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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7Cadernos PDE
II
1. Ficha para identificação da Produção Didático-Pedagógica
SOMBRAS E ASSOMBROS – ESTÓRIAS DESTE E DO OUTRO MUNDO:
uma proposta pedagógica com o gênero conto de assombração.
Autor: Maria Suely Ferraz
Disciplina/Área:
Língua Portuguesa
Escola de Implementação do
Projeto e sua localização:
Colégio Estadual Duque de Caxias – EFM Rua São Miguel, nº 40
Município da escola: Santo Antônio do Caiuá – PR
Núcleo Regional de Educação: Paranavaí – PR
Professor Orientador: Professor Me. Carlos da Silva
Instituição de Ensino Superior: UNESPAR /FAFIPA
Relação Interdisciplinar:
Não
Resumo:
Esta produção didática objetiva apresentar uma proposta de trabalho cujo interesse recai no incentivo à leitura literária, fundamentando-se no Método Recepcional como alternativa viável para uma prática docente adequada às questões de leitura em Língua Portuguesa. O direcionamento do projeto considera a atração dos alunos por narrativas de suspense, particularmente, os Contos de Assombração. A metodologia utilizada para a realização deste projeto caracteriza-se como pesquisa-ação e concentra-se no desinteresse dos alunos pela leitura de textos literários, cabendo ao professor buscar
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO – SUED DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS - DPPE PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ - UNESPAR - CAMPUS DE
PARANAVAÍ Faculdade Estadual de Educação, Ciências e Letras de Paranavaí
alternativas para minimizar tal situação ainda existente na Educação Básica. A fundamentação teórica serve-se dos conceitos de BAKHTIN (2003), quanto aos gêneros discursivos; GOTLIB (1998), sobre o conto; BORDINI & AGUIAR (1993), dentre outros. O projeto será desenvolvido no Colégio Estadual Duque de Caxias – EFM, em Santo Antônio do Caiuá, com alunos do 8º e 9º ano do Ensino Fundamental, cumprindo as cinco etapas do Método Recepcional. A coleta de dados é realizada, inicialmente, com a verificação sobre os conhecimentos prévios dos alunos a respeito do tema escolhido, seguindo-se a aplicação das demais etapas do referido método. As atividades do projeto estão organizadas numa sequência didática (SD) com a produção de textos, no final, sobre os contos trabalhados pelos alunos.
Palavras-chave:
Língua Portuguesa; Leitura; Método Recepcional; Conto de Assombração.
Formato do Material Didático: Sequência Didática (SD)
Público:
Alunos do 8º e 9º anos do Ensino Fundamental
PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICAO PDE
Maria Suely FERRAZ (PROFESSORA-PDE/UNESPAR-FAFIPA) Carlos da SILVA Orientador – UNESPAR-FAFIPA)
1.2 APRESENTAÇÃO
A presente produção didático-pedagógica tem por finalidade abordar o
gênero textual conto de assombração em sala de aula, na disciplina de Língua
Portuguesa, fundamentado-se no Método Recepcional como alternativa viável para
uma prática docente adequada às questões de leitura de textos literários no Ensino
Fundamental.
O conto caracteriza-se como uma narrativa curta, oriundo do ato de ouvir e
contar histórias. Segundo Gotlib (1998, p. 13) em seus apontamentos teóricos sobre
o gênero “A história do conto nas suas linhas mais gerais, pode se esboçar a partir
deste critério de invenção, que foi se desenvolvendo. Antes, a criação do conto e
sua transmissão oral. Depois, seu registro escrito.” Com o advento da criação escrita
de contos “o narrador assumiu esta função: de contador-criador-escritor de contos,
afirmando, então, o seu caráter literário” (GOTLIB, 1998, p. 13). Ao longo de sua
evolução, o conto tem se constituído em um dos gêneros textuais mais sugestivos e
atraentes para seduzir leitores, devido ao breve espaço que o autor possui para urdir
uma situação de conflito e ao utilizar-se de uma linguagem ágil, objetiva e, de
imediata conexão com o leitor, na qual as ações das poucas personagens
envolvidas se encaminham para um desfecho surpreendente e impactante.
A essência da composição de um conto, aqui em especial o conto de
assombração, funde realidade e imaginação de forma concisa, literária e artística,
para atrair os leitores, partindo do irreal para o real do ser humano. Peculiarmente,
centra-se num enredo de poucos personagens com acontecimentos que se
desenrolam num curto espaço de tempo e costumam não durar mais que alguns
dias. Na maioria das vezes, os envolvidos na trama estão fixados em um único
lugar. Tais elementos, agrupados aos recursos criativos do autor e à presença do
narrador de primeira ou terceira pessoa, vão estabelecer um diálogo direto e
instantâneo com o leitor, colocando-o como parte ativa e interessada diante dos
acontecimentos. Massaud Moisés (2006) depreende a concepção de que:
O conto é, pois, uma narrativa unívoca, univalente: constitui uma unidade dramática, uma célula dramática, visto gravitar ao redor de um só conflito, um só drama, uma só ação. Caracteriza-se, assim, por conter unidade de ação, tomada esta como a seqüência de atos praticados pelos protagonistas, ou de acontecimentos de que participam. A ação pode ser externa, quando as personagens se deslocam no espaço e no tempo, e interna, quando o conflito se localiza em sua mente. (MOISÉS, 2006, p. 39.).
A sugestão de explorar o conto de assombração foi cogitada como forma de
incitar a leitura dos alunos das séries finais do Ensino Fundamental, a priori, porque
essa variante do gênero condiz com o interesse de grande parte dos adolescentes.
Sondagens têm apontando que nessa faixa etária eles demonstram imensa
curiosidade por tramas inspiradas em fenômenos sobrenaturais. Narrativas assim
evidenciam uma atmosfera de medo, suspense e fatos sinistros cujas respostas aos
mistérios que circundam os personagens, pelas suspeições do leitor, recaem no
limite entre o mundo conhecido e o mundo imaginário. Júlio Cortázar que, além de
extraordinário contista foi teórico do gênero, é enfático quando afirma que o conto
“[...] é significativo quando quebra seus próprios limites com essa explosão de
energia espiritual que ilumina bruscamente algo que vai muito além da pequena e às
vezes miserável história que conta”. (CORTÁZAR, 2006, p. 153).
Portanto, servir-se do gênero discursivo conto de assombração sob a
perspectiva do Método Recepcional (Bordini & Aguiar, 1993) pode ser uma ótima
possibilidade para estimular com êxito a leitura literária, pois trata-se de um gênero
com elementos que perpassam pelo universo dos sentimentos infantojuvenis. Os
eventos de incerteza entre o que é verdade ou fantasia se desenrolaram num
espaço no qual o leitor se posta, surpreendido por acontecimentos que parecem
incomuns, mesmo ele estando consciente de um contexto real. Conforme as
elucidações que teorizam o fantástico, diante da novidade, o leitor é impelido a
considerar hipóteses sobrenaturais como explicação para a conjuntura que se
revela, ainda que, preliminarmente, seu senso de coerência venha a refutá-las. A
culminância do acontecimento se dá com a resolução do enigma que o perturba e
confunde.
A finalidade precípua dessa sequência didática (BRONCKART, 2009; DOLZ;
NOVERRAZ; SCHNEUWLY 2004) é aprimorar as práticas discursivas resultante de
ações coordenadas de uma determinada sociedade de forma que o aluno por meio
de interação verbal possa viabilizar a formação de seu próprio espírito humano.
Com aporte nos estudos do interacionismo social de Vigotsky, Bronckart
(2009) formulou os pressupostos teóricos do interacionismo sociodiscursivo (ISD),
corroborando a linguagem como um fenômeno social e histórico fundamental para o
desenvolvimento humano. Esta é uma ideia de linguagem e interação que o
aproxima dos demais integrantes do grupo da Universidade de Genebra e das
concepções de Bahktin (2003; 2006). Esses pesquisadores vão privilegiar o ensino
da língua materna a partir do ensino de gêneros nas suas esferas de produção
discursiva, sendo a criação da sequência didática (DOLZ; NOVERRAZ;
SCHNEUWLY; 2004) pensada para trilhar esse caminho.
Convém ressaltar que as teorias condutoras deste projeto têm como
premissa estimular a leitura, especialmente, a de textos literários, por meio de
diferentes estratégias, contribuindo para que o aluno tenha a possibilidade de
aprender, compreender e ampliar o conhecimento crítico e argumentativo que
conduzem os leitores a se portarem com atitude reflexiva e transformadora. As
demais atividades da SD vão priorizar o desenvolvimento de habilidades que
instrumentem a produção de textos do gênero em foco, porquanto “é através dos
gêneros que as práticas de linguagem materializam-se nas atividades dos
aprendizes” (DOLZ; NOVERRAZ; SCHNEUWLY; 2004, p. 74).
O material didático acompanha um desenvolvimento gradativo, partindo do
que o aluno já sabe para introduzir novos conhecimentos, visto que, mediante o
conceito dos seus autores, sequência didática “é um conjunto de atividades
escolares organizadas de maneira sistemática, em torno de um gênero textual oral
ou escrito” (DOLZ; NOVERRAZ; SCHNEUWLY 2004, p. 82). Vê-se, então, que uma
SD serve para que os alunos reconheçam as particularidades que caracterizam
determinado gênero textual e saibam como utilizá-lo na oralidade e na escrita.
O estudo com contos de assombração será abordado a partir da leitura de
alguns textos do gênero que foram selecionados para este fim, seguindo as etapas
constitutivas do Método Recepcional e, optando-se, nos estágios finais, pelos contos
de Edgar Allan Poe (1809-1849). Todavia, em consonância com as DCEs (2008) e o
formato sequência didática (SD), enfoca-se com a leitura, a compreensão e
produção de textos do gênero proposto, pois como afirma Barbosa (2012):
Os gêneros do discurso (e seus possíveis agrupamentos) fornecem-nos instrumentos para pensarmos detalhadamente as sequências e simultaneidades curriculares nas práticas de uso da linguagem (compreensão e produção de textos orais e escritos). (BARBOSA, 2012, p.9)
Nesse sentido, a intenção será explorar a estrutura textual e os recursos
linguísticos pertinentes às narrativas, permeando, assim, a oralidade, a leitura e a
escrita, práticas sociais indispensáveis ao pleno exercício da cidadania.
A adoção do método recepcional como recurso para aplicar-se a esta
produção didática enfatiza a importância de centrar o ensino da leitura literária na
relação autor-texto-leitor, como observam Maria da Glória Bordini e Vera Teixeira de
Aguiar (1993, p. 82): "A atitude receptiva se inicia com uma aproximação entre texto
e leitor, em que toda a historicidade de ambos vem à tona".
Todas as etapas que estruturam o Método Recepcional serão subsidiadas
com as estratégias de ações correspondentes a cada uma delas e sugestões de
atividades que atendam aos propósitos aqui especificados, dentro do formato
escolhido para a produção.
O público alvo para a aplicação das atividades propostas neste material
didático são alunos do 8º e 9º anos do período matutino que, espontaneamente,
aceitaram o convite para o projeto. Os encontros acontecerão no contraturno de
suas aulas, em virtude de haver salas disponíveis no período vespertino, o que
também justifica a opção pelas turmas da manhã. A escola de implementação do
projeto será o Colégio Estadual Duque de Caxias - EFM da cidade de Santo Antônio
do Caiuá, Estado Paraná. O número mínimo de aulas necessárias para aplicar esta
produção didático-pedagógica são (32) trinta e duas aulas presenciais.
1.3 MATERIAIS DIDÁTICOS
Livros de Literatura do gênero escolhido;
TV pen drive;
Textos de domínio público a serem buscados na internet;
Acervo literário da biblioteca da escola;
Aparelho Multimídia;
Laboratório de informática da escola;
Vídeos, CDs, equipamento de som;
Emborrachados EVA;
TNT (tecido não tecido);
Recicláveis: papelão e garrafas pet;
Papel sulfite A4 para impressão e distribuição do material impresso;
Lápis 6B, tinta guache, cartolina, canetas hidrográficas, entre outros.
1.4 ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS
O Método Recepcional, como alternativa para auxiliar o desenvolvimento da
competência leitora, segue com rigor na sequência didática (SD) proposta as etapas
que o compõem. Sendo assim, pretende-se sugestionar atividades que cumpram os
princípios do referido método, articuladas ao formato do material produzido. O
intento é que os alunos convidados a participar do projeto sintam-se motivados e
interajam com os conhecimentos objetivados.
1ª Etapa: Determinação do horizonte de expectativas
Na sala de aula, o primeiro passo do professor seria o de efetuar a determinação do horizonte de expectativas da classe, a fim de prever estratégias de ruptura e transformação do mesmo. Esse horizonte de expectativas conterá os valores prezados pelos alunos, em termos de crenças, modismos, estilos de vida, preferências quanto ao trabalho e lazer, preconceitos de ordem moral ou social e interesses específicos na área de leitura. (BORDINI & AGUIAR, 1993, p.88).
O ponto inicial do trabalho docente é sondar o grupo através de conversas,
leituras de textos, abordagem de alguns temas ou debate, por exemplo, visando a
priorizar o que os alunos já sabem e o que eles pretendem conhecer.
ESTRATÉGIA: Para cumprir esta fase, a professora já havia atentado para o
interesse dos alunos pelo tema assombração ao realizar um projeto de leitura na
biblioteca da escola. Fato confirmado em diálogos com a atual docente das turmas e
em conversação informal com eles e a equipe pedagógica. Detectada a preferência
pelo tema e por narrativas mais curtas, deu-se a escolha, cumprindo-se, assim,a
determinação do horizonte de expectativas.
2ª Etapa: Atendimento do horizonte de expectativas
Uma vez detectadas as aspirações, valores e familiaridades dos alunos com
respeito à literatura, a etapa seguinte consiste no atendimento do horizonte
de expectativas, ou seja, proporcionar à classe experiências com textos
literários que satisfaçam as suas necessidades em dois sentidos. Primeiro,
quanto ao objeto, uma vez que os textos escolhidos para o trabalho em sala
de aula serão aqueles que correspondem ao esperado. Segundo, quanto às
estratégias de ensino, que deverão ser organizadas a partir de
procedimentos conhecidos dos alunos e de seu agrado. (BORDINI &
AGUIAR, 1993, p.88).
A partir da segunda etapa, o professor, tendo verificado as preferências dos
alunos, busca apresentar-lhes o tema da forma como esperam, oferecendo-lhes
leituras com as quais se identifiquem e que sejam de linguagem acessível e fácil
assimilação.
ESTRATÉGIA: Optou-se, para o início do atendimento do horizonte de
expectativas, por um retorno às origens do conto, marcadas pelo contar e ouvir
histórias. Desta forma, estórias de assombração do universo oral de moradores do
município, serão contadas por um dos pesquisadores do projeto Memória e
Oralidade (2013) para o resgate de narrativas populares da região também ele, um
afamado artista da cidade. Duas cantigas de Rolando Boldrin com o tema
assombração serão apresentadas pelo convidado na aula inaugural, bem como o
livro que resultou do projeto e o CD das estórias contadas pelos próprios narradores
entrevistados para a pesquisa. Alguns exemplares deste livro serão disponibilizados
para leitura domiciliar dos alunos interessados.
A etapa segue com a distribuição dos textos escolhidos para o atendimento
do horizonte de expectativas, a começar pela leitura de Encurtando Caminho (2002),
texto que, de antemão vai ao encontro das estórias de assombração, apresentadas
no primeiro momento. Para complementar as leituras desta fase foram escolhidos
outros textos, não somente para leitura silenciosa e do professor, mas também para
as apresentações de leitura dramática, prática já conhecida e apreciada pela turma,
visto que a professora das séries anteriores já introduziu esta estratégia. Os textos
são de diferentes autores, uma vez que expandir o conhecimento de nomes da
literatura pode ser um modo de oportunizar aos alunos o contato com a cultura
produzida em tempos e contextos diferentes.
Vale ressaltar que, intencionalmente, uma opção para os primeiros
encontros foi incluir textos, a princípio, assustadores, mas que tratam o tema com
certa leveza e humor. O intuito é amenizar o clima de tensão e medo do grupo
mostrando que, o que não causa horror pode causar o riso, assim espera-se
descontrair os temerosos, atrair os incrédulos e trabalhar de forma positiva esse
sentimento.
A seleção de contos para leitura na etapa de atendimento ao horizonte de
expectativas é a seguinte: O Casal de Velhos (1991), de Edson Gabriel Garcia;
Procissão das Almas (2003) de Cora Coralina; O Homem que Enxergava a Morte
(2003) de Ricardo Azevedo; Um Caso Estranho (2002) de Paulo Corrêa Lopes.
Cabe nesse estágio, buscar a definição de palavras relacionadas ao tema como:
assombração, terror, suspense e outras. Além disso, é o momento ideal para
apresentar-lhes a estrutura dos contos, a fim de que os alunos possam reconhecer
os elementos constitutivos de tais narrativas. Dois vídeos serão apresentados para a
turma, intercalados com os textos, e também sugestões de leituras para realizarem
em casa, por exemplo, Muito Capeta de Ângela Lago (2004). Ao estender o tempo
para o atendimento do horizonte de expectativas, o professor poderá oportunizar aos
alunos uma gama maior de textos e outros meios para prepará-los e sustentar a
autonomia leitora deles no momento de partir para a ruptura do horizonte de
expectativas.
3ª Etapa: Ruptura do horizonte de expectativas
Essa introdução deve dar continuidade à etapa anterior através do
oferecimento de textos que se assemelhem aos anteriores em um aspecto apenas: o tema, o tratamento, a estrutura ou a linguagem. Entretanto, os demais recursos compositivos devem ser radicalmente diferentes, de modo a que o aluno ao mesmo tempo perceba estar ingressando num campo desconhecido, mas também não se sinta inseguro demais e rejeite a experiência. (BORDINI & AGUIAR, 1993, p. 89).
Este é o momento de romper com os textos que correspondiam às
pretensões dos estudantes, desprendê-los da sua zona de conforto para apresentar-
lhes o inaudito com alternativas que demandem um poder maior de reflexão e
contribuam para o alargamento da visão de senso comum, por vezes equivocada e
até preconceituosa dos alunos. Tendo em conta manter um vínculo com a etapa
anterior, o professor deve abordar um aspecto que se assemelhe ao que já viram –
neste caso permanece o tema – introduzindo leituras parecidas com as quais
conviviam até agora, porém inovando quanto aos demais aspectos dos textos.
ESTRATÉGIA: Para atender à terceira etapa foram selecionados dois
clássicos da literatura para uma primeira leitura silenciosa e, depois conjunta, por
parágrafos. São eles: Flor, Telefone, Moça (2001) de Carlos Drummond de Andrade
e A Porta Aberta (2009) de Saki, pseudônimo do escritor britânico Hector Hugh
Munro. Como prosseguimento posterior a cada uma dessas leituras, o professor
instigará os alunos com perguntas, provocações e estímulos às suas respostas e
deduções, de modo a socializar as informações e sentidos que puderam abstrair do
que foi lido. Os alunos ainda poderão gravar e editar um vídeo, adaptando uma das
estórias vistas nas primeiras etapas do método. Para tanto, serão explorados os
recursos específicos do gênero e a linguagem. A retomada das narrativas mais
simples, nesta tarefa, irá auxiliá-los a cotejá-las com narrativas que supunham
incompreensíveis. Os textos apresentados nesta ordem seguem um ritmo crescente
no que diz respeito ao grau de complexidade e labor estético, visando a uma boa
acolhida às obras no momento de iniciar a ruptura de horizontes.
4ª Etapa: Questionamento do Horizonte de Expectativas
Sobre o material literário já trabalhado, a classe exerce sua análise,
decidindo quais textos, através de seus temas e construção, exigiram um
nível mais alto de reflexão e, diante da descoberta de seus sentidos
possíveis trouxeram um grau maior de satisfação. Supõe-se, portanto, que
os textos de melhor realização artística tendem a ser vistos como difíceis
num primeiro momento e, devidamente decifrados, a provocar a admiração
do leitor. (BORDINI& AGUIAR, 1993, p. 90)
A quarta etapa assinala uma comparação entre as duas que a antecederam.
Em linhas gerais, tenciona levar o aluno a perceber que os textos literários antes
estranhos ou desconhecidos podem ser compreendidos. A partir de agora, ele é
capaz de ponderar sobre o início das atividades e ter suas próprias conclusões ao
comparar os textos dos momentos anteriores e questioná-los, perspicazmente,
descobrindo os vários sentidos que expressam e relacionando-os com a sua
vivência pessoal.
ESTRATÉGIA: Ao chegar neste ponto do projeto, o professor deverá rever
com os alunos o percurso realizado, comparando os novos textos com aqueles lidos
na etapa anterior, abrindo para uma discussão na qual os alunos exponham suas
percepções e sensações bem como as diferenças captadas e os desafios
enfrentados para que dessem conta da novidade que lhes foi posta. O professor
mediará o debate coletivo utilizando sua bagagem de leitura para estreitar o contato
deles com os novos textos, avaliar o que aprenderam e aclarar aspectos lógico-
discursivos, culturais e ideológicos, por exemplo. Ler é construir sentidos, sair do
que está escrito para chegar ao que está implícito no texto. Assim, a releitura, o
retorno ao texto, os confrontos interativos, sobretudo nesta etapa, serão
indispensáveis para o avanço da competência leitora da classe. A exibição do filme
O Sexto Sentido (1999), obra-prima do cinema, poderá enriquecer ainda mais as
discussões, a partir das reflexões que a trama suscita. Indicações de outras
películas adaptadas dos livros de Howard Phillips Lovecraft ou Stephen King, dois
dos maiores autores do gênero, serão compartilhadas com alunos, não somente
para que assistam às fitas em casa, mas para que também leiam seus livros. Feito
isso, a ideia é propor novos desafios para a concretização da próxima fase do
método.
5ª Etapa: Ampliação do Horizonte de Expectativas
Resultante dessa reflexão sobre as relações entre leitura e vida é a última
etapa do processo, a ampliação do horizonte de expectativas. Tendo
percebido que as leituras feitas dizem respeito não só a uma tarefa escolar,
mas ao modo como vêem seu mundo, os alunos, nessa fase, tomam
consciência das alterações e aquisições, obtidas através da experiência
com a literatura. Cotejando seu horizonte inicial de expectativas com os
interesses atuais, verificam que suas exigências tornaram-se maiores, bem
como sua capacidade de decifrar o que não é conhecido foi aumentada.
(BORDINI & AGUIAR, 1993, p. 90/91).
Espera-se, com a última ação do método, que o aluno revele uma nova
postura e consciência com relação à leitura literária. Nesse momento, eles já
entendem as mudanças ocorridas e a evolução que alcançaram com a nova
experiência. O professor aproveitará o ensejo para desafiá-los a pôr em prática o
que aprenderam e instigá-los a buscar novos textos que satisfaçam seu horizonte de
expectativas.
ESTRATÉGIA: Para a concretização da última etapa serão oferecidos estes
contos de Edgar Allan Poe: O gato preto (1981) e Os crimes da Rua Morgue (2008).
São obras que vão requerer dos alunos toda experiência acumulada ao longo da
trajetória de leitura que tiveram e uma capacidade maior de concentração, reflexão e
inferência para que construam os sentidos dos textos sem subvertê-los, pois mesmo
abertos em sentidos não admitem qualquer interpretação. É chegado o momento de
partir para a segunda produção. Será solicitada uma pesquisa sobre a vida e a obra
de Edgar Allan Poe e as equipes irão criar um banner com imagens, caricaturas e
frases do autor com o resumo de sua biografia para expor na escola. As funções de
cada equipe serão delimitadas, de modo que todos participem da idealização do
banner. Os contos que os alunos produziram, já socializados entre o grupo e
reescritos, serão divulgados num varal literário, pressupondo-se estimular a
criatividade dos participantes e o interesse dos demais estudantes da escola. Por
fim, pretende-se que os alunos busquem mais leituras que satisfaçam sua
curiosidade e desejo de conhecimentos, assim como respostas aos novos desafios
propostos pelo professor.
Para encerrar o projeto, familiares e educadores serão convidados para o
Sarau “Sombras e Assombros” que acontecerá num ambiente temático, decorado
com a colaboração da professora de arte, o qual deverá incluir o varal literário com
as produções finais do grupo e a figura do mascote. A trilha sonora será composta
por músicas e clipes assustadores, escolhidos pelos próprios alunos. Um estudante
do Ensino Médio, tocador de viola, abrirá a noite, fantasiado de violeiro fantasma,
cantando e tocando a música sertaneja de raiz Um sonho com Tião Carreiro, que
narra o encontro póstumo do falecido violeiro com seu discípulo.
Trajados conforme o tema do evento, os alunos receberão seus convidados,
farão as leituras dramáticas dos contos da segunda etapa e solicitarão que
familiares e professores – já preparados para a ocasião – compartilhem, oralmente,
suas estórias fantásticas. Dois professores da escola, que gostam de contar
estórias, irão preparar uma narrativa do outro mundo para os presentes e,
encerrando o sarau, o artista da cidade que abriu a primeira etapa do projeto,
reapresentará sua performance cantando e contado causos. Ensejo para aproximar
a família da escola, além de vencer os objetivos previstos. O evento será à noite,
justamente, para viabilizar a presença de um número maior de familiares, já que a
grande maioria trabalha durante o dia.
Observação:
As imagens utilizadas na elaboração dos títulos das seções da Sequência
Didática (SD) não contêm restrições e direitos autorais. Elas estão
disponíveis on-line no site https://plus.google.com/photos. As demais
figuras foram copiadas do arquivo Clip-art do programa Word 2007.
2. SEQUÊNCIA DIDÁTICA
Momento da Discussão
1. Agora que você já conhece um pouco sobre a história, a origem e as
principais características do conto, é hora de pôr em prática o seu
conhecimento. Para isso, junte-se com seu colega e responda por
escrito às questões abaixo:
a) Qual é a origem do conto?
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b) O que caracteriza o texto conto?
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c) O que torna o conto de assombração diferente do conto de fadas ou de aventura?
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d) Por que se pode dizer que o conto de assombração é uma narrativa?
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e) Como é caracterizada a linguagem do texto conto de assombração?
CAPACIDADE DE AÇÃO
Nesta seção, o professor pode ativar os conhecimentos prévios dos alunos sobre o gênero
conto, questionando-os e ouvindo-os. Depois, apresente-lhes livros de contos, fale sobre o
contexto de produção de alguns (autor, data de publicação, local, editora, etc.), dando destaque
aqueles cuja temática refere-se ao projeto. Apresente o conto Encurtando caminho de Ângela
Lago, indicado para a etapa de atendimento do horizonte de expectativas. Mostre aos alunos de
que forma o texto está organizado e explore a estrutura do gênero.
CAPACIDADE DE AÇÃO
Nesta seção, o professor pode ativar os conhecimentos prévios dos alunos sobre o gênero
conto, questionando-os e ouvindo-os. Depois, apresente-lhes livros de contos, fale sobre o
contexto de produção de alguns (autor, data de publicação, local, editora, etc.), dando destaque
àqueles cuja temática refere-se ao projeto. Apresente o conto Encurtando caminho, de Ângela
Lago, indicado para a etapa de atendimento do horizonte de expectativas. Mostre aos alunos de
que forma o texto está organizado e explore a estrutura do gênero.
Fonte: Clip -art
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f) Escreva duas características que marcam o estilo do gênero conto de assombração.
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g) Por que razão as pessoas leem contos ?
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h) Qual o enfoque preferencial do conto de assombração?
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i) Recorra ao texto da seção “Você sabia” e escreva sobre como se apresentam as ações
do gênero conto.
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j) Pensem em tudo que vocês ouviram sobre o conto até agora e escrevam alguma
informação que traduza um pouco a história deste gênero.
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Você sabia?
onto é um relato em prosa de fatos fictícios. Consta de três momentos perfeitamente
diferenciados: começa apresentando um estado inicial de equilíbrio; segue com a intervenção de uma força, com a aparição de um conflito, que dá lugar a uma série de episódios; encerra com a resolução desse conflito que permite, no estágio final, a
recuperação do equilíbrio perdido. Todo conto tem ações centrais, núcleos narrativos, que estabelecem entre si uma relação causal. Entre estas ações, aparecem elementos de recheio (secundários ou catalíticos), cuja função é manter o suspense. Tanto os núcleos como as ações secundárias colocam em cena personagens que as cumpre em um determinado lugar e tempo. Para a apresentação das características destes personagens, assim como para as indicações de lugar e tempo, apela-se a recursos descritivos. (KAUFMAN & RODRIGUEZ, 1995, p. 21).
Fonte: Kaufman, Ana María & RODRIGUEZ, María Helena: Escola, leitura e produção de textos.
Trad. Inajara Rodrigues. Porto Alegre: Artmed, 1995. p. 21.
C
Fonte: Clip-art
Elementos estruturais do conto
ENREDO
(verossimilhança)
É o conjunto de fatos (que interagem com o
narrador, personagens, tempo e espaço) relatados na
narrativa. A verossimilhança é a similitude com
fatos verídicos ainda que sejam acontecimentos
fictícios.
TEMPO
A época em que se passam as ações dos
personagens. Pode haver o tempo cronológico e o
tempo psicológico.
ESPAÇO O lugar onde se passa o enredo e que mostra as
ações dos personagens.
PERSONAGENS
Trata-se de quem participa das ações da trama. O
personagem principal/protagonista, os secundários
e/ou antagonistas.
NARRADOR
É quem conta os fatos, que podem ser narrados em
1ª pessoa (eu) ou em 3ª pessoa (ele ou ela). O
narrador de 1ª pessoa participa dos fatos, portanto,
é personagem, enquanto que o narrador de 3ª
pessoa observa de fora dos acontecimentos.
Aprendendo um pouco mais
Um texto narrativo, como é o caso do conto de assombração, deve conter
respostas às questões: quem? o quê? quando? onde? por quê?
O enredo pode constituir-se das seguintes partes: conflito, introdução,
complicação, clímax e desfecho.
Conflito é o componente opositor, que desencadeia os fatos e envolve o leitor.
A partir do conflito se estruturam as demais partes do enredo.
Situação inicial (ou introdução) constitui o começo da narrativa. Essa parte
é fundamental, pois geralmente apresenta o componente que provocará o
conflito.
Fonte: Clip-art
Desenvolvimento (ou complicação) é a parte da história em que o conflito
se desenvolve e exclui as demais partes: a situação inicial, o clímax e o
desfecho.
Clímax é o instante em que a tensão atinge o ponto máximo, ou seja, constitui
o momento culminante, mais dramático do conflito – e da narrativa.
O desfecho (ou conclusão) apresenta a solução do conflito – boa, má,
inesperada, trágica, previsível [...]
SARMENTO, Leila Lauar & TUFANO, Douglas. Português: literatura, gramática, produção de
texto. São Paulo: Moderna , 2010. p. 381.
Momento da pesquisa
1. Agora que você conhece um pouco mais sobre o gênero conto,
pesquise nos livros da biblioteca da escola, ou sites sugeridos pelo
professor, quais outros tipos de contos que existem. Complemente
sua pesquisa, elaborando um glossário com as palavras:
assombração, horror, macabro, mistério, sinistro, suspense e terror.
Tipos de contos
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Glossário
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Fonte: Clip-art
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Pausa para um vídeo
Curta animado de Rodrigo Blaas, diretor espanhol, produzido pela Pixar
Animation Studios. Conta a história de uma garota que passa pela vitrine de uma loja de
brinquedos e se surpreende ao ver uma boneca parecida com ela. Atraída pelas
circunstâncias ela entra e conhece um mundo de encantos, porém algo de misterioso e
assustador se revelará dentro da loja. Duração de aproximadamente 6 minutos.
Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=gdRmbfAL02s >. Acesso em 18
nov. 2014.
Professor (a), intercale o vídeo com
as leituras. Após assistirem, dê
vazão aos comentários e análise,
estimulando a oralidade.
Fonte: https://plus.google.com/photos
Vídeo 1
Agora, é com você
1. Leia, atentamente, o conto Um caso estranho, observando os
elementos constitutivos do gênero. Depois, escreva o desfecho
ou conclusão que você imaginou para o texto e confronte com o
desfecho original.
Um caso estranho
LOPES, Paulo Corrêa. In Flávio Moreira da Costa (org.). Os cem melhores contos de crime e mistério da literatura universal. Rio de Janeiro: Ediouro, 2002.
Professor(a), antecipe a leitura começando pelo
título, explorando o tema e o gênero. Colha as
expectativas dos alunos e atente para algumas
palavras que não conheçam. Se preferir, faça
uma leitura colaborativa, lendo em conjunto com
os alunos as fases do texto. O título e uma
imagem que se relacione à estória também
poderão ser projetados para instigar suposições
sobre a trama.
Para dinamizar e socializar as atividades, os
alunos vão ler suas produções e ouvirão as
versões dos colegas. Só depois disso, o
professor apresentará o desfecho original. A
primeira produção deve ser guardada para
ser comparada à última.
Fonte: Clip-art
Fonte: https://plus.google.com/photos
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Escreva abaixo o final que você imaginou para o conto.
Cole aqui o parágrafo original com o desfecho do conto. Fonte: Clip-art
Fonte: Clip-art
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2. Identifique no texto palavras que sugerem mistério, medo e suspense e que pareçam
próximas dos contos de assombração.
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3. Quais das características que definem o conto de assombração você diria que estão
presentes no texto Um caso estranho?
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4. O conto “Um caso estranho” esta narrado em:
( ) primeira pessoa ( ) terceira pessoa
5. Escreva um trecho do texto que comprove a sua resposta.
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6. Os fatos narrados no conto ocorrem quando e onde?
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7. Identifique qual é clímax do conto, ou seja, o momento mais dramático, de elevado
grau de tensão.
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8. Há solução para o conflito no final do conto? Comente.
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9. Conforme sua organização, pode-se afirmar que se trata de um conto
de______________________________________________________________.
Oficina 1 Que tal confeccionar um fantasma para ser o mascote da turma?
Material
2 garrafas pet ( 2 litros)
2 garrafas pet (1 litro)
50 a 60 cm de tecido branco fino (tipo tela)
Cola branca
Água
Feltro preto para os olhos e boca
Papelão
Como fazer?
Assim que estiver pronto, escolham um nome para o mascote. Usem o
critério que a maioria preferir.
Leia em casa!
Trata-se de uma atividade
simples, contudo, se achar por
bem, use a TV pendrive para
mostrar como realizá-la ou leve
um modelo pronto. Prefira o
trabalho em grupo.
Professor(a),trata-se de uma atividade
simples; contudo, se achar por bem, use
a TV pendrive para mostrar como realizá-
la ou leve um modelo pronto e vá
mostrando-o passo a passo. Prefira o
trabalho em grupo.
Professor(a), ofereça, sugira e disponibilize leituras do
gênero proposto para casa, especialmente nos fins de
semana. Uma sugestão para essa fase é “Muito
Capeta,” de Ângela Lago.
Professor (a), O modo de confeccionar o fantasma está Disponível em: <
https://www.youtube.com/watch?v=4OZyasoNOjs >. Acesso em 22 nov. 2014.
Fonte: Clip-art
Fonte: Clip-art
Conto 1
GARCIA, Edson Gabriel. O casal de velhos. In: Sete gritos de terror. São Paulo: Moderna,
1991.
Conto 2
CORALINA, Cora.Procissão das almas. In: Estórias da casa velha da ponte.12. ed.São Paulo:
Global, 2003.
CAPACIDADE DISCURSIVA
Este é o momento em que seu aluno irá se familiarizar ainda mais com o gênero conto de
assombração. Nesse sentido, é importante o professor oferecer leituras que propiciem a
percepção das características e do contexto do gênero proposto. Utilize os textos sugeridos para
o atendimento do horizonte de expectativas de acordo com a estratégia de ação correspondente
descrita nas orientações metodológicas para introduzir esta capacidade de linguagem.
Fonte: Clip-art
Fonte: Clip-art
Professor (a), uma idéia para apresentar os
textos seguintes é privilegiar a leitura
dramática e, no momento da compreensão,
exercitar a oralidade.
Conto 3
AZEVEDO, Ricardo. O homem que enxergava a morte. In: Contos de enganar a morte. São Paulo:
Ática, 2003.
Pausa para um vídeo
Vídeo 2
Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=oJR4OUO6nHQ >. Acesso em 22 nov. 2014.
O curta-metragem "A missa dos mortos" é baseado numa estória mineira do século
passado - que reza a lenda - aconteceu em Ouro Preto - MG. O curta tem como
protagonista o ator Paulo Gorgulho. Produzido no ano de 2004 - teve a direção de
Roberto Maxwell. Duração: 13min44s.
Professor(a), após comentários e análise do
vídeo, apresente a proposta de atividade e
indique outras produções que embasem a
criação dos alunos.
alunosalunos.
Fonte: Clip-art
Fonte: plus.google.com/photos
Proposta de atividade
1. Que tal realizar um vídeo inspirado em uma das narrativas que
você viu?
2. Você já produziu um final para o conto “Um caso estranho”,
lembra-se? Agora, pense num início diferente para o conto “O
homem que enxergava a morte,” de Ricardo Azevedo.
3. Recorte as partes do texto original de modo a separar aspectos do
enredo do conto: início, conflito, clímax e desfecho.
4. Compare com a divisão feita pela professora e monte como um
quebra cabeça, colocando cada parte no seu devido lugar,
começando pelo título.
Professor(a), a sugestão é que os alunos realizem seu próprio
vídeo (extraclasse), abordando o tema ou, preferencialmente,
baseados num dos contos vistos no projeto até agora. Oriente-
os na organização da produção do vídeo para a qual devem
seguir alguns passos, como: escolher o conto e escrever um
resumo; definir a função de cada componente; descrever as
ações dos personagens, figurino, cenário; escolher o local para
a filmagem; ensaiar e filmar. A socialização fica para o
encerramento do projeto.
Alunos, em casa, acessem outros vídeos que possam orientá-los na realização
do vídeo da turma. Eis aqui duas sugestões, mas podem procuram por outros.
Mamá – curta espanhol.
Disponível em < https://www.youtube.com/watch?v=fcyk9QLPMBA > Acesso em 24
nov. 2014. Duração: 3 minutos.
A história do fantasma que visitou uma família – reconstituição de uma
história contada por telespectadores para um quadro do programa Fantástico
do ano de 1980. Duração: 13 minutos. Disponível em <
https://www.youtube.com/watch?v=vkTXJt0Jr1U > Acesso em 24 nov.
2014.
Disponível em < https://www.youtube.com/watch?v=vkTXJt0Jr1U > Acesso em 24
nov. 2014.
Fonte: Clip-art
Quem conta um conto...
ANDRADE, Carlos Drummond. Flor, telefone, moça. In: Contos de aprendiz. São Paulo: Record,
2001.
SAKI, pseudônimo de Hector Hugh Munro. A porta aberta In: Leituras do escritor, Ana Maria Machado (Org.). Ilustrações de Thais Beltrame. 2. ed. São Paulo: Comboio de Corda, 2008.
Conhecendo os autores
1. Quem são os autores dos contos? Quais outras obras você conhece deles?
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2. Vamos pesquisar um pouco mais sobre a vida e a produção literária desses
autores?
Os próximos textos, selecionados para a
etapa de ruptura do horizonte de
expectativas, apresentarão, ao final,
sugestões de atividades para o
reconhecimento do gênero, seguindo os
propósitos da capacidade discursiva.
Professor(a), oriente uma
pesquisa biográfica em livros ou
sites da internet, em grupos.
Expor em cartolina e ilustrar com
imagens dos autores e de suas
obras.
Fonte: clip-art
Estudo do texto
1. Os textos que você acabou de ler possuem características próprias do gênero
estudado. Qual é mesmo esse gênero? Cite alguns dos elementos que o
caracterizam.
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2. Onde e quando os contos foram publicados? Será que os anos e as cidades
mencionados nas referências também são informações sobre a primeira publicação
dos contos? O que você sabe a esse respeito?
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3. Os contos costumam explorar temáticas do cotidiano. Qual temática pode ser
relacionada a cada conto?
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4. Em qual desses veículos os contos comumente mais circulam?
( ) livro
( ) revista
( ) jornal
5. Onde você já tinha lido um texto como esse?
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6. Em que lugar se desenvolve o enredo de cada um dos contos?
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7. Sobre o conto “Flor, telefone, moça” ao iniciar, o narrador afirma que a sua história
não é um conto. Esse procedimento faz supor que:
( ) não se trata, na verdade, de um conto, mas de um fato vivenciado por ele.
( ) a história, comprovadamente, é real.
( ) a intenção em dizer que não é um conto é fazer com que o leitor acredite que a
história é verdadeira.
8. A personagem de Drummond morre por não suportar mais aquela situação. Há
uma explicação lógica para os acontecimentos que a perturbavam ou provas que os
confirmem? O que você pensa sobre o caso?
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10. A astuta garota do conto “A porta aberta” explicou serenamente o motivo da
fuga do visitante porque:
( ) tinha habilidades para criar histórias.
( ) não entendeu a razão pela qual o visitante partira tão repentinamente.
( ) sabia que o visitante tinha muito medo de cachorro.
11. A adolescente relata para o Sr. Nuttel a tragédia ocorrida com a tia. Essa
história cria no visitante a expectativa de que:
( ) a Sra. Saplleton não vai recebê-lo bem.
( ) um acontecimento sobrenatural está prestes a acontecer.
( ) a sobrinha da Sra. Saplleton inventou aquela história.
12. Na sua opinião, a menina mentiu? Pode-se dizer que um deles esteja
imaginando os fatos? Comente sobre essa possibilidade.
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13. Preencha o quadro abaixo, observando a estrutura dos textos:
Conto Flor, telefone, moça A porta aberta
Quantidade de parágrafos curtos
Quantidade de parágrafos longos
Narrador conta os fatos
( ) sem participar da história ou ( ) participa da história
( ) sem participar da história ou ( ) participa da história
Personagens
Presença de discurso
( ) direto ( ) indireto
( ) direto ( ) indireto
Tipologia predominante
( ) narrativa ( ) argumentativa
( ) narrativa ( ) argumentativa
Clímax (ponto alto da história)
Leia em casa!
Professor(a), continue a sugerir e
disponibilizar leituras (livros da biblioteca,
textos on-line ou folhas impressas) do
gênero proposto para realizarem em casa,
especialmente, nos fins de semana! Fonte: Clip-art
Assistindo a um filme
Um psicólogo infantil, buscando se recuperar do trauma
de ter presenciado o suicídio de um paciente, se vê diante
do caso de um menino introspectivo, com dificuldades de
relacionamento, que vive amendrotado por algo que o perturba. Filme americano do ano
de 1999, dirigido por M. Night Shyamalan e estrelado por Bruce Willis e Haley Joel
Osment. Duração 106 min. Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=HRM0JJB5984. Acesso em 19 nov. 2014.
1. Refletindo sobre o filme.
Sugestões de filmes para assistir em casa
Horror em Amityville (EUA, 2005) It – Uma obra prima do medo (USA, 1990)
Sonhos na casa da bruxa (EUA, 2005) O iluminado 1980 (EUA, 1980)
Um sussurro nas trevas (EUA, 2011) Um olhar do paraíso (EUA, 2007)
Castelo maldito (EUA, 1995) Isolados (BRA, 2014)
O exorcismo de Emily Rose (EUA, 2005)
Quando eu era vivo (BRA, 2014)
Professor(a), após a exibição do filme, explore os
diálogos, os elementos e as cenas que se relacionem
ao tema e ao gênero, numa aula que favoreça a
oralidade e desenvolva o senso crítico. Permita que os
alunos destaquem os trechos mais significativos para
cada um e comentem sobre desfecho, um dos mais
surpreendentes em obras cinematográficas.
Professor(a), crie um ambiente aconchegante para o
momento do filme: escureça a sala com TNT preto nas
janelas e deixe que se acomodem confortavelmente.
Antecipe comentários que agucem a curiosidade sem
emitir opiniões e situe os alunos no conteúdo e nas
diferentes linguagens que um filme aborda. Combine
quem levará a pipoca e o refrigerante, porém deixe tudo
preparado antes do início da projeção.
Fonte: Clip-art
Poe, Edgar Allan. A máscara da Morte Rubra. In: Contos de terror, de mistério e de morte.
Tradução de Oscar Mendes. Rio de Janeiro: Nova Fronteira , 1981.
Leia o conto “A máscara da Morte Rubra,” de Edgar Allan Poe, para
realizar as próximas atividades:
1. Príncipe, castelo, súditos, corte e país não identificado são exemplos de palavras
comuns a qual tipo de conto? No entanto, em que circunstâncias elas aparecem
nesta narrativa?
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CAPACIDADE LINGUÍSTICO-DISCURSIVA
Essa capacidade de linguagem refere-se ao vocabulário e estruturas linguísticas adequadas
para o gênero em questão, o conto. Sugere-se que professor aborde com seus alunos os
recursos da língua por meio da prática de exercícios. Antes, porém, pode-se percorrer a etapa
seguinte do método recepcional, o questionamento do horizonte de expectativas, mediando o
debate descrito na estratégia de ação correspondente.
Agora, é com você
Professor(a), a compreensão deve contemplar a integração do conteúdo com a realidade concreta, visando à transformação da sociedade. As DCes estão ancoradas na pedagogia histórico-crítica, de Saviani, que vê o homem como ser social e político. O professor tem que agir como mediador e não facilitador. Levar o aluno, segundo Vigotski, a sair da zona real e avançar para as outras.
Fonte:
Fonte: Clip-art
2. Transcreva expressões que indicam o tempo dos fatos no conto.
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3. De acordo com o conto, o que era a Morte Rubra? Há algo predominante na
descrição que o narrador faz da peste, o que é? Qual a relação desse elemento com
o nome Morte Rubra?
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4. O que levou o príncipe Próspero a entrar em reclusão e qual critério ele teria usado
para selecionar seus convidados?
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5. Como você analisa a decisão tomada pelo príncipe? Você faria o mesmo se
estivesse no lugar dele? Esclareça seu ponto de vista, se acaso pensou em outra
forma de agir diante da situação retratada no conto.
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6. Justifique com uma breve passagem do texto a situação fora do castelo quando o
príncipe resolveu oferecer um baile de máscaras aos seus mil amigos.
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7. Você já viu que o conto é uma obra de ficção, mas geralmente apresenta temáticas
presentes no cotidiano das pessoas. Nesse sentido, pense sobre as seguintes
questões:
a) Atualmente, um dos continentes do globo terrestre sofre com uma doença
terrível e temida, provocada por um vírus. O que você sabe sobre esse flagelo?
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b) Como estão sendo tratadas as pessoas contaminadas?
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c) Diante da ameaça de contaminação, como reage a maioria das pessoas? Há
alguma relação com o conto de Poe? Justifique.
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d) As personagens do conto demonstram medo e repulsa com a presença da
morte. Na sua opinião, o que move esses sentimentos? Quando se trata da
morte, as pessoas do mundo real têm reações parecidas com as dos
personagens? Exponha o que você pensa sobre o assunto.
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8. Note que ao soar as doze badaladas no relógio a Morte Rubra aparece. Por que a
escolha deste horário?
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9. Destaque as características atribuídas pelo narrador ao caráter do príncipe
Próspero. Os adjetivos usados permitem que o leitor tenha uma imagem positiva
ou negativa do príncipe? Qual seria a sua descrição do protagonista?
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10. Releia.
“O sétimo aposento estava totalmente coberto de tapeçarias de veludo preto, que pendiam do teto e pelas paredes, caindo em pesadas dobras sobre um tapete do mesmo material e da mesma cor. Mas somente nesta sala a cor das janelas não correspondia à das decorações. As vidraças, ali, eram escarlates, da cor de sangue vivo.” a) Por que o narrador descreve em pormenores o sétimo aposento?
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b) Que outro detalhe chama a atenção neste aposento e por qual motivo?
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11. Enquanto o país era assolado pela peste, Próspero, mesmo ciente da calamidade
do seu povo, não se preocupou em socorrê-lo, preferindo esbanjar com seus
prazeres. É possível perceber, no comportamento do príncipe, semelhanças com
governantes de países do mundo real. Comente a esse respeito.
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12. Trace um perfil dessas pessoas e registre num esboço do castelo aqueles que você,
supostamente, acredita que ficariam do lado de fora e quem seriam os convidados
a entrar. Observe que a palavra castelo está sendo usada na questão em sentido
figurado. O que vem a ser isso?
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Professor(a), promova uma discussão com o momento histórico do texto e o presente, fazendo-os
perceber que mesmo estando distantes no tempo a temática é atual. O egocentrismo do príncipe,
gerado pela condição de poder. O comportamento conivente dos convidados por estarem
próximos dele. Questione-os sobre a possível condição social daqueles que foram excluídos do
castelo. E na sociedade, quem são aqueles que estão fora do castelo e por quê?
13. Em relação a estrutura global do texto, observe como “A máscara da Morte Rubra” se organiza em partes que nos levam a identificá-lo como o gênero discursivo conto. Feito isso, ordene os acontecimentos, numerando-os de acordo com a sequência em que ocorrem:
( ) Os foliões do palácio tentam agarrar o mascarado e reconhecem não haver
forma humana palpável sob a mortalha.
( ) As salas do castelo são descritas pelo narrador.
( ) O relógio para de bater, surge o ilimitado poder da Treva quando todos são
sucumbidos pela Morte Rubra.
( ) O relógio começou a soar meia-noite.
( ) O narrador apresenta a Morte Rubra.
( ) O príncipe não querendo demonstrar covardia enfrenta o mascarado intruso e
acaba sendo abatido por ele.
( ) A multidão percebe a presença de um estranho mascarado entre eles.
( ) Após seis meses o príncipe Próspero realiza um baile de máscaras na abadia.
( ) O príncipe Próspero busca segurança contra a peste e encastela-se com os
amigos da corte, deixando o povo exposto à catástrofe.
Fonte: Clip-art
Olho no clipe
Memórias é uma canção composta pela roqueira Pitty. Faz parte do álbum Anacrônico
da cantora cujo videoclipe reflete um clima tétrico, sobrenatural, que potencializa os
conflitos da letra.
Disponível em < https://www.youtube.com/watch?v=goIZO8kubkoolho >. Acesso em 20 nov.
2014.
1. Retorne ao primeiro parágrafo do conto “A máscara da Morte Rubra” e copie
alguns adjetivos empregados pelo autor para caracterizar a peste que devastou o
país.
___________________________________________________________
___________________________________________________________
2. Preste atenção aos verbos que aparecem no texto e assinale o tempo verbal
predominante.
( ) pretérito (passado) ( ) presente ( ) futuro
Professor(a), a linguagem audiovisual, além de
cair no gosto da turma, é uma forma de expandir
discussões sobre o tema. O narrador se refere a
quais fantasmas? Que heróis estão sendo mortos e
por quê? Quais cenas do videoclipe se enquadram
no tema do projeto? Você conhece o jogo do copo?
A língua em foco
Fonte: Clip-art
Fonte: Clip-art
3. Por que você acha que esse tempo verbal prevalece no gênero conto?
___________________________________________________________
___________________________________________________________
4. “Cercava-o forte e elevada muralha, com portas de ferro. Logo que entraram, os cortesãos
trouxeram fornos e pesados martelos para rebitar os ferrolhos.” Tomando como exemplo
este fragmento do texto, é possível confirmar que os verbos predominantes no
conto dão ideia de passado. No entanto, algumas diferenças nas ações podem ser
percebidas. Observe o quadro abaixo:
5. Assinale a alternativa correspondente ao tipo de passado usado nos seguintes
fragmentos:
a. “A “Morte Rubra” havia muito devastava o país.”
( ) pretérito perfeito ( ) pretérito imperfeito
b. “Na verdade, todo o grupo parecia agora sentir profundamente que na
fantasia e no rosto do estranho não existia graça nem decoro.”
( ) pretérito perfeito ( ) pretérito imperfeito
PRETÉRITO PERFEITO refere-se a um fato já concluído em
época passada.
Jesuína foi linda, os rapazes adoraram-na.
PRETÉRITO IMPERFEITO apresenta o fato como anterior ao
momento atual, mas ainda não concluído no momento passado a que nos
referimos.
Jesuína era linda, os rapazes adoravam-na.
Fonte: MAZZAROTO, Luiz Fernando. Redação, gramática &
literatura: São Paulo: DCL, 2002 (p.285).
PRETÉRITO IMPERFEITO
Professor (a), as explicações do quadro anterior são muito sintéticas; contudo, a diferença de
sentido entre os dois tempos verbais deve ficar bem clara para os alunos. Faça perguntas e,
mediante as respostas, analise com eles exemplos das situações de emprego dos tempos no
texto e no contexto deles. Deixe que registrem as explicações e proponha outros exercícios, se
for o caso.
c. “...o príncipe Próspero brindou os mil amigos com um magnífico baile de
máscaras.”
( ) pretérito perfeito ( ) pretérito imperfeito
d. “Segurando bem alto um punhal desembainhado, aproximou-se,
impetuosamente, até cerca de um metro do vulto.”
( ) pretérito perfeito ( ) pretérito imperfeito
e. “Mas o príncipe Próspero era feliz, destemido e astuto.”
( ) pretérito perfeito ( ) pretérito imperfeito
f. “...e foi seu próprio gosto que inspirou as fantasias dos foliões.
( ) pretérito perfeito ( ) pretérito imperfeito
6. “E a vida do relógio de ébano se extinguiu – com a do último folião.” Pode-se
afirmar que se houvesse uma mudança do pretérito perfeito para o imperfeito
modificaria o efeito de sentido da oração. Esclareça sua resposta.
___________________________________________________________
___________________________________________________________
7. Nos parágrafos do texto que o narrador relata como o príncipe organizou o baile e
criou as máscaras que a corte usaria, que tempo verbal aparece mais vezes para
ilustrar as concepções grotescas de Próspero?
( ) presente ( ) pretérito perfeito ( ) pretérito imperfeito
8. A predominância desse tempo verbal, nesta parte do texto, deve-se:
( ) a descrição que o narrador faz das fantasias e máscaras criadas pelo príncipe.
( ) ao fato do narrador querer enfatizar as ações ocorridas e concluídas no baile.
1. Identifique os verbos do tempo passado neste parágrafo do texto, destaque- os
e faça um quadro em cartolina, separando aqueles que indicam uma ação
Trabalhando em grupos
T
Escolha o parágrafo que preferir do
conto “A máscara da Morte Rubra”
para a realização deste trabalho.
Fonte: plus.google.com/photos
acabada (pretérito perfeito) daqueles que indicam uma ação que continua no
passado por um tempo indefinido (pretérito imperfeito). Escolha alguns desses
verbos e conjugue-os na primeira pessoa do singular e do plural, já que o
narrador do conto é de terceira pessoa.
Explorando a linguagem e seus recursos linguísticos
Como se percebe nos estudos anteriores, existem diversos tipos de
contos, tais como:________________________________________________
_______________________________________________________________.
Eles podem ser encontrados em __________________________________
______________________________________________________________.
Agora, será analisado um vídeo para uma melhor compreensão de
como esse tipo de texto se estrutura em sua linguagem verbal.
Vídeo 3
Disponível em < https://www.youtube.com/watch?v=1LkfQRc5NGM >. Acesso em 20 nov. 2014.09.
Que tal relembrar o
gênero discursivo conto?
Professor(a), este vídeo procura contar um pouco da
história do conto, defini-lo e caracterizá-lo para
contemplar uma breve revisão do gênero.
Duração: 7min09s.
Fonte: plus.google.com/photos
Conversando sobre o vídeo
1. A apresentadora fala sobre uma famosa personagem da literatura que, para salvar sua
vida, toda noite contava histórias ao rei. Você se lembra do nome dela e o nome do rei?
Por quantas noites ela teve que contar histórias para livrar-se da morte? Qual dessas
estórias tornou-se a mais conhecida pelos leitores? Qual o título da obra que dá nome a
essas estórias?
2. De acordo com o vídeo, por que essas estórias são conhecidas até hoje?
3. O que você prefere, contar ou ouvir estórias? Por quê?
4. O que narram os contos?
5. Essas narrativas se apresentam de forma longa ou breve?
6. Quem se lembra como o gênero discursivo conto é definido no vídeo?
7. Um dos maiores contistas do Brasil dá nome à escola municipal da nossa cidade e é
mencionado no texto. Quem é ele?
8. Por que um contista é diferente do jornalista?
9. Conto é ou não, ficção?
11. Qual a diferença entre conto e crônica?
12. Afinal, que tipo de conto você prefere?
13. Lembra-se das dicas do vídeo para escrever um conto? Pois bem, mais adiante você
precisará usá-las.
Professor(a), a seção é, de fato, uma conversa
sobre o vídeo. Para tal, sugere-se abordar os
questionamentos abaixo. Comece pela história
do conto até percorrer os demais assuntos.
Faça anotações das respostas no quadro e
peça que, em duplas, sintetizem os conceitos e
características do gênero que, aliás, já foram
vistos.
Professor(a), coloque na sacola objetos que os levem a criar oralmente
um conto de assombração. Solicite a um aluno para iniciar a dinâmica,
dizendo quem ele gostaria que fosse o protagonista da estória. Ao
segundo, que o caracterize e assim por diante, até determinarem
elementos como o tempo e o espaço. Estando estes delimitados, faça
circular a sacola, seguindo o enunciado da dinâmica.
Cada integrante retira um objeto da sacola e faz a relação deste com fatos que,
organizados numa sequência, forme um conto de assombração. A professora poderá
iniciar a dinâmica.
Observe a imagem abaixo!
1. Em qual elemento está centrada a imagem?
________________________________________________________________
2. Há outro elemento em destaque na imagem. Qual a relação desse outro elemento
com a figura central da imagem?
________________________________________________________________
3. Essa imagem costuma estar associada a quê?
________________________________________________________________
4. Por que razão ela transmite esse sentimento na maioria as pessoas?
________________________________________________________________
5. Para você a imagem é assustadora? Justifique.
________________________________________________________________
6. É possível saber a origem da superstição que envolve a figura do gato preto?
Investigue.
________________________________________________________________
Dinâmica de grupo
A sacola sinistra
Disponível em: < http://hypescience.com/wp-content/uploads/2011/09/814.jpg >
Fonte: Clip-art
A canção foi o maior sucesso do disco de estreia do grupo Secos & Molhados,
lançado em 1973. A música refere-se a uma dança de tradição portuguesa e evoca
superstições e figuras do folclore brasileiro. Disponível em <
http://www.vagalume.com.br/secos-e-molhados/o-vira.html > Acesso em 25 nov. 2014.
Poe, Edgar Allan. O gato preto. In: Contos de terror, de mistério e de morte. Tradução de Oscar
Mendes. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1981.
Poe, Edgar Allan. Os crimes da rua Morgue. In Histórias extraordinárias. Tradução de José Paulo
Paes. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.
Som ligado
Professor(a), os próximos contos estão
mencionados na etapa de ampliação do
horizonte de expectativas. Siga a
estratégia de ação correspondente ao
momento. Uma dica é a montagem de
slides com trechos e imagens para a
leitura do primeiro conto.
Fonte> Clip-art
O conto “Os crimes da rua Morgue”, depois de
lido de forma colaborativa, pode ser
interpretado, oralmente. Questione também o
foco narrativo e os elementos de coesão e
coerência que serão explicitados abaixo.
Permita um momento de entrega ao prazer
de ler sem maiores cobranças, já que
chegaram até aqui. Deixe o texto para antes
da última produção.
O narrador é quem conta os fatos, que podem ser narrados em 1ª
pessoa (eu) ou em 3ª pessoa (ele, ela).
Na narração em 1ª pessoa, o narrador participa dos fatos, é
chamado de narrador personagem, e sua visão (ou ponto de vista),
como a de qualquer personagem, é limitada; os verbos e os pronomes
ficam na 1ª pessoa. Ou seja, ele pode interagir com os outros
personagens, mas não sabe sobre o que se passa com eles, a não ser
aquilo que é capaz de observar diretamente.
O narrador personagem pode ser também o narrador
protagonista, quando é o personagem principal. Ele narra sua história
em primeira pessoa, mas não sabe o que se passa com os outros
personagens.
O narrador personagem pode ainda ser narrador testemunha,
quando não é o personagem principal. Ele narra a história do
personagem principal em 1ª pessoa, também conforme aquilo que vê.
No caso da narração em 3ª pessoa, em que o narrador observa
de fora os acontecimentos, a visão ou ponto de vista é mais geral, e ele
sabe de tudo o que se passa na história, desde que aquilo que pode ser
observado, como os aspectos físicos dos personagens e de lugar, até
aquilo que não é visível na cena, como os aspectos psicológicos dos
personagens e o conhecimento de espaços não diretamente presentes.
O narrador onisciente, de 3ª pessoa, tem um ponto de vista mais
amplo, geral, pois está fora dos acontecimentos que narra, mas conhece
tudo sobre a história.
Uma variante do narrador onisciente é o narrador intruso, que,
além de tudo narrar (e conhecer) em 3ª pessoa, fala (e tece comentários
sobre os personagens) com o leitor.
Finalmente, existe um narrador em 3ª pessoa, que não é
onisciente: é o narrador observador. Ele narra o que vê e descreve as
ações das personagens, mas não sabe o que se passa com eles.
1. Após a leitura do conto “O gato preto”, pinte o quadrinho (V) se
alternativa for verdadeira ou o (F) se a alternativa for falsa.
SARMENTO, Leila Lauar & TUFANO, Douglas. Português: literatura, gramática, produção de texto.
São Paulo: Moderna, 2010.
Agora, é com você
Fonte: plus.google.com/photos
O conto é narrado em 1ª pessoa e o narrador também protagoniza os fatos que
conta.
V F
O narrador apenas observa os personagens, mas sabe o que acontece mesmo
sem testemunhar os fatos.
V F
Não há relação entre a superstição em torno da figura do gato preto e o
conteúdo do texto porque o casal gostava do animal.
V F
A palavra “chispante” no último parágrafo faz pensar que os olhos do gato
ardiam em chamas, ansiando por vingança contra seu dono.
V F
Uma das características do conto de assombração é o elemento sobrenatural
que no texto “O gato preto” está determinado pela presença deste animal.
V F
2. Escreva com suas palavras os momentos que introduzem as partes
que compõem o enredo do conto:
a. situação inicial
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b. conflito
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___________________________________________________________
c. desenvolvimento
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d. clímax
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e. desfecho
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3. As narrativas apresentam diálogos, o que torna o relato dos fatos
mais dinâmico e direto. Os personagens falam ou dialogam entre si,
realizando o seu discurso.
No discurso direto, o narrador reproduz literalmente a fala do
personagem, que, em geral, é introduzida por um travessão e
anunciada por um verbo de elocução ou dicendi (do latim, “de
dizer”): dizer, falar, contar, etc.
No discurso indireto, o narrador conta o que os personagens
disseram (ele disse que; Maria perguntou se;) introduzido por
verbos dicendi e as conjunções que e se.
No discurso indireto livre, se associam os dois discursos. Neste
caso, há duas vozes que não se identificam claramente – a do
narrador e a do personagem.
Pensando no discurso do conto “O gato preto,” como se apresenta o
foco narrativo? Transcreva um fragmento do texto que comprove a sua
resposta.
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SARMENTO, Leila Lauar & TUFANO, Douglas. Português: literatura, gramática, produção de
texto. São Paulo: Moderna, 2010.
4. A coesão acontece quando os organizadores textuais contribuem
para a progressão do texto. Esses elementos articuladores –
conjunções, pronomes, preposições e advérbios – são chamados
conectivos e estabelecem as relações de sentido entre palavras,
períodos e parágrafos que constroem o texto.
A coerência refere-se ao sentido do texto. Para que o texto não se torne
incoerente é necessário que haja uma continuidade de sentido entre os
seus componentes de modo a constituir um todo significativo.
Assim, pode-se afirmar que a coesão é fundamental na construção da
coerência.
Releia o parágrafo abaixo do conto “O gato preto”:
“Quando com a manhã, me voltou a razão, quando com o sono, desfiz os fumos da noite
de orgia, experimentei uma sensação meio de horror, meio de remorso pelo crime de que
me tornara culpado. Mas era, quando muito, uma sensação fraca e equívoca e a alma
permanecia insensível. De novo mergulhei em excessos e logo afoguei no vinho toda a
lembrança do meu ato.”
1. Qual o sentido do conectivo que abre o parágrafo?
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2. Esse elemento se repete por outras frases do parágrafo com o mesmo sentido?
Explique.
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3. De que forma o autor conseguiu dar coerência à narrativa nessa parte do texto? O personagem, de fato, se arrependeu? Dê a sua opinião com base no que ele diz.
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4. Assinale a alternativa que justifica o emprego do conector MAS no parágrafo em
destaque:
( ) Esse elemento expressa uma conclusão a ideia anterior.
( ) O conector é empregado para apresentar uma ideia de oposição ao que foi dito antes.
( ) Ele é empregado para introduzir uma hipótese.
5. Copie do texto os elementos que unem a ideia expressa na última frase de parágrafo.
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Hora do (seu) conto...
Agora que você já estudou a estrutura (formação) do gênero discursivo
conto de assombração, acerte os últimos detalhes de seu texto.
Professor(a), antes da produção final,
trabalhe, conforme já foi comentado, o conto
“Os crimes da rua Morgue.”
Fonte: Clip-art
Enredo Faça uma síntese dos principais acontecimentos que você imagina
para o seu conto.
Narrador Como será seu narrador?
Personagens Quantos serão seus personagens. Quais as características? Eles terão
nomes? Você já escolheu?
Espaço Defina o lugar onde se desenrolarão os fatos.
Tempo Quando serão os acontecimentos?
Está é a reta final do projeto. Portanto, é hora de colocar a mão na
massa e produzir um conto. Lembre-se de tudo que foi estudado e conte
com o auxílio da professora na hora das dúvidas. Faça um rascunho
primeiro e dê um título a sua história. Depois do aval da professora,
passe-o a limpo. Não esqueça, siga o planejamento da seção anterior!
Vamos lá?
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Linha de chegada!
Fonte: Clip-art
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Proposta de Avaliação
Oficina 2
Junto com a professora de arte você aprenderá algumas técnicas que
irá ajudá-lo a decorar uma sala com o tema do projeto para o dia do
sarau “Sombras e Assombros”. Eis aqui uma delas:
Na cartolina branca, desenhe o contorno de seus pés, mãos, e recorte. Use tinta
guache preta para desenhar olhos e bocas e seus fantasmas estarão prontos.
Guarde-os para decorar a sala porque outras idéias virão por aí.
Professor (a), a avaliação se realizará por meio da participação nas atividades propostas
para o final do projeto, já descritas na estratégia de ação da última etapa dos
encaminhamentos metodológicos. No entanto, o processo de evolução dos aprendizes será
acompanhado durante toda a execução dos trabalhos.
Continue lendo!
Fonte: Clip-art
Fonte: Clip-art
3. Referências
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alternativas metodológicas. 2. ed. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1993.
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Paulo: Record, 2001.
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morte. São Paulo: Ática, 2003.
BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. 4. ed.Trad. Paulo Bezerra. São
Paulo: Martins Fontes, 2003.
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BUSATTO, Cléo. A arte de contar histórias no século XXI: tradição e ciberespaço.
2 ed. Petróplis: Vozes, 2007.
CORALINA, Cora. A procissão das almas. In: Estórias da casa velha da ponte. 12
ed. São Paulo: Global, 2003.
CORTÁZAR, Júlio. Valise de Cronópio. São Paulo: Perspectiva, 2006.
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Didáticas para o oral e a escrita: apresentação de um procedimento. In:
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José Rubens Siqueira. Ilustrações de Alberto Vázquez. São Paulo: Ática, 2013.
FILIPOUSKI, Ana Mariza Ribeiro; MARCHI, Diana Maria. A formação do leitor
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