os desafios da escola pÚblica paranaense na … · exercício do poder, de domínio das regras e...
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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
Título: Linguagem e persuasão no gênero artigo de opinião
Autor: Andréa Fahr Mantovani
Disciplina/Área: Língua Portuguesa – Ensino e aprendizagem de leitura
Escola de Implementação do Projeto e sua localização:
Colégio Estadual Souza Naves
Rua Monteiro Lobato, 421
Município da escola: Rolândia
Núcleo Regional de Educação: Londrina
Professor Orientador: Vladimir Moreira
Instituição de Ensino Superior: Universidade Estadual de Londrina
Relação Interdisciplinar: Filosofia; História
Resumo: O déficit na habilidade de leitura é latente nas escolas brasileiras. Muitas propostas têm sido feitas para que essa defasagem seja superada, porém os resultados ainda são insatisfatórios, já que os alunos continuam apresentando defasagem na identificação de ideias implícitas e intencionalidade presentes nos textos, principalmente naqueles que expõem uma tese a partir de uma questão polêmica. Assim, este trabalho tem como objeto de estudo o gênero textual artigo de opinião, visando a despertar no educando de 9º ano a importância de organizar o discurso argumentativo, levando em conta o interlocutor para que esse possa validar os dispositivos argumentativos apresentados pelo locutor. Trata-se de uma produção didática que visa a ampliar a visão crítica do aluno diante de uma situação problema e a manifestar esse posicionamento de maneira coerente e articulada. Para isso, a produção está organizada em oficinas e o conteúdo será trabalhado por meio de sequência didática.
Palavras-chave: Leitura; produção; artigo de opinião;
persuasão.
Formato do Material Didático: Sequência didática organizada em oficinas.
Público: Alunos de 9° ano do Ensino Fundamental II, período matutino.
1 APRESENTAÇÃO
Há tempos que professores e alunos têm detectado a dificuldade na
leitura em geral e na produção de textos, principalmente nos gêneros da ordem
do argumentar. Assim, este trabalho está sendo proposto para alunos do 9º
ano do Ensino Fundamental, do período matutino, que, como demonstram
resultados de avaliações estaduais e federais, como o SAEP e a Prova Brasil,
apresentam defasagem na identificação de ideias implícitas e intencionalidade
presentes nos textos que expõem uma tese sobre determinado assunto.
Esta Unidade Didática contempla o trabalho com o gênero textual artigo
de opinião, conteúdo que será trabalhado por meio de sequência didática,
organizada em oficinas, contemplando atividades escolares a serem
desenvolvidas de maneira sistemática, a fim de permitir ao aluno dominar
melhor o gênero textual em questão. São atividades que envolvem a leitura e a
análise de textos argumentativos, o reconhecimento das especificidades do
artigo de opinião, pesquisas, debates e produção escrita.
Assim, com o intuito de contribuir para a melhoria do ensino da leitura e
da escrita, bem como oferecer oportunidades para que o educando desenvolva
o seu processo cognitivo, transformando os seus modos de pensar, de falar e
de fazer, é que esse material foi proposto.
2 INTRODUÇÃO
Como ensinar o aluno a ler? Ou melhor, como ensinar o aluno a
compreender o que lê? A resposta para esses questionamentos não é
simplista, tendo em vista que a leitura envolve um processo cognitivo que
precisa ser desvendado pelo professor para que atividades adequadas de
leitura sejam planejadas e desenvolvidas pelos sujeitos do processo ensino-
aprendizagem com vistas à formação de leitores.
De acordo com Kleiman (2002, p.10), “a leitura é um ato social entre dois
sujeitos – leitor e autor – que interagem entre si, obedecendo objetivos e
necessidades socialmente determinados.”
A autora ainda afirma que
De fato, a compreensão de um texto escrito envolve a compreensão de frases e sentenças, de argumentos, de provas formais e informais, de objetivos, de intenções, muitas vezes de ações e de motivações, isto é, abrange muitas das possíveis dimensões do ato de compreender, se pensamos que a compreensão verbal inclui desde a compreensão de uma charada até a compreensão de uma obra de arte. (KLEIMAN, 2002, p.10)
Os gêneros discursivos são manifestações culturais e, por isso, segundo
Bakhtin, são orientados pelo espaço-tempo. Dinamizam, assim, as relações
pessoais ou entre sistemas de linguagens, permitindo que haja troca,
organização, transmissão, criação de mensagens, entre outros, em um
contexto cultural específico. Portanto, os gêneros não são recentes, já que
estão atrelados ao ambiente social e histórico das civilizações. Os estudos de
Machado (2010, p. 159) sobre a teoria dialógica de Bakhtin, mostram os
gêneros marcados por uma mobilidade espaço-temporal, sendo produzidos no
presente, mas reportando-se ao passado e apontando para o futuro, adquirindo
a sua maturação.
Segundo Sobral (2010, p. 24), “O Círculo [de Bakhtin] destaca o sujeito
não como um fantoche das relações sociais, mas como um agente, um
organizador de discursos, responsável por seus atos e responsivo ao outro”.
Portanto, o indivíduo possui um caráter situado, tomando decisões éticas em
sua vida concreta.
Logo, o trabalho com o gênero artigo de opinião possibilita despertar no
educando a importância de organizar o discurso argumentativo, levando em
conta o interlocutor para que esse possa validar os dispositivos argumentativos
apresentados pelo locutor. Dessa forma, é possível ampliar a visão crítica do
aluno diante de uma situação problema, identificar a intencionalidade pertinente
ao texto e posicionar-se de maneira coerente e articulada.
A implementação do Projeto está dividida em cinco oficinas, sendo:
3 OFICINA 1: CONHECENDO O ARTIGO DE OPINIÃO
Objetivos:
Expor aos alunos o projeto que será desenvolvido, permitindo-lhes o
contato inicial com o gênero artigo de opinião.
Construir coletivamente as características mais destacáveis do gênero
artigo de opinião.
Produzir individualmente um primeiro artigo de opinião, a fim de
diagnosticar o que os alunos dominam ou não em relação a esse
gênero.
Material:
Cópias de artigos de opinião
Caderno
Atividade 1
De acordo com as capacidades de linguagem dominantes dos sujeitos,
alguns autores, como Schneuwly e Dolz (2004), agruparam os gêneros textuais
nas seguintes ordens:
a. do relatar: a documentação e a memorização de ações humanas;
experiências vividas, situadas no tempo.
b. do narrar: há uma recriação do real.
c. do argumentar: discussão de problemas controversos, por meio da qual
busca-se a sustentação ou a refutação de uma opinião, tomando uma
posição.
d. do expor: a apresentação e a construção de diferentes formas dos
saberes.
e. Do descrever ações ou instruir/prescrever ações: há as normas que
devem ser seguidas para atingir algum objetivo.
Nesta atividade inicial, você trabalhará com um colega de sala. Ambos
lerão o texto abaixo, silenciosamente, e, em seguida, discutirão e responderão
no caderno as questões que seguem:
sexta-feira, setembro 06, 2013
DRAMAS, COMÉDIAS E FARSANelson Motta
A cena obscena de centenas de deputados, com seus cabelos pintados, seus gritos de júbilo e seus punhos cerrados, comemorando o fim do voto secreto, é uma imagem histórica do cinismo e da hipocrisia no Brasil. Só faltou cantarem o Hino Nacional. Boa parte deles havia permitido a manutenção do mandato do deputado-presidiário Natan Donadon, assim como em 2006, pressionados pela explosão do mensalão, 452 colegas já haviam aprovado o mesmo projeto, mas só em primeiro turno, na certeza de que não haveria o segundo. Agora tiveram que votar, mas sabendo que o Senado vai manter o voto aberto só para cassações de mandatos.(...)
Disponível em: http://arquivoetc.blogspot.com.br/search?updated-min=2013-01-01T00:00:00-
02:00&updated-max=2014-01-01T00:00:00-02:00&max-results=50
1. O texto lido pertence à ordem do relatar, do narrar, do argumentar, do
expor, do descrever ações ou do instruir/prescrever ações? Justifique
sua resposta com elementos do texto.
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2. A quem se dirige essa produção?
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3. Qual é o suporte material da produção, ou seja, em que veículo de
comunicação ela foi publicada?
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4. Quem é o autor do texto? Há mais alguma informação sobre o autor,
além do seu nome? Se sim, qual?
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5. Como é a organização desse texto (que informações aparecem na
introdução, no desenvolvimento e na conclusão do texto)?
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6. Como é a linguagem usada no texto (coloquial ou norma padrão)?
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Atividade 2
Nesta etapa, nós vamos socializar as respostas dadas por você e seus
colegas, buscando (re) conhecer as especificidades do gênero lido.
Atividade 3
Agora, você vai ler silenciosamente um outro texto e, no seu caderno,
vai registrar por escrito quais características básicas esses textos têm em
comum e se há diferenças estruturais (a maneira como o texto é organizado) e
de conteúdo (assunto) entre eles. Em seguida, vamos socializar novamente as
informações levantadas por você e seus colegas.
Dilma manda concorrentes “estudar”. Com que autoridade? Com que grande currículo? E o que ela diria para Lula?
Ricardo Setti
Dilma dando lição aos concorrentes rivais às eleições de 2014: com que base? (Foto: Folhapress)
Como se estivesse com o mundo na barriga, sabendo sobre tudo, a
presidente Dilma Rousseff recomendou a seus adversários na campanha
presidencial que “estudassem” para poder governar o Brasil.
Disponível em: http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/politica-cia/dilma-manda-concorrentes-
estudar-com-que-autoridade-com-que-grande-curriculo-e-o-que-ela-diria-para-lula/
Atividade 4
O artigo de opinião faz parte da ordem do argumentar. O enunciador, ao
produzir esse gênero textual, tem como propósito construir uma opinião,
fazendo uso de uma argumentação coerente e consistente, na qual analisa,
avalia e responde a uma questão controversa.
Agora, você vai fazer uma produção inicial escrita do gênero artigo de
opinião, dirigida a um destinatário fictício. Para isso, você vai se valer do
assunto abordado na notícia que segue abaixo. Leia-a, identifique o tema
central do texto e, a partir dele, escreva um texto, em seu caderno, expondo o
seu ponto de vista em relação ao assunto e apresentando argumentos que
tornem a sua produção consistente, convencendo o seu leitor fictício a aceitar a
sua tese.
Falta de mão-de-obra qualificada afeta 65% das empresas, diz
CNI
Conforme o levantamento da CNI, a dificuldade em encontrar candidatos com capacitação
atinge todas as áreas das empresas, dos postos da base aos de nível gerencial
28/10/2013 | 14:59 | AGÊNCIA BRASIL
Encontrar mão-de-obra qualificada tem sido um problema para as empresas brasileiras nos últimos anos, de acordo com pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada nesta segunda-feira (28). O levantamento, que ouviu 1.761 empresas entre 1º e 11 de abril, mostra que 65% das empresas dos segmentos extrativo e de transformação apontaram a falta de trabalhador qualificado como um problema.
Disponível em: http://www.gazetadopovo.com.br/economia/conteudo.phtml?
tl=1&id=1420579&tit=Falta-de-mao-de-obra-qualificada-afeta-65-das-empresas-diz-CNI>
4 OFICINA 2: A PERSUASÃO E SUA HISTÓRIA
Objetivo:
Situar historicamente o contexto de produção do discurso persuasivo.
Material:
Texto impresso sobre a origem do discurso persuasivo.
Caderno.
Atividade 1
Caro aluno, a linguagem persuasiva é mais antiga do que imaginamos.
Confira essa informação no texto abaixo, lendo-o com atenção.
De acordo com o autor Adilson Citelli, em seu livro Linguagem e
Persuasão (2012), o discurso persuasivo tem suas raízes na tradição clássica,
mais especificamente entre os gregos que tinham como finalidade convencer
os auditórios a partir de seus discursos e de suas estratégias argumentativas.
Entre os nomes de oradores mais conhecidos na Grécia antiga estão
Demóstenes, Quintiliano e Górgias. Tal era a preocupação do povo grego com
a estruturação do discurso que as escolas criaram três disciplinas para
atender melhor a busca pelo domínio da palavra: a eloquência, a gramática e
a retórica. De acordo com Citelli (2012), “[...] cabe à retórica mostrar o modo
de constituir as palavras visando convencer o receptor sobre determinada
verdade.”
Citelli (2012) comenta que na sociedade grega era necessário o
exercício do poder, de domínio das regras e normas da boa argumentação
com a finalidade de formar os consensos de mando. Os pensadores gregos da
época clássica escreveram sobre o assunto, porém Aristóteles é quem vai se
aprofundar no estudo da persuasão. Escreve, então, a obra Arte retórica,
composta de três volumes nos quais analisa elementos da gramática, lógica,
estilística, argumentação, filosofia da linguagem entre outros temas.
Em Arte retórica, Aristóteles aponta as regras gerais de formulação do
discurso persuasivo, estruturando o texto em quatro partes sequenciais e
integradas: o exórdio (a introdução, indicando o assunto do gênero do texto
em questão), a narração (o andamento argumentativo), as provas (as
comprovações das afirmações para dar credibilidade ao argumento),
peroração (a conclusão, a recapitulação do que se disse).
Portanto, há toda uma construção histórica e social do discurso
persuasivo, cuja finalidade é discutir problemas sociais controversos, usando
para isso a marca linguística do argumentar, sustentando, refutando e
negociando tomadas de posição, por meio da linguagem. O argumentar faz
parte do cotidiano do sujeito, contribuindo para a construção da história e da
cultura de um povo.
Atividade 2
Vamos refletir sobre o texto, respondendo, em seu caderno, as questões
abaixo:
1. Segundo o texto, qual era a importância, para os gregos, de se dominar
os recursos linguísticos e com que finalidade?
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2. Aristóteles afirma que o texto persuasivo precisa ter suas partes
apresentadas de maneira sequencial e integrada. Com base no texto,
explique o que o autor quis dizer com essa afirmação.
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3. O texto afirma que “O argumentar faz parte do cotidiano do sujeito,
contribuindo para a construção da história e da cultura de um povo”.
Como essa ideia é apresentada no texto?
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Atividade 3
Vamos nos aprofundar mais na questão do porquê os gregos falavam
para grandes auditórios e que tipo de opiniões e verdades esses pensadores
procuravam transmitir para a plateia.
Para isso, vamos assistir a uma palestra com um professor de Filosofia
do próprio colégio, que vai buscar ampliar mais o nosso conhecimento a
respeito do discurso persuasivo.
5 OFICINA 3: ARTIGO DE OPINIÃO – ESTRUTURA E TEMÁTICA
Objetivos:
Analisar as características estruturais e temáticas do gênero artigo de
opinião.
Analisar os mecanismos argumentativos na construção do texto
opinativo.
Reconhecer questões polêmicas e analisar a argumentação do autor.
Material:
Cópias de artigos de opinião
Datashow
Atividade 1
Você sabia que o artigo de opinião além de ser um texto dissertativo
também é argumentativo? Isso acontece porque toda análise, comentário e
explicação visa a defender uma tese.
Os autores Köche, Boff e Marinello (2010) estruturam o artigo de opinião
em:
a) Situação-problema: coloca a questão a ser desenvolvida para guiar o
leitor ao que virá nas demais partes do texto. Busca contextualizar o
assunto a ser abordado por meio de afirmações gerais e/ou específicas.
É comum, nesse momento, evidenciar o objetivo da argumentação que
será sustentada ao longo do artigo, bem como a importância de discutir
o tema.
b) Discussão: expõe os argumentos e constrói a opinião a respeito da
questão examinada. Nesta parte do texto, apresentam-se provas a favor
da posição assumida e provas para mostrar que a posição contrária está
equivocada.
c) Solução-avaliação: evidencia a resposta à questão apresentada,
podendo haver a reafirmação da posição assumida ou a apreciação do
assunto abordado. Nessa parte, não se faz a apresentação de um
simples resumo ou mera paráfrase das afirmações anteriores.
Agora, será necessário que você retome o texto Dramas, comédias e farsa,
de Nelson Motta, e faça uma releitura. Em seguida, preencha a tabela abaixo,
de acordo com esse texto relido.
DRAMAS, COMÉDIAS E FARSA (Nelson Motta)Situação-problema:
Posição do autor:
Discussão:
1º argumento:
1º contra-argumento:
2º contra-argumento:
3º contra-argumento (refutação do contra-argumento anterior):
2º argumento:
3º argumento:
Solução-avaliação:
Atividade 2
Nesta etapa de nosso trabalho, vamos aprender a construir uma
compreensão geral e crítica do texto. Esta atividade será dividida em duas
etapas: antes da leitura e depois da leitura.
1ª etapa: Antes da Leitura (Atividade oral)
• Observando o título do texto, qual é o assunto mais provável do artigo?
• O que você sabe sobre esse assunto?
• Leu ou assistiu a algo sobre esse assunto nos últimos dias?
• Essa situação é controversa? Qual a importância de se discutir esse
assunto?
CONSTRUIR A DEMOCRACIA
Lya Luft é escritora.
Palavras podem ser tão usadas — e tão mal usadas — que vão
perdendo seu significado. Vai-se a essência, ficam as franjas que cada um
sopra para o lado que quiser. Assim, entre nós, de momento, vejo democracia.
(...)
Disponível em: http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/tag/lya-luft/
2ª etapa: Depois da Leitura (Atividade oral e escrita)
• Após a leitura do artigo, as informações nele apresentadas vieram ao
encontro do que você imaginava/esperava? Comente.
• Agora, você vai reler o texto silenciosamente, identificando nos
parágrafos a ideia principal (que está implícita ou explícita). Para isso,
você pode fazer marcações e anotações no próprio texto.
• Vamos, então, checar os trechos marcados por vocês, observando quais
são mais adequados em relação à discussão apresentada no artigo.
Para isso, o texto será projetado na tela enquanto escolhemos e
selecionamos a ideia principal em cada parágrafo.
Para uma melhor compreensão do texto, responda por escrito. as questões
que seguem em relação ao artigo de Lya Luft.
1. Analisando o título do artigo, presume-se que a democracia é um
conceito e uma prática acabados?
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2. De acordo com a autora, está havendo uma distorção do conceito de
democracia. Então, para Lya Luft, o que é e o que não é democracia?
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3. Qual é a questão polêmica a que o artigo se refere?
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4. Quais foram os acontecimentos que motivaram a autora a escrever esse
artigo?
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5. Quem seriam os prováveis adversários da articulista?
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6. Que tese o artigo defende?
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7. Qual é a solução-avaliação apresentada pela articulista?
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Atividade 3
Os textos dissertativos podem ser predominantemente expositivos ou
argumentativos. Quando expositivos, a sua finalidade é esclarecer/explicar um
conceito, analisar um fato, apresentar resultados de uma pesquisa, entre
outros. Contudo, quando o texto dissertativo é argumentativo, como é o caso
do artigo de opinião, toda análise, comentário e explicação visa a defender uma
tese.
Para que o articulista escreva um bom artigo de opinião é preciso utilizar
argumentos consistentes que mostrem as razões que o levaram a tomar
determinada posição, evitando, assim, a banalização de seu artigo, com
motivos superficiais ou sem justificativa.
Köche, Pavani e Boff (2008) apresentam os principais tipos de
argumentos que o autor de um artigo de opinião pode empregar. São eles:
a) Argumento de autoridade: consiste na citação de autores renomados ou
de autoridades no assunto que dará credibilidade ao ponto de vista que o
articulista quer defender em seu texto. Os provérbios, máximas, ditos populares
e expressões consagradas também são exemplos de argumentos de
autoridade.
b) Argumento de consenso: consiste no uso de proposições evidentes por si
mesmas ou universalmente aceitas como verdade, com base científica e
validade indiscutível.
c) Argumento de provas concretas: apoia-se em fatos, dados estatísticos,
exemplos e ilustrações para comprovar a veracidade do que se diz.
d) Argumento de competência linguística: consiste no emprego da
linguagem (vocábulos, formas verbais, entre outros) adequada à situação de
interlocução.
Nesta etapa da oficina, você vai ler o artigo de opinião abaixo e
identificar qual (quais) tipo (s) de argumento (s) a articulista utiliza no texto.
FALÊNCIA MÚLTIPLA
Lya Luft
Um jornalista comentou recentemente num programa de televisão que
pediu a um médico seu amigo um diagnóstico do que está ocorrendo no Brasil:
infecção, virose? A resposta foi perfeita: “Falência múltipla dos órgãos”. Nada
mais acertado. Há quase dez anos realizo aqui na coluna minhas passeatas:
estas páginas são minha avenida, as palavras são cartazes. Falo em relações
humanas e seus dramas, porém mais frequentemente nas coisas inaceitáveis
na nossa vida pública. Esgotei a paciência dos leitores reclamando da
péssima educação — milhares de alunos sem escola ou abrigados em
galpões e salinhas de fundo de igrejas, para chegarem aos 9, 10 anos sem
saber ler nem escrever. Professores desesperados tentando ensinar sem
material básico, sem estrutura, salários vergonhosos, estímulo nenhum.
Universidades cujo nível é seguidamente baixado: em lugar de darem boas
escolas a todas as crianças e jovens para que possam entrar em excelentes
universidades por mérito e esforço, oferecem-lhes favorecimentos prejudiciais.
(...)
Disponível em: http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/tag/lya-luft/
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Atividade 3
As vozes de um texto
Em um artigo de opinião, há muitas vozes aliadas ao articulista (nesse
caso, constituem-se em argumentos a favor do ponto de vista do enunciador),
ou à voz de um adversário (representa um contra-argumento possível, mas ele
somente é citado para mostrar como e por que não procede).
A expressão “voz” não se refere apenas à palavra, falada ou escrita, de indivíduos e instituições. Números, estatísticas, dados quantitativos ou qualitativos de diferentes ciências também são
considerados vozes, na medida em que são assumidos socialmente por especialistas e/ou instituições que funcionam como protagonistas de um discurso. Num texto argumentativo, as vozes tendem a se organizar como num debate, assumindo funções específicas. (RANGEL; GAGLIARDI; AMARAL, p. 117; 2010)
1. No artigo de opinião, “Falência múltipla”, há muitas vozes aliadas à
articulista. Identifique algumas delas.
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2. De que forma a autora introduz essas vozes no seu discurso?
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6 OFICINA 4: ARTICULANDO O TEXTO
Objetivos:
Perceber articulações entre partes diferentes de um texto argumentativo.
Conhecer e usar expressões que tornam um texto argumentativo
articulado.
Material:
Cópias de artigo de opinião
Atividade 1
Quando alguém escreve um artigo de opinião tem por objetivo
convencer um conjunto de leitores potencialmente envolvidos no debate. Para
isso, o articulista emprega estratégias argumentativas que façam sentido para
quem lê. Além dos argumentos (valores e verdades aceitas por uma
determinada comunidade), podem ser usados também os operadores
argumentativos, que nada mais são do que elementos da língua, por exemplo,
conjunções, que orientam a sequência do discurso, e os pronomes, advérbios e
locuções adverbiais de tempo (conhecidos como operadores dêiticos).
Abaixo, segue um quadro com os principais elementos articuladores.
Uso ExpressõesTomar posição Do meu ponto de vista; na minha
opinião; pensamos que;
pessoalmente acho.Indicar certeza Sem dúvida; está claro que; com
certeza; é indiscutível.Indicar probabilidade Provavelmente; me parece que; ao
que tudo indica; é possível queIndicar causa e/ou consequência Porque; pois; então; logo; portanto;
consequentemente.Acrescentar argumentos Além disso; também; ademais.Indicar restrição Mas; porém; todavia; contudo;
entretanto; apesar de; não obstante.Organizar argumentos Inicialmente; primeiramente; em
segundo lugar; por um lado; por outro
lado.Preparar conclusão Assim; finalmente; para finalizar; por
fim; concluindo; enfim; em resumo.Fonte: Olimpíada Brasileira de Língua Portuguesa; p.113; 2010.
1. Releia o fragmento abaixo:
“Falo em relações humanas e seus dramas, porém mais
frequentemente nas coisas inaceitáveis na nossa vida pública.”
Com que finalidade foi empregada a conjunção porém nesse período?
Qual foi a ideia que a articuladora do texto quis transmitir ao leitor por meio do
uso dessa conjunção?
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2. A articulista, na produção de seu artigo de opinião, utilizou o recurso de
não iniciar os parágrafos com os elementos articuladores. Mesmo assim, seu
texto apresenta coesão e clareza, permitindo que o leitor não perca o âmbito da
discussão. Qual é o resultado obtido com o emprego dessa estratégia de
produção?
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3. Qual é o objetivo da articulista ao fazer questionamentos em seu texto?
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4. Observe o período abaixo:
“Universidades cujo nível é seguidamente baixado: em lugar de darem boas
escolas a todas as crianças e jovens para que possam entrar em excelentes
universidades por mérito e esforço, oferecem-lhes favorecimentos prejudiciais.”
a) Qual é a ideia sugerida no emprego do elemento articulador em
destaque?
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b) Verifique, nesse texto, qual é o referente do elemento articulador cujo e
qual a ideia expressa por essa conjunção?
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c) Nesse mesmo período, o enunciador utiliza a forma expressiva
“favorecimentos prejudiciais”. Quais são os favorecimentos prejudiciais a
que o enunciador se refere no texto?
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d) Considerando que um texto dissertativo divide-se em introdução,
desenvolvimento e conclusão, identifique no texto, “Falência múltipla”, a
organização geral do artigo assinado por Lya Luft, indicando os
parágrafos que compõem cada uma dessas partes.
Introdução: ________________________________________________
Desenvolvimento: ___________________________________________
Conclusão: ________________________________________________
e) Além do nome, há a informação de que a articulista é uma escritora.
Analisando o perfil do enunciador e o vocabulário empregado no artigo
de opinião, identifique o tipo de linguagem predominante no texto.
Justifique sua resposta, retirando exemplos do artigo.
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7 OFICINA 5: DEBATENDO QUESTÕES POLÊMICAS E PRODUZINDO
ARTIGO DE OPINIÃO
Objetivos:
Debater oralmente questões polêmicas.
Construir argumentos para defender uma tese, a partir de uma questão
polêmica.
Produzir individualmente um artigo de opinião a partir de questões
polêmicas abordadas nos debates.
Materiais:
Jornais.
Revistas.
Computadores com acesso à Internet.
Datashow.
Dicionário de Língua Portuguesa.
Atividade 1
No decorrer das oficinas, você teve contato com a organização do texto
argumentativo e constatou que é necessário que o articulista aponte uma
questão polêmica, situando-a no tempo e no espaço. Trata-se de um assunto
de interesse público, reunindo posições favoráveis e contrárias, a partir de um
debate.
O debate nada mais é do que os participantes usarem a palavra para
expressar o que pensam sobre o assunto em questão. É nessa ação que os
debatedores vão retomar a fala do outro, fazer críticas, refutar ideias, tomar
posição e até mesmo transformar valores sociais, sempre de maneira
respeitosa e civilizada.
Neste momento, vocês vão assistir a dois vídeos que trazem à tona
questões polêmicas. Prestem bastante atenção e façam, em seu caderno, as
anotações que julgar necessárias sobre os vídeos.
Vídeo 1:
Título: Conexão Repórter - Pichação
Publicado em 02/02/2013
Conexão Repórter – SBT (com Roberto Cabrini)
Link de acesso: http://www.youtube.com/watch?v=k5F5wWjHjcM
Vídeo 2:
Título: Comportamento: o que é e o que não é bullying?
Enviado em 21/12/2010
O Jornal Minas 2a Edição, programa da Rede Minas apresentou uma matéria,
no dia 11/12/2010, sobre questões polêmicas relativas ao bullying. A pedagoga
e diretora geral do Colégio Loyola, Sônia Magalhães, foi a especialista
entrevistada para esclarecer o assunto.
Link de acesso: http://www.youtube.com/watch?v=ymaJqZy6v1Q
A turma será dividida em dois grupos, cada um responsável pelo
assunto abordado em um dos vídeos.
Cada grupo será dividido, novamente, em outros dois grupos: A (A1 e
A2); B (B1 e B2). Esses subgrupos deverão, a partir do vídeo assistido
e selecionado para sua equipe, identificar a provável questão polêmica
trabalhada no documentário.
Em seguida, cada subgrupo deverá tomar uma posição em
relação à questão polêmica, argumentando em favor do seu ponto de
vista, enquanto o outro subgrupo argumentará contra, refutando suas
ideias e apresentando uma tese alternativa.
Na apresentação e defesa de seu ponto de vista, cada subgrupo
terá um tempo concedido à sua fala, bem como o direito à réplica e
tréplica. Além disso, o respeito ao adversário do debate deverá ser
mantido, bem como a espera pela sua vez de falar. O tipo de linguagem
a ser empregada será a mais formal.
Enquanto o grupo A estiver debatendo sua questão polêmica, o
grupo B estará avaliando o desempenho desse grupo no debate,
levando em conta os seguintes aspectos:
• As teses foram claramente apresentadas?
• Os argumentos foram consistentes para a defesa de seu ponto de
vista?
• Quais os principais argumentos apresentados a favor e contra
cada tese?
• O debate foi coerente e fluente?
• Vocês conseguiram chegar a alguma conclusão sobre o assunto?
Comente.
• Como os grupos poderiam melhorar o seu desempenho no
debate?
Na sequência, os papéis vão se inverter: o grupo B debate e o grupo A
avalia.
Ao final do debate, será feita uma avaliação coletiva da atividade,
reforçando os melhores argumentos e estratégias argumentativas
empregadas durante a discussão e salientando que as teses sem
argumentos consistentes estão muito longe de convencer o auditório.
Atividade 2
Nesta etapa da oficina, você aprofundará seus conhecimentos sobre os
assuntos discutidos no debate, por meio de pesquisa em jornais, revistas e/ou
Internet, ou com pessoas especializadas no assunto. Os resultados da sua
pesquisa serão apresentados na aula subsequente e um levantamento das
informações relacionadas à questão polêmica será elaborado coletivamente e
registrado pelos alunos em seu caderno.
Atividade 3
Para produzir um artigo de opinião é necessário que você relembre
alguns aspectos:
• O articulista deve partir de uma questão polêmica, apresentando o
âmbito da discussão, indicando seus prováveis interlocutores e suas
motivações para escrever o artigo de opinião.
• É preciso justificar a sua posição em relação ao assunto, por meio de
argumentos convincentes.
• Apresentar informações (fatos, dados de pesquisa, citação de autores
renomados e especialistas no assunto, proposições com validade
indiscutível, exemplos, ilustrações) que sirvam de argumentos para
sustentar a sua tese.
• Usar os elementos articuladores de maneira coerente.
• Na conclusão, apresentar o ponto de chegada de todo o raciocínio
desenvolvido, explicitando a sua opinião.
• Colocar um título pertinente ao artigo de opinião produzido.
Agora, você vai produzir um texto individual a partir de uma das questões
polêmicas trabalhadas nas oficinas anteriores ou de uma nova que esteja em
destaque na mídia ou na sua comunidade.
Atividade 4
Nesta etapa, você vai reler o seu artigo de opinião, verificando se o seu
texto contemplou os itens relacionados abaixo:
a. Seu artigo aponta uma questão polêmica?
b. Essa questão ficou clara para o leitor?
c. Você tomou uma posição em relação a essa questão polêmica?
d. Apresentou argumentos e contra-argumentos no texto?
e. Empregou os elementos articuladores para introduzir os argumentos e
anunciar a conclusão?
f. Concluiu o texto reforçando a sua tese?
g. Corrigiu os erros de ortografia?
h. Empregou adequadamente a pontuação?
i. Evitou a repetição de palavras por meio do emprego de pronomes,
advérbios e sinônimos?
j. Sua letra está legível?
k. Seu artigo apresenta um título adequado?
Após essa revisão, você vai fazer as correções necessárias em seu texto e
entregá-lo à professora que lerá o seu artigo. Depois que sua professora
devolver seu texto lido e com as anotações necessárias para uma nova
correção (caso seja necessário), escreva a versão definitiva de seu artigo. Os
textos serão expostos em um jornal mural na entrada do colégio e alguns deles
publicados em um dos jornais da cidade.
9 CRONOGRAMA DE PREVISÃO DA REALIZAÇÃO DAS OFICINAS
OFICINAS CARGA HORÁRIAOficina 1: Conhecendo o artigo de opinião 5 horas/aulaOficina 2: A persuasão e sua história 3 horas/aulaOficina 3: Artigo de opinião – estrutura e
temática
9 horas/aula
Oficina 4: Articulando o texto 4 horas/aulaOficina 5: Debatendo questões polêmicas e
produzindo artigo de opinião
11 horas/aula
TOTAL 32 horas/aula
REFERÊNCIAS
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COMPORTAMENTO: o que é e o que não é bullying. Disponível em: < http://www.youtube.com/watch?v=ymaJqZy6v1Q >. Acesso em: 17 nov. 2013.
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