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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Artigos Versão Online ISBN 978-85-8015-080-3 Cadernos PDE I

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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Artigos

Versão Online ISBN 978-85-8015-080-3Cadernos PDE

I

O USO DA MÚSICA E DO SCRAPBOOK NO ENSINO

APRENDIZAGEM DE LÍNGUA INGLESA

Maria José Trigo Adami1

Ana Maria dos Santos Garcia Ferreira Martins2 Resumo Este artigo apresenta o resultado de uma pesquisa-ação, realizada com duas turmas do 1º ano do Ensino Médio, do Colégio Estadual Professora Angela Sandri Teixeira, localizado em Almirante Tamandaré, no estado do Paraná, onde recursos como o uso da música e do scrapbook no ensino aprendizagem de língua inglesa contribuiram para que o aluno tivesse maior motivação, satisfação e vontade de aprender em sala de aula. Este estudo tem objetivo de desenvolver ações pedagógicas junto aos alunos, para um ensino mais significativo de inglês, através de uma dinâmica de ensino diferenciada, com a construção do scrapbook, tendo como pano de fundo, letras de músicas que abordam temas da vida do aluno, remetendo à fatos do passado, presente e futuro.Sua justificativa está no fato de a prática docente precisar ser revista para assim poder atender as necessidades de aprendizagem dos educandos. A atuação do professor é um desafio constante e precisamos inovar em sala de aula, deixando claro para o aluno que adoramos ensinar, desta forma, os alunos percebem que as ações pedagógicas propostas, são prazerosas, interessantes e desafiadoras em si mesmas, gerando um engajamento nas ações propostas. Esta pesquisa fundamenta-se em autores, tais como: Walesko (2009), Holden (2009),Dörnyel (2001) e Leffa (2011), que afirmam que uma aprendizagem mais prazerosa e significativa entre os alunos e uma melhor interação com o professor, podem contribuir para que o aluno tenha maior motivação nas aulas de inglês e aplique o conhecimento em sua vida.

Palavras-chave: Ensino-aprendizagem; inglês; música; scrapbook; significativo.

1 INTRODUÇÃO

O uso da música no ensino aprendizagem de língua inglesa tem sido objeto

de estudo de diversos autores da área. Este tema tem sido amplamente discutido

em artigos que evidenciam o uso da música como fator motivacional nas aulas de

inglês. Autores como:Sacks (2007), Murphey (1992), Lenka (2011), Amorim e

Magalhães (1998), Ebong e Sabbadini (2006), Gontow e Gontow (2013), Holden

(2009), Donnini, Platero e Weigel, (2010), Walesko (2009) entre outros, sugerem que

o ensino através de letras de música pode contribuir muito na sala de aula de língua

inglesa, pois o seu uso estimula associações muito positivas para o estudo de uma

língua. As letras de músicas também são um gênero textual, que desperta a

curiosidade do aluno para ler, interpretar e discutir o tema presente na letra,

1 Pós graduada em Metodologia do Ensino de Língua Inglesa, graduada em Letras Português/ Inglês

professora PDE da Rede Estadual do Paraná,[email protected] 2 Mestre em Estudos Linguísticos – UFPR, pós graduada em Letras-UEM, graduada em Letras

Inglês-UEM, professora da UTFPR, [email protected]

propiciando um ambiente mais divertido, que possibilita aulas mais dinâmicas. Há

inúmeras razões positivas para o uso de música nas aulas de inglês e todas vão ao

encontro de uma aprendizagem mais significativa e motivadora.

Embora seja muito positivo o uso da música no ensino aprendizagem de

língua inglesa, é constatado através do nosso dia a dia em sala de aula, que apenas

o uso deste recurso, não garante automaticamente, que nossos alunos tenham mais

vontade de aprender. É importante afirmar, que são necessárias ações cuidadosas

do professor, com direcionamento e planejamento para que a aprendizagem em sala

de aula seja efetiva.

Este projeto foi desenvolvido a partir de percepções acerca do interesse e do

estímulo do aluno em sala de aula. Na escola onde este projeto foi desenvolvido, é

percebida a falta de interesse dos alunos nas diversas disciplinas. Em língua inglesa

esse quadro é ainda mais agravante, eles não conseguem contextualizar o

aprendizado ao seu dia a dia. Os alunos gostam da escola, gostam do intervalo e

gostam das aulas vagas, porém entram para sala de aula cabisbaixos e

desanimados. Diante de algumas destas constatações possíveis na prática

educacional da língua inglesa, percebe-se a necessidade de aplicar ações que

direcionem os alunos no sentido de encontrar maior motivação e aplicabilidade dos

conteúdos vistos em sala de aula.

Este trabalho trata do ensino com aprendizagem mais significativa e

contextualizada, sendo que esta forma de ensino, se faz necessário na escola.

Autores como:Miccoli (2010), Leffa (2011), Gimenez (2011), Aragão (2011), Dörnyel

(2001) e as Diretrizes Curriculares do Paraná (2008), destacam que é consenso que

as atividades propostas aos alunos sejam motivadoras, significativas e

contextualizadas e que o aluno tenha motivo em realizá-las.

O presente trabalho tem por objetivo desenvolver ações pedagógicas junto

aos alunos, para um ensino mais significativo de inglês, fazendo uso da música e do

scrapbook. É através do scrapbook, que se pretende estimular uma dinâmica de

ensino diferenciada, promovendo a interação do aluno e do professor, levando o

aluno à percepção de que esse recurso, pode ser uma forma de expressar seus

sentimentos e relações afetivas. É através da música, que se pretende apresentar

uma ferramenta significativa para aprendizagem de estruturas linguísticas e

aspectos culturais, conhecendo e usando os tempos verbais do passado, Simple

Past, presente, simple present e Futuro, Simple Future, para construção da escrita

no scrapbook.

Assim, este trabalho busca aplicar os recursos de música e do scrapbook com

o propósito de construir um ensino com aprendizagem mais significativa, relevante e

motivadora para os alunos. Este propósito pode se efetivar, através de atividades

contextualizadas e metodologias que levariam os alunos a ter mais interesse pela

aprendizagem da língua. É importante salientar, que nós professores podemos

interferir no interesse dos alunos, na medida em que disponibilizamos

oportunidades, atividades e caminhos, para interação dos envolvidos em sala de

aula. A postura, o entusiasmo, o bom relacionamento entre o professor e os alunos

contribuem para uma atmosfera positiva e cria condições básicas de motivação em

sala de aula (Dörnyel, 2001).

.

2 REVISÃO DA LITERATURA

2.1 Aprendizagem Significativa

Podemos iniciar o embasamento teórico deste artigo, citando uma

reflexão de Miccoli (2010, p.17) onde ela indaga:

O que podemos esperar de uma aula? Algo simples e fundamental:a satisfação daqueles que dela participam. Ninguém gosta de sair de uma aula com sensação de ter perdido tempo. Isso seria uma frustação tanto para nós professores quanto aos alunos.

A autora estabelece que essa satisfação seria uma condição para a

possibilidade da aprendizagem, desta forma, poderia então, garantir o sucesso do

encontro em sala de aula. Juntamente com a autora, levantamos alguns

questionamentos: Como garantir essa satisfação ao aprender em sala? Como

encontrar motivos e criar expectativas para um aprendizado realmente prazeroso?

Como buscar mais qualidade nas experiências vivenciadas neste espaço?

Sabe-se que o fracasso, o descontentamento, e o desprezo no ensino de

inglês nas escolas públicas, são temas discutidos na literatura por vários autores da

área. Em Leffa, (2011, p.18) o autor considera que há vários culpados, vários bodes

expiatórios, para explicar o insucesso no ensino de inglês nas escolas públicas.

Entre eles, o Governo, quando não dá condições mínimas para a aprendizagem, ao

oferecer carga horária escassa e pela falta de materiais para o aluno. Assim, deixa

de dar ao aluno o conhecimento real de uma única língua estrangeira. Outro culpado

é o professor, quando não sabe o que ensina ao aluno, porque não tem

conhecimento da disciplina que está lecionando. É professor de inglês, mas não

sabe inglês. E por último, o aluno, que não estuda, não quer aprender e sente-se

entediado. A este respeito, Leffa argumenta que, a principal explicação para a falta

de estudo do aluno é a falta de objetivo quando se está na escola. Ele não percebe

que a escola é um meio para se chegar a algo maior, ao conhecimento.

Diante dessas considerações, precisamos ir em busca do motivo ou do

objetivo para a aprendizagem.

A respeito de um ensino mais contextualizado, as Diretrizes Curriculares

Estaduais (DCEs p.64), também abordam sobre o espaço da sala de aula: "A aula

de Língua Estrangeira Moderna deve ser um espaço, em que se desenvolvam

atividades significativas, as quais explorem diferentes recursos e fontes, a fim de que

o aluno vincule o que é estudado com o que o cerca."

A respeito da aprendizagem, a autora Miccoli (2010, p.34-35-36) relata em

seu livro, sobre a teoria sociocultural de Vigotsky (1984), Teoria da Atividade, na

qual toda atividade humana é direcionada a uma meta e esta atividade depende do

seu contexto sociocultural. É por meio desta teoria, que Vygotsky (1984)busca dar

sentido à existência humana. Nesta questão, Miccoli ( 2010) em seu estudo, escreve

que:

Qualquer atividade requer um motivo. Da mesma forma, uma atividade sem uma meta perde seu sentido. O motivo e a meta estabelecem o objetivo e o esforço que um indivíduo investirá para a realização de qualquer atividade. Dessa forma, o porquê, de se fazer alguma atividade corresponde ao motivo de uma atividade.

Observamos que através da teoria, Vygotsky (1984) os leva a refletir sobre a

nossa prática em sala de aula. Nós, professores, devemos buscar o sentido para o

ensino de inglês nesse espaço, através de atividades e metodologias que favoreçam

esse querer aprender e que a convivência para os envolvidos seja prazerosa. Para

tanto, o papel do professor exerce muita influência nos rumos que o aprendizado da

língua inglesa pode tomar, levando a uma mudança na escola e na atuação do

professor, através de sua prática pedagógica.

2.2 A Prática do Professor

Em um dos seus estudos, Leffa (2009, p.120) argumenta que: "O trabalho do

professor é sempre cercado de obstáculos, desde a falta de recursos materiais até

uma possível resistência dos alunos. Para vencer esses obstáculos, é preciso

contaminar os outros com o nosso entusiasmo." Para o autor, é preciso que o

professor seja includente, sendo que a autoexclusão, segundo Leffa, é incutida no

aluno, pela sociedade por vários mecanismos.

Leffa (2009) relata que, há muitos mecanismos de exclusão ditados pela

sociedade, entre eles, o autor cita alguns:(a) argumentação de que o aluno pobre

não precisa aprender uma língua estrangeira, porque ele nunca terá oportunidade de

usar esse conhecimento; outra argumentação, b) é a de que o aluno não aprendeu

nem português, que é sua língua materna, não tem motivo então, para estudar uma

língua estrangeira; há também a argumentação c) que a escola não tem condições

de ensinar uma língua estrangeira; e finalmente, d) a ideia de que o aluno não quer

e nem deseja aprender a língua estrangeira. Para o autor, é necessário que o

professor conheça esses mecanismos de autoexclusão e deseje a inclusão do aluno

a um grupo de pertencimento, que neste caso, é a comunidade dos falantes da

língua estrangeira.

O autor argumenta, que o ensino da língua inglesa pode ser prazeroso, pois a

multiculturalidade desta língua permite que o professor parta de qualquer realidade,

incluindo a realidade do aluno brasileiro, de qualquer idade e de qualquer parte do

Brasil. Leffa parte do princípio que:

O trabalho do professor não deve ser feito por obrigação, mas por prazer; que o professor seja divertido, tenha senso de humor e consiga deixar bem claro para o aluno, que adora ensinar. O aluno vai adorar aprender com prazer, o que não significa necessariamente sem esforço.

Neste sentido, sobre a atuação do professor no processo de ensino

aprendizagem, Aragão (2011, p.177), reforça que quando os alunos percebem que

as atividades e tarefas propostas são prazerosas, interessantes e desafiadoras em si

mesmas, há um engajamento nas ações, nas quais eles esquecem as preocupações

e perdem a noção do tempo e desta forma, agem como se nada fosse mais

importante, a não ser a realização da tarefa. Para o autor, é desejável e possível

"que nos espaços educativos, busque-se um cenário, no qual nos vejamos

envolvidos num desfrute prazeroso do fazer pedagógico, como se este fazer não

tivesse um objetivo ou um propósito externo à atividade em si mesma."

Nesta mesma linha, Dörnyei (2001) autor de Motivational Strategies in the

Language classroom, no cápitulo 2 de seu livro, aborda questões sobre criar uma

condição básica de motivação em sala de aula e explica que há três condições

motivacionais indispensáveis que contribuem para uma aula mais envolvente. Essas

condições estão interligadas e seriam: comportamento apropriado do professor e um

bom relacionamento com os alunos, uma sala de aula com atmosfera agradável e de

ajuda aos alunos, um grupo de alunos com regras estabelecidas e coerentes.

O autor destaca que, o que o professor faz em sala, tem uma influência

motivacional nos alunos. O autor estabelece alguns pontos gerais sobre como

podemos motivar nossos alunos em sala de aula e explica que a postura do

professor, o entusiamo, o comprometimento, as expectativas em relação a

aprendizagem do aluno e o seu relacionamento com ele são algumas ações que

podem criar a motivação em sala de aula.

Dörnyei (2001,p.32) destaca que o entusiasmo do professor em sala é sentido

pelos alunos e que os professores dos quais os alunos lembrarão e que de algum

modo fizeram diferença na vida deles, são aqueles que amam a disciplina que

lecionam e que mostram sua dedicação e paixão e deixam transparecer aos alunos

que não há nada na terra que estariam fazendo melhor. O autor argumenta que os

alunos admiram esses professores.

2.3 Atividades Contextualizadas e Significativas

Em Dörnyei (2001), o autor considera que um dos caminhos para que um

aprendizado agradável e prazeroso aconteça, é criar situações onde os alunos se

tornem participantes ativos das atividades. Para tanto o professor deve prover

tarefas que tragam desafios aos alunos, que quebrem a monotonia do aprendizado,

que sejam interessantes, ou que tragam novidade para o ambiente em sala de aula,

sendo algo novo, diferente ou totalmente inesperado, exemplifica o autor. Dörnyei

(2001 p.72), sugere que se nós professores pudéssemos de alguma forma construir

um processo de aprendizagem com atividades mais estimulantes e agradáveis, isso

contribuiria significativamente para o envolvimento sustentável do aluno em sala de

aula. Segundo o autor, essa seria uma suposição que faz todo o sentido para o

professor.

Diante destas observações quanto às atividades desenvolvidas em sala, faz-

se necessário o conhecimento das fases e características pelas quais estão

passando os alunos na escola. Jorge (2009, p.166) fala dos desencontros em sala

de aula, no tocante ao distanciamento das necessidades dos alunos. Para a autora,

as práticas distantes das realidades socioculturais dos nossos educandos, nos

levam a interpretação de que os alunos não querem aprender e não tem interesse.

A autora argumenta que, por sua condição juvenil, os adolescentes têm resistido de

maneiras diferentes a qualquer proposta de educação, que não lhes pareça

adequada a suas realidades. A autora pondera que:

O conhecimento do ponto de vista sociocultural dos educandos, permite propor práticas pedagógicas mais coerentes com seus desejos, sonhos e principalmente, com a possiblidade de empoderá-los para que sejam sujeitos na construção de suas próprias histórias.

A partir desses fatos, é necessário que as atividades propostas sejam

realmente motivadoras e contextualizadas devendo ser observado o público para

quem as atividades serão realizadas.

Em Leventhal (2009, p.20-23), a autora esclarece que na fase da

adolescência, projetos variados, interativos e criativos podem exercer uma influência

maior no aprendizado do adolescente. De acordo com a autora:

Adolescentes de 13-17 anos tornam-se impacientes quando o aprendizado não é significativo para eles e mesmo que seja a fase de ampliação da capacidade de representar mentalmente o mundo, é uma fase também marcada por funções afetivas, onde eles buscam a autoafirmação.

Dentro da realidade vivenciada de nossos alunos, nesta fase da adolescência,

a música é um instrumento que poderá contribuir para um ensino mais alegre e

interessante na medida em que é uma realidade deles.

2.4 A Música em Sala de Aula

A música tem um papel importante na vida dos jovens. Seu uso propicia um

ambiente mais seguro ao aluno, mais confortável, e também divertido. Com a música

os alunos tendem a aprender melhor e a se soltar mais ao aprendizado da língua

inglesa.

A música está presente em nossa vida, é agradável aos nossos ouvidos, e

poucos podem não gostar de música. Em Murphey (1992), o autor menciona que é

difícil escapar da música. Ela é encontrada em todos os lugares a nossa volta,

bares, restaurantes, ruas, eventos esportivos, em nossos carros e outros. Murphey

(1992) afirma, que o único lugar onde a música é lentamente explorada é na escola.

Se a música está em quase todos os lugares a nossa volta, então, podemos usá-las

em atividades relevantes e prazerosas na sala de aula também.

Amorim e Magalhães (1998) também compartilham da ideia de que é muito

difícil achar alguém que não goste de música. As autoras descrevem que a música,

com seu poder mágico de despertar lembranças e sentimentos nas pessoas pode

acalmar, divertir, transportar, ensinar, distrair e uni-las. Citam também, que a música

ainda tem a vantagem de ser um importante elemento cultural e consequentemente,

uma ótima oportunidade para estabelecer um paralelo entre cultura e o ensino de

idiomas.

Segundo Griffe (apud Gontow 2013, p.9), autor de Songs on Action, "músicas

oferecem oportunidades de se conhecer a cultura de um povo, permitindo que se

conheçam valores das pessoas que falam a língua".

Nesta mesma linha de raciocínio, Lenka (2011) aponta que, o uso de músicas

e canções em sala de aula pode estimular associações muito positivas para o estudo

de uma língua, as quais caso contrário, poderiam ser vistas como tarefas difícieis e

frustantes. O autor destaca, que é comum esquecermos muita coisa das aulas de

língua estrangeira, exceto, as poucas canções que aprendemos.

Lenka (2011) reforça, que o uso de músicas e canções na sala de aula, nos

permite fazer associações internas, com lembranças de pessoas, lugares,

sentimentos e momentos; desta forma, as músicas vão criando uma trilha sonora de

nossas vidas. Em seu livro The Use of Pop Songs in the ELF Classroom, Lenka

(2011, p.30) afirma que:

As músicas populares têm um impacto poderoso nos adolescentes. Ninguém os força a ouvi-las, mesmo as músicas que não são cantadas na língua materna. Eles ouvem porque querem. As músicas populares são parte do que faz uma geração, uma geração e a geração atual "you tube" faz parte da geração global.(tradução minha)

3

Autores como Ebong e Sabbadini (2006, apud Cristovão 2007, p.66) também

discorrem sobre o uso da música nas aulas de inglês: "As músicas são exemplos de

uma linguagem autêntica, memorável e rítmica." Os autores também enumeram

algumas vantagens da utilização deste gênero textual, tais como: são exemplos

acessíveis de inglês oral; através das rimas os alunos identificam sons similares; e

proporciona uma atmosfera agradável, fazendo com que o aluno se sinta mais

confortável com a pronúncia.

Seguindo esta linha de análise, uma das inúmeras vantagens de se aprender

inglês com música, é que elas contam uma história. Em Gontow e Gontow (2013,

p.31) os autores concordam que: "As músicas vão contando uma história e se você

ouvi-las na sequência consegue entender a história inteira. Muitas músicas são

diálogos cantados e são uma maneira gostosa e divertida de treinar e falar em

inglês." Para os autores, toda música tem muitas palavras que rimam. Através da

3 Lenka (2011, p.30) “Popular songs have a powerful impact on teenagers. No one has to force them

to listen to popular music even though it is not sung in their mother tongue. They listen because they want to. Moreover, popular songs are part of what makes a generation, a generation and the current "you tube generation" is a global generation.”

rimas, vai se aprendendo inglês, porque vai se percebendo os sons que são iguais,

e desta forma, vai se melhorando a pronúncia.

O uso da música pode contribuir para melhorar diversas área da vida, como

saúde, lazer e outras, porque estimula partes do cérebro, que não são estimuladas

sem o uso dela. Em Musicophilia de Oliver Sacks (2007), o autor explora os efeitos

da música na mente humana e as respostas do cérebro ao seu uso.

Para Sacks (2007, p.12), todos nós seres humanos, com raras exceções,

podemos perceber a música, seus tons, timbre, contorno da melodia, harmonia e

ritmo. Segundo o autor, nós integramos tudo isso e construimos a música em nossa

mente, usando várias partes do cérebro. E nessa apreciação estrutural amplamente

inconsciente é acrescentada frequentemente, uma reação emocional profunda e

intensa para a música. O autor observa que, essa inexpressível profundidade da

música, tão fácil de entender, e ainda assim tão inexplicável, deve-se ao fato, que

ela reproduz todas as emoções do nosso mais profundo ser, mas sem realidade e

distante da dor. Para Sacks, a música expressa a quintessência (a parte mais pura)

da vida e seus eventos, nunca eles mesmos. O autor a esse respeito ainda destaca:

A música pode nos mover para o auge ou fundo da emoção. Ela pode nos persuadir a comprar algo, ou nos recordar do primeiro namoro. Ela pode nos tirar da depressão quando nada mais pode. Ela pode nos levar a dançar com seu toque. Mas o poder da música vai muito, muito além. De fato, a música ocupa mais áreas do nosso cérebro do que a linguagem, nós humanos somos uma espécie musical. (tradução minha)

4

Ainda sobre o uso da música em sala de aula, Walesko (2010, p.97) também

argumenta que uma atmosfera positiva pode contribuir para a aprendizagem mais

prazerosa e analisa a hipótese do filtro afetivo, desenvolvida por Steven Krashen

(1982). Nesta hipótese, segundo o autor os fatores afetivos estão relacionados à

aprendizagem de uma língua. O autor explica que o filtro afetivo, seria uma barreira

imaginária que dificulta ou impede a aquisição da língua. Segundo Walesko (2010),

o termo afetivo, refere-se aos motivos, às atitudes, às necessidades e ao estado

emocional do aprendiz em relação à tarefa de estudar uma língua estrangeira.

Varíaveis afetivas tais como motivação, autoconfiança e ansiedade, tem um papel

facilitador na aquisição de uma segunda língua, sendo que, aprendizes motivados,

4 Sacks (2007, p.12) “Music can move us to the heights or depths of emotion. It can persuade us to

buy something, or remind us of our first date. It can lift us out of depression when nothing else can. It can get us dancing to its beat. But the power of music goes much, much further. Indeed, music occupies more areas of our brain than language does- humans are a musical species.”

confiantes e com baixa ansiedade tendem a ser bem sucedidos no processo de

aprendizagem do novo idioma. Acreditamos que o uso da música pode ser um dos

caminhos para atingir essa aprendizagem mais positiva em relação à língua.

É importante destacar ainda, que este processo de aprendizagem mais

significativo da língua inglesa, depende da atuação cuidadosa do professor ao

planejar suas aulas.

Para Holden (2009, p.14), há questões a considerar quanto ao uso da música

em sala de aula. O professor deve pensar, por que usaria música em suas aulas,

que tipo de música poderia usar e como usá-las. A autora descreve muitas razões

para o uso da música porém, pondera, que só o fato de utilizar uma canção não

garante, automaticamente, o interesse do aluno em sala. Nesse sentido, Holden

(2009 p.147), observa que a música também pode ser "um veículo para discussão

de ideias, eventos ou emoções, ou também para ver que sentimentos e associações

ela produz em cada aluno."

Considerando todos os efeitos positivos do uso da música para os indivíduos,

de maneira geral, e também no ensino da Língua Inglesa, este recurso será o ponto

de partida para este projeto de intervenção pedagógica na escola. E o veículo de

registro das atividades desenvolvidas em sala, será o scrapbook que oportunizará o

uso e a prática da língua.

2.5 O Uso do Scrapbook em Sala de Aula

A opção de escolha do scrapbook (livro de recortes, retalhos) como objeto de

aprendizagem, deve-se ao fato de que seu uso poderá melhorar o relacionamento

aluno-professor, tendo em vista a aprendizagem pelo contexto e significado. Neste

aspecto, Dörnyei (2001), afirma que um relacionamento positivo, não somente em

nível acadêmico, mas também no nível pessoal entre o professor e os alunos,

contribui para um ambiente de maior confiança e respeito em sala de aula. O

scrapbook pode ser essa ponte de interação. Mas o que é scrapbook? Em Abrão e

Terzi (2009, p.9) as autoras esclarecem que:

O scrapbook é uma grande brincadeira de contar histórias e registrar

acontecimentos. É brincar com fotos, com colagens, carimbos, texturas e rasgados. É montar páginas de albuns com temas e histórias que ao longo formarão o livro de sua vida, contando de forma divertida ou séria os momentos que fizerram de você o que você é hoje. E que no futuro trarão bela recordações.

Este recurso possibilita ao professor identificar a imagem que o aluno tem de

si e do mundo que o cerca, a partir dos temas propostos no scrapbooking. Para

Hiratomi (2001,p.48), "o scrapbooking pode ser a oportunidade do aluno e do

professor se conhecerem além da escola e assim sentirem-se mais próximos." A

autora destaca ainda, que é uma oportunidade para o aluno construir o registro de

sua própria vida. Hiratomi (2001, p.48), observa que:

A história da própria vida, contada através do scrapbook, com figuras, observações, questionamentos e reflexões individuais, pode tornar evidente o que está obscuro no aluno, o que poderá definir um foco a ser conhecido ou até investigado pelo professor.

O uso do scrapbook propicia ao aluno, a oportunidade de se expressar, sendo

uma forma de valorizá-lo. É um recurso que estabelece o vínculo entre o

aprendizado em sala e a realidade do aluno. Essa relação de vínculo entre a

realidade do aluno, sala de aula e professor é apontada nas DCEs (2008, p.56),

onde espera-se que o aluno "vivencie, na aula de Língua Estrangeira, formas de

participação que lhe possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e

coletivas."

Na revista Nova Escola publicada em agosto de 2014, o título "Scrapbook dá

sentido às aulas de inglês", a autora do artigo Beatriz Vichessi fala da dificuldade

do professor em sala de aula de articular o vocabulário estudado, aos aspectos

linguísticos trabalhados em sala. Por trabalhar esses tópicos separados, uma opção

seria investir na produção de textos dos próprios alunos. O uso do scrapbook pode

ser uma alternativa para que o aluno interaja de forma a contribuir com sua própria

aprendizagem, pois ele irá decorar seu livro com seu próprio estilo, e desta forma

sua autonomia pode ser melhor desenvolvida.

A partir destas leituras sobre o efeito do uso da música na aprendizagem e o

uso do scrapbook, uma ferramenta para viabilizar a aprendizagem, acreditamos que

este conjunto, possa propiciar uma interação maior entre os envolvidos neste

processo de ensino, proporcionando recursos para uma aula com mais significado

para o aluno, levando-o a ter mais satisfação e motivação ao entrar em nossa sala

de aula.

3 METODOLOGIA

Todas as ações desenvolvidas constam na Produção Didático-Pedagógica,

disponibilizada no site: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/, na área do PDE,

produzida como parte das atividades do Programa de Desenvolvimento Educacional-

PDE/2014/2015.

3.1 Dos Participantes

A implementação do projeto aconteceu com duas turmas do 1º ano do Ensino

Médio do Colégio Estadual Professora Angela Sandri Teixeira, localizado em

Almirante Tamandaré PR, no período da manhã. O 1º A com 27 alunos e o 1º B com

24 alunos, totalizando 51 participantes. O diferencial das turmas foi o perfil de cada

uma. O 1ºA é uma turma mais calma, com pouca participação, porém com maior

capricho e atenção. Já o 1ºB é uma turma mais agitada, porém participativa, mas

com maior dificuldade para questões de reflexão e análise, pois exige concentração.

3.2 Das Aulas

Toda a implementação do projeto foi desenvolvida em 5 meses, com carga

horária de sala de aula, 2 horas aulas semanais, e tempo disponibilizados pelo

projeto em contraturno. Ao total, aulas em sala de aula e projeto em contraturno,

foram 64 horas disponibilizadas para a implementação prática com as turmas.

3.3 Das Atividades

As atividades foram aplicadas a todos os alunos das turmas do 1º ano da

manhã, obedecendo ao tempo e ao horário organizado pela escola. As ações

pedagógicas escolhidas, foram divididas para as três músicas do projeto.

A produção didático-pedagógica, foi fotocopiada para todos os alunos do 1º

ano, com o total de 40 páginas e foi utilizada durante todo o período de

implementação, sem as orientações para os professores. Foi confeccionado o meu

próprio scrapbook, juntamente com os alunos, para que eles pudessem

compreender melhor como o fariam. Sobre este aspecto, Dörnyel (2001, p.81)

exemplifica: "Never explain, demonstrate! "

Foram elaboradas 3 unidades didáticas com atividades com letras de músicas

que abordam a história de vida das pessoas. As músicas abrangeram temas que

remetiam ao tempo passado, ao presente e ao futuro.

As músicas trabalhadas foram: 1ª Story of my Life, da banda One Direction,

onde se iniciou a construção das páginas do scrapbook com edição do perfil do

aluno, características dos alunos, seus melhores amigos, sua família, a história de

sua vida e a página do período de greve que o aluno viveu neste ano de 2015, que

compreendeu o período de 27/04/2015 a 18/05/2015. O aspecto linguístico

trabalhado foi o tempo verbal do simple past, passado simples, em todas as formas

e com verbos regulares e irregulares, com vídeos, mapa mental e cartazes de todas

as estruturas do aprendizado do passado simples.

A segunda música Welcome to my Life, da banda Simple Plan, iniciou com

reflexões, análises e discussões sobre o período de vida pelo qual os alunos estão

passando - a adolescência, com seus sentimentos positivos e negativos frente a

situações que a vida os coloca. A rotina do aluno, seu dia a dia na família, em casa

e na escola, suas dificuldades e anseios na fase da adolescência, foi realizada

aravés da escrita em duas páginas do scrapbook, ilustrando com frases da letra da

música, que os alunos mais se identificaram. O aspecto linguístico trabalhado foi o

simple present, presente simples, em todas as formas, regras e estrutura, bem como

o vocabulário de sentimentos e adjetivos ligados a descrição de pessoas.

A terceira música foi Hey Brother, Avicii, que permite retratar a vida com os

irmãos e melhores amigos, e o que o aluno poderia fazer para contribuir com a vida

destas pessoas. Nas atividades antes da música, foi trabalhado os sentimentos que

os alunos tinham em relação aos irmãos e familiares e vocabulário referente a

membros da família. Foi nesta música, que os alunos puderam pensar sobre o seu

futuro e assim foi explorado o aspecto linguístico do simple future, futuro simples.

É importante compreender que para os conteúdos trabalhados neste projeto,

iniciou-se com o tempo verbal do Simple Past, passado simples, apenas porque era

necessário conhecer os aspectos linguísticos que envolviam situações com fatos no

passado, tais como perfil e história de vida dos alunos relacionados ao passado. Na

disposição dos conteúdos para o 1º ano do Ensino Médio, nos livros didáticos

adotados, o primeiro tempo verbal a ser trabalhado é o simple present, presente

simples, que geralmente é revisado no início dos estudos no 1º ano .

As atividades com músicas permearam toda a construção do scrapbook e

foram divididas em Activities Before Listening, (estimula o conhecimento prévio do

aluno fazendo perguntas relevantes a respeito do tema; é aqui que se expande o

vocabulário e o reconhecimento das palavras que podem aparecer na música),

While Listening (nesta fase há o reconhecimento do vocabulário e o sentimento

expressado na música, aqui são trabalhadas as atividades de ordenar estrofes,

completar ou relacionar as lacunas, assistir ao videoclipe, reconhecer as rimas etc) e

After Listening (aspectos linguísticos usando o tópico gramatical que aparece na

música, com explicações exemplos, tabelas, quadros e atividades. Escrita de

pequeno texto, ou parágrafo a respeito da música, relacionando suas impressões

pessoais sobre o tema e interpretação de trechos da música.)

3.3.1 Exemplos de Atividades da Música

Música 2 - Welcome to My Life- da banda Simple Plan. Activities Before

Listening, tem o objetivo de estimular o conhecimento prévio do aluno levando-o a

refletir e contextualizar o tema da música com sua vida.

01) Reflita sobre seu momento atual, responda as perguntas sobre sua vida.

a) Como você se sente nesta fase da sua vida, início do ensino médio,

adolescência?

___________________________________________________________________

b) Você pode contar com amigos e família quando sente que precisa de algo, ou

quando se depara com problemas? Com quem?

___________________________________________________________________

c) Você já se sentiu muito mal interiormente e para as pessoas, quando questionado,

se está bem, respondeu que estava? Quando?

___________________________________________________________________

d) Veja a imagem abaixo. Nela há alguns adjetivos que expressam como podemos

nos sentir perante algumas situações. Circule os adjetivos que já fizeram parte de

sua vida, por diversos motivos. Escreva-os nas linhas abaixo. Pesquise no

dicionário o significado das palavras desconhecidas para você. As vezes usamos

"máscaras" para que outros não percebam como estamos nos sentindo

interiormente, desta forma é melhor dizermos "estamos bem" para que a conversa

flua normalmente. Você já experienciou alguma situação desta forma?

____________________________________________________________

02) Há uma música da banda Canadense SIMPLE PLAN do ano de 2004, que tem

como tema o mundo da adolescência, com seus anseios e angústias, chamada

WELCOME TO MY LIFE. No quadro abaixo há uma seleção de palavras e

expressões que podem estar ou não presentes na letra da música. Vamos pesquisar

o significado das palavras e expressões no dicionário ou vamos descobrir através

das mímicas de colegas da sala as palavras já conhecidas. Separe-as em 2 grupos.

Positive words / negative words. Activities in PAIRS.

03) Ao redor da palavra LIFE escrita abaixo há adjetivos , sentimentos, ou

simplesmente palavras que nos remetem a sensações tristes, ou situações alegres.

Color by GRAY the words that show us negative feelings and the YELLLOW the

words that show us positive feelings.

04) Ao separar as palavras em 2 grupos, com qual grupo de palavras você se sente

melhor? Por que?

___________________________________________________________________

Adjectives Translation 1________________ ________________

2________________ ________________ 3________________ ________________ 4________________ _________________ 5________________ _________________ 6________________ _________________

3.4 Dos Materiais

Em maio de 2014, foi entregue um bilhete para os alunos dos 9º anos, para

iniciar a coleta de materiais importantes para eles tais como: ticket de cinema,

embalagem de produtos especiais, fitas decoradas, notas fiscais de produtos

especiais, fotos e outros objetos para que os alunos os guardassem, que teriam

onde utilizá-los no ano seguinte, nas aulas de inglês do ensino médio.É importante

salientar que poucos alunos guardaram materiais do ano anterior.

Furadores de scrapbook foram disponibilizados pela professora, para enfeites

das páginas. Papel colorido e papel criativo fizeram parte do material do aluno, pois

foram pedidos na lista de material no ano anterior, bem como: cola, lápis de cor, fitas

coloridas, clips coloridos, fita banana (dupla face- espuma), adesivos e folha em EVA

foram requisitados na lista de material, especialmente para este projeto.

3.5 Da Montagem do Scrapbook

O scrapbook foi confeccionado em um caderno de desenho capa dura. Na

produção didático pedagógica que os alunos tinham em mãos há o passo a passo

de todas as atividades sobre a música e a construção do scrapbook. Por exemplo,

na produção p.10, há a sugestão da escrita da capa do scrapbook, então os alunos

puderam modelar a sua construção através das sugestões da apostila.

Foi entregue o título do scrapbook para eles: Story of My Life em papel

colorido com glitter. Na primeira página o aluno deveria fazer a abertura do seu

scrapbook, com algo pessoal deles, com o estilo deles, com algo que o marcassem

como indivíduo.

Na divisão das páginas do scrapbook, cada uma das três músicas escolhidas

serviu de pano de fundo, de tema, para construção de todas as páginas do livro da

vida do aluno.

Na primeira música, Story of My Life, da banda One Direction, foram

elaboradas 7 páginas, com os seguintes títulos: página 1, Story of My Life, written

by........ my scrapbook- História da minha vida, escrita por... meu scrapbook, página

2, My Profile- Meu Perfil, página 3, I Am- Eu sou, página 4, My best Friend Forever-

BFF- Meus melhores amigos para sempre, página 5, My family- Minha Família,

página 6, Story of my Life- História da Minha Vida e página 7, My Strike Time - Meu

período de greve. Na segunda música, Welcome to my life, da banda Simple Plan,

foram elaboradas 2 páginas, comos seguintes títulos: página 8, My Routine at

school- Minha rotina na escola, página 9, My Routine at Home- Minha rotina em

casa. Na terceira música Hey Brother, Avicci, foram elaboradas as três últimas

páginas do scrapbook, com os seguintes títulos: página 10, If the sky comes falling

down, for you there´s nothing in this world I wouldn´t do... Se o céu cair, por você,

não há nada neste mundo que eu não faria.. página 11, My Future, I think.... Meu

futuro, eu acho.... e página 12, So Far, So good.... Até aqui tudo bem.

Ao total foram realizadas 12 páginas do scrapbook, dentro do tema das

músicas trabalhadas em sala de aula.

3.6 Dos Recursos de Comunicação e Interação

Para uma maior interação e envolvimento entre os alunos e a professora e

com o propósito de contribuir para que os alunos compreendessem como iniciariam

a construção das páginas de um scrapbook, pois eles nunca haviam ouvido falar

sobre isso, foi criado 2 grupos do Whatsapp, para ajudar na confecção das páginas.

No dia 24/03/2015 foi criado os grupos. O 1º A dos 27 alunos, 20 integravam o grupo

e o 1º B dos 24 alunos, 17.

4 Análise e Discussão do Resultados

Para análise de dados, adotou-se os seguintes critérios: percepções de todos

os envolvidos no processo de implementação tais como: professora da

implementação, alunos do projeto e alunos da escola no turno da manhã.

A percepção da professora foi evidenciada pelo compartilhamento dos

resultados frente a realização das atividades, e principalmente através da percepção

do aluno, que através da ficha de autoavaliação, pôde expressar seus sentimentos,

percepções e análises, quanto ao processo de aprendizagem de cada um.

Por fim, a percepção das outras turmas, do período da manhã, do Colégio

Estadual Professora Angela Sandri Teixeira, no momento da exposição dos

scrapbooks e de todo o desenvolvimento do projeto, registrado através de fotos

expostas no mural do colégio.

4.1 Percepções da professora

Na implementação deste projeto, o objetivo geral que era desenvolver ações

pedagógicas junto aos alunos, para um ensino mais significativo de inglês, fazendo

uso da música e do scrapbook, foi alcançado.

No dia 13/03/2015, quando foi apresentado o projeto ao público alvo, 1ºA

com 27 alunos e 1ºB com 24 alunos, a proposta foi bem recebida, ambas as turmas

ficaram curiosas, entusiasmadas com a novidade de participar de um projeto

diferente, onde não iniciaríamos o ano letivo com o livro didático. Neste dia,

entreguei a produção didático pedagógica, que seria usada durante toda a

implementação, bem como o bilhete aos pais, dando ciência de como funcionaria o

projeto nestes 5 meses.

Os alunos demonstraram muito interesse em fazer parte deste projeto. A

curiosidade foi despertada através do recurso scrapbook, que na grande maioria dos

alunos das duas turmas, nunca tinham ouvido falar. Então, através do exemplo do

scrapbook da professora, os alunos começaram a entender como a dinâmica iria

funcionar.

A criação do grupo do whats app foi muito interessante e assertiva, porque as

dúvidas de elaboração das páginas, explicações e compartilhamento das músicas

do projeto e das fotos, foram sendo respondidas por mensagens. Houve maior

interação entre a professora e os alunos, pois a distância física, não se tornou um

problema, quando eles estavam sozinhos fazendo a atividade em casa. O

gerenciamento do grupo do whats app, bem como o tipo de linguagem utilizada teve

que ser revista inúmeras vezes pela professora, pois este canal de comunicação, até

então novo para os alunos, sendo uma professora a administradora, com o propósito

de acão pedagógica, facilitava a interação em todos os contextos de vida do aluno, e

por algumas vezes, nos perdíamos.

Durante o processo de implementação alguns alunos esqueciam o material,

não entregavam as atividades no dia proposto, mesmo sendo avisados por

mensagem e com encontros semanais mais frequentes.

As músicas escolhidas foram bem recebidas pelos alunos. A música 1, Story

of My Life e a música 3, Hey Brother foram as músicas que os alunos mais gostaram

de cantar e realizar as atividades. A música 2, Welcome to my Life, foi a música que

propiciou uma ampla reflexão e discussão sobre a fase da adolescência. Todas as

músicas foram cantadas através do karaokê, baixado pelo site do You Tube. Os

alunos perceberam o porque da escolha das três músicas selecionadas, pois aos

poucos a construção da história de vida dos alunos estava sendo construída através

das páginas no caderno.

As atividades com scrapbook demoraram mais que o esperado. Algumas

vezes os alunos não traziam o material, então materiais como: tesoura, cola, papel

colorido, lápis de cor, foram disponibilizados pela professora, com recursos próprios.

Na primeira música as atividades foram mais extensas e levaram mais tempo do que

o planejado, pois foi o início de tudo, até os alunos compreenderem como seriam as

ilustrações e confecções das páginas do scrapbook.

Foi preciso muita força de vontade e dedicação por parte do professor, para

fazer o projeto acontecer, porque este ano de 2015 foi atípico. No decorrer do

processo, foi percebido menor entusiasmo, principalmente por causa do clima de

indecisão sobre a segunda paralisação das aulas, ocorrida no período de

27/04/2015 a 18/05/2015. Os alunos e os professores estavam apreensivos e com

receio quanto ao rumo do término do ano letivo.

As atividades de aspecto linguístico foram compreendidas com sucesso pela

maioria dos alunos, no 1º ano A ao término do 1º trimestre de aula, apenas 3 alunos

não atingiram a média de 6.0 pontos. Já no 1º B, 2 alunos não atingiram a média. No

1º A, dois alunos não gostaram de fazer o projeto, não traziam o material e o projeto

não conseguiu despertar interesse, entusiamo e nem motivação para eles. Eles até

iniciaram o scrapbook, porém não traziam o material para elaboração das páginas e

também não participavam com o material que a professora disponibilizava para as

aulas, tais como:furadores de scrapbook, adesivos ou papeis diferenciados. Ambos

alunos entraram para o colégio neste ano de 2015. No 1º ano B, não houve alunos

que não quiseram fazer o trabalho.

4.2 Percepções dos alunos das turmas de implementação

Foi distribuída a ficha de autoavaliação para cada aluno ao término da

implementação e nesta ficha constam 21 afirmações, sobre assiduidade,

organização, comprometimento nas atividades, respeito aos prazos, participação e

outros com as seguintes possibilidades de respostas: raramente, as vezes, quase

sempre e sempre.

Das questões para a autoavaliação, as questões de número 14,18,19,20 e 21

estão ligadas aos objetivos elaborados para este projeto, sendo alguns deles:

promover a interação dos alunos e do professor na construção do scrapbook, levar

o aluno a percepção do scrapbook como uma forma de expressar seus sentimentos

e relações afetivas, apresentar a música como ferramenta significativa para

aprendizagem de estruturas linguísticas e aspectos culturais e conhecer e usar os

tempos verbais do passado, Simple Past, presente, simple present e futuro, Simple

Future, para construção da escrita no scrapbook.

Figura 1: Ficha de autoavaliação. Fonte: a autora

Para análise das respostas dos alunos, segue abaixo, as representações das

respostas pelos gráficos.

Afirmação 14: Participar deste projeto me levou a perceber maior motivação e

satisfação ao entrar na sala de aula nas aulas de inglês.

Gráfico1: Afirmação 14. Gráfico 2: Afirmação 14.

No gráfico 1 e 2, podemos perceber que a grande maioria dos alunos

relataram que ficaram mais motivados e sentiram maior prazer em participar das

aulas, durante a implementação deste projeto. Sobre satisfação e motivação, vale

relembrar que a autora Miccoli (2010) nos leva a refletir sobre o que se espera de

uma aula, algo simples e fundamental, a satisfação daqueles que dela participam.

Junto com a autora, Dörnyei (2001), afirma que a postura do professor, o entusiamo,

o comprometimento, as expectativas em relação a aprendizagem do aluno e o seu

relacionamento com ele são algumas ações que podem criar a motivação em sala

de aula.

Afirmação 18: Participar deste projeto contribuiu para dar mais significado ao

aprendizado de língua inglesa.

Gráfico 3: Afirmação 18 Gráfico 4: Afirmação 18

Neste aspecto Dörnyei (2001) afirma que se nós professores pudéssemos de

alguma forma construir um processo de aprendizagem com atividades mais

4% 7% 4%

85%

1º A- 27 alunosRaramenteAs vezesQuase sempre

0% 0% 12%

88%

1º B- 24 alunos

Raramente

As vezes

Quase sempre

7% 0%8%

85%

1º A

Raramente As vezes

Quase sempre Sempre0%

12%

88%

1º B- 24 alunos

Raramente As vezes

Quase sempre Sempre

estimulantes e agradáveis, isso contribuiria significativamente para o envolvimento

sustentável do aluno em sala de aula. Fato que se comprovou nas respostas dos

alunos que perceberam maior significado em realizar as atividades nas aulas de

inglês.

Afirmação 19: Participar deste projeto me despertou mais interesse para a leitura,

oralidade e interpretação das letras da música em inglês.

Gráfico 5: Afirmação 19 Gráfico 6: Afirmação19

Nesta afirmação as habilidades de listening, speaking e reading foram

desenvolvidas de forma satisfatória por grande parte dos alunos. Aragão (2011)

afirma que quando os alunos percebem que as atividades e tarefas propostas são

prazerosas, interessantes e desafiadoras em si mesmas, há um engajamento nas

ações em sala de aula.

Da mesma forma, Dörnyei (2001) considera que um dos caminhos para que

um aprendizado agradável e prazeroso aconteça, é criar situações onde os alunos

se tornem participantes ativos das atividades. Sendo assim os recursos da música e

a construção do scrapbook possibilitou despertar o interesse por essas habilidades.

Afirmação 20: Houve maior interação dos alunos e da professora através da

construção do scrapbook.

8% 0%

15%

78%

1º A- 27 alunos

Raramente As vezes

Quase sempre Sempre

8% 0%

38%

58%

1º B- 24 alunos

Raramente As vezes

Quase sempre Sempre

Gráfico 7: Afirmação 20 Gfráfico 8: Afirmação 20

Nesta afirmação quanto a interação entre professor e aluno, a opinião dos

alunos e também da professora foi quase unânime no sentido de que uma atmosfera

mais positiva ao aprender a lingua, foi desenvolvida e construída em sala de aula,

através deste projeto. Em Leffa (2009), o autor argumenta que o trabalho do

professor é sempre cercado de obstáculos, para vencê-los, é preciso contaminar os

outros com o nosso entusiasmo. Nesta mesma perspectiva, Dörnyei (2001), destaca

que o que o professor faz em sala, tem uma influência motivacional nos alunos. O

autor afirma que um relacionamento positivo, não somente em nível acadêmico, mas

também no nível pessoal entre o professor e os alunos, contribui para um ambiente

de maior confiança e respeito em sala de aula.

Afirmação 21: Aprendi os 3 tempos verbais estudados no projeto (Simple Past/

Simple Present/ Simple Future) de forma contextualizada, significativa e relevante.

Gráfico 9: Afirmação 21 Gráfico 10: afirmação 21

Nesta afirmação 21, foi percebido que os aspectos linguísticos, (tempos

verbais), trabalhados neste projeto foram aprendidos pela grande maioria dos

alunos. Este resultado se materializou na aplicação das atividades e vai ao encontro

8% 4% 7%

89%

1º A- 27 alunos

Raramente As vezes

Quase sempre Sempre

0% 4%

96%

1º B- 24 alunos

Raramente As vezes

Quase sempre Sempre

8%0%

13%

77%

1º A- 27 alunos

Raramente As vezes

Quase sempre Sempre

8% 3%

23%

74%

1º B- 24 alunosRaramente

As vezes

Quase sempre

Fazendo Uso da música e do Scrapbook no Ensino Aprendizagem de Língua Inglesa-

Turma:_________________

Pesquisa de Opinião

1) Você visitou a exposição dos scrapbooks (livro de recortes)- (livro da vida) dos alunos do 1º ano

A e 1º ano B. Percebeu que trabalhamos com 3 músicas para a construção de todo o scrapbook. A

exposição dos alunos despertou sua curiosidade para o aprendizado de inglês através da música e

do scrapbook?

( ) YES ( ) NO Uma palavra que descreva o porquê de sua resposta:

_________________________________________________________________________

ao artigo publicado na revista Nova Escola com o título "Scrapbook dá sentido às

aulas de inglês". Onde a autora Beatriz Vichessi fala da dificuldade do professor em

sala de aula de articular o vocabulário estudado, aos aspectos linguísticos

trabalhados em sala. A autora pondera que investir na produção de textos dos

próprios alunos é um caminho para a aprendizagem. Em seu artigo, ela afirma que o

uso do scrapbook pode ser uma alternativa para que o aluno interaja de forma a

contribuir com sua própria aprendizagem, pois ele irá decorar seu livro com seu

próprio estilo, e desta forma sua autonomia pode ser melhor desenvolvida.

Em relação ao recurso da música, Lenka (2011) aponta que, o uso de

músicas e canções em sala de aula pode estimular associações muito positivas para

o estudo de uma língua, as quais caso contrário, poderiam ser vistas como tarefas

difíceis e frustantes.

4.3 Percepções das turmas do Ensino Fundamental e do Ensino Médio do

colégio

No dia 04/08/2015, houve uma exposição dos scrapbooks e diversas fotos

dos alunos, em um mural, onde constavam todo o processo da implementação

disponível em fotos com atividades da música, scrapbook, preparação das

atividades, prints de conversas do whats app e fotos do perfil do aluno penduradas

em um fio de cobre, ilustrando o video da música Story of My Life, da banda One

Direction. A exposição pôde ser visitada por todas as turmas do turno da manhã do

colégio. Na semana seguinte, fiz uma pesquisa de opinião com todas as salas que

visitaram a exposição, com a seguinte pergunta:

Figura 2: Pesquisa de Opinião

Responderam a este questionamento as seguintes turmas: 6ºA, com 32

alunos, 7ºA, com 25 alunos, 8ºA, com 26 alunos, 8º B, com 22 alunos , 9ºB, com 25

alunos, 2ºA , com 40 alunos e 3ºA, com 30 alunos, suas respostas podem ser

disponibilizada neste gráfico. Total de 201 alunos responderam a pesquisa de

opinião.

Gráfico 11: Opinião dos alunos –Turno Manhã

Esta pesquisa de opinião demonstra que o projeto despertou a curiosidade

para aprender inglês, utilizando os recursos da música e do scrapbook em sala de

aula neste colégio. Este resultado é relevante e estabelece o vínculo com a

afirmação de Leventhal (2009), onde a autora esclarece que na fase da

adolescência, projetos variados, interativos e criativos podem exercer uma influência

maior no aprendizado do adolescente.

98%

2%

OPINIÃO DOS ALUNOS TURNO MANHÃ

SIM NÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste artigo é possível evidenciar que o uso da música e do scrapbook, onde

a música é o ponto inicial, o pano de fundo, de toda a construção das páginas do

scrapbook, aparentemente, podem criar um ambiente mais favorável ao ensino

aprendizagem de inglês. Estes recursos podem tornar o espaço em sala de aula, um

lugar onde o aprendizado se torne significativo, contextualizado, interativo e

prazeroso para todos os envolvidos. A postura do professor e a sua boa interação

com os alunos, produz evidências de que o processo ensino aprendizagem pautado

nestes parâmetros, permite uma condição básica de motivação em sala de aula, que

podem levar à aprendizagem mais prazerosa.

É importante salientar que não há como estimar qual seria o resultado desta

implementação, sem alguns materias adquiridos com recursos próprios do professor,

tais como, furadores das páginas de scrapbook e alguns papéis próprios para

confecção das páginas do scrap. Porém são materias de uso permanente que

poderão ser utilizados em projetos futuros.

Quanto ao interesse e a motivação em participar deste projeto, não há como

mensurar como seria se aplicado no ano letivo por completo, se os alunos cansariam

de realizá-lo ou como seria o processo. Há inúmeras possibilidades de pesquisa,

sobre as adaptações que podem ser realizadas no projeto, como quantidade de

letras de músicas, temas para as páginas do scrapbook, tempo para ser aplicado e

outras mais.

Por fim, gostaria de registrar que por diversas vezes foi sentido muita emoção,

em propiciar esse momento para os alunos poderem olhar para sua família, amigos,

contextos de vida, para refletirem e pensarem como é o papel que eles exercem

dentro destes contextos que estão inseridos.

Este projeto foi difícil, trabalhoso, exigiu muito compromisso, dedicação e

muita vontade em querer que desse certo. Mas o resultado foi compensador porque

há a percepção, que quando as ações pedagógicas são significativas,

contextualizadas e relevantes, estas, podem contribuir para que o aluno tenha maior

motivação e interesse nas aulas de inglês, possibilitando a aplicação do

conhecimento em sua vida.

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