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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO
PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA
TURMA – PDE/2013
Título: ENSINO DO SISTEMA CARDIOVASCULAR, DOENÇAS E PREVENÇÃO.
Autor: Sandra Silva BaldisseraDisciplina/área CiênciasEscola de Implementação do Projeto e sua localização
Colégio Estadual Rui Barbosa – E.F.M.P. Rodovia Municipal João Antonio Wolff, s/n
Município da Escola Nova LaranjeirasNúcleo Regional de Educação
Laranjeiras do Sul
Professor Orientador Professor Doutor Sandro Aparecido dos Santos Instituição de Ensino Superior
Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná
Relação InterdisciplinarMatemática, Educação Física, Química, Arte, Física, Sociologia, Biologia
Resumo
Este trabalho busca contribuir para que o processo ensino-aprendizagem sobre o Sistema Cardiovascular seja significativo e desenvolva uma consciência de prevenção às doenças cardiovasculares. A utilização de recursos pedagógicos variados visa organizar estratégias para que o conteúdo seja desenvolvido de forma prazerosa e consistente. A organização das atividades com diversas abordagens pedagógicas e a utilização de recursos variados pode facilitar o trabalho dos professores e tornar o aluno o agente principal do processo educacional e o professor como mediador. Nessa proposta as atividades estão norteadas pela Diretriz Curricular da Educação Básica de Ciências do Paraná (2008) e baseadas na teoria da aprendizagem significativa de Ausubel e nos mapas conceituais propostos por Novak, ambos difundidos no Brasil pelo Professor Marco Antonio Moreira do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A presente proposta será desenvolvida com alunos do 8º ano do Ensino Fundamental do Colégio Estadual Rui Barbosa EFMP.
Palavras-chaveSistema Cardiovascular, Aprendizagem Significativa, Mapas Conceituais, Recursos Pedagógicos, Prevenção.
Formato do Material Didático
Unidade Didática
Público-alvo Alunos do 8º ano do Ensino Fundamental
APRESENTAÇÃO
Nos dias atuais os alunos convivem com muitas informações, estão em
contato com diversas formas de tecnologia e apresentam uma enorme habilidade
em familiarizar-se com os novos recursos tecnológicos disponíveis. Organizar as
aulas de forma a atender a expectativa do educando, surpreendê-los, e também
trabalhar de acordo com o que determina a Diretriz Curricular da Educação Básica
de Ciências do Estado do Paraná, é a tarefa do professor mediador.
Torna-se necessário que as informações obtidas pelos alunos se tornem
organizadas e com base científica, para que o educando possa utilizar-se de seu
conhecimento empírico, mas possa avançar em seu conhecimento, buscando em
sala de aula estabelecer parâmetros entre o que já sabe, o que está aprendendo e o
que é mais importante a ser agregado par que seu aprendizado seja consistente.
Muitas vezes os alunos possuem muitas informações, porém desconexas e envoltas
em crendices, que são do senso comum, e as vezes a falta de material didático pode
levar o professor há trabalhar o conteúdo de forma superficial. Diante disso, busca-
se com essa unidade didática proporcionar alternativas de trabalhar o Sistema
Cardiovascular com recursos pedagógicos variados.
Espera-se que os alunos possam conhecer o sistema cardiovascular, seu
funcionamento, as doenças relacionadas e as formas de prevenção.
A produção desta Unidade Didática faz parte do processo de formação do
Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) proposto pela Secretaria de
Estado da Educação do Paraná.
Essa Unidade Didática destina-se ao trabalho com alunos do 8º ano do
Ensino Fundamental para um período de 32 aulas, utilizando-se de recursos
pedagógicos variados, com a intenção de promover uma aprendizagem significativa
baseada na teoria de David Ausubel e na construção de mapas conceituais proposta
por Joseph Novak, ambos difundidos no Brasil pelo Professor Marco Antonio Moreira
do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
1. INTRODUÇÃO
A Diretriz Curricular de Ciências da Educação Básica do Estado do Paraná –
incentiva a valorização de metodologias variadas e a sua contextualização, como
forma de articular o conhecimento científico com a história e a realidade dos alunos
tornando o saber mais significativo e efetivo no contexto social (PARANÁ, 2008).
Todo ser humano deseja ter uma vida longa e saudável, com condições que
possam garantir essa longevidade salutar. A cada dia fica mais evidente que nossa
saúde está associada às escolhas que fazemos. Um dos aspectos mais importantes
para que a expectativa de vida seja positiva está associado a mudanças positivas no
estilo de vida. Uma vida saudável se inicia na infância, com alimentação adequada,
prática de exercícios físicos regulares, acompanhamento médico e um ambiente
familiar que preze pela qualidade de vida.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as doenças
cardiovasculares são as primeiras causas de morte em todo o mundo, sendo a
hipertensão o principal fator de risco de morte no mundo. A pressão arterial alta
aumenta o risco de infarto do miocárdio, acidentes cerebrovasculares e insuficiência
renal e ainda pode causar cegueira e insuficiência cardíaca.
Considerando o alto índice de mortalidade por problemas cardiovasculares, e
sabendo que uma grande parte desses casos poderiam ser evitados, é importante
que os estudantes conheçam o funcionamento do sistema cardiovascular e a partir
desse conhecimento possam também identificar os riscos que certos hábitos podem
representar para o coração e os vasos sanguíneos. Conscientes sobre os fatores de
risco, os alunos poderão desenvolver hábitos saudáveis e disseminar essas
informações para seus familiares e comunidade em geral, buscando uma geração
mais comprometida com a saúde preventiva e com melhor qualidade de vida.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, em seu cartaz do dia
do coração na campanha de 2010, em todo mundo as doenças cardiovasculares
ceifam mais de 17 milhões de vidas, e anualmente, no Brasil, são a causa da morte
de mais de 300 mil pessoas, sendo mais da metade decorrentes da pressão alta.
Segundo estimativas da OMS, se esse quadro não for revertido, estima-se
que em 2030 o número de mortes anuais pode ultrapassar os 23 milhões em todo o
mundo. Nos últimos anos, o número de casos entre as mulheres tem aumentado
significativamente. Entre elas, o infarto já mata mais do que o câncer de mama.
Dados fornecidos pela Secretaria Municipal de Saúde de Nova Laranjeiras -
PR, as doenças do sistema circulatório estão em primeiro lugar em número de casos
de falecimento no ano de 2012, sendo também alto o número de internações no
Hospital Municipal decorrentes dessas doenças, principalmente em pessoas a partir
dos 30 anos de idade.
São muitos os fatores que podem desencadear os problemas
cardiovasculares. Os principais fatores de risco são: hipertensão, tabagismo,
alcoolismo, sedentarismo, obesidade, altas taxas de colesterol e glicose no sangue e
o estresse. Estes fatores de risco podem ser controlados ou evitados se
desenvolvermos hábitos de cuidados e prevenção, com especial cuidado na
alimentação e prática de exercícios físicos, mas com atenção também aos cuidados
médicos preventivos. No Brasil, 9 em cada 10 infartos poderiam ser evitados com
hábitos saudáveis.
Com o título “Brasil Saudável”, na abertura do capítulo de estudo sobre o
sistema cardiovascular, Barros e Paulino informam:
Para incentivar os brasileiros a adotarem hábitos de vida mais saudáveis, a Secretaria da Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, coordenou, em 2004, o Projeto Brasil – Coração Saudável 2020. Lançado em Brasília em junho de 2005, o projeto pretende acompanhar e assistir adolescentes, com atenção também a seus familiares, até o ano de 2020, orientando-os quanto à prevenção dos fatores de risco de doenças cardiovasculares (BARROS e PAULINO, 2007, p. 140).
Observando essas informações, percebe-se a necessidade de trazer ao
ambiente escolar o debate sobre esses índices de mortalidade por doenças
cardiovasculares e buscar desenvolver hábitos que proporcionem a concretização
do objetivo de uma vida longa e saudável, edificando essa intenção através do
desenvolvimento de hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada, prática de
atividade física e cuidados médicos preventivos, pois de acordo com Rosa et al.:
Aproximar os conceitos científicos dos contextos vivenciados pelos alunos facilita o processo de aprendizagem: o aluno pode estabelecer uma relação entre os diferentes conhecimentos desenvolvidos e sua realidade. O aluno também pode ser desafiado diante de uma situação que mobiliza sua
atenção, envolvendo-se em um processo de pesquisa e descoberta (ROSA et al., 2006, p. 17).
De acordo com Monego e Jardim (2006) “se os fatores de risco se instalam na
infância sua abordagem também deve começar lá”, se as crianças e adolescentes
buscam conhecimento científico na escola, também é no âmbito escolar que podem
obter informações que os levem a desenvolver hábitos conscientes para uma vida
mais saudável. Além disso, podem disseminar essas informações para os seus
familiares e agir como transformadores de uma sociedade em busca de uma melhor
qualidade de vida.
Se Paraná (2008) propõe a formação social do cidadão, então a
aprendizagem deve trazer aos alunos informações que o levem a associar os
conteúdos propostos na disciplina de Ciências ao seu cotidiano. O ensino
aprendizagem deve proporcionar ao educando formas de integrar o conhecimento
escolar ao seu desenvolvimento e dessa forma tornar-se um cidadão crítico, capaz
de zelar pelo seu bem e da sociedade que o cerca.
Considerando o exposto anteriormente, busca-se com essa proposta fazer
uso de recursos pedagógicos diversificados e utilizando-se de atividades lúdicas,
conscientizar os educandos sobre os fatores de risco para o sistema cardiovascular
e proporcionar conhecimento sobre a importância de hábitos saudáveis a partir da
infância, visando que essas informações cheguem ao âmbito familiar e a sociedade
como um todo.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Na sociedade atual, os educandos têm acesso a muitas informações através
dos veículos de comunicação, no entanto, muitas dessas informações estão
desvinculadas e são de difícil compreensão, visto que requerem alguns
conhecimentos prévios.
É comum, entre os professores, o desejo de que suas ações pedagógicas
propiciem aos alunos condições de compreensão de mundo de forma mais crítica e
objetiva. Buscando, com a sua prática, formas de desenvolver o processo de ensinar
para que os alunos tenham uma aprendizagem mais estruturada.
A busca por alternativas no processo ensino-aprendizagem é uma constante
na realidade dos professores. Cabe aos educadores, procurar e organizar formas de
tornar o conhecimento científico aprendido na escola mais próximo da realidade do
educando. Dessa forma, o professor assume a função de mediador no processo
ensino-aprendizagem.
Segundo Oliveira (1997, p. 12) “Ensinar, tendo presente que os alunos já
pensaram sobre o tema, ou sobre algo relacionado a ele, passa a ser uma tarefa
muito mais dinâmica e original do que aquela de professor-enciclopédia.”
É muito importante que o conhecimento prévio do aluno sobre cada assunto
seja considerado e possa servir de base para a construção do conhecimento
científico. Para Freire:
Pensar certo coloca ao professor ou, mais amplamente, à escola, o dever de não só respeitar os saberes com que os educandos, sobretudo os da classes populares, chegam a ela - saberes socialmente construídos na prática comunitária - mas também, como há mais de trinta anos venho sugerindo, discutir com os alunos a razão de ser de alguns desses saberes em relação com o ensino dos conteúdos (FREIRE, 2005, p. 30).
Nesse processo, os professores assumem o papel de mediadores, atuando
como guias na formação de seus alunos, orientando no processo de construção dos
conhecimentos e tornando a aprendizagem realmente significativa.
2.1. Aprendizagem Significativa no Ensino de Ciências.
Segundo Paraná:
A aprendizagem significativa no ensino de Ciências implica no entendimento de que o estudante aprende conteúdos científicos escolares quando lhes atribui significados. Isso põe o processo de construção de significados como elemento central do processo de ensino-aprendizagem (PARANÁ, 2008, p. 62).
Para melhorar o processo de ensino-aprendizagem, é fundamental encontrar
alternativas e oportunizar situações que proporcionem ao aluno um aprendizado
com autonomia. Dessa forma, podemos utilizar os princípios da teoria da
aprendizagem significativa proposta por David Ausubel.
O pesquisador David Paul Ausubel nasceu em Nova Iorque, nos Estados
Unidos, filho de imigrantes judeus, formado em medicina psiquiátrica, dedicou parte
de seu estudo à Psicologia Educacional. De acordo com a revista Nova Escola,
Ausubel “dizia que, quanto mais sabemos, mais aprendemos [...] para ele, aprender
significativamente é ampliar e reconfigurar ideias já existentes na estrutura mental e
com isso ser capaz de relacionar e acessar novos conteúdos”.
O princípio do pensamento de Ausubel ao propor a teoria da aprendizagem
significativa, diz que “O fator isolado mais importante que influencia a aprendizagem
é o que o aluno já sabe. Averigue isso e ensine-o de acordo” (AUSUBEL apud
MOREIRA, 2009, p. 7).
Segundo Moreira:
O conceito básico da teoria de Ausubel é o de aprendizagem significativa. A aprendizagem é dita significativa quando uma nova informação (conceito, ideia, proposição) adquire significados para o aprendiz através de uma espécie de ancoragem em aspectos relevantes da estrutura cognitiva preexistente do indivíduo, isto é, em conceitos, ideias, proposições já existentes em sua estrutura de conhecimentos (ou de significados) com determinado grau de clareza, estabilidade e diferenciação (MOREIRA, 1997, p. 5).
A aprendizagem será significativa se for construída a partir dos
conhecimentos prévios dos alunos e estabelecendo o maior número de ligações
possíveis entre os conceitos dos conteúdos estudados, relacionando o aprendizado
do cotidiano com o conhecimento científico adquirido no âmbito escolar. Segundo
Ausubel apud Pelizzari et al.:
Para haver aprendizagem significativa são necessárias duas condições. Em primeiro lugar, o aluno precisa ter uma disposição para aprender: se o indivíduo quiser memorizar o conteúdo arbitrária e literalmente, então a aprendizagem será mecânica. Em segundo, o conteúdo escolar a ser aprendido tem que ser potencialmente significativo, ou seja, ele tem que ser lógica e psicologicamente significativo: o significado lógico depende somente da natureza do conteúdo, e o significado psicológico é uma
experiência que cada indivíduo tem. Cada aprendiz faz uma filtragem dos conteúdos que têm significado ou não para si próprio (AUSUBEL apud PELIZZARI et al., 2002, p. 38).
Para facilitar ao aluno uma aprendizagem de qualidade é fundamental a
adequação do conteúdo, delimitando os conceitos básicos, sua estruturação e
relacioná-los com saberes prévios dos educandos. É importante procurar a melhor
forma de abordar e expor o conteúdo e estabelecer relações com atividades práticas
que tenham significado para o educando. Visto que segundo Ausubel apud Moreira
(1997, s/p) “a aprendizagem significativa é o mecanismo humano, por excelência,
para adquirir e armazenar a vasta quantidade de idéias e informações representadas
em qualquer campo de conhecimento.”
Compreende-se que a aprendizagem significativa depende do aluno e
também do conteúdo, mas também do professor, da sua prática pedagógica e da
forma como os conteúdos são abordados.
2.2. Mapas Conceituais no Ensino de Ciências
De acordo com Moreira (1997, p. 5), “A teoria que está por trás do
mapeamento conceitual é a teoria cognitiva de aprendizagem de David Ausubel”, no
entanto “Ausubel nunca falou de mapas conceituais em sua teoria.”
O mapeamento conceitual, segundo Moreira (1997, p. 5) “trata-se de uma
técnica desenvolvida em meados da década de setenta por Joseph Novak e seus
colaboradores na Universidade de Cornell, nos Estados Unidos”. Embasado na
teoria da aprendizagem significativa, Novak, teve a ideia de mapear a construção do
conhecimento dos alunos. A partir de sua criação, o mapeamento conceitual se
tornou uma técnica poderosa de ensino-aprendizagem.
Observando a teoria de Ausubel sobre o desenvolvimento cognitivo,
encontram-se três ideias principais que estão de acordo com as propostas de Novak
e sua equipe: a compreensão do desenvolvimento de novos significados como uma
construção sobre conceitos e proposições anteriores; a compreensão da estrutura
cognitiva como uma organização hierárquica; e a compreensão de que quando a
aprendizagem ocorre, as ligações entre os conceitos se tornam mais explícitas, mais
precisas e melhor integradas com outros conceitos e proposições.
Para Moreira :
De uma maneira ampla, mapas conceituais são apenas diagramas que indicam relações entre conceitos. Mais especificamente, podem ser interpretados como diagramas hierárquicos que procuram refletir a organização conceitual de um corpo de conhecimento ou de parte dele. Ou seja, sua existência deriva da estrutura conceitual de um conhecimento (MOREIRA, 2006, p. 9).
A organização do conhecimento em mapas conceituais (MOREIRA e
BUCHWEITZ apud MOREIRA, 1997) “é uma técnica muito flexível e em razão disso
pode ser usado em diversas situações, para diferentes finalidades: instrumento de
análise do currículo, técnica didática, recurso de aprendizagem, meio de avaliação.”
Para construir os mapas conceituais é necessário buscar informações,
organizá-las de acordo com o pensamento e analisar os conceitos, que devem estar
relacionados entre si, estabelecendo ligações e com explicações entre eles.
Para construir um mapa conceitual devem ser observados os seguintes
passos:
1. Identifique os conceitos chaves do conteúdo que vai mapear e ponha-os em uma lista. Limite entre 6 e 10 o número de conceitos.
2. Ordene os conceitos, colocando o(s) mais geral (is), mais inclusive (s), no topo do mapa e, gradualmente, vá agregando os demais até completar o diagrama de acordo com o princípio da diferenciação progressiva.
3. Se o mapa se refere, por exemplo, a um parágrafo de texto, o número de conceitos fica limitado pelo próprio parágrafo. Se o mapa incorpora também o seu conhecimento sobre o assunto, além do contido no texto, conceitos mais específicos podem ser incluídos no mapa.
4. Conecte os conceitos com linhas e rotule essas linhas com uma ou mais palavras-chave devem formar uma proposição que expresse o significado da relação.
5. Evite palavras que apenas indiquem relações triviais entre os conceitos. Busque relações horizontais e cruzadas.
6. Exemplos podem ser agregados ao mapa, embaixo dos conceitos correspondentes. Em geral, os exemplos ficam na parte inferior do mapa.
7. Geralmente, o primeiro intento de mapa tem simetria pobre e alguns conceitos ou grupos de conceitos acabam mal situados em relação a outros que estão mais relacionados.
8. Talvez neste ponto você já comece a imaginar outras maneiras de fazer o mapa. Lembre-se de que não há um único modo de traçar um mapa conceitual. À medida que muda sua compreensão sobre as relações entre os conceitos, ou à medida que você aprende, seu mapa também muda. Um mapa conceitual é uma estrutura dinâmica, refletindo a compreensão deu quem o faz no momento em que o faz.
9. Compartilhe seu mapa com seus colegas e examine os mapas deles. Pergunte o que significam as relações, questione a localização de certos conceitos, a inclusão de alguns que não lhe parecem importantes, a omissão de outros que você julga fundamentais. O mapa conceitual é um bom instrumento para compartilhar, trocar e “negociar” significados.
10. Setas podem ser usadas, mas não são necessárias; use-as apenas quando for muito necessário explicitar a direção de uma relação. Com muitas setas, seu mapa parecerá um fluxograma (MOREIRA, 2006, p. 43).
A construção dos mapas conceituais deve ser feita com o intuito de comparar
o processo de desenvolvimento do conhecimento do educando e a prática
pedagógica do professor. Como não há como definir se um mapa conceitual está
certo ou errado, embora eles possam ser utilizados para fins avaliativos, é
importante que haja clareza de que sua intenção não é atribuir valores.
Outra possibilidade de uso dos mapas conceituais está na avaliação da aprendizagem. Avaliação não com o objetivo de testar conhecimento e dar uma nota ao aluno, a fim de classificá-lo de alguma maneira, mas no sentido de obter informações sobre o tipo de estrutura que o aluno vê para um dado conjunto de conceitos. Para isso, pode-se solicitar ao aluno que construa o mapa ou este pode ser obtido indiretamente através de suas respostas a testes escritos ou entrevistas orais.... Portanto, o uso de mapas conceituais como instrumentos de avaliação implica uma postura que, para muitos, difere da usual. Na avaliação através de mapas conceituais a principal ideia é a de avaliar o que o aluno sabe em termos conceituais, isto é, como ele estrutura, hierarquiza, diferencia, relaciona, discrimina, integra, conceitos de uma determinada unidade de estudo, tópico, disciplina, etc. (MOREIRA, 2006, p. 17 e 19)
Com base nessas informações, pode-se perceber que a teoria de Ausubel e a
construção de mapas conceituais contribuem de maneira significativa para a
construção do conhecimento.
2.3. Uso de Recursos Pedagógicos no Ensino de Ciências.
O uso de recursos pedagógicos adequados para cada metodologia
empregada pelo professor a cada situação de processo-ensino aprendizagem,
requer a sustentação nas teorias de aprendizagem, como na afirmação de
Constantino et al.:
As transformações sociais, econômicas e tecnológicas impõem novas formas de ensinar e aprender. A compreensão das diferentes teorias de aprendizagem é um assunto importante para professores, pois as estratégias de ensino, enfoques didáticos, materiais instrucionais, reformas curriculares sempre subjazem teorias de aprendizagem. Essa compreensão leva o professor a melhor identificar as opções de práticas pedagógicas sugeridas por cada postura, oportunizando a eles escolhas sobre a teoria mais adequada a sua realidade escolar, mais ainda, permite aos mesmos avaliarem os objetivos que determinam o uso da teoria educacional escolhida. (CONSTANTINO et al., 2003, p. 1)
Com base na teoria cognitiva construtivista de Jean Piaget e na teoria da
aprendizagem significativa de David Ausubel, o uso de recursos pedagógicos
variados é uma forma de tornar o processo ensino-aprendizagem mais próximo da
realidade do aluno, sendo ele o sujeito do processo.
Os alunos do século XXI podem ter acesso a muitas informações
interessantes com os modernos sistemas de comunicação, e podem conhecer
formas diferentes de aprendizagem. Sendo assim, observemos o que dizem
Krasilchik e Marandino:
Todos os cidadãos devem ser alfabetizados cientificamente, […] ou melhor, letrado, […] e entendemos que ser letrado cientificamente significa não só saber ler e escrever sobre ciência, mas também cultivar e exercer práticas sociais envolvidas com a ciência; em outras palavras, fazer parte da cultura científica (KRASILCHIK e MARANDINO, 2007, p. 27).
O livro didático é um importante recurso nas aulas de Ciências, segundo
Megid e Fracalanza:
“Programas de melhoria da qualidade do livro didático brasileiro e de distribuição ampla para os estudantes de escolas públicas têm sido uma das principais ações do governo federal e seu Ministério da Educação desde a década de 30 do século passado”, no entanto, “Professores e
professoras da educação básica, por sua vez, têm recusado cada vez mais adotar fielmente os manuais didáticos postos no mercado, na forma como concebidos e disseminados por autores e editoras”. Fazem constantemente adaptações das coleções, tentando moldá-las à sua realidade escolar e às suas convicções pedagógicas (MEGID e FRACALANZA, 2003, p. 147).
Megid e Fracalanza sugerem a continuidade na utilização do livro didático
com as devidas melhorias e associando a utilização também de recursos didáticos
alternativos.
Além disso, também deveria ser incentivada a produção de outros recursos didáticos que pudessem atender às diretrizes e orientações curriculares oficiais e, ao mesmo tempo, levar em consideração os resultados e contribuições das pesquisas educacionais, bem como o contexto histórico e a diversidade cultural dos alunos. Nesse caso, podem ser lembrados: Atlas, vídeos, CD-ROM, textos e revistas de divulgação científica ou obras consagradas de apresentação de aspectos da ciência e da técnica e de suas relações com a Sociedade. Embora muitos desses recursos estejam presentes no mercado, ainda não são disponíveis aos professores e às escolas da rede pública do ensino fundamental (MEGID e FRACALANZA, 2003, p. 156).
O avanço da tecnologia aumentou o número de recursos pedagógicos que
podem ser utilizados pelos professores em sua prática pedagógica. Há uma grande
variedade de recursos pedagógicos, que podem enriquecer as aulas e torna-las
mais atrativas para os alunos. No entanto, cabe ressaltar que os recursos são
muitos, mas não substituem o professor. Se forem utilizados de forma inadequada e
até de forma cansativa, podem perder a função de colaborar no processo ensino-
aprendizagem e até podem desagradar os alunos ao invés de facilitar a
aprendizagem.
O avanço na produção e uso de novas tecnologias de informação e
comunicação representam novos desafios para os educadores comprometidos com
o desenvolvimento intelectual dos educandos e que visam contribuir para a
construção de cidadãos conscientes. Cada nova tecnologia apresentada se constitui
numa nova possibilidade de ensinar e de aprender.
De acordo com Perrenoud:
As crianças e os adolescentes só aprendem se colocados em situações de aprendizagem que se tornem ativos e os levem a escutar, ler, observar, comparar, classificar, analisar, argumentar, tentar compreender, prever,
organizar, dominar a realidade, simbolicamente e na prática. Essas situações devem ser criadas, organizadas [...] (PERRENOUD, 2000, p. 107).
Desde que bem utilizados, os recursos pedagógicos são uma alternativa para
facilitar a aprendizagem e tornar as aulas mais dinâmicas, favorecendo a
participação dos estudantes no processo ensino-aprendizagem.
Os recursos são muitos e variados, e cada um pode se encaixar em
estratégias traçadas pelos professores, adequados ao conteúdo, ao nível de
aprendizado dos educandos e a metodologia adotada, pois de acordo com Krasilchik
(1987, p. 67) “Uma linha que dá ênfase aos trabalhos práticos, para diminuir a
memorização, prepondera entre os que estão mais próximos da escola.”
De acordo com Paraná (2008, p. 63) “O professor é quem determina as
estratégias que possibilitam maior ou menor grau de generalização e especificidade
dos significados construídos”, portanto cabe ao docente atuar de forma a
proporcionar ao educando a construção do conhecimento significativo. Estabelecer
estratégias predispõe uma escolha detalhada no uso de recursos pedagógicos
apropriados a cada conteúdo e que se mostrem eficientes.
O uso das tecnologias representa uma importante ferramenta no processo
ensino-aprendizagem, para Freire:
Como manifestação presente à experiência vital, a curiosidade humana vem sendo histórica e socialmente construída e reconstruída. Precisamente porque a promoção da ingenuidade para a criticidade não se dá automaticamente, uma das tarefas precípuas da prática educativo-progressista é exatamente o desenvolvimento da curiosidade crítica, insatisfeita, indócil. […] E não vai nesta consideração nenhuma arrancada falsamente humanista de negação da tecnologia e da ciência. Pelo contrário é consideração de quem, de um lado, não diviniza a tecnologia, mas, de outro, não a diaboliza. De quem a olha ou mesmo a espreita de forma criticamente curiosa (FREIRE, 2005, p. 32).
O uso de recursos tecnológicos aplicados à educação predispõe reflexões
sobre como as tecnologias, principalmente as de informação e comunicação
influenciam na sociedade e também no processo ensino-aprendizagem. A tecnologia
está presente no cotidiano de todos e podem ser um importante recurso na
construção do conhecimento. Esses recursos permitem o acesso a metodologias
inovadoras, estimulam o aprendizado e aproximam o mundo social do educando do
mundo escolar. Paraná destaca que:
O processo ensino-aprendizagem pode ser melhor articulado com o uso de: recursos pedagógicos/tecnológicos que enriquecem a prática docente, tais como o livro didático, texto de jornal, revista científica, figuras, revista em quadrinhos, música, quadro de giz, mapa [...], globo, modelo didático [...], microscópio, lupa, jogo, telescópio, televisor, computador, retroprojetor, entre outros; de recursos instrucionais como organogramas, mapas conceituais, mapas de relações, diagramas V, gráficos, tabelas, infográficos, entre outros; de alguns espaços de pertinência pedagógica, dentre eles, feiras, museus, laboratórios, exposições de ciências, seminários e debates (PARANÁ, 2008, p. 73).
Paraná (2008) propõe também alguns elementos da prática pedagógica que
devem ser valorizados no Ensino de Ciências, entre os quais estão a abordagem
problematizadora, a relação contextual, a relação interdisciplinar, a pesquisa, a
atividade em grupo, o uso de recursos instrucionais e o lúdico. Tais elementos serão
determinantes durante a implementação dessa proposta.
2.4. O Sistema Cardiovascular, Doenças, Fatores de Risco e Prevenção
O coração, os vasos sanguíneos e o sangue formam o sistema cardiovascular
ou circulatório.
2.4.1. Sistema Cardiovascular
O sistema cardiovascular ou circulatório é um dos sistemas integradores do
corpo humano, tendo como função, segundo Santos, Aguilar e Oliveira (2010, p.
355) “o transporte de diversas substâncias a todas as parte do corpo. Assim, conduz
nutrientes e gás oxigênio às células ao mesmo tempo em que leva excretas e gás
carbônico até os órgãos que os eliminam.” De acordo com Alexander P. Spence
(1991, p. 273) “O sistema circulatório e seu componente fluido, o sangue, ligam o
meio interno do corpo ao meio externo. O sangue transporta materiais entre estes
dois meios e entre as diferentes células e tecidos do corpo.”
2.4.2. Coração
Segundo Tortora (2000, p. 342) “O coração é o centro do sistema
cardiovascular (circulatório). Enquanto o termo cardio refere-se ao coração, o termo
vascular refere-se aos vasos sanguíneos (ou suprimento abundante de sangue).”
O coração foi durante muito tempo, e ainda é, associado às emoções. Como
nós o sentimos, percebemos o seu funcionamento, então ele sempre foi alvo de
muito interesse. Os estudos sobre esse órgão tiveram origem há bastante tempo,
conforme Silva e Sasson:
Desde o século II, com o famoso médico Galeno, que afirmava existirem poros no septo para a passagem de sangue do ventrículo direito para o ventrículo esquerdo. Somente em 1533 o médico espanhol Miguel Servet se atreveu a contestar Galeno, afirmando que o sangue passava do lado direito para o lado esquerdo através da circulação pulmonar, abrigando então a morada vital, depois de ser purificado nos pulmões. […] Foi apenas com os trabalhos de Willian Harvey, médico inglês, em 1628, que ficou definida a correta circulação sanguínea através do corpo, inclusive a provável existência de passagens do sangue das artérias para as veias, formando um sistema contínuo, fechado, de vasos. Essa confirmação veio com Marcello Malpighi, em 1661, que em observações ao microscópio descobriu os vasos capilares (SILVA e SASSON, 2005, p. 268).
Embora atualmente, saibamos que a sede das emoções é o cérebro, o
coração ainda desperta muito interesse, e os conhecimentos sobre o coração são
muitos, permitindo conhecer suas características, funcionamento e real função como
“bomba propulsora para o sangue” (SPENCE, 1991, p. 289).
O coração adulto é um órgão em forma de cone com o tamanho aproximado
de uma mão fechada, e se localiza entre os pulmões, num espaço denominado
mediastino (SPENCE, 1991, p. 290).
Segundo Tortora:
O coração propulsiona o sangue por milhares de quilômetros de vasos sanguíneos. […] Mesmo em repouso, o coração bombeia 30 vezes o seu próprio peso a cada minuto, em torno de 5 litros de sangue, ao corpo. […] O coração bombeia mais de 7000 litros de sangue em um dia e 5 milhões de litros em um ano. […] O sistema cardiovascular proporciona essa 'bomba'
para a circulação contínua de sangue 'novo' através de aproximadamente 100000 mil quilômetros de vasos sanguíneos. À medida que o sangue flui pelos tecidos do corpo, nutrientes e oxigênio são transferidos do sangue para o fluido intersticial e, dali, para dentro das células. Ao mesmo tempo em que isto ocorre, o sangue recolhe resíduos, dióxido de carbono e calor (TORTORA, 2000, p. 342).
A parede do coração tem três camadas: epicárdio, miocárdio e endocárdio. O
miocárdio consiste de tecido muscular cardíaco e perfaz a maior parte do coração, é
encontrado unicamente no coração, tem função e estrutura especializadas, é
responsável pela ação de bombeamento do coração (TORTORA, 2000, p. 342).
O coração possui quatro câmaras, sendo duas superiores, os átrios, e duas
inferiores, os ventrículos. O sangue flui através do coração das veias cavas superior
e inferior e do seio coronário ao átrio direito, pela valva tricúspide ao ventrículo
direito, através do tronco pulmonar aos pulmões, através das veias pulmonares ao
átrio esquerdo, pela valva mitral (bicúspide) ao ventrículo esquerdo e deste para a
aorta. Quatro valvas impedem o refluxo de sangue ao coração. As valvas
atrioventriculares entre os átrios e os respectivos ventrículos, são a tricúspide, no
lado direito, e a mitral (bicúspide), no lado esquerdo. As valvas atrioventriculares,
cordas tendíneas e os músculos papilares evitam que o sangue reflua para os átrios.
As duas artérias que deixam o coração têm, cada uma, três válvulas semilunares
que constituem as valvas da aorta e do tronco pulmonares (TORTORA, 2000, p.
342-346).
O miocárdio recebe sangue oxigenado (arterial) através da circulação arterial,
que também remove o dióxido de carbono. O sangue venoso (desoxigenado)
retorna ao átrio direito via seio coronário. No coração, o sangue flui de áreas de
maior pressão para áreas de menor pressão. O movimento de sangue pelo coração
é controlado pela abertura e pelo fechamento das valvas e pela contração e pelo
relaxamento do miocárdio (TORTORA, 2000, p. 348 e 350).
Um ciclo cardíaco consiste de uma sístole (contração) e uma diástole
(relaxamento) das câmaras do coração. As fases do ciclo cardíaco são: o período de
relaxamento, o enchimento ventricular e sístole ventricular. Com uma frequência
cardíaca média de 75 batimentos por minuto, um ciclo cardíaco completo necessita
de 0,8 segundo. O som dos batimentos cardíacos origina-se principalmente da
turbulência no fluxo de sangue criada pelo fechamento das valvas, e não da
contração do músculo cardíaco. O primeiro som cardíaco (lubb) representa o
fechamento das valvas atrioventriculares. O segundo som (dupp) representa o
fechamento das valvas da aorta e do tronco pulmonar (TORTORA, 2000, p. 350).
A frequência cardíaca e a força das contrações são controladas pelo centro
cardiovascular na medula oblonga (bulbo) e podem ser aumentadas por estimulação
simpática ou diminuídas por estimulação parassimpática. Outras influências na
frequência cardíaca incluem substâncias químicas (epinefrina ou adrenalina, sódio,
potássio), temperatura, emoções, sexo e idade (TORTORA, 2000, p. 353).
2.4.3. Sangue
O sangue é um tecido conjuntivo líquido que tem três funções gerais:
transporte (transporta oxigênio, dióxido de carbono, nutrientes, hormônios, calor e
resíduos), regulação (ajuda na regulação do pH, na temperatura corporal e do
conteúdo de água nas células) e proteção (protege da perda de sangue, de
micróbios e toxinas). É um líquido viscoso equivalente a 8% da massa corporal de
um adulto. É constituído de 55% de plasma e 45% de elementos figurados
(eritrócitos ou glóbulos vermelhos, leucócitos ou glóbulos brancos e plaquetas)
(TORTORA, 2000, p. 322).
Quanto à tipagem sanguínea, a superfície dos glóbulos vermelhos contém
antígenos determinados geneticamente chamados de isoantígenos ou
aglutinogênios, com base neles existem pelo menos 24 sistemas de grupos
sanguíneos, mas os principais são o ABO eu Rh. No sistema ABO, os isoantígenos
A e B determinam o grupo sanguíneo. O plasma contém isoanticorpos, chamados de
anti-A e anti-B, que reagem com antígenos que são estranhos ao indivíduo. No
sistema Rh, os indivíduos cujos eritrócitos têm antígenos Rh são chamados Rh+ e
os que não têm, são Rh- (TORTORA, 2000, p. 334 e 335).
2.4.4. Vasos Sanguíneos
Os vasos sanguíneos formam uma rede de tubos que transportam sangue do
coração em direção aos tecidos do corpo e de volta ao coração (TORTORA, 2000,
p. 363).
As artérias transportam sangue a partir do coração, possuem paredes com
três túnicas ou camadas, sendo que a estrutura da túnica média confere às artérias
suas duas maiores propriedades: elasticidade e contratilidade (TORTORA, 2000, p.
363).
As arteríolas são pequenas artérias que distribuem sangue aos capilares, que
por meio de constrição e dilatação assume um papel fundamental na regulação do
fluxo das artérias aos capilares e assim na pressão sanguínea arterial (TORTORA,
2000, p. 363).
Os capilares são vasos sanguíneos microscópios através dos quais materiais
são trocados entre o sangue e as células, eles ramificam-se para formar uma rede
extensa em todo o tecido, o que aumenta a superfície e, assim, permitem uma
rápida troca de grandes quantidades de material (TORTORA, 2000, p. 363).
As vênulas são pequenos vasos que se continuam dos capilares e se unem
para formar as veias, elas drenam o sangue dos capilares para as veias.
As veias também possuem três camadas, tal qual as artérias, mas com
menos tecido elástico e músculo liso. Elas contêm valvas que previnem o refluxo
(TORTORA, 2000, p. 363).
O pulso é a expansão alternada e a contração elástica de uma artéria em
cada batimento cardíaco. Ele pode ser sentido em qualquer artéria localizada
próxima a superfície ou sobre um tecido duro. Uma taxa normal é de
aproximadamente 75 batimentos por minuto (TORTORA, 2000, p. 370).
A pressão sanguínea é a pressão exercida pelo sangue sobre a parede de
uma artéria quando o ventrículo esquerdo está em sístole e então em diástole. A
pressão arterial sistólica é a força do sangue registrada durante a contração
ventricular. A pressão arterial diastólica é a força do sangue registrada durante o
relaxamento ventricular. A pressão arterial média é de 120/80 mmHg (TORTORA,
2000, p. 370).
As duas maiores rotas circulatórias são a circulação pulmonar e a circulação
sistêmica, que se subdivide em circulação portal do fígado e circulação cerebral
(TORTORA, 2000, p. 370 e 372).
2.4.5. Doenças Cardiovasculares, Fatores de Risco e Prevenção
Algumas doenças comuns do sangue são: anemias, policitemia,
mononucleose infecciosa e leucemia (TORTORA, 2000, p. 337).
São doenças comuns do coração: doença arterial coronariana (DAC),
aterosclerose, espasmo arterial coronariano, defeitos congênitos, arritmias,
insuficiência cardíaca congestiva (ICC), cor pulmonale (CP) (TORTORA, 2000, p.
357E 358).
As doenças comuns dos vasos sanguíneos são: hipertensão, aneurisma e
trombose venosa profunda (TVP) (TORTORA, 2000, p. 378).
Algumas das causas das doenças cardíacas podem ser previstas e evitadas.
As pessoas que desenvolvem certas combinações de fatores de risco têm maior
probabilidade de ter ataques cardíacos. Fatores de risco são características,
sintomas ou sinais presentes em uma pessoa livre de doença e que estão
estatisticamente associados com a chance de desenvolver uma doença. Os
principais fatores de risco para doenças do coração são: alto nível de colesterol no
sangue, pressão alta, fumo, obesidade, falta de exercício regular, diabete melito,
predisposição genética e sexo masculino. Sendo que os primeiros cinco fatores
podem ser todos modificados para reduzir o risco. Outros fatores também podem
contribuir com o desenvolvimento de doença cardíaca, como o alcoolismo, altos
níveis sanguíneos de fibrinogênio e de renina (TORTORA, 2000, p. 355).
2.5. Ensino do Sistema Cardiovascular e das Doenças Relacionadas
Ensinar Ciências deve visar à formação de um cidadão crítico e participante
da sociedade, ciente de seus direitos a uma vida saudável e de seus deveres para
tornar saudável também a vida dos outros e o ambiente.
De acordo com Brasil, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional:
A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (BRASIL, 1996, s/p).
Pensando na preparação do educando para o exercício da cidadania, o
ensino sobre o sistema cardiovascular através de uma aprendizagem de qualidade
busca promover atitudes de prevenção às doenças cardiovasculares e tornar o
educando um disseminador desse conhecimento até a sua comunidade.
Segundo Krasilchik (2005, p. 192) “os professores deverão reconhecer os
anseios da população e traduzir essas expectativas em currículo”. Buscando tornar a
aprendizagem eficiente na formação do cidadão, o professor mediador deve levar o
aluno a relacionar o conteúdo das aulas a situações do seu cotidiano, e com isso
proporcionar também no educando a esperança de um mundo melhor.
O Ensino de Ciências deve inquietar o aluno e desafiá-lo a refletir sobre suas
representações de mundo e, a partir delas, chegar aos conhecimentos científicos. A
partir dos conteúdos, o processo ensino-aprendizagem deve fazer com que o aluno
seja capaz de buscar conhecimentos e soluções para os diferentes momentos da
sua vida. O estudo dos fenômenos da vida de forma integrada permite identificar o
que cada um causa na natureza, na saúde, na sociedade, na qualidade de vida,
fazendo com que os alunos relacionem os conhecimentos científicos ao que
acontece ao redor deles.
Assim propõe-se descobrir o que os alunos já sabem sobre o sistema
cardiovascular e sobre as doenças relacionadas a esse sistema, pois através de
uma abordagem mais construtivista e interacionista, o conteúdo ganha força e
sentido quando em seu processo de aprendizagem, o aluno é estimulado a
relacionar os conteúdos aos seus conhecimentos prévios. Espera-se que o
estabelecimento de uma relação entre o conhecimento novo e o que o aluno já tem
crie conflitos cognitivos, que resultem numa reorganização de conceitos e,
consequentemente, numa aprendizagem verdadeiramente significativa.
De acordo com Carvalho:
Ensino e aprendizagem são dois conceitos que têm ligações bastante profundas; fazer com que esses dois conceitos representem as duas faces de uma mesma moeda ou as duas vertentes de uma mesma aula é , e sempre foi, o principal objetivo da Didática. […] Estes conceitos – de ensino e da aprendizagem, principalmente quando aparecem ligados a Ciências – sofreram muitas modificações a partir de meados do século XX, e temos de procurar uma consistência entre ambos para que realmente espelhem o trabalho em sala de aula (CARVALHO, 2006, p. 1).
No que se referem ao estudo dos sistemas do organismo, Paraná (2008, p.
66) aponta que “O conteúdo estruturante Sistemas Biológicos aborda a constituição
do organismo, bem como suas características específicas de funcionamento, desde
os componentes celulares e suas respectivas funções até o funcionamento dos
sistemas.” A partir dessa orientação, o estudo do sistema cardiovascular será
determinante para a formação do conhecimento científico dos educandos e com isso
estabelecer relações para o seu cotidiano, como a prevenção as doenças
cardiovasculares.
Considera-se fundamental o estudo do corpo humano, visto que este se
constitui de um todo integrado, onde cada órgão e sistema interferem no
funcionamento dos outros. Para garantir a sobrevivência, todas as partes do
organismo humano devem funcionar em sintonia. De forma especial, ao lembrar-se
de órgãos vitais do corpo humano, é bem comum que o primeiro órgão lembrado
seja o coração e o sistema a ele relacionado. Bem como também é comum que
informações errôneas sejam associadas ao coração, como as relacionadas aos
sentimentos. Por isso é tão importante que os alunos compreendam a real função
do coração e todo o sistema cardiovascular e aprendam a forma correta de cuidar
desse sistema, desenvolvendo hábitos saudáveis e de prevenção.
Segundo Carvalho:
Para que ocorra uma mudança na linguagem dos alunos – de uma linguagem cotidiana para uma linguagem científica -, os professores precisam dar oportunidade aos estudantes de exporem suas ideias sobre os
fenômenos estudados, num ambiente encorajador, ara que eles adquiram segurança e envolvimento com as práticas científicas. […] É preciso também que os professores saibam construir atividades inovadoras que levem os alunos a evoluírem, em seus conceitos, habilidades e atitudes (CARVALHO, 2006, p. 9).
Para facilitar a aprendizagem sobre o sistema cardiovascular, as doenças
relacionadas e desenvolver uma consciência sobre hábitos de prevenção, será
estabelecido um método dialético de trabalho, utilizando estudos como a
problematização e a aprendizagem significativa para compreender o modo como o
conhecimento se estabelece. Pois para Krasilchik e Marandino:
Ensinar Ciências é: Estimular atividade intelectual e social dos alunos. Motivar e dar prazer pelo aprendizado. […] Estimular a imaginação, a curiosidade e a criatividade na exploração de fenômenos de interesse dos alunos. Fazer com que os estudantes conheças fatos, conceitos e ideias básicas da ciência. Dar condições para trabalhos práticos que permitam vivenciar investigações científicas rigorosas e éticas(KRASILCHIK e MARANDINO, 2007, p. 53).
Visando uma aprendizagem consistente sobre o sistema cardiovascular,
buscamos alternativas para tornar o educando integrado ao processo ensino-
aprendizagem. De acordo com Biological Science Curriculum Study (BSCS) apud
Krasilchik (2005, p. 11) “alfabetização biológica é um processo contínuo de
construção do conhecimentos necessários a todos os indivíduos que convivem nas
sociedades contemporâneas.” Essa construção de conhecimentos é fundamental
para o entendimento do funcionamento do corpo humano e do sistema
cardiovascular. Sobre o conceito de alfabetização biológica, de acordo com a BSCS
apud Krasilchik:
Um dos modelos desse conceito admite quatro níveis de alfabetização biológica:
1. Nominal – quando o estudante reconhece os termos, mas não sabe seu significado biológico.
2. Funcional – quando os termos memorizados são definidos corretamente, sem que os estudantes compreendam seu significado.
3. Estrutural – quando os estudantes são capazes de explicar adequadamente, em suas próprias palavras e baseando-se em experiências pessoais, os conceitos biológicos.
4. Multidimensional – quando os estudantes aplicam o conhecimento e as habilidades adquiridas, relacionando-os com conhecimentos de outras áreas, para resolver problemas reais (KRASILCHIK, 2005, p. 12).
Dessa forma, espera-se que com o desenvolvimento do projeto os alunos
possam utilizar os conhecimentos adquiridos para “resolver problemas reais”, ou
seja que possam utilizar o que aprenderam para desenvolver hábitos de prevenção
às doenças cardiovasculares.
3. PROPOSTA PEDAGÓGICA PARA A SALA DE AULA
Nessa Unidade Didática propõe-se atividades que possam proporcionar uma
abordagem integradora e que tenha o aluno como principal agente no processo
ensino-aprendizagem. Tendo como base a teoria da aprendizagem significativa e
utilizando-se dos mapas conceituais para desenvolver as atividades conforme as
orientações da Diretriz Curricular da Educação Básica de Ciências do Paraná.
Objetivando a aprendizagem significativa sobre o Sistema Cardiovascular
propõe-se o desenvolvimento de atividades com a utilização de recursos
pedagógicos variados. As atividades propostas são sugestões que podem ser
realizadas, da forma como descritas ou adaptadas, de acordo com cada realidade
escolar.
3.1. Atividade 1 – Pré-teste
É importante que o professor faça um diagnóstico do conhecimento prévio
dos alunos sobre o conteúdo a ser abordado, para tanto sugere-se a aplicação de
um pré-teste, com questões que permitam ao professor detectar o que o aluno já
conhece e ao final do trabalho observar se a aprendizagem ocorreu de forma
realmente significativa.
Na elaboração do pré-teste, o professor deve primar por questões que
abordem os principais itens do conteúdo e que possam proporcionar um diagnóstico
sobre o conhecimento do aluno em relação ao conteúdo proposto e a partir dessa
percepção organizar o trabalho pedagógico a ser desenvolvido. O pré-teste pode
ainda servir de motivação para que o aluno deseje conhecer as respostas, e se
interesse em aprender mais sobre o assunto apresentado.
Sugestão de Pré-teste
1. O coração humano é um órgão formado por:
a) 2 cavidades, sendo um átrio e um ventrículo
b) 3 cavidades, sendo 2 átrios e um ventrículo
c) 4 cavidades, sendo 2 átrios e 2 ventrículos
2. O sangue humano tem a seguinte os seguintes componentes:
a) água, uréia, células hematopoiéticas, células epiteliais
b) hemácias, leucócitos, plaquetas e plasma
c) hemácias, linfócitos, água, células adiposas
3. Quais são os vasos sanguíneos presentes no corpo humano?
a) veias, vasos linfáticos, artérias
b) veias, artérias e capilares
c) veias, capilares e linfonodos
4. A função do coração para o corpo humano é:
a) Comandar os sentimentos
b) Oxigenar o sangue
c) Bombear o sangue
d) Transportar o sangue
5. A principal função do sangue para o corpo humano é:
a) Limpar o fígado e os rins
b) Controlar o funcionamento do cérebro e do coração
c) Transportar substâncias pelo corpo
d) Controlar a temperatura do corpo
6. Você sabe qual a principal causa de morte das pessoas em nosso país, no mundo e em nossa cidade? Se sim, escreva qual você acha que é.
7. Você sabe quais são as principais doenças cardiovasculares? Se sim, cite ao menos três.
8. Você sabe por que é importante a prática de exercícios físicos rotineiramente? Explique.
9. A sua alimentação é baseada em hábitos saudáveis e que ajudam na prevenção de doenças ou essa não é uma preocupação na hora de escolher os alimentos? Explique.
10.Você sabe quais são os fatores de risco para as doenças cardiovasculares? Se sim, cite ao menos três.
Duração 1 aula
3.2. Atividade 2 – Explicação do Conteúdo com Recursos Variados
Nesta etapa serão usados slides, banners, atlas, vídeo sobre o coração e o
funcionamento do sistema, observação de lâminas ao microscópio, além de música,
jogos e animações para o desenvolvimento do tema “Sistema Cardiovascular”. A
utilização desses recursos pedagógicos visa proporcionar aulas que motivem o
interesse dos alunos para o conteúdo desenvolvido.
Considerando a importância da divulgação científica, uma notícia será
utilizada para a introdução do conteúdo, para que os alunos possam obter
informações importantes sobre o coração e a partir dela abrir uma discussão sobre a
relevância do coração e do sistema cardiovascular no funcionamento do corpo
humano. A notícia utilizada será da revista Superinteressante da Editora Abril,
disponível no link a seguir:
http://super.abril.com.br/saude/bate-bate-coracao-446369.shtml
A partir desses questionamentos, apresentar algumas imagens e um breve
relato sobre a história do estudo do sistema cardiovascular, com apresentação de
imagens de representações do coração e da circulação sanguínea feitas em outras
épocas e por cientistas importantes no estudo do sistema cardiovascular, como
Claudio Galeno, Leonardo da Vinci e Willian Harvey.
As imagens disponíveis no portal dia a dia educação da Secretaria de
Educação do Estado do Paraná como as Figuras 1, 2, 3 e 4 entre outras, serão
utilizadas na produção de slides para que os alunos possam visualizar esquemas
representativos do coração, dos vasos sanguíneos, e da circulação do sangue no
corpo. Também para este fim, serão utilizados banner disponível nas escolas, atlas,
livros didáticos e paradidáticos, para explicação da anatomia e fisiologia do sistema
cardiovascular.
Figura 1: esquema da anatomia interna do coração
Fonte: http://www.biologia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=420&evento=3
Figura 2: esquema comparativo da circulação sanguínea e do coração.
Fonte: http://www.biologia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=420&evento=3#menu-galeria
Figura 3: esquema da posição do coração no tórax
Fonte: http://www.biologia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/3/2coracao2.jpg
Figura 4: esquema dos vasos sanguíneos
Fonte: http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/3/1123vasos_sanguineos.jpg
Alguns vídeos podem facilitar a compreensão sobre o funcionamento do
sistema cardiovascular, pois são um recurso pedagógico audiovisual que estimula o
interesse dos alunos e permitem a visualização de imagens e esquemas mais
completos.
Os vídeos sobre o sistema cardiovascular partes 1, 2, 3 demonstram o
funcionamento do sistema cardiovascular, as estruturas do coração, dos vasos
sanguíneos e das células sanguíneas. Disponíveis nos links a seguir:
a) http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=9022
b) http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=902
c) http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=9020
Nos vídeos sobre o sangue vemos a composição dele, suas funções no
organismo e o transporte de substâncias e gases realizados no interior dos vasos
sanguíneos. Eles estão disponíveis em:
d) http://www.biologia.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?
video=12396
e) http://www.biologia.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?
video=15495
O vídeo sobre o coração mostra a pequena e a grande circulação no interior
do coração e pode ser encontrado em:
f) http://www.biologia.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?
video=15502
O vídeo explica o funcionamento e a complexidade do sistema circulatório
estando disponível em:
g) http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=8878
Vídeo que mostra o sistema cardiovascular em 3D, com imagens importantes
sobre o coração e os vasos sanguíneos, podendo ser acessado em:
h) http://www.youtube.com/watch?v=73THGXdeKsY
Os simuladores de aprendizagem proporcionam uma interação do educando
com o conteúdo e o torna sujeito ativo do processo. Esse simulador permite a
compreensão sobre o coração. Disponível em:
i) http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/recursos/11117/comparacao_corac
oes.swf
Utilizando as imagens dos slides, dos atlas, livros, banner e também a
observação do torso, será feita a produção de maquetes do coração e suas
cavidades e também da estrutura do sistema cardiovascular, representando os
movimentos cardíacos onde será observado se os alunos compreendem a estrutura
e funcionamento do coração e dos vasos sanguíneos. Para essa atividade os alunos
poderão utilizar materiais diversos e alternativos.
Durante a apresentação dos slides, dos vídeos, do uso dos simuladores e
produção das maquetes, os educandos serão orientados a realizar anotações dos
pontos importantes e também dos conceitos mais relevantes sobre o que estão
observando.
Duração 11 aulas
3.3. Atividade 3 – Pesquisa e Seminário sobre Doenças Cardiovasculares e
Fatores de Risco
A pesquisa é uma importante forma de tornar o aluno sujeito do processo de
aprendizagem, durante a busca pelas informações, são realizadas muitas leituras
que enriquecem o conhecimento do educando e o contato com diferentes materiais
permite uma interação maior com diferentes linguagens.
Os alunos receberão materiais diversos, como livros didáticos, livros
paradidáticos, panfletos informativos e textos disponíveis na WEB, em grupos irão
pesquisar sobre as doenças cardiovasculares, sendo que a pesquisa será delimitada
considerando a faixa etária dos educandos, então alguns critérios serão
estabelecidos, como: as causas, os sintomas, formas de prevenção, formas de
tratamento e a que fatores de risco estão associadas e como cada fator de risco
aumenta o risco para as doenças, sendo eles: alto nível de colesterol no sangue,
pressão alta, fumo, obesidade, falta de exercício regular, diabete melito,
predisposição genética e sexo masculino.
Após a pesquisa e organização dos dados coletados, os alunos irão
apresentar o resultado através de seminários, que são uma importante forma de
interação das informações obtidas.
Recursos audiovisuais podem facilitar a compreensão sobre as doenças e os
fatores de risco, dessa forma, para complementar o estudo sobre as doenças
cardiovasculares, serão apresentados vídeos, slides, jogos e animações sobre as
doenças e alguns dos fatores que podem colaborar para que elas apareçam. Nos
itens a seguir são apresentados alguns links sobre essas atividades.
Vídeo sobre a pressão alta que mostra aspectos fisiológicos, os fatores de
risco, sintomas, consequências e o tratamento da hipertensão. Disponível em:
a) http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=8935
Vídeo que demonstra uma viagem pela artéria e a relação com o colesterol,
podendo ser acessado em:
b) http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=8888
Vídeo que mostra a circulação humana, representando a transformação do
sangue venoso em sangue arterial no interior do pulmão, encontrado em:
c) http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnica.html?id=10276
Animação sobre hipertensão e como os vasos sanguíneos se comportam
nesse caso, que encontra-se disponível no link a seguir:
d) http://saude.abril.com.br/especiais/hipertensao/imagens/hipertensao.swf
Animação sobre como prever um ataque cardíaco, disponível em:
e) http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/EDU
CACAO_FISICA/Simuladores/AtaqueCardiaco.swf
Animação sobre colesterol e sua relação com os vasos sanguíneos e
problemas cardiovasculares, disponível para acesso em:
f) http://saude.abril.com.br/especiais/colesterol/imagens/colesterol.swf
Animação sobre diabetes, sintomas e prevenção, pode ser acessada em:
g) http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br//arquivos/File/2010/artigos_teses/ED
UCACAO_FISICA/Simuladores/diabetes.swf
Animação sobre obesidade, cálculo do IMC (índice de massa corporal) e
relação dos riscos em casos de sobrepeso e obesidade que está disponível em:
h) http://extras.ig.com.br/infograficos/2012/saude/obesidade/
Animação sobre os efeitos do álcool no corpo humano, disponível em:
i) http://www.univesp.ensinosuperior.sp.gov.br/preunivesp/5440/a-rota-do-lcool-
no-corpo.html
Os jogos são atrativos, divertem e despertam o interesse dos alunos, a
disputa faz com que o educando busque as respostas corretas e se interesse em
descobrir o que fez de errado quando o erro acontece, sendo portanto uma boa
forma de revisão e fixação do conteúdo exposto.
Jogo sobre o sistema circulatório que pode ser encontrado em:
j) http://www.aticaeducacional.com.br/htdocs/atividades/sist_circ/index.htm
Jogo do sangue – quiz sobre a composição e as características do sangue,
que pode ser acessado e respondido em:
k) http://www.museudavida.fiocruz.br/sangue/sangue_index.html
Nessa página da Sociedade Brasileira de Cardiologia, há vários jogos que
abordam os fatores de risco às doenças cardiovasculares, como: proteja seu
coração, quiz SBC, jogo do coração, jogo da memória com os dez mandamentos do
coração. Esses jogos entre outros são encontrados em:
l) http://prevencao.cardiol.br/entretenimento/jogos.asp
Duração 6 aulas
3.4. Atividade 4 – Pesquisa na WEB sobre Alimentos e Exercícios
A pesquisa na web é um recurso importante a ser incentivado e utilizado
durante as aulas de Ciências. A quantidade de informações disponíveis é imensa e
aumenta a possibilidade de leitura de textos e visualização de imagens e vídeos
mais atuais e com complementos interessantes para o educando. Contudo deve-se
ter cuidado para que a pesquisa tome um caráter realmente científico e para isso
faz-se necessário que o professor observe e selecione previamente a serem
recomendados para a pesquisa a ser realizada.
No laboratório de informática, os educandos devem pesquisar sobre os
alimentos bons para o coração, também sobre os alimentos vilões do coração e
sobre a importância da atividade física para o bom funcionamento do sistema
cardiovascular. Após a pesquisa, os alunos irão produzir um cardápio com alimentos
saudáveis para o coração e um cardápio com os alimentos vilões, incluindo
informações sobre atividades físicas, e organização de um panfleto com essas
informações.
Alguns sítios podem ser recomendados para pesquisa:
Página do Sociedade Beneficente Israelita Brasileira – Albert Einstein.
Disponível no link a seguir:
a) http://www.einstein.br/einstein-saude/nutricao/Paginas/alimentos-para-o-
coracao-como-servir-saude-a-mesa.aspx
Página Tua Saúde. Disponível em:
b) http://www.tuasaude.com/alimentos-que-fazem-bem-ao-coracao/
Página do Hospital Santa Catarina, onde também há dicas sobre como fazer
uma alimentação saudável para o coração. Disponível para acesso em:
c) http://www.hsc.org.br/sítio/portal_hsc/pt/Imprensa/saude/saude_detalhes_836
3.aspx
Página do Portal do Coração com reportagens sobre os exercícios físicos e
informações sobre os benefícios para o coração. Pode ser encontrado em:
d) http://portaldocoracao.uol.com.br/tags/exercicios-fisicos
Página do Programa Bem Estar da Rede Globo, com informações variadas
sobre o coração e a circulação, dicas sobre alimentação, exercícios, exames,
prevenção, vídeos e entrevistas com cardiologistas. Disponível em:
e) http://g1.globo.com/bemestar/coracao-e-circulacao/
Página “Eu Atleta”, onde há várias informações sobre a prática de atividades
físicas e a saúde, sendo que no link abaixo há um texto sobre a necessidade de
orientação médica e realização de exames antes do início de atividades físicas.
Pode ser consultada em:
f) http://globoesporte.globo.com/eu-atleta/saude/noticia/2013/11/saiba-quais-
exames-devem-ser-feitos-antes-de-praticar-uma-atividade-fisica.html
Duração 3 aulas
3.5. Atividade 5 – Produção de Gráficos Sobre as Doenças Cardiovasculares e
os Fatores de Risco
Nesta atividade sugere-se o uso da sala de informática da escola, pois a
utilização dos recursos oferecidos pelos computadores podem ser utilizados para
facilitar a interdisciplinaridade e proporcionar uma melhor compreensão por parte
dos educandos sobre os índices que envolvem as doenças cardiovasculares, uma
vez que fica mais evidente a observação de alguns dados quando esses são
apresentados em forma de gráficos.
Com a utilização de dados fornecidos pela Secretaria Municipal de Saúde
sobre índices de casos de hipertensão no município e de óbitos por problemas
cardiovasculares, e a comparação desses índices com os do país e do mundo.
Solicitar que os alunos façam uma conversa em casa para saber sobre casos de
doenças cardiovasculares na família. Produção de gráficos com o uso dos
computadores da sala de informática. Reprodução dos gráficos em cartazes e
comparação e análise dos gráficos.
Dados em relação ao município podem ser obtidos com a Secretaria
Municipal de Saúde, e os dados em relação ao país e ao mundo são obtidos em
sítios como o da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Portal da Saúde do Ministério
de Saúde, Incor, Sociedade Brasileira de Hipertensão, entre outros.
Duração 4 aulas
3.6. Atividade 6 – Construção de Mapas Conceituais
Os mapas conceituais são recursos que favorecem à aprendizagem
significativa, pois permitem estabelecer relações entre os conceitos, sendo portanto
um importante material de apoio no processo ensino-aprendizagem.
Os mapas conceituais podem ser utilizados como instrumentos didáticos, que
segundo Moreira (2006, p. 16) “os mapas propostos podem ser usados para mostrar
as relações hierárquicas entre os conceitos que estão sendo ensinados em uma
aula, em uma unidade de estudo ou em um curso inteiro.” Sendo que sempre devem
ser explicados e orientados pelo professor. Também podem ser construídos como
instrumentos de avaliação, onde o objetivo não é a obtenção de uma nota, mas sim
observar como o aluno está organizando os conceitos do conteúdo. E ainda podem
ser utilizados como recurso para análise do conteúdo, onde podem ser , de acordo
com Moreira (2006, p.26) “ uma ferramenta importante para focalizar a atenção do
planejador de currículo para o ensino de conceitos e para distinção entre conteúdo
curricular e conteúdo instrumental”.
Os mapas conceituais são muito úteis para o ensino de novos conteúdos,
para reforçar o que já foi estudado, reconhecer falhas em conceitos mal
interpretados e avaliar o processo de aprendizagem. Além disso, para o aluno é um
ferramenta importante para fazer anotações e organizar os conceitos estudados.
Uma vez que o estudante tenha compreendido a forma de fazer os mapas
conceituais, ele pode utilizá-los em diversos conteúdos e disciplinas.
Os mapas conceituais serão apresentados aos alunos através de imagens,
incluindo conteúdos que eles tenham estudado anteriormente, em seguida serão
orientados na organização de seus próprios mapas conceituais sobre o conteúdo
dessa unidade didática.
Após a construção dos mapas conceituais os alunos poderão expor e
observar os dos colegas para perceberem que é possível a organização de mapas
diferentes sobre o mesmo conteúdo, essa interação permite uma construção de
conhecimento de forma coletiva, estimulando a aprendizagem colaborativa.
Um exemplo de mapa conceitual sobre o sistema cardiovascular pode ser
observado na Figura nº 5.
Figura 5: Mapa conceitual sobre o sistema cardiovascular
Alguns livros didáticos trazem mapas conceituais do tipo diagrama em árvore
no início ou no final do capítulo, que são importantes para a organização do
conhecimento. Nesse caso é importante que o aluno também construa o seu mapa a
partir dos conceitos que elencou como os mais significativos durante o estudo do
conteúdo proposto.
Alguns exemplos de mapas apresentados em livros didáticos podem ser
encontrados em CANTO (2012, p. 91) e BARROS e PAULINO (2012, p. 162).
Duração 3 aulas
3.7. Atividade 7 – Feirinha do Conhecimento Sobre o Coração
Considerando o conteúdo dessa Unidade Didática, a socialização é um fator
determinante para que o propósito seja completamente atingido. A apresentação dos
trabalhos realizados é uma forma de valorizar o conhecimento produzido pelos
alunos durante as aulas e também de integrar a comunidade ao espaço escolar.
Ainda baseando-se nos benefícios da integração dos saberes escolares com o
conhecimento de profissionais especializados, e buscando aprimorar o
conhecimento adquirido pelos educandos durante o processo educacional,
considera-se a conversa com profissionais da saúde e da prática de atividade física
de suma importância para completar esse trabalho.
A apresentação e integração previstas acontecerá durante uma atividade aqui
denominada como Feirinha do Conhecimento sobre o Coração, onde deverá ocorrer:
- Palestra com um profissional da saúde sobre as doenças cardiovasculares,
a pressão arterial, fatores de risco, sinais indicam uma predisposição, quais os
sintomas e formas de prevenção.
- Medição da pressão arterial dos alunos e pais.
- Uma breve aula com o professor de educação física sobre atividades que
ajudam manter um coração saudável.
- Exposição de um jornal mural com os resultados dos trabalhos produzidos.
Duração 3 aulas
3.8. Atividade 8 - Pós-teste
Após o desenvolvimento das atividades propostas, será aplicado o pós-teste,
o qual terá as mesmas questões do pré-teste, com o objetivo de verificar como
ocorreu o aprendizado dos alunos e se os objetivos propostos foram atingidos.
O pós-teste irá permitir ao professor avaliar se as atividades desenvolvidas
contribuíram para a melhoria do processo ensino-aprendizagem e se o conteúdo
proposto foi compreendido de forma consistente pelo aluno.
4. ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS
As atividades propostas nessa Unidade Didática são apenas sugestões de
como o trabalho pode ser desenvolvido sobre o sistema cardiovascular de forma a
construir uma aprendizagem que valoriza o conhecimento empírico do educando,
torna-o sujeito do processo educacional, valorizando o conhecimento científico e
primando por uma aprendizagem significativa.
Algumas leituras complementares são importantes para a busca de material
sobre o sistema cardiovascular. Muitos sítios da web trazem informações sobre a
história do estudo do sistema cardiovascular. Sugere-se a produção didático-
pedagógica da professora Eliana Guidetti do Nascimento que traz um material
importante sobre esse tema, dos estudos de Claudio Galeno, Leonardo da Vinci e
Willian Harvey. Este material encontra-se em:
a) http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/produco
es_pde/2007_uel_bio_md_eliana_guidetti_do_nascimento.pdf
A leitura do artigo "A difusão da doutrina da circulação do sangue: a
correspondência entre William Harvey e Caspar Hofmann em maio de 1636” de
Regina André Rebollo, traz importantes informações sobre o estudo da circulação
feito por William Harvey. Disponível em:
b) http://www.egov.ufsc.br/portal/sítios/default/files/anexos/25522-25524-1- PB.pdf
O filme “Osmose Jones” (Osmosis Jones) uma animação sobre a aventura de
uma célula de defesa que associada a uma pílula precisam reestabelecer a saúde
de corpo em que estão. Esse pode ser apresentado aos alunos para reforçar, de
maneira divertida, a compreensão sobre o funcionamento de vários sitemas do
corpo humano, incluindo o sistema cardiovascular e o funcionamento das células
sanguíneas responsáveis pela defesa. Duração de 95 minutos.
No sítio “Coração Alerta” há informações, depoimentos, notícias, campanhas,
e links sobre a saúde do coração, podendo ser consultado em:
c) http://www.coracaoalerta.com.br/category/fique-alerta/
No sítio da Sociedade Brasileira de Hipertensão há importantes informações
sobre a hipertensão: o que é, como tratar, sintomas, além de receitas, alertas,
notícias, índices e campanhas. Disponíveis para acesso no link a seguir:
d) http://www.sbh.org.br/geral/vida_saudavel.asp
Jogo da forca sobre o sistema cardiovascular, onde o jogador tenta completar
as palavras, pode ser utilizado como forma de revisão de alguns conceitos.
Encontrado em:
e) http://www.atividadeseducativas.com.br/index.php?id=5430
Na página Escola kids há texto informativo e esquemas sobre a circulação do
sangue, disponívei para acesso em:
f) http://www.escolakids.com/circulacao-sanguinea.htm
Informações e estatísticas sobre doenças cardiovasculares podem ser
encontradas também no Portal da Saúde, disponíveis no seguinte link:
g) http://portal.saude.gov.br/portal/saude/area.cfm?id_area=919
Alguns livros paradidáticos também são ótimas sugestões de leitura, tanto
para os professores quanto para os alunos, pois trazem conhecimentos que
complementam aqueles que já estão disponíveis no livro didático. Aqui sugere-se
alguns:
Pelos caminhos do sangue. Rogério G. Nigro. 13 ed. São Paulo: Atual,
2010. Este livro traz a história da descoberta das funções de cada órgão do sistema
cardiovascular e as dificuldades encontradas em cada época para o estudo desses
órgãos. Contém também informações sobre algumas doenças do sangue.
Coração – Culinária saudável. Oded Schwartz. São Paulo: Publifolha, 2005.
Neste livro há inúmeras receitas para café da manhã, almoço, lanches,
acompanhadas de análise nutricional, considerando uma dieta saudável que
beneficia o coração.
Para mais informações sobre os mapas conceituais sugere-se visita à página
do Professor Marco Antonio Moreira, onde há vários artigos sobre aprendizagem
significativa, mapas conceituais, diagramas V, organizadores prévios, entre outros,
nas versões em português, espanhol e inglês, disponíveis para acesso em:
h) http://www.if.ufrgs.br/~moreira/
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
As aulas de Ciências geralmente despertam curiosidade e atraem o interesse
dos educandos, daí a importância de desenvolver metodologias que possam
proporcionar ainda mais melhorias para o Ensino de Ciências. Estas mudanças são
necessárias no processo educacional para que possamos acompanhar, no espaço
escolar, as inovações tecnológicas e os avanços da humanidade.
A elaboração desta Unidade Didática tem a finalidade de apresentar uma
proposta para desenvolver o conteúdo sobre o Sistema Cardiovascular com os
alunos do 8º ano do Ensino Fundamental, com a intenção de encontrar nos recursos
pedagógicos disponíveis formas de facilitar a aprendizagem. Assim, buscou-se com
nela conciliar um estudo das teorias de aprendizagem relacionando com atividades
que tornem o conhecimento adquirido pelo aluno realmente significativo.
Nessa Unidade Didática buscou-se uma reflexão sobre a necessidade da
utilização de metodologias adequadas à realidade do aluno, baseando-se em seus
conhecimentos prévios e agregando conceitos e informações na construção do
conhecimento científico.
Espera-se que as teorias e atividades aqui abordadas possam enriquecer as
nossas aulas, levando os alunos a desenvolver um novo olhar pela educação com
maior interesse pela aquisição e apropriação do conhecimento, sentindo-se
estimulados a participar de forma mais efetiva no processo educacional.
6. REFERÊNCIAS:
BARROS, Carlos; PAULINO, Wilson. Ciências: O Corpo Humano. 3 ed. São Paulo: Ática, 2007.
_____________________________. Ciências: O Corpo Humano. 5 ed. São Paulo: Ática, 2012.
BRASIL, LDB. Lei 9394/96. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: Editora do Brasil,1996.
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CARVALHO, Anna Maria Pessoa de (org). Ensino de Ciências: unindo a pesquisa e a prática. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2006.
CONSTANTINO, Ellen Suzy Cavalcanti Lima et al. Construção conceitual através de uma abordagem construtivista: circulação sanguínea. IV Encontro Nacional De Pesquisa Em Educação Em Ciências. Disponível em http://fep.if.usp.br/~profis/arquivos/ivenpec/Arquivos/Painel/PNL110.pdf Acesso em 12 jun 2013.
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http://www.biologia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=420&evento=3 acesso 18 out 2013
http://www.biologia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=420&evento=3#menu-galeria acesso 18 out 2013
http://www.biologia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/3/2coracao2.jpg acesso em 18 out 2013
http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/3/1123vasos_sanguineos.jpg acesso em 18 out 2013
http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=9022 acesso em 10 out 2013.
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