os desafios da escola pÚblica paranaense na … · permitem morar bem ou mal gerando qualidade de...

41
Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas

Upload: truongtruc

Post on 12-Dec-2018

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

1

PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

Professor PDE/2013

Título: Estudo sobre a condição de moradia do discente, problematizando a

qualidade de vida e a aprendizagem escolar.

Autor: Márcia Regina Krupek

Disciplina/Área: Geografia

Escola de Implementação do Projeto e sua localização:

Colégio Estadual Prof.ª Júlia H. de Souza E.F.M situado na Rua José de Alencar s/n, Bairro Vila Planalto, na cidade de Pitanga – PR.

Município da escola: Pitanga - PR

Núcleo Regional de Educação: Pitanga - PR

Professor Orientador: Prof. Clayton Luiz da Silva

IES Unicentro/Cedeteg

Relação Interdisciplinar: Não há

Resumo:

Atuando como Professora de Geografia, sempre questionei-me, refletindo sobre a aprendizagem dos discentes. Será que os conhecimentos adquiridos em sala de aula vão além dos muros da escola? A metodologia utilizada está trazendo uma aprendizagem realmente significativa? Os conteúdos apresentados nos livros didáticos estão próximos da realidade dos discentes? Essas indagações motivaram a produção de uma unidade didática que busca investigar através de pesquisa exploratória as condições de moradia dos discentes, problematizando-as a fim de articular teoria e prática a partir do espaço vivido. Oportunizá-los a conhecer e refletir sobre a história e a cartografia do município, orientando a situar e questionar a sua moradia no quadro territorial do mesmo, analisando criticamente o espaço em que vive e buscar construir com eles o conceito de cidadania. Conduzir o discente a refletir e trazer informações sobre sua realidade, onde possa perceber as condições necessárias que dispõem (serviços públicos) os quais

2

permitem morar bem ou mal gerando qualidade de vida, é uma forma de dar a oportunidade de sair da sua posição de mero ouvinte para se tornar um agente produtor de informação e conhecimento. Através da realização das atividades propostas nesta implementação, partindo do espaço de vivência do discente, busca-se um caminho motivador que possa contribuir com o processo de ensino, tornando a aprendizagem significativa ampliando o entendimento e a compreensão do seu papel de cidadão na sociedade a que pertence.

Palavras-chave: Moradia; Cidadania; discentes; aprendizagem significativa

Formato do Material Didático: Unidade Didática

Público:

Discentes do 7º ano do Ensino Fundamental

3

APRESENTAÇÃO

A presente Produção Didático-pedagógica que é fruto de um projeto ofertado

pela Secretaria de Educação do Estado do Paraná tendo como meta a formação

docente – Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE sob a orientação do

Professor Orientador da IES, servirá como subsídio metodológico para diversificar a

prática em sala de aula. O objetivo deste trabalho é propor a produção de uma

Unidade Didática com sugestões de atividades aos Professores de Geografia

apresentando uma metodologia voltada para o espaço de vivência dos discentes,

utilizando como estudo a moradia em que vivem, situando dentro do quadro

territorial do Município de Pitanga os serviços básicos que dispõem, o que determina

a qualidade de vida e cidadania que possuem.

Esta intervenção pedagógica trata sobre o tema “Moradia e Cidadania”

através de ações motivadoras, a partir da experiência de vida que o discente traz,

buscando refletir acerca da cidadania a qual tem um componente territorial.

Através desse estudo pretende-se discutir sobre a condição de moradia do

discente a partir do concreto, ou seja, incluindo seu saber prévio, instigando os

mesmos na busca de informações sobre o meio em que vivem através de

questionários, passeios, entrevistas, desenhos, levando-o a refletir sobre o contexto

de sua moradia, pois o “morar na cidade” não depende somente de uma casa,

implica serviços básicos necessários para qualidade de vida como energia elétrica,

saneamento básico, transportes, policiamento, pavimentação, postos de saúde, etc,

que são essenciais para viver com dignidade. Desenvolver um trabalho a partir do

seu vivido, conhecendo e refletindo sobre a história do seu Município e considerando

a maneira como eles veem o seu lugar pode ser uma forma de estudar a situação a

que se refere à sua moradia, dessa forma a história pessoal do discente pode ser

utilizada como caminho didático para tornar o conhecimento mais próximo e a

aprendizagem mais significativa a eles.

É possível a partir do tema “Moradia” tentar conhecer sobre a realidade

vivida do discente para provocar inquietações, questionamentos e problematizar,

para além da discussão teórica, para entender numa visão totalizadora o significado

de cidadania e situá-la no mundo que o cerca.

Esta Produção Didático-pedagógica pretende contribuir para formação de

4

pessoas críticas e conscientes e despertar o censo de cidadão, partindo da sua

realidade, traduzir o mundo em que vive, em busca de uma sociedade melhor e

conscientizar os discentes da necessidade do Estado prover políticas que propiciem

a melhoria da qualidade de vida para todos e não para uma minoria de privilegiados.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Viver nas cidades implica muitas questões que não se resumem

simplesmente em ocupar certos espaços. Considerando a importância de habitar de

forma digna, os serviços públicos básicos e a infraestrutura urbana devem suprir as

necessidades essenciais, trazendo boa qualidade de vida aos seus munícipes.

Argumenta Santos (2007) que no Brasil muitas vezes falta vontade política e

acontecem inúmeras injustiças e desigualdades onde as necessidades humanas

não são bem atendidas, como se as pessoas não existissem, denominando assim

as cidades como um espaço sem cidadão. Menciona ainda que as cidades deveriam

ser criadas para servir à sociedade e não à economia.

Infelizmente percebemos ocupações desordenadas onde vive uma

população de menor poder aquisitivo. “A questão do salário-mínimo, por exemplo,

vem sendo tratada como um problema contábil do interesse das firmas e jamais

como o que deveria ser, isto é, um problema ligado à sobrevivência correta do

trabalhador e sua família (...)” (SANTOS, 2007, p.124). Tais pessoas residem em

áreas mais distantes desprovidas de serviços essenciais para vida como a água

encanada, rede de esgotos, energia elétrica, hospitais, postos de saúde e escolas e

principalmente o aspecto fundamental que é a impossibilidade de adquirir uma casa

própria.

Enquanto em algumas áreas das cidades surgem ou crescem bairros ricos,

em outras multiplicam-se os bairros carentes. “A observação da paisagem urbana

permite perceber a espacialização das diferentes classes sociais; áreas deterioradas,

áreas segregadas, áreas nobres, áreas em processo de valorização (...)”.

(CAVALCANTI, 2001, p.14)

Pechman (1991) identifica que na idade média tinha-se o costume de dizer

que “os ares da cidade libertavam”, ou seja ir para a cidade era deixar de ser

5

subordinado ou dominado. Os próximos séculos continuaram com a promessa da

cidade como lugar da liberdade. Constituiu-se portanto a cidade num campo de

poder onde são estabelecidas novas formas de dominação. No seu conjunto a

cidade passa a ser vista como um meio de reforma, ou seja, uma nova ordem

urbana em transformações sociais que deixará para trás a esperança de que “os

ares da cidade libertam”.

Reforça ainda Pechman que:

É evidente que o tema do “ar da cidade” nada tem a ver com as condições atmosféricas urbanas, mas sim com a formação de uma nova sensibilidade, inspirada nas agudas contradições vividas na cidade e que irá operar profundas transformações na mentalidade dos novos habitantes da urbe. (PECHMAN apud PIQUET e RIBEIRO,1991 p.125).

A cidade, incluindo o espaço rural, constitui num monumento, ou seja na

base material onde as pessoas fazem parte, com formas de viver diferenciadas. “A

cidade é um espaço geográfico, é um conjunto de objetos e de ações, mas

entendendo que ela expressa esse espaço, como lugar de existência de pessoas,

não apenas como um arranjo de objetos (…)”. (CAVALCANTI, 2001, p. 15)

Essa vida de relações que difere a sociedade, retrata a vida urbana e a

cidadania que pode ser construída ou negada a cada cidadão que a ela pertence. “A

rede urbana é cada vez mais diferenciada, cada vez mais complexa; cada cidade e

seu campo correspondem por relações específicas, próprias às condições novas de

realização da vida econômica e social (...)”. (SANTOS, 2008, p.128)

Todo e qualquer ser humano, independente da sua classe social, cor ou raça

tem direito a uma vida digna e um dos requisitos essenciais para alcançar a

realização da mesma é a moradia, pois além dela proporcionar segurança e abrigo,

preenche as necessidades físicas, psicológicas e sociais das pessoas e até mesmo

muitos comércios são montados na própria casa.

Vaz (1991) conceitua a habitação da seguinte forma:

Partimos da premissa de que a habitação deve ser compreendida não apenas como abrigo, construção ou elemento isolado, mas como componente de complexos sistemas espaciais em que se insere. Estes sistemas é que caracterizam a habitação, conferindo-lhe especificidade em termos de valor de uso, valor de troca e valor simbólico. Entendemos também que a habitação se define conforme o desenvolvimento das formações econômico _ sociais nas quais se manifesta, e que há conexão

6

entre as transformações que ocorrem nas formações sociais e as que ocorrem na habitação – nos seus padrões de edificação, nas maneiras de produzi-la, de usá-la e também de pensá-la. A habitação é historicamente determinada tanto em sua dimensão material quanto em sua dimensão simbólica.( VAZ apud PIQUET e RIBEIRO, 1991,p.136).

Explorando a temática da moradia, Vaz (1991) relata ainda que analisando

as transformações da nossa realidade urbana nos tempos modernos em relação ao

parecer histórico notam-se modificações de toda ordem, em relação às mudanças

espaciais, ao sistema criado sobre infraestruturas e serviços coletivos que tornam a

cidade medieval ou colonial em moderna. Em relação aos estudos sobre

urbanização ou modernização urbana, o elemento que destaca-se como ambiente

construído é a moradia.

É notório que em muitos países percebemos carências em relação à

moradia por grande parte da população, observadas nas moradias inadequadas e

insalubres que não condizem com as necessidades humanas, além das pessoas

sem teto que buscam abrigo debaixo de pontes, parques públicos, passeios e outros

ainda que se utilizam de construções inacabadas e edifícios abandonados para

alojamento e tentativa de sobrevivência.

Afirma Cavalcanti (2001) que alguns elementos fazem parte da dinâmica

interna da cidade como a circulação, a produção e a moradia. No estudo que se

refere à moradia, salienta que esta é uma necessidade básica dos seres humanos e

em relação ao espaço da cidade esse elemento ganha contornos muito complexos,

pois a habitação dentro do espaço urbano obedece os requisitos da produção

econômica que é dirigida por vários agentes, em especial o Estado e os agentes

imobiliários.

Muitos governantes realmente encontram dificuldade para garantir aos seus

cidadãos o acesso à moradia digna, mas cabe aos governos a obrigação de atuar

usando sistemas justos e estáveis para que os cidadãos possam alcançar a

realização e satisfação dos seus direitos, isto é, adquirir uma casa onde possam

viver em paz e com dignidade, supridos de abrigo, proteção, segurança, privacidade,

saúde e conforto, pois a moradia é um direito reconhecido no artigo 25 da

Declaração Universal dos Direitos Humanos:

Toda pessoa tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde e bem-estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação,

7

cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis, e direito à segurança em caso de desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de subsistência fora de seu controle. (OIT,1948,p.243).

Aponta Santos (2007) que a imagem do cidadão é muito esquecida, pois

tem várias pessoas que nem sabem que são cidadãos. O simples fato de uma

pessoa existir, de fazer parte do mundo, a ela já deve ser investido o direito à saúde,

educação, moradia, alimentação, lazer, trabalho, justiça, liberdade e uma digna

existência. Infelizmente na sociedade em que estamos inseridos as pessoas são

conhecidas ou identificadas pelo poder econômico que apresentam, ou seja, os bens

materiais expressam a sua identidade pessoal.

A materialidade passa a ter maior peso sobre o lado humano, o valor da

pessoa é atribuído pelo que tem, pelo lugar onde reside, ou produz. Há que se

ressaltar ainda que muitas pessoas são ignoradas, desconsideradas ou até mesmo

excluídas como se não fossem seres humanos, devido a sua condição social e

econômica. A propósito destas afirmações considera Santos que:

Pobreza e riqueza são realidades antagônicas, embora complementares, pois uma não pode existir sem a outra. O problema de eliminar a pobreza, isto é, de suprimir as diferenças de renda criadas por um processo produtivo, o que vale dizer, das relações do homem com a natureza e dos homens entre si. (SANTOS, 2009 a, p.68).

É bem verdade que essas considerações em relação às desigualdades

humanas nos permitem refletir sobre os aspectos da cidadania no lugar onde as

pessoas habitam.

Santos (2007) relata, e é oportuno lembrar, que para muitas pessoas a rede

urbana e a rede de serviços em que estão localizados são somente reais para os

outros, dessa forma muitos cidadãos sentem–se incompletos ou diminuídos. As

desigualdades no valor do ser humano é determinado pelas suas condições de vida,

sendo assim a pessoa passa a valer sob o aspecto do lugar onde mora. Essas

diferenças precisam ser corrigidas para que se alcance a cidadania.

A propósito destas afirmações o mesmo autor sustenta que:

A Constituição deverá estabelecer as condições para que cada pessoa venha a ser um cidadão integral e completo, seja qual for o lugar em que se encontre. Para isso, deverá traçar normas para que os bens públicos

8

deixem de ser exclusividade dos mais bem localizados. O território, pela sua organização e instrumentalização, deve ser usado como forma de se alcançar um projeto social igualitário. (SANTOS, 2007, p.151).

Vale lembrar que a citação acima foi feita por Milton Santos no ano de 1987,

momento em que estava sendo construída a Constituição Federal, a qual deveria

garantir condições humanas que deveriam ser igualitárias à todos. Já passaram

vinte e seis anos, quase três décadas, e constata-se ainda que a Constituição não

garante efetivamente vida digna a todos os cidadãos. Conclui-se que não bastou a

lei para atender os direitos de cidadania concreta da população. “A República

somente será realmente democrática quando considerar todos os cidadãos como

iguais independente do lugar onde estejam.” (SANTOS, 2007, p. 151).

Todo ser humano deve ser valorizado na sua integridade. Ser cidadão, não

significa simplesmente ter um RG, ou seja, uma sequência de dígitos, e muito mais

do que ter direitos e deveres, ele precisa ter acesso para garantir as condições

essenciais e usufruir das qualidades que o mundo oferece. Sobre o direito ao

entorno, comenta Santos:

O lazer na cidade, torna-se igualmente o lazer pago, inserindo a população no mundo do consumo. Quem não pode pagar pelo estádio, pela piscina, pela montanha e o ar puro, fica excluído do gozo desses bens, que deveriam ser públicos, porque essenciais. (SANTOS, 2007, p.64).

Para discutir a qualidade de vida, Dias (1994) cita o papel das redes

técnicas na organização do território, ressaltando que o termo qualidade de vida é

ambíguo, pois tem o potencial de solidarizar, conectar, mas também pode ser um

processo de exclusão social.

Dias (1994), argumenta ainda, sobre o real significado de qualidade,

analisando a vida de algumas pessoas em situações do cotidiano como, morar

próximo a uma fonte poluidora e se utilizar da água contaminada, passar três ou

quatro horas diárias em ônibus superlotado para trabalhar em locais, cujas

condições de trabalho coloquem sua vida e saúde em risco.

Para que a rede urbana apresente um bom desenvolvimento é necessário

que os sistemas técnicos tenham uma bom funcionamento e seja acessível à todos

os cidadãos dando real sentido ao conceito de vida com qualidade.

Santos faz a seguinte definição:

9

Os sistemas técnicos envolvem formas de produzir energia, bens e serviços, formas de relacionar os homens entre eles, formas de informação, formas de discurso e interlocução. Os presentes sistemas técnicos incluem o que se denomina macrossistemas técnicos. (SANTOS, 2009 b, p. 177 178).

O fato de morar, residir, não pode estar desconectado dos macrossistemas

técnicos, pois viver nas cidades depende da disponibilidade de recursos que o

cidadão tem para satisfazer suas necessidades. Neste sentido, conclui Santos: “A

cidade, onde tantas necessidades emergentes não podem ter resposta, está desse

modo fadada a ser tanto o teatro de conflitos crescentes como o lugar geográfico e

político da possibilidades de soluções”. (SANTOS,1994, pg.11).

Essa reflexão queremos trazer para o município de Pitanga, região central

do Paraná . Segundo dados do IBGE (2010), o Município conta com uma população

de 32.638 habitantes, distribuídos entre 20.590 pessoas da área urbana e 12.048 da

área rural. Em relação ao índice de pobreza e desigualdade, a incidência é de

41,25%. Conclui-se dessa forma que o Município apresenta um alto índice de

pessoas com dificuldades financeiras.

Compreender essa realidade próxima dos nossos discentes é essencial para

que os mesmos se apropriarem criticamente dessa conjuntura e assim buscar

mecanismos eficientes para reconhecê-la e transformá-la.

A maior parte da clientela do Colégio Estadual Profª. Júlia H. de Souza são

discentes filhos de famílias de baixa renda com situação financeira menos

favorecida, onde muitos são beneficiados com programas do governo que auxiliam

nas necessidades básicas.

Frente às necessidades da comunidade escolar, trabalhar o tema cidadania

não significa somente esclarecer conceitos sobre algo pronto e acabado, é construir

conhecimento a partir da realidade concreta do discente. A aplicação de entrevistas

e questionários abertos ou fechados é uma forma de obter informações sobre o meio

que o mesmo está inserido e partir para uma aprendizagem contextualizada na

perspectiva da pesquisa-ação. Para Engel (2000, p.182) “...a pesquisa-ação procura

unir a pesquisa à ação ou prática, isto é, desenvolver o conhecimento e a

compreensão como parte da prática”.

Freire (1987) critica a prática de narrar, dissertar conteúdos, esta é uma

forma de fazer algo quase morto, pois conteúdos são retalhos da realidade

10

desconectados da totalidade onde os educandos são objetos pacientes e ouvintes

alheios à existência dos mesmos. No contexto desse conhecimento ele afirma:

A educação que se impõe aos que verdadeiramente se comprometem com a libertação não pode fundar-se numa compreensão dos homens como seres “vazios” a quem o mundo “encha” de conteúdos; não pode basear-se numa consciência espacializada, mecanicistamene compartimentada, mas nos homens como “corpos conscientes” e na consciência intencionada ao mundo. Não pode ser a do depósito de conteúdos, mas a da problematização dos homens em suas relações com o mundo. (FREIRE, 1987, p.67).

Partir do estudo da realidade do discente é um caminho motivador que pode

contribuir com o processo de ensino aprendizagem mais significativo, pois aproxima

a teoria da sua experiência vivida, facilitando maior entendimento e a compreensão

do seu papel de cidadão na sociedade que pertence, ampliando o exercício da

cidadania.

MATERIAL DIDÁTICO-PEDAGÓGICO

Esta Produção Didático-pedagógica pretende trabalhar com os discentes do

7º ano do Ensino Fundamental do Colégio Profª. Júlia H de Souza no 1º bimestre do

ano de 2014 o tema “Moradia e Cidadania”.

A implementação está dividida em sete atividades que estão distribuídas em

32 aulas de 50 minutos, onde os discentes serão estimulados a trazer para o espaço

escolar a realidade sobre seu espaço de vivência para substantivar a discussão

teórica em relação ao tema proposto.

No desenvolvimento dessa implementação será oportunizado ao discente

conhecer sobre a história e a cartografia do Município, onde poderão localizar-se,

refletir e questionar sobre seu desenvolvimento e situar-se nesse espaço onde estão

inseridos.

As propostas metodológicas a serem utilizadas no desenvolvimento desta

implementação serão realizadas através de diferentes linguagens e recursos como:

mapas, fotos, desenhos, caderno de Memórias, saída de campo, imagens, internet,

questionários, textos, gráficos, jogos, músicas, entrevistas, produções de poesias,

painéis, vídeos, exposição e apresentação dos trabalhos à comunidade escolar,

11

caderno de Impressões, etc, que favoreçam aos discentes questionar, produzir e

expressar ideias, opiniões, sentimentos e conhecimentos sobre o mundo, tendo

como referência tanto a sua experiência de vida, quanto os conceitos e conteúdos

próprios da Geografia.

Primeiramente, esta produção didática será apresentada ao Corpo Docente,

à Equipe Pedagógica, aos Agentes Educacionais, ao Diretor e ao Diretor Auxiliar da

Escola, momento em que explanarei acerca dos objetivos, estratégias e ações que a

compõe.

Iniciada a implementação, cada discente ganhará da professora PDE, no

primeiro dia de aula um caderno de Memórias que será utilizado por ele durante toda

implementação. Para cada atividade a ser desenvolvida, a professora distribuirá um

roteiro à todos elaborado previamente pela professora em pré-campo que será

explicado e colado no caderno, especificando as ações que serão realizadas e as

questões que deverão ser observadas ou registradas por ele, para que tenha uma

sequência a seguir durante o processo .

A professora explicará que o objetivo do caderno é que seja utilizado com

muito gosto e zelo, pois será um rico instrumento de avaliação, por isso deverão ser

registradas as atividades orientadas pela professora durante a realização da

Intervenção Pedagógica na Escola. Este caderno será recolhido pela professora,

juntamente com os outros trabalhos realizados por eles, que comporão uma

exposição final para a comunidade escolar. Neste dia também a pessoas que fazem

parte dela, depois de assistirem as apresentações, serão convidadas para assinar

um caderno de impressões, onde além de deixar sua assinatura como participante,

registrará também seu comentário sobre os trabalhos e o desempenho dos

discentes.

Deste modo, os discentes serão motivados a fazer parte do processo de

desenvolvimento e interação nas atividades e a participar da exposição, ampliando a

visibilidade das informações e conhecimentos por eles produzidos.

Entendo que a participação dos pais ou responsáveis durante a realização e

conclusão dos trabalhos é de grande importância para uma aprendizagem

significativa dos filhos envolvidos na implementação.

Abaixo seguem as Sete Atividades que proponho, as quais estão

subdivididas em ações, ou seja, há um conjunto de ações nas quais o

12

conteúdo/tema da atividade será explorado.

1ª ATIVIDADE

No primeiro dia de aula explicarei a metodologia adotada e ações que

compõem as atividades através de conversação com os discentes. Explicarei que

serão avaliados continuamente durante a implementação e que farão a socialização

de tudo que produzirem em uma exposição final para a comunidade escolar.

Distribuirei o caderno de Memórias para cada discente, e explicarei sobre o

objetivo desse recurso didático. Feito isso, partiremos para a primeira ação da

primeira atividade.

Conteúdo/Tema: Situar e questionar a moradia dos discentes no quadro territorial

do município de Pitanga.

Objetivo Geral:

Orientar o discente a observar criticamente o espaço geográfico onde vive,

percebendo que à medida em que se desloca nas diversas escalas: planeta,

continente, país, estado, município e bairro, como ele se situa nelas.

Objetivo específico:

. Observar, reconhecer e refletir sobre a localização de seu Estado, seu Município e

sua moradia usando o Software Google Earth no laboratório da escola.

Nesta atividade o discente deverá fazer o registro escrito de suas

observações e análises no caderno de Memórias. Com ela busca-se instigar os

discentes a localizarem-se e refletirem sobre as informações e perspectivas que

trazem ou fazem do seu município.

13

1ª Ação/1ª Atividade (3 aulas)

Aula no Laboratório

Primeiramente iniciarei uma conversação com os discentes, motivando-os a

conhecerem e utilizarem o Software Google Earth, onde através dele poderão situar-

se no espaço nas diversas escalas, analisando criticamente o lugar onde vivem.

Levá-los até o laboratório da escola, onde desenvolverão a primeira ação da

implementação.

Alguns discentes terão que usar os computadores em dupla, pois não são

suficientes para toda classe. Depois de distribuí-los, serão conduzidos pela

professora a desenvolver o trabalho em etapas.

O Software Google Earth já estará aberto nos computadores pela auxiliar de

laboratório para facilitar o andamento das atividades. Os discentes deverão seguir

as seguintes orientações da professora:

1º- Dar oportunidade para conhecerem, brincarem e se familiarizarem com o

Software.

2º- Abrir uma página de editor de texto e minimizar, voltar ao Software e

localizar seu continente e seu país.

3º- Localizar seu estado, centralizá-lo e dar um Print Screen na imagem, em

seguida dar um Ctrl C abrir a página de texto e dar um Ctrl V, onde colará a imagem,

embaixo dela deverão digitar IMAGEM 01- Estado do Paraná.

14

Exemplo:

IMAGEM 01-Estado do Paraná Fonte: Imagem extraída do software Google Earth.

4º- Voltar para o software Google Earth, localizar o Município e seguir o

mesmo processo. Deverão nomear a segunda imagem como: IMAGEM 02-

Município de Pitanga.

Exemplo:

IMAGEM 02- Município de Pitanga Fonte: Imagem extraída do software Google Earth.

15

5º- Localizar seu bairro ou localidade, sua rua e sua moradia. Em seguida,

serão instruídos a conhecer na barra de ferramentas do software o ícone marcador.

Irão clicar nele e em seguida clicar sobre sua moradia, abrindo uma caixa de texto

onde deverão digitar seu nome. Exemplo: Moradia Márcia. Após esses passos,

deverá clicar em ok e sua moradia estará devidamente identificada.

Em seguida deverão dar um Print Screen na imagem, colando-a no editor de

texto, conforme procedimento já realizado.

Todas as atividades realizadas em ambiente computacional deverão ser

salvas em uma pasta de arquivos, para posterior uso.

Exemplo:

IMAGEM 03 – Moradia Márcia Fonte: Imagem extraída do software Google Earth.

Depois de realizada essa tarefa, deixarei que utilizem o software e que

façam suas descobertas e interajam com os colegas, aos poucos irei orientar e

conduzir o olhar do discente sobre os problemas que existem no meio em que ele

vive.

Darei oportunidade para localizarem sua escola e observarem o caminho

que percorrem da sua casa até ela.

É importante que não se acelere o processo, pois muitos discentes não têm

acesso à internet e apresentarão muitas dificuldades na realização da atividade

exigindo maior atenção, todos participarão de todas as etapas propostas na

16

implementação.

Ainda nessa ação, os discentes deverão trazer de casa uma fotografia de

sua moradia, que será trabalhada conjuntamente com as imagens do software

Google Earth para a confecção de um mural que será apresentado na exposição

final.

2ª Ação/1ª Atividade (1 aula)

Explorando o mapa do Município de Pitanga

Através de conversação a professora explica que a cartografia está presente

em nosso cotidiano e que os mapas tem a intenção de transmitir informações, o

objetivo é integrar os discentes instigando-os a refletir e reconhecer sobre o

Município onde vivem.

Em seguida apresentarei aos discentes o mapa do Município de Pitanga

questionando-os se reconhecem-no e o que sabem sobre ele e sua organização.

Apresentarei também o mapa do interior, onde destacam-se os três distritos (Vila

Nova, Rio Quinze de Baixo e Barra Bonita) e as localidades do município, pois

alguns discentes pertencem para esses espaços.

Com minha ajuda cada discente será convidado para ir à frente e utilizando

um alfinete personalizado (contendo um pequeno papel com seu nome) deverá

marcar a localização de sua moradia no mapa do Município. Os discentes que

moram no interior irão marcar no outro mapa, uma vez identificado o distrito ou a

localidade a qual pertence.

Feito isso, cada discente deverá expor para classe o trajeto que faz todos

os dias da sua residência até o colégio, se utiliza transporte escolar e as dificuldades

que encontra nesse percurso.

17

Caderno de Memórias

No caderno de memórias os discentes deverão responder às

questões abaixo:

O que você acha do seu Município?

O que sabe sobre ele?

Quais suas expectativas em relação a ele?

3ª Ação/1ª Atividade (1 aula)

Explanação Oral

Feita uma explanação utilizando data show, exibindo imagens e dados sobre

o Histórico de Pitanga, com base no sítio eletrônico do IPARDES e do IBGE, os

discentes terão a oportunidade de fazer indagações sobre variados assunto,

ampliando seu conhecimento sobre o Município.

Trabalho para casa

Distribuirei um questionário fechado que será trabalhado na próxima

atividade e que deverá ser respondido individualmente pelos discentes com a ajuda

dos familiares que deve ser entregue na próxima aula.

Explicarei sobre a importância do questionário, cujas respostas devem ser

sinceras para a obtenção de resultados mais próximos do real possível. O discente

será estimulado a responder o questionário sobre as condições socioeconômicas e o

acesso aos Serviços Públicos Básicos e essenciais em sua moradia. Nesta atividade

os mesmos não serão identificados, apenas o bairro ou a localidade onde mora.

18

2ª ATIVIDADE

Conteúdo/Tema: Análise do questionário fechado, tabulação dos dados obtidos e

reflexão sobre sua realidade.

Objetivo Geral:

Investigar as condições socioeconômicas, principalmente os serviços públicos que

dispõem, tabular os dados, interpretar com os resultados com os discentes,

estimulando-os a pensar sobre sua realidade.

No início da aula a professora recolhe os questionários respondidos pelos

discentes, buscando saber se tiveram dificuldade na realização do mesmo.

QUESTIONÁRIO

1- Qual o nome do bairro ou localidade onde você mora?

_____________________________________________________________

2- Marque com um X as questões abaixo:

1) A casa em que você mora é:

( ) própria

( ) alugada

2) Que tipo de material foi construída sua casa:

( ) madeira

( ) alvenaria

3) Quantos cômodos tem sua casa?

( ) menos de quatro

( ) entre quatro e cinco

( ) entre seis e sete

( ) mais que sete

4) Quantos pessoas moram em sua casa?

19

( ) duas

( ) entre três e quatro

( ) entre cinco e seis

( ) sete ou mais

5) Qual a renda aproximada da sua família?

( ) não tem salário fixo

( ) entre um e dois salários mínimos

( ) entre três e quatro salários mínimos

( ) mais que quatro salários mínimos

6) Sua casa é assistida pelo abastecimento de água tratada?

( ) sim ( ) não

7) Em caso negativo, de onde vem a água consumida?

( ) do poço

( ) da mina

( ) do rio

8) Tem rede de esgoto?

( ) sim ( ) não

9) Se não tem rede de esgoto, para onde vai a água usada em sua casa?

( ) fossa séptica

( ) escorre para céu aberto

10) Em sua casa possui energia elétrica?

( ) sim ( ) não

11) Seu bairro possui iluminação pública?

( )sim ( ) não

12) Existe coleta de lixo em seu bairro?

20

( ) sim ( ) não

13) Em caso negativo, para onde vai o lixo produzido?

( ) é queimado

( ) é incinerado

( ) é jogado em outro lugar

14) Que tipo de revestimento existe na rua onde você mora?

( ) revestimento asfáltico

( ) calçamento

( ) cascalho

( ) nenhum revestimento

15) No seu bairro tem escola?

( ) sim ( ) não

16) Seu bairro é atendido pelo transporte coletivo?

( ) sim ( ) não

17) Você utiliza transporte coletivo para vir à escola?

( ) sim ( ) não

18) No bairro onde você mora tem posto de saúde?

( ) sim ( ) não

19) No seu bairro possui praça pública para o lazer?

( ) sim ( ) não

20) Além de praça pública, existem outras formas de lazer?

( ) sim ( ) não

21) No seu bairro existe policiamento?

( ) sim ( ) não

21

22) Os serviços citados acima são de responsabilidade do Município e do Estado.

Você sabia disso?

( ) sim ( ) não

Ação Única/2ª Atividade (2 aulas)

Tabulação de Dados

Após recolher os questionários, realizaremos a tabulação dos dados obtidos,

construindo gráficos na lousa sobre as questões mais relevantes. Eles tabularão os

dados utilizando papel milimetrado. Buscaremos obter a estatística da turma sobre

as condições socioeconômicas e os serviços públicos disponíveis.

Caderno de Memórias

Colar nele os gráficos construídos e devidamente pintados

contendo os dados tabulados do questionário.

Os resultados obtidos servirão para estabelecer um diálogo a respeito das

condições de moradia da classe, e partindo destes dados conduzirei o olhar do

discente, instigando-os a analisar criticamente o meio em que vivem confrontando-o

com os direitos que são assegurados a todos na Constituição Federal, verificando

como tais diretos ocorrem ou não na prática, permitindo ao discente questionar as

condições reais de sua vida na cidade.

Tais gráficos, em tamanho maior, serão disponibilizados à comunidade

escolar em nossa exposição final.

22

3ª ATIVIDADE

Conteúdo/Tema: Situar e questionar o discente partindo do mapa dos Loteamentos

do Município de Pitanga.

Objetivo Geral:

Orientar o discente a refletir e analisar criticamente as características do seu bairro,

identificando-o no mapa dos Loteamentos do Município.

Objetivos Específicos:

. Localizar-se e refletir sobre a organização e distribuição dos bairros no território

municipal a partir do mapa;

. Produzir um gráfico sobre a localização e distribuição da classe no município;

. Visitar e relatar os pontos positivos e negativos do bairro que pertencem;

. Refletir sobre a música “Favela” (autoria de Jards Macalé), como inspiração para

escreverem uma poesia;

. Produzir em equipe uma poesia que retrate seu bairro e apresentar à classe;

. Representação do espaço de lazer presente no bairro em forma de desenho.

1ª Ação/3ª Atividade (2 aulas)

Explorando o Mapa dos Loteamentos

Nesta atividade será realizada a análise dos bairros com o objetivo de

despertar a curiosidade e valorizar a bagagem do discente sobre seu espaço de

vivência.

A Professora apresenta o mapa dos Loteamentos do Município de Pitanga e

pede para os discentes o observe. Serão estimulados a localizarem e pensarem sua

casa dentro do bairro.

Analisarei junto com eles as divisões no mapa, reconhecendo e identificando

o nome dos bairros, indagando-os se tem conhecimento de todos do município.

Faremos questionamentos levando-os a refletir e criticar a distribuição dos

bairros da cidade em relação à divisão espacial, população, divisão de classes

23

sociais (bairros nobres e bairros pobres), concentração de serviços, áreas naturais e

humanizadas, acesso à serviços públicos, etc.

Produção de gráfico da Localização da turma

Instigarei os discentes a analisarem conjuntamente a localização das

moradias elaborando com eles um gráfico na lousa acerca da sua distribuição no

município. Este material também comporá a exposição final.

Caderno de Memórias

Nele o discente deverá registrar as seguintes questões:

Em que bairro do Município você mora?

Você mora nesse bairro há quanto tempo?

Gosta de morar neste bairro? Por que?

Registre os pontos positivos e negativos que você

reconhece no bairro onde você mora:

2ª Ação/3ª Atividade (3 aulas)

Passeio no Bairro

Aqui os discentes serão desafiados a fazer um passeio em seu bairro para

observarem, conversarem com os moradores mais velhos e produzirem um relatório

partindo dessa investigação, onde devem ainda buscar informações sobre quais

coisas os moradores identificam como fundamentais para melhoria do bairro. A

classe será dividida em equipes de três ou quatro discentes que residem mais

próximos, ou seja que fazem parte do mesmo bairro.

24

Produção de Poesias

Na próxima aula, após a visita em seu bairro, os discentes serão instruídos

a reunirem-se novamente em equipes para dar continuidade ao trabalho em sala de

aula.

Nela, será apresentada a letra da música “Favela”, de Jards Macalé, para

que se inspirem a escrever a letra de uma poesia, retratando os problemas e os

aspectos positivos do seu bairro. Os mesmos serão desafiados, com base na

música, nas observações e no relatório, a retratar em forma de poesia o bairro onde

residem.

Deverão registrá-la em cartolina, ilustrando livremente com desenhos que

retratem o bairro. Depois das produções elaboradas, cada equipe fará sua

apresentação para os demais. Ao final, farei intervenções em relação aos trabalhos

apresentados.

Os discentes serão desafiados a apresentar a poesia em forma de leitura ou

declamação no dia da exposição final. As produções também serão expostas.

3ª Ação/3ª Atividade (3 aulas)

Aula Expositiva

Retomarei e comentarei sobre a importância da existência nos bairros de

áreas coletivas, como as escolas, ares de saúde e esporte, em especial as de lazer,

explicando sobre sua importância na vida das pessoas, pois contribuem para

qualidade de vida da população.

Instigarei os discentes a pensar sobre a existência desses espaços no

Município e em seu bairro.

25

Caderno de Memórias

Nele o discente deverá registrar as seguintes questões:

Em seu bairro possui áreas de lazer? Quais?

Você frequenta essas áreas? Quando?

Quais as outras formas de lazer que você utiliza?

Qual a importância dessas atividades para você?

Ao término dessa atividade, socializarei as respostas, fazendo intervenções,

conduzindo-os a repensar sobre a importância do lazer no meio em que vive.

Lazer e Arte

Estimularei os discentes a pensarem a partir do tema “Área de lazer do

bairro” e representar em forma de desenho em folha de papel A4 a área de lazer

presente no seu bairro e que ele utiliza. Elaboraremos um painel com os desenhos

onde cada discente fará a socialização dos trabalhos para a classe, que será

exposto na exposição final.

4ª ATIVIDADE

Conteúdo/Tema: Questionar os discentes sobre sua moradia, reconhecendo sua

importância como direito assegurado e garantido pela Constituição Federal a todos

os cidadãos, utilizando um croqui dela onde o discente deverá também representar

seu entorno.

Objetivo Geral:

Oportunizar aos discentes refletir sobre sua moradia, analisando os serviços básicos

disponíveis e questionar o artigo 25 da Declaração Universal dos Direitos Humanos,

que trata acerca das condições de moradia.

26

1ª Ação/4ª Atividade (2 aulas)

Leitura do Texto

Inicialmente apresentarei o texto abaixo em data show, que será lido com a

turma.

CASA

Contam que antigamente os homens moravam em cavernas.

Mas os tempos mudaram, e hoje em dia tem casa de tantos jeitos diferentes, não é

mesmo?

Por exemplo, tem gente que mora em edifício.

Mas tem gente que mora em casa de verdade.

Aí a casa pode ser de uma monte de tipos.

Pode ser uma casa de barro, de alvenaria...

Pode ser uma casa pré-fabricada, ou uma casa de pau a pique.

Quem sabe até uma casa de madeira, ou de pedra, ou de palha, tipo choupana.

Também tem aquela casa que fica no tijolo e nunca é terminada.

Será por que?

E tem as casas dos morros, às vezes barracos bem pequenos.

Existem ainda as casas improvisadas embaixo das pontes.

E a oca do índio, o iglu dos esquimós, o ninho dos passarinhos.

Tem os castelos dos príncipes, e das princesas, dos nobres e dos cavaleiros...

Tem a casa mal-assombrada

Tem a casa da vó e do vô, e a casa do amigo.

De uns tempos pra cá, algumas crianças passaram a ter a casa do pai e a casa da

mãe.

E também existe a casa de final de semana: pode ser a casa de praia, ou a casa da

montanha,ou o sítio.

Tem gente que muda de casa o tempo todo. São pessoas que moram em hotéis,

porque vivem viajando.

Tem gente que leva a casa nas costas.

27

Tem gente que mora em barco. E aí, ele fica sendo a casa-barco.

Tem a casa de dentro da gente.

Tem a casa onde moram as palavras e as histórias.

Tem criança que mora em orfanato,ou em um lar de caridade e aí, esta fica sendo a

sua casa.

Tem os com casa, e os sem-casa, os com-terra e os sem-terra...

Tem gente que não tem casa e mora na rua.

Aí a rua fica sendo a sua casa.

Tudo isso sem contar as casas dos bichos: do joão-de-barro, do caramujo, o casulo

da borboleta, o buraco da minhoca, do tatu e tantos outros!

E a sua casa como é?

Autora: RAMOS, Anna Cláudia; RAMOS, Ana Raquel. Casa. 6. ed.

Retirado do Portal do Professor, endereço:

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=49799

(acesso em 25 de novembro de 2013)

Roda de Conversa sobre o Texto

Fazer um círculo somente com as cadeiras, onde os discentes sentarão

mais a vontade para conversar sobre o texto.

Dar oportunidade para se expressarem, expondo suas ideias livremente e

também para retratar sua realidade.

Relatarei sobre a importância da moradia para o ser humano e sua relação

com as desigualdades sociais existentes.

Analisando Imagens

Em seguida, apresentarei algumas imagens na TV Pendrive que

representam a diversidade de moradias para que possam refletir sobre elas,

compreendendo que a moradia está relacionada principalmente com as questões

28

socioeconômicas das pessoas.

Serão utilizadas imagens retiradas do portal do professor, conforme

endereços eletrônicos abaixo:

Apartamentos - http://diadema.olx.com.br/apartamentos-em-diadema-minha-casa-minha-vida-iid-121693536 casa - http://p://mato-grosso-do-sul.nexolocal.com.br/c666-apartamento-casa-a-venda-p4 oca - http://modovestir.blogspot.com/2008/08/ocas.html palafita - http://www.bodega.blog.br/nareal/cidadania/ iglu - http://olharamais.blogspot.com/2010/08/olhar-de-frio-muito-frio.html?zx=4fc82b777d807f6b

2ª Ação/4ª Atividade (2 aulas)

Desenhando sua Moradia

Iniciarei uma conversação sobre a importância da moradia e os serviços

básicos necessários para viver com qualidade de vida.

Em seguida, o discente será estimulado a representar livremente sua casa

em seu entorno em folha de papel A3, que será por mim disponibilizado. Dessa

forma poderão refletir sobre os direitos essenciais que estão assistidos ou não.

Cada discente comentará sobre seu desenho, sendo questionado sobre o

que nele pode ser melhorado.

Nesta atividade pode acontecer de alguns colegas sentirem-se intimidados a

expor seu trabalho devido a possíveis os comentários dos colegas, em função das

desigualdades sociais existentes entre eles. Então será dada a opção para que

possam fazer o registro no caderno de Memórias e não a explanação oral.

Esse desenho será guardado para a exposição final.

Caderno de Memórias

Responder as questões seguintes refletindo sobre sua realidade:

Descreva sobre sua moradia e o que você mais gosta nela;

Cite os serviços básicos que são disponibilizados em sua

moradia:

Qual o serviço básico que faz mais falta em sua moradia?

Sua moradia assegura a você e sua família conforto necessário?

29

Comente:

Se você pudesse mudar algo em sua moradia, o que mudaria?

Ao término das atividades corrigirei individualmente as questões para evitar

comentários preconceituosos.

3ª Ação/4ª Atividade (1 aula)

Aula Expositiva

Explanarei sobre as desigualdades sociais existentes entre as pessoas,

confrontando com os direitos assegurados para todos com base no artigo 25 da

Declaração Universal dos Direitos Humanos, garantidos na Constituição.

Música

Ouviremos a música de “Nos barracos da cidade”, de Gilberto Gil, que

retrata a realidade das pessoas que não tem acesso à moradia digna.

Socialização de Ideias

A partir da aula expositiva e da audição musical, discutiremos acerca do

problema da moradia no Brasil, trazendo essa realidade para o Município, pois eles

mesmos já terão percebido essas desigualdades no bairro que visitaram,

questionando-os e conduzindo-os a entender que moradia digna não é apenas ter

uma casa para morar, mas precisa de infraestrutura básica (água, esgoto, coleta de

lixo, energia elétrica, etc.), ou seja, uma moradia suprida de serviços básicos traz

conforto e qualidade de vida para a população.

30

Caderno de Memórias

Responder as questões seguintes refletindo sobre sua realidade:

O que você entendeu a respeito da música que trata do tema

Moradia que estamos estudando?

Ao final dessa aula, os discentes levarão para casa um pedido de autorização

para aula de campo.

5ª ATIVIDADE

Conteúdo/Tema: Saneamento Básico

Objetivo Geral:

Compreender a importância do saneamento básico, enquanto fator determinante

para qualidade de vida e cidadania identificando-o em seu espaço de vivência.

Objetivos Específicos:

. Ampliar o conceito de saneamento básico;

. Identificar a existência do saneamento básico no seu bairro;

. Conhecer como funciona a Estação de tratamento de água e esgoto;

. Debater sobre o que aprendeu através de bingo geográfico.

31

1ª Ação/5ª Atividade (2 aulas)

Caderno de Memórias

Responder as questões seguintes refletindo sobre sua realidade:

Você sabe qual o significado para saneamento básico?

O bairro que você mora é bem servido por:

Abastecimento de água?

Rede de esgoto?

Coleta de lixo?

Pavimentação de ruas?

Rede de energia elétrica?

Transportes coletivos?

Postos de saúde e escola?

A falta de saneamento básico interfere na qualidade de vida

das pessoas? Por que?

Justifique suas respostas.

As respostas serão socializadas aproveitando o momento para explicar

sobre a importância e os direitos que todos tem a esses recursos, na intenção de

perceberem suas necessidades que não são supridas.

Vídeo

Passarei um vídeo-documentário (Vídeo – Globo Ecologia Rio+20 –

Saneamento, o básico Inexistente) sobre o saneamento básico no Brasil e no mundo.

Esse documentário é importante para o discente possa refletir sobre sua importância

e as consequências que a sua falta pode causar na vida das pessoas.

Vídeo disponível em: www.youtube.com/wath?v=KujlJMZBKV8 (acesso em 25 de

novembro de 2013)

32

Roda de Conversa sobre o Vídeo

Após assistirem o vídeo, os discentes serão organizados em círculo

estimulando-os a comentarem individualmente sobre os problemas retratados no

vídeo, conduzindo-os a pensar sobre sua realidade em relação a disponibilidade de

saneamento básico em suas moradias.

Neste momento é muito importante o discente expressar suas ideias e

principalmente trazer sua realidade vivida para o espaço escolar, dessa forma sua

aprendizagem poderá se tornar mais significativa.

Dar oportunidade para todos participarem retratando suas necessidades em

relação ao tema estudado.

2ª Ação/5ª Atividade (2 aulas)

Aula de Campo

Os discentes sob a responsabilidade da professora serão transportados em

ônibus escolar, fornecido pela prefeitura, onde visitarão primeiramente a Estação de

tratamento de água, para que possam ter conhecimento sobre os processos que a

água passa até chegar em suas casas para ser utilizada de forma potável.

Poderão questionar o profissional responsável para sanar suas dúvidas e

curiosidades em relação ao tratamento e disponibilidade desse recurso.

Em seguida, serão transportados para Estação de tratamento de esgoto,

localizada um pouco distante da cidade, onde terão a oportunidade de conhecer as

etapas de tratamento do esgoto produzido pela população e sanar suas dúvidas em

relação ao processo.

Os discentes deverão redigir em seu caderno de memórias suas

observações. Serão também registrados os momentos dessa visita em câmera

fotográfica, cujas imagens comporão um painel que retratará a importância dessa

ação e será exibido na exposição final.

33

3ª Ação/5ª Atividade (1 aula)

Bingo Geográfico

Na próxima aula, iremos utilizar uma estratégia de debate através de um

jogo, o qual estimula o discente a falar sobre o que aprendeu com a saída de campo.

O bingo geográfico funciona da seguinte forma:

Entregar um pequeno papel para cada discente escrever uma ou duas

palavras relacionadas com a visita que fizeram e embaixo escreve o seu nome. Por

exemplo:

Tratamento do Esgoto

Márcia

Recolherei os papéis e colocarei coloca numa caixinha.

Em seguida, distribuirei uma folha pequena para cada discente dobrar três

vezes, a folha ficará dividida em oito partes. Pedir que em cada parte escrevam o

nome de um colega da classe, portanto escolherão oito nomes. Poderão ainda

colocar o seu próprio nome.

Começarei o sorteio retirando os papéis da caixinha. O discente que for

sorteado terá que comentar sobre a palavra que escreveu no papel e os colegas irão

riscando a cada nome sorteado. Ganhará quem completar a cartela por último.

A medida que os discentes vão comentando irei fazendo intervenções

procurando trazer o tema para a realidade deles.

Comentarei que o maior prêmio é que todos irão ganhar com o conhecimento

que obtiveram pela participação dos colegas, então distribuirei um pirulito para cada

um deles.

Recado Legal

A professora conta que farão uma visita ao Marco Geodésico Histórico do

Paraná, localizado em Pitanga, onde conhecerão um pouco mais sobre a história da

cidade e poderão observá-la de um ângulo mais alto.

34

Enviar para os pais um pedido de autorização para uma visita ao Marco

Geodésico de Pitanga.

6ª ATIVIDADE

Conteúdo/tema: Visita ao Marco Geodésico Histórico do Paraná.

Objetivo Geral:

Conhecer o Marco Geodésico Histórico do Paraná, situado no “Museu da Imagem e

do Som”, o qual demarca o Centro do Paraná. Observar as trinta e seis fotos antigas

e recentes da cidade ali existentes para refletir e questionar sobre a História do

Município de Pitanga.

Objetivos Específicos:

. Observar e analisar a visão panorâmica do Município;

. Observar na luneta disponível os pontos de referência do Município;

. Produzir painel de fotos para retratar a história e desenvolvimento da cidade;

. Fazer entrevista com os familiares a respeito do Município.

1ª Ação/6ª Atividade (2aulas)

Conhecendo o Município em Aula de Campo

No dia marcado para visita ao Marco Geodésico, os discentes serão transportados em

ônibus escolar disponibilizado pela Prefeitura onde a professora terá responsabilidade sobre a

classe.

35

Marco Geodésico de Pitanga – Pr

Foto:Edgar de Souza, 2012. Disponível em: http://www.radioonlinehits.com

Os discentes serão motivados a observarem as fotos, lerem as legendas e

questionarem a profissional responsável e a professora em relação às dúvidas e

curiosidades sobre o Município.

Também poderão utilizar individualmente a luneta disponível para observar

com maior visibilidade os pontos próximos da cidade e outros mais distantes.

Além da História do Município terão a oportunidade de observar grande

parte da cidade buscando localizar seu bairro e sua moradia.

2ª Ação/6ª Atividade (2 aulas)

Trabalho em equipe

Na próxima aula, serão distribuídos em grupos de três discentes para

desenvolverem um trabalho utilizando as fotos do Município. Cada grupo receberá

uma foto da cidade em tamanho A4, onde serão desafiados a interpretar o que ela

36

representa. Ao final do trabalho, produzirão um painel retratando o Município de

Pitanga a partir das fotos mais antigas para as mais recentes. Cada equipe

apresenta para classe o resultado do seu trabalho.

Os discentes serão preparados para apresentarem o painel Histórico para a

comunidade escolar no dia da exposição final.

3ª Ação/6ª Atividade (1 aula)

Entrevista com os Familiares

Os discentes registrarão como atividade para casa, uma entrevista que

deverá ser respondida com seus familiares.

Caderno de Memórias

Há quanto tempo moram no Município de Pitanga?

Perceberam muitas mudanças no município? Quais?

Gostam de morar nessa cidade?

Pretendem continuar morando em Pitanga? Por que?

O que precisa melhorar no Município?

Socialização das Entrevistas

Na próxima aula trabalharei com o resultado das entrevistas.

No momento que cada discente apresenta oralmente sua entrevista

registrarei no quadro as respostas em forma de tópicos.

Em seguida, farei um comentário retratando as necessidades e

possibilidades do Município apresentadas pelos familiares.

Elaboraremos conjuntamente um mural apresentando o resultado das

entrevistas.

37

7ª ATIVIDADE

Em dias anteriores elaborarei com os discentes um convite do evento que

acontecerá na escola, o qual os próprios se responsabilizarão pela divulgação junto

aos familiares e à comunidade escolar.

Conteúdo/Tema: Exposição e apresentação dos trabalhos desenvolvidos pelos

discentes durante a implementação.

Objetivo Geral: Apresentar para a comunidade escolar os resultados obtidos no

desenvolvimento das atividades, participando ativamente da exposição.

Ação Única/7ª Atividade (2 aulas)

Exposição Final

Para concluir a implementação, os discentes serão os apresentadores,

sendo identificados com crachás, onde demonstrarão os resultados da

implementação, numa exposição em sala de aula aberta à comunidade escolar.

Dessa forma, na exposição eles, além de exporem a informação e

conhecimento sobre o meio que vivem e que foi trabalhados durante a

implementação, terão ainda a oportunidade de expressar suas ideias e opiniões a

um público que vai além da sua sala de aula.

No dia da exposição final, serão expostos todos os trabalhos, incluindo os

recursos utilizados: caderno de Memórias dos discentes, painéis (fotos do Município,

resultado das entrevistas, gráficos, desenhos, poesias, fotos da classe nas saídas

de campo), mapas, imagens da localização da moradia, fotografias, além de outros

materiais que foram produzidos pelos mesmos.

Os discentes serão responsáveis para acolher a comunidade escolar e

apresentar os trabalhos explorando esses recursos que possibilitaram aulas

38

diferenciadas, práticas e motivadoras.

Ficará disponível o caderno de Impressões, elaborado pela professora, onde

a comunidade escolar que participar da exposição, será convidada para além de

assinar, deixar seu comentário em relação aos trabalhos e o desempenho dos

discentes na apresentação dos resultados obtidos durante a implementação.

4. AVALIAÇÃO

O processo de avaliação acontecerá durante todo o desenvolvimento da

Implementação desta Unidade Didática de forma diagnóstica, contínua e paralela, ou

seja, os discentes serão avaliados durante todas as aulas e atividades, almejando

sua evolução na apreensão de novos conceitos e visando garantir uma

aprendizagem significativa.

Também será realizada uma autoavaliação, onde os discentes relatarão

suas impressões em relação à implementação, seus pontos positivos e negativos e

a importância da unidade para sua aprendizagem.

5. REFERÊNCIAS BILBLIOGRÁFICAS

CAVALCANTI, Lana de Souza (Org.). Geografia da Cidade: A Produção do Espaço Urbano em Goiânia. Goiânia: Editora Alternativa, 2001.

DIAS, Leila Christina. Geografia e Qualidade de Vida: Pensando as redes técnicas. Conferência proferida por ocasião da XV SEMAGEO da UFSC. Revista Geosul. ISSN 2177-5230, Florianópolis, v. 09, n. 17, p.07-15, 1994. Disponível em: <www.periodicos.ufsc.br>. Acesso em: 04 maio 2013. ENGELS, Guido Irineu. Pesquisa-Ação. Revista Educar, Curitiba: Ed. Ufpr, n. 16, 2000. Disponível em: <www.educaremrevista.ufpr.br/arquivos>. Acesso em: 30 maio 2013.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 17ªed. Rio de Janeiro: Ed. paz e Terra,

1987.

39

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Geografia. Curitiba:

SEED, 2008. PIQUET, Rosélia; RIBEIRO, Ana Clara Torres. Brasil Território da Desigualdade: Descaminhos da Modernização. Rio de Janeiro: Ltda. Ed., 1991. SANTOS, Milton. A Natureza do Espaço: Técnica e Tempo. Razão e Emoção. 4ªed.

São Paulo: Edusp, 2009. SANTOS, Milton. A Urbanização Brasileira. 3ªed. São Paulo: Hucitec, 1994. SANTOS, Milton. Da Totalidade ao Lugar. São Paulo: Edusp, 2008. SANTOS, Milton. O Espaço do Cidadão. 7ª ed. São Paulo: Edusp, 2007. SANTOS, Milton. Pensando o Espaço do Homem. 5ªed. São Paulo: Edusp, 2009.

Sítios eletrônicos visitados:

Prefeitura Municipal de Pitanga - www.pitanga.pr.gov.br (acesso em 10 de outubro 2013)

Câmara Municipal de Pitanga - www.camarapitanga.pr.gov.br/‎‎ (acesso em 10 de outubro 2013) Dia a Dia Educação - www.diaadia.pr.gov.br/ (acesso em 10 de outubro 2013) INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA-IBGE (Pitanga) (Org.). IBGEcidades@. Disponível em: <www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1>. (acesso em 20 novembro 2013) OIT, Convênio Uniceub -. Declaração Universal dos Direitos Humanos. Disponível em: <www.oitbrasil.org.br/content/história>. (acesso em 20 de novembro 2013) Portal do professor - portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=49799‎‎(acesso‎em‎2o‎de‎novembro‎de‎2013)

40

Caderno estatístico município de Pitanga - IPARDES

www.ipardes.gov.br/cadernos/Montapdf.php?Municipio=85200 (acesso em 20 de novembro 2013)

Endereço eletrônico de imagens e vídeos:

Apartamentos - http://diadema.olx.com.br/apartamentos-em-diadema-minha-casa-

minha-vida-iid-121693536

Casa - http://p://mato-grosso-do-sul.nexolocal.com.br/c666-apartamento-casa-a-venda-p4 Oca - http://modovestir.blogspot.com/2008/08/ocas.html Palafita - http://www.bodega.blog.br/nareal/cidadania/ Iglu - http://olharamais.blogspot.com/2010/08/olhar-de-frio-muito-frio.html?zx=4fc82b777d807f6b ‎Vídeo – Globo Ecologia Rio+20 – Saneamento, o básico Inexistente -

www.youtube.com/wath?v=KujlJMZBKV8 (acesso em 20 de agosto 2013)