Suplemento semanal do DIÁRIO DO AÇO Quinta-feira, 23 de outubro de 2014

TurismoOs Guardiões da Floresta

O Parque Estadual do Rio Doce (Perd) abriga o terceiro maior conjunto de lagoas do Brasil e a maior área contínua de Mata Atlântica de Minas – um bioma extremamente ameaçado. Para protegê-lo, a unidade conta com os policiais que integram o 3º Pelotão de Meio Ambiente do Perd. O trabalho desses bravos foi recentemente registrado pelo documentaris-ta de natureza Fernando Lara e uma equipe de reportagem da Rede TV!.

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Casar à beira-mar é chique...

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Quinta-feira, 23 de outubro de 2014 3Turismo

Os Guardiões da Floresta noParque Estadual do Rio Doce

por Edlayne de Paula

O documentarista de na-tureza Fernando Lara e sua equipe finalizaram nes-te mês, em parceria com a Rede TV!, um programa es-pecial sobre o Parque Es-tadual do Rio Doce (Perd). Durante 15 dias, a equi-pe de reportagem acompa-nhou parte das atividades de uma das polícias de sel-va mais especializadas do Brasil: o 3º Pelotão de Meio Ambiente do Perd.

O Parque Estadual do Rio Doce é a única unidade de conservação do Estado e uma das poucas no Brasil privilegiadas com uma uni-dade de polícia em seu in-terior. Parte do seu trabalho é combater a caça e a pesca predatórias, principalmente em áreas não autorizadas à visitação turística.

“Acompanho há muitos anos as atividades do 3º Pe-lotão e sei como é difícil atu-ar em ambientes assim tão

hostis. Em 2008, cheguei a registrar o flagrante da pri-são de pescadores em uma área fechada a visitação. É

um trabalho extremamen-te arriscado e que mere-ce todo o reconhecimento da sociedade”, destaca Fer-

nando Lara. Os Guardiões da Floresta

ajudam a proteger o tercei-ro maior conjunto de lago-as do Brasil e a maior área contínua de Mata Atlântica de Minas – um bioma extre-mamente ameaçado e que abriga somente 7% de sua cobertura original. O co-mandante do 3º Pelotão, te-nente José Maria, reconhece o empenho de seus milita-res e afirma que o trabalho é extremamente especializa-do. “É um policiamento di-ferenciado, pois as dificul-dades de deslocamento são muito grandes em mata fe-chada. Não é qualquer po-licial que realiza este tipo de trabalho”, afirma. Apesar de a pesca ser autorizada na la-goa Dom Helvécio, a maior do parque, muitos infratores

insistem em invadir as áre-as protegidas. Durante a ex-pedição, foram apreendidos poleiros de caça, armadi-lhas e até mesmo um acam-pamento montado com bar-co e diversos artefatos de pesca.

O gerente do Perd, Viní-

cius Moreira, diz que a par-ceria entre o Instituto Esta-dual de Florestas (IEF) e a Polícia Militar tem sido fun-damental. “Infelizmente, a caça e a pesca ilegais são um comportamento cultural que passa de pai para filho. É um crime que tem dimi-nuído, mas que ainda hoje provoca grandes danos ao parque”, reforça Vinícius.

Além do trabalho de fis-calizar e coibir a caça e a pesca ilegais, a Polícia de Meio Ambiente também atua com outra frente no combate. A educação am-biental, principalmente em escolas, é uma das princi-pais armas usadas no com-bate aos infratores da flores-ta. Cerca de 3.500 crianças já foram envolvidas nos projetos.

A Expedição Parque Es-tadual do Rio Doce será exi-bida em breve pelo progra-ma Good News. da Rede TV!. O making off do tra-balho também estará na se-gunda temporada do Rotas Verdes Brasil TV, na TV Cul-tura Vale do Aço.

Mais informações em www.rotasverdesbrasil.com.br.

Fotos: Guilherme Guadalupe

Edlayne de Paula