osa ogbe ifism

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OSÁ-OGBE OSA-LO-GBE-JO Ele veio ao mundo para viver no meio de inimigos Ota’ra ta awo emi na’le, odifa fun Orunmmila ni igba tom a mba awon ota re jeun nkpo. Ebo ishegun ota lo’nru o. Aquele foi o Awo que divinou para Orunmmila quando ele veio ao mundo viver no meio de inimigos. Foi dito a ele para servir Ifá com um carneiro, e Exú com um cabrito, e os Mais Velhos da noite com uma galinha e todos os pedaços de víveres comestíveis. Foi requerido que ele performasse os sacrifícios porque ele estava indo viver e prosperar no meio de inimigos. Ele veio ao mundo e era muito pobre. Ele não podia conseguir uma esposa e por isso não tinha filhos. Ele estava, então, operando como um sacerdote de Ifá desconhecido em Ifé. Uma noite, seu anjo guardião apareceu para ele, dando a ele ordens pontuais para viajar as terras de Ilu-eleye, isto é, a cidade das feiticeiras. Ele viajou quase que

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aqui explica como exu ijelku e exu obadara ou odara

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Page 1: Osa Ogbe Ifism

OSÁ-OGBE

OSA-LO-GBE-JO

Ele veio ao mundo para viver no meio de inimigos

Ota’ra ta awo emi na’le, odifa fun Orunmmila ni igba tom a mba awon ota re jeun nkpo. Ebo ishegun ota lo’nru o.

Aquele foi o Awo que divinou para Orunmmila quando ele veio ao mundo viver no meio de inimigos. Foi dito a ele para servir Ifá com um carneiro, e Exú com um cabrito, e os Mais Velhos da noite com uma galinha e todos os pedaços de víveres comestíveis. Foi requerido que ele performasse os sacrifícios porque ele estava indo viver e prosperar no meio de inimigos.

Ele veio ao mundo e era muito pobre. Ele não podia conseguir uma esposa e por isso não tinha filhos. Ele estava, então, operando como um sacerdote de Ifá desconhecido em Ifé. Uma noite, seu anjo guardião apareceu para ele, dando a ele ordens pontuais para viajar as terras de Ilu-eleye, isto é, a cidade das feiticeiras. Ele viajou quase que imediatamente ao local, onde ele foi calorosamente recebido.

Sendo o único sacerdote de Ifá que teve a coragem de viver na cidade, sua importância foi logo reconhecida. Incidentalmente, cada habitante da cidade era ou uma feiticeira ou um feiticeiro. Como exemplar único, ele foi imediatamente separado para uso em um banquete no momento apropriado. Ao mesmo tempo, o povo da cidade

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uniu as mãos para construir uma casa para ele por intermédio de esforço mútuo.

Depois de construir a casa para ele, ele a ocupou sozinho já que não possuía dependentes. Assim que ele ocupou a casa, ele se tornou, formalmente, um cidadão da cidade. Ao mesmo tempo, foi feito um convite a ele para comparecer ao conselho de bruxaria. Ele não tinha opção, exceto aceitar o convite. Quando ele eventualmente chegou ao encontro, ele viu 2 cabras amarradas para serem abatidas. Quando as cabras foram abatidas, ele disse aos anfitriões que estava interessado somente em 2 partes das cabras: os corações e o sangue. Contudo, em adição ao sangue e ao coração das cabras, também foi dado a ele sua parte da carne.

Quando ele chegou em casa com as partes dadas a ele, ele foi sem demora ao sacrário de Exú, onde por uma encantação especial, ele suplicou a Exú que ele consumiria o sangue e o coração das cabras, se realmente elas foram criadas como cabras por Deus. Na outra mão, se elas foram originalmente criadas como seres humanos, e só foram transformadas em cabras pelo culto da bruxaria, Exú deveria revertê-las a sua forma original. Dois seres humanos adultos, um homem e uma mulher, emergiram do sacrário de Exú.

Ele não comeu a carne de cabra dada a ele como sua parte. Ele as secou em sua lareira. Foi o que ele fez em cada ocasião em que cabras e outros animais foram batidos. Dentro de pouco tempo, a casa dele estava explodindo com a presença e atividades de muitos dependentes. Ele casou com as mulheres e os homens começaram a trabalhar para ele. O povo da cidade estava

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se perguntando sobre o surto de pessoas ocupando a casa de orunmmila, desde que era de conhecimento popular que ele veio para a cidade e que eles eram os produtos de sua prática de Ifá fora da cidade.

Nesse meio tempo, foi dito a ele no encontro do conselho que era a vez dele de banquetear todos os membros. Ele disse que estava pronto desde que eles aceitassem ter o banquete na casa dele. Quando ele sondou o Ifá sobre o que fazer, foi dito a ele para dar um cabrito para Exú e acrescentar a carne desse cabrito às carnes que ele secara desde a sua entrada no clube da bruxaria. Ifá também disse a ele para acrescentar pó de sassafrás (Obo em Yoruba e Iyin no Benin) às bebidas com as quais ele iria entreter seus convidados.

Depois de comer ebeber, todos os membros começaram a cair mortos um depois do outro, com a exceção do Ojugbona e da sua esposa no banquete, ele mandou para eles. Eles ficaram apavorados em ver a carnificina colossal que havia tomado lugar dentro e ao redor da casa de Orunmmila. Como ele ordenou que eles comessem e bebessem a parte deles do banquete, eles se ajoelharam suplicando para poupar suas vidas. Orunmmila reagiu obrigando-os a realizar um juramento eterno ao chão de que eles nuca iriam prejudicar ou estilhaçar o empreendimento de sua família e de seus seguidores. Logo depois, Orunmmila viveu uma vida pacífica e próspera.

Quando este odu aparece no Ugbodu, a pessoa deve ser avisada que circunstâncias irão obriga-lo a se tornar um bruxo esotérico, mas que ele deve sacrificar para derrotar seus inimigos numerosos. Na divinação, a pessoa deverá ser avisada que ele está rodeado por

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inimigos que são em maioria bruxos, sem ser um membro. Ele deve se refrear de frequentar qualquer encontro, mas se ele não puder evitar, ele não deve comer nem beber nesses encontros, porque ele não será hábil a suportar as regras.

A divinação feita para ele quando três favores estavam a caminho para ele simultaneamente

Osalogbejo showo gede molo mude ni

She orun sale degua.

Kpako ko no k oba ra ta’ye she.

Adifa fun Orunmmila nijo ti won ni ure meta bo fun lo no.

Prepare as duas mãos para receber a prosperidade.

Prepare seu pescoço para suportar uma beleza extrema.

Prepare sua vulva para receber o salvador.

Aqueles foram os Awos que divinaram para Orunmmila, no dia em que três agentes da prosperidade estavam vindo visita-lo. Eles o avisaram para fazer sacrifício imediatamente com um único rato. Incidentalmente, ele não tinha nenhum rato em casa e não podia comprar nenhum. Ao mesmo tempo, Exú concordou em ceder um a ele. Ele adicionou o pó do sacrifício e chamou Exú para recebe-lo (Exú gbaa) e Exú recebeu e comeu.

Depois de comer o rato, Exú se voltou para pedir outro rato em pagamento pelo que ele tinha emprestado a Orunmmila. Orunmmila retorquiu dizendo que se ele

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tivesse um rato imediatamente disponível, ele não teria motivo para pedir um emprestado. Exú reagiu ameaçando bloquear as três fortunas que estavam vindo para ele. Orunmmila implorou a Exú para exercitar a paciência e para ser tolerante com ele. Como não é tradição de exú tomar parte de ninguém, ele partiu para reforçar sua ameaça, se posicionando na junção entre o céu e a terra. (Orita ijaloko).

Sabendo que Exú não é conhecido por fazer ameaças vazias, Orunmmila partiu para a floresta em buscade um ato. Ele rapidamente preparou uma armadilha Ebiti para pegar um rato. Com a encantação apropriada, ele ludibriou o rato para a armadilha e o rato foi pego. Logo depois, Orunmmila correu atrás de Exú para pagar seu débito.

Ao mesmo tempo, Exú encontrou os três agentes da prosperidade trazendo prosperidade para Orunmmila do céu. Quando ele perguntou a eles para onde estavam rumando, eles lhe disseram que foram mandados pela divindade da prosperidade para mandar presentes para orunmmila. Exú lamentou que eles tinham chegado muito tarde para ajudar Orunmmila, porque ele tinha enlouquecido e escapado para a floresta.

Os três agentes da prosperidade se viraram para retornar ao céu. Eles mal saíram quando Orunmmila veio ofegante com um rato na mão. Após receber o rato dele, Exú disse a ele que ele já tinha dito aos três agentes trazendo a fortuna para ele para retornarem ao céu mas que ele (Exú) podia gritá-los porque eles ainda estavam ao alcance da voz, e eles ainda não tinham chegado à residência de Ogun.

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Quando Exú perguntou a ele se ele ao menos sabia seus nomes (dos agentes), ele começou a chamar os nomes dos três Awos que divinaram para ele.

Showo gede molo mudeni

Shorun jege sale degua

Kpako ko no ko bara taye she

Orunmmila então gritou Ogun para impedí-los de ir além da sua casa porque ele estava no caminho para encontra-los. Ele fez isso com as seguintes palavras:

Ogun mol a du gbere

Da u dan rode mi dugbere

Ogun mol a du gbere.

Assim que Ogun ouviu a voz de Orunmmila, ele saiu de sua casa e não muito depois ele encontrou os três agentes. Quando Ogun perguntou a eles por sua missão, eles responderam que haviam sido mandados por Ala para enviar presentes a Orunmmila, mas que eles encontraram com um pequeno homem no caminho que disse a eles para retornarem ao céu pois Orunmmila tinha enlouquecido e corrido para a floresta. Ogun contou a eles que Orunmila estava em perfeitas condições de saúde, e que ele já estava correndo para encontra-los. Com essa explicação, eles concordaram em esperar na casa de Ogun por Orunmila.

Quando Orunmila eventualmente os encontrou, ele retornou para casa com eles e o evento o transferiu para uma imensa fama e fortuna.

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Quando este odu aparece na divinação, a pessoa deve ser avisada que alguns benefícios estão em seu caminho, mas que ele deve imediatamente depois da divinação, sacrificar com um único rato para afastar o infortúnio de perde-las. Se estiver ayeo, a pessoa deve ser avisada que um associado próximo que é bem pequeno, já retornou os favores que estavam vindo para ele. Ele deve imediatamente servir Exú com um rato, Ogun com uma tartaruga, inhame assado e vinho de palma para que eles possam retornar.

Ele divinou para o Príncipe Coroado de Ifé

Emune mune mudi reyi. Adifa fun Ajebaye omo olofen nijo t’oma fe aya Exú.

Ele divinou para Ajebaye, o príncipe coroado do Olofin quando ele fez amor com a mulher de Exú. Ele foi avisado para servir Exú com um cabrito para prevenir o perigo de ser morto por seu próprio filho, mas ele falhou em fazer. Ele tinha o hábito de acordar de manhã e sentar em uma cadeira confortável em frente a sua casa para ver quem estava indo e vindo.

Alguns dias após a divinação, ele estava sentado em sua confortável cadeira quando viu uma garota jovem atraente indo ao rio buscar água. Ajegbaye convidou a garota para entrar em sua casa. A própria garota, que se sentiu dominada pelo orgulho de ser convidada pelo príncipe do reino, prontamente aceitou o convite e entrou no quarto

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com ele sem hesitar. Ele fez amor com ela e depois ela continuou a jornada para o rio. Sem que ninguém soubesse, a garota era a esposa endiabrada de Exú, e tinha acabado seu período menstrual. Enquanto a garota continuava sua jornada para o rio, Ajegbaye partiu para a floresta cortar frutos de palma.

Quando a garota chegou ao rio, ela ficou surpresa ao ouvir a voz de uma criança de dentro do seu útero avisando a ela para se mover calmamente porque ele estava se preparando para sair. Chegando em casa, ela começou a sentir as dores do parto e antes que ela pudesse pedir ajuda um menino pulou de seu útero e ficou de pé em frente aos pés dela. Ele saiu com sua placenta nas mãos e colocou no ombro como uma bolsa e perguntou sobre o paradeiro do seu pai.

Enquanto a mãe ainda tentava se reorientar da confusão com que os eventos tinham se desenrolado, a criança saiu de casa e entrou sozinha na floresta em busca de seu pai. Antes de sair de casa, ele disse que sabia que seu pai tinha ido catar frutos de palma na floresta, e prometeu encontrar com ele lá.

Quando ele chegou ao pé da árvore de palma na qual seu pai estava cortando caminho para o cacho de frutos de palma, ele o cumprimentou como seu filho. Enquanto ele estava pensando onde e quando ele teve aquele filho, o filho o desafiou para uma disputa de arremessar e pegar. Tonteado, Ajegbaye xingou a criança endiabrada de abominação temível (wo so fi ou wo’diro em yoruba ou udiyi no Benin). Para demonstrar a seriedade, ele contou que era o produto da rapidinha que ele teve mais cedo naquele dia com uma garota que estava à caminho do rio. Ele então

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contou ao pai que havia dois cachos de frutos de palma bem no alto da árvore. Ele falou para o pai cortar um e jogar no chão para ele pegar.

Depois de limpar o caminho para o cacho de frutos de palma, o pai jogou o cacho para baixo para esmagar o filho, mas o demônio da criança segurou isso com a mão esquerda. Logo depois, ele disse ao pai para descer. Sem a ajuda do escalador da árvore, ele subiu com um esquilo até o topo da árvore. Ajegbaye estava agora tremendo sem saber o que esperar. Antes que ele decidisse entre correr ou esperar, o diabinho tinha o cacho de frutos de palma na mão e jogou em seu pai. Quando Ajegbaye o viu segurando o cacho, ele correu. Mesmo assim, mesmo ele correndo, o demônio jogou o cacho nele e o esmagou levando à morte.

Logo depois, ele pulou no chão e foi para a cidade onde ele desafiou todos que ele encontrava para uma partida de luta romana. Ele matou todos com quem ele lutou, pegando seus pertences e colocando em sua bolsa que nunca enchia. Ele destruiu cada homem que passou por ele com a exceção daqueles que fugiram para a floresta. Após destruir Ife, ele partiu para a próxima cidade onde fez a mesma coisa. Depois de proceder da mesma maneira em 6 cidades, ele partiu para a sétima chamada Ijelu.

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