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OS PILARESDA PANSOFIA 

Enciclopédia de Sabedoria Antiga 

  Volumen I

Phileas del Montesexto

 ASSOCIAÇÃO INTERNACIONAL DE FILOSOFIA INITIÁTICA 

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editado Por oPus PhilosoPhicae initiationis internacional

[email protected]

 ww w .initiationis.org

desenho da  caPa : a drià V olta 

desenhos interiores: césar fernández ( a  láPis, branco e negro)  y  

 a drià V olt (iMagens dos  Veículos do ser  huMano,  a  cor )

esqueMa  da  escala  iniciática : héctor f abián Perea 

tradução Para   a  língua  Portuguesa (brasil): a  wMergin

edição Para   a   web cedida  Pelo  autor 

todos os direitos reserVados. M arço 2012

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Conteúdo

Prólogo do autor ............................................................................. 7

 A Filosoa Perene como alternativa .............................................. 9

Método de estudo ......................................................................... 11O Templo da Pansoa ................................................................. 13

Um advertência inicial ................................................................. 14

Os três pedreiros .......................................................................... 16

O umbral do Templo ................................................................... 20

 A Sala Preliminar ......................................................................... 28

Começa a viver teus ideais ........................................................... 35

Conto: Os pocinhos e o poço ...................................................... 36

 A Sala do Sonho ........................................................................... 38

 As coisas que não te correspondem.............................................. 49Conto: Até quando adormecido? ................................................. 50

 A Sala do Oriente e Ocidente ...................................................... 54

Conto: O espelho da deusa .......................................................... 65

 A Sala do Autoconhecimento ...................................................... 68

O exemplo da carruagem ............................................................. 78

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Conto: Quem és? ......................................................................... 79

 A Sala dos Quatro Elementos ...................................................... 90Conto: O bote de Nassrudin ....................................................... 98

 A Sala da Lei .............................................................................. 100

 A Sala da Vida e da Morte ........................................................ 108

Conto: A história da humanidade ............................................. 119

 As perguntas de Sogyal Rimpoche ............................................ 121

 A Sala do Absoluto ..................................................................... 122

Deus perto de ti .......................................................................... 128

 A Sala do Trabalho ..................................................................... 130

 A Sala da Unidade ...................................................................... 139Mantra da Unicação ................................................................ 143

Conto: Sou tu ............................................................................. 144

 A Sala da Virtude ........................................................................ 145

 A Sala dos Mistérios ................................................................... 151

Glossário de termos .................................................................... 157

Referências bibliográcas e notas .............................................. 165

O Programa OPI ....................................................................... 166

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Para que servem os óculos e as velas se não se quer ver?

(Obra de Cornelis Bloemaert, British Museum)

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Prólogo del autor

“Eu unicamente transmito; não posso criar coisas no - vas. Creio nos antigos, e portanto, os amo”. (Confúcio)

Nas seguintes páginas tratamos de sintetizar os ensina -mentos fundamentaiss da Filosoa Perene em um só volu-

me, de acordo com a metodologia que propõe nossa Asso-ciação Internacional de Filosoa Iniciática OPI. O leitorentenderá melhor e tirará maior proveito destas lições selevar em conta que as mesmas formam parte de um Progra -ma de estudos muito mais amplo e que os temas apresenta -dos nesta obra são desenvolvidos em outros livros.

 A apresentação desta série de livros reunidos sob o tí -tulo “Enciclopédia de Sabedoria Antiga” está inspirada noantigo axioma Ad dissipata colligenda (Reunir o disperso),pois parte da necessidade de contrapor-se à sobredose deinformação existente em nossos dias, onde o principiantenão sabe por onde começar e – o que é pior – carece deelementos necessários para diferenciar os ensinamentos au-tênticos da Tradição Primordial das cções comerciais da “New Age”.

Os estudos que damos estão estruturados gradualmentee são um convite para que o leitor se familiarize com osconceitos gerais da Sabedoria Antiga, mesmo que ao lon-

go de nossos escritos advirtamos uma e outra vez que é

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absolutamente indispensável acompanhar a leitura com a colocação em prática dos ensinamentos.

Neste primeiro livro propomos um percurso imagináriopelas 12 salas do Templo da Pansoa(*), um edifício mo-numental onde se conservaram os principais ensinamentosda losoa sapiencial dos antigos. Caminhando por seusenigmáticos salões, o leitor poderá encontrar respostas a al-gumas de suas perguntas existenciais e imaginar assim sua 

própria peregrinação pelo Sendeiro Iniciático, repleto desímbolos, provas e desaos, até chegar ao recinto mais sa -grado de todos: o Sancta Sanctorum.

É importante esclarecer que ao longo do relato repetire-mos deliberadamente alguns conceitos uma e outra vez sobpena de parecer insistentes. Estas reiterações não respon-

dem a um lapso nosso, mas a uma utilização de um recursomuito comum na transmissão do conhecimento losóco.

O leitor sagaz poderá perceber que com cada repetiçãose irão agregando novos elementos e correspondências para que se possa compreender mais profundamente os ensina -mentos como um todo harmônico e coerente.

Phileas del Montesexto

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(*) O termo “Pansoa” signica “Saber total” (Pan =Todo e Sofía =

Sabedoria)

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 A Filosoa Perene como alternativa 

Muitos leitores seguramente se perguntarão: por quedeveríamos iniciar este caminho de autoconhecimento? Ou–dito de outro modo– em que nos benecia empreenderestudos losócos?

 O objetivo fundamental a que nos propusemos é dar

ao estudante as ferramentas necessárias para potencializar

uma profunda transformação interior, que desperte suasfaculdades latentes e revolucione sua consciência a m dealcançar a autorrealização.

 A sociedade moderna trata de convencer-nos, median-te o bombardeio publicitário, de que a felicidade consistena satisfação dos desejos, consumindo mais e tendo maise mais coisas. Sem embargo, essa suposta felicidade não éduradoura quando o desejo foi satisfeito, o ser humano sesente frustrado pois a felicidade escapou das mãos, sentin-do a necessidade de satisfazer novos desejos que o levam a um carrossel que não tem m.

Segundo os antigos a felicidade permanente não pro- vem da satisfação de nossos desejos, mas de viver uma vida plena e consciente, descobrindo intimamente quem somose porque nascemos neste planeta. Não obstante, para al-cançar esta felicidade autêntica faz-se necessário uma mu-dança radical em nossa forma de pensar e de sentir.

Esta transformação implica em uma reeducação, uma 

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nova forma de interpretar o mundo e codicar os sinais quechegam à nossa mente através dos sentidos.

Não podemos esperar que as mudanças venham defora. Para mudar o mundo, primeiro devemos mudar a nósinteriormente. Se quisermos um mundo mais justo, mais virtuoso, menos corrupto, menos violento, nós mesmos de- vemos ser justos, virtuosos, erradicando de nossa vida toda conduta corrupta e violenta.

  A vida sem rumo que nos propõe a sociedade de consu-

mo –estruturada em torno do materialismo e da ignorân-cia– converteu-nos em marionetes das circunstâncias eescravos de nossos desejos. A Filosoa Perene é uma alter-nativa que se contrapõe à sensibilidade predominante nomundo moderno e nos convida a tomar o controle de nossa 

existência, formando-nos integralmente a m de alcançaruma vida plena.

 Vale a pena viver de uma maneira mais digna e cons-ciente e atrever-se a transitar a senda dos antigos, ainda quando o mundo inteiro parece estar indo na direção con-trária.

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Método de estudo

O método de estudo que apresentaremos em nossos es-critos fundamenta-se no esforço pessoal e na diferenciaçãoentre “ler” e “estudar”, pois –ainda que a leitura possa “abriros nossos olhos”– é impossível alcançar a iluminação ouiniciar-se simplesmente acumulando dados e informação.

 Os alquimistas diziam: “Rumpite libros ne corda rum- 

 pantur” (“Despedaçai os livros, a não ser que despedacem vosso coração”), que em seu sentido profundo signica queos livros como um m em si mesmo, e não como um meiopara algo superior, podem ser mais nocivos que benécos.

Os que preram simplesmente “ler” poderiam INFOR -MAR-SE de uma grande variedade de temas, mas aquelesque realmente preram “estudar” teriam a oportunidadede FORMAR-SE, atendendo a nosso método prático e gra -dual, baseado na máxima “APRENDER FAZENDO”.

O método educativo a que estamos acostumados podedescrever-se da seguinte maneira:

“Nós temos o conhecimento e VOCÊ não tem, por issolhe daremos uma aula acerca das coisas que deveria conhe-cer e em pouco tempo lhe perguntaremos (mediante umexame ou prova) se conserva em sua memória as coisas quecontamos”.

Sem embargo, este enunciado está bastante distante do

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espírito de nossos estudos, já que declaramos estar em con-sonância com duas ideias capitais ensinadas pelos antigos:

1) Platão disse: “Todo conhecimento é recordação” ,pelo qual os instrutores e facilitadores devem “facilitar” ocaminho para que o estudante “recorde” o que já sabe inte-riormente.

2) Aristóteles agregou: “O que temos que aprender,aprendemo-lo fazendo. O que se memoriza se esquece e sobretudo, se o que se aprende não provém da própria ex -  periência, não se aprende e se esquece rapidamente”.

Tendo isso em conta, o modelo que apresentamos emnossas obras é o seguinte: “Nós lhe facilitaremos isto, o 

modelo que apresentamos em nossas obras é o seguinte:níveis de consciência e recordar. VOCÊ, seja disciplinado e constante, levando à prática o aprendido e não se limite a acumular informação”.

Faz algo mais que existir, VIVE.

Faz algo mais que olhar, OBSERVA.

Faz algo mais que ler, ASSIMILA.

Faz algo mais que ouvir, ESCUTA.

Faz algo mais que escutar, COMPREENDE.

Faz algo mais que falar, DIZ ALGO ÚTIL.

Faz algo mais que propor, ATÚA!

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O Templo da Pansoa 

Caminhante: sê bem-vindo a esta paragem sagrada! Tua incessante busca de respostas à tua intrépida peregrinaçãopor diferentes caminhos te trouxe a esta fabulosa construçãode mármore que se encontra diante de ti, o santuário maisimportante da Tradição Primordial: o Templo da Pansoa.

Nas salas interiores deste monumental recinto, os dis-cípulos e iniciados conservaram zelosamente todos os en-sinamentos transcendentes da humanidade, legadas desdetempos imemoriais pelos grandes Mestres e Instrutores quetiveram a lucidez necessária para adaptar a mensagem uni- versal da Sabedoria Antiga às mentalidades das diferentesépocas e dos diversos entornos geográcos.

Esta construção pansóca é o refúgio dos lósofos, uma réplica dos edifícios das Escolas de Mistérios da antigui-dade, que eram o âmbito propício para que os grandes sá -bios e legisladores se formassem integralmente e utilizassemmais tarde os ensinamentos recebidos para o benefício deseus semelhantes.

Se tu, caminhante, estás absolutamente decidido a trans-formar positivamente tua vida, abandonando as ilusões deuma sociedade insana, podes começar a transitar a senda deaperfeiçoamento que propomos a m de encontrar o senti-do de tua vida. Não duvides mais. Avança e dá o primeiropasso. Sê bem-vindo ao Templo da Pansoa.

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Uma advertência inicial

No Templo da Pansoa transmitem-se ensinamentoslosócos e iniciáticos. Sem embargo, estas duas palavrasnão deveriam entender-se à maneira habitual. Em nossosdias, a Filosoa é considerada um conjunto de conceitosteóricos sem nenhuma aplicação vivencial, um saber abstra -to e especulativo, manejado por uma elite intelectual com

os mesmos problemas, angústias e dúvidas existenciais queda maior parte da humanidade.

 Por outro lado, a Iniciação geralmente é entendida como

um rito, uma cerimônia mais ou menos secreta através da qual um indivíduo passa a formar parte de uma confraria ou ordem com usos e costumes que dizem remontarem-se

há tempos pretéritos.

Contudo, o signicado mais profundo destes termosensinado neste recinto pansóco é absolutamente diferentede sua acepção popular.

Sendo assim, a Filosoa deve ser entendida como“amor à sabedoria”, um conhecimento profundo que podeser aplicado perfeitamente em nossa vida cotidiana para que esta seja mais luminosa e sejamos mais conscientes. OFilósofo, como “enamorado da verdade”, segue o exemplodos antigos em sua busca do veraz, do justo e do bom, dobelo, e rechaçando seus contrários: o falso, o injusto, o mal,o grotesco.

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Por outro lado, neste lugar a Iniciação deve-se com-preender, não simplesmente como um rito, prática ou

cerimônia, mas como um “estado de consciência” que sealcança após uma esforçada peregrinação por um camin-ho de aperfeiçoamento que se denomina tradicionalmente“Sendeiro Iniciático”.

No frontispício deste grande santuário pansóco pode-se apreciar uma placa de granito onde está inscrita prolixa -

mente uma velha máxima latina a modo de advertência:“Procul hinc, procul ite prophani” (“Longe daqui, distan-ciai-vos profanos!”). Esta frase é um aviso muito claro diri-gido aos curiosos e àqueles que não tem o mérito sucientepara ingressar no Templo, que no jargão losóco recebemo nome de “profanos”. O caminho da sabedoria está abertoa todos e todos são convidados a trilhá-lo, ainda que verda -

deiramente nem todos estejam dispostos a percorrê-lo. Poresta razão, alguns instrutores espirituais preferiram dedicarsuas inspiradas obras “aos poucos” (1), ou seja, àquelas pes-soas valentes que ante o chamado de seu Mestre Interior,chegam a ele e decidem remar contra a corrente.

 Porém, quem são realmente os profanos? Em uma pri-

meira aproximação e seguindo a etimologia da palavra, po-demos dizer que são aqueles que preferem car “fora doTemplo” e que estão sujeitos à aparência puramente exte-rior das coisas. Enquanto que os profanos fundamentamsuas vidas na matéria, na ilusão e na ignorância, distancia -dos de qualquer pensamento transcendente (o qual é incen-tivado pela nossa atual sociedade de consumo), os iniciados

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e os discípulos –por sua vez– vivem em comunhão per-manente com o transcendente, convertendo sua prossão,

atividade ou ofício em um “sacrifício” (ofício sagrado). Otema da Ordem Templária “Non Nobis, no nobis, Domine Sed nomini tuo da gloriam” (“Nada para nós, Senhor, nada para nós, mas para a glória de Teu nome”) evidência desta oferenda desinteressada a Deus, própria daqueles homensdespertos que avançaram no Sendeiro.

Os três pedreirosEm uma ocasião, um caminhante encontrou-se com um

grupo de pedreiros, ocupados na construção de um edifícioe quis saber em que obra estavam trabalhando.

Perguntou ao primeiro obreiro e este lhe respondeu:

“Não vês? Quebro pedra”.Não conformado com a resposta, interrogou ao segun-

do alveneiro e este disse com sinceridade: “Ganho o meupão”.

Por último, decidiu perguntar ao terceiro trabalhador eeste disse com orgulho: “Construo uma catedral”.

Como podemos apreciar nesta reveladora estória, o pri-meiro pedreiro não tinha ideia do que estava fazendo, maso fazia porque assim se o havia ordenado, mesmo sem sa -ber qual seria o resultado nal de seu trabalho. O segundomantinha uma postura egoísta e pensava em seu próprioproveito: ganhar dinheiro através de seu trabalho. O tercei-

ro era um obreiro consciente de seu labor, pois sabia que

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com seu granito de areia estava colaborando na construçãode algo monumental. Isto é importante destacar: o obreiro

consciente sabe que transformando sua vida pode transfor-mar o mundo, pois com um aporte mínimo pode mudá-lotodo.

Nosso Programa de estudos foi elaborado para queo estudante obtenha os conhecimentos necessários a mde despertar sua consciência e converter-se em obreiro na 

construção de algo maior. Por esta razão nossa associaçãofoi chamada Opus Philosophicae Initiationis, pois implica na consolidação de uma “Grande Obra” (Opus) que nãoé outra coisa que a formação de melhores seres humanosque encontrem o sentido da vida e que colaborem na cons-trução de uma sociedade melhor.

Não há nada de novo no que ensinamos. Nosso intento

limita-se a apresentar “vinho velho em odres novos”, tra -tando de fazê-lo da melhor maneira e sendo éis aos ensina -mentos sagrados que os Mestres de Sabedoria transmitiramà humanidade.

Nas palavras de Erich Fromm: “A revolução de nossos corações não exige uma sabedoria nova, mas uma seriedade 

e uma dedicação novas”.

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O umbral do Templo

 Ao atravessares o umbral do Templo da Pansoa, um verdadeiro oásis no deserto de uma sociedade hostil a qual-quer pensamento elevado, estás ingressando verdadeira -mente em outra dimensão, deixando para trás as celerida -des e ilusões do mundo profano. No vestíbulo deste recintoluminoso, pode-se observar a majestosidade da construção,

e se nota que cada detalhe arquitetônico não está colocadoao acaso, mas que corresponde aos padrões geométricos sa -grados. Todas as decorações, estátuas e fontes simbólicastem um propósito bem claro: enviar sinais a tua consciência para que despertes de teu letargo.

Esta transmissão premeditada de conhecimentos me-diante símbolos e signos esotéricos, ca evidenciada já noumbral do Templo, onde poderás observar quatro coluna -tas coríntias que anqueiam a entrada, duas de cada lado,e em cada uma delas uma inscrição latina, a saber: Scientia (Ciência), Ars (Arte), Civilitas (Política) e Religio (Reli-gião).

Em seu capitel, as colunas foram decoradas com folhas

de acanto, uma característica usual desta ordem arquite-tônica clássica. Tais folhas representam as diculdades eos obstáculos do Sendeiro Iniciático e são uma alusão aotriunfo dos discípulos, ainda advertindo que este somentese concretizará mediante o esforço constante e dedicação.Dito de outro modo: o discípulo tem o êxito assegurado,mas este êxito depende unicamente de sua disciplina econstância.

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com um exemplo simples, que a Verdade suprema se podealcançar por diferentes caminhos, cada um deles adequado

a diferentes tipos de homens.

 A coluna Religo, isto é: re-ligião, implica em tornar a unir algo que primordialmente foi a mesma coisa. Desdeesta perspectiva, a Filosoa Perene fala de um cosmos em

miniatura ou microcosmos (o ser humano) que é reexo deum Macrocosmos (a divindade) a qual estava unido origi-nalmente, estabelecendo uma série de instruções, rituais etécnicas para re-integrar esse ser nito com o Absoluto. Emtodos os casos, o principal objetivo da Religião é descobrirnossa verdadeira natureza, que os orientais resumem nesta consigna: “Faz-te o que és”.

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Desde uma perspectiva iniciática, “Religião” signica REINTEGRAR.

 A coluna Civilitas não se refere à política inconscientee corrupta, a que estamos tristemente acostumados, mas a uma nova política que deve surgir da consciência. Assimcomo o ser humano possui uma natureza e propósito trans-cendente, do mesmo modo a sociedade (que é a reuniãode homens) também deve ser considerada desde uma ótica 

superior.Os antigos faziam alusão a uma mítica sociedade pri-

mordial (Atlântida, Hiperbórea, etc.) onde cada ofício eprossão era uma parte de um complexo mosaico que dava forma a uma civilização integrada e harmônica. Em nos-sos dias, enquanto o ser humano é espectador da paulatina desintegração social e corrupção moral do mundo contem-

porâneo em torno de uma globalização avassaladora, asorganizações políticas não tem ideia de como resolver osmales do mundo sem renunciar a seus privilégios e a umsuposto “progresso” que alcançou a sociedade de consumo.

É necessária a irrupção neste mundo caótico de uma nova política que parta da consciência, que seja autenti-

camente “revolucionária” (não reformista) e que erradiqueos interesses egoístas (econômicos, nacionais, etc.), tendocomo objetivo nal a reconstrução de um modelo clássicoda sociedade onde reinem a justiça, a ordem e a paz enteos homens.

Desde uma perspectiva iniciática “Política” signica 

RESTAURAR.

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 A Coluna Scientia baseia-se no conhecimento cientícodas leis universais (não somente físicas, mas também me-

tafísicas) e tem como ponto de partida uma nova Ciência, verdadeiramente útil ao desenvolvimento da consciência eabsolutamente compatível com a vida espiritual. O físico Albert Einstein o declara abertamente: “A Ciência sem Re - ligião está coxa; e a Religião sem Ciência, cega”.

 Ainda que nossa Ciência contaminada do positivismo

seja hostil a qualquer intento de demonstrar as leis e prin-cípios espirituais, paulatinamente apareceram cientistaspioneiros que tem reagido às posturas ateias dos últimosséculos, propondo atrevidas teorias que servem de ponteentre ciência e a espiritualidade. Sendo assim, cremos queno século XXI avançar-se-á no redescobrimento dos princí -pios transcendentes que conheciam os cientistas da antigui-

dade e que hoje são ignorados totalmente pelos cientistasmaterialistas.

Desde uma perspectiva iniciática, “Ciência” signica REDESCOBRIR.

 A coluna Ars alude a um conhecimento superior atra - vés da beleza, a concretização criativa dos arquétipos e da natureza da Alma espiritual, que se manifesta em oposiçãoà arte profana, fundamentada nas baixas emoções e no caosda mente de desejos. O divino Platão manifestava que a contemplação do belo põe-nos em contato com nossa be-leza interior, a qual está ligada a nossa chispa divina, ouseja, nossa natureza transcendente. Por esta razão a arte sa -grada (2) fundamenta-se na representação física de concei-tos metafísicos vinculados ao bom, ao verdadeiro, ao justo,

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instando-nos a ser melhores e ajudando-nos a despertar a consciência.

Desde uma perspectiva iniciática, “Arte” signica CONTEMPLAR (“olhar longe” ou “ver além”).

O problema principal da Ciência, da Arte, da Religiãoe da Política em sua representação moderna radica em seuprofundo desconhecimento da natureza humana. Enquan-

to que o cientista materialista pretende convencer-nos deque somos uma espécie de máquina orgânica que se movepor impulsos eletroquímicos, o religioso costuma perder-se em teorias, argumentações incoerentes e discussões teo-lógicas estéries que nada contribuem ao desenvolvimentointerno e ao trabalho cotidiano no “aqui e agora”. Por sua  vez, enquanto o artista ignorar sua função de “pontíce da 

beleza”, ou seja, uma “ponte” entre a harmonia universale a consciência humana, sua arte continuará sendo insig -nicante. Do mesmo modo, o político que não tenha emmente a constituição de uma sociedade nova e arquetípica,baseada em valores éticos atemporais e ensinamentos tra -dicionais, em torno da Justiça, terá de se contentar comseguir mantendo um sistema cada vez mais insustentável.

Deste modo, antes de entrar no Templo da Pansoa,deves entender que se pode alcançar a transcendência atra - vés de múltiplas vias, sempre e quando possamos conectar-nos conscientemente com a essência de cada uma delas,atentando às concepções tradicionais de Ciência, de Arte,de Religião e de Política, e não às versões deterioradas que

conhecemos as que –lamentavelmente– nos acostumamos.

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De certa forma, a Ciência, a Arte, a Religião e a Política são uma síntese de muitas outra disciplinas que concernem

ao ser humano e, então, desde uma perspectiva tradicio-nal qualquer delas pode ser veículo de consciência, o quetambém pode aplicar-se ao mais humilde dos ofícios. Ummundo novo e melhor necessita de seres humanos novose melhores em todos os âmbitos que pratiquem –desde a consciência– ofícios e prossões acordes a essa nova socie-dade.

Tendo em conta estas ideias preliminares, que formamparte de ensinamentos capitais da Filosoa Perene, podeslançar um último olhar ao vestíbulo deste Templo sagradoe, quando estejas pronto, ascender os nove degraus que teseparam da sala preliminar.

Resumo do umbral

* A Verdade e a autorrealização individual podem seralcançadas por diferentes caminhos, cada um deles adequa -do aos diferentes tipos de homens.

* A Ciência, a Arte, a Política e a Religião são um resu-mo das múltiplas vias de desenvolvimento humano.

* Devemos interpretar a Ciência, a Arte, a Religião e a Política de acordo às pautas tradicionais e com um objeti- vo comum, deixando de lado versões deterioradas contem-porâneas.

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 A Sala Preliminar

(Primero aposento)

“Se o grão de trigo cai na terra e morre, ca só. Mas, se morre, produz muito fruto”. (João 12:24)

“A sorte está lançada”

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 Ao subir o último degrau da escada do vestíbulo, deve-rás ter em conta que estás a ponto de dar o primeiro passo,

talvez o mais importante, o primeiro de muitos nesta senda fascinante da Sabedoria Primordial, repleta de desaos eaventuras. Ao abrir a pesada porta de dobradiças estriden-tes, entrarás em um aposento obscuro e úmido, ilumina -do debilmente por uma única vela, onde poderás observaruma impactante lousa acinzentada com a inscrição gravada:“Alea jacta Est” (“A sorte está lançada”), um convite a que

reitas sobre o importante passo que te atreveste a dar. Na placa também aparece desenhado um corvo negro e uma caveira, que certamente não destoam com o ambiente lú-gubre deste lugar. Nele, tudo nos recorda que uma partede nós tem que ser sacricada e morrer, para que em nossointerior nasça algo melhor. Para que a planta nasça e cresça,deve morrer a semente.

Se deste o primeiro passo, motivado por simples cu-riosidade ou afã por conhecimentos exóticos, talvez seja melhor que voltes atrás, porque o caminho iniciático nãoé para os tíbios, nem para aqueles que buscam incorporarelementos fantasiosos a uma vida monótona e sem desaos.Esta senda de aperfeiçoamento tampouco é um passatem-

po nem uma moda, pois implica uma mudança radical detua vida, a aniquilação do velho “eu” para que nasça umnovo ser. Resumindo: para avançar, deves estar seriamentedisposto a mudar tua existência, ter pureza de intenções ecomprometer-te seriamente contigo mesmo.

O primeiro passo para começar a transitar o sendeiro da Pansoa consiste em tomar consciência de nossa situação

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atual, de nosso distanciamento da essência divina e de nos-sa necessidade de encontrar um conhecimento losóco

 vivencial, que dê respostas às nossas perguntas, outorgan-do-nos ferramentas poderosas para trabalhar interiormen-te. Isto signica que –neste primeiro aposento– devemosdar-nos conta de que a sociedade dessacralizada costuma arrastar-nos a uma situação insustentável, fazendo-nos es-quecer de nossa verdadeira natureza, pelo que se faz im-periosamente necessário encontrar um método de treina -

mento interior conável, que nos libere desta ilusão e querevolucione nossa consciência.

Os homens que chegam a este ponto crucial do sendei-ro e desejam mudar, geralmente adotam uma destas trêsposturas:

a) O valente: é aquele indivíduo que decide –sem va -

cilar– dar uma mudança radical em sua existência, anali-sando e modicando seus comportamentos viciosos para poder transitar à autorrealização.

Esta opção implica muito sacrifício, dedicação e trabal-ho, mas com um método gradual e ordenado, inspiradonos ensinamentos primordiais, o êxito está assegurado.

b) O covarde: é aquele indivíduo que –mesmo sabendoque deve mudar– não move um dedo para sair de sua tris-te situação. Os covardes e timoratos que anelam “mudarsem mudar”, querem obter resultados diferentes fazendo omesmo de sempre, e vão passando de organização em or-ganização, de igreja em igreja, de seita a seita, sem praticar

nem interiorizar nenhum dos ensinamentos que se lhes dá.

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Muitas vezes, estas pessoas –convencidas da validade doSendeiro Iniciático mas sem força de vontade para trilhá-

lo– baixam os braços e se resignam a continuar vivendoda mesma maneira de sempre, ainda que adotando uma “postura espiritualista”, enchendo sua casa de objetos “mís-ticos”, praticando alguns exercícios isolados sem uma me-todologia apropriada e inclusive, usando palavras exóticas,conformando deste modo uma espécie de “máscara espi-ritual” que –ao carecer de uma base sólida– desfaz-se com

muita facilidade. O covarde tem um grande problema: nãotem a constância necessária para passar da teoria à prática.

c) O indiferente: é aquele indivíduo que sabe que devemodicar profundamente sua vida, mas que –perante di-culdades do sendeiro– prefere optar pela comodidadeburguesa que lhe oferece a sociedade de consumo. Entre

a aventura e o sofá, o indiferente elege o conforto do sofá.Em ocasiões, estas pessoas vão a conferências, cursos

e aulas sobre temas espirituais, mas quando chega o mo-mento de comprometer-se, retornam às suas casas, pegam ocontrole remoto da televisão e se esquecem do tema.

O indiferente não só não tem constância e vontade para 

passar da teoria à prática, mas que engana a si mesmo, cren-do que somente a leitura de livros esotéricos e espirituaispode ajudá-lo magicamente a avançar no sendeiro. Destemodo, o indiferente pode saber muitíssimo sobre losoa esotérica e converter-se em um “erudito”, mas sua vida nãotem diferença signicativa em relação ao homem profanoque ignora tudo.

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samento”) e alude a um salto qualitativo em nossa forma de ser. A metanoia é um “marco” em nossa vida, por isso

deve ser radical, um ponto de reexão, pois a partir dessemomento nossa forma de observar e interpretar o mundonão seguirá sendo a de antes.

Esta ruptura necessariamente tem também comoconsequência uma modicação de nossos hábitos e uma transformação de nossa conduta, o que signica que pe-

rante os mesmos estímulos externos nossa reação deverá ser diferente. Obviamente, esta “metanoia” ou ruptura ésimplesmente um primeiro passo já que para poder atuarcom total coerência com estes ideais elevados, deveremosrealizar um árduo trabalho de puricação interna, como veremos adiante.

“Metanoia” não signica reformar ou fazer peque-

nos ajustes, nem tampouco arrepender-nos (3), mas revo-lucionar nossa existência e tornarmo-nos mais conscientes.

Este abandono do mundo não implica, necessaria -mente, isolar-se da sociedade mas adotar uma nova pers-pectiva, o qual se traduz em um dos primeiros desaos doneóto: IMITAR AS SALAMANDAS, esses seres elemen-

tais lendários que conseguiam viver no fogo sem ser afeta -dos pelas chamas.

É muito possível que os aspirantes sejam arrasta -dos várias vezes por suas velhas amizades e a seus velhos vícios, mas se isto segue ocorrendo durante muitos anos deforma reiterada, seria bom perguntar-se seriamente se há 

uma disposição real a mudar ou se –pelo contrário– elegeu

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inconscientemente a postura cômoda e sem compromissosdo covarde, aquele que carece de constância e vontade ne-

cessária para avançar a passos rmes pelo grande sendeiro.

Resumo da Sala Preliminar

* Uma mudança autêntica e consciente implica em sa -crifício. Para que a planta nasça e cresça, deve morrer a 

semente.* Para que nasça o “homem novo” (“neos anthropos”)

deve morrer o “homem velho” (“palaios anthropos”).

* A mudança de vida que propõe a Filosoa Perene é“radical”, uma verdadeira revolução de nossa existência euma ruptura com nosso estilo de vida anterior.

* O Sendeiro Iniciático não implica isolamento nemabandono da sociedade. Por isso se pede ao neóto queseja “como as salamandras”, ou seja, que viva no fogo semqueimar-se.

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Começa a viver teus ideais

EpictetoChegou o momento de que leves a sério viver teus ideais.Uma vez que tenhas determinado os princípios espirituaisque queres seguir, acata essas regras como se fossem leis,como se de fato fosse pecaminoso não cumpri-las.

Não deve importar-te que os demais não compartilhemtuas convicções. Quanto mais tempo vais ser capaz de adiaro que realmente queres ser? Teu eu mais nobre não podeseguir esperando.

Põe em prática teus princípios, agora. Basta de desculpase dilações. Esta é tua vida! Já não és criança. Quanto an-

tes empreendas teu programa espiritual, mais feliz serás.Quanto mais esperares, mais vulnerável serás perante a me-diocridade e te sentirás cheio de vergonha e arrependimen-to, porque sabes que és capaz de mais.

 A partir de agora, promete que deixarás de enganar-te a timesmo. Separa-te da multidão. Decide ser extraordinário e

faz o que tenhas que fazer. Agora. (4)

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Conto: Os pocinhos e o poço

Há muitas classes de promiscuidade e uma delas é a es-piritual. Era um discípulo que sempre estava experimenta -do com umas e outras vias de liberação, com umas e outrastécnicas de evolução espiritual. Assim levava anos: tateandoe tateando. O mestre já lhe havia dito:

–Necessitarias cem vidas para provar todas as vias e mé-todos e técnicas. Seleciona um pouco mais e aprofunda.

Mas cedia a sua tendência promíscua de mudar de sis-tema espiritual, de doutrina e de método. Quiçá ninguémconhecia tantos métodos como ele, mas sua mente apenasse havia modicado. Um dia, ele mesmo se deu conta deque não havia evoluído praticamente nada. Lamentou-seante o mestre:

–Estou triste. Quão pouco avancei!

Então o mestre sentiu que pela primeira vez podia re-mover seus fossilizados parâmetros mentais e lhe disse:

–Amigo meu, foste um néscio. Agora posso te dizer,

porque parece que começas a entender porque não com-preendias. Sabes como procedeste? Como a pessoa que querencontrar água e começa a fazer pocinhos e mais pocinhos,mas de tão escassa profundidade que não pode encontrarágua. Porém, se esse esforço tivesse sido feito em fazer umsó poço, haverias achado muita água. Vejamos agora se tecorriges e fazes um poço que valha a pena. (5)

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 A Sala do Sonho

(Segundo aposento)

“Nosso grau ordinário de consciência é algo comparável a um estado de sonho, e toda nossa vida, toda nossa carrei - ra, prossão, todas as nossas ações, pensamentos etc., são como sonhos. Vivemos em uma espécie de sonho do qual não é possível despertar. E, é preciso que advirtamos nova - 

mente neste ponto, o despertar deste sonho está conectado a outro sentido do tempo”. (Maurice Nicoll)

“A vida é sonho””

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 A Filosoa Perene repete uma e outra vez que os homensestão adormecidos ou –melhor dito– que sua consciência 

está profundamente adormecida e por isso não pode desco-brir a realidade. O primeiro ponto a ter em conta sobre esta “realidade” é conhecer a forma que temos os seres humanospara conhecê-la e interpretá-la.

O processo de recepção das impressões externas se cha -ma “sensação”, e consiste em detectar estímulos do meio

ambiente para codicá-los em sinais do tipo nervoso quechegam ao cérebro, o qual atua como ponte entre o corpofísico e os veículos sutis.

 A sensação procede dos órgãos de nossos cinco sentidos,os quais detectam diferentes tipos de estímulos. A seleção,organização e interpretação dessas sensações em base à ex-periência e as recordações se chama “percepção”.

Todavia, os sentidos não são uma fonte totalmenteável de conhecimento, já que estes são limitados e nãocaptam uma enorme gama de cores, sabores e sons quepodem captar outros seres vivos. A serpente cascavel –porexemplo– pode “ver calor” infravermelho na obscuridadee também é conhecida a capacidade dos cães para escutar

sons inaudíveis aos nossos ouvidos.Que quer dizer isto? Que a percepção não é a realida -

de, mas uma conclusão a que chegamos atentando a nossosórgãos sensoriais. Deste modo, uma mente “ingênua” podechegar a crer que as sensações que recebe através de seusórgãos são a única realidade, o qual é uma ilusão e uma 

falácia que os materialistas empenham-se em perpetuar. A 

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ceram, e creem por isso, que as sombras são a única reali - dade que existe.

“Imagine agora que um dos habitantes da caverna co - 

meça a perguntar-se de onde vem todas essas sombras da  parede da caverna e, por conseguinte, consegue soltar-se.Que crês que ocorre quando se volta às guras que são sus - tentadas por detrás do muro? 

Evidentemente, o primeiro que ocorrerá é que a fonte 

de luz lhe cegará. Também lhe cegarão as guras nítidas, já que, até esse momento, só havia visto as sombras das mesmas. Se conseguisse atravessar o muro e o fogo, e sair à natureza, fora da caverna, a luz lhe cegaria ainda mais. Mas,depois de haver-se adaptado os olhos, haver-se-ia dado con- 

ta da beleza de tudo. Pela primeira vez, veria cores e silhue - tas nítidas, veria verdadeiros animais e ores, dos quais as 

guras da caverna só eram más cópias. Porém, também se  perguntaria a si mesmo de onde vêm todos os animais e as ores.

Então veria o sol no céu, e compreenderia que é o sol o que dá a vida às ores e animais da natureza, da mesma maneira que poderia ver as sombras na caverna graças à 

fogueira. Agora, o feliz morador da caverna poderia ter ido co - 

rrendo à natureza, celebrando sua liberdade recém-con- 

quistada. Mas, recorda-se dos que cam abaixo, na caverna.Por isso volta a descer. De novo em baixo, tenta convencer aos demais moradores da caverna que as imagens da parede 

são só cópias cintilantes das coisas reais. Mas ninguém lhe 

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acredita. Apontam para a parede da caverna dizendo que o que ali veem é tudo o que há”. (7)

Esta história (que tem seu equivalente cinematográcoem “Matrix”) é am à armação dos Mestres de Sabedo-ria que asseguram que a maioria dos seres humanos –ain-da crendo que estejam despertos– vivem suas vidas em umestado que se assemelha ao sonho. Mas, que é o que está adormecido? A consciência. E para despertar dessa letar-

gia cavernícola é necessário –em primeiro lugar– ser cons-cientes de nossa sonolência. Não obstante, o “despertar”da consciência costuma ter várias etapas, que tem sua co-rrespondência nos diferentes graus ou etapas do SendeiroIniciático.

No degrau mais baixo podemos localizar o vulgo pro-fano, ou seja, aquelas pessoas que estão adormecidas e que

não lhes interessa que as despertem de seu sonho descar-tando de todo qualquer pensamento elevado que impliquecerta transcendência. Os indivíduos que integram o vulgoprofano normalmente não são más pessoas, mas vivem na ignorância da inconsciência do sonho. Inclusive podem al-cançar certo grau de felicidade ao observarem as sombrasnas paredes da caverna, mas esta felicidade é ilusória, frutoda ignorância. Estas pessoas costumam manter-se à mar-gem de qualquer conhecimento espiritual porque seu inte-resse centra-se em comer, entreter-se, reproduzir-se, trabal-har e descansar. E em nossa sociedade moderna, consumir,consumir e consumir.

Quando um ser humano não se contenta com a super-

cialidade reinante no mundo e começa a “buscar” respostas

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início do caminho, no pronaos do Templo, e que recebemas primeiras impressões sobre a senda espiritual. Mesmo

sendo conscientes de que o caminho lhes trará muitas sa -tisfações, também sabem que deverão renunciar a muitascoisas efêmeras que dão uma ilusória satisfação em seu co-tidiano mundano.

Quando os aspirantes decidem-se nalmente a dar oprimeiro passo e avançar com segurança no Sendeiro, de-

 vem passar por um período de prova chamado “provacio-nismo”. Os provacionistas encontram-se a meio caminhoentre o aspirantado e o discipulado. Estão comprometidoscom o Sendeiro e iniciaram tarefas de puricação pessoalmediante uma “ascese” que já os diferencia dos profanos.

 A “ascese” (no Oriente “sádhana”) é um método pro-gressivo de aperfeiçoamento interno que consta de diver-

sos exercícios introspectivos, assim como provas e desaospessoais que devem superar antes de alcançar a iluminação.

 Ainda que os provacionistas ainda não sejam estrita -mente “discípulos aceitos” ou “iniciados”, de todo mododeverão passar por certas provas “iniciáticas” (físicas, vitais,emocionais, mentais e espirituais) relacionadas simbolica -

mente com os cinco elementos a m de se prepararem para o caminho discipular que se transitará mais adiante.

 Após passar por cinco iniciações simbólicas (Terra- Água-Ar-Fogo-Éter), que são cinco escalões de puricaçãointerna e que aparecem de uma ou outra forma em todasas escolas esotéricas, os provacionistas transcendem nal-

mente sua condição e se convertem em “discípulos aceitos”,

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encontrando-se em condições ótimas para alcançar as cincoiniciações maiores. É importante diferenciar as iniciações

menores (simbólicas e que estão presentes em diversas or-dens e fraternidades tradicionais) das Iniciações Maiores(internas, da Alma espiritual). As primeiras correspondemà “Arte Real” (Mistérios Menores) e as segundas à “ArteSacerdotal” (Mistérios Maiores), como estudaremos emoutros volumes desta coleção.

O caminho iniciático culmina no Adeptado, quando operegrino espiritual logrou despertar, alcançando a Mestria,simbolizada no Tarot pelo arcano do Eremita, o ancião sá -bio que guia com seu farol os intrépidos caminhantes quese aventuram a ascender as montanhas.

 As religiões e os cultos exotéricos geralmente capacitama seus membros para o aspirantado e em contadas ocasiões

para o provacionismo. As escolas losócas e as socieda -des espiritualistas, por sua vez, tentam guiar o aspirante aoprovacionismo, enquanto que as Escolas de Mistérios Me-nores propõe um sistema de trabalho iniciático baseado na puricação interna a m de guiar os provacionistas à porta do discipulado. Por m, as Escolas de Mistérios Maioresencarregam-se de dar aos discípulos ferramentas necessáriaspara alcançar o Adeptado.

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Resumo da Sala do Sonho

* A sensação consiste em detectar estímulos do meioambiente para codicá-los em sinais que chegam ao cére-bro. A seleção, organização e interpretação dessas sensaçõeschama-se percepção.

* Os sentidos tem limites e não são uma fonte conávelde conhecimento.

* O caminho iniciático tem várias etapas relacionadascom diferentes estados de consciência que vão desde o vul-go profano ao Adeptado.

* A ascese é um método progressivo de aperfeiçoamentointerno que consta de diversos exercícios, provas e desaospessoais.

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 As coisas que não te correspondem

Epicteto

O progresso espiritual exige-nos dar atenção ao essen-cial e fazer caso omisso de todo o resto, já que só se trata detrivialidades que não merecem nossa atenção. Ademais, em verdade é bom que nos considerem estúpidos e ingênuos

em relação aos os assuntos que não nos correspondem. Nãote preocupes com a impressão que causes nos demais. Estãodeslumbrados e enganados pelas aparências. Sê el a teuobjetivo. Assim reforçarás a tua vontade e darás coerência à tua vida.

 Abstém-te de tentar granjear a aprovação e a admiraçãodos demais. Teu caminho vai para cima. Não desejes que

te considerem sosticado, único ou sábio. De fato, devesrecear quando os demais te vejam como alguém especial.Põe-te em guarda contra a presunção e a vaidade.

Manter a vontade em harmonia com a verdade epreocupar-se com o que escapa ao próprio controle sãoações que se excluem mutuamente. Quando estiveres ab-

sorto em uma, descuidarás da outra. (8)

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Conto: até quando adormecido?

Era um povoado da Índia próximo de uma rota prin-cipal de comerciantes e viajantes. Costumava passar muita gente pela localidade. Mas o povo se havia tornado célebrepelo acontecimento insólito: havia um homem que esta - va ininterruptamente adormecido mais de um quarto deséculo. Ninguém conhecia a razão. “Que estranho aconte-

cimento!” As pessoas passavam pelo povoado e sempre sedetinha para contemplar o adormecido.

Mas, a que se deve este fenômeno? –perguntavam-se os visitantes. Nas cercanias da localidade vivia um eremita.Era um homem insociável, que passava o dia em profunda contemplação e não queria ser molestado. Porém, havia ad-quirido a fama de saber ler os pensamentos alheios.

O próprio alcaide foi visitá-lo e lhe pediu que fosse vero adormecido para ver se lograva saber a causa de tão longoe profundo sono. O eremita era um nobre e, apesar de sua aparente velhice, prestou-se a tratar de colaborar com o es-clarecimento do fato. Foi ao povoado e se sentou junto aoadormecido. Concentrou-se profundamente e começou a 

conduzir sua mente às regiões clarividentes da consciência.Introduziu sua energia mental no cérebro do adormecidoe se conectou com ele. Minutos depois, o eremita voltava a seu estado ordinário de consciência. Todo o povoado sehavia reunido para escutá-lo. Com voz pausada, explicou:

–Amigos. Cheguei, sim, até a concavidade central do

cérebro deste homem que está dormindo há mais de um

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 A Sala do Oriente e do Ocidente

(Terceiro aposento)“No mundo abundam as distintas religiões, cada uma diri -  gida a diferentes pessoas e épocas. A palavra ‘religião’ deri - va de um termo latino, cujo signicado radical é ‘re-unir’.Deste modo, as diferentes religiões re-unem, de diversas formas, seus seguidores com a fonte única de vida, como 

queira que a chamamemos: o Absoluto, Deus, a Realidade Divina, ou nomes similares”. (John Algeo)

“Reunir o disperso”

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 Ao ingressar no seguinte aposento do santuário pansó-co, encontrarás uma nova placa de pedra onde se encon-

tra inscrito o antigo axioma Ad dissipata coligenda, istoé: “reunir o disperso”. Uma águia bicéfala preside a cena,enquanto que o deus romano Jano mostra suas duas faces,dois aspectos de uma mesma realidade.

Nas culturas primordiais, reunidas em torno aocentro sagrado, toda disciplina, todo ofício, toda a ativida -

de humana se manifestava como uma imitação das condu-tas divinas. Dito de outro modo, nas sociedades míticas detempos pretéritos, todos os homens desempenhavam pa -péis sociais complementares de acordo com suas aptidões,sentindo-se parte de um todo integral harmônico, o qualdava um sentido transcendente às suas vidas. O ser huma -no, ao distanciar-se progressivamente desse “centro pri-

mordial” foi esquecendo-se de sua origem sagrada e se foienterrando cada vez mais no materialismo, dispersando-see estabelecendo barreiras que lhe foram distanciando dessenúcleo espiritual.

Enquanto a humanidade protagonizava esse distan-ciamento –que em linguagem judaico-cristã denomina-se“queda”– um conjunto de homens sábios tratou de manter viva a chama da sabedoria tradicional, um conhecimentoancestral e profundo, uma Filosoa Perene e atemporal:uma Pansoa.

Segundo a tradição esotérica, existe uma Doutrina-Mãe, uma ciência sagrada primordial, conhecida tambémcomo Brahma Vidya, Gnosis, Filosoa Perene ou Teosoa,

que remonta suas origens a estes tempos primordiais ime-

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retamente da fonte e compreenderemos a essência e o sen-tido profundo das mesmas.

O esotérico dá validade e sentido ao exterior e visí - vel. Uma cerimônia religiosa onde o ociante e os partici-pantes desconhecem o valor interno da mesma poderá seresteticamente muito vistosa e inclusive emocionante, masno fundo não deixará de ser uma paródia intranscendente,um espetáculo oco para homens adormecidos.

“Se queres o tutano, deves romper a casca”. (Eckhart)

Enquanto que o exotérico pode mudar dependendo dolugar e do momento, o esotérico permanece imutável. En-

quanto que o ensinamento primordial da Filosoa Pereneé muito antigo e se mantém sem alterações, a apresentaçãodo mesmo se adapta de variadas formas às diversas culturase períodos de tempo. Por esta razão, mesmo que os símbo-los tenham muitíssimas formas de apresentação, o conteú-do tem a mesma base e sempre nos leva à unidade.

Federico González diz que “enquanto o exotérico nos mostra o múltiplo e cambiante, o esotérico nos leva ao único e imutável” (10), enquanto que Fritjof Schuon ar-ma que “o esoterismo não vê as coisas tal e como aparecemsegundo uma certa perspectiva, mas tal e como são: ele se importa com o que é essencial e, portanto, invariável sob o véu das diversas formulações religiosas, uma vez que toma 

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piração máxima, o modelo a seguir e –desde uma perspec-tiva interna– representam o mesmo.

O mesmo conceito é transmitido através do simbolis-mo, onde se estabelece uma correspondência da rosa e dolótus com o sendeiro crístico e búddhico respectivamente:

O lótus oriental é uma planta que nca suas raízes nolodo, na obscuridade do lago, mas abre caminho e se des-envolve até a luz, ascendendo à superfície da água e abrindo

suas formosas pétalas ao sol.

Este processo representa o sendeiro espiritual, ou seja, a pureza que surge dentre a imundície, desde a matéria maisgrosseira à luz mais excelsa.

Deste modo, o homem com uma existência materiale incorruptível, pode imitar o lótus e elevar-se à transcen-dência. Nas antigas escrituras da Índia expressava-se esta ideia com a oração: “Da obscuridade, conduze-me à luz.Da morte, levai-me à imortalidade”. (13)

 A Rosa ocidental também se apresenta como uma ale-goria do caminho espiritual, com um talo longo coberto deespinhos (símbolo das diculdades do sendeiro) até lograr

uma magníca or vermelha, que abre suas pétalas à luz.Tanto os espinhos como a cor vermelha aludem ao sacrifí -cio e ao sangue, relacionados com o Cristo.

Os aspirantes e discípulos que seguem as sendas deCristo ou de Buddha são conscientes de que a única for-ma de alcançar a transcendência é “sintonizando-se” com

o arquétipo divino, fazendo-se uno com ele, isto é: fazendo

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nascer o Mestre em seu próprio coração. Esta sintonia selogra através do trabalho interior, construindo uma pon-

te simbólica com duas vias complementares de conexão: a Meditação e a Oração.

Enquanto que através da Meditação nós calamos eDeus nos fala, na Oração, pelo contrário, Deus cala e nósfalamos.

Certamente, utilizando estas vias podemos entrar

em comunicação direta com nosso Mestre, e as duas sãoefetivas se se realizam de forma consciente e em silêncio.Neste sentido vale a pena esclarecer que “orar” não digni-ca “pedir” e que “meditar” não signica “evadir-nos da realidade”.

Estas duas vias (a oração e a meditação) são medu-

lares em todas as tradições espirituais e se complementamcom uma terceira: o estudo dos textos sagrados. Neste sen-tido, temos que:

Deus fala-nos mediante a MEDITAÇÃO

Deus escuta-nos mediante a ORAÇÃO

Deus escreve-nos mediante seus TEXTOS SAGRADOS

“Se Jesus nascesse mil vezes em Belém, mas não nascer emteu coração, de nada te servirá”. (Angelus Silesius)

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 A união dos Mistérios Menores (Arte Real) com os Mistérios Maiores (Arte Sacerdo-tal) se representa tradicionalmente com a gura de um Rei-Sacerdote, sendo Melqui-sedec um dos referentes históricos mais antigos. Em Camelot, esta função é compar-tilhada por Artur como Rei e Merlin como Sacerdote.

O Cristo como arquétipo espiritual do Ocidente. (Fonte: “The Peace is Coming”, Jon McNaughton).

O Buddha como arquétipo espiritual do Oriente. (página oposta)

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 A Sala do Autoconhecimento

(Quarto aposento)“Para ser livre, uma pessoa deve conhecer-se a si mesma.O conhecimento próprio é o princípio da sabedoria; e semconhecimento próprio não pode haver sabedoria. Pode ha - ver conhecimento, sensação; mas a sensação é tediosa e pe - sada, enquanto que a sabedoria, que é eterna, nunca decai 

nem pode ter m”. (Jiddu Krishnamurti)

“Conhece-te a ti mesmo”

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Para ingressar no seguinte aposento, terás que abrir a porta de bronze onde se encontra gravada a frase “Nosce - 

te Ipsum” , a mesma que podia ser lida no frontispício doTemplo de Apolo, em Delfos: “Homem: conhece-te a timesmo e conhecerás o Universo e os Deuses”.

Dentro deste recinto, encontrarás um enorme espelhoque te mostra tal como és, sem os condicionamentos dossentidos. De um lado encontrarás uma nova lousa grava -

da onde voltará a aparecer a frase Noscete Ipsum, acom-panhada do desenho de um homem com os braços abertose um cisne branco. Em uma das paredes poderás apreciarum misterioso esquema esotérico intitulado “A árvore da Pansoa”, a qual apareceu pela primeira vez em um antigotratado alquímico-rosacruz do século XVII.

 A tradição hermética ensina que o ser humano é um mi-crocosmos feito à imagem e semelhança do Macrocosmo, eesta correspondência é o ponto de partida da Filosoa Pe-rene em seu estudo integral da constituição do ser humano.

Para os materialistas, ou seja, aqueles que negam qual-quer tipo de transcendência ou natureza espiritual, o ho-mem não é outra coisa que “carne e ossos”, o qual –por

meio de complicados processos eletroquímicos– pensa,sente e se move. Esta visão do homem como uma máqui-na física, produto de uma série de “causalidades” é própria da ciência profana, lha do iluminismo. Desde esta ótica,nada é sagrado e qualquer fenômeno transcendente é con-siderado produto da imaginação ou uma simples mentira.

Os espiritualistas, por sua vez, consideram o homem

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como “algo mais” que carne e ossos, e –com esta ideia emmente– tentaram ir além do evidente e entender a consti-

tuição essencial do ser humano, identicando os processose os mecanismos internos que fazem possível sua existência.

 A postura mais elementar (se excluirmos as posiçõesmaterialistas externas) estabelece uma diferença entre “cor-po” (corruptível) e uma “Alma espiritual” (imortal), a qual,após a morte passa a outro plano de existência mais sutil.

Esta visão –ao estabelecer uma dicotomia entre duas par-tes– recebe o nome de “dicotomita”.

Esta visão similar, ensinada nos evangelhos, conside-ra uma natureza humana tripla, ou seja: Corpo, Mente e Alma espiritual, ou melhor, Corpo, Alma animal e Alma espiritual (Espírito). Esta postura recebe o nome de “trico-

tomita”.

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 As doutrinas orientais referem-se em ocasiões a uma constituição quinária (exemplo: os koshas da tradição in-

diana como “envolturas” da chispa divina) e em outras a uma constituição setenária.

Nesta divisão de “sete veículos” aparece em várias co-rrentes esotéricas tradicionais e fundamenta este númerona matriz harmônica da Natureza que costuma ser conce-bida de forma setenária (exemplo: as sete notas musicais, as

sete cores do arco-íris etc.). Desta maneira, o ser humanocomo parte integrante da Natureza e interpretado, em simesmo, como uma unidade harmônica interpreta-se, en-tão, como uma realidade sétupla.

Sendo assim, mesmo os principais divulgadores do sis-tema setenário aceitam também que o sistema setenárioderiva do ternário, ou seja, que a adoção de um ou outro

depende de enfoques particulares, pois –em sua essência– oser humano não é ternário nem setenário, mas um “indiví -duo”, que etimologicamente deriva do “indiviso”, ou seja,uma unidade indivisível que utiliza diferentes veículos para atuar nos diversos planos.

Sendo assim, devemos esclarecer que a adoção de um

sistema setenário responde mais que tudo a motivos peda -gógicos. Inclusive, ao longo de todos nossos escritos, emmais de uma ocasião sintetizaremos este esquema em cincopartes, em especial ao nos referirmos ao sistema iniciáticotradicional inspirado nos cinco elementos (Terra–Água- Ar-Fogo-Éter) que correspondem ao corpo físico, ao corpo vital, ao corpo emocional, à mente de desejos e à Alma 

espiritual.

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Referindo-nos ao clássico esquema setenário, sabemosque as sete “partes” que constituem o Ser Humano são:

1) Corpo étero-físico, com uma parte física (sólidos, lí -quidos, gasosos) e uma parte etérea (com quatro éteres queregulam algumas funções internas e involuntárias do corpohumano).

2) Corpo prânico ou vital, que é a contraparte do cor-po étero-físico e onde reside a vitalidade do mesmo. Sobre

este corpo atuam a maioria dos medicamentos alopáticos ehomeopáticos, sendo também o campo de ação de outrasdisciplinas terapêuticas tradicionais (acupuntura, reiki, di-gitopuntura etc.). Através do veículo vital, o corpo físicopode viver.

3) Corpo emocional ou astral, que é veículo onde se

manifestam as paixões, as emoções e os sentimentos. Comas técnicas avançadas, os praticantes podem separar o corpoastral do físico mediante um “desdobramento” ou “viagemastral”.

4) Corpo mental inferior, que tem como função princi-pal a interpretação das sensações provenientes do meio cir-

cundante e convertê-las em percepções, as quais são com-binadas e armazenadas em nossa memória. Deste modo, a memória ajuda-nos a identicar objetos e circunstâncias,as quais tingidas pelo desejo convertem-se em “desejáveis”(atração), “indesejáveis” (repulsão) ou “neutras”.

O “quaternário” (mortal) tem um complemento trans-cendente também chamado “Eu superior” ou “Tríade” (em

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algumas ocasiões denominado simplesmente “Alma espiri-tual”), de natureza imortal e constituída por:

5) Manas (Mente Superior), o canal orgânico para opensamento abstrato e onde se armazenam os frutos da ex-periência humana através de múltiplas encarnações.

6) Buddhi (Corpo intuitivo), a inteligência para alémdo intelecto e da compreensão através da intuição.

7) Atma (Vontade Pura), que é a parte mais elevada de nosso Ser e da mesma natureza do Absoluto, por issotambém costuma ser chamado “Deus em nós”.

De acordo com este esquema, existe uma anatomia vi-sível e evidente, semelhantes a outra invisível e imperceptí - vel. Neste “homem invisível” existem uma série de órgãos ecentros sutis de natureza energética onde podem ser encon-tradas as principais causas de nossas enfermidades físicas epsíquicas, assim como de outros fenômenos que se mani-festam no organismo físico.

 Acepção Moderna Sânscrito Tradicional Elemento División

Étero-físico Sthula Sharira Soma  (Corpo)

Terra Quaternário

Inferior

 Vital ou prânico Prana sharira  Água 

Emocional ou Astral Linga Sharira Psyché(Alma animal)

 Ar

Mente de desejos Kama Manas Fogo

Mente pura Manas Pneuma  (Alma espiritual)

Éter TríadeSuperior

Intuitivo ou búddhico Buddhi

 Vontade ou mônada Atma 

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Os sete centros mais importantes da anatomia sutil doser humano estão dispostos ao longo da coluna vertebral erecebem o nome de chakras (“rodas”), a saber:

Os chakras são pontos de conexão ou de enlace pelos

quais ui a energia de um a outro veículo do homem. Estescentros sutis podem harmonizar-se, alinhar-se e ativar-seatravés de diversas técnicas que vão desde a meditação e a acupuntura.

Um chakra pode estar:

a) Bloqueado: quando gira muito lentamente, está deti-

do ou o faz em sentido contrário.

b) Acelerado: quando gira muito rapidamente.

c) Equilibrado: quando gira em velocidade vibratória correta.

Em outros volumes desta coleção estudaremos com

atenção estes corpos invisíveis onde se situam os chakras e

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Sânscrito Signicado Nome Localização.

Muladhara Fundação Raiz Genital-urinário

Swadisthana Lugar onde mora o Ser Genital Raiz dos genitais

Manipura Cidade das Gemas Plexo Plexo solar

 Anahata Não golpeado Cardíaco Coração

 Vishudda  Puro Laríngeo Garganta  

 Ajna Autoridade, mando Sobrance-lhas

Sobrancelhas

Sahasrara Mil pétalas Coronário Coroa da cabeça  

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CORPO FÍSICO

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CORPO VITAL

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do tronco original, um caminho fácil e ilusório que prome-te grandes poderes e revelações quase sem esforço.

O mesmo pode dizer-se dos livros. Um bom discípu-lo selecionará cuidadosamente suas leituras, preferindo osclássicos e as obras monumentais da tradição sagrada, tantodo Oriente como do Ocidente, e descartando as obras bara -tas de correntes esotéricas de moda. Tendo isto em mente,retornemos à inscrição da lousa: Pedes in terra ad sidera 

 visus. Este axioma exorta-nos a trabalhar aqui e agora, nopresente que nos toca viver e com os quatro elementos quetemos a mão, deixando de lado as frustrações do passadoe as fantasias do futuro. E, justamente, o que temos maisa mão e com o que devemos começar é por nós mesmos.Trabalhar internamente e puricar-nos a m de despertara consciência.

Como dissemos antes, os quatro corpos da personalida -de constituem o “quaternário inferior” e então, desde uma perspectiva iniciática, o primeiro labor deve centrar-se na puricação sobre estes veículos. Simbolicamente, estes cos-tumam relacionar-se com os quatro elementos da antigui-dade e com as etapas da Alquimia, a saber:

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Físico Terra Nigredo Negro Corvo Caverna  

 Vital Água   Albedo Branco Cisne Lago

Emocional Ar Citrinitas Amarelo Águia  Montanha 

Mental Fogo Rubedo Vermelho Pelicano Vulcão

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estão dispostos a atuar segundo o aprendido e passar da teoria à prática.

Em verdade, é absolutamente certo que –se bem quea leitura possa “abrir os olhos” e ajudar-nos a descobrir ocaminho espiritual– é impossível alcançar a iluminação ouiniciar-se assimilando informação. Por esta razão, é indis-pensável atuar segundo o aprendido através da ação, do au-toconhecimento e do serviço.

Os velhos alquimistas diziam: “Ora, lege, lege, relege;labora et invenies” (“Ora, lê, lê, lê e relê; trabalha e encon-tra”), fazendo referência a uma frase que encontraremos emoutra Sala: Ora et labora. O convite a “ler, ler, ler e reler”não quer dizer que nos convertamos em ratos de biblioteca,mas que descubramos o sentido oculto das palavras, a ver-

dadeira intenção do autor e sua implicação prática.

Repetiremos uma vez mais: os livros são um meio, nãoum m; e o esoterismo “intelectual” não leva a nenhuma parte, e simplesmente serve para encher nossa mente comdados e informação. Tomás de Kempis dizia: “Quem mui - to sabe e lê, se não obra segundo o aprendido e sabido, é 

como se convidado a uma mesa farta e abundante, levanta- se dela vazio e faminto.”.

Os extremos são maus e, neste sentido, aqueles que in-tentam “praticar, praticar, praticar” qualquer tipo de exer-cício sem ter em conta que a “ascese” deve ser metódica,gradual e, sobretudo, deve ser coerente, tampouco chegará a lugar algum. A prática não pode consistir em uma mescla 

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Conto: O bote de Nasrudin

 Às vezes Nasrudin transladava passageiros em seu bote.Um dia, um erudito exigente contratou seus serviços para que o transportasse à margem oposta de um caudaloso rio.

  Ao começar a cruzá-lo, o intelectual perguntou-lhe se a 

 viagem seria muito movimentada.

–Não me perguntes nada sobre isso –respondeu-lheNasrudin.

–E, nunca aprendeste gramática?

–Não –disse o Mulá.

–Nesse caso, desperdiçaste a metade de tua vida.

O Mulá não respondeu. Em pouco tempo abateu-seuma terrível tormenta e o precário bote de Nasrudin co-meçou a encher-se de água.

Nasrudin inclinou-se até seu acompanhante.

–Aprendeste a alguma vez a nadar?

–Não – respondeu-lhe o pedante.

–Neste caso perdeste TODA tua vida, pois estamos

afundando.

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 A Sala da Lei

(Sexto aposento)“Devemos conhecer as leis da vida superior se quisermos viver nela. Conhecei-as e vos elevarão à meta; porém se as ignorais, frustrar-vos-ão vossos esforços e nenhum resulta - do obtereis de vossa obra”. (Annie Besant)

“A Lei é dura, mas é Lei”

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polo positivo e um negativo, o qual, no reino humano, semanifesta como masculino e feminino.

Um dos labores fundamentais dos provacionistas e dis-cípulos, é harmonizar os opostos, transcendê-los e encon-trar o justo meio para descobrir a Unidade. Os orientais re-presentam perfeitamente este princípio no símbolo arcaicodo Yin e Yang.

5) O Princípio do Ritmo: “Tudo ui reui; tudo temseus períodos de avanço e retrocesso, tudo ascende e des - cende; tudo se move como um pêndulo; a medida de seumovimento à direita, é a mesma de seu movimento à es - querda; o ritmo é a compensação”.

O ritmo é uma lei essencial da Natureza, a qual pode

ser observda sem muitas diculdades em nossa própria  vida. O conhecimento íntimo deste princípio nos levará à compreensão de alguns fenômenos naturais que nos afetamdiretamente com a morte e o nascimento, assim como a compreender a necessidade de voltar a encarnar uma e ou-tra vez para aprender as lições necessárias antes de alcançara reintegração.

6) O Princípio de Causa e Efeito: “Toda Causa temseu Efeito, todo Efeito tem sua Causa; tudo acontece de acordo com a Lei; O Acaso é simplesmente um nome dado a uma Lei não reconhecida; há muitos planos de causalida - de, porém nada escapa à Lei”.

 A pessoa que somos atualmente é produto de uma série

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Mas, com mais de sessenta anos e meio cego, o rei nãopodia ler e pediu uma edição mais abreviada. Os eruditos

também haviam envelhecido. Concentraram-se durantecinco anos mais e, momentos antes da morte do monarca,retornaram com um único tomo.

“Morrerei, então, sem saber nada da História da Hu-manidade”, suspirou o rei.

 Junto à cabeceira de sua cama, o mais ancião dos eru-ditos lhe disse:

“Explicar-te-ei em poucas palavras a História da Huma -nidade: o homem nasce, sofre e, nalmente, morre”.

Nesse instante o rei expirou.

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apropriado para uma comunicação sem interferências. Es-tas técnicas preliminares formam parte da “ascese iniciáti-

ca”, um método progressivo de aperfeiçoamento interno econsciente a m de tomar o controle, dominando nossasemoções e nossos pensamentos. Só assim lograremos en-contrar-nos com esse “Deus em nós”.

“Não é possível alcançar o Adeptado e o Nirvana, a Felici - 

dade e o Reino dos Céus, sem unir-nos indissoluvelmente ao nosso Rei da Luz, o imortal Deus que está em nós”.

(Helena Blavatsky)

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Deus próximo a ti

Sêneca 

Não é mister alçar as mãos ao céu nem rogar ao guardião dotemplo a m de que nos admita a falar ao ouvido da estátua como se tivéssemos que ser mais ouvidos: Deus encontra-sepróximo de ti, está contigo, está dentro de ti. Sim, Lúcio;

um espírito sagrado reside dentro de nós, observador denossos males e guardião de nossos bens, o qual nos trata tal como é tratado por nós. Ninguém pode ser bom sem a ajuda de Deus; pois, quem poderia sem auxílio elevar-sepor cima da fortuna?

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Com relação a nossa vida interna, nossa tarefa é ela -borar um plano estratégico que nos leve pelo bom rumo,

seguindo uma “ascese”, um método progressivo de desen- volvimento indo do mais denso ao mais sutil, sem saltarmosnenhum passo.

O objetivo último da ascese é a Iniciação, a iluminaçãoda consciência, a reintegração com Deus, e por isso cada escalão é importante para chegar a tão elevada meta.

 Ao relacioná-lo e integrá-lo com o Sendeiro de Ini-ciação, o método de desenvolvimento que promoveremosatravés destes escritos não é uma ascese qualquer, mas uma “ascese iniciática”, uma autêntica práxis alquímica estru-turada em quatro graus de trabalho: Nigredo (corpo fí -sico, terra), Albedo (corpo vital, água), Citrinitas (corpo

emocional, ar), Rubedo (mente de desejos, fogo), e maisum quinto grau (Alma espiritual, éter) que complementa ecompleta o ciclo.

Enquanto que os iludidos vem a iniciação simplesmentecomo uma cerimônia honoríca em um espaço preciso ecom pessoas ans, a ascese iniciática implica em viver a Ini-

ciação no dia a dia, com provas de Terra, Água, Ar e Fogo a cada instante, com cada decisão que tomamos.

Mediante o método de trabalho interno, o discípulo lo-gra conciliar os opostos e matar o homem velho (palaiosanthropos), para que nasça o Homem Novo (neos anthro-pos), convertendo uma existência profana (com um tempo

e espaço desacralizados) em uma vida puricada e sagrada,

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entendendo a antiga frase oriental: “para os puros, tudo é  puro”.

 A palavra “ascese” pode ser considerada anacrônica nosmeios profanos porque implica em um esforço disciplinadopara conseguir algo e muitas vezes costuma-se relacionarcom as práticas de autoagelação realizadas num entornomonástico. Na realidade, a palavra provém do grego e fazreferência aos exercícios que usavam os atletas e os soldados

para seu treinamento físico, mas posteriormente foi toma -da pelos lósofos espiritualistas para ilustrar certos métodosde aperfeiçoamento interior.

 Alguns métodos ascéticos reconhecidos são o Yoga dePatanjali, os Exercícios Espirituais de São Ignácio de Lo-yola, a senda carmelitana de São João da Cruz, o “Solve et

Coagula” alquímico, o V.I.T.R.I.O.L. maçônico, o méto-do Zen, etc.

Para que o desenvolvimento seja realmente integral, ne-cessitamos de uma ascese que purique todos os nossos veí -culos, utilizando diferentes práticas e ferramentas precisaspara poder alinhá-los e despertar a nossa consciência, um

processo contínuo que implica em trabalhar como a abelha:dentro-fora. Em seguida realizaremos uma rápida revisãoao método de desenvolvimento interno que usa a escola “Opus Philosophicae Initiationis”, o qual é explicado maisprofundamente em outros volumes desta coleção.

No primeiro grau da ascese iniciática o ponto focal está 

dado no elemento Terra, atentando-se a vários aspectos de

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» Não te basta ouvir o mundo para alcançar este te - souro, nem o renunciar a seus desejos, nem o desapego de 

tudo o criado, se não te desapegares de todo desejo e pen- samento. Repousa neste místico silêncio e abrirás a porta 

 para que Deus se comunique contigo, se una contigo e te transforme”. (19)

Os discípulos avançados costumam retirar-se ao templode seu coração, o Santuário do Ser, distante do caos e as

celeridades da sociedade profana, e nesse lugar silenciosocomungar com seu Mestre Interno, escutando sem inter-mediários seus ensinamentos.

“Unicamente na mente silenciosa onde se pode edicar a verdadeira consciência”. (Sri Aurobindo)

Resumo da Sala de Trabalho

* O Sendeiro Iniciático implica em compromisso e emnovo estilo de vida. Não é um “hobby” mas sim uma mu-dança integral, uma verdadeira revolução da consciência.

* Para trabalhar interiormente, propomos uma asceseiniciática, uma autêntica práxis alquímica estruturada emquatro graus de trabalho nigredo (corpo físico, Terra), al-bedo (corpo vital, Água), citrinitas (corpo emocional, Ar)e rubedo (mente de desejos, Fogo), mais um quinto grau(Alma espiritual, Éter) que complementa e completa o ci-

clo.

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Na sala seguinte, encontrarás sobre uma esplêndida mesa de carvalho um facho de espigas atado com tas de

 várias cores e em uma das paredes uma nova placa com a inscrição “Fraterna Caritas est Ducis” (“O Amor entre osIrmãos é doce”).

Na atual sociedade do “politicamente correto” fala-semuito de fraternidade humana, mas simplesmente comouma aspiração vaga, um “slogan” bonito usado como uma 

proteção perante uma realidade impiedosa. A Sabedoria  Antiga, por sua parte, refere-se à Fraternidade Universalcomo uma lei da natureza pois ensina que todos os homenssão UM, células integrantes da Vida Una, do Absoluto,chispas divinas emanadas do mesmo fogo.

Neste sentido, a Fraternidade não pode ser considerada 

um sonho bonito e sim um FATO, ainda que os homensadormecidos não possam dar-se conta disto, e sigam bus-cando qualquer desculpa para a separação e a diversidade(religiões, raças, nacionalidades, classes sociais, orientaçõessexuais, simpatias desportivas, etc.). O caminho para con-cretizar a Fraternidade Universal em nosso planeta passa pela citada restauração sociedade primordial, integrada por

cidadãos do mundo conscientes e lúcidos, unidos sob uma única Lei, a regra de ouro dos antigos resumida na sen-tença: “Trata o próximo do mesmo modo que desejas sertratado”. Esta é a pedra fundamental da ética das religiões:o amor consciente.

Proclamar a Fraternidade Universal e pretender que to-dos os seres humanos tomassem consciência de sua realida -

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Mantra da Unicação

Os lhos dos homens são um e eu sou um com eles,

Cuido de amar, não de odiar;

Cuido de servir, não de exigir serviço;

Cuido de curar, nunca de ferir.

Que a dor traga a devida recompensa de Luz e Amor,

Que a Alma controle a forma externa,

 A vida e todos os acontecimentos

E traga a Luz, o Amor subjacente

 A tudo o que ocorre nesta época.Que cheguem visão e percepção internas.

Que o porvir seja revelado,

Que a união interna seja demonstrada 

E que cessem as divisões externas.

Que prevaleça o Amor.

Que todos os homens amem.

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Conto: Sou Tu

O amante chama à porta do Amado: “Quem és?”, per-guntou-lhe o Amado. “Sou eu”. E a porta não se abre.

O Amado repete a pergunta e o amante segue pergun-tando “sou eu”. A Porta não se abrirá até que o amante nãoresponda: “Sou Tu”.

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 A Sala da Virtude

(Décimo primeiro aposento)“O fato de que milhões de pessoas compartilhem os mes - mos vícios não converte esses vícios em virtudes; o fato de compartilharem muitos erros não converte estes em ver - dades, e o fato de que milhões de pessoas padeçam das mesmas formas de patologia mental não faz dessas pessoas 

 gente equilibrada”. (Erich Fromm)

“A Virtude é nossa recompensa”

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pensamentos, a m de não nos deixarmos arrastar por uma sociedade insana.

Em nossa época dessacralizada, o virtuoso rema con-tra a corrente, enquanto que o vicioso não necessita remar,porque a própria corrente o arrasta. Não obstante, uma so-ciedade enferma como a nossa pode ser de grande utilidadecomo ginásio psicológico, uma sala de treinamento para a  Alma espiritual. Enquanto que os covardes se desanimam

ante a menor diculdade, os valentes sabem que a adversi-dade os fará mais fortes. Oliver Wendell Holmes dizia: “Se eu possuísse uma fórmula para evitar as diculdades, não a difundiria a meu redor. A ninguém faria bem. Os inconve - nientes engendram a capacidade de se lhes opor”.

 A Virtude implica em uma força interior que nos per-

mite tomar as decisões justas nos momentos precisos para poder evoluir conscientemente. A senda virtuosa implica em vencer nossos defeitos, do mesmo modo que o meninoda placa simbólica logra dobrar as serpentes peçonhentas. Vencer nossas paixões não implica reprimi-las, mas trans-mutá-las, convertê-las em algo melhor. Cada coisa que exis-te em nosso interior tem seu propósito, por isso nosso labor

é converter o mau, o grotesco e o inútil naquilo que é bom,belo e útil.

 Aristóteles falava da “regra dourada” ou do “justo meio”explicando que a felicidade encontra-se na virtude, não no vício. De acordo com ele, “A summa summarum de toda sabedoria humana é a regra de ouro ‘ne quid nimis’, dema -

siado ou demasiado pouco deixa tudo a perder”.

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Deste modo podemos estabelecer que os extremos são“viciosos” enquanto que o caminho do meio é “virtuoso”. A seguinte tábua resume este ponto:

Platão, por sua vez, considerava quatro virtudes funda -mentais: Prudência, Justiça, Fortaleza, e Temperança que

são quatro hábitos que se adquirem através da disciplina eda repetição.

“As virtudes não se originam nem por natureza nem contra a natureza, mas se fazem em nós que, de um lado, estamos capacitados naturalmente para recebê-las e, de outro, as aperfeiçoamos através do costume”. (Aristóteles)

Resumo da Sala da Virtude

* Para construir uma sociedade nova e melhor, nossa  vida deve ser um exemplo de Virtude.

* Para além da moral passageira, que hoje estima uma 

coisa como correta e amanhã como incorreta, existe uma ética universal e atemporal, comum a todas as tradições es-pirituais.

* Em nossos dias, o virtuoso rema contra a corrente,enquanto que o vicioso é arrastado pela mesma corrente.No cotidiano de uma sociedade insana, os caminhantes en-contram seu próprio ginásio psicológico.

Covardia (vício) Temeridade (vício) Valentia (virtude)

 Avareza (vício) Esbanjamento (vício) Generosidade (virtude)

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de transmutar o feio no belo, o inútil em útil e mal embom.

Saberás também que és um guerreiro luminoso que de- verás enfrentar-te com valentia com o desconhecido e de-rrotar os quatro dragões dos elementos, a m de tebanharescom o sangue e obter assim sua força.

Compreenderás nalmente, que como representanteda espécie humana neste recinto sagrado, és a promessa de

um mundo novo, porque a semente do Homem Novo está começando a brotar em teu coração. Rega-a e permita-lhecrescer.

 A revolução silenciosa dos nobres de coração está muitopróxima. Os tempos cada vez são mais propícios, ainda quedevamos esperar mais obscuridade neste mundo do avesso,

pois nossa civilização enferma deverá “descer ao fundo dopoço” antes de poder centrar-se na construção de um mun-do melhor.

Esta penosa situação não era desconhecida pelos an-tigos, que nos ensinaram que nossos tempos de decadên-cia correspondia à idade mais obscura, a idade de ferro ou

“Kali-yuga”, um período sombrio de maldade, guerras edesordem onde o vício se converteu na norma e a virtude,na exceção.

Nossa tarefa é seguir um exemplo decidido de Gandhie Thoreau e conformar uma resistência pacíca a este reinode caos, convertendo nossa existência em um movimentode “contra fricção que pare a máquina” , a m de custodiar

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e preservar a chama eterna obedecendo ao mandato de Ed- ward Carpenter:

“Oh, não deixeis morrer a chama! Protegida com ter - 

nura de idade após idade nas obscuras Cavernas, em seus santos templos cuidada. Alimentada por puros ministros de amor, não deixeis morrer a chama”.

Perante o avanço das trevas, da morte e do ódio, a única solução é converter-nos nós mesmos em fonte de Luz, de

 Vida e de Amor, fazendo-nos eco das palavras de São Fran-cisco de Assis:

Senhor, faz de mim um instrumento de tua paz.

Houver ódio, que eu leve Amor.

Onde haja ofensa, que eu leve Perdão.

Onde haja discórdia, que eu leve união.

Onde houver dúvida, que eu leve a Fé.Onde houver desespero, que eu leve a Esperança.

Onde houver tristeza, que eu leve a Alegria.

Onde houver trevas, que eu leve a Luz.

Ó Mestre,

Concede-me que eu não busque ser consolado,

Mas sim consolar.

Ser compreendido, mas sim compreender.

Ser amado, mas sim amar.

Porque: é dando que se recebe,

 perdoando se é perdoado,

Morrendo se ressuscita à Vida Eterna.

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Seguir a sabedoria e ir contra a corrente, evitando o ca -minho fácil da multidão. Esta situação não é nova e já era 

conhecida por alguns dos antigos lósofos:

“Os que buscam uma vida superior na prudência, os que aspiram viver éis a seus princípios espirituais, devemestar preparados para ser objeto de crítica e condenação.Muitas pessoas que baixam progressivamente a lista de suas aspirações pessoais em uma tentativa de ganhar aceitação 

social e mais comodidade na vida, terminam amargamente ressentidos com os que têm inclinações losócas e se ne -  gam a compreender seus ideias espirituais em sua busca de melhorar-se a si mesmos. Nunca vivas em função destas Al - mas débeis. Compadece-te delas ao mesmo tempo em que te manténs rme no que tu sabes que é bom”. (22)

Nobre caminhante: o sendeiro que deves transitar nãoé fácil, mas é o único digno de ser percorrido. Os Mestresde Sabedoria conam em teu esforço, pois necessitam deum exército de seres humanos melhores, conscientes de sua  verdadeira identidade e dispostos a trabalhar por um desti-no mais luminoso.

 Adiante! Atreve-te a avançar! Semper Ascendens!

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Resumo da Sala dos Mistérios

* Toda peregrinação iniciática culmina no centro, nosimbólico “Sancta Sanctorum” onde se alcança Iluminaçãoda consciência.

* Seguir a sabedoria signica ir contra a corrente, evi-tando o caminho fácil da multidão.

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Glossário de termos

 Absoluto: Inteligência macrocósmica, o Uno sem se-

gundo ou simplesmente “o Mistério dos mistérios”. Uma

forma apropriada para denominar a “Deus”, a Divindade

como um todo.

 Adepto: Seres humanos que alcançaram a Maestria,

pois nalizaram a senda iniciática que nós estamos perco-rrendo ou começando a percorrer. Simbolicamente abri-

ram a “porta do templo” alcançando a Iniciação e amplian-

do Sua Consciência.

 Albedo: Segunda etapa da ascese alquímica. Passagem

desde as trevas à luz, vivicando e vitalizando a matériacom a vida. Neste grau, o trabalho interno centra-se no

corpo vital ou prânico, ou seja, aquele que anima e dá vidaao corpo físico. Câmara branca.

 Alinhamento: Labor de ordenar e “puricar” os qua-

tro corpos da personalidade (físico, vital, emocional e men-

tal inferior) convertendo cada veículo da personalidade em

um instrumento ecaz às ordens do Eu Superior.

 Alma espiritual: A Tríade Manas-Buddhi-Atma, o EuSuperior.

 Arte: Atividade criativa do homem que –mediante a

combinação de matérias-primas, sons e imagens– busca a

comunicação de uma ideia ou emoção, para produzir uma

reação no espectador.

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a ciência profana concentra-se na observação e interpre-

tação dos fenômenos naturais físicos, desconhecendo ou

ignorando a “realidade espiritual ou invisível”. A Sabedoria Antiga propõe uma nova Ciência, útil ao desenvolvimento

da consciência e absolutamente compatível com a vida es-

piritual.

Ciências Arcanas: Disciplinas antigas cujos vestígios

chegaram até nós na forma do Tarô, do I-Ching, da Astro-

logia, etc. mesmo que a sociedade materialista tenha se en-

carregado de banalizá-las e adaptá-las aos desejos egoístasdos homens, removendo seu conteúdo espiritual.

Citrinitas:  Terceira etapa da ascese alquímica. Nesta

etapa o candidato deve centrar seu trabalho no corpo emo-

cional, no controle e na puricação das emoções, harmo-

nizando, além disso, seus centros sutis (chakras) através da

 vocalização e no canto devocional. Câmara amarela.

Consciência: compreensão íntima de quem somos,

aonde vamos, qual é nossa natureza e qual é a nossa mis-

são nesta vida. Segundo os ensinamentos arcaicos, o ser

humano tem a consciência adormecida e poderá despertarde duas maneiras fundamentais: uma agradável, através da

ascese (o trabalho interior) e outra desagradável, medianteo sofrimento.

Constituição setenária: Divisão de “sete veículos” ou

corpos no ser humano, em consonância com os ensina-

mentos esotéricos: corpo étero-físico, corpo vital, corpo

emocional, mente de desejos, Manas (Mente Superior),

Buddhi (Corpo Intuicional), Atma (Vontade Pura).

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Dharma: “Sendeiro da Vida”, “Ordem universal”,

“Lei”, “Dever”, desde um ponto de vista prático traduz-secomo “Propósito de vida”.

Discípulo: Pessoa que transcendeu sua condição de

provacionista e que foi aceita a passar às cinco iniciações

da Alma Espiritual (Terra-Água-Ar-Fogo-Éter).

Elementos: Terra, Água, Ar, Fogo e Éter.

Esoterismo: Conhecimento interno, invisível e essen-cial. Toda doutrina tem seus graus de ensinamento: um ex-

terno (exotérico) e outro interno (esotérico). Ambos são

opostos e, por sua vez, complementários, mas o esoterismoé o que dá sentido ao exterior e visível. Uma cerimônia re-

ligiosa onde o ociante e os frequentadores desconheçamo valor interno da mesma, poderá ser muito bonita esteti-

camente e inclusive emocionante, mas no fundo será umaparódia intranscendente, um espetáculo oco para homensadormecidos.

Estados de consciência: Diversos graus do despertar

da consciência, desde o sonho profundo do vulgo profano

à vigília dos Adeptos que alcançaram a iluminação.

Exoterismo: Conhecimento externo, visível e super-

cial, oposto e complementar do esoterismo.

Filosoa: Amor à Sabedoria.

Filosoa Perene: Sabedoria tradicional, atemporal e

integradora, um conhecimento ancestral e profundo que

dá as ferramentas básicas para o aperfeiçoamento humano.

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Homem Novo: “Neos Anthopos”, o Iniciado perfei-

to, o ser humano que se puricou através dos cinco ele-

mentos, o único que pode constituir uma elite para guiar ahumanidade a um mundo novo e melhor.

Homem Velho: “Palaios anthropos”, o homem ape-

gado à matéria, escravo dos sentidos, sem propósito e sem

transcendência na vida.

Iniciação: A iluminação, a reintegração com Deus. Éum “estado de consciência” que se alcançou logo após uma

esforçada peregrinação por um caminho de aperfeiçoamen-

to chamado tradicionalmente “Sendeiro Iniciático”.

Kama-manas: Mente inferior, tingida de desejos, pelo

que também recebe o nome de “mente de desejos”.

Karma: O Princípio de Causa e Efeito: “Toda causatem seu efeito; todo efeito tem sua causa; tudo sucede de

acordo à Lei; o acaso não é mais que o nome que se dá àlei não reconhecida; há muitos planos de causalidade, masnada escapa à Lei”. Não existe o acaso, casualidade. Todo

acontecimento não é fortuito, mas forma parte de uma ca-

deia de causas e efeitos.

Manas: Mente Superior. É o instrumento da Alma es-

piritual para atuar no plano dos pensamentos, tanto con-

cretos como abstratos que usam o cérebro como um canal

de comunicação entre a Mente e o corpo étero-físico.

Meditação: Disciplina espiritual mediante a qual pode-

mos alcançar o silêncio necessário que nos permitirá entrarem comunicação direta com nosso Mestre Interior.

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Metanoia: ruptura com a vida cotidiana e profana para

ingressar em uma nova existência regida por princípios

transcendentes e por uma comunicação íntima com a di- vindade. Eliade a chama de “ruptura de nível”.

Mistérios: Conhecimento ancestral dividido em “Mis-

térios Menores” (Arte Real) e “Mistérios Maiores” (Arte

Sacerdotal). Os Mistérios Menores são o meio de puri-

cação iniciática dos provacionistas, enquanto que os Misté-

rios maiores compreendem as iniciações discipulares.Morte: É a culminação de uma vida ligada à lei dos ci-

clos, ou seja, a passagem de um estado a outro que implica

no nascimento em outros planos.

Nigredo: Primeira etapa da ascese alquímica ou morte

mística. O primeiro passo da Grande Obra, na qual a ma-

téria se reduz à putrefação. A Câmara negra.Oração: Disciplina espiritual mediante a qual podemos

entrar em comunicação direta com nosso Mestre Interior.

Não tem nada a ver com os pedidos egoístas a um Deus

antropomórco e caricato de barba branca.

Pansoa: Saber total. Filosoa Perene e atemporal.

Personalidade: Os quatro corpos do “quaternário in-

ferior”. Físico, vital, emocional e kama-manas. A palavra“personalidade” vem do latim “persona” que não é outra

coisa que “máscara”. As máscaras teatrais clássicas alémde ocultar o rosto verdadeiro tinham um orifício que faziaamplicar a voz (“per sonare”, ou seja, “ressoar”).

Política: A arte e a ciência de administrar a vida públi-

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Rubedo: Quarta etapa da ascese alquímica. Nesta eta-

pa o candidato trabalha na puricação de sua mente de

desejos, compreendendo o processo emocional em relaçãocom seus pensamentos. Câmara vermelha.

Sendeiro Iniciático: Processo metódico que nos leva

desde as trevas à luz, atravessando diversas provas e desa-

os através dos Quatro Elementos. Simbolicamente, estepercurso culmina após abrir a “porta do templo” e entrar

no Santuário do Ser ou “Sancta Sanctorum”.Sinergia:  Ação de duas ou mais causas cujo efeito é

superior à soma dos efeitos individuais, ou seja, a atividade

coordenada de vários indivíduos para alcançar uma metaem comum, em benefício de todos.

Sociedade primordial: Sociedade em que o ser huma-

na estava em comunhão com os deuses, vivendo em paz eharmonia com seus semelhantes. Este estado primordialfoi relacionado com o Paraíso, a Atlântida ou Hiperbórea.

De acordo com a Filosoa Perene, o objetivo último daPolítica é a restauração desta sociedade perfeita.

 Tríade superior:  A Alma espiritual constituída por

Manas, buddhi e Atma. Porção transcendente e imortal doser humano.

 Vulgo profano:  Aqueles que –por ignorância e ilusão,

não por maldade– se aferram ao mundo material e ignoram

a possibilidade de viver uma vida mais plena e assentada

em princípios espirituais.

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Referências bibliográcas e notas

(1) Blavatsky, Helena: La voz del silencio. México D.F. Diana, 1979.(2) Por “arte sacra” não queremos indicar “arte religiosa”, mas sim uma nova arte que, que surja da consciência.(3) Alguns tradutores interpretam “Metanoia” como “arrependimento” e in-clusive “penitência”.(4) Epicteto: Manual de vida. Palma de Mallorca, JoséJ. de Olaeta, 1997.(5) Calle, Ramiro: Cuentos espirituales del Himalaya. Málaga, Sirio, 2004.(6) Plutarco citado en: Perry, Whitall N.: Tesoro de sabiduría tradicional. Pal-ma de Mallorca, JoséJ. de Olaeta, 2000.

(7) Versión didáctica de la alegoría de la caverna presentada por Gaarder, Jors-tein: El Mundo de Sofía, Madrid, Siruela, 2004.(8) Epicteto: Manual, op. cit.(9) Calle, Ramiro: 101 cuentos clásicos de la India: la tradición de un legadoespiritual. Madrid, EDAF, 1994.(10) González, Federico: Introducción a la Ciencia Sagrada. Disponible en la 

 web.(11) Schuon, Fritjof: El esoterismo como principio y como vía. PAlma de Ma -llorca, JoséJ. de Olaeta, 2003.

(12) “Ex Oriente Lux” é uma máxima correta nos tempos da velha Roma,mas se tivermos em conta um conhecimento arcaico originado numa sociedadeprimordial que se remonta à Atlântida ou –mais longe ainda– na Hiperbórea,deveríamos falar de “Ex Septentrionis Lux”, que provém da mítica civilizaçãodo Pólo Norte relacionada com Thule e com a segunda raça da Teosoa.(13) Brhadaranyaka Upanisad(14) Tomado da revista teosóca “El Loto Blanco” de noviembre 1921.(15) De Mello, Anthony: La oración de la rana. Bilbao, Sal Terrae, 1988.(16) Tres Iniciados: El Kybalión. México D.F., Orión, 1977.

(17) Pavri, Pestanji: Teosofía explicada en preguntas y respuestas. MéxicoD.F., Orión, 1988.(18) A palavra “laberinto” também provém de “labrys” como estudaremos emoutros escritos de OPI.(19) Molinos, Miguel de: Guía espiritual. Barcelona, Linkgua ediciones, 2009.(20) Rojas, Enrique: Siete síntomas de nuestro tiempo. Periódico ABC, 2 de

 junio de 2003.(21) Os “maquis” o “partigiani” eram os membros da resistência ao nazismodurante a Segunda Guerra Mundial na França e Itália respectivamente.

(22) Epicteto: Manual, op. cit.

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O Programa OPI

Em 1928, Eduardo Alfonso fundou na Espanha a “Schola Philosophicae Initiationis” (S.P.I.) junto ao recon-hecido lósofo Mário Roso de Luna como uma reação à profunda crise da Sociedade Teosóca.

 A S.P.I. tinha como objetivo “o estudo das losoas,ciências e artes, comparadamente e em suas mútuas re-

lações, e por nalidade a saúde e cultura de seus membrose seu progresso moral”.

Lamentavelmente, a morte de Roso de Luna (1931), eo começo da Guerra Civil Espanhola (1936) e o encarcera -mento de Eduardo Alfonso por parte das forças franquistas(1939) foram três duros golpes que a Escola Filosóca nãosuportou, após o que entrou “em sonhos” durante o resto

do século XX.

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Inspirados no espírito da S.P.I. e adequando sua pro-posta às necessidades do século XXI, um grupo de estudan-

tes da Sabedoria Antiga reunidos no ano de 2009 na cidadede Lima decidiu retomar o projeto original de Alfonso eRoso de Luna para convertê-lo em um ambicioso Programa de estudos que se batizou “Opus Philosophicae Initiatio-nis” (OPI).

OPI surgiu como uma iniciativa eclética, universalista 

e não-dogmática para o estudo, a prática e a divulgação da Sabedoria Antiga.

 Através de vários níveis de estudo e aprofundamento, oPrograma OPI dá, através de monograas e livros, as liçõesnecessárias para descobrir, aprender e vivenciar a Filosoa Perene.

Nas seguintes páginas daremos uma breve resenha dosquatro primeiros níveis de estudo deste Programa.

Cada um dos módulos apresentados corresponde a umdos tomos da “Enciclopédia de Sabedoria Antiga”, os quaispode ser considerados como manuais do estudante para cada nível.

Mais informações: www.initiationis.org 

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MÓDULO 1 - NÍVEL 1

OS PILARES DA PANSOFIA Este módulo é a introdução do Programa OPI e contém umresumo geral das matérias que são aprofundadas nos módu-los seguintes.

TEMÁRIO GERAL 

* Ruptura de Nível: Metanoia * O Despertar da consciência * A ascese iniciática * A Doutrina-Mãe* Esoterismo e Exoterismo* Constituição setenária do ser humano* Os quatro elementos e o trabalho interno* Os 7 Princípios Herméticos* Reencarnação, Karma y Dharma * O mistério de Deus* A Fraternidade Universal e a Vida Una.* O caminho da virtude* A sociedade primordial

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MÓDULO 2 - NÍVEL 2

O CASTELO INTERIOR Este módulo estuda o ser humano e sua constituição setená -ria, assim como os processos emocionais relacionados com osdesejos e pensamentos.

TEMÁRIO GERAL 

* Concepções sobre a constituição humana * A constituição setenária * O corpo físico e a contraparte etérica * O relaxamento* Os cinco sentidos* O corpo vital

* A respiração* O corpo emocional* Os chakras e os nadis* A energia serpentina ou Kundalini* A mente de desejos* Introdução à psicologia esotérica * O alinhamento dos corpos

* O professo emocional* A mente superior ou Manas* Buddhi e Atma 

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MÓDULO 3 - NÍVEL 2

 A RODA DE SAMSARA Este módulo estuda o ser humano em relação com o Univer-so, focando-se no ciclo da vida e da morte, assim como as leisque regem tanto o microcosmo como o Macrocosmo.

TEMÁRIO GERAL 

* Os princípios do Universo* A reencarnação* O Karma * O Dharma e o propósito na vida * A morte* Os processos post-mortem* A sexualidade* A gestação e os septênios da vida * Os ritmos biológicos e os ciclos vitais* A iluminação* A reintegração ao Uno

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MÓDULO 4 - NÍVEL 2

LABIRINTOS E DRAGÕES I ASCESE INICIÁTICA 

Neste módulo se apresenta ao estudando uma “ascese”, ouseja, um método gradual para o trabalho interno a m delograr um desenvolvimento integral e um despertar da cons-

ciência.

TEMÁRIO GERAL 

* Marco Conceitual: a Ascese, a Iniciação, as etapas do sen-deiro iniciático, a Alquimia, os estados de consciência.

* Marco Simbólico: o Mito como verdade metafísica. OLabirinto, os Quatro Elementos, os Dragões, os EspíritosElementais, o Caminho do Herói, o Guardião do Umbral,a Porta do Templo, o Centro.

* Metodologia de Trabalho Espirituala) Trabalho com o corpo físico

b) Trabalho com o corpo vitalc) Trabalho com o corpo emocionald) Trabalho com a mente de desejose) Trabalho com a Alma espiritual

* A folha de Rota 

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MÓDULO 5 - NÍVEL 2

 A PORTA DO TEMPLOSeguindo o esquema das sete dimensões religiosas, neste mó-dulo se entregam as chaves para entender o fenômeno re-ligioso, atentando-se particularmente ao Tempo e Espaçosagrados.

TEMÁRIO GERAL 

* A Doutrina-Mãe* As sete dimensões religiosas* A dimensão material* O espaço sagrado e o templo como centro do mundo

* A dimensão vital* A egrégora e o ritual* A dimensão mítica * O tempo sagrado e o tempo profano* A dimensão doutrinal* O debir* A dimensão ética 

* A regra de ouro* a dimensão experimental* Os caminhos espirituais e os mestres* A teologia e o mistério de Deus* O Triplo Logos

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MÓDULO 6 - NÍVEL 3

 A CIÊNCIA ARCANA Este módulo estuda o Tarô não desde uma perspectiva divi-natória , mas como um compêndio de símbolos arquetípicos,que podem ser usados como guia por aqueles que desejemtrilhar o sendeiro iniciático.

TEMÁRIO GERAL 

* Origens do Tarô* As sete chaves de interpretação* Simbolismo esotérico dos arcanos maiores* Os marcos dos arcanos maiores

* Os arcanos menores* Conceito de oráculo* Em sintonia com os arcanos

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MÓDULO 7 - NÍVEL 3

LABIRINTOS E DRAGÕES IIPROPÓSITO E PROJECTO

Este módulo estuda o Propósito na vida, proporcionando aoestudante ferramentas para tomar o controle de sua vida etraçar um Projeto de vida que o guie à autorrealização.

TEMÁRIO GERAL 

* A felicidade e a autorrealização* O sentido da vida * O Dharma e o propósito de vida 

* Os sete hábitos de Stephen Covey * A prosperidade* O medo* A dor como veículo de consciência * Traçar um projeto de vida * A vontade* Recapitulação pessoal

* O perdão e a liberação do passado* As áreas de excelência * Aproveitamento do tempo* Metas e planicação estratégica 

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MÓDULO 8 - NÍVEL 3

O PEREGRINO DA ROSACRUZ Este módulo estuda o nascimento e desenvolvimento da tradição da Rosacruz como modelo estrutural iniciático,permitindo-nos, assim, compreender os principais conceitosligados ao Sendeiro.

TEMÁRIO GERAL 

* Origens e inuências da Rosacruz* A “Fama Fraternitatis”* A gura de Christian Rosenkreutz* O Colégio Invisível da Rosacruz* A “Confessio Fraternitatis”* A elite e o “neos anthropos”* O alfabeto celeste e a língua perdida * O esperanto* “As bodas Alquímicas de Christian Rosenkreutz”* A ascese alquímica * Do Colégio Invisível às sociedades visíveis

* O neorosacrucismo* Simbologia rosacruz* A rosacrucicação da sociedade e o utopismo

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MÓDULO 9 - NÍVEL 3

 A CHAVE DE MARFIMEste módulo estuda a Iniciação em relação às escolas de mis-térios da antiguidade, abordando a origem da Tradição e sua adaptação às diversas regiões do planeta.

TEMÁRIO GERAL 

* A Tradição Primordial* Hiperbórea e a Atlântida * Os grandes instrutores e a fraternidade dos Mestres* A arte real e a arte sacerdotal* Os mistérios menores e os Mistérios Maiores* A busca do Santo Graal* As escolas de mistérios* Os mistérios órcos* Os mistérios de Elêusis* Os mistérios de Pitágoras* Os mistérios do Egito* Os mistérios de Mitra 

* Os mistérios da Índia * Os essênios* Os mistérios crísticos e la gura do Cristo* A restauração dos mistérios

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MÓDULO 10 - NÍVEL 4

 A SERPENTE EMPLUMADA Este módulo estuda a tradição iniciática na América, estu-dando os mitos, ritos e símbolos desde o Alasca à Terra doFogo, inclusive a ilha de Páscoa.

TEMÁRIO GERAL 

* A Tradição Americana * Os grandes salvadores* Mitos da tradição perene* O povo Inuit* As tribos das pradarias: os Sioux, os Comanches, os Nava - jos, os Apaches, os Hopi, os Pés Negros, etc.* Os Mayas* Os Nahuas. Teotihuacán. Os toltecas, os aztecas.* Os chibchas* Os Nazca, Os Moche, Chavín de Huantar, Chimú, Cha -chapoyas, Pachacamac, Tiwanaku, os incas* Os mapuches, os guaranis e os pampas

* A selva amazônica * La Ilha de Páscoa * Teorias sobre a origen e desenvolvimento dos povos origi-nários.

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MÓDULO 11 - NÍVEL 4

UMA PONTE A PLATONÓPOLIS

Este módulo estuda a política com relação à tradição primor-dial e à constituição de uma nova sociedade.

TEMÁRIO GERAL 

* A Sociedade Primordial e a Política * A República de Platão* A visão de Confúcio* Utopía de Tomás Morus, a cidade do sol, Christianópolisy a Nova Atlântida * Experiência utópicas: New Harmony, Icária, Oneida, etc.

*A obra de Maquiavel* O capitalismo, o socialismo utópico, o marxismo e oanarquismo* Os fascismos* A revolução russa, o trotskismo e o maoísmo* A democracia formal e a democracia real* A sociedade de consumo, cultura de massas e a crise global

* O populismo e a justiça social* As distopias* Os experimentos comunais de Lomaland, Auroville, etc.* O transhumanismo, o “neo anthropos” e a eupsiquia * A nova resistência e a restauração da sociedade primordial

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MÓDULO 12 - NÍVEL 4

O BOSQUE DE SÍMBOLOSEste módulo estuda a linguagem universal dos símbolos, re- visando a simbologia em diversos âmbitos e sua importância para conhecer as realidades metafísicas.

TEMÁRIO GERAL 

* O Simbolismo* Chaves de interpretação* A linguagem universal dos símbolos* Os símbolos arcaicos* O simbolismo numérico* O simbolismo nos contos infantis* O simbolismo nos textos sagrados* O simbolismo heráldico* O simbolismo alquímico* O Arqueômetro

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MÓDULO 13 - NÍVEL 4

O SANTUÁRIO DAS MUSASEste módulo estuda a autorrealização através da Arte e o Ar-tista como ponte entre a humanidade e a beleza.

TEMÁRIO GERAL 

* A Arte, o artista e as artes* A arte sagrada e a arte profana * Conceito de beleza * A proporção áurea e a geometria sagrada * Arte e platonismo* O artista como ponte* A senda das musas* Inuência da música e da cor* A música * A arquitetura * O teatro iniciático* A pintura * A literatura 

* A poesia * A escultura * A dança * A artes modernas

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