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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

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PARANÁGOVERNO DO ESTADO

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOSUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAISPROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL

FLÁVIO BAGATIN

PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA

CURITIBA2013

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FLÁVIO BAGATIN

O artefato peteca como material de apoio pedagógico para as aulas de Educação Física

Produção Didático Pedagógica apresentado ao Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE, da Secretaria Estadual da Educação do Paraná – SEED-PR, sob a Orientação do Professor Dr. Sérgio Roberto Abrahão – Universidade Federal do Paraná - UFPR.

CURITIBA

2013

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Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica – Turma 2013

Título: O artefato “peteca” como material de apoio pedagógico para as aulas de Educação Física.

Autor: Flávio Bagatin

Disciplina/Área: Educação Física

Escola de Implementação do Projeto e sua localização:

Colégio Estadual Liria Micheleto Nichele – EFM

Município da escola: Fazenda Rio Grande

Núcleo Regional de Educação: Área Metropolitana Sul

Professor Orientador: Profº Dr. Sérgio Roberto Abrahão

Instituição de Ensino Superior: Universidade Federal do Paraná

Relação Interdisciplinar: Arte, Matemática

Resumo: O presente projeto visa apresentar aos professores, o artefato peteca enquanto material de apoio pedagógico para as aulas de educação física e minimizar, de certa forma, a falta de material para o enriquecimento da intervenção pedagógica do professor bem como contribuir para sua ação docente. Apresentar o jogo e o esporte peteca , suas regras e origem enquanto atividade de enriquecimento curricular no processo ensino aprendizagem. Apresentar a evolução do jogo da recreação à sistematização, estruturação e organização das regras até tornar-se esporte. Busca-se ainda capacitar os professores para confeccionarem artesanalmente o artefato peteca; o estudo das regras do esporte; discussão sobre a utilização do artefato peteca nas aulas de Educação Física; organizar uma proposta de atividades complementares curriculares em contraturno permanente com o esporte peteca.

Palavras-chave: Educação física, peteca, jogo, esporte

Formato do Material Didático: Unidade Didática

Público: Professores de Educação Física

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Apresentação

Ao elaborar este material didático, buscamos capacitar e subsidiar os

professores com informações referente ao artefato “peteca”, origem, regras e

passo a passo para sua confecção objetivando facilitar seus trabalhos diários uma

vez que, este artefato, pode ser utilizado para prática do jogo bem como do

esporte peteca. Ao propor este material foi pensado na convivência diária entre

professores e alunos e principalmente na expectativa de um trabalho diferenciado,

acreditando que a Educação Física, como componente Curricular, necessita de

encaminhamentos para uma prática pedagógica mais elaborada. Dessa forma

será possível que os professores possibilitem seus alunos aprofundar, articular e

ampliar o universo do movimento humano, reelaborando sua prática social.

De acordo com as DCE's – Diretrizes Curriculares Estaduais, tanto o jogo

quanto o esporte são conteúdos estruturantes da Educação Física, e desta forma,

o jogo e o esporte “peteca” poder ser praticado por qualquer pessoa,

independente de suas condições físicas e ainda por ser complemento para a

formação educacional.

Pensou-se ainda, objetivar a interiorização do jogo e do esporte “peteca”

oportunizando a integração entre os praticantes – professores e alunos.

A proposta deste material favorece o respeito ao ritmo individual e o

compartilhar de saberes entre professores e alunos; valoriza a expressividade e

garante, por meio da utilização do artefato peteca e sua utilização no jogo e no

esporte, a experimentação de novas formas de movimento.

Constatando ainda, que existe professores com dificuldades para a

adquirirem materiais de apoio para suas aulas, pensamos na confecção do

próprio artefato, e que qualquer pessoa possa confeccioná-la, entendê-la e passar

a praticar o jogo e o esporte peteca. Dessa forma buscamos apresentar nesse

material e aos professores, formas de confecção da peteca, com sugestão de

materiais variados, para que estes possam fomentar, divulgar e praticar o jogo e o

esporte peteca em diferentes segmentos sociais.

Estamos certos que, o “artefato peteca” e, sua utilização nas aulas de

Educação Física, contribuirá de forma positiva e decisiva para que um maior

número de alunos e pessoas possam vivenciar as emoções que esta prática

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proporciona.

De acordo com o proposto neste material, garantimos a igualdade de

oportunidades e buscamos proporcionar a todos os professores e alunos o

desenvolvimento de suas potencialidades de forma não seletiva e, ainda,

subsidiar os professores à um bom trabalho docente proporcionando junto ao

grupo e a comunidade escolar a prática do jogo e do esporte “peteca” de forma

prazerosa.

Flávio Bagatin - professor PDE 2013

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Sumário

1. POSSIBILIDADES DE INSERÇÃO DO JOGO DE PETECA..............................3

2. A PETECA, SUA HISTÓRIA E EVOLUÇÃO........................................................3

3. O JOGO DE PETECA E SUAS REGRAS...........................................................5

3.1 DA QUADRA, SUAS DIMENSÕES E EQUIPAMENTOS..................................5

3.2 DA REDE, SUAS DIMENSÕES, ACESSÓRIOS, CORES, POSIÇÃO E

POSTES............................................................................................................6

3.3 DA PETECA, SUAS DIMENSÕES, PESO E MATERIAL..................................7

3.4 DA ARBITRAGEM, DO ARBITRO E SEUS AUXILIARES.................................7

3.5 DA FORMAÇÃO DAS DUPLAS, DOS ATLETAS E LIMITES DE

INSCRIÇÃO......................................................................................................8

3.6 DA VANTAGEM NA TOMADA DO SAQUE........................................................9

3.7 DO JOGO, DOS SETS, PONTUAÇÃO, TEMPO, DESEMPATE E TROCA

DE LADO..........................................................................................................10

3.8 DAS INTERRUPÇÕES DO JOGO E DA LESÃO DE JOGADORES...............13

3.9 DO SAQUE, INFRAÇÕES, REPETIÇÃO, PONTOS PARA O ADVERSÁRIO,

DISPOSIÇÕES GERAIS..................................................................................14

3.10 DAS INFRAÇÕES DO SAQUE......................................................................14

3.11 DOS TOQUES, CONSEQUÊNCIAS E INTERRUPÇÕES DIVERSAS..........15

3.12 DAS FALTAS ….............................................................................................16

3.13 DAS INFRAÇÕES DISCIPLINARES E DA EXPULSÃO DO JOGADOR.......16

3.14 DA DIVISÃO DAS CATEGORIAS POR FAIXAS ETÁRIAS...........................18

4. MOLDE PARA CONFECÇÃO DE PETECA.......................................................21

5. PASSO A PASSO PARA CONFECÇÃO DA PETECA........................................23

6. ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS.................................................................24

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................25

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Com relação às possibilidades que o professor da Rede Estadual de Ensino

Público do Paraná tem, de desenvolver o potencial humano de seu aluno, através do

aplicabilidade do jogo de peteca, está assegurada na INSTRUÇÃO Nº 007/2012 –

SEED/SUED, que dispõe das Atividades Complementares Curriculares em Contraturno

que integra as atividades educativas ao Currículo Escolar desde que vinculadas ao

Projeto Político Pedagógico e que pode funcionar permanente ou periodicamente no

Macrocampo Esporte e Lazer.

Outra forma de garantia está na INSTRUÇÃO Nº 001/2013 – SEED/SUED, onde

trata das Aulas Especializadas de Treinamento Esportivo, que possibilita o acesso à

prática esportiva aos alunos. Outra forma ainda, desde que organizada didaticamente no

Projeto Político Pedagógico, são as Atividades de Ampliação de Jornada Escolar que

garante a expansão do tempo escolar, seja através do Programa Mais Educação, do

Programa de Atividades Complementares Curriculares ou do Programa Ensino Médio

Inovador, que contemplará o jogo de peteca no macrocampo Cultura Corporal,

assegurado na INSTRUÇÃO Nº 021/2012 – SEED/SUED.

Outra possibilidade é garantida também através da INSTRUÇÃO Nº 022/2012 –

SEED/SUED, que trata da Educação de Tempo Integral e garante ainda ao professor de

Educação Física, expor seus conhecimentos sobre Vivência Corporal na parte

diversificada (disciplina vinculada a Educação Física), se for o caso, sobre os aspectos

teóricos e práticos, bem como aplicar seus conhecimentos e fundamentos acerca de

jogos em diferentes contextos sociais.

É certo afirmar que a possibilidade de contemplar o conteúdo jogo de peteca nas

aulas de Educação Física é grande. Grande também é o envolvimento dos alunos quando

propomos desafios, onde o saber próprio é valorizado e a ele é dado a oportunidade de

vivenciar diferentes formas de movimento.

O nome Peteca tem origem indígena, especificamente Tupi e significa (pe'teca

-bater com a mão). Pesquisas indicam que a peteca tem origem indígena brasileira mais

propriamente da região centro-sul. Indícios apontam que o jogo de peteca era praticado

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pelos índios mesmo antes da chegada dos portugueses ao Brasil, período este

denominado de Brasil-Colônia. Prática constante entre índios, moças negras e brancas e

crianças. E foi justamente por crianças que o jogo de peteca fora popularizado em

Singapura no continente Asiático.

No início a peteca era confeccionada artesanalmente com pequenas pedras

envoltas em palha de milho e finalizadas com penas de aves domésticas. Com o passar

do tempo sua confecção foi aprimorada, sendo utilizado materiais macios e como

acabamento e parte do artefato usado penas coloridas que a deixou de roupagem nova.

Cabe ressaltar que a confecção artesanal da peteca tornou-se parte do folclore de Minas

Gerais.

Confeccionar o artefato peteca, artesanalmente, tornou-se cultural entre gerações,

ação esta que tornou-a conhecida pelo Brasil, e sua prática objetivava única e

exclusivamente recrear. Sendo assim é propício afirmar que o artefato/brinquedo peteca

originou o Esporte Peteca. Sua prática foi logo difundida pela simplicidade das ações de

seus praticantes, tornando-se muito atrativa em grandes clubes e colégios, especialmente

em Minas Gerais.

Hoje, apesar da evolução de jogo recreativo, jogo de lazer e brinquedo para

modalidade esportiva, são poucos os professores que a utilizam em sua prática enquanto

material de apoio pedagógico ou como esporte educativo que possibilita a criação de

novos movimentos, capaz de incluir, além de prático e ter baixo custo no seu

investimento.

Na sua história, a peteca foi considerada como uma alternativa de recreação e

aquecimento de atletas como os da natação brasileira que nos V jogos Olímpicos da

Antuérpia, na Bélgica, a utilizaram para tal. Esta ação despertou em atletas e treinadores

de outros países muita curiosidade. Este interesse pelo artefato peteca foi confirmado

quando os finlandeses encomendaram seus primeiros pedidos ao chefe da delegação

brasileira no evento em questão e ainda que fosse elaborado regras e padronizado o jogo.

Dentre tantos acontecimentos existe um que até nos dias de hoje sobrevive na

Alemanha, quando o professor Krohn, ao passear pela praia de Copacabana no Rio de

Janeiro, tem contato com o jogo de peteca. Na Alemanha o jogo de peteca recebe o

nome de “indiaca”, que ao ser incluído no dicionário Brockhaus, identifica como sendo um

jogo tradicional indígena Brasileiro.

No ano de 1973, as regras foram padronizadas e com elas grande massa de

homens, mulheres, crianças, jovens e idosos passam a praticar o jogo de peteca

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culminando com a escolha do esporte do ano na Alemanha, em 1974, com a

denominação de “indiaca”.

Com a evolução do jogo e o aumento da participação popular e através do Decreto

nº 80.228, o Conselho Nacional de Desportos – CND, considera a peteca uma atividade

física genuinamente brasileira. Sua oficialização enquanto esporte se deu no dia 17 de

agosto 1985 sendo estruturado e codificado na forma da lei pela Confederação Brasileira

de Desporto Terrestre – CBDT, em 1986.

É importante ressaltar que desde o ano de 1996, a Peteca passou a fazer parte dos

Jogos Universitários Brasileiros, o que não acontece no Paraná, em nível de Jogos

Colegiais nem tampouco internos nos Estabelecimentos de Ensino da Rede Pública.

Atualmente pode-se comemorar a fundação da Confederação Brasileira de Peteca

no ano de 2000 e International Indiaca Association – IAA, com sede na Alemanha que

conta com membros de diversos países por onde o esporte se desenvolveu como o

Japão, a Alemanha, a Estônia, Eslováquia e Suíça.

Por questões culturais e de suma importância, é cabível notar que se tratando de

um esporte genuinamente brasileiro, ele, o jogo de peteca, sofre ainda preconceito por

não ser compreendido como um esporte de competição. Este fato se dá pela falta de

organização de um campeonato que valorize o esporte e o coloque onde deve estar, que

os atletas pudessem ser valorizados e a se dedicarem exclusivamente ao treinamento

desse esporte.

Após a sua oficialização enquanto esporte, sua estruturação e codificação na forma

da lei, e segundo a CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE PETECA (2013), as regras são

as seguintes:

1.1 A quadra tem a dimensão de 15 metros por 7,50 metros para o jogo de duplas e de 15

metros por 5 metros para o jogo individual.

1.2 O piso da quadra, quando for de cimento, deve ter sua superfície uniforme

preferência, ligeiramente áspera, a fim de facilitar a movimentação segura dos atletas.

1.3 A quadra deve ser delimitada por linhas com 5 cm de largura.

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1.3.1 As linhas demarcatórias fazem parte integrante da quadra.

1.4 Linha central é aquela que divide a quadra ao meio e deve ter 5 cm de largura.

1.5 A área de jogo da quadra deve ter, preferencialmente, a cor verde, e as linhas

demarcatórias, a cor branca, podendo ser aceitas outras cores, desde que não

prejudiquem a realização do jogo.

1.6 Em toda e qualquer competição oficial, deve ser colocadas fitas sinalizadoras de limite

da quadra nas linhas de fundo e também nas linhas laterais.

1.6.1 Quando estiverem instaladas, as fitas sinalizadoras assumem os limites da quadra.

2.1 A rede tem a dimensão de 7,80 metros de comprimento por 60 cm de largura e os

quadrados da malha devem medir aproximadamente 4 cm por 4 cm, devendo ser tecida

com nylon ou material similar, com debrum de 5 cm de largura como acabamento na parte

superior.

2.2 A rede deve ter, preferencialmente, a cor amarela, podendo ser aceitas outras cores,

desde que que não prejudiquem a realização do jogo.

2.3 A rede deve ser instalada numa altura uniforme de 2,43 metros para jogos da

categoria Masculina e 2,24 metros para o Feminino.

2.3.1 Para jogos da faixa etária masculina até 12 anos, a rede deve ser instalada

na altura uniforme de 2,24 metros.

2.4 É permitida uma variação máxima de dois centímetros na altura da rede, entre seu

ponto central e os pontos laterais, que coincidem com a projeção vertical nas linhas

laterais.

2.5 Os postes destinados à sustentação da rede devem estar fixados a, no mínimo, 50 cm

de distância das linhas laterais.

2.6 Por medida de segurança, é obrigatória a instalação de proteção nos postes laterais

de sustentação da rede durante a realização de partidas de competições oficiais.

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3.1 O diâmetro da base da peteca deve ter entre 5 cm a 5,2 cm e sua altura total deve ser

de 20 cm, incluindo as penas.

3.2 O peso da peteca deve ser de 40 a 42 gramas, aproximadamente.

3.3 As penas devem ser brancas, em número de quatro, montadas paralelamente duas a

duas, de modo que o quadrado formado caiba num círculo ideal com diâmetro de

aproximadamente 5 cm.

3.4 As penas podem ter outra coloração nas situações em que a cor branca prejudicar a

visibilidade dos jogadores ou de meios de gravação em vídeo.

3.5 A base deve ser construída com discos de borracha, montados em camadas

sobrepostas.

4.1 A equipe de arbitragem é composta, para cada jogo, de um árbitro principal e um

árbitro auxiliar, responsáveis pelas anotações na súmula e marcação do tempo do jogo.

4.1.1 A súmula de um jogo não pode ser rasurada e, em casos de equívoco e

necessidade de alteração de anotação, o árbitro principal deve dirigir-se à Mesa da

Comissão Organizadora, nos intervalos ou no final do jogo, para obter a homologação das

anotações corretas.

4.1.2 O árbitro principal, inclusive o mesário, devem estar uniformizados para o exercício

de suas funções.

4.2 O árbitro principal dirige o jogo e suas decisões são soberanas.

4.3 Compete ao árbitro principal conduzir o jogo com precisão, registrando as ocorrências

em cada set e fazendo, em conjunto com o auxiliar, a contagem dos pontos em voz alta,

quando não houver placar para o público.

4.4 Para os jogos oficiais, caberá à Confederação Brasileira de Peteca ou às

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entidades regionais de administração do desporto a indicação dos árbitros e seus

auxiliares, com as mesmas atribuições definidas no item 4.3 supra.

4.5 Para os jogos amistosos, os árbitros serão escolhidos pelos organizadores,

preferencialmente entre aqueles homologados pela CBP ou pelas entidades regionais de

administração do desporto.

4.6 Os árbitros devem sinalizar os eventos de um jogo de acordo com a convenção

adotada pela CBP.

4.7 O árbitro principal e seu auxiliar escalados oficialmente não podem ser recusados por

atletas, seus clubes ou entidades regionais de administração do desporto a que

pertencem.

4.7.1 A critério exclusivo da Comissão Organizadora de um competição, integrantes da

equipe de arbitragem podem ser substituídos no decorrer de uma partida, critério

exclusivo da Comissão Organizadora de um competição, integrantes da equipe de

arbitragem podem ser substituídos no decorrer de uma partida.

4.8 Somente o capitão ou técnico da equipe tem direito de dirigir-se, sempre de forma

educada, ao árbitro principal para pedido de tempo ou qualquer explicação a respeito do

jogo.

5.1 O desporto da peteca é um jogo para ser disputado por duplas ou por equipes

compostas por um único atleta (simples).

5.1.1 O Regulamento de cada competição deve definir a forma de composição das

equipes, se duplas ou simples.

5.2 Para a formação das equipes da categoria Máster de 40 a 49 anos podem ser

inscritos apenas dois atletas e para as categorias Máster de 50 anos em diante podem ser

inscritos até três atletas.

5.3 Os atletas devem comparecer aos jogos trajando uniforme composto de camisa ou

camiseta, calção para o masculino, bermuda ou short para o feminino, meias e tênis.

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5.4 As camisas ou camisetas e os calções, bermudas ou shorts devem ser iguais para os

integrantes da equipe e as meias devem ser da mesma cor, podendo ser desprezados os

detalhes.

5.5 Os atletas devem se apresentar para o jogo com seus uniformes limpos e bem

cuidados.

5.6 As equipes devem se apresentar à Mesa da Comissão Organizadora, para a

identificação, assinatura de súmula e indicação de seu capitão, com no mínimo quinze

minutos de antecedência em relação ao horário estipulado para o início da partida.

5.7 O jogos de duplas não pode ser realizado com apenas um atleta.

5.8 Nas equipes compostas por três atletas, conforme definido no item 5.2, o jogo poderá

ser iniciado com dois deles presentes no horário estipulado, podendo o terceiro habilitar-

se na Mesa após o início da partida.

5.9 Atletas não inscritos não podem participar do jogo.

6.1 Fica instituída a vantagem na tomada do saque em cada set, sendo que a equipe que

sacou tem o tempo oficializado em vinte quatro segundos para a conquista do ponto em

disputa.

6.2 Nos dois primeiros sets, durante o tempo oficial da vantagem, a equipe que sacou não

perde ponto pelo erro, somente transferindo o saque para a equipe adversária, que passa

a ter a vantagem.

6.3 No terceiro set, quando houver, durante o tempo oficial da vantagem, a equipe que

sacou perde ponto pelo erro ou pelo término desse tempo, e transfere o saque para a

equipe adversária, que passa a ter a vantagem.

6.3.1 A equipe vencedora do ponto continua sacando até que essa situação mude ou que

o jogo termine.

6.3.2 A contagem do tempo oficial da vantagem será sempre reiniciada depois de cada

ponto conquistado ou do término desse tempo, situação em que o direito do saque passa

para a equipe adversária.

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7.1 O atleta deve conhecer as regras do desporto da peteca e cumpri-las com rigor.

7.2 A partida é definida em melhor de três sets, consagrando-se vencedora a equipe que

ganhar dois sets.

7.3 Os dois primeiros sets se resolvem no tempo oficializado em dezesseis minutos

cronometrados de peteca em jogo, ou em doze pontos, prevalecendo a condição que

primeiro ocorrer, sendo necessário apenas um ponto de diferença para a definição de

qualquer um dos dois primeiros sets.

7.4 É considerada vencedora do set a equipe que:

7.4.1 Nos dois primeiros sets, completar doze pontos antes do término do tempo oficial do

set.

7.4.2 Nos dois primeiros sets, tiver pelo menos um ponto de vantagem quando terminar o

tempo oficial do set.

7.5 Se, nos dois primeiros sets, o tempo oficial do set se esgotar e uma das equipes

estiver em vantagem no placar, o árbitro encerra o set, ainda que não tenha se esgotado

o tempo oficial da vantagem, valendo os pontos até então registrados.

7.6 Se, em qualquer um dos dois primeiros sets, o tempo oficial do set se esgotar e o

placar estiver empatado, ainda que não tenha se esgotado o tempo oficial da vantagem

de uma das equipes, o set é encerrado pelo árbitro por decurso de seu tempo oficial.

7.6.1Para definição do vencedor do set, as equipes permanecem na quadra na mesma

posição em que estão jogando, devendo ser iniciada nova disputa do ponto definidor em

tempos oficiais da vantagem consecutivos e alternados.

7.6.2 Para definir quem começa sacando, o árbitro faz imediatamente um sorteio.

7.6.3 É considerada vencedora do set, nos dois primeiros sets, a equipe que fizer o

primeiro ponto, respeitando-se o rodízio a cada tempo oficial da vantagem.

7.6.4 Se, nessa hipótese, o jogo ficar empatado em sets, um novo sorteio é feito para

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definir a escolha da vantagem ou da quadra para disputa do terceiro set.

7.7 O terceiro set ou tie-break, quando houver, será disputado no sistema de ponto

corrido, observando o tempo oficial da vantagem sem cômputo do tempo oficial do set,

sagrando-se vencedora a equipe que primeiro fizer 12 pontos, sendo necessários dois

pontos de diferença para essa definição.

7.7.1 A equipe detentora da vantagem tem o tempo oficial da vantagem para a

concretização do ponto e, caso não o faça, será contado ponto para a equipe adversária,

que então passa a ter a vantagem.

7.7.2 Se o placar chegar a 12x11, o set terminará obrigatoriamente numa das seguintes

possibilidades: 13x11, 14x12; 15x13, 16x14, 17x15 ou 17x16.

7.8 Em caso de força maior ou de necessidade justificada, a critério da CBP ou das

entidades regionais de administração do desporto, o número de pontos, o tempo oficial do

saque, o tempo oficial do set e o número de sets podem ser modificados antes do início

das competições ou no decorrer de suas fases, não implicando, dessa forma, desrespeito

ao regulamento.

7.9 A escolha da quadra deve obedecer à seguinte ordem:

7.9.1 No primeiro set os capitães tiram a sorte para opção de escolha da quadra ou do

saque, sendo que quem escolhe uma alternativa cede a outra.

7.9.2 No segundo set não deve haver troca de posições e as equipes permanecem na

quadra como terminaram o primeiro set, mas o saque passa à equipe que não iniciou

sacando.

7.9.3 No terceiro set, quando houver, o árbitro principal procede a novo sorteio para

escolha da quadra ou do saque.

7.10 Nos dois primeiros sets, as equipes trocam automaticamente de lado na quadra

assim que uma delas atingir a contagem de seis pontos ou na metade do tempo

oficial do set.

7.10.1 No terceiro set, quando houver, as equipes trocam de lado na quadra assim que

uma delas atingir seis pontos.

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7.10.2 Se, na disputa de um set, o tempo oficial do set chegar à metade e a peteca estiver

em jogo, o árbitro aguarda a definição do lance ou o término do tempo oficial da vantagem

para determinar a mudança de lado da quadra, e o set se resolve no tempo que faltar

para completar o tempo oficial do set, quando for o caso.

7.10.3 Na troca de lado da quadra pelas equipes é obrigatório um tempo técnico de um

minuto.

7.11 Os pontos são assinalados pelo árbitro principal ou seu auxiliar.

7.12 O ponto em disputa somente se define por decurso do tempo oficial da vantagem ou

quando a peteca tiver caído no chão, independendo se ela vier a cair fora dos limites da

quadra ou na própria quadra de quem a tocou.

7.12.1 Comete falta o atleta que, nessa circunstância, tocá-la antes dessa definição.

7.12.2 Se a peteca tocada passar por baixo da rede e, de forma inequívoca, não restar

dúvida sobre a definição do ponto, o árbitro deve encerrar a disputa do ponto assim que

ela cruzar o plano ideal projetado pela rede.

7.13 O árbitro principal anunciará o placar após a definição de cada ponto, preservando-

se, dessa maneira, a ordem e a segurança na contagem dos pontos, ficando proibidas

quaisquer anotações de pontos na súmula sem seu pleno conhecimento.

7.13.1 A responsabilidade pelo anúncio de cada ponto do placar pode ser transferida pelo

árbitro principal a seu auxiliar, ficando dispensada quando houver placar para o público.

7.14 Cada equipe pode pedir, em cada set, no máximo dois tempos de um minuto cada

um.

7.15 No pedido de tempo por uma equipe, o árbitro principal concede uma

interrupção na partida, com a duração máxima de um minuto, desde que a peteca esteja

fora de jogo.

7.16 Durante a partida, se a equipe for composta por um trio, é permitido o rodízio

ilimitado entre os seus três atletas, desde que a peteca esteja fora de jogo. 7.16.1O

rodízio dos atletas independe de autorização do árbitro.

7.17 Durante a partida, quando for o caso, o terceiro atleta e o treinador devem

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permanecer sentados no banco de reserva, ou de pé na área previamente determinada

pelo árbitro principal, e não podem dar instruções aos atletas de sua equipe, salvo quando

houver pedido de tempo.

7.18 É de três minutos o tempo de intervalo entre os sets de uma partida.

7.19 As equipes têm direito a, no máximo, cinco minutos para aquecimento na quadra

antes do início da partida.

8.1 Nas situações imprevistas, a critério do árbitro, o jogo pode ser interrompido e,

quando for reiniciada a disputa do ponto, o saque pertencerá à equipe que detinha a

vantagem, com direito ao restante do tempo oficial da vantagem e do tempo oficial do set.

8.1.1 Se a paralisação for inferior a trinta minutos, o jogo tem sequência normal,

mantendo-se os resultados até ali registrados.

8.1.2 Se o jogo não puder ser reiniciado dentro do tempo de trinta minutos, contado a

partir do início da paralisação, a Comissão Organizadora deve marcar novo horário e

data, dentro do evento, para sua complementação, prevalecendo o resultado do set ou

sets concluídos até o momento da interrupção, e recomeçando a partida com o resultado

e tempos até então anotados.

8.2 No caso de contusão ou problema de saúde de um atleta, é concedido até um minuto

de interrupção para sua substituição, quando a equipe contar com o terceiro atleta, e até

cinco minutos, se a equipe for uma dupla, para que o atleta com problema possa

recuperar a condição de jogo.

8.2.1 Se a equipe for composta de três atletas e um deles não puder continuar jogando, o

jogo terá prosseguimento normal com a entrada do terceiro atleta.

8.2.2 Se a equipe contar com apenas dois atletas, se se esgotar o tempo de interrupção

de cinco minutos e um dos atletas continuar impossibilitado de jogar, o set e a partida são

encerrados, devendo ser consideradas as condições estabelecidas nos três seguintes

subitens:

8.2.2.1 O set ou os sets já disputados são considerados válidos e têm sua pontuação

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confirmada.

8.2.2.2 O set em disputa é encerrado e atribuído o placar de 12x0 para a equipe

adversária.

8.2.2.3 Ao set ainda não disputado é atribuído o placar de 12x0 para a equipe adversária.

9.1 O saque é a colocação da peteca em jogo, imediatamente após a autorização do

árbitro para início da partida ou da disputa de um ponto.

9.1.1 No saque, a peteca deve ser batida com uma das mãos e arremessada por cima da

rede para o campo do adversário.

9.2 Para o saque, o atleta deve se colocar fora da quadra, atrás da linha de fundo e

dentro da projeção das linhas laterais, podendo escolher a posição que lhe convier dentro

desses limites.

9.3 Se, no ato de sacar, a peteca cair da mão do atleta sem ter sido tocada, o saque deve

ser repetido.

9.4 O saque pode ser dado, indiferentemente, por qualquer um dos atletas participantes

do jogo.

9.5 O saque pertence sempre à equipe que:

9.5.1 Vencer o ponto em disputa.

9.5.2 Recuperar a vantagem quando a equipe detentora do saque não concretizar o ponto

em disputa no tempo oficial da vantagem.

9.5.3 Tiver a reversão da vantagem determinada pelo árbitro em razão de falta ou infração

disciplinar da equipe adversária.

10.1 O saque é revertido à equipe adversária:

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10.1.1 Quando a peteca não chegar ao campo do adversário.

10.1.2 Quando a peteca passar por baixo da rede.

10.1.3 Quando a peteca passar por cima da rede, mas fora da projeção vertical das linhas

demarcatórias laterais.

10.1.4 Quando a peteca cair fora dos limites da quadra.

10.1.5 Quando a peteca for carregada ou conduzida.

10.1.6 Quando o atleta sacar de dentro dos limites da quadra, incluindo-se neles as linhas

demarcatórias.

10.1.7 Quando o atleta sacar de fora da área delimitada pelo prolongamento das linhas

demarcatórias laterais, ainda que com parte de seu corpo.

10.1.8 Quando a peteca tocar no atleta da mesma equipe antes de passar para o campo

do adversário.

10.1.9 Quando a peteca, em seu trajeto aéreo, tocar em qualquer objeto fixo antes de

poder ser defendida pelo adversário, como, por exemplo, teto de quadras cobertas, etc.

11.1 No decorrer do jogo, em qualquer circunstância, a peteca só pode ser batida com

uma das mãos, uma única vez e por um único atleta.

11.2 A peteca que, durante o jogo, toca na fita superior da rede ultrapassando-a, inclusive

no saque, é considerada em jogo.

11.3 Se numa jogada, inclusive no saque, a peteca tocar a fita superior, ultrapassar a rede

e nela ficar dependurada, sem cair no chão, o saque volta para a equipe detentora da

vantagem e o árbitro principal considera os segundos até então decorridos.

11.3.1 Se numa jogada, inclusive no saque, a peteca tocar a rede na sua parte superior e,

sem cair no chão, nela ficar dependurada do lado da equipe que fez o toque, o saque é

revertido para a outra equipe, com a contagem de ponto, se for o caso.

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12.1 São as seguintes as faltas registradas que contam ponto ou reversão do saque a

favor da equipe adversária:

12.1.1 A invasão superior, que consiste na passagem de uma ou das duas mãos por cima

da rede.

12.1.2 O toque na peteca por um atleta com as duas mãos ou pelos dois atletas, ao

mesmo tempo, com qualquer uma de suas as mãos.

12.1.3 A carregada ou a condução da peteca.

12.1.4 A ultrapassagem da linha central da quadra e de sua projeção vertical por qualquer

parte do corpo, inclusive os pés.

12.1.5 O toque na rede, por qualquer um dos atletas, em qualquer circunstância.

13.1 São as seguintes as infrações disciplinares registradas que contam ponto ou

reversão do saque a favor da equipe adversária:

13.1.1 Quando o atleta chutar a peteca.

13.1.2 Quando o atleta praticar ato de desrespeito ao árbitro e seu auxiliar,

adversários, membros da organização e público presente.

13.1.3 Quando o atleta não aceitar a decisão do árbitro.

13.1.4 Quando o atleta tiver conduta antiesportiva, a critério do árbitro.

13.1.5 Quando o atleta abandonar o local do jogo, sem autorização do árbitro.

13.1.6 Quando o atleta praticar ato ofensivo caracterizado como preconceito racial,

econômico, religioso, ideológico, de gênero, etc.

13.2 Em todas as infrações disciplinares, o infrator é passível das seguintes punições:

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13.2.1 Advertência (cartão amarelo).

13.2.2 Expulsão do jogo (cartão vermelho).

13.3 O atleta recebe obrigatoriamente o cartão vermelho, com a consequente expulsão,

quando, já tendo na partida recebido cartão amarelo, comete nova infração disciplinar

passível de punição.

13.3.1 A pena de aplicação de cartão amarelo ao atleta numa partida não é transferida

para outras partidas.

13.4 Numa equipe composta por três atletas, o atleta expulso pode ser substituído e a

partida tem curso normal.

13.5 Se a equipe for composta por somente dois atletas e um deles for expulso, o set e a

partida são encerrados, devendo ser consideradas as condições estabelecidas nos três

seguintes subitens.

13.5.1 O set ou os sets já disputados são considerados válidos e têm sua pontuação

confirmada.

13.5.2 O set em disputa é encerrado e é atribuído o placar de 12x0 para a equipe

adversária.

13.5.3 Ao set ainda não disputado é atribuído o placar de 12x0 para a equipe adversária.

13.6 O atleta expulso numa partida pode jogar a partida ou partidas seguintes da tabela

de uma competição.

13.6.1 Em razão dos fatos e atos que motivaram a sua expulsão ou de

representação da Procuradoria da Justiça Desportiva, o atleta expulso fica sujeito ao

julgamento pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva, no caso de eventos organizados

pela CBP, ou pelos Tribunais de Justiça Desportiva, no caso de eventos organizados no

âmbito das entidades regionais de administração do desporto.

13.6.2 O atleta que tiver uma segunda expulsão num mesmo campeonato fica

automaticamente excluído da competição.

13.6.2.1 Se a equipe for composta por dois atletas e um deles for expulso pela segunda

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vez, essa equipe será penalizada com WO no caso de ter mais jogos na competição.

13.6.2.2 Se a equipe for composta por três atletas e um deles for expulso pela segunda

vez e excluído da competição, essa equipe pode continuar na disputa com os dois atletas

remanescentes.

13.7 A equipe penalizada com WO em qualquer fase da competição não pode continuar

na disputa, independentemente dos motivos da pena ou de sua ausência, inclusive os

casos fortuitos ou de força maior.

13.7.1 Quando uma equipe for eliminada da competição, seja qual for a circunstância, os

resultados dos jogos por ela realizados devem ser desprezados, e o placar desses jogos

deve ser de dois sets a zero, com placar de doze a zero em cada set, com vantagem para

o adversário ou adversários.

13.8 O atleta inscrito que não comparecer à competição deve apresentar justificativa

formal de sua ausência e pode sujeitar-se às sanções previstas no Regimento Interno da

Confederação Brasileira de Peteca.

13.8.1 É passível de multa, conforme disposições do Regimento Interno da CBP, a

entidade representada pelo atleta que faltar à competição em que foi inscrito.

14.1 As equipes, de acordo com a faixa etária dos jogadores, agrupam-se nas seguintes

categorias:

14.1.1 Feminino

Mirim Até 12 anos

Infantil De 13 a 16 anos

Juvenil De 17 a 20 anos

Adulto De 21 a 29 anos

Sênior De 30 a 39 anos

14.1.2 Masculino

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Mirim Até 12 anos

Infantil De 13 a 16 anos

Juvenil De 17 a 20 anos

Adulto De 21 a 29 anos

Sênior De 30 a 39 anos

14.1.3 – Máster

14.1.3.1 – Feminino

Máster I De 40 a 49 anos

Máster II De 50 anos em diante

14.1.3.2 – Masculino

Máster I De 40 a 49 anos

Máster II De 50 a 57 anos

Máster III De 58 a 63 anos

Máster IV De 64 anos em diante

14.2 Para efeito de agrupamento nas categorias é considerada a idade em anos inteiros

que o atleta completar no ano do evento, não sendo levados em conta nem o dia, nem o

mês de nascimento.

14.2.1 É livre a formação das equipes, respeitados os princípios estabelecidos no item

14.3 e seus subitens.

14.3 Os atletas podem competir em categorias diferentes daquelas determinadas pela sua

idade, nas seguintes condições:

14.3.1 Os atletas das categorias Mirim, Infantil e Juvenil podem competir na categoria

imediatamente acima daquela a que pertencem pelo critério de idade.

14.3.2 Os atletas da categoria Sênior podem competir na categoria imediatamente abaixo

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daquela a que pertencem pelo critério de idade.

14.3.3 Os atletas da categoria Adulto podem competir somente na categoria a que

pertencem pelo critério de idade.

14.3.4 Os atletas da categoria Máster II podem competir na categoria Máster I, os atletas

da categoria Máster III podem competir nas categorias Máster I e II e os atletas da

categoria Máster IV podem competir nas categorias Máster I, II e III.

14.3.5 Qualquer atleta de todas as categorias Máster pode competir na categoria Sênior

(de 30 a 39 anos).

14.3.5.1 O atleta de qualquer uma das categorias Máster que optar por disputar na

categoria Sênior não pode disputar o Campeonato Brasileiro Máster de Peteca. As

alterações das Regras Oficiais do Desporto da Peteca, consolidadas no presente texto,

foram aprovadas na Reunião da Diretoria da Confederação Brasileira de Peteca realizada

às 16h00 do dia 12 de novembro de 2010, na Sala de Treinamento do Praia Clube, de

Uberlândia, localizado na Praça Primo Crosara, 500, Jardim Copacabana, em Uberlândia,

Estado de Minas Gerais.

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Parte Superior da Peteca

Parte inferior da Peteca (Base)

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Recorte um retângulo E.V.A. medindo 30 cm x 20 cm

Para o acabamento da peteca recorte uma tira de E.V.A. de 2,5 cm x 5 cm

Substituição das penas por E.V.A.

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Figura 1(arquivo próprio) Figura 2(arquivo próprio) Figura 3(arquivo próprio)

Figura 4(arquivo próprio) Figura 5(arquivo próprio) Figura 6(arquivo próprio)

Para confecção da peteca em E.V.A. você vai precisar dos seguintes materiais:

Folhas de E.V.A. de 20 mm, bexiga, painço, agulha, linha, cola e tesoura (figura1). Risque o E.V.A. utilizando o molde contido no material e corte a parte inferior e superior da peteca (figura 2) bem como as tiras que substituirão as penas. Passe as tiras pelo buraco da parte superior da peteca e cole sua base na parte interna do molde superior da peteca como mostram as figuras 3 e 4. Coloque o painço (cerca de 3 colheres) dentro de uma bexiga, amarrando-a e molde-a de forma oval (figura 5). Em seguida junte as partes superior e inferior da peteca e comece costurando deixando um pequeno espaço sem concluir. Por este espaço coloque a bexiga dentro da peteca e arremate para que a bexiga fique bem protegida e assentada (figura 6). Pronto, agora é só jogar.

Observações: As petecas podem ser confeccionadas utilizando sacolas plásticas, TNT, palha de milho, câmera de ar de pneus de carros, retalhos de tecido, jornais, etc...

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Esta Unidade Didático-pedagógica iniciou-se a partir do tema “O artefato peteca

como material de apoio pedagógico para as aulas de Educação Física”, por constatar que

muitos professores reclamam da falta de material de apoio para o enriquecimento de suas

aulas práticas.

Com base nesta constatação, desenvolvemos o projeto que foi apresentado no

PDE – Programa de Desenvolvimento Educacional, objetivando fazer com que os

professores o desenvolva junto aos seus alunos, ampliando assim, seu repertório de

material pedagógico, com garantia que professores e alunos vivenciem da construção do

artefato até a prática do jogo e do esporte peteca.

Inicialmente, no primeiro encontro, faremos a apresentação do projeto aos

professores bem como do artefato peteca, confeccionado de forma artesanal, com

diferentes materiais, e de forma industrial. Durante a apresentação exploraremos o tema

com os professores.

No segundo encontro apresentaremos aos professores a cartilha contendo o passo

a passo e o molde do artefato peteca, registrando em diário de campo as possibilidades

que os mesmos apresentarem para sua confecção.

Já no terceiro encontro, faremos com os professores uma oficina de confecção de

petecas, seguindo o passo a passo e utilizando o molde contido na cartilha apresentada,

usando materiais diversos.

No quarto e quinto encontro faremos uma discussão com os professores,

relacionando o uso do artefato peteca durante as aulas de Educação Física, sua

confecção com apoio das aulas de arte e matemática; sua utilização em forma de jogo

evoluindo para o esporte e considerações pedagógicas para seu uso no ensinamento de

fundamentos básicos de outras modalidades esportivas.

Logo em seguida, no sexto encontro, faremos o estudo dirigido sobre a origem, a

história da peteca e das regras oficiais do esporte peteca.

No encontro seguinte apresentaremos aos professores a possibilidade de organizar

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coletivamente uma Proposta de Atividades Complementares Curriculares em Contraturno

Permanente com o tema Jogo e Esporte Peteca.

Na sequência deste projeto, no oitavo encontro, organizaremos e planejaremos

junto com os professores do colégio, a apresentação do jogo de peteca aos alunos, para

que se torne uma prática diária entre eles durante sua permanência na escola, e

organização de um torneio do esporte peteca para a comunidade escolar.

Considerações Finais:

A presente Unidade Didática buscou apresentar a peteca enquanto material de

apoio pedagógico para as aulas de Educação Física, contribuindo para a superação da

falta de material e enriquecimento da prática docente.

Espera-se que ao final da aplicação deste projeto de Intervenção Pedagógica, os

professores possam considerar o artefato peteca como instrumento de valor pedagógico e

desenvolver junto aos seus alunos um trabalho diferenciado e significativo, despertando

neles, o gosto pela prática do jogo e do esporte peteca.

BRANDL, C. E. H. A estimulação da inteligência corporal cinestésica no contexto da educação física escolar. Tese de doutorado em educação física – faculdade de

educação física, Universidade Estadual de Campinas. Campinas, 2005.

EDUCAÇÃO, Secretaria de Estado da. Instrução nº 001/2013. Curitiba, 2013.

EDUCAÇÃO, Secretaria de Estado da. Instrução nº 007/2012. Curitiba, 2012.

EDUCAÇÃO, Secretaria de Estado da. Instrução nº 021/2012. Curitiba, 2012.

EDUCAÇÃO, Secretaria de Estado da. Instrução nº 022/2012. Curitiba, 2012.

FILHO, L.C., et al. Metodologia do ensino de educação física. 2.ed. São Paulo, Cortez,

2009.

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FREIRE, João Batista. Educação de Corpo Inteiro: Teoria e prática da educação física. São Paulo, Scipione, 2009.

GOOGLE, Diferença entre jogo e esporte, disponível em: <http://juninho-

juninhofmzz.blogspot.com.br/2009/12/diferenca-entre-jogo-e-esporte.html> Acesso em

14/06/2013 as 14h53

GOOGLE, Diferenças entre jogo e esporte, disponível em: <

http://thyerres.wordpress.com/2010/04/17/diferencas-entre-jogo-e-esporte/> Acesso em

14/06/2013 as 14h51

GOOGLE, Psicologia no esporte, disponível em: <

http://brunoso89.blogspot.com.br/2010/10/psicologia-no-esporte.html> Acesso em

14/06/2013 as 14h58

GOOGLE, Qual a diferença entre jogo e esporte, disponível em: <

http://www.educacaofisica.com.br/index.php/escola/canais-escola/educacao-fisica-

escolar/23278-qual-a-diferenca-entre-jogo-e-esporte> Acesso em 14/06/2013 as 14h42

GOOGLE, como fazer peteca fácil, disponível em:

<http://vilamamifera.com/mamiferas/10-passos-para-fazer-uma-peteca-facil/> Acesso em

18/11/2013 as 17h04

GOOGLE, aprenda a fazer uma peteca com sacola plástica e jornal, disponível em:

<http://www.youtube.com/watch?v=DIwylF8oGaw> Acesso em 18/11/2013 as 17h10

GOOGLE, peteca – passo a passo – arte em E.V.A, disponível em: <

http://www.eev.com.br/arteemeva/?area=album&pg=Peteca+-+Passo+a+Passo> Acesso

em 19/10/2013 as 14h21

KUNZ, E. Didática da Educação Física 2 – Coleção Educação Física. Ijuí, Unijuí, 2001.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Educação Física para Educação Básica. Curitiba:

SEED, 2008.

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REVERDITO, R. S.; SCAGLIA, ª J.. Pedagogia do esporte: jogos coletivos de invasão. São Paulo: Phorte, 2009.

SCHIMIDT, Maria Auxiliadora. CAINELLI, Marlene. Ensinar história, São Paulo, Scipione,

2004.

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE PETECA. Regras Oficiais. Disponível em

<http://www.cbpeteca.org.br> acesso em 14/06/2013 as 15h30