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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Artigos
LER E REPRESENTAR É SÓ COMEÇAR: VAMOS DRAMATIZAR
VELES, Adriani Felizardo1
Programa de Desenvolvimento Educacional- PDE
Trabalho orientado pela Profª Drª Catia Toledo2
RESUMO:
Ler e representar é só começar: Vamos dramatizar é um projeto que se preocupa com o ato de ler e na formação de leitores críticos. Com tudo que se vê, nas séries iniciais de ensino fundamental, em torno do hábito de leitura. É sabido que a leitura é fundamental no processo de ensino assegurando a continuidade nos anos seqüenciais. O papel do professor é muito importante para que construa este saber elaborado. Foi pensando na capacitação desse leitor e nas dificuldades que ano a ano processa é que se pensou num projeto que desenvolvesse o gosto pela leitura. O Projeto de Intervenção Pedagógica apresentado tem como foco a leitura de textos de gêneros diversos dando maior enfoque na lenda e no teatro que trabalham como eixo temático o medo. Propõe-se através da lenda chegar a adaptação de teatro utilizando no seu desenvolvimento atividades dentro do Método Recepcional de Bordini & Aguiar (1993) e Cosson (2006) a partir da sequência básica, proposta de leitura agradável que tende desenvolver o gosto pelo prazer da leitura. A obra envolvida é Lendas Negras de Júlio Emílio que no final do trabalho será adaptado a lenda A menina e o barril para o gênero teatro.
Palavras-chave: Leitura. Lenda. Teatro. Adaptação
1. INTRODUÇÃO:
Como vemos que a escola está preocupada com a leitura do sujeito no sentido
de ler mais e de maneira eficiente, uma vez que a cada dia este sujeito não demonstra
interesse pelo ato de ler, é que propomos ações por meio de leituras diversas que
provoquem o seu “querer saber” na construção de seu conhecimento.
1 Professora do Programa de Desenvolvimento Educacional PDE, 2013, do Colégio Estadual �Professora Renne de Carvalho Amorim, pertencente ao NRE de Paranaguá PR. Graduada em Letras� Português-Inglês, com especialização em Metodologia de Ensino e Lìngua falada e escrita, pela �UNESPAR Campus Paranaguá.�
2 Profª Drª Catia Toledo Coordenadora do Colegiado de Letras UNESPAR/ Campus Paranaguá
É sabido que o aprendizado desta proposta resulta de investimentos e reconhece,
por conseguinte, que os resultados esperados não são imediatos, afinal, trata-se de
hábitos e costumes que deveriam ser da sociedade letrada. O que se percebe é que
por estar inserido numa sociedade que não apresenta tais hábitos é que justifica todas
as ações mantidas neste projeto de leitura que envolve o encantamento da arte de
representar e o ato de ler para que assim juntas possam dar um novo direcionamento a
esta prática e esta possa ser parte natural deste leitor para sua futura convivência.
A unidade didático-pedagógica que implantamos teve por finalidade tornar a
leitura mais prazerosa a partir de texto de obra infantojuvenil, os quais exploramos o
gênero lenda e teatro que trouxeram em sua temática o medo. Através destes textos os
alunos desenvolveram habilidades básicas de leitura que o auxiliaram na interpretação
e no diálogo, ampliando o que já conheciam. Ainda, além de leituras que o capacitou
para o hábito de ler, a produção textual do gênero dramático, a partir da lenda negra A
menina e o Barril, do livro Lendas Negras de Julio Emilio Braz, foi o ápice do projeto
que muito encantou os alunos envolvidos.
O objetivo foi desenvolver ações a partir de adaptação do gênero dramático que
estimulassem o gosto pela leitura e contribuíssem para a formação de leitores com
criticidade, além de serem autores de suas produções adaptadas.
2. CONCEITO DE LEITURA
[…] a leitura associa-se desde seu aparecimento à difusão da escrita, à fixação do texto na matéria livro (ou numa forma similar a essa), à alfabetização do indivíduo, de preferência na fase infantil ou juvenil da sua vida, e à adoção de um comportamento mais pessoal e menos dependente dos valores tradicionais e coletivos, veiculados por meio oral através da religião e dos mitos. (ZILBEMAN E SILVA, 2004, p.12)
Para Ezequiel Theodoro da Silva (2005), em seu livro O ato de ler: fundamentos
psicológicos para uma nova pedagogia da leitura, a leitura não pode ser confundida
com decodificação de sinais, com reprodução mecânica de informações ou com
respostas convergentes a estímulos pré-elaborados. Neste sentido, ele argumenta que
esta confusão pode matar um leitor, se utilizada, ainda, transforma-o em consumidor
passivo da mensagem que nenhum significado atribui a mensagem se tornando
irrelevante a este.
O ato de ler é individual, cada um foca em pontos que fazem parte do seu
domínio. Cada leitor trás o conhecimento acumulado pelo tempo e ao decodificar todas
as intenções do texto terá interpretação quase que pessoal. Dependendo do seu grau
de aquisição de conhecimento, de acordo com as leituras que fez terá sucesso para
sua criticidade e assim acrescentará novos conceitos aos já obtidos. Sobre esse
acumulo podemos destacar a definição dada por Richard Bamberger (1977, p.12):
Esse treinamento cognitivo consiste em trazer à mente alguma coisa anteriormente percebida, e em antecipar com base na compreensão do texto precedente; a repetição aumenta e assegura o esforço intelectual. Por todas essas razões, a leitura é uma forma exemplar de aprendizagem […] A boa leitura é uma confrontação crítica com o material e as ideias do autor.
Diante do exposto é bom aqui frisar que ler faz parte de um mundo letrado que
quanto maior for sua prática melhor será a compreensão do que se leu e,
consequentemente, de experiências.
Ezequiel Theodoro da Silva (2005, p.45), afirma: “ler é, em última instância não
só uma ponte para a tomada de consciência, mas também um modo de existir...”
Entende-se então que a leitura transforma àquele que a prática fazendo que este venha
compreender e interpretar o registro da escrita e assim melhor compreender o mundo
que está vivendo se colocando como protagonista.
É a partir desta leitura, seja ela em livros, jornal, revista, ou outros, que os
tornam seres sociáveis diante de uma realidade sociocultura em formação de
processos históricos.
Silva (2005) ainda evidencia que a escola deve implementar e disponibilizar e
leitura crítica, a qual é condição para a educação libertadora. É neste ambiente que não
mecanizam a leitura, mas trazem ao entendimento de leitor crítico que passa a
constatar, comparar e transformar significados do documento escrito que até dado
instante não compreendia.
À medida que esta leitura vai sendo compreendida o leitor crítico constata que
não somente o significado do escritor (autor/emissor) tem importância, este agora
passa a questionar e problematizar se posicionando diante desta leitura. Comparando e
transformando esta leitura em novos conceitos, isso seria fácil compreender em
construção de conhecimento científico produzido na escola.
O leitor ao chegar neste nível de compreensão da mensagem manifesta o
caráter libertador do ato de ler. Agora consegue verificar que o ato de ler não se faz de
forma mecânica, mas deve formalizar uma compreensão crítica no ato de sua leitura.
Eis a importância de saber ler.
Ainda segundo Silva (2005, p.81) declara que: “a leitura sempre leva à produção
ou construção de outro texto: o texto do próprio leitor.” É evidente que isso ocorre
devido a esta leitura crítica que o remeteu a posicionar-se com um ser-no-mundo.
Richard Bamberger (1977), em seu livro, revela que o treinamento cognitivo pode
colaborar na compreensão do texto precedente, cada vez que se lê algo, segundo ele,
aumenta o esforço intelectual. Constata na leitura uma forma exemplar de
aprendizagens, pois esta aprimora a capacidade genérica de aprender indo muito além
da mera recepção. É através dela que o leitor confronta criticamente as ideias do autor
(emissor). Dessa forma, Bamberger (1977), afirma que: “a leitura crítica tenderá a
evoluir para a leitura criativa, uma síntese conduzirá a resultados completamente
novos”
O processo de recomposição e reconstrução, pela reflexão ativa e crítica, levado
o aluno a cada leitura, faz que este explore outros sentidos, junto com o autor, e através
de diferentes aspectos lúdicos obtenha relevantes aprendizados, sobretudo o
perturbando para essa nova prática de releitura.
2.1 Leitores :o ato de ler
Ao descrever a linguagem verbal Aguiar e Bordini (1993, p.9) assim se
posicionaram:
A linguagem verbal é, dentre as formas de expressão e comunicação, a mais utilizada pelo homem […] Registrando a linguagem verbal, através do código escrito, o livro é o documento que conserva a expressão do conteúdo de consciência humana individual e social de modo cumulativo. Ao decifrar-lhe o texto o leitor estabelece elos com as manifestações sócio-culturais que lhes são distantes no tempo e no espaço. (BORDINI & AGUIAR,1993,p.9)
É sob esta luz de manifestações sócio-culturais que o leitor se percebe como
parte de uma sociedade organizada. Neste sentido, a linguagem literária é fundamental
para estabelecer esta relação e dar sentido. É a partir dela que o leitor se transporta no
tempo e no espaço entendendo o seu papel dentro de fatos transcritos na obra. Para
outros autores a importância de entendimento de leitura são postos dessa maneira:
A leitura também pode se apresentar na condição de um instrumento de conscientização, quando diz respeito aos modos como a sociedade, em conjunto, repartida em segmentos diferentes ou compostas de indivíduos singulares, se relaciona ativamente com a população cultural, isto é, com os objetos e atitudes em que se depositam as manifestações da linguagem, sejam estas gestuais, visuais ou verbais (oral, escrita, mista, audiovisual). (SILVA e ZILBERMAN 2004, p.112)
Consideremos aqui a função da escola como papel fundamental enquanto
espaço que promove a leitura e investe na formação desse leitor. Veja o que propõe
para a formação de leitores os autores Aguiar e Bordini (1993, p.18):
O primeiro passo para a formação do hábito de leitura é a oferta de livros próximos à realidade do leitor, que levantem questões significativas para ele. A literatura brasileira e infantojuvenil nacionais vêm preencher estes quesitos ao fornecerem textos diante dos quais o aluno facilmente se situa, pela linguagem, pelo ambiente, pelos caracteres das personagens, pelos problemas colocados. A familiaridade do leitor com a obra gera predisposição para a leitura e o consequente desencadeamento do ato de ler. (AGUIAR &BORDINI, 1993,p.18)
Diante do exposto a escola deve propor um projeto que fundamenta e objetive
suprir as deficiências na formação deste leitor, espera-se, no mínimo que este se
mostre criativo perante o mundo que o cerca. É evidente que não resolverá o caos que
se encontra a educação perante este hábito de ler, no entanto, aqui está o seu desafio
mesmo porque esse se apresenta não pelo fato de não se ter acesso aos materiais de
leitura e sim pelo fato de ser uma questão cultural.
Bamberger (1977, p.74) sugere, em seu livro Como incentivar o hábito da leitura,
possibilidades para desenvolver interesses e hábitos de leitura para todos os níveis de
idade, colocando que:
Os livros não devem ser considerados como “trabalhos escolares”, mas como companheiros. Não se deve fazer tentativa alguma para “esgotar” um livro ao discutí-lo. Os próprios estudantes precisam descobrir o que um livro tem para dizer-lhes a respeito de sua vida, de seus problemas e de suas perguntas. As discussões, acerca dos livros devem conduzir também ao auto-conhecimento e o papel do professor aqui não é o do instrutor nem o do examinador, mas o de uma pessoa para a qual os livros são importantes, que não somente quer que os alunos lhe falem sobre suas experiências com livros, mas também relata, de vez em quando, o que os livros lhe deram.(BAMBERGER, 1977, p.74)
O hábito de leitura pode ser desenvolvido nas aulas de literatura quando
apresentados textos literários ou não literários. Ao propor textos deve levar em
consideração a proximidade do leitor com o conhecimento textual para que este
obtenha êxito na construção do seu conhecimento. Lembrando sempre que quanto
maior a familiaridade do leitor com o que se lê (o texto) mediante tipologia, gênero e
estrutura textual, mais compreensão terá do que se propos. O aluno deve entender que
ler e interpretar o material literário ou não-literário não se efetiva numa prática isolada,
são práticas inter-relacionadas e não se dá independentemente. De acordo com Aguiar
e Bordini (1993, p.23), a preparação do ato de ler deve ter o preparo no meio cultural e
escolar que o leitor está convivendo. O seu relacionamento é de fundamental
importância nesta composição para o entendimento diante do que leu. Segundo os
mesmos autores, vejamos como se comportam, em especial, alunos de 6º ano em se
tratando de leitura literária:
Na 6ª série, os alunos não se mostram particularmente interessados em gênero literário em especial. Os assuntos literários são o humor, o horror, o amor e as aventuras. As narrativas podem acontecer no futuro, ou então no presente ou no passado remoto. O espaço pode ser o mar, o campo, o espaço sideral, a terra firme, a selva, a cidade; em locais variados, portanto, existentes, mas distantes. A faixa etária predileta quanto às personagens é a juventude, dando-se ênfase a pessoas comuns, robôs e pessoas, fantasmas e heróis.[...] e a narrativa, com assuntos de teor emotivo, informativo e, por último, reflexivo. (AGUIAR E BORDINI, 1993,p.23)
Pode-se perceber que estão na fase de transição entre o “conto de fada” e a
aventura é de extrema importância o estimulo à leitura para assim desenvolver o seu
hábito. Se nesta fase do “encantamento” não desenvolver interesse pela leitura, torna-
se mais difícil isso acontecer mais tarde.
O professor ao trabalhar com o aluno desta fase deve estar preparado para as
variações de talentos e interesses que muitas das crianças apresentam, algumas são
verdadeiras “crianças de contos de fadas”, outras já alcançam a “idade das aventuras”;
umas ainda preferem histórias mais reais é o que relata Bamberger (1977).
Cabe ao professor ser agente no uso dessas ferramentas e torná-las mais
atrativas buscando interagir, dialogar, transgredir e transformar o conhecimento, mesmo
que para isso deva ser mais trabalhoso seu papel de educador no processo de mediar
o conhecimento.
2.2 O Teatro como agente eficaz de leitura
Se compreendida a leitura como fenômeno cultural, histórico e social que revela
as contradições e conflitos do mundo, podemos destacar uma definição importante
deste processo citada por Moisés (1967, p.22) em sua obra A criação literária:
“Literatura é a expressão dos conteúdos da ficção, ou da imaginação, por meio de
palavras de sentido múltiplos e pessoal. A respeito de Teatro, Moisés, acrescenta em
sua obra como sendo este apenas a parte escrita considerada obra literária, embora no
papel seja manifestado atributos específicos de teatro. Portanto ao ser representado, no
palco, deixa de importar à Literatura.
Nesta visão o Teatro só é obra literária enquanto texto escrito. Se o texto então é
base do ensino-aprendizagem de língua portuguesa, focaremos apenas na estrutura
que o compõe destacando o gênero oral e escrito para melhor envolver o aluno no
aprendizado científico e passamos para o teatro o prazer desta leitura.
Propor uma experiência pedagógica a partir do Teatro, então, é utilizar o gênero
oral e escrito de maneira ousada. Trata-se de um instrumento que há muito tempo
percorre caminhos que tenta colocar a arte a serviço da educação.
Pode-se entender que através dos tempos o teatro soma-se ao aprendizado da
linguagem, positivamente. Esta prática além do prazer, prepara para a vida. Há muito
tempo educadores e pensadores, como visto por Reverbel (2007), em sua obra, vem
tentando projetar a arte como ação pedagógica que contribui na formação da
personalidade do aluno.
Isso ocorre porque numa obra dramática (Teatro), o jogo lúdico provoca à criança
ao prazer de novas descobertas. A criança brinca livremente, neste jogo lúdico
educacional, sem sofrer constrangimento durante o seu caminho de descobertas para
assim poder assimilar e transformar seu aprendizado. Ainda acrescenta Reverbel
(2007) que uma criança quando dramatiza ela pode nos mostrar como ela se sente,
como pensa e como se vê. teatro para criança pode ser fácil e, ao mesmo tempo difícil.
Ao almejarmos ter nas salas de aula “bom leitor”, deve-se colocá-los diante de
atividades de expressão que os levem a desenvolver sua capacidade de observação,
percepção e aptidão. Num clima de muita liberdade e espontaneidade que tudo isso é
possível. Não necessariamente que para isso tenhamos o objetivo de transformá-los
num aluno-ator, um aluno-pintor ou um aluno-compositor, como bem afirma Reverbel
(2007, p. 22): “mas sim dar oportunidade a cada um de descobrir o mundo, a si próprio
e a importância da arte na vida humana.”
Toda atividade de arte deve ser cultivada de maneira atrativa, o professor deve
planejá-la e envolver o seu aluno neste mundo de prazer, como bem colocou Zilberman
(2005, p.146) em seu livro Como e por que ler a literatura infantil brasileira: “Fazere se
espera com a prática de atividades de representação é que o aluno desenvolva sua
criatividade para suas práticas educacionais e principalmente para a vida.
Segundo Reverbel (2007, p.30) com tais práticas como vai moldando este aluno:
[…] inicialmente suas opiniões críticas baseiam-se apenas no gosto. Mais tarde, gradualmente, os observadores vão adquirindo conhecimento técnico e ampliando seu vocabulário. Pouco a pouco, as expressões limitadas, como “gosto” e “não gosto”, isto é, os julgamentos sumários, perdem o sentido; os alunos analisam os trabalhos dos companheiros com maior propriedade, explicando os “porquês”. Na medida em que se cria o hábito de criticar, os alunos se exprimem cada vez mais espontaneamente. (REVERBEL, 2007, p.30)
A partir das atividades de leitura o professor cria na sala de aula um clima para
debate o que poderá desenvolver ainda mais a fluência verbal e a linguagem, além de
torná-lo crítico o prepara para representar. Para Reverbel (2007, p.31) significa que:
“Atuar, observar e criticar são ações fundamentais para a formação da personalidade
do aluno, o qual adquire ao mesmo tempo domínio da linguagem verbal.”
Dentro desse contexto de ações evidencia um novo olhar à educação de hoje e
que aponta para o futuro, ou seja, uma educação que acompanhe o progresso da
ciência e tecnologia, que de conta do desenvolvimento intelectual e da criticidade de
seus autores.
A partir de ações que envolvem a aluno e o professor, como o teatro, não poderá
este reproduzir algo de seu passado que não deu certo. Este envolvimento acontece,
pelo jogo dramático, espontaneamente e envolve os que nele fazem parte. Por isso a
importância de se propor algo inovador e ao mesmo tempo instigante aos olhos de
quem o pratica. Esse é o encantamento que oferece o teatro. Ainda, acredita-se que o
teatro nas séries iniciais, do ensino fundamental, a partir de textos da literatura
infantojuvenil, capacite-os na produção de cultura, coopere na inter-relação e interação
social do meio que este leitor faz parte.
Através do teatro será proposto o uso do Método Recepcional, sugerido pelas
professoras Maria da Glória Bordini e Vera Teixeira de Aguiar, que na DCE de Língua
Portuguesa do Paraná assim o trata:
Essa proposta de trabalho, de acordo com Bordini e Aguiar (1993), tem como objetivos: efetuar leituras compreensivas e críticas; ser receptivo a novos textos e a leitura de outrem; questionar as leituras efetuadas em relação ao seu próprio horizonte cultural; transformar os próprios horizontes de expectativas, bem como os do professor, da escola, da comunidade familiar e social. Alcançar esses objetivos é essencial para o sucesso das atividades. Esse trabalho divide-se em cinco etapas e cabe ao professor delimitar o tempo de aplicação de cada uma delas de acordo com o seu plano de trabalho docente e com a sua turma. A primeira etapa é o momento de determinação do horizonte de expectativas do aluno/leitor. [...] Na segunda, ocorre o atendimento ao horizonte de expectativas […] terceira, acontece a ruptura do horizonte de expectativas [...]. Após essa ruptura, o sujeito é direcionado a um questionamento do horizonte de expectativas [...]. A quinta e última etapa do método recepcional é a ampliação do horizonte de expectativas. As leituras oferecidas ao aluno e o trabalho efetuado [...] possibilitam uma reflexão a uma tomada de consciência das mudanças e das aquisições, levando-o a uma ampliação de seus conhecimentos. (PARANÁ, DCE, 2008, p.74-75)
Diante do que foi exposto se conclui que o trabalho de leitura é bastante vasto e
o professor necessita estar consciente de que a literatura e a escola devem ser
harmônicas sabendo explorar, neste universo, a formação integral do ser humano. Para
o sucesso deste trabalho o professor precisa fazer a escolha de bons textos que se
adéquem ao leitor que deles fará uso.
2.3 Letramento literário: sua importância na prática de leitura
O que podemos notar que é comum em nossa sala de aula os alunos terem
verdadeiro pavor ao que se refere a prática de leitura. Variam os questionamentos
realizados pelos profissionais da área de Língua Portuguesa, a respeito desta
problemática. Além desta prática de leitura disputar com meios tecnológicos e
midiáticos muito mais eficazes que as desenvolvidas em sala de aula. Rildo Cosson no
seu livro Letramento literário: teoria e prática (2006), tenta responder ou amenizar estas
questões ao professor.
Rildo Cosson defende o letramento literário diferenciando de o simples fazer uma
leitura e realizar avaliações, como costumeiramente se vê praticar nas escolas:
“[...] devemos compreender que o letramento literário é uma prática social e, como tal, responsabilidade da escola..., como fazer essa escolarização sem descaracterizá-la, sem transformá-la em um simulacro de si mesma que mais nega do que confirma seu poder de humanização.” (COSSON, 2006, p.23)
Diante do exposto a leitura não é apenas o ato de ler, mas tornar quem lê capaz
de construir um sentido para esse texto. Ainda para Cosson:
“[...] no ato da leitura está envolvido bem mais do que o movimento individual dos olhos. Ler implica troca de sentimentos não só entre o escritor e o leitor, mas também com a sociedade onde ambos estão localizados, pois os sentidos são resultados de compartilhamentos de visões do mundo entre os homens no tempo e no espaço [...] É preciso estar aberto à multiplicidade do mundo e à capacidade da palavra de dizê-lo para que a atividade da leitura seja significativa. (COSSON, 2006, p.27)
Pensando em ir além da simples leitura que Cosson justifica o letramento literário
como sendo fundamental no processo educativo, é a partir dessa visão que se sugere,
nesta Intervenção Pedagógica, destacar o posicionamento deste autor. Todas as etapas
da sequência básica estão sendo contempladas no decorrer do desenvolvimento do
Método Recepcional sugerido por Bordini & Aguiar.
O que queremos defender nesta proposta de intervenção pedagógica é que o
nosso aluno seja crítico e atuante, para isso deve ser estimulado a construir seus
saberes na escola. Com práticas que o façam decodificar, interpretar e questionar a sua
leitura. Assim como Cosson, defendemos:
Na escola, entretanto, é preciso compartilhar a interpretação e ampliar os sentidos construídos individualmente. A razão disso é que, por meio do compartilhamento de suas interpretações, os leitores ganham consciência de que são membros de uma coletividade e de que essa coletividade fortalece e amplia seus horizontes de leitura. (COSSON, 2006, p.66)
Como vemos, devemos sempre defender outras maneiras de se ensinar
literatura na escola, com maneiras simples de se entender a partir de textos literários
que sejam utilizados como incentivo para desenvolver leitores competentes e fruidores.
Desta maneira a adoção de uma metodologia não se restringirá ao trabalho do
professor, mas norteará todo o processo de aprendizado de leitura.
3. IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO
Tendo como base os fundamentos apresentados, o projeto foi implantado em
sala de aula, para aluno de 6° ano, ensino fundamental, do Colégio Estadual Profª
Renné de Carvalho Amorim, Pontal do Paraná/Pr.
A partir do gênero lenda, sequenciado por etapas que contemplam o Método
Recepcional, chegamos a uma adaptação do gênero dramático muito positiva e
produtiva que envolveu o aluno neste processo de aprendizagem.
No trabalho realizado, Etapa I- Determinação do Horizonte de Expectativas, foi
apresentado aos alunos trechos do Documentário: Medo do escuro e o filme: Lenda
Africana: Kiriku e a feiticeira, com direito a pipocas numa sessão de debates no
decorrer dos trechos apresentados, os quais serviram de base para introdução do tema
proposto: medo e o gênero lenda. Tanto um quanto o outro foi possível detectar o saber
que os alunos traziam referente a temática e ao gênero, que era o objetivo deste
primeiro momento. Através de uma roda de conversas, após realizarem a apreciação
dos filmes, cada aluno apresentou sua história de medo que amplamente foi discutida e
apreciada pela turma. Alguns ainda tímidos, nesta fase, mais escutavam do que
falavam, ouviam atentos ao que se debatia. Voltaram para casa com uma tarefa, trazer
novos relatos de histórias e lendas de seus familiares. Na aula seguinte, nova roda de
conversa para explanarem as histórias de seus familiares que foram apresentadas em
pequenas produções textuais. Após correção, todas as produções foram exposta no
varal da sala de aula. As produções continham histórias reais e imaginárias, que
partindo delas chamei a atenção dos alunos para a diversidade de culturas existentes e
acrescentei a cultura africana, fazendo-os relacionar ao filme assistido anteriormente.
Como estavam empolgados para contar as histórias trazidas, das mais diversas
lendas que ouviram, sugeri que fizéssemos um esquete. Explanei a atividade e os fiz
compreender o que era esquete. Na sequência sugeri que escolhessem uma das
lendas apresentadas para representar. A lenda escolhida foi Kiriku e a feiticeira.
Dividimos a turma e cada grupo estudou uma parte da lenda para que em outro
momento trouxessem vários objetos e roupas pra sala e fizessem as esquetes, as quais
foram filmadas e serão apresentadas no encerramento do ano letivo. Iniciamos o que
era um gênero dramático.
Na Etapa II- Atendimento do Horizonte de Expectativas foi apresentado vários
textos do gênero lenda urbana, para que explorassem a leitura silenciosa e oral. Dentre
estes A loira do banheiro, Lendas não tão urbanas, A lenda do opala, A boneca de
porcelana e A Kombi dos palhaços. Após leitura, nova roda de conversa para exposição
de fatos reais ou não que o texto trouxesse. Os alunos conseguiram fazer analogias
com sua vida diária, o resultado foi maravilhoso. Este momento servia para avançarmos
à próxima fase que era a produção de pequenos textos onde, a partir de suas
colocações, reproduziriam diálogos para serem representados. Na sequência foram
realizadas as leituras dramatizadas, todos participaram e se divertiram muito.
Percebemos a ocorrência de pausas de pontuações na oralidade, que demonstrou
avanços significativos na leitura da turma. Todos os textos ficaram no mural da turma
em exposição.
Na Etapa III- Ruptura do Horizonte de expectativas- que deu sequncia ao projeto,
foram trabalhados textos dos seguintes gêneros: conto Medo do escuro, de Minéia
Pacheco; gênero romance da literatura infantil A vida íntima de Laura, de Clarice
Lispector e o gênero teatro O médico, adaptação de Moliere. Esta leitura ocorreu no
laboratório de informática, onde foi oportunizado o acesso aos textos na internete e
pesquisa sobre os gêneros ora apresentados. Neste momento conversamos a respeito
dos gêneros e das estruturas de composição de cada um deles. Todos saíram dali
sabendo os diferenciar. Em sala de aula, no decorrer das aulas, exploramos os textos
quanto aos personagens, espaços físicos que aconteceram a história, ações, autor,
desfechos, e, a partir deste conhecimento, escolheram um dos textos para reprodução
de finais diferentes do texto original. O texto escolhido pela turma foi A vida íntima de
Laura, onde foi escrito, coletivamente, no quadro pela professora e copiado por todos.
Ainda, fizeram pequenos grupos e dramatizaram a obra adaptada de Moliere. A turma
teve seu primeiro contato com um texto de teatro e demonstraram paixão pela arte de
representar. O que me fez refletir que isso os levaria ao entendimento deste gênero
dentro desta proposta.
Na Etapa IV- Questionamento do Horizonte de expectativas, incentivei a turma
para juntos avaliarmos todas as etapas até esta fase desenvolvida. Apontaram suas
dificuldades e seus gostos de interesse e entendimento. Passamos por um debate
avaliativo onde toda turma partivpaou. Todos se sentiram a vontade para levantar
críticas e discutir pontos que os fizeram gostar, ou não, do que liam ou faziam.
Podemos aqui perceber que os mais tímidos do ínicio do projeto, nesta fase já
dialogavam mais e davam sugestões, o que leva a acreditar ser válida esta proposta
como desafio a oralidade deste perfil de aluno. Após esta avaliação prosseguimos as
ações com a TV Pendrive, onde foi passado para a turma a história em quadrinhos
(HQ) da Turma do Smilinguido O medo de escuro e uma charge Medo de Prova. Após
este contato de leitura a turma pode questionar os gêneros e fazer apontamentos
referentes ao assunto tratado na temática oferecida. Foi distribuído folhas com
questionário a respeito desta temática para ser respondido pela turma e eles
reconheceram, a partir de suas respostas, que todos os diversos gêneros podem tratar
de uma mesma temática. Suas respostas apontaram seus medos diários e sugeriram
soluções, o que pode-se perceber aqui que a leitura causou neles entendimentos que
no ínicio do projeto ainda não tinham, avançando para ser um estagio de leitor crítico,
como sugere a proposta de leitura.
Na Etapa V- Ampliação do Horizonte de Expectativas, fase final da proposta, foi
apresentado à turma o livro Lendas Negras, de Julio Emilio Braz, realizado a leitura oral
e sugerido a adaptação da lenda A menina e o barril para o gênero dramático. Foi dado
uma cópia do texto para cada aluno e feito novamente a leitura, agora individualmente.
Após a leitura, coletivamente, montamos as falas de cada personagem no quadro,
distribuímos os papéis para a turma e iniciamos os ensaios. Com o texto em mãos, já
adaptado para o gênero teatro os alunos fizeram vários ensaios, montaram o figurino e
cenário e apresentamos no pátio da escola a comunidade. Todos os alunos
participaram ativamente, entenderam a proposta e juntos realizaram a adaptação do
texto que foi um sucesso.
4. AS CONTRIBUIÇÕES DO GTR
Em rede de trabalho, no mesmo momento em que se implantava o projeto em
sala de aula, acontecia uma discussão acerca desta proposta contando com a
participação de 18 professores da rede pública do Paraná. Nesta reflexão fizeram
apontamentos e trouxeram sugestões de suas escolas de como se dava esta proposta
nas suas salas de aula. Socializavam e construíam, juntos, a proposta de intervenção
pedagógica que ora estava sendo experimentada. Segundo relatos, eram metodologias
que a proposta apresentada trazia que garantiam o sucesso no ato de ler com fluência
e criticidade. A este tipo de proposta confirmava o grupo que são aplicáveis e
desenvolve o hábito de leitura, além de tornar o aprendizado eficaz. Os professores do
GTR/2014 demonstraram verdadeira paixão por esta prática. E, muitos concluíram, ao
término do grupo, que as experiências que puderam oportunizar aos seus alunos foi de
grande valia para desenvolver a leitura nos 6° anos e que iriam adaptar para outras
turmas.
O Método Recepcional que o projeto trouxe foi entendido pelo grupo e pertinente
a toda proposta de intervenção, segundo os participantes desta discussão. As
atividades sugeridas realmente levavam os alunos a ampliação de seus conhecimentos
os capacitando a ser leitores críticos.
A aplicação das atividades relatada pelos professores do grupo, em suas salas
de aula de 6° anos, foram desenvolvidas sem problemas e todos os relatos apontaram
ao sucesso de leitura.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O diálogo que produziu este trabalho proporcionou contribuições que evidenciam
o sucesso desta metodologia pedagógica a partir do método recepcional na área de
Língua Portuguesa. Tratar do ato de ler de forma diferenciada, com variedades de
gêneros textuais, certamente, capacitará a seu aluno a ter prazer pelo que lê e o fará
atribuir conceitos significativos a esta leitura.
Estamos vivendo tempos de repensar o fazer pedagógico, na área de leitura
literária e vale a pena planejar outros métodos que oportunize o nosso aluno a sair do
ciclo estático vicioso que produz este meio midiático a eles, os fazendo refletir sobre
tudo o que vê, lê e ouve. Ao propormos o uso de vídeos, imagens, representações
teatrais, leituras virtuais planejada, nós estamos envolvendo o nosso aluno ao seu meio
e os forçando a pensar e agir com mais responsabilidade os permitindo perceber o ato
de ler. De modo interativo conseguiremos fazer com que nossos alunos participassem
de momentos que o faz pensar e agir emitindo conceitos e sugestões transformando
seu modo de pensar e se transformando enquanto leitor.
Ao implementar o projeto “Ler e representar é só começar:vamos dramatizar”,
pode-se evidenciar então que se trata de uma proposta eficaz ao que se dispõe
desenvolver no campo de leitura, no ato de capacitar e formar leitores. Percebeu-se
que os alunos, após o projeto, buscaram mais a biblioteca da escola no intuito de
leitura. O imaginário foi transformado para o gostar de ler e aguçado. Essa
demonstração ficou evidenciada por tais procuras, coisa que antes não se percebia
com frequência no laboratório de informática e na biblioteca. Foram atingidos pelo gosto
de leitura e aprenderam identificar o gênero que se identificaram.
Todo o sucesso fica assegurado pela presença do método recepcional que levou
a este desenvolvimento no projeto. Os alunos foram expostos aos mais diferentes
gêneros, os quais embora trouxessem o mesmo tema os levava a pensar no que lia
ampliando o seu mundo cultural e produzindo conhecimentos que poderia utilizar no
seu meio social com maior destreza. Somente com a construção deste conhecimento,
atravez de cada etapa desenvolvida, é que podemos reconhecer a importância desta
proposta de intervenção pedagógica na área de leitura que apresentou o objetivo
focado no hábito de ler e gostar para ser transformado enquanto cidadão participativo
do processo educacional. Foi dado a este aluno a oportunidade de se conhecer e
reconhecer construindo a cada etapa o seu saber.
Com a pratica de leitura diferenciada pelos vários gêneros oportunizamos novas
ações, como as aqui apresentadas neste projeto de leitura, a de adaptação de um texto
de gênero lenda para outro de gênero teatro. O leitor, como bem colocado por Olga
Reverbel, torna-se protagonista e não que queiramos o fazer atores, mas ter o gosto
por ler e representar. Este estímulo contribui para sua formação enquanto leitor crítico e
proporciona um aprendizado prazeroso como bem se viu nas práticas nesta reflexão
posta no artigo como resultado de um trabalho que vale a pena e que ocasionou
resultados positivos na formação de leitores.
Todas as práticas apresentadas no Programa de Desenvolvimento Educacional
do Paraná- PDE/2013, para alunos do 6º ano do Ensino Fundamental, em pernamencia
na sala de aula, no Colégio Estadual Profª Renné de Carvalho Amorim, propôs uma
reflexão de acordo com as Diretrizes Curriculares onde o professor deve priorizar a
oralidade, a leitura e a escrita de textos que explorem os mais variados gêneros e
permitam ao leitor a descobrir maneiras de agir na sociedade e dar opiniões.
Contextualizando o que lê ajuda-o a ampliar seu horizonte e produzir novos saberes
tornando-o sujeito co-autor da sociedade na qual está integrado.
6. REFERÊNCIAS
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