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OS TEÓRICOS DAS ORGANIZAÇÕES DEREK S. PUGH & DAVID J. HICKSON Prof. Paulo Antônio Alves de Almeida Maio 2013 CAPÍTULO 6 MUDANÇA E APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL ARGYRIS E SENGE

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Page 1: Os teóricos das organizaçoes  argyres e senge

OS TEÓRICOS DAS ORGANIZAÇÕES

DEREK S. PUGH & DAVID J. HICKSON

Prof. Paulo Antônio Alves de Almeida

Maio 2013

CAPÍTULO 6 MUDANÇA E APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL

ARGYRIS E SENGE

Page 2: Os teóricos das organizaçoes  argyres e senge

CHRIS ARGYRIS

“ Rotinas organizacionais defensivas dificultam o

processo de aprendizagem e são protecionistas

Psicólogo e professor de educação e

comportamento organizacional na Havard

University

Cátedra Chris Argyris em Psicologia Social das

Organizações – Yale University

Page 3: Os teóricos das organizaçoes  argyres e senge

ROTINAS DEFENSIVAS

Organizações são estáveis e também

dinâmicas e mutantes – Contradições:

Tomem iniciativas, mas não violem regras

Pensem além do presente, mas se considerem

recompensados ou penalizados apenas pelo

desempenho atual.

Pensem na organização como um todo , mas

não cruzem as áreas de responsabilidade dos

outros;

Cooperem com os demais, mas concorram com

eles quando for necessário

Page 4: Os teóricos das organizaçoes  argyres e senge

ROTINAS DEFENSIVAS

O maior problema não é a existência

das contradições, mas o fato de

evitar reconhecê-las ou discuti-

las.

Os gerentes desenvolvem rotinas

defensivas muito fortes com

resistência à abertura que conduz à

mudança interpessoal.

Page 5: Os teóricos das organizaçoes  argyres e senge

TEORIA ASSUMIDA X TEORIA APLICADA

ROTINAS ORGANIZACIONAIS DEFENSIVAS

1. Programa econômico - Caso Reagan x

Stockman (escritório de orçamento): cortes

grandes no orçamento não eram discutidos nas

reuniões “ não acredito que alguém tenha

mentido...nenhuma mentira deliberada...estávamos

confusos...mas ninguém disse ‘ sabemos que estamos

mentindo, mas iremos até o final e o faremos de

qualquer forma.”

2. Caso Chalenger: Engenheiro Roger tinha receios

sobre o anel-O , mas não apresentou dados

quantitativos e os dirigentes não ficaram satisfeitos

com as conclusões.

Page 6: Os teóricos das organizaçoes  argyres e senge

MODELO I

1. Estabeleça objetivos unilateralmente e tente

alcançá-los;

2. Maximize os ganhos e minimize as perdas

controlando a tarefa como a menor dependência

possível de terceiros;

3. Restrinja a geração ou expressão de

sentimentos negativos em público e mantenha

seus próprios pensamentos e sentimentos como

um mistério

4. Seja racional e objetivo e evite expressar

sentimentos

Page 7: Os teóricos das organizaçoes  argyres e senge

MODELO I

Os gerentes se esforçam para ter um controle

completo

Finalidade é defender-se e impor-se aos outros

Geram desconfiança e rigidez porque evitam

discussões abertas sobre as questões

Aprendizagem de feedback único

“ se eu tiver sucesso, terei controle sobre você.

Isso o levará a ser submisso e dependente de

mim.”

Page 8: Os teóricos das organizaçoes  argyres e senge

MODELO II

APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL

1. Agir com base em informação válida e estar

disposto a obtê-la;

2. Agir a partir de uma escolha livre e feita com

base em informação pertinente com todos

aqueles envolvidos que tenham

responsabilidade relevante na questão

3. Gerar um comprometimento interno com a

escolha que tiver sido feita, supervisionando a

sua implementação e a fase preparatória para

os processos de mudança.

Page 9: Os teóricos das organizaçoes  argyres e senge

MODELO II

APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL

1. Os gestores não são defensivos

2. Podem participar na aprendizagem de circuito

fechado (double loop learning)

3. Buscam contribuições de outros que sejam

competentes e são capazes de confrontar seus

próprios pressupostos e participar do Modelo

testando-os em público, mudando a eles

próprios

Page 10: Os teóricos das organizaçoes  argyres e senge

PROGRAMA DE TREINAMENTO PESQUISA AÇÃO DE 5 ANOS MODELO I PARA O MODELO II

1. Diminuir o sentimento de vulnerabilidade dos

gerentes

2. Evidenciar a diferença entre o que é dito e feito

em uma tomada de decisão de grupo e o que por

outro lado é pensado pelos membros

3. Analisar as rotinas defensivas para barrar a

abertura e inovação

4. Exercitar o processo de tomada de decisão

segundo a abordagem do Modelo II.

Page 11: Os teóricos das organizaçoes  argyres e senge

PROGRAMA DE TREINAMENTO CIRCUITO DUPLO DE APRENDIZAGEM

• Valores Ações

Enganos ou erros

Circuito simples

Circuito duplo

Page 12: Os teóricos das organizaçoes  argyres e senge
Page 13: Os teóricos das organizaçoes  argyres e senge

IMPLEMENTAÇÃO

Os participantes

acreditavam que:

1. Era importante ser

franco, direto e

retilíneo

2.É uma boa ideia

identificar erros para

corrigi-los.

Os participantes

agiam como se:

1. Fossem francos e

diretos de uma forma

que desencorajava

outros de também

serem

2. ignorassem quando

estavam produzindo

erros interpessoais

Page 14: Os teóricos das organizaçoes  argyres e senge

IMPLEMENTAÇÃO

Pensamentos e

sentimentos não

comunicados:

1. Ele não vai gostar

deste tópico, mas

tempos que discuti-lo.

Duvido que ele tome a

perspectiva da

empresa, mas temos

que discuti-lo.

Conversação real:

1. Oi Bill, apreciaria

muito se

conversássemos sobre

esse problema de

prestação de serviços.

Estou certo que ambos

queremos resolvê-lo de

acordo com os

interesses da

empresa.

Page 15: Os teóricos das organizaçoes  argyres e senge

O SR. EQUIPE

Acreditava que:

1. Devemos aprender

a trabalhar como uma

equipe. A era do

cavaleiro solitário

acabou.

Agia assim:

1. Rejeitei a ideia de

uma sessão de dois

dias para discutirmos

as barreiras à criação

de equipes

Page 16: Os teóricos das organizaçoes  argyres e senge

RESPEITO AO OUTRO

MODELO I:

1. Ceda e mostre

respeito as outras

pessoas e não entre

em confronto com seus

raciocínios ou ações.

MODELO II:

1. Considere que as

outras pessoas tem

uma grande

capacidade de auto

reflexão sem pensar

que elas perdem sua

eficiência.

Page 17: Os teóricos das organizaçoes  argyres e senge

PETER SENGE

“Os problemas atuais são resultados das soluções

dadas a problemas anteriores”

Cientista da área de teoria dos Sistemas

Diretor do Systems Thinking and Organizational

Learning Program – MIT

Organizações precisam aprender a lidar com as

contínuas mudanças para se tornarem organizações

de aprendizagem

Page 18: Os teóricos das organizaçoes  argyres e senge

DEFICIÊNCIAS DE APRENDIZAGEM

Excessivo compromisso dos indivíduos com seus

próprios posicionamentos – focados em seus

papéis sem a noção da interação das posições

Atribuição de culpa ao meio externo (marketing e

produção se culpando mutuamente; regulações

governamentais ou concorrência injusta)

A ilusão de assumir o controle (ser proativo) x

análise que reflita as necessárias mudanças

internas

Foco em eventos imediatos como parâmetros

explicativos

Page 19: Os teóricos das organizaçoes  argyres e senge

DEFICIÊNCIAS DE APRENDIZAGEM

Falta de percepção de processos lentos e graduais

que apresentam maiores ameaças do que eventos

imediatos (ex: industria automobilística

americana x japonesa) – metáfora: sapo sendo

cozido gradualmente

Ilusão de que a aprendizagem vem somente da

experiência

Mito da alta administração convergente e unida =

leva a comprometimentos irreais para manter a

aparência

Page 20: Os teóricos das organizaçoes  argyres e senge

DISCIPLINAS PARA MUDANÇA

Capacidades

centrais de

aprendizagem

Visão

compartilhada

Pensamento

Sistêmico

Diálogo reflexivo

e modelos

mentais

Page 21: Os teóricos das organizaçoes  argyres e senge

5 DISCIPLINAS PARA MUDANÇA

1. Domínio pessoal – auto conhecimento e auto

controle

2. Desafiar os modelos mentais (ex:

estereótipos relativos ao comportamento do

consumidor)

3. Construção de uma visão genuína

compartilhada do futuro – orientação para

valores

4. Comprometimento com a aprendizagem em

equipe = diálogo aberto de cooperação entre os

grupos

5. Pensamento Sistêmico

Page 22: Os teóricos das organizaçoes  argyres e senge
Page 23: Os teóricos das organizaçoes  argyres e senge
Page 24: Os teóricos das organizaçoes  argyres e senge

WORLD CAFÉ

Page 25: Os teóricos das organizaçoes  argyres e senge
Page 26: Os teóricos das organizaçoes  argyres e senge

QUINTA DISCIPLINA

PENSAMENTO SISTÊMICO

1. Os problemas de hoje vêem de soluções de ontem

2. Quanto mais você pressiona, tanto mais o sistema

representa reação

3. Treinar os gerentes para o pensamento sistêmico

4. O comportamento melhora antes de piorar

5. Para importantes questões, causa e efeito não

estão intimamente relacionados no tempo e no

espaço (uma decisão tomada no presente pode

mostrar efeitos algum tempo depois ou em outra

área da organização)

Page 27: Os teóricos das organizaçoes  argyres e senge

QUINTA DISCIPLINA

PENSAMENTO SISTÊMICO

1. Arte de ver as florestas e também as árvores

2. Caso People’s Express Airlines:

1. Exagerada orientação para pessoas

2. Falta de estratégia adequada para os compradores

3. Sistema inovador de reservas adotado por outras

empresas aéreas

4. Análise de 5 fatores (frota aérea, recursos

humanos, competição, finanças e política de

alavancagem operacional)

Page 28: Os teóricos das organizaçoes  argyres e senge
Page 29: Os teóricos das organizaçoes  argyres e senge

PENSAMENTO SISTÊMICO Jogo da Cerveja

1960s by Jay Forrester at MIT

Sistemas Dinâmicos

Fábrica Distribuidor Atacado Varejo

Atraso Atraso Atraso Atraso

By Kai Riemer

Page 30: Os teóricos das organizaçoes  argyres e senge

SISTEMAS DINÂMICOS - J.W. FORRESTER

Estruturas – múltiplos passos

Atraso na implementação e na

informação

Ampliação das decisões para

além da compensação

Page 31: Os teóricos das organizaçoes  argyres e senge

ESTRATÉGIAS PARA DIMINUIR OS

EQUÍVOCOS

Reduzir a incerteza

centralizando as informações

sobre a demanda

Reduzir a variabilidade

oferecendo confiança

Reduzir o tempo de resposta

Colaboração : compartilhar a

informação

Page 32: Os teóricos das organizaçoes  argyres e senge

QUINTA DISCIPLINA

PENSAMENTO SISTÊMICO

Microworlds = Simulações de

computador para desenvolver uma

compreensão sistêmica mais

complexa da posição da

organização. Ex: People Express

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QUINTA DISCIPLINA

PROCESSO EM U - OTTO SCHARMER

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