os livros históricos

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RESUMO - MANUAL BÍBLICO VIDA NOVA QUARTA PARTE – A MENSAGEM DA BÍBLIA - P. 222-347 OS LIVROS HISTÓRICOS São estes os livros históricos da Bíblia: Josué, Juízes, Rute, 1 e 2Samuel, 1 e 2Reis, 1 e 2Crônicas, Esdras, Neemias e Ester. Nossos tradutores, seguindo a Septuaginta, organizaram os livros históricos em ordem vagamente cronológica. O cânon hebraico organiza os livros históricos de outro modo. O cânon hebraico consiste em três divisões (Lei, Profetas e Escritos). Josué, Juízes (omitindo Rute), 1 e 2Samuel, 1 e 2Reis estão na segunda divisão, os Profetas. Os autores de Josué, Juízes, Samuel e Reis são desconhecidos. Os seis livros mostram independência, mas também estão relacionados. Cada livro pode ser lido como um todo literário, possuindo organização literária e ênfase teológica peculiares. Alguns estudiosos da crítica crêem que é melhor entender Josué como a conclusão do Pentateuco e não como introdução da história de Israel na terra. Esses estudiosos usam o termo Hexateuco (unidade de seis livros) para destacar a unidade de Gênesis até Josué. Uma opinião conflitante entre estudiosos trata de Deuteronômio a 2Reis como obra de um editor anônimo, profundamente influenciado pelos temas de Deuteronômio. Esse editor juntou as fontes durante o exílio (cerca de 550 a.C.). Primeiro e Segundo Crônicas e Esdras—Neemias dão uma segunda perspectiva da história de Israel, complementando o relato de Edições Vida Nova e Co-Instruire – Consultoria e Assessoria em Educação

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RESUMO DO CONTEÚDO BÍBLICO

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RESUMO - MANUAL BÍBLICO VIDA NOVA

QUARTA PARTE – A MENSAGEM DA BÍBLIA - P. 222-347

OS LIVROS HISTÓRICOS

São estes os livros históricos da Bíblia: Josué, Juízes, Rute, 1 e 2Samuel, 1 e 2Reis, 1 e

2Crônicas, Esdras, Neemias e Ester. Nossos tradutores, seguindo a Septuaginta, organizaram

os livros históricos em ordem vagamente cronológica.

O cânon hebraico organiza os livros históricos de outro modo. O cânon hebraico consiste

em três divisões (Lei, Profetas e Escritos). Josué, Juízes (omitindo Rute), 1 e 2Samuel, 1 e

2Reis estão na segunda divisão, os Profetas.

Os autores de Josué, Juízes, Samuel e Reis são desconhecidos. Os seis livros mostram

independência, mas também estão relacionados. Cada livro pode ser lido como um todo

literário, possuindo organização literária e ênfase teológica peculiares.

Alguns estudiosos da crítica crêem que é melhor entender Josué como a conclusão do

Pentateuco e não como introdução da história de Israel na terra. Esses estudiosos usam o termo

Hexateuco (unidade de seis livros) para destacar a unidade de Gênesis até Josué.

Uma opinião conflitante entre estudiosos trata de Deuteronômio a 2Reis como obra de um

editor anônimo, profundamente influenciado pelos temas de Deuteronômio. Esse editor juntou

as fontes durante o exílio (cerca de 550 a.C.).

Primeiro e Segundo Crônicas e Esdras—Neemias dão uma segunda perspectiva da história

de Israel, complementando o relato de Gênesis a 2Reis. A semelhança de linguagem e

conteúdo de Crônicas e Esdras—Neemias apontam para uma obra única.

Outros estudiosos, tanto evangélicos como críticos, alegam que Esdras e Neemias foram os

autores das próprias obras. A organização do cânon hebraico, porém, não é testemunha

decisiva de uma posição ou outra. Concluindo, as diferenças entre os livros alertam contra a

conclusão, sem maiores evidências, de que as obras de crônicas e Esdras—Neemias

constituíam originalmente uma história do cronista.

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JOSUÉ

O livro de Josué recebe o nome do personagem central do livro, o sucessor de Moisés

que conduziu Israel na ocupação da terra prometida. O nome hebraico Yehosua significa O

Senhor é salvação.

Há discussões quanto à autoria e data, já que o livro é anônimo. O livro inclui fontes

contemporâneas a Josué e também fontes de um tempo posterior. É provável que o livro tenha

sido baseado num corpo antigo de testemunhos complementado por um autor não posterior ao

século X a.C.

Panorama histórico da conquista de Josué

Há diferentes opiniões quanto à data da conquista. A concepção tradicional estabelece

a conquista no século V (1406 a.C.), baseada na data da construção do templo em 966 a.C.

O mais importante é que existem várias concepções acerca da natureza da conquista.

Uma escola de pensamento rejeita a tradição de uma invasão militar de Israel. Ela sustenta

que a “conquista” foi uma infiltração lenta de tribos seminômades que migraram do deserto

para Canaã ao longo de centenas de anos.

Uma segunda opinião é que Israel emergiu como conseqüência de uma revolução

social dentro de Canaã. Em terceiro lugar, a interpretação tradicional de uma invasão militar

possui a vantagem do testemunho bíblico. Entretanto, com essa invasão, o relato de Josué

também mostra que houve alguma conversão interna à religião do javismo levada por esses

recém-chegados.

Tema

Sob a liderança de Josué, o povo de Deus entrou na terra de descanso prometida a seus

ancestrais, porque o povo teve o cuidado de não se apartar do “Livro da Lei” de Moisés.

Propósito e teologia

1. O livro de Josué reconstitui a vitória do povo de Deus por ocasião da conquista da terra

de Canaã.

2. O livro de Josué explica que Deus age como o Senhor soberano da história que cumpre

suas promessas para com seu povo.

3. A terra é um tema importante no livro.

4. Mas Deus concede sua bênção somente para um povo santo e obediente.

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5. A palavra de Deus era o padrão pelo qual se mediam tanto a lealdade de Deus como a

fidelidade de Israel.

6. O Senhor cumpre seus propósitos para Israel por meio de um líder escolhido.

7. O livro também contém uma mensagem de esperança para gerações posteriores do povo

de Israel que perderiam a terra por dispersão ou cativeiro.

8. O povo de Deus entrará num descanso final pela fé no Senhor Jesus Cristo (Hb 4.6-11).

ESTRUTURA DO TEXTO

A REIVINDICAÇÃO OBEDIENTE DA TERRA 1.1—5.15

O chamado de Josué 1.1-18

A conversão de Raabe 2.1-24

A travessia do Jordão 3.1-17

As pedras memoriais 4.1-24

A prontidão espiritual 5.1-15

A CONQUISTA DA TERRA PELA FÉ 6.1—12.24

Jericó é derrubada por gritos 6.1-27

Desobediência e derrota em Ai 7.1-26

Obediência e vitória em Ai 8.1-35

A fraude dos gibeonitas 9.1-27

Deus luta por Israel 10.1-43

A destruição de Hazor 11.1-15

A contagem dos reis 11.16—12.24

A DISTRIBUIÇÃO VITORIOSA DA TERRA 13.1—21.45

As terras não distribuídas 13.1-7

As terras na Transjordânia 13.8-33

A terra a oeste do Jordão 14.1-5

A coragem de Calebe 14.6-15

O território de Judá 15.1-63

Os territórios de Efraim e Manassés 16.1—17.18

A distribuição da terra de Siló 18.1-10

As últimas tribos 18.11—19.48

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Josué, o construtor 19.49-51

As cidades de refúgio 20.1-9

A parte dos levitas 21.1-42

Um resumo das promessas de Deus 21.43-45

A VIDA DE DEVOÇÃO NA TERRA 22.1—24.28

A preservação da unidade de Israel 22.1-34

O sermão de despedida 23.1-16

A renovação da aliança 24.1-28

O DESCANSO COM PROMESSA NA TERRA 24.29-33

O valor ético e teológico.

O livro de Josué retrata Javé, em primeiro lugar como aquele que age na história para

cumprir sua promessa aos patriarcas, dando a terra a Israel. Em segundo lugar, Javé é um

Deus com elevadas expectativas éticas, que pune o pecado e recompensa a fidelidade.

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JUÍZES

O livro de Juízes recebe esse nome em virtude dos líderes militares e civis levantados por

Deus para livrar Israel de seus opressores. O título hebraico traduzido por Juízes é seguido por

versões antigas e modernas.

Os juízes não tinham formação oficial para julgar disputas legais como a palavra juiz dá

hoje a entender. Eles eram líderes dotados pelo Espírito, escolhidos por Deus para tarefas

específicas.

Dois dos líderes, Otniel e Eúde, são descritos como “libertadores”. Só Gideão não é

chamado juiz ou libertador, mas se diz que livrou Israel. Em um caso, o Senhor é descrito

como “juiz”.

O livro de Juízes não revela sua autoria. A tradição judaica de que Samuel escreveu o livro

não pode ser comprovada. Alguns estudiosos crêem, porém, que Samuel é o que melhor se

adapta às evidências do livro.

É provável que o livro tenha sido compilado durante o início da monarquia. As fontes do

livro foram reunidas de maneira gradual, em vários estágios, para formar um todo unificado.

Alguns estudiosos têm questionado a integridade literária e teológica do livro. Mas as

fontes de composição do livro não são relatos conflitantes. Antes, mantêm uma unidade

temática e uma perspectiva teológica complementar.

Tema

A desobediência de Israel resultava em opressão nas mãos de povos vizinhos. Tal opressão

levava Israel a clamar ao Senhor, pedindo socorro. Deus respondia ao arrependimento e aos

clamores de Israel por misericórdia, enviando juízes ou libertadores.

Propósito e teologia

1. O livro de Juízes continua a desenvolver a história da vida de Israel na terra prometida a

seus pais.

2. O livro explica por que Israel sofreu com os inimigos.

3. O livro também demonstra que Deus responsabilizava Israel por seu comportamento

moral e religioso.

4. O livro mostra que o Senhor, não as divindades cananéias, é o Deus da história e da

salvação.

5. Uma importante questão enfrentada pelo autor era a liderança da nação.

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6. O livro de Juízes também mostra o poder da fé e da oração. O autor de Hebreus

reconheceu que os juízes realizaram suas façanhas por intermédio da fé em Deus.

ESTRUTURA DO TEXTO

A DESOBEDIÊNCIA ESPIRITUAL NA TERRA 1.1—3.6

Obediência incompleta 1.1—2.5

A idolatria 2.6—3.4

Os casamentos mistos 3.5-6

A DESTRUIÇÃO POLÍTICA NA TERRA 3.7—16.31

Otniel 3.7-11

Eúde e Sangar 3.12-31

Débora e Baraque 4.1—5.31

Gideão 6.1—8.32

Abimeleque, Tola e Jair 8.33—10.5

Jefté e Ibsã, Elom e Abdom 10.6—12.15

Sansão 13.1—16.31

A DEPRAVAÇÃO MORAL NA TERRA 17.1—21.25

Os deuses de Mica e os danitas 17.1—18.31

O estupro da concubina do levita 19.1-30

A guerra contra Benjamim 20.1—21.25

O valor ético e teológico

O livro de Juízes apresenta Javé como o Senhor da história. Como tal Deus era livre para

escolher qualquer pessoa para atuar como libertador. O pecado humano precisa de governos

que imponham a moralidade.

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RUTE

O livro de Rute recebe o nome de sua heroína, cuja dedicação a Deus e cujo amor à

família fizeram com que fosse admirada por gerações de leitores.

A autoria do livro de Rute é desconhecida. A data em que foi redigido é discutível, sendo

fixada ou no início da monarquia (cerca de 950 a.C.) ou no período posterior ao exílio (cerca

de 450 a.C.).

Tema

Rute é uma história de fidelidade, tanto humana como divina..

Propósito e teologia

1. A história proporciona uma transição dos patriarcas para a monarquia.

2. A história de Rute mostra como Deus, em sua soberania, cumpre seus desígnios de

maneira quase imperceptível, por meio da fidelidade de seu povo.

3. O livro ensina que a vontade de Deus às vezes se realiza por meio de pessoas comuns

com fé incomum.

4. A ênfase teológica de Rute pode ser resumida por duas palavras-chave — benevolência

(hesed) e parente resgatador (goel).

5. A história corrigiu os judeus quando consideravam o culto a Deus prerrogativa exclusiva

de Israel.

ESTRUTURA DO TEXTO

A OPÇÃO DE FÉ 1.1-22

O dilema de Rute 1.1-5

A decisão de Rute 1.6-22

O destino de Rute 1.19-22

O DESAFIO NA FÉ 2.1-23

O encontro “acidental” de Rute 2.1-3

O elogio de Rute 2.4-18

A segurança de Rute 2.19-23

UMA REIVINDICAÇÃO PELA FÉ 3.1-18

A obediência de Rute 3.1-6

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A confiança de Rute 3.7-15

A paciência de Rute 3.16-18

UM FILHO POR CAUSA DA FÉ 4.1-22

A redenção de Rute 4.1-12

O descanso de Rute 4.13-22

O valor ético e teológico

O livro de Rute mostra Deus agindo por trás da situação na vida de pessoas comuns,

transformando aparentes tragédias em alegria e paz. Por sua fidelidade, integridade e amor, os

personagens do livro de Rute espelharam o caráter de Deus.

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1SAMUEL

O primeiro e Segundo Samuel levam o nome do personagem principal nos primeiros

capítulos do livro. Em sua origem, Primeiro e Segundo Samuel eram um único livro na Bíblia

hebraica. Primeiro e Segundo Samuel são de autoria desconhecida.

Como indica a própria tradição judaica, os livros de Samuel são uma obra de composição

de mais de uma pessoa.

Tema

Por meio do ministério profético de Samuel, Deus estabeleceu a monarquia de Israel

escolhendo Davi, “um homem que lhe agrada”, para governar seu povo. O livro ajuda-nos a

ver que Deus é Senhor da história.

Propósito e teologia

1. O livro trata da transição de liderança do período dos juízes para a ascensão da

monarquia.

2. A escolha divina de um líder piedoso é central.

3. Para que Israel pudesse prevalecer sobre os inimigos, Deus exigia fidelidade à aliança e

responsabilidade moral dos líderes de Israel.

4. A graça contínua de Deus é outro tema expressivo no livro.

5. O livro demonstra que Deus é Senhor da história.

ESTRUTURA DO TEXTO

A LIDERANÇA JUSTA DE SAMUEL 1.1—7.17

A dedicação de Samuel 1.1—2.10

A corrupção de Eli 2.11-36

O ministério de Samuel 3.1—4.1a

O julgamento de “Icabô” 4.1b-22

O Senhor da arca 5.1-12

A arca e a santidade de Deus 6.1—7.1

O “Ebenézer” de Samuel 7.2-17

A REJEIÇÃO DO DESOBEDIENTE SAUL 8.1—15.35

Deus permite um rei 8.1-22

Deus revela o rei de Israel 9.1-27

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Samuel unge o tímido Saul 10.1-27

O Espírito dá poder a Saul em Jabes 11.1-15

A última advertência de Samuel 12.1-25

A insensatez de Saul em Gilgal 13.1—14.52

Deus rejeita o orgulhoso Saul 15.1-35

A ASCENSÃO DO FIEL DAVI 16.1—31.13

Deus unge a Davi 16.1-23

Davi derrota Golias 17.1-58

Saul teme a Davi 18.1-30

O Espírito de Deus salva Davi 19.1-24

O amor altruísta de Jônatas 20.1-42

Mentiras de Davi em Nobe e Gate 21.1—22.5

Saul mata os sacerdotes do Senhor 22.6-23

Davi depende do Senhor 23.1-29

Davi poupa a Saul 24.1-22

Davi poupa o insensato Nabal 25.1-44

Davi volta a poupar Saul 26.1-25

Davi engana os filisteus 27.1-12

Saul consulta a médium de En-Dor 28.1-25

Deus poupa a Davi 29.1-11

Deus reanima a Davi 30.1-31

O fim vergonhoso de Saul 31.1-13

O valor ético e teológico

Deus quer um povo “que lhe agrada”. Tal povo espelha o amor e a fidelidade de Deus.

Deus é livre para escolher líderes para seu povo.

Os cristãos devem respeitar os que Deus escolheu para serem líderes de seu povo. Davi

mostrou respeito por Saul porque ele era o ungido do Senhor.

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2SAMUEL

Segundo Samuel continua a história da monarquia de Israel, traçando a história do

reinado de Davi desde os triunfos até os problemas

Tema

Deus consolidou o reino por meio do reinado de Davi, que unificou a nação, venceu os

inimigos de Israel e recebeu a promessa divina, contida na aliança, de dinastia e reino eternos.

Propósito e teologia

1. Segundo Samuel continua a história de como Deus estabeleceu seu reino mediante a

liderança da monarquia de Israel.

2. A aliança davídica é o centro teológico do livro.

3. O livro também mostra como a aliança davídica afetou o destino nacional de Israel.

4. Segundo Samuel ensina que Deus é fiel e misericordioso.

5. A narrativa de 2Samuel indica que Deus espera fidelidade e justiça.

6. Segundo Samuel retrata o Deus de Israel como o Senhor da aliança e da história.

ESTRUTURA DO TEXTO

DEUS ESTABELECE O REINO DE DAVI 1.1—10.19

O lamento de Davi 1.1-27

Davi é ungido em Hebrom 2.1-32

Deus fortalece Davi 3.1-39

Davi vinga a casa de Saul 4.1-12

Davi reina em Jerusalém 5.1-25

A arca de Deus 6.1-23

A aliança do Senhor com Davi 7.1-29

A vitória de Davi 8.1-18

A bondade de Davi para com Mefibosete 9.1-13

Davi derrota os amonitas e arameus 10.1-19

DEUS DISCIPLINA O REINO DE DAVI 11.1—20.26

O pecado de Davi 11.1-27

O oráculo de 11ata contra Davi 12.1-31

Absalão mata Amnom 13.1-39

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Absalão volta para Davi 14.1-33

O golpe de Absalão 15.1-37

A angústia de Davi na fuga 16.1-23

Deus frustra o conselho de Aitofel 17.1-29

A morte de Absalão 18.1-33

A volta do rei Davi 19.1-43

A revolta de Seba 20.1-26

DEUS PRESERVA O REINO DE DAVI 21.1—24.25

Deus vinga os gibeonitas 21.1-22

Um hino de ação de graças de Davi 22.1-51

Oráculo de Davi e os valentes 23.1-39

Deus pune o orgulho de Davi 24.1-25

O valor ético e teológico

A história de Davi fala sobre a experiência cristã do pecado. A parábola de Natã evocou

em Davi a atrocidade moral de seu pecado. Davi sofreu, pelo pecado, conseqüências a curto e

a longo prazo.

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1REIS

O título Reis equivale ao conteúdo de 1 e 2Reis, os quais traçam a história do povo da aliança

de Deus sob os reis de Israel. Os livros de Reis são de autoria desconhecida. A tradição

judaica atribui a autoria deles a Jeremias.

A maioria dos comentaristas concorda que boa parte de Reis foi escrita antes da destruição

de Jerusalém, embora haja muitas incertezas quanto a isso. O autor usou uma variedade de

fontes, muitas delas antigas, na composição de Reis. As fontes vão desde registros reais e do

templo até histórias acerca dos profetas.

A estrutura de Reis é fixa em sua forma, tendo fórmulas de introdução e de conclusão

sobre o reinado de cada rei.

A cronologia dos reis

Para os intérpretes, é difícil entender como os cronistas calculavam as datas dos reinados.

Os reinados são datados pela comparação da data em que um governante começou a reinar

com o número de anos que seu par, no outro reino, havia reinado.

Não há consenso entre os estudiosos sobre todas as datas dos reis. As diferenças não são

tão extraordinárias que impeçam nosso entendimento do cenário histórico do período.

Tema

Deus estabeleceu Salomão como sucessor de Davi sobre Israel; mas Salomão pecou, e

Deus afligiu a descendência de Davi (11.39), dividindo a nação em dois reinos.

Propósito e teologia

1. Primeiro e Segundo Reis traçam a história da monarquia de Israel durante quatro séculos

tumultuados, desde o reinado de Salomão até a prisão de Joaquim na Babilônia

2. A história de 1 e 2Reis não é só uma história política da monarquia. É uma interpretação

profética de como cada rei afetou o declínio espiritual de Israel e Judá.

3. Primeiro e Segundo Reis explicam como a história é regida pela lei moral de Deus.

4. O povo de Deus é considerado responsável por seus atos.

5. Deus é retratado como o Senhor soberano da história.

6. Deus é fiel.

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ESTRUTURA DO TEXTO

A SUCESSÃO CRUEL DE SALOMÃO 1.1—2.46

Salomão torna-se rei 1.1-53

Consolida-se o reino de Salomão 2.1-46

AS RIQUEZAS DE SALOMÃO E SUA RUÍNA ESPIRITUAL 3.1—11.43

O dom divino da sabedoria 3.1-28

A sabedoria de Salomão na administração e na cultura 4.1-34

A preparação para o templo 5.1-18

A construção do templo 6.1-38

As casas de Salomão e a mobília do templo 7.1-51

A dedicação do templo 8.1-66

O Senhor volta a se manifestar 9.1-9

As práticas comerciais de Salomão 9.10-28

A rainha de Sabá louva o Senhor 10.1-29

A apostasia e os antagonistas de Salomão 11.1-43

JUDÁ E ISRAEL DIVIDEM-SE SOB APOSTASIA 12.1—16.34

Os bezerros de ouro de Jeroboão 12.1-33

O homem de Deus e a palavra verdadeira 13.1-34

A denúncia contra Jeroboão 14.1-20

O castigo de Roboão 14.21-31

Abias e Asa de Judá 15.1-24

Nadabe de Israel 15.25-32

Baasa e 14la de Israel 15.33—16.14

Os sete dias de Zinri 16.15-20

A linhagem de Onri 16.21-28

Acabe e Jezabel de Israel 16.29-34

ELIAS E MICAÍAS, OS PROFETAS DE DEUS 17.1—22.53

Um perturbador de Deus para Acabe 17.1-24

A escolha do verdadeiro rei 18.1-46

Elias esconde-se em Horebe 19.1-21

Deus dá vitória a Acabe 20.1-43

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Acabe rouba a vinha de Nabote 21.1-29

A profecia de Micaías e a morte de Acabe 22.1-53

O valor ético e teológico

Primeiro Reis, a exemplo de Deuteronômio, alerta contra o perigo de esquecer de Deus em

tempos de prosperidade. Revela o poder da palavra de Deus na construção da história. A

história de Israel e Judá é a história do fracasso de um povo no cumprimento do propósito de

Deus para ele. Deus, porém, é fiel apesar do fracasso humano.

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2REIS

O Primeiro e Segundo Reis formam uma narrativa que reconta a história da monarquia de

Israel.

Tema

Deus destruiu os reinos de Israel e Judá porque seus reis levaram o povo a fazer o mal,

desobedecendo à aliança do Senhor.

Propósito e teologia

1. Segundo Reis continua narrando a extinção de Israel.

2. A base do julgamento de Deus era a aliança mosaica descrita em Deuteronômio.

3. O autor mostrou que o Senhor está atuante na história de Israel.

4. Outra prova da intervenção de Deus são os inúmeros milagres de Eliseu.

5. Por fim, a graça de Deus é uma lição teológica importante do livro.

ESTRUTURA DO TEXTO

ELISEU, O PROFETA DE DEUS 1.1—8.29

Acazias consulta Baal-Zebube 1.1-18

Elias sobe ao céu 2.1-25

Jorão de Israel 3.1-27

Deus se lembra de seus servos fiéis 4.1-44

A cura da lepra de Naamã 5.1-27

O machado e os arameus cegados 6.1-33

O Senhor livra Samaria 7.1-20

A mulher sunamita e a unção de Hazael 8.1-15

Jeorão e Acazias de Judá 8.16-29

O DECLÍNIO E A DESTRUIÇÃO DE ISRAEL 9.1—17.41

Jeú extermina a linhagem de Acabe 9.1-37

O golpe sangrento de Jeú 10.1-36

Atalia e Joás de Judá 11.1-21

A reforma religiosa de Joás 12.1-21

Jeoacaz e Jeoás de Israel 13.1-25

Amazias de Judá 14.1-29

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Jeroboão II de Israel 14.23-29

Azarias de Judá 15.1-7

Zacarias, Salum, Menaém, Pecaías e Peca de Israel 15.8-31

Jotão de Judá 15.32-38

Acaz de Judá 16.1-20

Oséias e a queda de Samaria 17.1-41

A SOBREVIVÊNCIA DE JUDÁ E SEUS ÚLTIMOS DIAS 18.1—25.30

Ezequias de Judá 18.1-37

Deus livra Jerusalém 19.1-37

Deus cura Ezequias 20.1-21

Manassés e Amom de Judá 21.1-26

Josias e o Livro da Lei 22.1-20

As reformas de Josias e sua morte trágica 23.1-30

Jeoacaz e Jeoaquim de Judá 23.31-37

Jeoaquim e Zedequias de Judá 24.1-20

A destruição de Jerusalém 25.1-30

O valor ético e teológico

O livro de 2Reis alerta repetidas vezes contra os perigos da transigência. A dependência de

outros deuses levou à morte tanto indivíduos como nações.

Os reis de Israel e Judá muitas vezes procuraram preservar a segurança nacional à custa

das suas convicções religiosas distintivas. O fim trágico das nações de Israel e Judá demonstra

as terríveis conseqüências do pecado. Entretanto, nenhuma catástrofe é tão grande, que Deus

não possa agir por meio dela, dando esperança a seu povo.

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1CRÔNICAS

O título hebraico significa os eventos cronológicos do período. O autor é desconhecido. A

tradição creditou o livro a Esdras. É provável que o autor fosse um levita ou alguém

estreitamente associado ao templo, já que Crônicas está centrado no culto em Jerusalém.

Os livros de Crônicas foram escritos em cerca de 400 a.C.

Diferenças com Samuel e Reis

Embora Crônicas mostre dependência dos livros de Samuel e Reis, há diferenças

consideráveis no conteúdo e na perspectiva teológica.

1. Crônicas não foi escrito para complementar essas obras anteriores nem é uma simples

recomposição.

2. Crônicas procura apresentar uma história abrangente, começando com Adão, mas

Samuel e Reis limitam-se ao período da monarquia.

3. Crônicas apresenta Davi e os reis de Judá e evita tecer comentários sobre o reino do

Norte.

4. O palácio é o cenário principal em Samuel e Reis, mas o templo é central em Crônicas.

Tema

Deus prometeu a Davi um trono eterno, escolhendo-o para fundar o verdadeiro centro de

adoração em Jerusalém e apontando Salomão para construir seu templo (28.4-7).

Propósito e teologia

1. Primeiro e Segundo Crônicas apresentam a história de Israel desde suas raízes ancestrais

em Adão até o período da restauração após o exílio babilônico.

2. O tema dominante é o templo e seu serviço.

3. Primeiro Crônicas exorta Israel a ser fiel para que o plano redentor prometido a Davi

possa ser cumprido por seu intermédio.

4. Uma vez que Deus é santo, seu povo deve adorá-lo de maneira adequada, conforme

ordenaram Moisés e Davi.

5. O Senhor é também soberano no que diz respeito ao mundo, em particular à ascensão e

sucesso do reino de Davi.

6. A liderança é um ensino importante para o autor, que procura incentivar Israel num

momento em que este não tinha rei.

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ESTRUTURA DO TEXTO

GENEALOGIAS: O PLANO REDENTOR DE DEUS 1.1—9.44

A promessa desde Adão até Davi 1.1—3.24

Judá, Simeão, Rúben, Gade e metade de Manassés 4.1—5.26

Levi 6.1-81

Issacar, Benjamim, Naftali, metade de Manassés, Efraim e Aser 7.1-40

A família de Saul 8.1—9.44

O PLANO REDENTOR DE DEUS POR INTERMÉDIO DE DAVI 10.1—20.8

A infidelidade de Saul 10.1-14

Deus faz Davi prosperar 11.1-47

O exército de Deus 12.1-40

A santidade de Deus e a arca 13.1-14

Deus consolida Davi 14.1-17

A arca é colocada na cidade de Davi 15.1-29

A oração de Davi 16.1-43

As promessas de Deus a Davi 17.1-27

As vitórias contínuas de Davi 18.1-17

Davi derrota os amonitas 19.1-19

As guerras contra Rabá e Filístia 20.1-8

O PLANO REDENTOR DE DEUS PARA O CULTO 21.1—29.30

A expiação pelo mal de Davi 21.1-30

As ordens de Davi a Salomão 22.1-19

A organização dos levitas 23.1-32

A organização dos sacerdotes 24.1-31

A música para o Senhor 25.1-31

O serviço na casa do Senhor 26.1-32

A organização do exército e dos administradores 27.1-34

Planos providenciais 28.1-21

O culto por meio da oferta 29.1-30

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O valor ético e teológico

O período persa em que Crônicas foi compilado foi uma época de esperanças parcialmente

cumpridas. Primeiro Crônicas ilustra um uso responsável das Escrituras. O culto continua

sendo o centro da vida cristã. O culto capacita os crentes para uma vida de serviço cristão.

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2CRÔNICAS

Segundo Crônicas descreve a construção do templo de Salomão e a vida religiosa da nação

sob os reis de Judá.

Tema

Deus habita em seu santo templo e é fiel à sua promessa de redimir Israel (7.12).

Propósito e teologia

1. Segundo Crônicas continua a história do plano redentor de Deus para Israel apresentada

em 1Crônicas.

2. Segundo Crônicas narra o passado de Israel do prisma de sua história religiosa.

3. O tema que se repete em Crônicas é a fidelidade à aliança de Deus.

4. Segundo Crônicas destaca a fidelidade de Deus, em especial seu perdão e suas

promessas de restauração

5. Um tema importante em 2Crônicas é a santidade de Deus manifestada em sua ira contra

os perversos; particularmente os reis que praticaram a idolatria mereceram a ira de Deus.

6. O tema da soberania de Deus nas questões humanas continua em 2Crônicas.

ESTRUTURA DO TEXTO

O REINADO DE SALOMÃO E O TEMPLO DE DEUS 1.1—9.31

Deus estabelece Salomão 1.1-17

A carta de Salomão a Hirão 2.1-18

Salomão constrói o templo 3.1-17

A mobília do templo 4.1-22

A glória da arca 5.1-14

A fidelidade de Deus 6.1-42

A dedicação do templo 7.1-22

Deus expande o reino de Salomão 8.1-18

A fama e a riqueza de Salomão 9.1-31

LIÇÕES ESPIRITUAIS DOS REIS DE JUDÁ 10.1—36.13

O egoísmo de Roboão 10.1-19

A força de Roboão 11.1-23

A invasão de Sisaque e a ira de Deus 12.1-16

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O sermão de Abias sobre a apostasia 13.1—14.1

Asa confia no Senhor 14.2-15

A reforma religiosa de Asa 15.1-19

As guerras e a doença de Asa 16.1-14

Josafá, o justo 17.1-19

Micaías profetiza a morte de Acabe 18.1-34

O arrependimento de Josafá 19.1-11

Deus luta por Josafá 20.1-37

Jeorão, o assassino 21.1-20

Jeú mata Acazias 22.1-12

Joás torna-se rei 23.1-21

Joás restaura o templo 24.1-27

A idolatria de Amazias 25.1-28

Uzias, o leproso 26.1-23

O sucesso de Jotão 27.1-9

O perverso reinado de Acaz 28.1-27

A restauração de Ezequias 29.1-36

A celebração da páscoa 30.1-27

Ofertas para a obra do Senhor 31.1-21

Deus destrói Senaqueribe 32.1-33

O arrependimento de Manassés 33.1-25

Josias e o Livro da Lei 34.1-33

A páscoa de Josias 35.1-27

Os últimos dias de Judá 36.1-13

O TEMPLO DE DEUS E O DECRETO DE CIRO 36.14-23

O valor ético e teológico

Segundo Crônicas fala da importância do culto e da obediência. O pecado é coisa séria.

Deus é um Deus de novas oportunidades, aquele que, por intermédio de Jesus, oferece aos

pecadores nova liberdade, a oportunidade de voltar para a família dos salvos e novas

oportunidades de servi-lo.

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ESDRAS

O livro de Esdras recebeu o nome de seu personagem principal. Há uma contínua discussão a

respeito da ligação entre Crônicas e Esdras—Neemias. Os últimos versículos de 2Crônicas

(36.22-23) são iguais a Esdras 1.1-3a.

Muitos estudiosos acreditam que Crônicas e Esdras—Neemias formavam uma única obra

histórica, chamada “História do Cronista”, escrita por um historiador que não se identificou

ou por um grupo deles. Pela tradição judaica, o escriba Esdras é o autor de Crônicas e de

Esdras—Neemias.

Entre as fontes do livro de Esdras estão a narrativa pessoal de Esdras, documentos e

correspondência em aramaico e registros de imigrantes judeus.

A cronologia de Esdras e Neemias

A data da composição depende da cronologia do retorno de Esdras a Jerusalém. A

cronologia do período pode ser resumida pelos grupos que voltaram do cativeiro:

1. O primeiro grupo retornou com o príncipe judeu Sesbazar.

2. Durante o reinado de Artaxerxes I, Esdras liderou um segundo grupo e iniciou reformas

religiosas.

3. Neemias, nomeado governador por Artaxerxes I, liderou o terceiro grupo e reconstruiu

os muros de Jerusalém.

Tema

Deus usou reis pagãos e líderes fiéis para restaurar seu povo pela reinstituição do culto no

templo e pela reativação da lei de Moisés.

Propósito e teologia

1. O livro de Esdras conta a história dos judeus que voltaram da Babilônia.

2. O centro teológico de Esdras está em como Deus cumpre sua vontade por meio de

diferentes agentes humanos. O Senhor também foi responsável pelo sucesso da expedição de

Esdras.

3. O livro reflete o otimismo de um trono davídico restaurado, mantendo viva a esperança

messiânica. Sesbazar e Zorobabel, que voltaram do exílio para liderar Judá, eram

descendentes do rei judeu Joaquim, que fora levado cativo para a Babilônia.

4. A segunda metade do livro trata do ministério de Esdras, que começou cinqüenta e oito

anos após o término do templo.

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5. O livro também fala da responsabilidade pelo pecado humano.

6. O antagonismo para com os que reconstruíam o templo era algo comum e foram usadas

vias oficiais para interromper o trabalho.

7. O povo de Deus como o remanescente de Israel é importante para a teologia do período

da restauração.

ESTRUTURA DO TEXTO

ZOROBABEL E A RECONSTRUÇÃO DO TEMPLO 1.1—6.22

O decreto de Ciro 1.1-11

O registro dos remanescentes 2.1-70

O culto e a reconstrução 3.1-13

A oposição à obra do Senhor 4.1-24

A autoridade de Deus para construir 5.1-17

Dario e a conclusão do trabalho 6.1-22

ESDRAS E A REFORMA PELA LEI 7.1—10.44

A mão de Deus sobre Esdras 7.1-28

O preparo espiritual 8.1-36

A oração de confissão de Esdras 9.1-15

O arrependimento dos culpados 10.1-44

O valor ético e teológico

Antes do exílio, as esperanças nacionais e religiosas do povo de Deus andavam de mãos

dadas. Após o retorno da Babilônia, a adoração no templo foi restaurada, e o povo

comprometeu-se novamente com a lei de Moisés. Nunca mais, porém, um rei davídico

governou um Judá independente.

O livro de Esdras destaca as Escrituras como o princípio de governo para a vida do povo

de Deus.

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NEEMIAS

O livro de Neemias recebeu o nome de seu personagem principal. Alguns estudiosos

acreditam que Esdras—Neemias formava a segunda parte de uma história maior conhecida

como “História do Cronista”.

A maior parte do livro é formada pelas memórias de Neemias escritas na primeira pessoa.

O ministério de Esdras é relatado na terceira pessoa. A data da conclusão de Esdras—

Neemias é anterior a 400 a.C.

Tema

Deus cercou e protegeu seu povo com as muralhas que Neemias reconstruiu e com a lei

que Esdras restabeleceu.

Propósito e teologia

1. Neemias continua a história da comunidade restaurada.

2. O livro continua o tema da adoração, que permeia Crônicas e Esdras.

3. Deus é o “Deus dos céus” que, por ser o Criador do universo, é grande e temível. Mas

Deus não é apenas temível em poder. Também é descrito como um Deus que, inabalável em

sua aliança, tratou Israel com fidelidade por causa de sua eleição.

4. A oração é a alavanca que faz Deus agir em favor de Israel. As orações de Neemias

pontuam a narrativa com invocações de bênção divina ou de maldições contra a oposição

perversa.

5. As Escrituras fizeram com que os exilados que voltaram se reconsagrassem ao Senhor.

6. O trabalho cooperativo dos remanescentes evidenciava-se nos sacerdotes, levitas,

governantes, artesãos, mercadores e seus filhos e filhas, que trabalharam lado a lado para

recuperar as muralhas.

7. O relatório do livro sobre a administração da sociedade une os temas de comunidade,

Escrituras e culto.

ESTRUTURA DO TEXTO

A RECONSTRUÇÃO DOS MUROS 1.1—7.73

A oração de Neemias 1.1-11

Os preparativos de Neemias 2.1-20

A restauração dos portões e dos muros 3.1-32

A oposição à obra de Deus 4.1-23

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A opressão econômica 5.1-19

A intimidação final 6.1-19

A proteção de Jerusalém 7.1-73

A LEITURA DA LEI 8.1—10.39

Esdras lê a lei 8.1-18

Israel confessa seu pecado 9.1-38

A aliança é selada 10.1-39

A REFORMA SOCIAL 11.1—13.31

O estabelecimento das cidades 11.1-36

A dedicação dos muros 12.1-47

A renovação do povo 13.1-31

O valor ético e teológico

O livro de Neemias ilustra quanto pode fazer um leigo comprometido com uma vida de

oração, com a Palavra de Deus e com uma obediência ativa. A exigência de Neemias para que

os homens se divorciassem de esposas estrangeiras não é um endosso do divórcio nem do

racismo, mas uma medida extrema numa situação desesperadora.

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ESTER

O livro de Ester recebe o nome de sua heroína. É provável que “Ester” derive da palavra persa

stara, que significa estrela. O autor do livro não pode ser identificado.

É difícil determinar a data em que o livro foi escrito. O cenário da história é o século V a.C.

no reinado do rei persa Assuero.

A questão da história e do gênero literário

A confiabilidade do livro de Ester como testemunho histórico tem sido contestada. Nos

últimos anos muitos estudiosos reconheceram que ele tem um núcleo histórico.

Contudo, estudiosos que consideram o livro testemunho histórico confiável respondem que

ele demonstra um conhecimento preciso e detalhado da vida, da lei e dos costumes persas.

Se for possível provar que o autor pretendia que o livro fosse lido como ficção, ele deve ser

interpretado nesse sentido, como parábola ou alegoria sem que se questione sua inspiração.

Entretanto, se o autor pretendia que fosse considerado historicamente fidedigno, os intérpretes

devem tratá-lo como relato veraz sobre os judeus da Pérsia.

Ester e a ausência de “Deus”

Ester é o único livro na Bíblia hebraica que não menciona o nome de Deus. Também não

há referência alguma à lei, ao sacrifício judaico, à oração ou à revelação.

Uma explicação para a natureza “secular” do livro é que um autor judeu teria copiado a

história, quase palavra por palavra, de um registro oficial persa que omitia o nome de Deus.

Outra explicação melhor é que a ausência da linguagem religiosa atendia mais aos

propósitos teológicos do autor. Ele expressa sua teologia por meio da história, combinando os

acontecimentos e os diálogos para sublinhar essa teologia.

O autor não fala diretamente sobre a participação de Deus; em lugar disso, apenas insinua a

presença de Deus. Outra maneira pela qual a história mostra a mão de Deus é a inversão do

resultado que se espera dos acontecimentos.

Tema

Deus agiu nos bastidores para salvar da destruição os judeus, elevando Ester à posição de

rainha da Pérsia e invertendo a situação contra os seus inimigos.

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Propósito e teologia

1. O propósito teológico central do livro é a sutil providência de Deus na vida do seu povo.

A história de Ester revela o que aconteceu àqueles que ficaram para trás.

2. O livro também explica as origens da festa do Purim.

3. A idéia de riqueza e poder permeia a história com seu centro na corte persa.

A moral é que o poder deve ser usado com objetivos retos e não para satisfação pessoal.

Finalmente, o livro é uma paródia da dominação dos gentios. O verdadeiro poder é

encontrado nas virtudes da lealdade, da honestidade e no jejum em adoração a Deus.

4. Deus recompensa a lealdade.

5. Outro tema que se repete é o contraste entre a festa e o jejum.

Finalmente, a história trata do problema da intolerância social e religiosa. O anti-semitismo

de Hamã foi expresso de maneira terrível quando jurou que não descansaria enquanto ele

mesmo não se livrasse “daquele judeu Mordecai”.

ESTRUTURA DO TEXTO

A DESTITUIÇÃO DE VASTI 1.1-22

O DECRETO REAL PARA DESTRUIR OS JUDEUS 2.1—3.15

A ascensão da rainha Ester 2.1-23

O plano assassino de Hamã 3.1-15

HAMÃ AMEAÇA MORDECAI 4.1—5.14

O apelo de Mordecai a Ester 4.1-17

O banquete de Ester e a loucura de Hamã 5.1-14

MORDECAI DERROTA HAMÃ 6.1—7.10

Mordecai é honrado por Hamã 6.1-14

O enforcamento de Hamã 7.1-10

O DECRETO REAL EM FAVOR DOS JUDEUS 8.1—9.32

O plano de defesa de Mordecai 8.1-17

A festa de vitória dos judeus 9.1-32

A PROMOÇÃO DE MORDECAI 10.1-3

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O valor ético e teológico

Hoje, nossa experiência com Deus é mais parecida com a do livro de Ester do que com a

de muitos livros do Antigo Testamento. Em Ester, Deus trabalha nos bastidores para realizar a

libertação do seu povo.

As perspectivas para Mordecai e os judeus parecem desanimadoras na maior parte de

Ester. Hoje talvez sintamos que Deus nos abandonou ou que não seja vantajoso estar do lado

do Senhor.

Como cristãos, nosso poder e influência devem ser usados para propósitos corretos e não

para satisfação pessoal. A cidadania cristã exige envolvimento nas questões civis. O anti-

semitismo e outras formas de intolerância racial e religiosa podem levar facilmente a abusos

de poder. Os cristãos de hoje, assim como Ester, devem ser corajosos e se opor a tais abusos.

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