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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Artigos

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Artigos

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O gênero textual anúncio publicitário institucional: análise da práxis de Língua Inglesa em contra turno

Professora: Noidicelia Carlin Paganini

Orientadora: Profª Drª Lídia Stutz

Resumo: As condições de ensino e aprendizagem em Língua Inglesa na escola pública, de modo geral, ainda são pouco favoráveis e são pautadas em abordagens tradicionais. Diante disso, este trabalho visa realizar um estudo mais aprofundado do gênero textual anúncio publicitário institucional (API), com duas temáticas denominadas de “adopt a pet” e “recycle”, direcionadas aos alunos do sexto ano do ensino fundamental. O objetivo é analisar a construção da sequência didática (SD) e os resultados obtidos na produção final dos alunos, ampliando a visão do estudante em relação ao mundo. Acredita-se que o conhecimento do gênero API promova interesse em desvelar o texto e a capacidade de análise em relação à compreensão e produção de textos verbais e não-verbais que são produzidos socialmente. Como metodologia, recorre-se à pesquisa-ação com um grupo de seis alunos que realizaram leitura produção e análise composicional do gênero, utilizando a SD numa concepção interacionista sociodiscursiva. (BRONCKART, 1999; 2006; 2008; DOLZ, NOVERRAZ, SCHNEUWLY, 2004). O modelo didático é condição sine qua non para a produção de uma sd, instrumento que possibilita a mobilização das capacidades de linguagem e que visa a autonomia do uso eficiente da língua. Os resultados deste trabalho foram vistos a encontrar caminhos para melhorar a qualidade de ensino em Língua Inglesa na escola, desenvolvendo duas SDS sobre o gênero, com o intuito de oportunizar a melhoria da aquisição das capacidades de linguagens dos alunos.

Palavras-chaves: Interacionismo Sociodiscursivo; Gênero textual; Sequência didática; Capacidades de linguagens.

1. Introdução Como professora de Língua Inglesa (LI) no Colégio Estadual Bibiana

Bitencourt, no município de Guarapuava-PR, considero de extrema relevância o

aprimoramento da prática. Assim sendo, torna-se imprescindível o estudo dos

diferentes níveis de transposição didática, a reflexão sobre os diversos saberes que

permeiam o trabalho docente para possibilitar a atuação nessa complexa esfera a

fim de tornar-me uma professora autônoma.

Para Stutz (2012, p. 58), (...) a postura do professor no mundo

contemporâneo requer movimento contínuo, dinâmico, desenvolvido por meio da

capacidade de ser analista, questionar os eventos profissionais de seu meio (...)

Nesse sentido são, sobretudo importantes as considerações de Rocha (1999) ao

enfatizar que cabe, aos cursos de formação de professores a tarefa de familiarizar o

futuro professor com os conhecimentos básicos acerca do processo.

Cristovão(2002) com base em Baghin e Alvarenga (1997) enfatiza “a

importância da conscientização do professor de saber descrever o que faz em sala

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de aula e saber explicar porque faz dessa maneira, para evitar continuar repetindo o

que aprendeu por assimilação inconsciente, por imitação, sem uma explicação

teórica na qual se baseie” (CRISTOVÃO, 2002). A reflexão sobre o ensino da

produção escrita e da expressão oral, a discussão sobre o processo de ensino e

aprendizagem são atividades fundamentais para que as ações subsequentes dos

participantes sejam conscientes e justificadas e não práticas mecânicas e

impensadas.

As condições de ensino e aprendizagem em LI na escola pública de modo

geral, ainda são pouco favoráveis. No ambiente em que atuo as dificuldades são

maiores, devido à falta de condições dos alunos em desenvolver outras atividades

que lhes possibilitem maior proximidade com a língua. Grande parte dos discentes é

carente ou provém de áreas rurais longínquas da escola, sendo assim, sofrem

restrições ao acesso das novas tecnologias ou a diversidade de informações do

mundo contemporâneo globalizado.

Para a Língua Inglesa, as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná

(PARANÁ, 2008), afirmam que é necessário que se ensine diferentes gêneros

textuais aos alunos e que estes tenham a oportunidade de investigar por meio dos

textos as diferenças estruturais, funcionais e a quem se destinam. Esta proposta parte do conhecimento adquirido de experiências com a própria língua materna. O trabalho com Língua Estrangeira Moderna busca ampliar a compreensão dos diversos usos da linguagem, bem como a ativação dos procedimentos interpretativos alternativos no processo de construção dos significados possíveis pelo leitor (PARANÁ, 2008, p. 58).

As dificuldades do ensino de língua inglesa são recorrentemente pautadas em

abordagens tradicionais, ensino da gramática descontextualizada, listas de

vocabulários, pouca valorização da disciplina no currículo escolar, salas com grande

número de alunos e condições pouco favoráveis para este ensino.

Neste trabalho, escolhe-se o gênero anúncio publicitário institucional, por

acreditar que esse instrumento favoreça os alunos, visto que terão condições de ler

nas entrelinhas, entender os pormenores e as intenções do texto, articular uma

fruição estética do próprio pensamento quando em contato com diferentes textos,

pois o conceito de gênero não se limita a considerar aspectos da estrutura ou

formais do texto. Incorpora elementos de caráter social e histórico, porque considera

a situação de produção de um dado discurso fundamental à compreensão e a

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produção de textos.

É fundamental que o conhecimento do gênero anúncio publicitário

(institucional), promova no aluno o interesse em desvelar o texto e a capacidade de

análise de dimensões verbais e não verbais que são produzidos socialmente.

Deste modo, levar esse gênero para a sala de aula, condiciona o aluno para

que o mesmo se torne um cidadão consciente e que possa usufruir dos direitos da

sociedade democrática em que vive.

O objetivo geral deste estudo é analisar a construção da sequência didática e

também os resultados alcançados pelos alunos.

Os objetivos específicos são:

• Construir um modelo didático sobre o gênero anúncio publicitário institucional

para ampliar o conhecimento da professora em formação;

• Construir uma sequência didática com base no modelo didático para alunos

do ensino básico no contra turno;

• Analisar a SD para verificar a coerência com relação ao modelo didático;

• Ampliar a visão de mundo investigativa e a capacidade de análise em relação

à leitura crítica de textos, verbais e não verbais, que são produzidas

socialmente;

• Produzir anúncios publicitários institucionais.

Para alcançar os objetivos, o artigo está dividido em quatro partes:

fundamentação teórica, metodologia da pesquisa, análises com base nos resultados

obtidos e as considerações finais.

2. Desenvolvimento O ensino de línguas por uma perspectiva Sócio-Interacional (BRONCKART,

1999; 2006; 2008; DOLZ, NOVERRAZ, SCHNEUWLY, 2004), afirma que aprender é

uma forma de interagir no mundo social com alguém, em um contexto sócio

histórico. No âmbito escolar, o conhecimento desenvolve-se então, por meio da

interação entre professor e aluno, aluno e aluno, visando à construção/

transformação dele como ser discursivo.

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A partir de 1980, de acordo com Machado (2004) , começa a ser projetada a 1

teoria do Interacionismo Sociodiscursivo (ISD), fundada por Jean Paul Bronckart e

um grupo de pesquisadores da Universidade de Genebra. A proposta é uma vertente

que surgiu a partir do interacionismo social, a partir dos estudos de Vygostky (1993),

atualmente nomeado como interacionismo social. Para Bronckart (2005, apud

Machado; Cristovão, 2006, p. 549), o ISD baseia-se, integra e desenvolve a teoria

psicológica de Vygotsky, assumindo e defendendo cinco princípios básicos, descritos

da seguinte forma:

a) as ciências humanas teriam como objeto as condições de

desenvolvimento e funcionamento das condutas humanas;

b) todos os processos de desenvolvimento humano se

efetivaram com base nos pré-construídos humanos, já

existentes em uma determinada sociedade;

c) o desenvolvimento humano se efetua no quadro do agir, e

dessa forma, ao serem construídos deixam suas características

marcadas no meio social;

d) os processos de construção dos fatos sociais e os processos

de formação das pessoas individuais seriam duas vertentes

complementares e indissociáveis do mesmo desenvolvimento

humano;

e) a linguagem desempenharia um papel fundamental e

indispensável no desenvolvimento, considerando-se que é por

meio dela que se constrói uma “memória” dos pré-constituídos

sociais e que é ela que organiza, comenta e regula o agir e as

interações humanas, no quadro das quais são reproduzidos ou

reelaborados os fatos sociais e os fatos psicológicos.

Essa abordagem concebe a linguagem como fenômeno social e histórico, em

Anna Rachel Machado foi uma das pioneiras em estudos de abordagens dos gêneros 1

textuais, por meio do construto do ISD, no Brasil. O foco dos estudos foi o diário de leitura, e sua importância de diferentes tipos de diálogos em sala de aula que contribuem para desenvolver as capacidades de compreensão de leitura dos alunos. Ela defende uma posição dialética entre teoria e prática, o que permite a pesquisadora demonstre pontos de vista, de tradições distintas e integre diversos registros teóricos nessa posição, o que permite compreender melhor o que se passa na construção do aprendizado.

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uma “produção interativa associada às atividades sociais, sendo ela um instrumento

por meio do qual os interactantes, institucionalmente, emitem pretensões à validade

r e l a t i v a à s p r o p r i e d a d e s d o m e i o e m q u e e s s a a t i v i d a d e s e

desenvolve” (BRONCKART, 1999, p. 34). Para estudar as ações humanas,

precisamos recorrer às dimensões sociais e discursivas constitutivas em uma

perspectiva dialética e histórica. É nas atividades sociais que se desenvolvem as

ações da linguagem, portanto, a utilização da língua é um agir que se funda no

discurso que por sua vez provém das atividades sociais.

As questões sobre o desenvolvimento humano e o papel crucial que a

linguagem ocupa, conduzem Bronckart (2003), aos estudos dos gêneros textuais,

conforme as proposições de Bakhtin (2000, p 279) que define gênero como

“qualquer enunciado considerado isoladamente, individualizado, claro”. É, segundo o

autor, “um enunciado de natureza histórica, sócio-interacional, ideológica e

linguística”, sendo a utilização da língua efetuada em forma de enunciados (orais e

escritos), concretos e únicos, que emanam dos integrantes duma ou doutra esfera

da atividade humana. O conteúdo temático, o estilo e a construção composicional

“fundem-se indissoluvelmente no todo do enunciado, e todos são marcados pela

especificidade de uma esfera de comunicação”.

Para Bronckart (2003) os gêneros nunca podem ser classificados por critérios

linguísticos, como se pensou nos primeiros estudos teóricos, e que os tipos de

discursos, que são produtos de semiotização do agente-produtor postos em atuação

discursiva, auxiliam a definir o gênero. Conforme o autor ainda que haja vários

exemplares de um mesmo gênero e que, em tese, possam ser constituídos por tipos

discursivos afins, cada texto possui características individuais e, por isso, é um

exemplar, único.

Schneuwly (2004, p. 24) afirma que, na perspectiva do interacionismo social,

a atividade é tripolar, em que uma determinada ação é mediada por objetos que

foram socialmente elaborados, por meio dos quais se ampliam experiências de

nossos antepassados. Assim, na sua acepção, “os instrumentos encontram-se entre

o indivíduo que age e o objeto sobre o qual ou a situação na qual ele age”.

Para esse autor, os gêneros antecipam as ações de linguagem. O autor ainda

implementa a questão afirmando que, as vezes, há possibilidade de se escolher o

gênero por exemplo, para se persuadir alguém; pode-se escolher o artigo opinativo,

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a carta de leitor, anúncio publicitário, etc. Portanto, a ação discursiva é “prefigurada

pelos meios. O conhecimento e a concepção da realidade estão parcialmente

contidos nos meios para agir sobre ela” (SCHNEUWLY, 2004, p. 28).

Os gêneros organizam a fala e a escrita, assim como a gramática organiza as

formas. De acordo com Bakhtin/Voloshinov (apud SCHNEUWLY, 2004), os gêneros

se diferenciam em primários e secundários. Para ele, estes são o romance, o teatro,

o discurso científico etc. Os gêneros primários são tidos como os menos complexos

que se concebem no cotidiano.

Os pesquisadores já citados buscam comprovar que, em condições de

produção diferentes, produz- se gêneros também diferentes. Machado (2004, apud

Gonçalves, 2008, p. 46), entretanto, constata que, a partir de exemplos dados para

os gêneros de textos (editorial, resumo, resenha, por exemplo), estes eram

apreendidos a partir de como as pessoas os nomeavam, sem conceitualizações

teóricas mais elaboradas. Os gêneros textuais são, para a autora, “mecanismos

fundamentais de socialização, de possibilidade de inserção prática dos indivíduos

nas atividades comunicativas humanas”.

Dentro dessa perspectiva de análise, Marcuschi (2003) assevera que os

gêneros são um tipo de gramática social, isto é, uma gramática enunciativa, que,

segundo ele, só acontece a comunicação verbal por meio do gênero textual. Na

acepção de Bakhtin (2000) os gêneros são denominados de discursivos.

Com a apropriação conceitual de gênero e sua significação, passa-se então

para a transposição didática (TD) que surgiu, segundo Schneuwly (2005) e

Bronckart; Plazaola Giger (2007), a partir da tese de Verret em 1974 e em 1980, com

Chevallard, que afirmam que os conteúdos preexistem antes de sua transposição.

Segundo Chevallard, o trabalho desenvolvido com o objeto do saber científico, que

se modifica, adapta e passa a ser objeto de ensino em sala de aula. Assim, o saber

científico se modifica de acordo com as necessidades e capacidades dos alunos o

que faz este último ser chamado de transposição didática.

Um grande desafio do professor é transformar o saber adquirido por meio dos

estudos, em conteúdos didáticos, para serem ensinados para os alunos. Dessa

forma, é o saber científico passando pelo processo da didatização que se modifica

para o saber ensinado. Para Chevallard (1985, p.6 apud Stutz p.91), TDé “a

passagem do saber como instrumento a ser posto em uso ao saber como um objeto

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ao ensinar e aprender”. Segundo este autor, a TD ocorre no nível externo e interno.

O nível externo seria, a designação técnica dos currículos de maneira formal,

produzidos fora da sala de aula, o nível interno é a continuação deste saber

adquirido passado aos alunos, no momento em que o professor perpassa seu saber

científico em saber ensinado.

Para que ocorra a TD, faz-se necessário construir um modelo didático, (MD)

“[...] um objeto descritivo e operacional, construído para apreender o fenômeno

complexo da aprendizagem de um gênero” (DE PIETRO et al., 1996/1997 Apud

MACHADO, CRISTOVÃO 2006). Compreende-se por MD, como um estudo

aprofundado de um determinado gênero textual, pautado nas considerações dos

“experts” ao apresentarem as características do gênero escolhido.

O MD visa a apontar as capacidades de linguagem possíveis a serem

aprimoradas no trabalho de ensino em sala de aula com base em determinado

gênero textual. De acordo com Cristovão (2002, p. 67, apud Stutz, 2012, p.116), “a

construção do MD favorece o processo de discussão conjunta, visando a

conscientização dos participantes de suas escolas relacionadas tanto a teoria

quanto a prática”.

A construção de MD de gênero pode se constituir como uma ferramenta

alternativa, na medida em que faz o professor refletir sobre a tríade didática- aluno,

professor e objeto do conhecimento, a fim de justificar suas escolhas e guiar suas

atividades. O uso de gêneros já vem sendo tratadas e discutidas desde as PCNs-LE

(1998), bem como a questão sobre abordagens e métodos de ensino.

Brandão (1999) focaliza o trabalho com gêneros como uma alternativa para

possibilitar a formação de um leitor crítico. A formação desse leitor crítico demanda,

do ponto de vista de Brandão, uma concepção sociointeracionista da linguagem, a

qual considera a classificação de diferentes gêneros necessários para o ensino de

línguas, abordando especificamente, a questão da leitura e da produção escrita.

Dolz e Schneuwly (1996) propõem o ensino estruturado em forma de

sequências didáticas (SD) que são definidas como um conjunto de atividades que se

organizam em torno do gênero, com o objetivo de os alunos dele se apropriem por

meio do desenvolvimento de capacidades de linguagem específicas, guiando assim,

as intervenções do professor e apresentando para os alunos o objeto do

conhecimento. São produções de atividades dispostas de forma progressiva,

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planificadas, organizadas por um tema, ou por um objetivo geral, constituídas de

uma produção inicial, feita sobre uma situação de comunicação que orienta a SD de

módulos sistematizados que levem os alunos a se confrontarem com os problemas

do gênero tratados de forma mais particular. A sequência didática visa ajudar o aluno

a dominar um gênero de texto, contribuindo, para que o aluno possa adequar o seu

discurso a uma determinada situação de comunicação. Assim, a SD é compreendida

como:

um conjunto de atividades elaboradas de forma progressiva, em uma sequência de módulos de ensino e que contém na sua base um tema e objetivos específicos voltados ao desenvolvimento das capacidades de linguagem de um gênero de texto (STUTZ, 2012, p.119)

A SD é também definida por uma sequência de módulos de ensino,

organizados conjuntamente para melhorar e aprimorar uma prática de linguagem,

que visa confrontar os alunos com práticas linguísticas historicamente armazenadas

e fazer com que eles possam delas se apropriar. Schneuwly ( 2005,apud Gonçalves

p.48) constata ainda que “os saberes”, na SD, são decompostos e fragmentados em

virtude da sequenciação dos conteúdos e em virtude de sua progressão e

funcionamento dentro do sistema escolar. A prática da SD visa adaptar-se às

capacidades e as dificuldades dos alunos nela engajados.

Saber escrever é muito mais que a compreensão do sistema de escrita,

implica também em produzir gêneros discursivos adequados em função da situação

de interação social. Aprender a ler e escrever textos demanda a aprendizagem de

capacidades de linguagem. Segundo Dolz, Pasquier e Bronckart (1993) e Dolz e

Schneuwly (1998), essas capacidades subdividem-se em três tipos: capacidades de

ação, capacidades discursivas e capacidades linguístico-discursivas.

As capacidades de ação ajudam o indivíduo a adequar sua produção de

linguagem considerando os elementos do contexto de produção.

As capacidades discursivas contemplam as características necessárias à

planificação global do texto, isto é, volta-se para a arquitetura do texto.

As capacidades linguístico-discursivas contemplam os parâmetros de

textualização que destacamos, as vozes, modalizações, coesão verbal e nominal.

Para tratar das questões mais amplas na análise textual, Cristovão e Stutz

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(2012) propõem ainda a inclusão de um quarto nível, que são as capacidades de

significação. As capacidades de significação compreendem questões sócio-

históricas e oportunizam a construção de sentido quanto às práticas sociais para

levar o indivíduo ao aprofundamento de reflexões críticas sobre o gênero utilizado.

Dessa maneira, como sugerem Dolz e Schneuwly (2004), deve-se partir da

produção inicial de um gênero, detectar as dificuldades e capacidades de linguagem

dominadas pelos indivíduos e interagindo com as mesmas para um melhor

aperfeiçoamento ao conhecimento. A prática com a SD demanda do professor a

atuação como mediador no processo de ensino e aprendizagem e em seguida, esse

gênero, a SD e o professor atuam como mediadores no processo de ensino e

aprendizagem.

Os estudos de Barbosa (2005) asseveram que por meio do trabalho com

gêneros textuais, os alunos terão oportunidade de compreender o que esta nas

entrelinhas dos textos, e também as intenções que ele traz, e desenvolver o próprio

pensamento ao abordarem diferentes textos, pois o conceito de gênero é mais

abrangente do que considerar apenas o que está escrito. Ele incorpora elementos

de caráter social e histórico, porque considera a situação de produção de um dado

discurso, fundamental à compreensão e a produção de textos.

2.1 Os objetos de estudo: anúncio publicitário e anúncio publicitário institucional Devido às possibilidades de gêneros, este trabalho limita-se a abordar os

gêneros anúncio publicitário e anúncio publicitário institucional com o intuito de

ampliar as capacidades de linguagem dos alunos e a consciência crítica. A escolha

do gênero contribui para observar o caráter persuasivo, ideológico que se faz

presente em gêneros da esfera publicitária. De acordo com Carrascoza (1999, p.

17), “[…] tem um caráter ideológico, subjetivo e intemporal; busca atingir a vontade e

o sentimento do interlocutor por meio de argumentos plausíveis ou verossímeis,

visando obter a sua adesão [...]”.

Uma das características fundamentais deste gênero é a argumentação, que

para Perelman (apud BRETON 1996, p.19) “é o estudo das técnicas discursivas que

permitem provocar ou aumentar a adesão das pessoas às teses que são

apresentadas para seu assentimento”.

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Um anúncio publicitário se caracteriza estruturalmente, por um título, texto e

slogan, além dos recursos visuais. Os elementos verbais e não verbais contribuem

para que a persuasão seja reforçada, e a linearidade que esse gênero apresenta e

normatiza dentro do estilo da retórica, conforme o esquema aristotélico explicitado

por Carrascoza, (1999) demonstrando que o discurso para ser coerente, deve ter

quatro etapas básicas:

• O exórdio: se caracteriza por ser a introdução, por meio dele já se tem

a ideia do que irá ser dito/anunciado;

• A narração: apresenta os fatos e as informações necessárias para

comprovar que tal fato ocorreu;

• As provas: como o próprio nome já diz, são demonstrativas;

• A peroração ou “resumo”: dividido em quatro partes, a primeira deve

fazer com que o leitor fique “a favor” do anúncio; a segunda visa a

maior amplificação do que já foi dito; a terceira está relacionada aos

sentimentos, ou seja, à sedução, com o intuito de atrair ainda mais o

consumidor; e a quarta repete o que já foi dito para reforçar a ação de

comprar o produto.

Outro elemento característico do anúncio publicitário é a estrutura circular

em que, o exórdio do discurso é visto no título, e, portanto, deve acabar nele

mesmo, ou seja, a peroração se remete ao título. Este texto é de circuito fechado,

não dando chances ao leitor de argumentar, evitando o questionamento.

É fundamental que o conhecimento do gênero propaganda publicitária

(institucional), promova no aluno o interesse em desvelar o texto e a capacidade de

análise em relação à leitura crítica de textos verbais e não-verbais que são

produzidos socialmente. Deste modo, levar este gênero para a sala de aula,

condiciona o aluno para que o mesmo se torne um cidadão consciente e que possa

usufruir dos direitos da sociedade democrática em que vive.

Para este estudo foi construído previamente um MD com base na autora

Cristovão (2007) e Senem (2013) e no corpus de textos que selecionamos, obtendo

como resultados as dimensões ensináveis conforme apresentadas.

Capacidade de ação (CA): Para quem foi produzido o texto e quem

produziu; qual é o tema central e os aspectos constituintes do anúncio; quais são os

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conhecimentos de mundo que os alunos devem adquirir para compreender as

imagens, o texto e o anúncio como um todo.

Capacidade discursiva (CD): Entender a estrutura do anúncio (título, texto,

slogan); suas características principais; sua composição na esfera de circulação.

Capacidade linguístico discursiva (CLD): Perceber quais são os termos

linguísticos recorrentes nesse gênero (voz imperativa, figuras de linguagem); estar

apto a entender a coesão e coerência de um texto e compreender outros elementos

menores do texto.

Capacidade de significação (CS): Compreender as questões mais amplas;

observar os anúncios com criticidade; entender o contexto verbal e não- verbal e

ainda fazer relações entre os textos, para construir sentidos sobre os mesmos.

3. Metodologia

O presente projeto está caracterizado na pesquisa ação, este tipo de

pesquisa surgiu da necessidade de superar a lacuna entre a teoria e a prática, de

acordo com Engel (2000, p.183). “...os professores como homens e mulheres da

prática educacional, ao invés de serem apenas os consumidores da pesquisa

realizada por outros, deveriam transformar sua próprias salas de aula em objeto de

pesquisa. Nesse contexto, a pesquisa ação é o instrumento para uma pesquisa

relacionada a prática.” Diante disso, este trabalho está ancorado dentro deste aporte

porque a professora pesquisadora, interveio no processo de ensino e aprendizagem

dos alunos a fim de verificar os níveis de aprendizado deles, e contribuir para a

formação crítica dos alunos.

Após a construção do modelo didático, foi necessária a construção da SD,

com diversas dimensões em diversos módulos. O contexto destinado à prática

didático pedagógica foi o Colégio Estadual Bibiana Bitencourt- EFM, no município de

Guarapuava, com a participação dos alunos do 6º Ano do Ensino Fundamental,

formando uma turma de 6 alunos voluntários, eu professora PDE-2013, com

aplicação de exercícios que estão disponíveis na Produção Didático Pedagógica

(portal do PDE- www.diaadiaedecacao.pr.gov.br), que é uma Unidade Didática,

apresentada por atividades dispostas em duas sequências didáticas.

As SDs foram construídas no momento ‘produção didático-pedagógico” que

faz parte da formação do professor PDE. Primeiramente, foram realizadas as

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pesquisas referentes ao gênero textual escolhido, utilizando livros didáticos, material

digital e produções de outros professores. A seguir, juntamente com os alunos, foi

realizada a apresentação inicial, na qual foram propostas atividades introdutórias

sobre o gênero e a temática aos alunos contendo texto escrito e visual e na qual

consta uma informação adicional sobre o desenvolvimento das atividades, para

depois, os alunos produzirem um primeiro anúncio. É importante justificar a

construção das atividades serem feitas em Língua Inglesa (LI) e Língua Portuguesa,

pois são alunos que têm um primeiro contato com LI, e desta vão reconhecendo aos

poucos a nova Língua para posterior apreensão. Essa primeira produção contribui

para termos um diagnostico da turma sobre as capacidades de linguagem de cada

um dos participantes.

Ainda com relação a essa primeira fase que se volta a apresentação inicial, as

aulas foram iniciadas com uma conversa com os alunos sobre a importância de

estarem aprendendo uma nova língua, que a aquisição do conhecimento científico

adquirido pode transformar o mundo deles e de suas famílias, que devem aproveitar

essa oportunidade. Foram realizadas explicações de como seriam as aulas e como

eles participariam, reafirmando sempre para que aproveitassem a oportunidade de

estarem aprendendo mais sobre a Língua Inglesa e motivo de ter atividades em

português e inglês. Buscamos nas SDs otimizar a compreensão e produção escrita

dos alunos, ao engajá-los em duas temáticas: adoção de animais de estimação e

reciclagem de materiais.

Foram realizadas as divisões da primeira SD “adopt a pet” em quatro

módulos, No primeiro módulo foram inseridos dimensões do texto verbal e não-

verbal, informações sobre o autor, elementos sobre o objetivo do texto, conteúdos

referentes à temática, ao espaço físico, ao contexto, ao vocabulário e também

orientações adicionais para o aluno e para o professor. No segundo módulo iniciou-

se com informações adicionais texto imagético, no qual cada um aborda

capacidades de linguagem como: reconhecer a estrutura de um anúncio e

elementos verbais e não verbais. que devem ser instigadas e desenvolvidas no

aluno. No terceiro módulo é fundamental que os alunos saibam sobre a importância

da linguagem não verbal, representadas pelas cores, alguns elementos discursivos

constituintes do gênero. No quarto e último módulo têm-se alguns referenciais

linguísticos discursivos, e aprofundamento da temática. Por último a produção final,

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feita um cartaz e exposto na feira de adoção de animais que acontece na cidade.

A segunda SD, é sobre reciclagem de materiais e tem como composição: três

módulos e produção final, sem contemplar produção inicial. Os elementos

ensináveis dos textos, são os mesmos abordados na temática da primeira SD,

buscando aprimorar o conhecimento do aluno.

As aulas foram ministradas durante os meses de fevereiro, março e abril. O

curso foi ofertado no contra-turno, com duração de 32 hora-aulas e o conteúdo

norteado pela proposta de gêneros textuais. Foram propostas aos alunos as

temáticas que envolvem as SDs, o gênero textual, e os módulos que compõem as

SDs, conforme já exposto, e as orientações de como aprenderão Inglês e que ao

final do trabalho tinham que produzir um anúncio. As aulas foram iniciadas com uma

conversa com os alunos sobre a importância de estarem aprendendo uma nova

língua, que a aquisição do conhecimento científico adquirido pode transformar o

mundo deles e de suas famílias, que devem aproveitar essa oportunidade.

Explicação de como seriam as aulas e como eles participariam, reafirmando

sempre para que aproveitassem a oportunidade de estarem aprendendo mais sobre

a Língua Inglesa; a disposição das atividades estarem em português e inglês, prática

que se justifica por ser esse o primeiro contato dos alunos com a Língua Inglesa.

Buscamos nas SDs otimizar a compreensão e produção dos anúncios publicitários

institucionais, que versem sobre duas temáticas: adoção de animais de estimação e

reciclagem de materiais.

A aplicação do projeto contemplou alguns alunos, por se ofertado no contra-

turno e muitos apesar de interessados em participar não puderam por morarem

longe da escola. A turma ficou pequena, mas foi significativo para o aprendizado

podendo dar atenção individual para cada aluno favorecendo a compreensão da

língua inglesa.

A primeira sequência sobre animais de estimação foi prazerosa, tanto pela

força do próprio tema, como pelo gênero escolhido. As atividades que precisavam

usar o dicionário foram as que mais gostaram, havia sempre uma competição

saudável entre eles, e isso levava ao aprimoramento do estudo.

Uma das dificuldades foi à falta de nitidez das imagens no material impresso.

Ao construir o material, digitalizei a SD já que não usaria de imediato. No modo

digital não havia dificuldade nas leituras das imagens, mas quando o material foi

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impresso não obtivemos o mesmo êxito.

Um momento importante a relatar, é o que chamamos de “carta na manga”,

uma atividade que venha de encontro com a necessidade de aplicar algo diferente,

que é quando a aula deixou de ser atraente surge à necessidade de ter uma

atividade extra que revitalize o ânimo dos alunos. Isso aconteceu em um dos

módulos que tinha exercícios sobre o slogan do texto, os alunos apenas faziam a

cópia sem a interação mais aprofundada deste elemento, podendo ser observado no

exercício 2, letra D, módulo 2 da SD “adopt a pet”, neste caso a atividade usada foi,

pedir para os alunos que obsevassem as imagens que projetei na sala e

identificassem os diferentes “slogans”.

Outro ponto negativo foi a dificuldade de relacionar leitura e interpretação

para resolver as atividades, quando precisavam ler o texto não-verbal por exemplo,

e responder por escrito, esta atividade era ainda mais difícil, precisando ser

reorientada várias vezes.

Observamos que quando desenvolvemos atividades que trabalham com o

lúdico, isso chama mais a atenção deles, constatadas por aquelas que sugeri no

desenvolvimento dos módulos, exemplificada pela dobradura de animais.

Os resultados obtidos com a finalização da sequência foram satisfatórios, haja

vista que os alunos conseguiram apropriar o conteúdo que se tinha objetivado, que

eram as capacidades de linguagem já descritas anteriormente, demonstrado por

meio da produção inicial e a final com os cartazes que construíram e apresentaram

na feira para adoção de animais que acontece na cidade todos os sábados.

Outra sequência proposta neste trabalho foi sobre materiais recicláveis, que

não teve muito êxito dentro do propósito da apropriação do gênero API. Pois não fiz

a produção inicial, que é um dos elementos importantes dentro da proposta do

interacionismo, logo não existiu a verificação da apreensão e desenvolvimento das

capacidades de linguagens na produção final dos alunos. Porém, é de se considerar

que os alunos aprenderam outros elementos pertencentes ao gênero.

Para finalizar, outros alunos do colégio foram envolvidos, organizando e

apresentando uma feira de troca-troca de materiais recicláveis, cada aluno

interessado em participar trouxe antecipadamente objetos de casa em bom estado,

mas que já não queriam mais e que poderiam ser reaproveitados, os quais foram

cadastrados e dispostos para efetivação da troca. Esta atividade foi bem valiosa,

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porque foi possível observar o interesse dos alunos em reaproveitar materiais,

colaborando com a sustentabilidade do planeta.

ANÁLISE DOS DADOS

Primeiramente será apresentada a configuração geral das duas SDs. Na

sequência, está inserida a parte das atividades que compreendem as capacidades

de linguagem e por fim os resultados alcançados com os alunos.

a) Análise das SDs

A seguir, temos as divisões da SD em módulos, no qual cada um aborda

capacidades de linguagem que foram instigadas e desenvolvidas no aluno, e ao final

de cada uma destas temáticas houve uma produção final.

Apresentamos na tabela 1 a macroestrutura das duas Sds.

Tabela 1 – Macroestrutura da SDs

Macroestrutura Objetivo

SD 1 - Adopt a pet

Apresentação Inicial Apresentar a temática adoção de animais e avaliar as capacidades de linguagem que os alunos apresentam.

Módulo 1 Reconhecer o contexto de produção do gênero.

Módulo 2 Reconhecer a estrutura de um anúncio e elementos verbais e não verbais.

Módulo 3 Reconhecer a importância das cores no API. A função da linguagem não verbal, vocabulário, elementos linguísticos discursivos, verbo like e pronomes pessoais.

Módulo 4 Reconhecer elementos linguístico discursivos do gênero (verbo no imperativo) e aprofundar o conhecimento sobre temática.

Produção final da temática e exposição dos textos

Produzir um texto para adoção de animais e exposição extra classe.

SD 2- RECYCLING

Compreensão inicial Reconhecer um institutional ad sobre reciclagem.

Módulo 1 Reconhecer o contexto de produção da temática reciclagem e elementos característicos do gênero e o verbo can.

Módulo 2 Reconhecer os elementos da capacidade de significação e vocabulários voltados à temática.

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A macroestrutura disposta acima exemplifica o desenvolvimento das duas

SDs trabalhadas.

Na tabela 3 estão os elementos ensináveis que fazem parte da SD “adopt a

pet”. Os módulos que compõem esta SD, são organizados por várias atividades.

Sendo o primeiro com 13, o segundo com 02, o terceiro com 09 e o quarto com 10.

Expomos a descrição da SD “recyclyng”, dividida em 01 uma compreensão inicial e

03 módulos o primeiro contendo 05 atividades, o segundo com 13 e o terceiro com

19 atividades finalizando com a feira da troca- troca de materiais recicláveis.

As CA dos módulos 01, 02, 03, trata das referências do autor do anúncio em

questão, do objetivo, do conteúdo temático e do espaço físico da produção. As CD

dos módulos 01, 02, 03, 04 fazem referências ao texto e ao contexto da produção,

as imagens (figuras), a linguagem não-verbal, as inferências sobre as cores,

abordagens ao campo da oralidade houve a representação da música “what color”

reforçando a musicalidade e vocabulário, título, e aos componentes específicos do

RECYCLING

Módulo 3 Reconhecer melhor o contexto de produção do gênero, numerais e vocabulários voltados à temática.

Produção final da temática

Produzir um texto para informar sobre a importância da reciclagem, fazer uma feira de troca troca de matérias.

Tabela 2 - Disposição das sds

CA CD CS CLD

Prod. Inicial

Módulo 01

ex;01(a,b,c,d); 04,11

ex;09,10,11,12 ex;02,05,11 ex;03, 06,08,09,10,11,12

Módulo 02 ex;01(a,b,c) ex;01(a)

04,02(a,b,c,d) ex;01(a) ex;01(a,c,d,e)02(b)

Módulo 03

não contemplada ex;01,02,05 ex;05,06,09,11 ex;03, 06,07,08,09,11

Módulo 04

ex; 02,06, 13(a,b,c)

ex;01,04, 08,09,10,11

ex;02,06,10,12,13(d) ex;12,01(a),03,05,06,11

Prod. Final Contemplada Contemplada contemplada Contemplada

Fonte: A pesquisadora/2014

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próprio texto/anúncio. As CS dos quatro módulos aplicam-se as noções sócio

econômicas, ao contexto ideológico, histórico e cultural e às compreensões globais

do texto. As CLD contempladas nos módulos compreendem as questões sobre o

vocabulário, as unidades linguísticas próprias para este tipo de gênero, bem como

os organizadores estruturais do texto, pronomes pessoais, verbos no tempo

presente e no imperativo e as características do próprio texto.

As produções dos alunos

A produção inicial dos alunos apresentou algumas das capacidades de

linguagens, dos seis alunos participantes, um não manifestou nenhuma das

capacidades, ele apenas copiou um dos exercícios que fazia parte do material para

desenvolver seu próprio exercício. Os outros cinco mostraram ter conhecimento,

sobretudo da capacidade de ação, que se faz necessária para a produção de

qualquer gênero, as representações que o agente-produtor faz antes de produzir

textos. A produção final dos alunos abrangeu todas as capacidades de linguagem,

exploradas durante o desenvolvimento das SDs. Foram produzidos dois cartazes

sobre adoção de animais e uma feira de troca de materiais recicláveis. Na sd

“Recycle”, não tivemos a produção inicial, portanto não fizemos a verificação do

aprendizado das capacidades de linguagem.

4. Considerações finais Ao iniciar os estudos sobre gênero textual, desde o plano de trabalho

docente, da elaboração do projeto de intervenção pedagógica e do material didático

construído, surgiram momentos de estudos e reflexões, sobre como instigar no

aluno, o esforço pelo aprendizado e como desenvolver estes questionamentos por

meio das capacidades de linguagens presentes nas SDs apresentadas e dispostas

sobre anúncio publicitário institucional.

Este estudo faz parte da proposta desenvolvida no Programa de

Desenvolvimento Educacional (PDE), que possibilitou esta socialização, oriunda de

momentos de extrema reflexão e construção do conhecimento tanto do professor

quanto do aluno.

È importante ressaltar que o domínio do gênero anúncio publicitário como

instrumento didático, possibilitou aos agentes produtores e leitores uma melhor

relação com os textos, a fim de contribuir para o aprendizado com mais eficácia.

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Vale ressaltar que a capacidade de linguagem que teve mais relevância foi a (CS),

Que envolveu cada participante nos seus contextos histórico, ideológico e forma de

pensar, da ordem econômica e sociocultural, os alunos foram melhorando a

aquisição por meio das atividades e depois foi concretizada na construção do cartaz,

na produção final.

Durante a aplicação do projeto de intervenção, observamos dificuldades tanto

na construção do material, quanto na apreensão das capacidades de linguagens dos

alunos. No entanto, pudemos observar que tivemos êxito pela troca de experiência

entre os alunos e também entre a professora e os alunos e contribuiu na melhoria

destas dificuldades ao constatar o trabalho final dos alunos.

Esperamos que este trabalho possibilite subsídios e interesse, para que

professores de língua Inglesa possam sentir-se motivados a mudarem suas práticas

pedagógicas, e transformem as aulas em momentos mais significativos para que

seus alunos sintam-se capazes de questionar e produzir novos sentidos aos seus

estudos.

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