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"Os jovens têm a noção que o folclore não é piroso" Festival de Folclore decorre no domingo, em Marrazes, com a participação de três colectividades que irão promover uma 'viagem ao passado' através dos usos, costumes e tradições Jftss? Roífoe » "A juventude vai olhando cada vez mais para o folclore com outra perspectiva e nos vários grupos vão aparecendo jovens, até nos cargos directi- vos, porque foi-lhes incutido que o folclore não é piroso. É uma mudança de mentalidade e quero acreditar que serão eles que vão manter estas tradições e que o testemunho vai sendo passado paulatinamente". A opinião é de José Vaz, presi- dente da direcção do Rancho da Região de Leiria, no lançamento do II Festival de Folclore que terá lugar atrás da Igreja de Marra- zes, no próximo domingo, a par- tir das i7hoo. Para além do Rancho da Região de Leiria, irão ainda marcar presença no recinto das festas o Rancho Folclórico e Etnográfico de Alviobeira (Ribatejo - Região dos Templá- rios) e o Grupo Típico de Ançã (Baixo Mondego). Para José Vaz, estão reunidos as condi- ções para uma verdadeira via- gem ao passado. "Os dois ran- chos convidados servem para mostrar ao público os usos e os costumes de outras regiões, que são diferentes do que é fei- to em Leiria. São grupos fede- rados e reconhecidos pela sua qualidade", frisou. Esta éa segunda edição do festival que surgiu como forma de "gratidão" à freguesia de Marrazes por ter cedido o es- paço que é actualmente a sede do Rancho da Região de Leiria "Era uma casa vandalizada e nós requalificámos o espaço. Desta forma, o festival é um contributo cultural que damos à freguesia de Marrazes e que estão inseridas nas Festas de São Tiago que costumam ter também bandas filarmónicas", explicou o responsável. Próxima edição será na mata de Marrazes O festival vai manter os mes- mos moldes que no ano passa- do, com a actuação dos grupos e a gastronomia tradicional, mas José Vaz olha para o futuro e projecta o próximo ano, data em que a colectivida- de comemora os seus 50 anos. Tara o ano iremos tentar levar o evento para a mata dos Mar- razes para criar ali um espaço de convívio, de lazer e para dinamizar um local que tem estado um pouco esquecido apesar do esforço e do óptimo trabalho da Associação dos Amigos da Mata dos Marra- zes. Aquilo é um paraíso e deve ser aproveitado", sublinhou. Para domingo, o responsável espera poder contar no Festival de Folclore com a visita de "500 a loco pessoas", número que, ape- sar de assinalável, não convence "Para nós o público é sempre pouco porque são muitos anos de trabalho e de dedicação e por- que queremos levar as nossas tradições ao maior número de pessoas possível. Por isso, nunca são demais", explicou. O Rancho da Região de Lei- ria irá aproveitar a vinda dos dois grupos convidados para fazer uma visita ao Museu Escolar de Marrazes, entre outras actividades. 1 jOSt VãZ espera entre 500 a 1 .000 visitantes no Festival de Folclore

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"Os jovens já têm a noção

que o folclore não é piroso"Festival de Folclore decorre no domingo, em Marrazes, com a participaçãode três colectividades que irão promover uma 'viagem ao passado' atravésdos usos, costumes e tradições

Jftss? Roífoe

» "A juventude vai olhando

cada vez mais para o folclore

com outra perspectiva e nos

vários grupos vão aparecendo

jovens, até nos cargos directi-

vos, porque foi-lhes incutido

que o folclore não é piroso. É

uma mudança de mentalidade

e quero acreditar que serão eles

que vão manter estas tradições

e que o testemunho vai sendo

passado paulatinamente".A opinião é de José Vaz, presi-

dente da direcção do Rancho da

Região de Leiria, no lançamentodo II Festival de Folclore que terá

lugar atrás da Igreja de Marra-

zes, no próximo domingo, a par-tir das i7hoo.

Para além do Rancho da

Região de Leiria, irão ainda

marcar presença no recintodas festas o Rancho Folclórico

e Etnográfico de Alviobeira

(Ribatejo - Região dos Templá-

rios) e o Grupo Típico de Ançã

(Baixo Mondego). Para José

Vaz, estão reunidos as condi-

ções para uma verdadeira via-

gem ao passado. "Os dois ran-chos convidados servem paramostrar ao público os usos e os

costumes de outras regiões,

que são diferentes do que é fei-

to em Leiria. São grupos fede-

rados e reconhecidos pela sua

qualidade", frisou.

Esta é a segunda edição do

festival que surgiu como forma

de "gratidão" à freguesia de

Marrazes por ter cedido o es-

paço que é actualmente a sede

do Rancho da Região de Leiria

"Era uma casa vandalizada e

nós requalificámos o espaço.Desta forma, o festival é umcontributo cultural que damos

à freguesia de Marrazes e queestão inseridas nas Festas de

São Tiago que costumam tertambém bandas filarmónicas",

explicou o responsável.

Próxima edição será

na mata de Marrazes

O festival vai manter os mes-

mos moldes que no ano passa-do, com a actuação dos grupose a gastronomia tradicional,mas José Vaz olha já para o

futuro e projecta o próximoano, data em que a colectivida-

de comemora os seus 50 anos.

Tara o ano iremos tentar levar

o evento para a mata dos Mar-razes para criar ali um espaçode convívio, de lazer e paradinamizar um local que tem

estado um pouco esquecido

apesar do esforço e do óptimotrabalho da Associação dos

Amigos da Mata dos Marra-zes. Aquilo é um paraíso e deve

ser aproveitado", sublinhou.

Para domingo, o responsável

espera poder contar no Festival

de Folclore com a visita de "500 a

loco pessoas", número que, ape-sar de assinalável, não convence

"Para nós o público é sempre

pouco porque são muitos anos

de trabalho e de dedicação e por-

que queremos levar as nossas

tradições ao maior número de

pessoas possível. Por isso, nunca

são demais", explicou.

O Rancho da Região de Lei-

ria irá aproveitar a vinda dos

dois grupos convidados parafazer uma visita ao MuseuEscolar de Marrazes, entreoutras actividades. 1

jOSt VãZ espera entre 500 a 1 .000 visitantes no Festival de Folclore

Feiriarte ganha dinamismo

com Feira de VelhariasArranca hoje a XIX edição da Feira de Artesanato e Actividades Económicas

da Bajouca, no concelho de Leiria, onde são esperadas algumas centenas de

pessoas. Durante o fim-de-semana decorre a Feira das Velharias

Mano Parto

«A edição deste ano da Feira de

Artesanato e Actividades Eco-

nómicas (Feiriarte) da Bajouca,

que arranca hoje no lugar do

Pisão, ganhou um novo dina-

mismo com a introdução da

Feira de Velharias, cujo objec-

tivo é atraiar mais pessoas ao

maior certame que se realiza

anualmente naquela freguesia

do concelho de Leiria

Como vem sendo hábito nas

anteriores edições, a Feiriarte é

um certame que atrai centenas

de pessoas àquela freguesia do

Norte do concelho, onde os

visitantes podem encontrar à

venda artigos regionais em 28

expositores, com os oleiros a

moldar o barro e pintores a tra-

balhar ao vivo. Paralelamente

à feira de artesanato e activida-

des económicas, a Associação

Bajouquense Para o Desenvol-

vimento (ABAD) decidiu indu-

ir no certame a Feira das

Velharias, como forma de pro-

porcionar à população da fre-

guesia e das redondezas ven-

derem alguns dos produtos

antigos que tenha em casa e

queiram desfazer-se deles. "No

nosso entender, a mais valia

com a realização da Feira das

Velharias é atrair mais algu-

mas dezenas de visitantes à

Bajouca durante o fim-de-

semana", explica Leonor

Pedrosa, presidente da ABAD,

uma das colectividades mais

emblemáticas da freguesia.

Mais verbas poderiam dar

outra dimensão ao evento

A dirigente associativa diz não

ter dúvidas que o reforço de

verbas para a realização do

certame - os únicos apoiosfinanceiros saem dos cofres da

Junta de Freguesia da Bajouca -

, daria outra dimensão ao

evento, que se realiza no tercei-

ro fim-de-semana de Julho,

possibilitaria a instalação de

mais expositores, com a cria-

ção de mais infra-estruturas de

g apoio.

§ "A falta de apoios foi sempre3 o principal problema, para3 além de serem apenas três ou

quatro pessoas a trabalharafincadamente na organização

do evento", sublinha Leonor

Pedrosa. Para a responsável, se

a promoção do evento for "feito

com mais antecedência" é

"possível que venham mais

pessoas ao certame".

Hilário Estrada, presidente

da Junta de Freguesia da Ba-

jouca, entende que "estão reu-

nidas todas as condições" para

que o certame deste ano seja

"mais um sucesso".

"Temos que acreditar nas

pessoas e no que temos em ter-

mos de olaria, para além da

nova direcção da ABAD estar à

altura de responder às necessi-

dades", afirma o autarca da Ba-

jouca, salientando que o "espí-

rito" da Feiriarte é levar as pes-

soas a "reviver o passado",

através da presença dos oleiros

da freguesia a moldar o barro,

que são uma "mais-valias da

freguesia".!

PiStó é o local onde se realiza anualmente a Feiriarte, que atrai algumas centenas de pessoas