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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE DO PARANÁ
CAMPUS DE JACAREZINHO
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE
APARECIDA ELIETE PINTO AGUIAR
O CAFÉ NO NORTE PIONEIRO DO PARANÁ
JACAREZINHO2013
UNIDADE DIDÁTICA
O CAFÉ NO NORTE PIONEIRO DO PARANÁ
Unidade Didática apresentada ao Programa de Desenvolvimento Educacional da Secretaria de Estado da Educação como requisito parcial para cumprimento do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, sob orientação do Professor: Aécio Rodrigues de Melo.
Jacarezinho – Paraná
2013
PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA
1 IDENTIFICAÇÃO
Professor PDE – Aparecida Eliete Pinto Aguiar
Orientador – Aécio Rodrigues Melo
Área – História
NRE – Jacarezinho
IES Vinculada - Universidade Estadual do Norte do Paraná
Escola de Implantação: Colégio Estadual Maria Francisca de Souza
Público objeto de intervenção: 7º A – Ensino Fundamental
Período: matutino
TÍTULO
O café no Norte Pioneiro do Paraná
INTRODUÇÃO
O norte do Paraná, região à qual pertence o município de Barra do
Jacaré, possui algumas particularidades, principalmente no que diz respeito à
economia do estado. Por muito tempo essa região teve destaque em relação
ao restante do território paranaense, isso se deu graças ao movimento de
migração ocorridos nas primeiras décadas do século XIX.
A cultura do café teve sua importância para o povoamento do norte
pioneiro devido às várias fazendas de café que foram surgindo na região,
oriundas dos cafeicultores paulistas, tendo em vista que o estado do Paraná
oferecia condições favoráveis para a aquisição de terras aos imigrantes.
O Paraná chegou a ser considerado o maior produtor de café entre 1940
e 1959, a partir daí, por adequar-se à política cafeeira, houve a queda da
produção do café, com a eliminação de alguns cafezais.
Os fatores que levaram à formação e ocupação do norte do Paraná são
ainda desconhecidos pela maioria de nossos alunos. Sabe-se que através da
história é possível narrar, descrever, vivenciar o tempo e o espaço, valorizar a
cultura local, além de contribuir para a formação de sujeitos, por isso a
necessidade de trabalhar com conteúdos que voltem o olhar para a realidade
do aluno, buscando a construção coletiva do saber. Uma das culturas locais de
destaque no município de Barra do Jacaré, foi a do café.
Os alunos, principalmente os das séries finais do ensino fundamental,
apresentam certa dificuldade de assimilação quando o assunto é história,
desconhecendo até mesmo a realidade que os cerca.
Neste sentido, questiona-se: é possível inovar o ensino de história
através de diferentes práticas pedagógicas, que levem o aluno a refletir sobre
suas origens e a realidade que os cerca? Como transmitir ao alunos os
princípios básicos da ocupação do norte do Paraná, os principais fatores
econômicos e a colonização agrícola?
Para responder a estas questões propomos os seguintes objetivos:
analisar os principais fatores que contribuíram com a ocupação da região
Pioneira do Paraná, com ênfase na cultura cafeeira; apontar os movimentos
migratórios para o norte pioneiro nas primeiras décadas do século XIX;
identificar as principais atividades econômicas desenvolvidas na região pioneira
do Paraná; evidenciar os primeiros processos de ocupação das terras no norte
pioneiro do Paraná; descrever como a cultura do café contribuiu para a
ocupação do município de Barra do Jacaré.
Segundo Wachowicz (1987), o norte do Paraná diferenciou-se do
restante do estado por muito tempo devido à colonização, atividade econômica
e monocultura cafeeira, sendo atração para imigrantes brasileiros
principalmente nas décadas de 1930 a 1950.
O norte pioneiro é formado pela região entre os rios Paranapanema,
Itarajé e Tibaji e a partir da ocupação dessa região deu-se a colonização do
norte do Paraná. (GARBOZZA, 2008).
Antes, porém dos colonizadores paulistas e mineiros, imigrantes que
vieram para a região na década de 1840, os índios tiveram uma grande
responsabilidade pela formação das primeiras populações humanas da região.
As tribos Guarani e Kaigang marcaram sua história às margens do rio
Tibagi e Paranapanema, áreas predominantemente florestais que permitiram
uma [...] sofisticada e produtiva agricultura de diversos cultivares, de baixo
impacto ambiental e adaptada aos ciclos biológicos naturais. (MOTA, 1997,
apud FOGARI, 2007, p. 5).
Segundo Mota (1997) no início do séc. XVI, percebeu-se um contato de
populações européias com os grupos indígenas Jê e Tupi, através das
primeiras expedições portuguesas e espanholas com destino ao Paraguai e ao
Peru.
A presença dos índios na região, nas palavras de Fogari (2007) mostra
que ao contrário do que se pensa, o Paraná não possui territórios vazios antes
da chegada dos desbravadores nas primeiras décadas do séc. XX.
Foi com a chegada desses desbravadores de terras, que a população
indígena passaram a ser expulsas e até destruídas pois, as florestas foram
desmatadas para a implantação do modelo econômico agropastoril, das
monoculturas e da criação de gado. (NOELLI e MOTA, 1999, apud FOGARI,
2007)
Na região norte do Paraná, os primeiros colonizadores foram imigrantes
paulistas e mineiros, vindos para a região na década de 1840 e deram origem
aos municípios de São José da Boa Vista, Colônia Mineira (Siqueira Campos),
Ribeirão Claro, Jaboticabal (Carlópolis), Água da Prata (Jacarezinho) e Água
do Lambari (Cambará). Garbozza (2008) destaca que devido aos imigrantes
paulistas e mineiros “as sociedades formadas na região seguiram os padrões
das sociedades paulistas e mineiras, com a presença do latifúndio, trabalho
escravo e patriarcalismo”. (Garbozza, 2008, p. 14).
Conforme palavras de Wachowicz (1987) os fazendeiros paulistas e
mineiros fizeram a região norte do Paraná ficar conhecida à medida que
difundiam a qualidade de suas terras. Para Carvalho e Fresca (2007) o norte
do Paraná foi um presente aos imigrantes, tendo em vista que o estado
oferecia condições favoráveis à compra de terras e esses colonos imigrantes
tinham interesse em comprar alguns alqueires de terra e se estabelecerem na
região como pequenos proprietários, a partir daí começa a crescer os
habitantes do norte do Paraná, com esses imigrantes vislumbrados pela
imagem de prosperidade e riqueza que eram observadas na propaganda
veiculada por vários estados do país. (FOGARI, 2007).
A vinda dos imigrantes paulistas se deu devido à crise cafeeira paulista,
que tiveram um empobrecimento do solo nas zonas produtoras. Os imigrantes
que se fixaram na região norte do Paraná construíram a estrutura sócio-
econômica da região baseada na agricultura tendo como carro chefe as
lavouras de café. (SERRA, 1992)
Segundo Luz (1980, p. 194)
As condições excepcionais do norte do Paraná e a conjuntura econômica nacional e estatal favorável à lavoura cafeeira contribuíram para o sucesso da empresa que, ao mesmo tempo em que auferia lucros com a venda de terras incentivava o povoamento e a consolidação de uma infra-estrutura regional. O impulso verificado na ocupação das terras pela agricultura e em especial pela lavoura cafeeira, e no povoamento da região, foi devido em grande parte à iniciativa privada, representada de um lado pela empresa colonizadora e de outro pelos responsáveis pela exploração agrícola que, estimulados pela oportunidade de cultivarem suas próprias terras e obterem lucros, iriam ter uma participação ponderável na obra de ocupação de uma das mais prósperas regiões do Estado e do país.
O sucesso da lavoura do café na região do norte pioneiro se deu quando
nas cidades de Ribeirão Claro e Jacarezinho começaram a surgir várias
fazendas de café, e segundo Wachowicz (1987) a fixação de Antônio Barbosa
Ferraz Jr. Na região causou maior repercussão. Esse senhor vindo do estado
de São Paulo adquiriu algumas terras próximo a Jacarezinho, que mais tarde
se tornou o município de Cambará, e plantou em suas terras café, a princípio
para experiência a qual deu certo e a partir daí Antonio Barbosa Ferraz Jr. com
seus filhos fundaram a sociedade Agrícola Barbosa.
O Norte Pioneiro do Paraná superou o plantio de café do estado de São
Paulo por volta de 1924, chegando a produzir 46 vezes mais, com destaque
para as fazendas produtoras da Companhia Agrícola Barbosa e Antonio Alves
de Lima (Ribeirão Claro). A grande maioria da produção cafeeira do estado
vinha de pequenos e médios produtores. (WACHOWICZ 1987).
A cultura do café no Paraná, na segunda metade do século XIX,
contribuiu com a ocupação e aumento da povoação da região norte do estado
à medida que as matas da região eram derrubadas dando origem aos cafezais.
Devido à qualidade do solo, os municípios de Tomazina, Jacarezinho, Santo
Antonio da Platina e Joaquim Távora tiveram um crescimento elevado da
população, também observadas em Cambará, Bandeirantes, Cornélio
Procópio, Sertanópolis e Londrina. (CARVALHO, FRESCA, 2007)
À medida que a cultura do café foi perdendo espaço devido às fortes
geadas que queimavam os cafezais os proprietários tiveram que diversificar o
plantio.
Moro (1991, p. 74) observa que:
Historicamente o café, como cultura comercial, até cerca de 1970, ocupou papel preponderante na agricultura do Paraná. Em 1960 ocupava 44,32% da área cultivada do Estado, em 1970, 25,27%,
momento em que no norte do estado, a cultura associada da soja e do trigo passa a ampliar sua área de cultivo à custa de áreas antes ocupadas por lavouras de café e em segundo plano, em menor escala, de áreas ocupadas por outras atividades produtivas...
O autor ainda acredita que a diversificação de culturas contribui com a
modernização agrícola, abrindo espaço para outras culturas segundo interesse
do capital e do Estado. (MORO, 1991, apud, FOGARI, 2007).
Para Fogari (2007) apesar de desenvolver-se economicamente, a cultura
cafeeira trouxe conseqüências de impacto ambiental com o desmatamento
realizado para dar origem aos cafezais.
DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES
As atividades a seguir serão trabalhadas com os alunos do 7º ano do
Ensino Fundamental, período matutino, do Colégio Estadual Maria Francisca
de Souza, objetivando um melhor aprendizado sobre a cultura cafeeira no norte
do Estado do Paraná.
ATIVIDADE 1
QUESTÕES:
1- Aponte as principais diferenças/semelhanças entre o Ciclo I e II do
Café.
Como primeira atividade os alunos assistiram um documentário sobre o Ciclo do Café I e o Ciclo do Café II (http//www.youtube.com/watch?v=z8q8si7Pgzchttp://www.youtube.com/watch?v=DaNtoyFzJvM.
O objetivo desta atividade é demonstrar para o aluno a cafeicultura e seus relacionamentos com a ocupação do norte do Paraná, tema central da Implementação.
Após assistirem ao vídeo será realizada uma mesa redonda para discussão sobre o filme onde cada um terá oportunidade de relatar o que entendeu trocando ideias entre o grupo.
Em seguida será repassado algumas atividades de interpretação relacionadas ao documentário assistido.
2- Com base no debate realizado, faça uma resenha sobre o vídeo
assistido, concluindo com o que você entendeu sobre os ciclos do
café.
ATIVIDADE 2
ATIVIDADE 3
ATIVIDADE 4
Para melhor entender sobre a cultura cafeeira os alunos farão uma visita a uma fazenda de café, localizada no município de Cambará.
Os alunos serão orientados a observar e anotar tudo que achar interessante durante o passeio.
Na sala de aula cada um fará um texto sobre o que observou, comparando a fazenda visitada com o documentário sobre os ciclos do café, fazendo uma relação com a cultura cafeeira. Em seguida será realizada uma pesquisa via internet sobre a região onde está localizada a fazenda e a cultura do café fazendo uma relação com o povoamento do norte pioneiro.
Com os resultados obtidos pela pesquisa serão elaborados textos para fixação e construída uma maquete representando o local visitado.
Nesta terceira atividade os alunos farão uma pesquisa sobre a ocupação pioneira do Paraná, bem como dos municípios que fazem parte dessa região, observando as atividades econômicas do município e fazendo uma relação com o café: a cultura do café já fez parte do município? Ainda existem plantações de café na região? Qual a contribuição da cultura cafeeira para o município?
Para esta atividade será confeccionado um mapa do Paraná, destacando os municípios da região Norte Pioneira, com dados descrevendo qual município cultivava a cultura do café e onde ainda existe plantação de
Esta atividade será realizada através da música “Meu cafezal em flor”. Primeiro os alunos irão ouvir a música. De posse da letra será proposto uma Interpretação da mesma relacionando-a com a cultura do café? Qual a proposta do autor? Por que ele fez alusão ao café? Em qual época foi escrita a música? A cultura do café era marcante nesta época?
Em seguida os alunos farão um releitura da música, escrevendo-a à sua maneira.
ATIVIDADE 5
TEXTO 1
CAFÉ NO NORTE VELHO (1903-1939)
Como vimos, o surgimento do café como riqueza regional aconteceu no início
do século, vinculado estreitamente ao Estado de São Paulo. Isto se explica devido a
proximidade dos trilhos da Estrada de Ferro Sorocabana que permitia o transporte
do produto até o porto de Santos e à presença crescente de paulistas, atraídos pela
maior produtividade daquelas terras. Era a marcha natural do café em direção às
novas terras, uma vez que as terras paulistas já estavam ocupadas ou
supervalorizadas. Dentre os fazendeiros paulistas que colonizaram para a região
destaca-se Barbosa Ferraz que plantou 1 milhão de pés de café entre Ourinhos e
Cambará.
Os próprios fazendeiros fizeram a ligação ferroviária do Norte Velho à ferrovia
Sorocabana, para facilitar a exportação. No início da década de 1930, para incentivar a
venda de suas terras, os ingleses estenderam a ferrovia até Londrina. Em 1928 o
governador Bento Munhoz da Rocha isentou de impostos o café exportado via
Paranaguá, para concorrer com o porto de Santos. O maior centro cafeicultor da
região, na época, era Jacarezinho.
Nessa época, o fazendeiro normalmente cuidava da derrubada da mata e do
plantio. Depois entregava determinada área para cada família de colonos (3 a 4 mil pés
de café) mediante contrato de 4 a 5 anos, até que o cafezal se formasse. Com o fim do
contrato, os colonos ou assinavam novo contrato em nova área, ou, com os recursos
aculumados, compravam terras próprias, tornando-se sitiantes. O colono mais
procurado pelos fazendeiros era o japonês, depois o italiano. O caboclo era procurado
Nesta atividade serão trabalhados 3 textos relacionados à cultura do café no norte do Paraná. Antes da década de 20, a erva-mate era considerada a principal riqueza do Paraná, no final da década de 1920, o café passou a ser considerado a maior riqueza do Paraná e sua história está dividida em três grandes períodos: O café no Norte Velho (1903 a 1939); O café no Norte Novo (1930 a 1944) e O café no Norte Novíssimo (1945 a 1975), conforme observa-se nos textos a seguir, para complementar as atividades realizadas anteriormente, fixando melhor o conteúdo.
principalmente para as derrubadas.
Ao lado do café, principalmente nos sítios e pequenas propriedades,
apareciam os produtos de subsistência. Em 1929, o Paraná produziu 600.000
sacas de café. Em 1951 a produção de café do Norte Velho foi superada pela
produção do Norte Novo.
TEXTO II
CAFÉ NO NORTE NOVO (1930-1944)
Neste período, toda a economia e, consequentemente o café, sofreu
recessão. Os preços caíram drasticamente devido à superprodução, à depressão
mundial de 1929 e á II Guerra Mundial. O resultado foi a eliminação de grande parte
dos cafezais antigos e menos produtivos e a proibição de novos plantios. Isto ocorreu
principalmente nas terras paulistas.
Apesar de tudo, no entanto, os plantios no Paraná, embora em pequena
escala, foram mantidos. Isto ocorreu inicialmente porque o Estado alegava não ter
atingido ainda o teto de 50 milhões de pés e depois graças à pressão do governo
estadual e dos grupos colonizadores (ingleses) que queriam viabilizar a venda de
suas áreas em pleno período de crise. As vendas de terras interessavam também ao
governo estadual, de olho nos impostos arrecadados nas transações. Assim as
vendas e os plantios se mantiveram, em pequenas e médias propriedades,
financiadas em vários anos. Seu ritmo era moderado, mas razoável para um tempo de
crise.
Os cafezais paranaenses, principalmente do Norte Novo, eram mais viáveis
do que os paulistas: terras novas, cafezais novos e mais produtivos. Além disso, as
pequenas e médias propriedades produziam com custos menores, resistindo melhor
à baixa dos preços. Ou seja, enquanto São Paulo limitava a sua produção, o Paraná
avançava.
Em 1944, face à instabilidade do mercado e às geadas constantes, o Governo
Central deixou de controlar a oferta, suspendeu a queima de excessos e liberou a
expansão dos cafezais. Na década de 1940 o eixo produtor de café deslocou-se do
Norte Pioneiro para o Norte Novo.
TEXTO III
CAFÉ NO NORTE NOVÍSSIMO (1945-1970)
Período áureo do café paranaense. Com o fim da guerra, os preços reagiram.
O resultado foi o grande aumento dos plantios que, primeiramente ocuparam as terras
ainda disponíveis no Norte Novo e depois invadiram o Norte Novíssimo. A procura de
terras era febril, surgindo além das pequenas e médias, as grandes propriedades.
Na década de 1960 esta procura, já menos intensa, atingiu o Oeste
paranaense. O quinquênio 1949-53 registrou uma média anual de plantio de 135
milhões de pés (148 milhões em 1953). A monocultura quase se implantou no
Paraná. Na safra 1949/50 o Paraná produziu 14,2% da produção nacional. De 1950
a 1955 manteve uma média de 28%. Em 1956, devido a uma forte geada, baixou para
17,47%. De 1957 em diante foi crescente até atingir, na safra 1962/63 o piso de 62,3%
da produção nacional.
Nos anos seguintes, a superprodução e a entrada de novos produtores
africanos no mercado, fizeram os com que os preços recuassem. O plantio,
consequentemente, também decresceu. A conjuntura econômica e o governo
passaram a exigir a diversificação da produção em direção da agropecuária e da
indústria. Entre 1965 e 1967, segundo o IBC, foram erradicados 97 milhões ou 10%
dos cafezais paranaenses.
Em 1970, devido às geadas e aos preços, parcelas significativas dos cafezais
paranaenses já estavam substituídos por gado, soja e trigo.
A expansão cafeeira trouxe a rápida urbanização e o aumento populacional,
principalmente no Norte Novo, centro da produção. Entre 1920 e 1970 a população do
Norte Velho, Novo e Novíssimo cresceu 6.097%, passando de 72.627 para 4.428.010
habitantes. (Textos extraídos de:
http://www.google.com.br/url?
sa=t&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=web&cd=29&ved=0CGMQFjAIOBQ&url
=http%3A%2F%2Fwww.colegiodrummond.net%2Fmateriais
%2F9677498961341351832.doc&ei=32FMUsWqDobfqgGupoDIBg&usg=AFQj
CNE3wrl5e5cXkSaozh06nbmJoZvTiw&bvm=bv.53371865,d.eWU. Acesso em:
30/10/2013)
QUESTÕES
1. Com base na leitura dos textos é possível observar que no
Norte Velho, para dar início às plantações de café foi preciso
fazer a derrubada das matas existentes. Qual a principal figura
escolhida pelos donos das fazendas para realizar essa tarefa?
Por quê?
2. O que significou a geada negra para os cafeicultores do Norte
do Paraná? Como ficou a economia após este episódio?
3. Qual atividade agrícola contribuiu para a expansão e
povoamento do Norte do Paraná?
4. O que contribuiu para que o café se tornasse a principal
riqueza do Paraná no final da década de 20?
5. Relembrando os estudos feitos sobre o Café no Norte do
Paraná, que fatores levaram ao desaparecimento da cultura
do café?
6. Faça uma pesquisa sobre a origem do café, sua chegada ao
Brasil e ao Paraná.
ATIVIDADE 6
REFERÊNCIAS
CARDOSO, Cássia Regina Soares. O processo de ocupação do noroeste paranaense nas décadas de 1950 e 1960. SEED/PR – PDE. Portal dia-a-dia educação, 2007. Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao .pr.gov.br/portals/pde/arquivos/954-4.pdf?PHPSESSID=2009050410452273>.
CARVALHO, Marcia Siqueira de. FRESCA, Tânia Maria. (org) Geografia e Norte do Paraná: um resgate histórico. Londrina: Edições Humanidades, 2007.
FOGARI, Edna Regina Gomes. Norte do Paraná: um estudo dos movimentos de ocupação histórica. Produção Didático-Pedagógica. UEM, Maringá, PDE,
Para encerrar a implementação os alunos farão um estudo sobre a Geada
Negra de 1975, com um texto sobre a Erradicação da cultura cafeeira,
encerrando com um vídeo sobre o assunto abordado.
2007.
GARBOZZA, Gustavo Davi. Colonização do Paraná. Produção Didático-Pedagógica, PDE. Curitiba, 2008.
LUZ, France. O fenômeno Urbano numa região pioneira: Maringá. Dissertação de Mestrado. Universidade de São Paulo. 1980.
MORO, Dalton Áureo. Substituição de Culturas, modernização Agrícola e Organização do Espaço Rural, no Norte do Paraná. Tese de Doutorado, UNESP, Rio Claro, 1991.
MOTA, Lúcio Tadeu. A Guerra de Conquista nos Territórios dos índios Kaingang do Tibagi: Nota de pesquisa; Revista História Regional. Vol. 2. – nº. 1. 1997.
NOELLI, Francisco S.; MOTA, Lúcio T. A pré-história da Região onde se encontra Maringá, Paraná. In: Maringá e o Norte do Paraná. Estudos de história regional. DIAS, Reginaldo B.; GONÇALVES, José Henrique Rollo (org). Maringá: EDUEM, 1999.p. 6 e 7.
SERRA, Elpídio. Os primeiros processos de ocupação da terra e a organização pioneira do espaço agrário no Paraná. Boletim de Geografia. UEM. Ano 10, 1992.
WACHOWICZ, Ruy Christovam. Norte Velho, Norte Pioneiro. Departamento de História da UFPR. Curitiba: Editora Gráfica Vicentina Ltda, 1987.