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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO DO MATERIAL DIDÁTICO PEDAGÓGICO
Título: Entre o urbano e o rural: a Crônica de Rubem Braga na sala de aula Autor
Natalia Onesko
Disciplina Língua Portuguesa
Escola
Colégio Estadual Presidente Kennedy
Município Ariranha do Ivaí
Núcleo Ivaiporã
Orientador Jaime dos Reis Sant’anna
Instituição de Ensino Superior Universidade Estadual de Londrina
Relação Interdisciplinar Matemática, História
Resumo
Sendo a crônica um gênero discursivo/textual, tendo geralmente como assunto algum acontecimento do cotidiano ou um fato vivenciado pelo autor, sua contextualização aproxima a linguagem escrita no universo escolar. Por essa razão, foram selecionadas crônicas do jornalista e escritor Rubem Braga. Por tanto, o projeto visa contribuir para o resgate do cronista, demonstrando sua relevância na historiografia literária brasileira. Assim como, refletir sobre os elementos constitutivos da identidade nacional brasileira dos anos 50 e 60, como também demonstrar que a atualidade destes textos consiste em sua capacidade de lançar luz para a compreensão de traços identitários ainda presentes em nossa sociedade. O foco de intervenção são alunos do 9ºano do Ensino Fundamental. As crônicas e os recursos tecnológicos servirão para impulsionar o amadurecimento do domínio discursivo da leitura, oralidade e da escrita. Para tanto, será elaborada uma sequência didática desse gênero para exploração de seus aspectos estruturais e composicionais – função social, conteúdo temático, estrutura composicional e estilo. O produto final será a criação de videoclipes a partir da produção dos alunos.
Palavras-Chave Leitura; Crônicas; Rubem Braga;
Formato do Material Didático Sequencia didática
Público Alvo 9º Ano, Ensino Fundamental
Figura 1 William Goedert
Entre o urbano e o rural: a Crônica de Rubem Braga na sala de aula
1. APRESENTAÇÃO
O presente estudo Entre o urbano e o rural: a Crônica de Rubem Braga na
sala de aula tem por objetivo apresentar para os estudantes uma leitura que norteie
seu posicionamento e que seja capaz de resultar no leitor que compreende a
essência do texto, estabelecendo relações com o autor do mesmo e preenchendo as
lacunas que possivelmente possam surgir no ato de ler. Promover a mediação para
que os alunos do 9º ano do colégio, percebam por meio das atividades de leitura,
produção que ler é contagiante, envolvente, é conhecer novos mundos e diferentes
maneiras de viver. Espera-se também que os mesmos passem da leitura prazer que
é o foco do projeto existente no colégio para a leitura crítica.
Ao final das atividades será desenvolvido a possibilidade de gravação em
estúdio das crônicas de Rubem Braga e das produções feitas pelos alunos para
produção de “videoclipes”.
De acordo com as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná, Língua
Portuguesa, (DCEs) é tarefa da escola possibilitar que seus alunos participem de
diferentes práticas sociais que utilizem a leitura, a escrita e a oralidade, com a
finalidade de inseri-los nas diversas esferas de interação.
Às vezes a prosa da crônica se torna lírica, como se
estivesse tomada pela subjetividade de um poeta do
instantâneo que, mesmo sem abandonar o ar da conversa
fiada, fosse capaz de tirar o difícil do simples, fazendo
palavras banais alçarem voo.
Davi Arrigucci Jr
PROPOSTA PARA ESTUDO 1 - O que é crônica? 2 – Quais são os tipos de crônicas? 3 – Quais são as características da crônica? 4 – Leitura de crônicas. 5 – Estudo e interpretação dos textos do gênero crônica. 6 – Dicas para escrever uma crônica 7 – Produções de crônicas 8 – Produção de videoclipe com as crônicas produzidas.
Caros professores, compreendemos que é tarefa imprescindível refletir sobre
a leitura e produção dos nossos alunos, pois de acordo com as Diretrizes
Curriculares da Educação Básica, Língua Portuguesa, (DCEs) estamos vivendo
numa época denominada “era da informação”, a qual possibilita acesso rápido à
leitura de uma gama imensurável de informações, convivemos com o índice
crescente de analfabetismo funcional, e os resultados das avaliações educacionais
revelam baixo desempenho do aluno em relação à compreensão dos textos que lê.
A escolha do gênero crônica se justifica por ser um texto leve, despretensiosa
como uma conversa entre velhos amigos, e tem a capacidade de por vezes, nos
fazer enxergar coisas belas grandiosas em pequenos detalhes do cotidiano que
costumam passar despercebidos. OBMEP (Olimpíadas de Língua Portuguesa).
A crônica é um gênero que retrata os acontecimentos da vida em tom
despretensioso ora poético, ora filosófico, muitas vezes divertidos. Assim sendo,
optou-se por esse gênero para que os alunos passem a analisar criticamente as
situações do cotidiano e por conseguinte as situações mais complexas.
Leitura e produção: um desafio para os professores e
para os alunos
Acredita-se que o trabalho com gêneros será uma forma de dar conta do
ensino dentro de um dos portadores da proposta oficial dos PCNs. Gênero textual refere os textos materializados em situações comunicativas recorrentes. Os gêneros textuais são os textos que encontramos em nossa vida diária e que apresentam padrões sociocomunicativos característicos definidos por composições funcionais, objetivos enunciativos e estilos concretamente realizados na integração de forças históricas, sociais, institucionais e técnicas. (MARCUSCHI, 2008, p.155).
É relevante refletir o que o próprio Bakhtin diz a respeito do gênero: Um gênero é e não é sempre o mesmo, é sempre novo e velho simultaneamente. O gênero renasce e se renova em cada etapa do desenvolvimento da literatura e em cada obra individual de certo gênero. É isto que constitui a vida do gênero. Assim, mesmo os elementos arcaicos preservados num gênero não estão mortos, mas sempre vivos; isto é, os elementos arcaicos são capazes de se renovar continuamente. Um gênero vive no presente, mas tem a memória do seu passado, das suas origens. O gênero é um representante da memória criativa no processo do desenvolvimento literário. Por isso, o gênero é capaz de garantir a unidade e a ininterrupta continuidade de seu desenvolvimento. (BAKHTIN apud FARACO, 2010, p.128).
O termo crônica vem de crônico, que se origina do grego chronikós – relativo
ao tempo – que, por sua vez, tem ligação com o mito de Cronos e, de acordo com
Flora Bender e Ilka Laurito, “seja um registro do passado, seja um flagrante do
presente, a crônica é sempre um resgate do tempo”. (BENDER; LAURITO, 1993,
p.11).
Professor (a), neste momento você poderá fazer uma leitura e conhecer melhor o que alguns estudiosos têm a nos dizer sobre gênero.
Professor (a), use a criatividade e fale sobre crônicas. Não esqueça de dizer que esse gênero nunca saiu de moda. Descubra o que os nossos alunos sabem sobre ele. Professor(a), é importante ter claro o que é uma crônica para explicar aos seus alunos sobre este gênero textual, quando surgiu, e suas características.
Podemos dizer que a crônica é uma mistura de jornalismo e literatura. De um
recebe a observação atenta da realidade cotidiana e do outro, a construção da
linguagem, o jogo verbal. Algumas crônicas são editadas em livro, para garantir sua
durabilidade no tempo.
“[...] a crônica não foi feita originalmente para o livro, mas para essa
publicação efêmera que se compra num dia e no dia seguinte é usada para
embrulhar um par de sapatos ou forrar o chão da cozinha” (CANDIDO, 1992, p.14
apud SIMON, 2011, p. 24).
Ao que tudo indica alguns escritores do passado optaram pelos jornais, visto
que, os mesmos davam certa glória imediata, além de proventos mais gratificantes,
pois assim como hoje, a literatura nunca deu camisa a ninguém.
Porém, como destacam Bender e Laurito (1985) a crônica pertence tanto a
esfera jornalística quanto a literária, ambiguidade que não aparece nos outros
gêneros.
CRONICA: GÊNERO AMBÍGUO, Jornalístico e literário
SAIBA UM POUCO MAIS
Professor (a), como as crônica são classificadas em variados tipos e
para que você aprofunde os estudos sobre o tema sugerimos o site:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cr%C3%B4nica_(g%C3%AAnero)
www.escolavesper.com.br.
Neste site você poderá fazer pesquisas juntamente com seus alunos e ampliar
conhecimentos sobre o assunto.
Tipos de Crônica
Crônica Descritiva
Ocorre quando uma crônica explora a caracterização de seres animados e inanimados
em um espaço, viva como uma pintura, precisa como uma fotografia ou dinâmica como
um filme publicado.
Crônica Narrativa
Tem por eixo uma história, o que a aproxima do conto. Pode ser narrado tanto na 1ª
quanto na 3ª pessoa do singular. Texto lírico (poético, mesmo em prosa).
Comprometido com fatos cotidianos ("banais", comuns).
Crônica Dissertativa
Opinião explícita, com argumentos mais "sentimentalistas" do que "racionais" (em vez
de "segundo o IBGE a mortalidade infantil aumenta no Brasil", seria "vejo mais uma
vez esses pequenos seres não alimentarem sequer o corpo"). Exposto tanto na 1ª pessoa
do singular quanto na do plural.
Crônica Narrativo-Descritiva
É quando uma crônica explora a caracterização de seres, descrevendo-os. E, ao mesmo
tempo mostra fatos cotidianos ("banais", comuns) no qual pode ser narrado em 1ª ou na
3ª pessoa do singular. Ela é baseada em acontecimentos diários.
Crônica Humorística
Deve ter algo que chame a atenção do leitor assim como um pouco de humor. É sempre
bom ter poucos personagens e apresentar tempo e espaços reduzidos. A linguagem é
próxima do informal.
Crônica Lírica
Apresenta uma linguagem poética e metafórica. Nela predominam emoções, os
sentimentos (paixão, nostalgia e saudades ), traduzidos numa atitude poética
Crônica Poética
Apresenta versos poéticos em forma de crônica, expressando sentimentos e reações de
um determinado assunto.
Crônica Jornalística
Apresentação de aspectos particulares de noticias ou factos baseados no cotidiano. Pode
ser policial, desportiva, etc...
Crônica Histórica
Baseada em fatos reais, ou fatos históricos. A crônica histórica busca sempre relatar a
realidade social, política ou cultural, avaliada pelo autor quase sempre com um tom de
protesto ou de argumentação.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cr%C3%B4nica_(g%C3%AAnero)
Ligada à vida cotidiana;
Narrativa informal, familiar, intimista;
Uso da oralidade na escrita: linguagem coloquial;
Sensibilidade no contato com a realidade;
Uso do fato como meio ou pretexto para o artista exercer seu estilo
e criatividade;
Dose de lirismo;
Leveza;
Diz coisas sérias por meio de uma aparente conversa fiada;
Brevidade;
É um fato moderno: está sujeita à rápida transformação e à
fugacidade da vida moderna;
Geralmente, a crônica apresenta linguagem simples, espontânea,
situada entre a linguagem oral e escrita;
A narração é feita pela ordem dos acontecimentos dos fatos;
É um pequeno texto baseado em fatos do cotidiano;
Geralmente possui uma crítica indireta;
Muitas crônicas são narradas em tom humorístico;
Algumas vezes o texto é irônico;
As crônicas, em geral, são publicadas em jornais e revistas.
É uma espécie de narrativa curta e condensada que capta um
flagrante da vida, pitoresco, real ou imaginária, com uma ampla
variedade temática, o escritor parte de situações particulares que
funcionam como metáfora de situações universais;
Geralmente são textos curtos, não passam de um dia para o outro;
O escritor dialoga com o leitor;
Apresenta elementos básicos da narrativa: fatos, personagens,
tempo e lugar, o tempo e o espaço são normalmente limitados.
Disponíel em: www.sitedaliteratura.cjb.net
http://saladeleituraencantada.blogspot.com.br/p/as-caracteristicas-da-cronica.html
ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DA CRÔNICA
A SEQUÊNCIA DIDÁTICA COMO FORMA DE ABORDAGEM
Neste trabalho, será desenvolvida uma sequência didática composta por
módulos. Desta forma, os educandos do nono ano, terão a oportunidade de
desenvolver procedimentos de leitura e escrita, utilizando a crônica, pois por trás do
humor e da simplicidade presentes nela, existe um trabalho estilístico que a torna a
mais agradável e cativante porta de entrada para o mundo da leitura.
Para Dolz e Schneuwly (2004) as Sequências Didáticas são instrumentos que
podem guiar professores, propiciando intervenções sociais, ações recíprocas dos
membros dos grupo e intervenções formalizadas nas instituições escolares, tão
necessárias para a organização da aprendizagem em geral e para o progresso de
apropriação de gêneros em particular. Esses autores comentam que a criação de
uma sequência de atividades deve permitir a transformação gradual das
capacidades iniciais dos alunos para que estes dominem um gênero e que devem
ser consideradas questões como as complexidades de tarefas, em função dos
elementos que excedem as capacidades iniciais dos alunos.
As sequências didáticas são um conjunto de atividades ligadas entre si,
planejadas para ensinar um conteúdo, etapa por etapa. Organizadas de acordo com
os objetivos que o professor quer alcançar para a aprendizagem de seus alunos,
elas envolvem atividades de aprendizagem e de avaliação.
A sequência didática obedece a uma estrutura regular com os seguintes
passos esquemáticos: apresentação da situação, produção inicial, módulos e
produção final.
O primeiro passo tem como objetivo apresentar ao aluno o gênero com o qual
será trabalhado. Nesta etapa é elaborado o projeto de trabalho e são discutidas as
fases que virão a seguir. Cada um deve compreender o papel que desempenhará
nas atividades e compreender as metas estabelecidas.
A produção inicial é o primeiro exercício de experimentação e que servirá de
parâmetro de comparação em relação ao gênero apresentado e às conquistas que
forem sendo feitas pelos alunos.
Nos módulos, a primeira produção será avaliada e discutida, bem como
outras produções do gênero vão sendo apresentadas, a fim de ir cortando ou
acrescentando o que ficou a desejar na primeira produção. É o momento da
superação e dos esforços pela melhoria do desempenho. Vão sendo apontadas as
dificuldades e criando situações e formas de solução para cada problema
apresentado.
Na produção final o aluno apresentará o resultado de todo o trabalho
desenvolvido desde o início e o professor poderá avaliar os avanços conquistados
no aprendizado do gênero em questão.
2. OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
Utilizar as crônicas e os recursos tecnológicos para impulsionar o
amadurecimento do domínio discursivo da leitura, oralidade e da escrita, fornecendo
subsídios para que os alunos desenvolvam o senso crítico, a sensibilidade estética,
a imaginação e a criatividade.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Refletir sobre os caminhos ocorridos pela criação literária, considerando o
gênero crônica em razão de suas características de função (objetivo), conteúdo,
organização e estilo.
Aprofundar, por meio da leitura de crônicas escolhidas, a capacidade de
pensamento crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da
oralidade, da leitura e da escrita.
Gerar possibilidades para fazer analogia entre os agricultores, as fazendas e
a cidades da década de cinquenta e sessenta com a real situação local na
atualidade, analisando as situações econômicas, políticas e sociais.
Encorajar os alunos para a produção escrita da crônica. Atentando para a
análise linguística e as figuras de linguagem.
Desenvolver possibilidades de gravação em estúdio das crônicas de Rubem
Braga e das produções feitas pelos alunos para produção de “videoclipes”.
Envolver a comunidade escolar para a promoção do dia da crônica no colégio
para apresentar os trabalhos produzidos.
3. MÓDULOS DIDÁTICOS
MODULO I Objetivos
Sensibilizar os alunos quanto ao gênero crônica, conhecendo o conteúdo com o qual vão trabalhar, sua importância;
Adquirir familiaridade com a prática social que ele materializa; Entender como os fatos, os acontecimentos cotidianos podem ser narrados
através da sensibilidade e criatividade de um escritor; Ouvir a leitura da crônica através do Datashow, slides e vídeo com a crônica
“E tudo mudou” de Luiz Fernando Veríssimo, iniciando o processo de estudo do gênero.
Pesquisar os termos desconhecidos. Analisar oralmente a crônica.
Professor, neste momento é importante analisar conhecimento prévio dos educandos quanto à crônica e ampliar esse conhecimento, fazendo trabalho de leitura e de escrita sobre o texto proposto. Portanto, é interessante iniciar pela discussão oral, fazendo levantamento de hipóteses, provocando um debate em sala, baseado nas seguintes questões:
Crônica e seus cronistas: Apresentação do gênero
ATENÇÃO !!!!!!
https://www.google.com.br/search?hl=pt
Você sabe o que é uma crônica?
Você já leu uma crônica? Qual?
Quem era o autor?
Você conhece algum cronista brasileiro? Qual?
Em que lugar (suporte) as crônicas são publicadas?
Quem costuma ler crônicas em jornal ou revistas ou em blogs na internet?
Quem já ouviu crônicas em programas de rádio ou televisão? Você lembra de
que assuntos tratam essas crônicas?
Você saberia dizer algumas características de uma crônica?
ATENÇÃO!!!!!!!!!!
ATIVIDADE ORAL
Esse título chama a atenção do leitor? Por quê?
O que ele sugere?
Pelo título dá pra imaginar o assunto da crônica?
Ele insinua de que personagens a crônica irá tratar? Qual o cenário?
Que situação vocês acham que essa cônica vai retratar?
Professor, esse procedimento inicial visa antecipar os
conhecimentos prévios dos alunos estimulando-os para a
leitura, por meio da discussão das questões.
Após as discussões das questões acima e observadas as
respostas, será apresentado através do Datashow slides e vídeo
com a crônica “E tudo mudou” de Luiz Fernando Veríssimo,
iniciando o processo de estudo do gênero.
http://www.youtube.com/watch?v=4jG4JcYCfK8
SAIBA UM POUCO MAIS
ATENÇÃO!!!!!!!!!!
ATIVIDADE ORAL
Professor, por meio de perguntas, explore um pouco o título “E
tudo mudou” – isso vai ajudar os alunos a descobrir as
características de um bom título e aprender a cria-lo para as
crônicas deles.
A melhor forma de aprender a fazer alguma coisa é observar um mestre no
assunto. E nada melhor do que falarmos de um grande escritor e cronista brasileiro
Luiz Fernando Veríssimo.
Professor, por meio de perguntas, explore o que os alunos já sabem
sobre o autor.
Depois de ouvi-los apresente alguma informação sobre quem é Luiz
Fernando Veríssimo.
Professor, é interessante comentar com os alunos a sacada de
Veríssimo, realmente muita coisa vem mudando ao longo dos anos
e é natural que isso viesse a acontecer, o que não significa que
uma nova tecnologia venha a fazer outra desaparecer ao contrário
normalmente elas se complementam.
E tudo mudou...
O rouge virou blush
O pó-de-arroz virou pó-compacto
O brilho virou gloss
O rímel virou máscara incolor
A Lycra virou stretch
Anabela virou plataforma
O corpete virou porta-seios
Que virou sutiã
Que virou lib
Que virou silicone
A peruca virou aplique, interlace, megahair, alongamento
A escova virou chapinha
"Problemas de moça" viraram TPM
Confete virou MM
A crise de nervos virou estresse
A chita virou viscose...
Disponível em: http://pensador.uol.com.br/frase/MjYzMzg/
A organização é muito importante, portanto cole a crônica no caderno e
anote a parte escolhida. Pois como diz a educadora Madalena Freire (1996) “ O
registrar de sua reflexão cotidiana significa abrir-se para o seu processo de
aprendizagem”. Também o professor deve aproveitar os momentos registrando com
fotos ou filmando as opiniões dos alunos.
O que acharam da crônica?
Quais objetos citados na crônica são estranhos a vocês?
O que vocês acham que deixou mais saudade?
Quais objetos citados na crônica ainda fazem parte da vida de vocês?
Você gostaria que existisse e não existe mais?
Professor, neste momento faça a leitura da crônica em voz alta
e os alunos já com as cópias nas mãos devem apenas ouvir e
acompanhar a leitura. Em seguida peça aos alunos que em duplas e leiam novamente a
crônica e escolham o trecho que fale da mudança que mais
chamou a atenção para apresentar aos colega.
Pesquisem as palavras desconhecidas.
e escolherem
Para não esquecer
Professor, depois de ouvir e acompanhar a leitura e os comentários
sobre as partes que chamou a atenção dos alunos é hora de
questionar o que a crônica provocou nos alunos.
ATENÇÃO!!!!!!!!!!
ATIVIDADE ORAL
Quais objetos fizeram parte da adolescência dos pais de vocês
Encontrou alguma coisa que você nunca tinha ouvido falar?
Algumas propagandas para fazer analogia com a crônica “E tudo mudou”.
Retrospecto: Infância dos Anos 90. http://www.youtube.com/watch?v=z8vTszbb6AU
MÓDULO II
Objetivos
Apresentar à turma vários livros com as crônicas de Rubem Braga.
Reconhecer o gênero crônica como sendo da ordem do narrar e a forma
como circula nas esferas sociais (suportes). Escolher, de acordo com o interesse do grupo e analisar uma crônica para
identificar : época de produção, tema, personagens, tom etc. Apresentar ao grupo o quadro com os itens pedidos
ELAS VÃO APARECER ... CRÔNICAS ... RECONHECER O
GÊNERO CRÔNICA
VAMOS AMPLIAR O CONHECIMENTO COM UM VÍDEO
É bom combinar um dia para irem a biblioteca para escolha e troca
de livros. O ideal é fazer isso de quinzenalmente.
SUGESTÕES
Material
Livros com as crônicas de Rubem Braga
Dicionários da língua portuguesa
Folhas de papel craft
Canetas hidrográficas coloridas e fita crepe.
Datashow
TV pendrive
De acordo com Lajolo (2004, p. 9), “além de propiciar uma instigante análise
textual, as crônicas constituem elemento mobilizador para a reflexão e discussão de
temas transversais como trabalho, cidadania, ética e pluralidade cultural, promovem
a aproximação de diferentes áreas do conhecimento”.
SAIBA UM POUCO MAIS
ATENÇÃO !!!!!!
Professor, este será o momento para os alunos se
familiarizarem com o processo para identificar assunto,
personagens, ideias e emoções provocadas... deixe-os bem
motivados motivados. Use o vídeo
http://www.youtube.com/watch?v=DID_ojhCkjY para
reflexão.
Que sentimentos ou emoções a crônica nos despertou?
A linguagem é atual?
Qual era o assunto?
Qual a personagem ou personagem?
O autor fazia parte da situação narrada ou estava como observador?
Professor, use uma dinâmica e divida a classe em pequenos grupos
para a leitura de algumas crônicas.
Cada grupo deverá receber um dos livros de crônicas do cronista
Rubem Braga.
O grupo deverá escolher uma crônica para fazer a leitura e partilhar
com a sala.
Se não souberem o significado de alguma palavra ou expressão ao
lerem a crônica, os alunos devem procurar o seu significado no
dicionário que estará a disposição. Depois da leitura o grupo
discutirá entre si as seguintes questões:
Professor, após a discussão, convide cada grupo a retomar a
sua crônica, procurando preencher o quadro abaixo. Devem
analisar o jeito de narrar que o cronista utilizou se provocou
reflexão, crítica: se adotou um tom sério, compenetrado ou
se usou humor, fez rir; foi irônico ou valeu-se do lirismo,
fazendo comparações compenetradas.
Para não esquecer
ATENÇÃO!!!!!!!!!!
ATIVIDADE ORAL
ANÁLISE DE UMA CRÔNICA
Título e autor Época e
palavras
daquele tempo
Tema ou
assunto
Personagens Tom da escrita:
humorístico,
poético, irônico,
reflexivo, sério
Professor, neste momento organize a hora da partilha onde um
representante de cada grupo possa apresentar a crônica e os
comentários. Se houver possibilidade de um notebook estar
conectado ao Datashow o aluno irá preenchendo o quadro como
no modelo acima e fazendo os devidos comentários.
Para que os demais alunos percebam que a crônica pode divertir, sensibilizar, humanizar é preciso estimulá-los a exercitar-se na leitura. Peça aos alunos que façam propagandas bem ilustradas das crônicas
lidas e monte um bonito mural.
SUGESTÕES
MÓDULO III
Objetivos
Produzir o primeiro texto individual;
Verificar os conhecimentos que o aluno já possui sobre o gênero;
Planejar como intervir no processo de aprendizagem do aluno com base no
diagnóstico inicial, guardando a primeira produção para compará-la com a
última.
Chegou o momento de você assumir o papel de repórter-escritor e “registrar o
que for relevante” em sua crônica. Mas antes reflita sobre a comparação que o
crítico Jorge Sá faz entre construir uma casa e construir uma crônica:
A construção de um texto equivale à construção de uma casa: cada frase,
cada silêncio onde reide a significação a ser descoberta pelo leitor é uma espécie de
quarto onde o cronista guarda os seus segredos e a sua solidão. Além disso, ao
construir cada texto ( considerado, aqui, como sinônimo de peça autônoma, relato
que vai do título à última linha), o autor está construindo a sua casa inteira,
procurando discriminar cada aposento e estabelecendo as leis que governarão o seu
universo. Essa construção conduz a um texto maior – e que se faz sem palavras,
pelo silêncio do discurso -, que nada mais é do que a compreensão do que somos,
para melhor prosseguirmos em nossa viagem existencial. ( SÁ, 1985, p.17)
SAIBA UM POUCO MAIS
A PRIMEIRA PRODUÇÃO
Professor, Peça aos alunos que identifiquem os elementos que
todas as crônicas têm em comum. Crie com seus alunos um cartaz
com os elementos contidos em uma crônica, por mais diferentes
que elas sejam.
Título sugestivo – O autor mobiliza o leitor para a leitura?
Cenário curioso – Reflete o lugar que revelam fatos cotidianos?
Foco narrativo, ou seja, o autor escolhe o ponto de vista que vai adotar: escrever em 1ª pessoa (eu vi, eu fiz, eu senti) e se transforma na parte da narrativa - é o autor-personagem; ou fica fora e escreve na terceira pessoa ( ele fez, eles sentiram) – é o autor-observador.
Uma ou várias personagens, inventadas ou não – o autor pode ser uma delas.
Enredo, isto é, narra um momento, um acontecimento, um episódio banal do dia a dia, e a partir daí passa uma idéia, provoca uma emoção.
Tom que o autor usa pode ser: poético, humorístico, irônico ou reflexivo.
Linguagem coloquial – linguagem simples, espontânea, quase uma conversa informal com o leitor.
No desenrolar do texto, as características da narrativa estão presentes? –personagem, cenário, tempo, elemento surpresa ou conflito, e desfecho.
Elementos que as crônicas têm em comum
O VALOR DA PRIMEIRA PRODUÇÃO
A primeira produção propicia um diagnóstico dos conhecimentos e das
dificuldades de cada aluno. Esses dados darão indicação para que você possa
planejar as mediações necessárias no decorrer das atividades.
ANÁLISE DA PRIMEIRA PRODUÇÃO
Aspectos que você pode usar para analisar a primeira produção:
O tema é adequado?
Há apenas a descrição do fato, o relato da situação? Ou o relato é a base
para interpretação, que faz pensar?
O tom da narrativa foi bem escolhido ?
Professor, ajude seus alunos a escolher um tema. Um assunto
sobre o que escrever o tom que vão usar. É um
empurrãozinho indispensável para que percam o medo de
colocar no papel as ideias.
Peça aos alunos que se concentrem e pensem o seu cotidiano:
nas pessoas com as quais convivem; nos assuntos do
momento; nas questões da agricultura ou seja em algo que
tenha acontecido e chamado a atenção nos últimos dias.
Lembre-lhes que esta crônica é ainda a primeira versão. O
objetivo é fazer uma avaliação inicial do que eles já sabem e
do que precisam aprender sobre como escrever uma crônica.
A ESCOLHA DE UM ASSUNTO, DE UMA SITUAÇÃO, E O TOM
DA NARRATIVA
Ao encerrar este módulo você pode despertar a curiosidade dos alunos para a
próxima atividade. Conte-lhes que ela irá tratar de dois temas prezados a todos,
visto que, dependemos uns dos outros: O espaço rural e urbano.
Peça-lhes que pesquisem entre família e vizinhos sobre a época da
colonização do município. Coletem fotos antigas e atuais.
MÓDULO IV
ENTRE O URBANO E O RURAL
SUGESTÕES
É importante elogiar o progresso dos alunos e ao mesmo tempo indicar em que precisam melhorar. Você também pode partilhar exemplos positivos de diferentes trabalhos. Como os títulos engraçados e sugestivos. Pode também destacar o tom humorístico da narrativa do outro etc.
HORA DA PESQUISA
O espaço rural e
os recursos utilizados pelo cronista
Objetivos
Reconhecer as figuras de linguagem como um recurso utilizado pelo
cronista;
Pesquisar sobre a agricultura;
Conhecer um pouco da biografia de Rubem Braga
Reconhecer crônicas, percebendo suas características principais; Analisar o contexto de produção, o conteúdo temático e a construção
composicional da crônica; Interpretar, compreender a crônica selecionada;. Destacar marcas linguísticas (análise linguística) e enunciativas da
crônica selecionada.
É interessante que o professor leve para os alunos em folha digitalizada as
principais figuras de linguagem com seus respectivos exemplos. Os alunos devem
colar no caderno de atividades.
Professor, explique aos alunos que as figuras de linguagem são
recursos utilizados pelos autores para realçar uma ideia. Diga-lhes
também que um bom cronista sempre tem dois instrumentos básicos.
O olhar e a linguagem. Por meio do olhar ele registra o momento
epifânico, ou seja aquele que os outros nem notam. E as figuras de
linguagem ajudam a retratar a situação com sucesso.
Neste momento você pode utilizar o vídeo para introduzir as figuras
de linguagem. Escolha!
http://www.youtube.com/watch?v=KFj8DmYZxw0
http://www.youtube.com/watch?v=1lvEGZ2xuBQ
http://www.youtube.com/watch?v=bMyQQaTwvS4
SUGESTÃO
Comparação – aproximação de dois termos entre os quais existe alguma semelhança, como na metáfora. Existe, porém, a presença de conectivo. Ex.: A cada chuva caía como lágrimas de um céu
Metonímia – é a substituição do sentido da palavra ou expressão por outro sentido, havendo entre eles uma relação lógica. Ex.: Ouvi Mozart com emoção (Mozart = a música de Mozart).
Catacrese – é o emprego de um termo figurado por falta de um termo próprio para designar determinadas coisas. Ex.: Sentou-se no braço da poltrona para descansar.
Eufemismo – abrandamento, atenuação de uma expressão de sentido desagradável. Ex.: Aqueles homens públicos se apropriaram do dinheiro (apropriar = roubar).
Hipérbole – Figura que, através do exagero, procura tornar mais expressiva uma ideia. Ex.: Possuía um mar de sonhos e aspirações.
Antítese – consiste no emprego de termos em sentidos opostos. Ex.: “Tristeza não tem fim/ Felicidade sim...” (Vinícius de Morais).
Sinestesia – é uma espécie de metáfora que relaciona planos sensoriais diferentes. Ex.: Um doce abraço indicava que o pai o desculpara (doce = sensação gustativa; abraço = sensação tátil).
Prosopopeia (também chamada de personificação ou animismo) – é uma espécie de metáfora que consiste em atribuir características humanas a outros seres. Ex.: Com a passagem da nuvem, a lua se tranquiliza.
Ironia: afirmação contrária daquilo que se pensa. Ex.: É um santo! (para alguém com mau comportamento)
Metáfora: estabelece uma relação de semelhança ao usar um termo com significado diferente do habitual. Ex.: A menina é uma flor.
Algumas figuras de linguagem
A importância em reconhecer figuras de linguagem está no fato de que tal
conhecimento, além de auxiliar a compreender melhor os textos literários, deixa-nos
mais sensíveis à beleza da linguagem e ao significado simbólico das palavras e dos
textos.
Definição: “Figuras de linguagem ( ou figuras de estilo ) são recursos usados
na fala e na escrita, para dar à comunicação força, colorido, ênfase, beleza” (SILVA;
BERTOLIN, 2005, p. 26).
Você sabe reconhecer quais são as principais figuras de linguagem?
Exageros, comparações, a parte pelo todo, sutilezas e muitas outras
estratégias podem ser aplicadas ao texto para conseguir efeitos variados na
interpretação do leitor. No jogo da memória, teste se você conhece as
particularidades de cada figura de língua. Divirta-se!!!!!!!
Professor, é só você imprimir recortar e coordenar o jogo.
SAIBA UM POUCO MAIS
ATIVIDADES
2ª etapa
DE ONDE VEM O OS INGREDIENTES PARA O NOSSO PRATO TÍPICO DE CADA DIA?
Os alunos já devem ter lido e ouvido crônicas a respeito da agricultura e
agricultores. Também alguns já tem conhecimento prático por morarem no sítio no
entanto há muito a aprender e descobrir sobre o assunto.
HIPÉRBOLE
ANTÍTESE
EUFEMISMO CATACRESE
METÁFORA
METONÍMIA IRONIA PROSOPOPÉIA
SINESTESIA
COMPARAÇÃO IDEIAS OPOSTAS
EXAGERO
SUAVISAR
UMA IDEIA
emprego de um
termo figurado
por falta de um
termo próprio.
A parte pelo
todo
Metáfora é uma
comparação
subjetiva
Transmitir
sentimentos
humanos a
objetos, animais.
Consiste em
dizer o
contrário do
que pensamos
Relaciona planos sensoriais diferentes.(visão
+tato)
É usada para
confrontar
características
ou ações de
alguns
elementos.
Entre dez e doze mil anos atrás, durante a pré-história, no período do neolítico
ou período da pedra polida, alguns indivíduos de povos caçador-coletores notaram
que alguns grãos que eram coletados da natureza para a sua alimentação poderiam
ser enterrados, isto é, "semeados" a fim de produzir novas plantas iguais às que os
originaram. Os primeiros sistemas de cultivo e de criação apareceram em algumas
regiões pouco numerosas e relativamente pouco extensas do planeta. Essas
primeiras formas de agricultura eram certamente praticadas perto de moradias e
aluviões das vazantes dos rios, ou seja, terras já fertilizadas que não exigiam,
portanto, desmatamento.
Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Agricultura#Hist.C3.B3ria
VOCÊ SABIA QUE
No dia 28 de julho comemora-se o Dia do Agricultor. A data foi instituída a partir do centenário de criação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em 1960. Responsável pelo decreto que aprovou o dia comemorativo, o presidente Juscelino Kubitschek considerava o trabalho do agricultor como o responsável pelo crescimento econômico do país, opinião que se transformou em uma verdade absoluta, visto o potencial do Brasil e sua vocação agrícola.
CURIOSIDADE
HORA DA PESQUISA
3ª etapa
RUBEM BRAGA: O MAIOR CRONISTA BRASILEIRO DO SÉCULO XX
Professor, neste momento divida os alunos por meio de uma dinâmica
simples de balas com cores diferentes, os alunos ficaram em grupos de
acordo com a cor de sua bala.
Sorteie os temas para pesquisa: As intervenções do homem no meio
ambiente http://www.sitedecuriosidades.com/curiosidade/as-
primeiras-intervencoes-do-homem-no-meio-ambiente.html;
A importância da agricultura; Sistemas agrícolas; Agricultura
moderna; Agricultura tradicional.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Agricultura
Após a pesquisa disponha os alunos em semicírculo para que a turma
compartilhe o resultado do trabalho.
Professor, por meio de perguntas, explore o que os alunos já sabem sobre o
autor.
Depois de ouvi-los apresente alguma informação sobre quem é Rubem
Braga.
RUBEM BRAGA
Rubem Braga nasceu no dia 12 de janeiro de 1913, em Cachoeiro de
Itapemirim, Espírito Santo, filho de Francisco de Carvalho Braga e Rachel Cardoso
Coelho Braga. As lembranças da infância em Cachoeiro, cercadas de lirismo, inundam
as crônicas do “velho Braga”. Em textos como “Praga de menino” , “Lembrança de
Zig” ou “O Cajueiro”, narrados na primeira pessoa, a infância na cidade natal é
recontada de forma explícita e amorosa. Em outros, como “Tuim criado no dedo” e
“Negócio de Menino”, sua memória de caçador de passarinhos ecoa nas personagens
infantis.
Iniciou-se no jornalismo profissional ainda estudante, aos 15 anos, no Correio
do Sul, de Cachoeiro de Itapemirim, fazendo reportagens e assinando crônicas diárias
no jornal Diário da Tarde. Formou-se bacharel pela Faculdade de Direito de Belo
Horizonte em 1932, mas não exerceu a profissão. Neste mesmo ano, cobriu a
Revolução Constitucionalista deflagrada em São Paulo, na qual chegou a ser preso. Em
1936 lançou seu primeiro livro de crônicas, O Conde e o Passarinho.
A obra de Rubem Braga, escrita durante 62 anos de vida jornalística, não se
resume aos livros que publicou. Neles, o “velho Braga” reuniu apenas uma pequena
parcela das cerca de 15 mil crônicas que escreveu. Destinadas ao jornal, veículo de
consumo imediato e de permanência efêmera, a maior parte de suas crônicas ainda está
por ser reunida em livro.
Neste momento os alunos devem ser divididos em grupos de 3 e cada grupo
deve pesquisar sobre um tema a respeito de Rubem Braga; Quem é ele, onde viveu
e em que época? Qual seu estilo composicional de crônicas? “escolaridade e onde
estudou”, “principais obras publicadas”, “a importância do cronista para literatura”.
Cite algumas crônicas e as características das crônicas escritas por este cronista
pesquisado. A pesquisa deverá ser apresentada para toda turma em slides.
Sites interessantes para pesquisa: http://www.sosestudante.com/resumos-o/os-melhores-contos-rubem-braga.html
http://www.releituras.com/rubembraga_bio.asp
http://www.dicio.com.br/cronista/
http://luciafonso.blogspot.com.br/2009/04/e-o-cronista-o-que-e.html
Responda sobre sua pesquisa:
O que é um cronista?
O que é crônica?
O que você achou de interessante sobre a vida do cronista que você pesquisou?
Hora da pesquisa
Obs. A pesquisa será avaliada pelo conteúdo e também pela apresentação oral
que os alunos farão na sala de aula. Todos os alunos do grupo deverão
participar da apresentação oral.
ATENÇÃO!!!!!!!!!!
ATIVIDADE ORAL
Esse título ainda chama a atenção do leitor? Por que?
O que ele sugere?
Pelo título, o que vocês imaginam? Qual será o conflito o problema ou a
questão suscitada na crônica?
Como poderia ser o desfecho – a conclusão de uma crônica cujo título é “O Lavrador”?
Antes de ler a crônica vamos conhecer um pouco sobre a origem da
agricultura;
Sugestão de Site; http://www.youtube.com/watch?v=oWezdS9Gp_Q
Professor, apresente aos alunos o título do texto: “Lavrador”. Depois
de conhecer um pouco sobre Rubem Braga e agricultura, faça
perguntas a eles:
Recomendamos que a leitura da crônica “Lavrador” seja realizada em
primeiro lugar pelo professor. Ele saberá dar o colorido que o texto merece,
reforçando os aspectos da prosódia e da interpretação.
SAIBA UM POUCO MAIS
ATENÇÃO!!!!!!!!!!
ATIVIDADE ORAL
O LAVRADOR Rubem Braga
Esse homem deve ser Da minha idade – mas sabe muito mais coisas . Era colono em terras mais altas, se aborreceu com o fazendeiro, chegou aqui ao Rio Doce quando ainda podia requerer duas colônias de cinco alqueires “na beira da água grande” quase de graça. Brocou a mata com a foice, depois derrubou, queimou, plantou seu café.
http://www.portugues.seed.pr.gov.br/modules/galeria/fotos.php?evento=10&start
=100
Explica-me: “Eu trabalho sozinho, mais o menino meu.” Seu raciocínio quando veio foi este: “Vou tratar de cair na mata; a mata é do governo, e eu sou fio do Estado, devo ter direito.” Confessa que sua posse até hoje não está legalizada: “Tenho de ir a Linhares, mas eu magino esse aguão ...”
No começo não tinha prática de canoa, estava sempre com medo da canoa virar, o menino é que logo se ajeitou com o remo; são quatro horas de remo lagoa adentro. Diz que planta o café a uma distância de 10 palmos, sendo a terra seca; sendo fresca, distância de 15 palmos. Para o sustento plantou cana, taioba, inhame, mandioca, milho, arroz, feijão. Disse que uma vez foi lá um homem do governo e proibiu (“empiribiu”) armar fojos e mundéus, pois “se chegar a cair um cachorro de caçador eles mete a gente na cadeia e a gente paga o que não possui”.
{ ... }
Maio, 1954 - Texto extraído do livro “200 Crônicas escolhidas”, Editora
Record – Rio de Janeiro, 2004, pág. 198.
4ª etapa
“CONVERSANDO” SOBRE RUBEM BRAGA
Qual o tom da crônica? Lírico? Reflexivo? Humorístico? Por que acham isso?
Professor, terminada a leitura da crônica, é hora de interpelar os alunos.
Antes das perguntas é necessário fazer o levantamento e pesquisa das
palavras desconhecidas para os alunos. Em seguida, você poderá provocá-
los com perguntas como:
VOCÊ SABIA QUE
Linhares é um município brasileiro do estado do Espírito Santo. Sua população em 2013
era de 157.814 habitantes. Possui uma área de 3502 km². Linhares é a principal cidade do
norte capixaba e a cidade com maior extensão litorânea e maior extensão territorial do
estado.
Com um total de 853 km de percurso, o Rio Doce tem sua foz no Oceano Atlântico na
localidade da Vila de Regência, pertencente ao município de Linhares, no Espírito Santo.
Bandeira Brasão Rio Doce http://pt.wikipedia.org/wiki/Linhares_(Esp%C3%ADrito_Santo) http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Rio_Doce.jpg
O autor é observador ou personagem ( foco narrativo)?
Este texto fez vocês pensarem sobre a vida dos lavradores? Que ideias vieram
à cabeça? E que sentimentos?
O texto foi escrito no início da década de 1950. De acordo com a crônica quais
eram os maiores problemas encontrados pelos agricultores naquela época?
Quais são os maiores problemas encontrados hoje?
Os agricultores ainda têm problemas com escrituras de terra?
O que vocês sabem sobre a desigualdade social no Brasil?
A situação tem melhorado ou os agricultores tem vergonha de dizer que são
agricultores? Por quê?
Após leitura, dessa crônica, responda os seguintes itens:
Cronista; Veículo em que foi publicada e a que tipo de leitor se destinou
Tema da crônica
Principais características encontradas
Tom da escrita: humorístico, poético, irônico, reflexivo, sério
ATENÇÃO!!!!!!!!!!
ATIVIDADE ORAL
ATENÇÃO!!!!!!!!!!
ATIVIDADE ESCRITA
CONTINUANDO OS ESTUDOS DA CRÔNICA
1- Você já sabe que a crônica é um gênero textual hibrido, que oscila entre a
literatura e o jornalismo. Resultado da visão pessoal do cronista, a crônica relata,
normalmente, um fato colhido no noticiário do jornal ou no cotidiano. Pensando
nisso, responda:
a-) Que fato desencadeou essa crônica?
_______________________________________________________________ b-) Esse fato pertence ao noticiário do jornal ou do cotidiano? ______________________________________________________________ 2- A quem trabalha na agricultura chama-se agricultor. O termo fazendeiro ou
lavrador se aplica ao proprietário de terras onde, normalmente, é praticada a
agricultura, a pecuária ou ambos. A principal ocupação dos agricultores consiste na
produção de gêneros alimentícios. O que significa:
a- ”o colono aborreceu-se com o fazendeiro”, no primeiro parágrafo?
________________________________________________________
b- “Confessa que sua posse até hoje não está legalizada”, segundo parágrafo?
Professor, antes de apresentarmos os aspectos por nós observados,
julgamos necessário contextualizar o momento sócio-histórico que motivou o Rubem Braga a produzir a crônica lida. Neste momento é interessante a participação do professor de História que poderá contribuir e assim, enriquecendo o conhecimento dos alunos sobre o tipo de governo, o que era posse?
O professor de matemática poderá contribuir ajudando nas questões: quanto é um alqueire? Quanto custava em 1954 um alqueire de terra? Quanto custa hoje?
ATENÇÃO!!!!!!!!!!
ATIVIDADE ESCRITA
_____________________________________________________________ c- ‘ ... foi lá um homem do governo” terceiro parágrafo.
_____________________________________________________________
d- “... é esse o mesmo tipo de feiura triste do interior”.
____________________________________________________________
e- “Esse homem deve ser da minha idade – mas sabe muito mais coisas”. Último
parágrafo.
_____________________________________________________________
2- COMPREENDENDO A LÍNGUA
Há marcas de temporalidade na crônica? Como se manifestam? Causam algum
efeito?
______________________________________________________________
Qual o tempo verbal revelado na crônica? Por quê?
_____________________________________________________________
Os termos colônias e posse conferem que sentido no texto?
______________________________________________________________
A linguagem usada na crônica possui um lirismo contido na simplicidade ou é
rebuscada?
_____________________________________________________________
No último parágrafo, ao descrever o lavrador, o autor utiliza cara queimada de
sol, feiura triste do interior. Que motivo o leva a fazer essa escolha lexical?
___________________________________________________________
3- Escreva nos espaços em branco as palavras adequadas, de acordo com as
características da crônica;
a- A crônica é um texto ................................. e ............................................
b- B- A crônica tem por objetivo ....................................... o leitor e/ou leva-lo a
...................................... ou filosoficamente sobre a vida e comportamentos
humanos.
c- - quem escreve crônicas é chamado de ..................................................
d- A linguagem da crônica é .............................................. e ...........................,
próxima do leitor.
Respostas; a- curto e leve , b- divertir/ refletir crítica, c- cronista d- simples / direta
MÓDULO V
SUGESTÃO
Professor, neste momento é interessante usar uma ou as duas
músicas, do link abaixo para poder fazer um paradoxo com a crônica
“O lavrador”. http://www.youtube.com/watch?v=9oJlQdQ_bnE Deus e eu no sertão
http://www.youtube.com/watch?v=9r57PDGHG_I Rick e Renner - Casa de caboclo
Professor, desafie a turma até o próximo módulo. A tarefa será trazer tudo o que encontrarem e for possível sobre agricultor: fotos anigas e recentes, vídeos, panfletos , livros, revistas, jornais etc.
UMA CRÔNICA E MUITOS TONS :“LEMBRANÇAS DA FAZENDA”
Objetivos Conhecer mais a vida e a obra de Rubem Braga.
Ouvir, ler e analisar uma crônica de Rubem Braga, identificando personagens,
cenário, tempo, tom e recursos literários.
Investigar no “corpus” os recursos literários utilizados pelos cronistas com o
intuito de realçar e enriquecer a linguagem dos textos.
Perceber os tons: humorístico, lírico, crítico, irônico, poético como sendo
fatores fundamentais para o objetivo que se pretende alcançar na produção,
leitura e interpretação de uma crônica.
Comparar a situação dos agricultores do final da década de 50 e 60.
Material
Fotos
Crônica
Vídeos
Revistas
Jornais
Panfletos de lojas agrícolas
1ª etapa
Professor, mesmo sabendo que os alunos já possuem certa
experiência com leitura é importante que a classe leia várias
crônicas e possa observar os aspectos que são comuns a todas e
aqueles que se diferenciam tendo em vista tema, época em que foi
escrita etc. A mediação do professor ao longo do processo – antes,
durantes e depois da leitura – é fundamental para o êxito do
trabalho.
Rubem Braga, o poeta da crônica
Figura 2 William Goedert
Rubem Braga faria 100 anos no dia 12 de janeiro de 2013
Saiba mais sobre Rubem Braga consultando o site: http://www.centenariorubembraga.com.br/vida/vida-em-fotos/
2ª etapa O CONFRONTO TÍTULO – TEXTO
Trabalhar com o título da crônica, como já vimos, ajuda os alunos a criar bons
títulos. É uma ótima forma também de motivar a audição e leitura da crônica.
Professor, converse com os alunos fale e pergunte sobre Rubem Braga, em seguida passe o vídeo em comemoração ao centenário do escritor, em data show, ou na TV pendrive. http://www.youtube.com/watch?v=zBEYnWplQLc
Professor, apresente o título do texto; “Saudades da fazenda”. Peça
aos alunos que anotem a opinião deles a cerca desse título para conferi-la após ouvirem a crônica.
Por meio de perguntas, explore um pouco esse título.
ATENÇÃO!!!!!!!!!!
ATIVIDADE ORAL
Esse título desperta a atenção do leitor? Por quê?
O que ele sugere?
Pelo título, dá pra imaginar o assunto da crônica?
Ele insinua de que personagens a crônica irá tratar? Qual?
3ª etapa
Professor, recomendamos que você mesmo faça leitura da crônica “Lembranças da fazenda”, pois saberá dar o colorido que o texto merece, reforçando os aspectos da prosódia e da interpretação. ( Não esqueça de que cada aluno deve ter uma cópia da crônica para acompanhar a leitura).
LEMBRANÇAS DA FAZENDA
Na fazenda havia muitos patos. As patas sumiam, iam fazer seus ninhos numa ilha lá em cima. Quando os patinhos nasciam, elas desciam o rio à frente de suas pequenas esquadrilhas amarelas e aportavam gloriosas no terreiro da fazenda. Apareceu uma romã de-vez com sinal de mordida de criança. Um menino foi acusado. Negou. A prima já moça pegou a romã meteu na boca do menino, disse que os sinais dos dentes coincidiam. O menino continuou negando, fez má-criação, foi preso na despensa. Ficou chorando, batendo na porta como um desesperado para que o tirassem daquele lugar escuro. Ninguém tirava. Então começou, em um acesso de raiva, a derrubar no chão sacos de milho e arroz. Estranharam que não estivesse mais batendo, e abriram a porta. Escapou com a violência de uma fera acuada que empreende uma surtida.
http://www.dominiopublico.gov.br/download/imagem/jn000080.pdf
As primas da roça passavam no meio da boiada sem medo nenhum, mas os meninos da cidade ficavam olhando a cara dos bois e achavam que os bois estavam olhando para eles com más intenções. A linguagem crua das moças da roça sobre a reprodução dos animais os assustava.
Na outra fazenda havia um córrego perdido entre as margens fofas de capim crescido. O menino foi tomar banho, voltou com cinco sanguessugas pegadas no corpo. Havia um carpinteiro chamado “seu” Roque e uma grande mó de pedra de moinho de fubá onde a água passava chorando. Quando pararam o moinho, veio um silêncio pesado e grosso dos morros em volta e
caiu sobre todas as coisas... Junho, 1958 Texto extraído do livro “200 Crônicas
escolhidas”, Editora Record – Rio de Janeiro, 2004, pág. 227.
O texto correspondeu às expectativas levantadas pelo título?
___________________________________________________________________
Qual é o foco narrativo? O autor é personagem, usa a primeira pessoa ou não se envolve, apenas conta o que aconteceu com outros?
__________________________________________________________________
Que ideias e emoções foram despertadas pela leitura? __________________________________________________________________
Rubem Braga, “enriquece” sua crônica com o uso de metáforas. Identifique-as.
O que Rubem Braga quer mesmo dizer?
Professor, por meio de perguntas, você vai ajudar os alunos a “ouvir” melhor o autor da crônica. Os alunos vão começar a se relacionar com o texto como futuros escritores.
Depois da audição da crônica, organize um bate - papo coletivo. Em seguida, divida os alunos em grupos e peça-lhes que leiam
novamente a crônica “Lembranças da fazenda” e respondam por escrito a algumas questões:
ATENÇÃO!!!!!!!!!!
ATIVIDADE ESCRITAS
ANÁLISE DA CRÔNICA
Título e autor Época e
palavras
daquele tempo
Tema ou
assunto
Personagens Tom da escrita:
humorístico,
poético, irônico,
reflexivo, sério
1- Logo no primeiro parágrafo o autor conta sobre a natureza e duas
personagens. Apresenta também um conflito que envolve uma das crianças
da fazenda. O menino é preso na despensa. O que isso significa?
_____________________________________________________________
2- No segundo parágrafo, “os bois estavam olhando para eles com más
intenções” e “a linguagem crua das moças sobre reprodução dos animais os
assustava”. O que isso quer dizer?
_____________________________________________________________
3- Considerando o que foi dito no terceiro parágrafo, “O menino foi tomar banho,
voltou com cinco sanguessugas pegadas no corpo”. O que isso nos revela?
Professor, agora compare as ideias deles com a sua análise sobre a crônica de Rubem Braga.
Para não esquecer: sobre “Lembranças da fazenda”
Atenção!!!!
Atividades escritas
____________________________________________________________
4- Quais as positividades que podemos extrair do quarto parágrafo?
_____________________________________________________________
5- Que sentimentos se percebem em: “O homem doente deitado gemendo no
paiol de milho”.
_____________________________________________________________ 6- Quais as oposições que podemos identificar entre “ A lembrança do primo
que caiu do cavalo” quinto parágrafo e “o menino a cavalo confiante no seu cavalo nadador” sétimo parágrafo?
______________________________________________________________
7- Observe as ações relatadas pelo narrador no oitavo parágrafo. No entanto, o que sugere a conclusão do último parágrafo?
_____________________________________________________________ 8- Há relação entre a situação vivida pela crônica e a de nossos dias?
_______________________________________________________
9- Com relação ao comportamento das crianças e adolescentes citados na crônica é parecido com o comportamento dos adolescentes de hoje?
_____________________________________________________________
COMPREENDENDO A LÍNGUA
1- Observe a linguagem empregada na crônica:
a. Os argumentos são apresentados de forma pessoal, subjetiva, numa linguagem artística ou de forma impessoal, objetiva, numa linguagem científica ou jornalística?
__________________________________________________________
b. Qual a variante linguística utilizada pelo cronista?
__________________________________________________________
2- As frases a seguir explicam as características de alguns dos tons presentes no gênero crônica. Relacione os tons com as suas características:
( A ) Tom Lírico
( B ) Tom reflexivo
( C ) Tom humorístico
( D ) Tom crítico
( ) Esse tipo de tom é manifesto de uma forma sarcástica, irônica e divertida, levando o leitor à reflexão despretensiosamente.
( ) Esse tipo de tom expressa os sentimento subjetivos de um sujeito poético, denominado Eu-lírico.
( ) Esse tom pode ser apresentado sob forma de um comentário ou de uma avaliação que são sustentados por argumentos positivos ou negativos.
( ) Esse tom é apresentado na forma de uma reflexão subjetiva a respeito de fatos, acontecimentos, e ações que envolvem a condição humana.
Para ampliar o conhecimento dos alunos sobre variação linguística o professor poderá exibir para os alunos o vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=QVo2rhZ29yk
Lembre aos alunos que a crônica, hoje lida, faz parte do livro 200 Crônicas
Escolhidas as melhores de Rubem Braga ( Rio de Janeiro:Recor, 21ª edição), mas
foi originalmente escrita para ser publicada em jornal. Rubem Braga nunca deixou
de escrever regularmente crônicas para jornais e revistas, vindo a constituir um
verdadeiro fenômeno: o de ser o único escritor a conquistar um lugar definitivo na
SAIBA UM POUCO MAIS
SUGESTÃO
nossa literatura como cronista. Tem predileção especial pelas coisas da natureza,
tornando frequentemente como tema o mar, os animais, as árvores. Não apenas as
suas crônicas de amor e exaltação à mulheres, mas também as quais dedicou a
passarinhos, borboletas, cajueiros, amendoeiras e pescarias são das mais belas
páginas da nossa literatura.
MÓDULO VI
Objetivos
Refletir sobre os comportamentos da mulher viúva da década de 50 e
atualmente;
Reconhecer crônicas, percebendo suas características principais;
Analisar o contexto de produção, o conteúdo temático e a construção
composicional da crônica;
Analisar o significado do uso da cor preta na década de 60 e atualmente.
Interpretar, compreender a crônica selecionada;.
Destacar marcas linguísticas (análise linguística) e enunciativa da crônica
selecionada;
Reconhecer e empregar os diferentes tipos de discurso;
Professor, esse será o momento de montarem um painel com as imagens antigas e as atuais sobre lavradores, ferramentas, os meios de transportes.
Peça aos alunos para confrontarem as ferramentas utilizadas nas décadas passadas e a presença da tecnologia presente nos maquinários existentes na atualidade.
Combine com os alunos a possível visita a uma propriedade e entrevista com lavradores da década de 60, 70 e um ou mais agricultor da atualidade. Também é interessante entrevistar alguém que tenha vendido sua propriedade na época do grande êxodo rural e more na cidade atualmente.
Crônica , “A viúva na praia”
Material
DVD de crônicas
Datashow
Crônica
TV pendrive
Imagens, crônicas e vídeos veiculados na internet.
1ª etapa
Esse título desperta a atenção do leitor? Por quê?
O que ele sugere?
Pelo título, dá pra imaginar o assunto da crônica?
Ele insinua de que personagens a crônica irá tratar? Qual o cenário? Explique;
Será que alguém tem alguém na família que é viúva ou conhece alguém que
passou pela situação da viuvez?
Quanto tempo uma viúva deve permanecer de luto?
Uma viúva deve ir á praia?
Atualmente temos mais Porcinas ou Perpétuas?
Professor, apresente o título do texto; “ Viúva na praia”. Por meio de
perguntas, explore oralmente, um pouco esse título. Em seguida apresente os dois vídeos sugeridos sobre dois tipos de
viúva apresentados pela mídia. http://www.youtube.com/watch?v=nWHYZxnfsBs Porcina http://www.youtube.com/watch?v=GeBX7RPd6-E Perpétua
ATENÇÃO!!!!!!!!!!
ATIVIDADE ORAL
Professor, distribua as cópias da crônica e em seguida faça a leitura.
Proponha a audição da crônica “Viúva na praia” do CD de Edson Celulari, ou então faça a leitura com os alunos voluntariamente.
Oriente que as atividades podem ser feitas em duplas; Sugestão de leitura para o professor analisar a crônica;
http://www.letramagna.com/intertext_copacabana.pdf
3 ª etapa
Viúva na praia
Rubem Braga
Ivo viu a uva; eu vi a viúva. Ia passando na praia, vi a viúva, a viúva na praia me fascinou. Deitei-me na areia, fiquei a contemplar a viúva. 0 enterro passara sob a minha janela; o morto eu o conhecera vagamente; no café da esquina. a gente se cumprimentava às vezes, murmurando "bom dia"; era um homem forte, de cara vermelha; as poucas vezes que o encontrei com a mulher ele não me cumprimentou, fazia que não me via; e eu também. Lembro-me de que uma vez perguntei os horas ao garçom, e foi aquele homem que respondeu; agradeci; este foi nosso maior diálogo. Só ia à praia aos domingos, mas ia de carro, um "Citroen", com a mulher, o filho e a barraca, para outra praia mais longe. A mulher ia às vezes à praia com o menino, em frente à minha esquina, mas só no verão. Eu passava de longe; sabia quem era, que era casada, que talvez me conhecesse de vista; eu não a olhava de frente.
Figura 3 William Goedert
A morte do homem foi comentada no café; eu soube, assim, que ele passara muitos meses doente, sofrera muito, morrera muito magro e sem cor. Eu não dera por sua falta, nem soubera de sua doença. E agora estou deitado na areia, vendo a sua viúva. Deve uma viúva vir à praia? Nossa praia não é nenhuma festa; tem pouca gente; além disso, vamos supor que ela precise trazer o menino, pois nunca a vi sozinha na praia. E seu maiô é preto. Não que o tenha comprado por luto; já era preto...
(Rio, setembro, 1958) Texto extraído do livro “Ai de ti, Copacabana”, Editora do Autor – Rio de Janeiro, 1960, pág. 129
Professor, apresente os seguintes vídeos para os alunos: Viúva Porcina
e Perpétua. Qual é mais comum hoje,,,,?
http://www.youtube.com/watch?v=nWHYZxnfsBs
Viúva Porcina
http://www.youtube.com/watch?v=GeBX7RPd6-E
perpetua
Que tipo de narrador o texto apresenta? Justifique sua resposta;
_____________________________________________________________
Podemos afirmar que quem narra o texto é um homem? O que você
encontrou no texto para comprovar sua resposta?
_____________________________________________________________
Qual o fato do cotidiano que o cronista observou para escrevê-la? Essa
crônica é diferente da que analisamos em outras aulas. No que
ela se difere de “O lavrador” e “Lembranças da fazenda”
_____________________________________________________________
O que torna o assunto desta crônica atual?
_____________________________________________________________
Como você pode perceber que, embora atual no assunto, esse texto não é da
nossa época?
_____________________________________________________________
A quem o cronista dirige sua crítica?
Professor, após a leitura do texto; “ Viúva na praia”. Peça-lhes que
releiam o texto para perceberem o tom lírico e humorístico presente. Também se for possível peça-lhes que ouçam a narração em CD, pois a entonação influencia o modo como o leitor interpreta o texto.
Depois da leitura da crônica, os alunos trabalharão em dupla as questões escritas referentes à crônica lida.
ATENÇÃO!!!!!!!!!!
ATIVIDADES ESCRITAS
_____________________________________________________________
A crônica ”Viúva na praia”, foi escrita há cinquenta anos. O que há em comum
entre a viúva da crônica e as viúvas da nossa atualidade?
__________________________________________________________
No primeiro parágrafo o eu do cronista narra seu vislumbre pela viúva: “Ia
passando na praia, vi a viúva, a viúva me fascinou”. Deitei-me na areia, fiquei
a contemplar a viúva’. Era a primeira vez que o narrador via a mulher?
__________________________________________________________
No quarto parágrafo temos: “E seu maiô é preto. Não que tenha comprado
por luto; já era preto. Ela tem, como sempre, um ar decente; não olha pra
ninguém, a não ser para o menino”. O que o eu do cronista sugere com isto
sobre a viúva?
__________________________________________________________
Transcreva um trecho em que o autor deixa seu caráter irônico evidente.
_____________________________________________________________
Esta crônica é mais literária ou jornalística? Por quê?
_____________________________________________________________
No quinto parágrafo temos: ”de curvas discretas, mas certas”. O que isso
significa?
__________________________________________________________
2- O que significa as seguintes figuras?
a- “a viúva está brilhando ao sol, está vestida de água e luz”
_____________________________________________________________
b- “O sol ama a viúva”.
_____________________________________________________________
3- COMPREENDENDO A LÍNGUA
Há marcas de temporalidade na crônica? Como se manifestam? Causam algum efeito?
_________________________________________________________
Quais os tempos verbais revelados na crônica? Justifique? _________________________________________________________
Nesta crônica há predomínio do discurso direto ou indireto?
_____________________________________________________________
3- Classifique o tempo e o modo dos verbos destacados nas frases:
a) Ivo viu a uva.
Tempo:________________________________________________________
Modo:_________________________________________________________
b) O enterro passara sob a minha janela.
Tempo__________________________________________________________
Modo:__________________________________________________________
c) A gente se cumprimentava às vezes.
Tempo:__________________________________________________________
Modo:____________________________________________________________
d) Não olha para ninguém.
Tempo:__________________________________________________________
Modo:____________________________________________________________
4ª etapa DESAFIANDO PARA PRODUÇÃO
Chama-se de luto o período no qual a pessoa vive o sentimento de perda.
Aqui no Brasil, chama-se mais comumente de luto a forma de vestir. Usam-se
roupas pretas. Essa é uma tradição que começa a se extinguir entre nós. Mas, uma
tradição que vem de longe. Da Península Ibérica. Do tempo medieval. Mesmo hoje,
em províncias do interior de Portugal mulheres viúvas se vestem totalmente de
roupas pretas. Quando estão assim - luto fechado! - é porque o acontecimento é
recente. Com o passar do tempo, vão tendo o direito de diminuir um pouco, usando
umas meias mais claras, um lenço de cor diferente etc. O indicativo perdura por toda
a vida. Disponível em : http://www.polbr.med.br/ano01/mour0501.php
TIPOS DE DISCURSO
Vejamos cada um deles:
Discurso Direto: Neste tipo de discurso as personagens ganham voz. É o que ocorre normalmente em diálogos. Isso permite que traços da fala e da personalidade das personagens sejam destacados e expostos no texto. O discurso direto reproduz fielmente as falas das personagens. Verbos como dizer, falar, perguntar, entre outros, servem para que as falas das personagens sejam introduzidas e elas ganhem vida, como em uma peça teatral.
Discurso Indireto: O narrador conta a história e reproduz fala, e reações das personagens. É escrito normalmente em terceira pessoa. Nesse caso, o narrador se utiliza de palavras suas para reproduzir aquilo que foi dito pela personagem.
Discurso Indireto Livre: O texto é escrito em terceira pessoa e o narrador conta a história, mas as personagens têm voz própria, de acordo com a necessidade do autor de fazê-lo. Sendo assim é uma mistura dos outros dois tipos de discurso e as duas vozes se fundem
SAIBA UM POUCO MAIS
1- Imagine que você está na praia. E, de repente, de fato, você se depara com a
viúva e seu filho. O que será que ele perguntaria a ela e a seu filho?
Estabeleça um diálogo entre as personagens. Lembre-se de utilizar os sinais
para pontuar seu texto. Depois, faça uma revisão do que escreveu. Lembre-
se ainda de dar um título. Não se esqueça das características da crônica e da
sua estrutura.
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Professor, após a sua leitura e a leitura feita pelos alunos, proponha questões que propiciem aos alunos analisar os recursos discursivos e linguísticos utilizados pelo cronista, bem como determinar o tom predominante. Dê a todos a oportunidade para que se expressem.
Professor, peça aos alunos que escrevam sobre o encontro com a
“viúva na praia”, lembrando que, a crônica como toda narrativa tem sua estrutura própria.
Nessa atividade, os alunos poderão escolher a forma de discurso com a qual se sentem mais à vontade – discurso direto, discurso indireto ou indireto livre, no entanto deverão obrigatoriamente fazer o emprego do discurso direto.
MÓDULO VII
Objetivos
Conhecer um pouco sobre o Rio de Janeiro, Capital do Brasil na década de
50, comparar com a atualidade.
Comparar a situação da nossa cidade na década de 60 e 70 com a situação
atual.
Conhecer com a ajuda do professor de História a questão do êxodo rural
Identificar os recursos de estilo e linguagem na crônica.
Investigar no “corpus” os recursos literários utilizados pelos cronistas com o
intuito de realçar e enriquecer a linguagem dos textos.
leitura e interpretação de uma crônica.
Entender o recurso linguístico da intertextualidade na construção de sentido,
coerência e entendimento do texto;
Pesquisar palavras e expressões, cujos significados os alunos não saibam,
para não comprometer o entendimento do texto.
Material
DVD de crônicas
Datashow
Crônica
TV pendrive
Imagens, crônicas e vídeos veiculados na internet.
UMA CRÔNICA DA CIDADE: “AI DE TI COPACABANA”
1ª etapa
Esse título desperta a atenção do leitor? Por quê?
O que ele sugere?
Pelo título, dá pra imaginar o assunto da crônica?
Ele insinua de que personagens a crônica irá tratar? Qual o cenário?
O título tem algo de especial, diferente? Por quê?
O assunto da crônica pode ser pensado a partir do título? Ele, por si só, já
insinua algo?
Pelos vídeos observamos que o Rio mudou e m nossa cidade houve mudanças?
Está melhor ou pior?
Professor, apresente o título do texto; “ Ai de ti Copacabana”. Por
meio de perguntas, explore oralmente, um pouco esse título. Conhecer um pouco sobre Copacabana.
Sugestão de sites; http://www.youtube.com/watch?v=260TXK8MVYc&feature=endscreen Rio de Janeiro antigo, e atual. http://www.youtube.com/watch?v=7w4DVGHCf0c Rio de Janeiro década de 60.
Professor, distribua as cópias da crônica e em seguida faça a leitura.
Proponha a audição da crônica “Ai de ti Copacabana” do CD de Edson Celulari.
Oriente que as atividades podem ser feitas em duplas; Sugestão de leitura para o professor analisar a crônica;
http://www.letramagna.com/intertext_copacabana.pdf
ATENÇÃO!!!!!!!!!!
ATIVIDADE ORAL
Cidade Maravilhosa é uma marcha de Carnaval composta por André Filho
em 1935.
A crônica "Ai de Ti, Copacabana!", foi escrita em 1958 e constitui uma
excelente paródia aos textos bíblicos. Disposta em versículos numerados, lança
maldições sobre o famoso bairro carioca de Copacabana, supostamente mergulhada
Ai de ti, Copacabana!
Rubem Braga
1. AI DE TI, Copacabana, porque eu já fiz o sinal bem claro de que é
chegada a véspera de teu dia, e tu não viste; porém minha voz te abalará até as entranhas.
http://www.dominiopublico.gov.br/download/imagem/jn000080.pdf
2. Ai de ti, Copacabana, porque a ti chamaram Princesa do Mar, e cingiram tua fronte com uma coroa de mentiras; e deste risadas ébrias e vãs no seio da noite.
3. Já movi o mar de uma parte e de outra parte, e suas ondas tomaram o
Leme e o Arpoador, e tu não viste este sinal; estás perdida e cega no meio de tuas iniqüidades e de tua malícia...
Rio, janeiro, 1958
http://www.releituras.com/rubembraga_copacabana.asp
Texto extraído do livro "Ai de ti, Copacabana", Editora do Autor - Rio de
Janeiro, 1960, pág. 99.
SAIBA UM POUCO MAIS
em luxúria e iniqüidades. Assim como, no livro do Gênesis na bíblia, a ira do Senhor
se abate sobre Sodoma, aqui o texto profetiza a destruição da “pecaminosa” praia
carioca.
Um detalhe: o “Oscar, filho de Ornstein”, citado no versículo 17, é Oscar
Ornstein, empresário musical e produtor artístico que foi relações-públicas do Hotel
Copacabana Palace. Foi ele quem trouxe Frank Sinatra para o show no Maracanã
em 1980. Ornstein morreu em 1990. O palácio que ele deveria reservar para
Iemanjá, segundo o versículo braguiano, seria portanto o Copacabana Palace. .
Disponível em:
http://www.rtp.pt/icmblogs/rtp/comunidades/?k=Rubem-Braga-o-melhor-cronista-brasileiro-CARLOS-MACHADO.rtp&post=37829
Ai de ti, Copacabana, com o tempo, vai transcendendo. Deixando de ser um
texto meramente literário para ser um texto sagrado, com aptidões proféticas. Escrito
em estilo bíblico, tal crônica descreve em minúcias um desastre natural em que o
mar invade o bairro de Copacabana. Quando os cientistas do clima nem
suspeitavam do aquecimento global, do derretimento das calotas polares e da
elevação das águas dos oceanos, Rubem Braga anteviu esse desastre com uma
clareza assombrosa. Veja alguns trechos que comprovam sua antevisão:
http://acervo.revistabula.com/posts/arquivo/profecia-de-rubem-braga
1- Antes de iniciar o estudo do texto vamos pesquisar o significado das
seguintes palavras: cingiram, setentrião, tez, mancebos, quebrantai, badejos,
demência, mazelas, hetaira, alfanje, máculas;
Você sabe o que é intertextualidade?
Intertextualidade acontece quando, em um texto, há uma referência a outro texto.
ATENÇÃO!!!!!!!!!!
ATIVIDADES ESCRITAS
____________________________________________________________
2- A crônica “Ai de ti, Copacabana! Foi escrita no final da década de 50 por
Rubem Braga. Na década de 40 Copacabana foi eleita Princesinha do mar. O
metro quadrado é um dos mais caros, aumenta a degradação do espaço e da
natureza. Assim, a crônica de Rubem Braga que você leu, dialoga com um texto
do livro mais lido do mundo. Qual será? Observe a estrutura e as figuras
expressas nos parágrafos 4, 5, 6.
_____________________________________________________________
3- Compare esta crônica as outras lidas e analise a sua estrutura quanto à
linguagem.
a- Esta crônica tem a mesma estrutura composicional das outras?
__________________________________________________________
b- É possível determinar com clareza o espaço e o tempo em que se passa a
história? Justifique sua resposta.
__________________________________________________________
4- Acelera-se o êxodo rural, as principais cidades do país começam a receber
uma população excedente. Começa a transformação da paisagem urbana
pelo desmatamento e construção civil. O que isso significa ?
__________________________________________________________
5- Copacabana, antes um bairro considerado da elite, sofre com a especulação
imobiliária, que atende a nova clientela. Indique o parágrafo para comprovar
esta afirmação.
__________________________________________________________
6- No segundo parágrafo, Rubem Braga, estabelece a oposição entre a sua
visão patriota e faz a denúncia da decadência de Copacabana linda, pura,
com sereias e encantadora como era vista até aquela data, é uma mentira.
Identifique o parágrafo onde Rubem Braga não descreve mais Copacabana
como a princesinha do mar, mas como uma prostituta.
__________________________________________________________
7- Além das referências religiosas, encontramos no texto, a interatividade com
outros valores. Qual o sonho de consumo dos jovens burgueses da época,
símbolo de status e de conquista amorosa?
_______________________________________________________
8- No parágrafo 13º “ meninos do morro, quando for chegando o tempo das
tainhas, jogarão tarrafas no Canal do Cantagalo”; o que isso significa quanto
a ocupação de Copacabana?
__________________________________________________________
9- Qual a oposição que ocorre entre Copacabana e a nossa cidade a partir do
êxodo rural?
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COMPREENDENDO A LÍNGUA
VERBOS
Verbos são palavras que indicam ação e são flexionados em modo e tempo. 1-Retire do texto dez verbos.
2-Qual o tempo verbal que predomina no texto? ________________________________________________________.
ADJETIVOS
Observe a frase abaixo:
Eu já fiz o sinal bem claro
Você poderia dizer como o autor da crônica qualifica sinal ?
____________________________________________________________
Estas palavras que dão uma qualidade ou característica boa ou ruim são chamadas de adjetivos
1) Diga a que o a quem as palavras em destaque nas frases abaixo estão
qualificando:
a. E deste risadas ébrias e vãs no seio da noite. ______________________________________________________________
b. Estás perdida e cega no meio de tuas iniqüidades e de tua malícia. _____________________________________________________________
c. E os escuros peixes nadarão nas tuas ruas e a vasa fétida das marés cobrirá tua face. ______________________________________________________________
d. Óleos odoríferos para tostar a tez. ______________________________________________________________
e. Mas a água salgada levará milênios para lavar os teus pecados de um só verão. ______________________________________________________________
f. De mulheres silenciosas e verdes. ______________________________________________________________
g. De mil meninas miseráveis. ______________________________________________________________
h. O teu corpo fino e cheio de máculas. ______________________________________________________________
i. No uísque falsificado de teus bares. ______________________________________________________________
j. E canta a tua última canção pecaminosa.
Você sabia que ...
Os índios tamoios foram os primeiros habitantes da cidade do Rio de
Janeiro, local paradisíaco, cercado de praias, morros e pela Mata Atlântica. Quando
os portugueses aqui chegaram, tiveram de brigar com os franceses que queriam
também ficar por aqui.
O livro Rio de Janeiro, a cidade maravilhosa apresenta a história de uma das
cidades mais importantes do Brasil.
Disponível em:
http://www.rio.rj.gov.br/dlstatic/10112/4244796/4104849/LP7._1.BIM_ALUNO_2.0.1.3..pdf
VOCÊ SABIA QUE
MÓDULO VIII
Objetivos
Retomar as crônicas trabalhadas até o momento e analisar tema, situação
escolhida, tom do texto e foco narrativo.
Reler o roteiro contendo as características do gênero, que foram objeto de
ensino-aprendizagem nas oficinas desta sequência didática.
Escolher um fato, situação ou notícia relacionada a localidade que serão foco
da crônica e obter informações sobre eles. (fotos, vídeos )
Produzir o texto individualmente.
Praticar a revisão de seu texto: fazer a auto-correção, refacções necessárias,
até chegar à versão final, com o auxílio do roteiro e anotações do aluno.
Escrever uma crônica como exercício preparatório à realização do produto
final.
Valer-se da produção inicial para produzir a versão final da crônica
(opcional).
PRODUÇÃO ESCRITA DO GÊNERO: VOCÊ VAI
SER O AUTOR
SUGESTÕES
Segue a baixo vários links que são sugestões de jogos que podem ser intercalados durante as atividades, dependendo das dificuldades apresentadas pelos alunos. http://educarparacrescer.abril.com.br/mini-jogos/plural/
http://educarparacrescer.abril.com.br/mini-jogos/superlativos/
http://educarparacrescer.abril.com.br/mini-jogos/forca/
http://educarparacrescer.abril.com.br/mini-jogos/antonimos/
http://educarparacrescer.abril.com.br/100-erros/index.shtml como se escreve
http://educarparacrescer.abril.com.br/grafia/index.shtml ortografia
Material
DVD de crônicas
Datashow
Livros de crônicas
TV pendrive
Imagens, vídeo clip de crônicas veiculados na internet. 1ª etapa
ANÁLISE DAS CRÔNICAS
Título e
autor
Época e
palavras
daquele tempo
Tema ou
assunto
Situação do
cotidiano
retratada
Tom da escrita e
foco narrativo
“O lavrador”
Rubem
Braga
Professor, a produção será feita individualmente.
Pondo em prática os conteúdos estudados, o aluno deverá relatar, de forma breve, um acontecimento simples da vida diária, observando as características estudadas e selecionando os recursos lingüísticos adequados à situação comunicativa.
Apresente aos alunos uma síntese dos temas, das situações das crônicas estudadas. Para isso mostre no Datashow o quadro completo com todas as crônicas.
2ª etapa
Assuntos que merecem uma Crônica
Você acha que o texto está ficando com jeito de crônica?
A linguagem está simples, quase uma conversa ao pé do ouvido com o leitor?
Qual é o tom que você está usando?
Não está ficando sem graça?
Qual será o elemento surpresa?
Já usou quantas metáforas?
Como será o desfecho?
Não se esqueça de um bom título!
Mediação: o professor mediará o processo de ensino e aprendizagem como
leitor-revisor da produção do aluno, contribuindo com sugestões e analisando se o
texto possui coerência e coesão, uso da pontuação e da ortografia;
3ª etapa
Professor, Em sala de aula, com os alunos, levantem assuntos diferentes que estão em pauta na nossa localidade. Podem ser também acontecimentos a partir das fotos coletadas da localidade, ou então que estão nas ruas ou conversas da cidade.
Peça aos alunos que selecionem uma situação para a escrita da crônica. Conversar sobre o episódio que será escrito e qual a melhor forma para
começar o texto. Fique atento, durante a redação do texto, à presença dos aspectos
próprios do gênero Instigue os alunos com perguntas:
Professor, estipule um tempo para a produção da crônica.
Reescrita: Versão final.
MÓDULO IX
1ª etapa
OBJETIVOS
Ressignificar a crônica utilizando recursos multimodais e de ferramenta
tecnológica;
Assistir há alguns videoclipes de crônicas
Professor, entregue aos alunos as crônicas com as observações feitas por você para uma possível correção, procedendo a reescrita do mesmo.
Cada um individualmente deverá rever seu texto fazendo as devidas correções.
Devem passar ir ao laboratório de informática digitar a crônica, para facilitar na montagem do videoclipe.
Professor, após a apresentação dos videoclipes, oriente os alunos para acessarem o site www.youtube.com.br ou outros sites de videoclipes, para que possam ver a variedade de produção desse gênero. Ressignificações de crônicas ou textos que produzam efeitos de sentido mais próximo deste gênero.
É preciso mostrar aos alunos os elementos que constituem os videoclipes: texto, música e imagens e, em seguida, trabalhar as ferramentas necessárias para a produção dos videioclipes. Essa aula deve ser no laboratório de informática.
Para produção deverão ser usadas as crônicas produzidas pelos alunos, talvez seja viável a produção em grupos de três ou quatro alunos elegendo uma crônica do grupo para isso.
Os alunos devem escolher imagens adequadas para a produção.
DA CRÔNICA PARA O VÍDEOCLIPE
MÓDULO X
Objetivos
Proporcionar um momento cultural em que os alunos tenham a oportunidade
de interagir com a comunidade escolar além do espaço da sala de aula.
Apresentar os videoclipes construídos pelos alunos.
AVALIAÇÃO
Professor, você deve fazer as correções necessárias antes das
apresentações.
É importante combinar com a direção e equipe pedagógica como será o
evento
Professor, os alunos deverão ser avaliados desde o início do projeto: leitura, apresentação das pesquisas ,produção e divulgação do trabalho.
Você deverá frequentemente observar o interesse, a participação e principalmente o envolvimento dos alunos durante todo o processo de
leitura e produção.
DIVULGAÇÃO DOS VIDEOCLIPES
DIVULGAÇÃO DOS VIDEOCLIPES
REFERÊNCIAS
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www.escolavesper.com.br.
http://e-revista.unioeste.br/index.php/temasematizes/article/view/554/465.
http://www.portugues.seed.pr.gov.br/modules/galeria/fotos.php?evento=10&start=10
0
http://mais.uol.com.br/view/xiddtuwnvlqs/metropolis--cem-anos-de-nascimento-de-
rubem-braga-04020C1C3172D0914326?types=V&
http://g1.globo.com/globo-news/noticia/2013/01/mestre-da-cronica-rubem-braga-
completaria-100-anos.html
http://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/cronica-genero-entre-jornalismo-e-
literatura.htm
http://www.centenariorubembraga.com.br/
http://educarparacrescer.abril.com.br/100-erros/index.shtml
http://www.centenariorubembraga.com.br/vida/vida-em-fotos/
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pd
e/2009
http://atividadepensante.blogspot.com.br/2013/01/rubem-braga-o-poeta-da-
cronica.html
http://acervo.revistabula.com/posts/arquivo/profecia-de-rubem-braga