentar ao banco sem me afastar pelo INSS?

Até completar 15 dias, o trabalha-dor pode apresentar diversos atestados, mesmo que não haja retorno ao tra-balho nesses intervalos. Contudo, a par-tir do décimo sexto dia, o banco pode encaminhar o afastamento pelo INSS, já que os dias de atestados são somados.

E quando apresento vários atestados

com intervalos de retorno ao trabalho?A legislação vigente determina que

nos casos de atestados intercalados, in-dependente do CID, mesmo com retorno ao trabalho, se somados derem 15 dias e o trabalhador apresentar novo atestado nos próximos 15 dias, a empresa pode somar esses atestados e encaminhá-los ao INSS (§5º, art. 75 do Decreto nº 3.048/1999; e Normativa do INSS nº 95/2003). O mesmo ocorre quando o atestado médico corresponder a 15 dias consecutivos, o empregado voltar a tra-balhar no décimo sexto dia e se afastar novamente dentro de 60 dias (contados a partir do retorno ao trabalho). A em-presa paga apenas os 15 primeiros dias de afastamento e os dias trabalhados. O período correspondente ao novo afasta-mento deverá ser pago pelo INSS, inde-pendente do número de dias.

O que acontece se, após o retorno ao trabalho, eu me afastar novamente pela mesma doença?

Se, após a alta médica, o empregado retornar ao trabalho e, dentro de 60 dias contados do encerramento do benefí-cio, o bancário apresentar atestado de 15 dias decorrente da mesma doença,

o banco fica desobrigado do pagamento relativo aos 15 primeiros dias, devendo pagar somente os dias trabalhados.

Aposentado por tempo de serviço tem direito ao afastamento do trab-alho por quadro de doença?

O banco tem responsabilidade apenas nos 15 primeiros dias de atestado médi-co, conforme legislação vigente. A partir do 16º dia de afastamento, o empregador encaminha para o INSS. Contudo, neste caso, para que seja concedido o auxílio-doença, é necessário procurar um advo-gado e entrar com processo judicial. Isso porque o INSS já está pagando a aposen-tadoria e não vai permitir o acúmulo de dois benefícios previdenciários. Em al-guns bancos que pagam o complemento salarial, o salário é mantido por até seis meses, desde que o atestado médico atu-alizado seja apresentado a cada 30 dias. Mas não é um procedimento seguido por todos os bancos.

Leia na próxima edição da Revista Bancári@s dúvidas sobre emissão de CAT e perícia médica. Em caso de dú-vida, entre em contato com o Sindicato: (41) 3015-0523 ou [email protected].

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dezembro 201124

Campanha dosfinanciáriosCATEGORIA TAMBÉM CONSEGUIU AUMENTO REAL, VALORIZAÇÃO DO PISO E UM ADITIVO DE COMBATE AO ASSÉDIO MORAL

serviço será R$19,68. A Participação nos Lucros e Resultados (PLR) man-

teve a mesma regra, apesar da reivindicação dos tra-balhadores de alteração. A Fenacrefi alegou que não existem balanços das financeiras para embasar este de-bate, mas a conversa deve ser retomada em março de 2012 para a formulação de um novo modelo de PLR. Sendo assim, foi aplicado o percentual de 14,5% sobre a parcela fixa, e a PLR paga é de 90% do salário mais R$1.600, com teto de R$7.998,50. O adiantamento será de 60% do valor, e não 50% como anteriormente.

Os financiários também conquistaram a cláusu-la relativa à prevenção de conflitos no ambiente de trabalho, que visa o combate ao assédio moral, nos mesmos moldes da existente para os bancários desde 2010 e que foi renovado na CCT de 2011.

Com data-base no dia 01 de junho, os financiários de Curitiba aprovaram a proposta da Fenacrefi em as-sembleia no dia 07 de novembro. Após um cansa-tivo processo de negociação, a categoria aceitou o reajuste de 11% nos pisos, representando valorização de 4,29% de aumento real, e de 8% nas demais ver-bas, com um ganho real de 1,47%, acompanhando a lógica de reajuste dos bancários.

Com os índices de reajuste, o salário de in-gresso na função de portaria passa de R$854,88 para R$948,92, para pessoal de escritório vai de R$1.234,43 para R$1.370,22 e para os tesoureiros, caixas e demais empregados da tesouraria passa de R$1.303,61 para R$1.477,01. O auxílio-refeição, com reajuste de 8%, passa a R$20,37, a cesta-alimen-tação será de R$321,46 e o adicional por tempo de

BRDE apresenta proposta aos funcionários

A pauta específica dos trabalhadores do Banco Re-gional do Extremo Sul (BRDE) foi entregue em agos-to, mas a primeira proposta dos patrões veio apenas no dia 01 de novembro.

Reivindicações contempladas na proposta:• Estabilidade no emprego da data de requerimento de aposentadoria pela previdência pública ao dia em que estiver habilitado à complementação inte-gral dos proventos pela Fundação BRDE de Previ-dência Complementar;• Mudança no pagamento da gratificação semestral (gratificação ordinária), passando a ser feita men-salmente, sem incorporação nos salários;• Funcionários com idade superior aos 50 anos es-tão permitidos a parcelar férias;• Fim da necessidade de renovar acordo dos de-

legados sindicais assinado com os sindicatos e da barreira de somente uma reeleição;

Quanto ao plano odontológico na aposentadoria e a extensão do plano de saúde aos aposentados do Re-gulamento de Pessoal II, já antigas reivindicações, os trabalhadores pediram a instalação de uma comissão paritária para estudo dos assuntos. O banco afirmou que isso já é estudado por uma consultoria, mas os bancários reclamaram da vagarosidade do processo.

Os funcionários também reforçaram o pedido do empréstimo no retorno de férias, o que não traria custos adicionais ao BRDE e, então, poderia ser facil-mente contemplado.

Até o fechamento desta edição, a proposta ainda não havia sido votada e aceita pelos funcionários do BRDE.

dezembro 2011

Bordado, texto de uma bancária do século 21

Como um amigo meu sempre cita, “o primeiro sindicalista de que se tem notícia na história foi Moi-sés”, que retirou do Egito os trabalhadores escraviza-dos pelos faraós, vagou 40 anos no deserto e levou-os à terra prometida. Como Moisés, a tarefa dos diretores do sindicato é organizar e dar direção ao movimento de trabalhadores para garantir e conquistar direitos na relação de trabalho.

Mas acho impossível entendermos o significado de tudo isso sem nos colocarmos em uma (mesmo que breve) linha histórica, para sabermos quem so-mos e em que lugar estamos neste bordado. Bor-dado? Sim! Em um bordado, temos diversas linhas, com cores entrelaçadas, que com o tempo e muito trabalho vão formando um desenho, mais ou menos bonito, dependendo da harmonia dos pontos. Assim é o movimento sindical.

No Brasil, acredito estarmos em um momento de figuras definidas em um desenho em construção. Mas já passamos por momentos sangrentos para chegar-mos aqui. Em 1940, foi instituído, por Getúlio Vargas, o salário mínimo, ou seja, um valor mínimo de remu-neração garantido pelo Estado e que, a partir de 1941, poderia ser reclamado na Justiça do Trabalho (que, na época, começava a funcionar). Razoável vitória poder levar patrões aos tribunais e fazê-los cumprir obriga-ções previstas em lei. Principalmente diante de greves proibidas, sindicatos assistencialistas e tutelados pelo Estado, movidos a imposto sindical, polêmica até hoje não resolvida.

Em 1943, Vargas anunciou ainda a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), reunindo e sistematizan-do toda a legislação do Direito do Trabalho urbano. Em contradição, a repressão aos trabalhadores era brutal e direitos eram flexibilizados. Havia trabalho infantil e jornadas desumanas. De 1951 a 1964, o número de sindicatos e de sindicalizados cresceu. Os bancários marcaram a década de 1950 com impor-tantes greves (ilegais) e conquistas como a jornada de 6 horas. Em 1964, o imposto sindical já repre-

sentava apenas 20% da arrecadação no Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro.

Negociações com patrões só começaram a acon-tecer no início dos anos 1960 e trabalhadores rurais só entram neste cenário em 1963, com a aprovação do Estatuto do Trabalhador Rural. Porém, na prática, os trabalhadores rurais (imensa maioria), domésticos e autônomos continuavam excluídos do Estado de di-reito. Com o golpe militar, este grande nó no bordado histórico, em 1964, sindicatos foram fechados, diri-gentes presos e o movimento dos trabalhadores por direitos foi reprimido violentamente, com prisões, de-saparecimentos e mortes. Foi só depois do fim da dita-dura de mais de duas décadas que o direito de greve veio, entre outros importantes direitos sociais, com a Constituição de 1988.

Neste exercício, nesta pequena régua do tempo, ig-norando muitos fatos históricos relevantes, nossa pro-posta é de reflexão. Compare seu contrato de trabalho inicial e a atual Convenção Coletiva de Trabalho da cat-egoria, bem como acordos coletivos por banco. Per-ceba a importância das negociações, avanços e da união dos trabalhadores na luta pela manutenção e conquista de direitos. É importante pensar ainda nos reflexos políticos dos diversos governos em sua vida e de seus familiares. A democracia custou a se consolidar e, atu-almente, depois do operário Luiz Inácio Lula da Silva, uma mulher preside o país. Mais do que nunca, face às mudanças mundiais, como por exemplo o acesso à internet, é necessário ser ator muito mais que especta-dor na sociedade. É por isso que convidamos todos os bancários a bordar esta história com a gente.

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Ana Luiza Smolka, secretária de Cultura

20.07.2011

08.08.2011

27.07.2011

Novos delegados sindicais do BB e Caixa tomam posse

A solenidade de posse de 70 novos delegados sindicais do Banco do Brasil e da Caixa foi realizada durante uma tarde de formação no Espaço Cultural e Es-portivo dos Bancários. Os delegados são dirigentes sindicais não liberados que atuam nos locais de trabalho e ajudam na comunicação entre o Sindicato e a base. Durante o encontro, os eleitos tro-

caram informações sobre organização no local de trabalho e debateram sobre prioridades da categoria nos bancos pú-blicos. Após a posse, houve debate sobre o documentário Trabalho Interno (In-side Job), sobre a crise de 2008, vence-dor do Oscar 2011. O filme também já foi exibido durante as tardes de forma-ção do Sindicato.

Sindicato realiza reuniões por local de trabalho no Itaú

O Sindicato deu início, em julho, às reuniões por local de trabalho visitan-do os funcionários do Itaú Unibanco das agências Cinelândia, localizada na Boca Maldita, e 19 de Dezembro. “En-tendemos que estas reuniões são impor-tante instrumento de organização dos trabalhadores. Nas reuniões, eles têm um tempo reservado em que poderão

tirar dúvidas, dar sugestões e tecer críticas”, avalia Junior César Dias, se-cretário de Organização e Mobilização do Sindicato. Outras agências visitadas na mesma semana foram Westphalen e Visconde de Nácar. As reuniões foram conquistadas após a realização de atos contra demissões no Itaú, na primeira quinzena de julho (foto). SE

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Bancários fecham CPSA do Itaú contra demissões

O Centro de Processamento de Ser-viços de Agência (CPSA) do Itaú Uniban-co de Curitiba, localizado na Rua João Negrão, amanheceu fechado no dia 08 de agosto. O Sindicato dos Bancários de Curitiba e região fechou o local em pro-testo às inúmeras demissões que acon-teceram no setor e à política nacional adotada pelo Itaú, que em 2011 optou

pela prática da demissão desenfreada. Es-tima-se que cerca de 100 trabalhadores são desligados do banco diariamente no Brasil todo. “Em Curitiba, foram mais de 120 bancários demitidos só no primeiro semestre do ano. Nós não vamos com-pactuar com isso, muito menos ficare-mos calados”, afirmou o presidente do Sindicato, Otávio Dias.

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11.08.2011

Postais dos bancários do BB são enviados a Bendine

No Dia Nacional de Lutas pela jor-nada de 6 horas para comissionados do Banco do Brasil, que estão traba-lhando 8 horas por dia, o Sindicato dos Bancários recolheu dos trabalha-dores dos centros administrativos CSO e CSL mensagens em cartões postais (foto). Os cartões foram assinados em nome dos bancários do Banco do

Brasil, que ressaltaram a rotina des-gastante de trabalho e exigiram mais respeito aos seus direitos e aproveita-ram para adicionar seus motivos pes-soais ao pedirem redução da jornada, como mais saúde, qualidade de vida e, principalmente, tempo para ficar com a família. Os postais foram enviados ao presidente do banco, Aldemir Bendine.

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11.08.2011

Ato contra agressão de bancária no Bradesco

O Sindicato dos Bancários de Cu-ritiba e região paralisou a agência do Bradesco Colônia Murici, em São José dos Pinhais, em protesto contra a pos-tura do gerente geral da agência, que, literalmente, puxou a orelha de uma funcionária que não havia cumprido as metas estipuladas. Segundo o presi-dente do Sindicato, Otávio Dias, esta

não foi a primeira reclamação contra o gestor. “Os funcionários contaram que ele tem um comportamento agressivo no dia a dia e desta vez a agressão che-gou às vias de fato”, comentou. Os bancários disseram que, no momento da agressão, o gerente pediu para que eles fechassem os olhos e então puxou a orelha da funcionária.

11.08.2011

Bancário é eleito para SA 8000 no HSBC Vila Hauer

Os trabalhadores do Centro Admi-nistrativo do HSBC na Vila Hauer elege-ram, mais uma vez, o bancário Claudi Naizer como representante dos fun-cionários na SA 8000. Trata-se de uma norma internacional de avaliação da responsabilidade social nas empresas. O pleito contou com a expressiva votação de 1.054 bancários. O mandato na SA

8000 de Claudi Naizer, que é dirigente sindical não liberado no HSBC, é de um ano e teve início no dia 11 de agosto. “Acredito que esta vitória representa um avanço no aspecto de representa-tividade e de defesa dos trabalhadores, bem como uma conquista para o nosso Sindicato, abrindo fronteiras em defesa da base”, afirma Claudi.

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15.08.2011

17.08.2011

16.08.2011

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Sindicato leva denúncias de assédio moral à SRTEA Secretaria Jurídica do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região entregou um dossiê sobre casos de assédio moral que foram relatados à entidade para a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) durante reunião com a Dra. Regina do Canto. O Sindicato de-nunciou o descumprimento de ajustes firmados nas mesas de negociação es-

pecíficas com os bancos. De acordo com Karla Huning, diretora da Secre-taria Jurídica do Sindicato, a reunião foi positiva para os bancários. “A doutora Regina tomou ciência da realidade dos bancários assediados e os processos seguirão para o Ministério Público do Trabalho. Esperamos que isso possa se reverter em uma mudança”, finalizou. Il

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Bancários de Curitiba protestam em frente ao BCRepresentantes dos bancários protesta-ram em frente à sede do Banco Central de Curitiba, no Centro Cívico, contra as resoluções 3954 e 3959, que am-pliaram e legitimaram a atuação dos correspondentes bancários no país. A manifestação foi no dia 16 de agosto, realizada simultaneamente em diver-sas outras cidades do país, para pres-

sionar pela derrubada das resoluções por parte do Banco Central. A amplia-ção dos correspondentes precariza o trabalho bancário sob a falsa premissa de ampliar o acesso aos serviços. Além disso, os correspondentes não seguem as mesmas regras de segurança nos ban-cos, expondo clientes e funcionários a riscos maiores que nas agências.SE

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Sentença determinapagamento de gratificação

Uma importante vitória judicial foi conquistada pelo Sindicato para traba-lhadores do antigo Banestado, após 18 anos de muita luta e espera. No 1º lote, 1.323 bancários que entraram no banco até o ano de 1978 foram contemplados pelo processo RT 5121/1993, que tra-mita na 4ª Vara do Trabalho de Curitiba. A sentença determinou o pagamento de

“diferenças a partir da gratificação do segundo semestre de 1978, paga em ja-neiro de 1979, com base na média per-centual das gratificações pagas nos meses de janeiro e julho dos anos de 1977 e 1978 comparativamente ao salário”. O Sindicato ainda recorreu para que todos os funcionários que entraram após 78 fossem contemplados.

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27.08.2011

01.09.2011

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Sindicato paralisaCA HSBC Vila Hauer

No dia 01 de setembro, o Centro Ad-ministrativo do HSBC Vila Hauer ama-nheceu com os portões fechados por uma mobilização do Sindicato, que manteve o local sem funcionar das 6h às 10h. Um panfleto relatando a situa-ção dentro do banco foi distribuído aos bancários. O protesto foi contra a política do HSBC em insistir no uso de um pro-

Ato resgata 10 anos da luta contra a venda da Copel

Dez anos após a intensa luta da popu-lação e dos movimentos sociais contra a venda da Copel, em 2001, foi realizado um ato no Espaço Cultural para resgatar esta história. Militantes contaram suas memórias da época e alertaram sobre a nova tentativa de privatização. Marcaram presença João Cascaes, ex-presidente da Copel e membro do Fórum Popular

Dia do Bancário com Festa do Chopp

O Sindicato promoveu uma grande Festa do Chopp para o Dia do Bancário, comemorado no dia 28 de agosto, com costela de chão, banda típica alemã e chopp à vontade. No festa, também aconteceu a reinauguração das instala-ções da Sede Campestre, que foi refor-mada. A chácara agora conta com três salões cobertos e mais um espaço aberto.

“Esperamos que as novas instalações da chácara sirvam como mais uma alterna-tiva de lazer para os bancários”, afirmou Otávio Dias, presidente do Sindicato. A Festa reuniu mais de 700 bancários e familiares e foram sorteados seis bar-ris de chopp. O presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, e da Fenae, Pedro Eugênio, prestigiaram a festa.

Contra a Venda da Copel em 2001; Ivo Pugnaloni, membro do Fórum Popular; Ulisses Kaniak, presidente do Sindicato dos Engenheiros (Senge-PR); Marisa Ste-dile, secretária-geral da CUT-PR; e Ro-berto Von der Osten, o Betão. A mesa foi coordenada pelo Secretário de Imprensa do Sindicato, André Machado, idealiza-dor do encontro.

grama próprio de remuneração, que não valoriza os funcionários e que desconta da PLR. Os bancários também protesta-ram contra as metas inatingíveis impos-tas aos trabalhadores e contra o assédio moral, já denunciado inúmeras vezes e que continua sendo praticado. O Sindi-cato reforçou a importância da união da categoria durante a mobilização.

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80 anos de lutas são registrados em livro

Em 2012, o Sindicato dos Bancários de Curitiba e região completa 80 anos. Até pouco tempo atrás, os bancários comemoravam o aniversário da enti-dade no dia 27 de março (1942), data do seu reconhecimento legal. Quase 70 anos depois, o Sindicato teve acesso a uma ficha do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e descobriu-se que a data verdadeira da fundação da enti-dade foi 06 de julho de 1932, ou seja, dez anos antes.

Segundo Marcio Kieller, dirigente do Sindicato, o reconhecimento legal ter vindo apenas dez anos após a fundação mostra o comprometimento da entidade desde o início de sua atuação. “Compreen-demos o valor da luta por avanços sociais, por uma sociedade mais justa, fraterna e igualitária, trazendo para a categoria mais conquistas e fortalecendo o movimento cada vez mais”, reforça Kieller.

SINDICATO LANÇA PUBLICAÇÃO QUE CONTA MOMENTOS MARCANTES DE SUA HISTÓRIA

Marcio Kieller é o dirigente respon-sável pelo projeto Memória e História do Sindicato. A pesquisa tem procurado informações sobre o movimento em di-versas fontes e foi assim que se desco-briu a data verdadeira de fundação. O projeto será finalizado no ano que vem para o aniversário de 80 anos, quando será lançado um livro recontando a história da entidade.

O livro Tudo começou da curiosidade e von-

tade de saber quantos anos o Sindicato tinha, durante a gestão da ex-presidente Marisa Stedile. Iniciou-se, então, um pro-cesso de pesquisa e busca por documen-tos sobre a entidade.

A ideia do livro veio em 2008, com o objetivo de reunir as informações desco-bertas. No ano seguinte, em 2009, foi for-mada uma comissão para que a história

do Sindicato começasse a ser recontada, com base em arquivos, fotos e entrevistas com dirigentes sindicais. “Queremos que os bancários de hoje saibam que todas nossas conquistas são resultado de muita luta”, afirma Marcio Kieller. No livro, também haverá relatos de momentos de extrema importância para a categoria, como a privatização do Banestado, que ganhou um capítulo especial.

A publicação já está sendo fina-lizada e deve ser lançada junto à festa de comemoração das oito décadas do Sindicato. O livro deve se tornar uma importante fonte para pesquisa, desta-cando a participação daqueles que lu-taram dentro do movimento sindical. “Ficamos felizes em contar essa história para todos os nossos companheiros. Te-mos de valorizar nossa luta, pois nossas conquistas não vieram de graça”, finali-za Marcio Kieller.

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Fotos: SEEB Curitiba

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