os símbolos da república

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Novos Smbolos da Repblica

Indce

1. A Imagem da Repblica

A imagem da Repblica foi adoptada como smbolo da Repblica Portuguesa, na sequncia da implantao do novo regime e tornou-se obrigatria a existncia de uma reproduo dela, em local de destaque, em todos os edifcios pblicos. Entretanto, o uso da imagem da Repblica foi caindo em desuso, apesar de estar presente em todas as sedes dos rgos de poder.

Um pouco da sua Histria:

Em Fevereiro de 1908 eram assassinados no Terreiro do Pao, em Lisboa, o rei D. Carlos e o herdeiro ao trono, o Prncipe Real D. Lus Filipe de Bragana. Com a morte dos dois estadistas era tambm decepada a monarquia portuguesa, que entraria numa lenta agonia, que duraria cerca de dois anos e meio, at 5 de Outubro de 1910.O pas havia de mudar no em 1908 custa do sangue do chefe da nao e do seu herdeiro mas atravs da fora dos ideais que forjam futuros diferentes, assentes na f em torno de novos smbolos, que no fossem nem a coroa, nem o ceptro.Um desses smbolos nasceu em meados do ano de 1908, dois anos antes da vitria definitiva e da implantao do regime Republicano, sob as mos de um Artista nascido no concelho de Figueir dos Vinhos e que, mesmo no sendo poltico, estava embebido de republicanismo at medula e crente nos seus princpios, o grande Escultor Simes dAlmeida Sobrinho.O Escultor Simes dAlmeida sobrinho, nascido a 17 de Junho de 1880, era um homem culto e seria influenciado pelo conhecido e reputado Escultor, tambm nascido em Figueir dos Vinhos Simes dAlmeida Jnior (Tio).No ano conturbado de 1908, Simes dAlmeida, j consagrado e reconhecido pelo seu talento, abordado pelo elenco republicano para fazer um busto, para ser colocado na Cmara dos Senadores, no Palcio de S. Bento.Tinha que ser um smbolo facilmente entendvel generalidade do povo portugus, sado desse mesmo povo, transformado em novo discurso ideolgico, que se propagasse e contaminasse toda a nao portuguesa.Desta forma, Simes dAlmeida, fechado no seu ateli, afeioa ao gesso um dos mais consagrados smbolos revolucionrios de ento, o Busto da Repblica, materializado nas feies de uma jovem mulher do povo, de olhar sereno, resoluta e decidida, imanente de sensualidade recatada, na observncia da linha clssica, com o barrete frgio descado sob a cabea alevantada, e que toma por emblema da liberdade da Ptria e da Repblica, inspirando-se nos ideais da 1 Repblica Francesa e dos revolucionrios de 1793. Executa o busto com paixo e assim que o termina, corajosa e convictamente ape-lhe a sua assinatura e a data Simes (Sob 1908 -, divulgando-o abertamente dentro dos crculos republicanos e assim, desde 1908, o movimento passava a ter um smbolo que facilmente se ampliava e popularizava entre os adeptos do culto Republicano.

Em 6 de Outubro de 1910, o busto da Repblica criado por Simes dAlmeida viria a ser utilizado durante um dos primeiros actos oficiais do governo provisrio pela Cmara Municipal de Lisboa em 1910, visando a criao de uma imagem oficial que representasse a Repblica, a ser utilizada nas cerimnias relacionadas pelo novo regime.

Para mais, Simes dAlmeida veria o seu modelo para a nova moeda republicana, o escudo, ser aprovado em 1911. Em 1912 venceria o concurso para as novas moedas de $4 e $20, destinadas a comemorar a implantao da Repblica. Todas estas criaes eram baseadas e inspiradas na imagem da sua Repblica.

Esse busto original, assinado e datado por Simes dAlmeida sobrinho, encontra-se exposto no Gabinete da Presidncia da Cmara Municipal de Figueir dos Vinhos, em memria de um Artista que soube ter uma viso premonitria acerca do futuro da sua ptria, e que ousada e prematuramente no hesitou em transformar em smbolo de toda uma nao republicana.

2. O Hino Nacional

A marcha A Portuguesa, veio substituir o Hino Monrquico que at a estava em vigor.

A marcha A Portuguesa, hoje executada como Hino Nacional, por Resoluo do Concelho de Ministros de 16/7/1957, publicada no Dirio do Governo, 1 srie, n. 199, de 4/9/1957, surgiu em 1890, como protesto contra a capitulao poltica de D. Carlos I ao Ultimato Ingls (Mapa Cor de Rosa - Pretenso Portuguesa de anexar os territrios africanos entre Angola e Moambique), pelo ento recm formado Partido Republicano.

Por ocasio do Ultimato Ingls de 1890, Henrique Lopes de Mendona (1856-1 931) escreveu, com msica de Alfredo Keil (1850-1907), A Portuguesa, marcha fremente e empolgante, de intensa expresso patritica que se tornou um sucesso e se popularizou em todo o pas, por interpretar fielmente o sentimento patritico de revolta contra o ultimato que a Inglaterra, em termos altivos e vexatrios, impusera a Portugal.Em 1891, aps tentativa frustrada de golpe de estado, A Portuguesa era opo a hino nacional, mas s se tornaria aps a Instaurao da Repblica a 5 de Outubro de 1910, sendo constituda smbolo nacional a 19 de Junho de 1911 pela Assembleia Nacional Constituinte.

Este hino foi de mais-valia para o povo e o territrio portugus enquanto ptria, assim como tambm, smbolo em parte impulsionador de uma repblica democrtica. A sua letra, de forte cariz identitrio, remete-nos para a histria dos Descobrimentos Portugueses - Heris do mar, nobre povo, assim como as caractersticas que da advieram nao valente, imortal, admitindo j uma forte coeso patritica,

Da leitura dos restantes versos depreende-se o desejo deste grande povo se erguer perante todas as dificuldades e escutar a histria das suas geraes passadas como forma de se tornar cada vez melhor.

A 2 e ltima estrofe do Hino Nacional conduz-nos ao tempo das invases britnicas, ou melhor dizendo, os bretes como foram anteriormente apelidados os britnicos que atacavam as tropas portuguesas.

Por altura da falhada Revoluo de 1891, ela foi adoptada como cntico revolucionrio anti-monrquico. Foi ento proibida pelo Rei e, ao longo do tempo, sofreu alteraes, at ser oficializada como o atual Hino Nacional.

Todavia, a marcha que fora concebida para unir os portugueses em torno de um sentimento comum, foi cantada pelos revolucionrios de 31 de Janeiro de 1891, pelo que a partir da a Monarquia proibiu a sua execuo em actos oficiais e solenes.

Em 1956, constatando-se a existncia de algumas variantes do Hino, no s em termos meldicos como nas instrumentaes, especialmente para banda, o Governo nomeou uma comisso encarregada de estudar a verso oficial de "A Portuguesa", a qual elaborou uma proposta que seria aprovada atravs da resoluo do Conselho de Ministros publicada no Dirio do Governo, 1 srie, n 199, de 4-9-1957.

Esta verso oficial a que est actualmente em vigor. A letra foi simplificada, tendo sido elaborada a verso para grande orquestra sinfnica, da autoria de Frederico de Freitas, e, a partir desta, a verso para grande banda marcial, pelo major Loureno Alves Ribeiro.

O Hino Nacional executado em cerimnias civis e militares onde se presta homenagem a Portugal, Bandeira Nacional, ao Presidente da Repblica, ou quando se d a saudao a um alto dignitrio estrangeiro de visita a Portugal, depois de tocado o hino do seu pas. Tambm se ouve em cerimnias desportivas como nos Jogos Olmpicos, e outros jogos internacionais em que participam atletas portugueses. Conforme a ocasio em que tocado ou cantado, h ligeiras verses do mesmo, desde que no se infringia as disposies apresentadas no Dirio do Governo, 2 srie, n. 206, de 4 de Setembro de 1957.

De salientar que a proclamao "contra os canhes, marchar, marchar", presente no refro, uma verso retificada da letra original na qual se apregoava "contra os bretes, marchar, marchar ", uma vez que o hino tinha sido produzido para reagir ao ultraje ingls.

NOTA:Alfredo Keil, nasceu em Lisboa a 8 de Julho de 1854, e faleceu em 1907. Com 14 anos partiu para a Baviera, seguindo um curso na Academia de Pintura. Regressado a Lisboa frequentou a Academia das Belas Artes. O Ultimato Ingls de 11 de Janeiro de 1890, sobre o Mapa Cor de Rosa, inspirou-o a escrever a msica de A Portuguesa.

Henrique Lopes de Mendona (1856 - 1931), foi aspirante da Marinha em 1871, reformando-se em 1912 com o posto de capito-de-mar-e-guerra. Famoso dramaturgo, produziu inmeras obras como O duque de Viseu, A Morta, Os rfos de Calcut, etc, e colaborou na letra de A Portuguesa.

3. A Bandeira4. Logo aps a Revoluo Republicana, em 5 de Outubro de 1910, a Bandeira da Monarquia Constitucional foi abolida.

Uma nova bandeira , verde e vermelha:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Evoluo_da_bandeira_de_Portugal

A questo dos smbolos nacionais constituiu uma das primeiras prioridades do Governo Provisrio formado na sequncia do 5 de Outubro de 1910. Por Decreto de 15-10-1910, o Governo nomeou uma comisso integrada por personalidades como Columbano Bordalo Pinheiro, Abel Botelho e Joo Chagas e poucos dias depois, em 29 de Outubro, a comisso apresenta um primeiro projeto, que correspondia bandeira hasteada no 5 de Outubro, com a importante diferena de a disposio das cores vir agora invertida em relao quela, com a cor verde junto tralha. A nova bandeira foi aprovada por decreto da Assembleia Nacional Constituinte, de 19 de junho de 1911, e publicada no Dirio do Governo n. 141, de 20 de junho.

Quanto s armas, a comisso props a esfera armilar, padro eterno do nosso gnio aventureiro, e o escudo branco com quinas azuis da fundao da nacionalidade. O projecto final aprovado pelo Governo em 29 de Novembro de 1910.

A Bandeira Nacional est dividida em duas partes por uma linha vertical. Assim, no entender da Comisso, o branco representa uma bela cor fraternal, em que todas as outras se fundem, cor de singeleza, de harmonia e de paz e sob ela, salpicada pelas quinas (...) se ferem as primeiras rijas batalhas pela lusa nacionalidade (...). Depois a mesma cor branca que, avivada de entusiasmo e de f pela cruz vermelha de Cristo, assinala o ciclo pico das nossas descobertas martimas.

A primeira parte verde e constitui 2/5 da bandeira. Para o verde - que no tinha tradio histrica em Portugal -, foi dada como explicao que na preparao da Revolta de 31 de janeiro de 1891, o verde ter surgido no momento decisivo em que, sob a inflamada reverberao da bandeira revolucionria, o povo portugus fez chispar o relmpago redentor da alvorada.

A segunda parte vermelha e constitui 3/5 da bandeira. O vermelho nela deve figurar como uma das cores fundamentais por ser a cor combativa, quente, viril, por excelncia. a cor da conquista e do riso. Uma cor cantante, ardente, alegre (...). Lembra o sangue e incita vitria.

No centro da linha vertical encontra-se um escudo com 7 castelos e 5 quinas a azul. volta do escudo existe a esfera armilar a amarelo . A esfera armilar - Representa o mundo que os navegadores portugueses descobriram nos sculos XV e XVI e os povos com quem trocaram ideias e comrcio.

Os 5 pontos brancos dentro de cada quina - representam as chagas de cristoOs 7 castelos - Simbolizam as localidades fortificadas que D. Afonso Henriques conquistou aos Mouros. As 5 quinas - Simbolizam os 5 reis mouros derrotados por D. Afonso Henriques na batalha de Ourique.

5. Uma nova moeda

http://www.forum-numismatica.com/viewtopic.php?f=12&t=78649

O Aparecimento Escudo

O escudo foi introduzido em Portugal pela primeira vez em 1911, depois da Revoluo Republicana em 1910, para substituir o real com uma taxa de mudana de 1.000 reais para 1 escudo. A expresso mil ris , que se referia a 1 escudo, manteve-se at dcada dos noventa. Um milho de reais era conhecido como conto do ris , ou simplesmente conto , para se referir a 1.000 escudos. A nova moeda renovou o sistema monetrio portugus, colocou a unidade monetria portuguesa ao nvel das dos outros pases e evitou as desvantagens prticas do real (moeda da monarquia), cujo valor era muito pequeno, o que obrigava ao emprego de grande nmero de algarismos para representar na escrita uma quantia.

O Rei D. Duarte, quando decidiu retomar a cunhagem em ouro, mandou bater os primeiros escudos, dado que era esta a figura que aparecia representada na moeda.

Ao longo da histria da monarquia, outros reis mandaram cunhar moedas de ouro com esta denominao.O escudo era, assim, uma moeda nobre por ser fabricada naquele metal precioso. Dever ter sido esta uma das razes que levou os responsveis do regime republicano a designarem a nova unidade monetria desta forma.

Segundo o prembulo do decreto de 22/05/1911, encontravam-se, na altura, em circulao cerca de 34 400 contos de moedas de prata e 3 900 contos de moedas de cupro-nquel e de bronze.O mesmo diploma mandou substituir estes valores por 35 500 contos de moedas de prata de 1$00, $50, $20 e $10 e por 3 750 contos de bronze-nquel de $04, $02, $01 e $005, mas este plano nunca foi integralmente cumprido.

As primeiras moedas s foram cunhadas em 1912. At 1917 apenas foram emitidos cerca de 13 000 contos de novas moedas Entre 1912 at 1917 apenas foram emitidos cerca de 13 000 contos de novas moedas em prata.

Quanto ao papel-moeda, encontravam-se em circulao, no momento da Proclamao da Repblica, notas de 500, 1 000, 2 500, 5 000, 10 000, 20 000, 50 000 e 100 000 ris que o Banco de Portugal alterou, colocando sobre a coroa o smbolo da Repblica, tendo desta forma continuado em circulao at 1929.

Contudo, a primeira nota emitida em escudos data de 1913 e resultou da alterao da chapa j gravada destinada nota de 5 000 ris, que passou assim a apresentar o valor facial de 5 escudos/ouro chapa I. Nela figurava Alexandre Herculano.

A primeira nota efectivamente concebida para escudos foi a de 20 escudos/ouro chapa I, com uma primeira emisso datada de 14 de Outubro de 1916. No centro desta nota aparecia Almeida Garrett e dos lados as figuras alegricas da Justia e da Glria.

A mudana do sistema monetrio estendeu-se s colnias portuguesas em frica, por decreto do Governo Provisrio de 22 de Maio de 1911, complementado pelo decreto n 141, de 18 de Setembro de 1913 que determinou ainda que a contabilidade pblica das colnias portuguesas de Cabo Verde, Guin, So Tom e Prncipe, Angola e Moambique deveria ser feita de acordo com o novo sistema monetrio a partir de 1 de Janeiro do ano seguinte.

Foi tambm em 1913 que a contabilidade do Estado portugus passou a ser feita em escudos.Desde 1911, data do I Governo Constitucional, vivia-se em Portugal um forte clima de instabilidade poltica, agravado, em 1914, pela Primeira Guerra Mundial e pela participao de Portugal neste conflito a partir de 1916.As consequncias internas foram gravosas.O perodo de 1917 a 1924 caracterizou-se pela escassez de moeda, coexistindo as de bronze, ferro e cupro-nquel.A subida dos preos que acompanhou a Primeira Guerra Mundial e prolongou-se at 1924 fez com que o escudo neste ano passasse a valer menos 25 vezes do que aquando da sua criao e o valor intrnseco da moeda metlica ultrapassou o respetivo valor nominal, provocando o seu entesouramento, nomeadamente atravs de depsitos no estrangeiro. Ao mesmo tempo, surgiram cdulas emitidas margem da lei para as substituir. Como medida para ultrapassar esta situao, o Banco de Portugal e a Casa da Moeda emitiram cdulas, tendo aquele procedido ainda impresso de notas de valores muito baixos - 50 centavos e 1 escudo. Na mesma poca, circularam igualmente notas de 2, 5, 10, 20, 50, 100, 500 e 1 000 escudos, em mais de uma chapa, nelas figurando personalidades de relevo da Histria portuguesa.Para as substituir, registou-se uma avalanche de cdulas e outro numerrio de papel.50 centavos 1 escudo 2,5 escudos

5 escudos 10 escudos 20 escudos

50 escudos 100 escudos 500 escudos

1000 escudos 1000 escudos

Bibliografia

http://www.infopedia.pt/$historia-do-escudo-();jsessionid=VKwA-k7LexQW-r0Imdz87Q__http://notasrepublica.blogs.sapo.pt/2608.htmlhttp://zescudo.blogspot.pt/2010_10_01_archive.html

http://www.portugal.gov.pt/pt/a-democracia-portuguesa/simbolos-nacionais/bandeira-nacional.aspxhttp://notasrepublica.blogs.sapo.pt/2608.html http://www.forum-numismatica.com/viewtopic.php?f=12&t=78649

http://2.bp.blogspot.com/-

http://natura.di.uminho.pt/~jj/musica/html/portuguesa.html

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http://repulbicaacemanos.blogspot.pt/2010/02/da-monarquia-repulbica.html

http://www.slideshare.net/maria40/sociedade-portuguesa-no-sculo-xix

http://dotempodaoutrasenhora.blogspot.pt/2010/10/portuguesa.html

http://liceu-aristotelico.blogspot.pt/2012_01_01_archive.html

http://myguide.iol.pt/profiles/blogs/um-desafio-hist-rico

http://comunidade.sol.pt/blogs/olindagil/archive/2008/02/15/portugal-no-s_c900_culo-xix-_2d00_-a-vida-no-campo.aspx

http://umpaiscomhistoria.blogspot.pt/2011/05/regeneracao-melhoria-financeira.html

http://re-descobrirarepublica.blogspot.pt/2010/02/p.html

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