os desafios da escola pÚblica paranaense na … · biologia para que o aluno entenda a dinâmica...
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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
Ficha para identificação da Produção Didático-Pedagógica
Título: Importância da utilização das atividades experimentais vinculadas ao conteúdo teórico de Biologia
Autor Carla Aparecida Rodrigues
Disciplina/Área Biologia
Escola de Implementação
do Projeto e sua localização
Centro Estadual de Educação Profissional do Sudoeste do Paraná – CEEP - Colégio Agrícola de Francisco Beltrão
Município da escola Francisco Beltrão
Núcleo Regional de Educação
Francisco Beltrão
Professor Orientador Gisele Arruda
Instituição de Ensino Superior
Universidade Estadual do Oeste do Paraná
Relação Interdisciplinar Química e física
Resumo
O presente Projeto de Implementação Pedagógica, parte de uma problemática muito presente nas escolas: a pouca utilização de atividades experimentais nas aulas de Biologia, ocasionando o distanciamento dos conteúdos teóricos com as atividades práticas/experimentais. Especialmente no CEEP – Colégio Agrícola de Francisco Beltrão, as aulas experimentais devem permear as disciplinas técnicas e também a Biologia para que o aluno entenda a dinâmica dos conteúdos a partir da integração das disciplinas. Portanto, pretende-se inicialmente, destacar a importância das atividades experimentais no ensino aprendizagem e o papel do professor neste processo, em seguida propor abordagens metodológicas que promovam o resgate destas atividades práticas por meio de roteiros de experimentos voltados a compreensão dos processos biológicos, numa perspectiva problematizadora que leve o aluno a pensar e refletir sobre os conhecimentos que estão sendo adquiridos. A proposta da Unidade Didática parte dos conteúdos Estruturantes e Básicos que
norteiam as Diretrizes Curriculares de Biologia, destacando o estudo da Citologia. O estudo da célula constitui um conceito chave na organização do conhecimento biológico, trata-se de um pré-requisito para outros conhecimentos. Durante a Implementação, organizaremos os materiais para a produção de um Manual de Experimentos com o Conteúdo de Citologia para o 10 ano do ensino médio que será divulgado aos demais professores posteriormente.
Palavras-chave Biologia, Citologia, experimentação, teoria e prática.
Formato do Material Didático
Unidade Didática
Público Alvo Alunos do 10 ano do Ensino
Apresentação
A ciência sempre esteve sujeita às interferências, determinações, tendências
e transformações da sociedade (ANDERY, 1988; ARAÚJO, 2002, apud
DIRETRIZES CURRICULARES DE BIOLOGIA, 2008). O avanço da biologia foi
determinado pelas muitas necessidades materiais da humanidade em cada
momento histórico e promoveu a necessidade do conhecimento científico para
explicar os fenômenos. Assim, o homem, passou a interpretar a si mesmo e ao
mundo.
A apropriação e o aperfeiçoamento dos saberes científicos ocorrem por meio
da ação educativa e pelas técnicas pelas quais ele é produzido. Assim, Delizoicov,
Angotti e Pernambuco (2002) destacam que a sala de aula é um espaço de inter-
relações entre os sujeitos e o conhecimento. Promover a reflexão e a ação,
despertar a curiosidade e resolver problemas, são atitudes que se espera do
professor de Biologia.
O uso de atividades experimentais nas aulas de Biologia, por parte dos
professores, ocorre esporadicamente e na maioria das vezes vem acompanhada de
justificativas como: pouco tempo para montar e preparar as aulas, falta de espaço
físico, ausência de um Manual de Orientação de Práticas, falta de laboratorista,
deficiência da graduação dos professores. A falta de um Manual de Práticas com
abordagens que venham de encontro aos conteúdos trabalhados em sala de aula,
constituem uma das queixas mais frequentes dos professores, pois uma boa aula
experimental, de acordo com Haching (1992), exige uma criteriosa preparação
pedagógica e técnica, ultrapassando a idéia de experimento apenas para testar ou
comprovar hipóteses. Nesta concepção, Carvalho (2007), destaca a experimentação
problematizadora, ultrapassando a manipulação de materiais e comprovação de
teorias, mas utilizando o trinômio: escrita, fala e leitura como recursos para
discussão dos experimentos.
Este material didático constitui um dos materiais de Implementação do Projeto
PDE e será aplicado no CEEP Sudoeste - Colégio Agrícola de Francisco Beltrão,
que atende alunos de toda a região do 10 ao 30 ano do ensino médio e volta-se
fortemente para as práticas de campo e laboratório, especialmente nas disciplinas
específicas.No formato de Colégio Agrícola, busca-se a aproximação das disciplinas
específicas com as da base comum para que haja maior aprendizado por parte dos
alunos principalmente no que diz respeito às práticas. Tem como público alvo os
alunos do 10 ano do Ensino Médio e foi construído em decorrência da percepção da
não ou pouca utilização das aulas experimentais pelos professores de Biologia, bem
como, o distanciamento dos conteúdos teóricos com a prática.
Pretende-se com esta Unidade Didática, destacar a importância das
atividades experimentais vinculadas ao conteúdo teórico de Citologia, estimulando a
inserção das mesmas nas aulas de Biologia, pois de acordo com Palmero e Moreira
(2001, p 26), a célula, para o processo de ensino da biologia, é um conceito chave
na organização do conhecimento biológico. No entanto para os alunos é uma
entidade complexa e abstrata. Muitos, não conseguem relacionar o crescimento dos
indivíduos com as divisões celulares, não tem um conceito definido sobre respiração
e fotossíntese e poucos relacionam o transporte de oxigênio como um processo feito
por células. Justifica-se então uma maior dedicação dos professores na teorização e
prática deste conteúdo, pois saber sobre célula é fundamental para aprendermos
sobre nós mesmos e sobre todos os seres vivos do planeta.
Queremos destacar que a Intervenção no CEEP Sudoeste em especial, vem
de encontro às necessidades também dos professores das áreas específicas do
curso que buscam muito a integração pedagógica dos conteúdos das muitas
disciplinas com o objetivo de uma aprendizagem mais dinâmica e significativa.
Empregamos na nossa Intervenção, abordagens diversas nas atividades
experimentais, como por exemplo, demonstrativas, investigativas e
problematizadoras potencializando suas muitas possibilidades de execução por meio
de um Manual com roteiros de experimentos, pensados a partir dos conteúdos
estruturantes contemplados nas Diretrizes Curriculares de Biologia. Portanto, a
apropriação dos saberes científicos e seu aperfeiçoamento ocorrem por meio da
ação educativa e precisam ser construídos gradativamente de forma a tornarem-se
significativos e valorizados pelos alunos. Neste sentido, torna-se importante uma
remodelação qualitativa nas aulas de Biologia através da aproximação entre a teoria
e a prática que seja efetivamente eficiente e propicie a aprendizagem significativa
dos conteúdos
Material Didático
Professores são unânimes ao reconhecerem a importância das aulas
experimentais para a disciplina de Biologia. O grande desafio é fazer com que essas
aulas aconteçam, planejando uma aula experimental, articulando teoria e prática,
promovendo reflexões e questionamentos e avaliando de forma coerente. Essas
características são preocupações constantes dos professores quando introduzem as
atividades experimentais em seus Planos de Trabalho Docente.
A Produção Didático - Pedagógica será descrita e sistematizada na forma de
uma Unidade Didática que será dividida em Parte Técnica e Parte Experimental. A
parte técnica traz uma abordagem informativa sobre laboratório, segurança, normas
e cuidados que os alunos devem ter quando se trabalha com experimentos. Muitas
vezes damos pouca importância para este momento, onde os alunos aprendem
sobre as técnicas de laboratório, porém em nosso trabalho, queremos fazer uma
abordagem intensiva neste sentido, pois esta etapa configura-se essencial para o
sucesso das atividades futuras.
As atividades experimentais mostrarão ao professor as possibilidades de
abordagem dos conteúdos teóricos com aquele experimento, além de propor
questionamentos e avaliações. Muitos dos experimentos selecionados, já são
conhecidos pelos professores, porém, foram propostos sob uma perspectiva
contextualizadora, reflexiva, significativa e adaptados aos alunos e seu nível de
escolaridade. Sendo eles alunos do Colégio Agrícola de Francisco Beltrão, o estudo
aprofundado da Citologia se faz muito necessário, já que o objeto de estudo é a
Agropecuária.
As considerações apresentadas e desenvolvidas nesta proposta de
Intervenção foram pautadas em autores como Krasilchick (2004), Giordan (1999),
Galiazzi (2004), Bizzo (2007), Moreira (2003), Delizoicov (2002), Carvalho (2007),
Fumagalli (1993). Foram consultados livros didáticos, sites na internet, artigos e
outros trabalhos, de modo a obter roteiros de experimentação que seriam adaptados
para que os alunos pudessem realizá-los. As atividades selecionadas foram testadas
previamente, para que fosse possível detectar antecipadamente problemas que
pudessem ocorrer na sala de aula.
Os questionamentos propostos estão inseridos em cada atividade
experimental, porém durante todo o desenvolvimento do experimento, existem
questões que resgatam os conceitos teóricos da sala de aula.
Em relação à avaliação, propõe-se um trabalho pedagógico pautado em
critérios claros que não visem apenas medir o aproveitamento dos alunos em
relação ao que está certo ou errado, mas que, de acordo com as Diretrizes
Curriculares de Biologia (2008), possibilitem acompanhar o desempenho no
presente, orientar o desempenho futuro e mudar quando as práticas forem
insuficientes. Neste aspecto, BIZZO (2007), nos alerta:
(...) o experimento por si só não garante a aprendizagem, pois não é
suficiente para modificar a forma de pensar dos alunos, o que exige compartilhamento constante do professor, que deve pesquisar quais são as explicações apresentadas pelos alunos para os resultados encontrados, e propor se necessário, uma nova situação de desafio. (BIZZO, 2007. P 75).
Nessa perspectiva, as atividades experimentais serão avaliadas desde o
momento em que os alunos entram no laboratório, ou seja, como desenvolvem as
técnicas para realizar o experimento, capacidade de trabalhar em grupo, iniciativa,
capacidade de aprimorar a observação e registro de informações, análise de dados,
aprendizagem de conceitos científicos, compreensão da natureza da ciência e seu
papel na vida cotidiana, enfim, como respondem aos questionamentos propostos.
Os alunos terão o Caderno de Experimentos, onde será registrado todo o decorrer
das atividades experimentais a partir dos roteiros estudados que se constitui em
uma forma de avaliação, e além disso, achamos importante a prova escrita ou oral
que será aplicada no decorrer dos conteúdos.
Orientações Metodológicas
A Produção Didática constitui-se em um instrumento de Implementação do
Projeto na Escola do professor PDE, que tem sua importância como política de
formação continuada e valorização dos professores da rede Estadual de Ensino do
Paraná, contribuindo para a superação dos problemas que foram diagnosticados na
escola, servindo de apoio aos demais professores da rede.
Tem-se observado que a construção do conhecimento científico experimental,
praticado hoje pelos professores de Biologia tem ocorrido de forma limitada e pouco
significativa, com priorização de aulas meramente conceituais desarticuladas da
prática. Diante desta problemática vivenciada na escola, justifica-se a proposta desta
Unidade.
O tema de estudo desta unidade é a importância das atividades experimentais
vinculadas ao conteúdo teórico de biologia, onde daremos ênfase ao Conteúdo
Estruturante Mecanismos biológicos – Citologia, desmembrando-o em conteúdos
específicos onde, paralelamente aos conteúdos teóricos, propomos a execução de
experimentos com abordagens de investigação, de demonstração e de observação.
Formas estas de atividades muito valorizadas nos estudos sobre experimentações.
[...] a Biologia abrange um universo conceitual que se fundamenta na concepção evolutiva e entende os seres vivos além do contexto da classificação e funcionamento de suas estruturas orgânicas. Estes conhecimentos biológicos envolvem as relações ecológicas, as transformações evolutivas e a variabilidade genética, e podem ser estudados a partir de modelos que procuram interpretar o real, nas aulas experimentais (DIRETRIZES CURRICULARES DE BIOLOGIA, 2008, p 53).
Nesta perspectiva metodológica de experimentação partindo dos conteúdos
específicos teóricos, pretende-se que o aluno possa fundamentar a ciência escolar
por meio de experimentos e relacioná-la com o seu cotidiano.
A abordagem dos conteúdos teóricos poderá ser feita antes da atividade
experimental, desta forma, os alunos terão já estabelecido conexões entre os
conceitos e poderão aprofundá-los por meio dos experimentos. A Unidade propõe
roteiros experimentais que atendem aos conteúdos teóricos de citologia que serão
contemplados no Plano de Trabalho Docente (PTD). Cada experimento apresenta:
objetivos, procedimentos, conteúdos, questionamentos e avaliação. No momento da
aplicação dos experimentos, faremos o resgate dos conteúdos teóricos já
trabalhados em sala de aula, fazendo com que os fenômenos sejam compreendidos
a partir do método científico com a observação, investigação e o levantamento de
hipóteses que levem o aluno a percepção de que a Biologia, como ciência esta
presente no seu cotidiano.
Muitos autores concordam que as relações teórico-práticas quando bem
estabelecidas nas experimentações, favorecem a apropriação dos conceitos
biológicos, sendo desta forma, um recurso indispensável para as aulas de Biologia.
Juntamente com as atividades práticas, serão utilizados vídeos, imagens de
organelas (já que nem todas são possíveis de observar ao microscópio), leituras de
textos informativos sobre a importância e aplicabilidade da Citologia, entre outros.
Desta forma, pretende-se partir dos conhecimentos prévios dos alunos, para a
elaboração de estratégias que possibilitem aperfeiçoar ou reformular conceitos
relativos à Citologia.
Após a Implementação do projeto, as atividades experimentais trabalhadas
farão parte de um pequeno Manual de Experimentos para o 1o ano do Ensino Médio,
abordando o conteúdo de Citologia. Este será divulgado aos professores de
Biologia, equipe pedagógica, direção e alunos.
Ao adotar o método experimental no processo pedagógico, o professor deve
considerar alguns aspectos importantes:
- Ter cuidado com aspectos éticos dos experimentos (vivissecção de animais
domésticos, danos a flora e a fauna nativa, à biodiversidade ou ao próprio ser
humano), amparados pelas leis vigentes ( Lei Estadual do Paraná n. 14.037, de 20
de março de 2003 – Código Estadual de Proteção aos Animais. Lei de
Biossegurança. Resoluções do Conama/MMA – Conselho Nacional do Meio
Ambiente. Política Nacional da Biodiversidade);
- Organizar antecipadamente os materiais a serem utilizados;
- Familiarizar os alunos com o espaço do laboratório;
- Planejar detalhadamente a aula experimental (tempo, objetivos
desenvolvimento, relações com a teoria estudada, e avaliação), por meio de roteiros;
- Introduzir momentos de reflexão teórica com base em exposições
dialogadas superando o modelo tradicional das aulas práticas dissociadas das
teóricas;
- Avaliar as práticas experimentais com critérios claros e definidos.
PARTE 1
ENCAMINHAMENTOS TÉCNICOS
Neste primeiro momento, faremos uma abordagem mais técnica, mostrando
aos alunos os primeiros passos para uma aula experimental eficiente e interessante.
De um modo geral, alunos e professores tendem a ter uma visão muito simplista
sobre a experimentação e as aulas práticas. O foco acaba sendo basicamente na
observação para comprovar teorias. Não há sentido em realizar experimentos sem
que haja um bom planejamento, uma ampla discussão dos resultados e um reforço
das aulas teóricas.
ATIVIDADE 01
a) Apresentação do Projeto de Intervenção à Direção, Equipe Pedagógica,
Professores e aos alunos e como dar-se-á os encaminhamentos do
mesmo.
ATIVIDADE 02
2.1 - CONHECENDO O LABORATÓRIO DA ESCOLA
O espaço do laboratório deve ser explorado inicialmente, pois os alunos do
primeiro ano do ensino médio estão chegando à escola, e muitas vezes ainda não
conhecem um laboratório. Esta é uma atividade de reconhecimento tanto de espaço
físico quanto de materiais, então é importante que os alunos sintam-se a vontade.
Cabe ao professor orientá-los de forma a terem responsabilidades dentro deste
espaço.
OBJETIVOS:
a) Orientar os alunos para que saibam utilizar, higienizar e guardar os materiais
do laboratório;
b) Apresentar aos alunos os equipamentos, vidrarias, reagentes e demais
recursos disponíveis;
c) Familiarizar-se com o espaço físico e os materiais do laboratório.
PROCEDIMENTOS:
1- O professor vai percorrendo o espaço do laboratório e mostrando aos alunos
os equipamentos, vidrarias e demais recursos disponíveis;
2- Organizar previamente uma mesa com os tipos principais de vidrarias, quais
podem ser aquecidas ou não, nomeando-as pausadamente para que eles
acompanhem;
3- Explicar o correto aquecimento do tubo de ensaio e demais vidrarias;
4- Demonstrar o correto uso da pipeta;
5- Como e onde utilizar os equipamentos elétricos;
6- Deixar que peguem os materiais para que comecem a familiarizar-se;
7- Lembrá-los dos perigos quanto ao manuseio incorreto ou proibido de
substâncias e equipamentos;
8- Estabelecer como serão as atividades práticas/experimentais, no que se
refere a notas, trabalhos, formação das equipes, relatórios, observações,
entre outros.
9- Apresentar-lhes o Caderno de Experimentos que deverá estar sempre com
eles nas aulas práticas.
NORMAS DE SEGURANÇA
1- Entrar no laboratório de forma organizada e silenciosamente;
2- Usar apenas o material estritamente necessário, evitando desperdícios e
danos;
3- Antes de retirar-se, limpar o balcão de trabalho, colocando o lixo sólido e
líquido nos locais designados, bem como vidrarias e aparelhos;
4- O trabalho em grupo deve ser encarado com seriedade e não como
oportunidade para brincadeiras;
5- Trabalhe com regras e horário, caso não termine, não poderá fazer em casa,
pois não dispõe do material necessário;
6- Não comer e não tomar líquidos no laboratório;
7- Nunca abrir frascos de reagentes químicos sem ler o rótulo e sem a
determinação do professor;
8- Não, nunca testar substâncias químicas, cheirando ou provando;
9- Ao manipular lâminas e lamínulas de vidro, ter cuidado para evitar acidentes;
10- Durante as atividades não levar a mão ao rosto e boca;
11- Manter os cabelos presos, usar roupas adequadas e sapatos fechados;
12- No local de trabalho e durante a execução das atividades, falar só o
necessário;
13- Ao derramar qualquer substância, providenciar a limpeza imediatamente,
utilizando material próprio para tal;
14- Não jogar nenhum material sólido ou líquido dentro da pia ou esgoto comum;
15- Ao aquecer qualquer substância em tubo de ensaio, segurá-lo com a pinça
voltando a extremidade aberta do tubo para o local onde não haja pessoas;
16- É proibido o manuseio de maçanetas, telefones, e outros objetos de uso
comum quando estiver usando luvas durante a execução da atividade
experimental;
17- Cada equipe é responsável pelo material utilizado na atividade prática,
portanto ao término do experimento limpar e guardar os materiais;
18- Usar jaleco
19- Usar luvas durante a manipulação de objetos quentes ou substâncias que
possam ser absorvidas pela pele.
20- Cuidado ao manusear microscópios e lupas.
O NÃO CUMPRIMENTO DAS NORMAS ACARRETARÁ PUNIÇÃO AO
ALUNO
PRINCIPAIS VIDRARIAS UTILIZADAS NO LABORATÓRIO
LÂMINA: espalhar o material a ser examinado no microscópio LAMÍNULA: proteger a objetiva do microscópio
TUBOS DE ENSAIO: acondicionador de substâncias, preparar soluções.
PIPETA: medir quantidades exatas e transferi-las à recipientes diversos
BURETA: medida de volumes e transferir à recipientes diversos
BALANÇA COMUM: medida de massa
PROVETA: medir substancias em grandes volumes
BASTÃO DE VIDRO: usado na agitação e no auxílio de transferência de líquidos
BALÃO DE FUNDO CHATO: utilizado para acondicionar meios de cultura, reagentes, esterilização e preparo de soluções grosseiras
ERLENMEYER: acessório de finalidade semelhante a do balão de fundo chato. É utilizado em hemoculturas.
BECKER: utilizado nas pesagens e distribuições de substancias, como também no preparo de suspensões. Este acessório é somente utilizado no preparo de soluções grosseiras, isto é, soluções que não carecem de grandes precisões e serve para aquecimento de soluções.
BALÃO VOLUMÉTRICO: destinado ao preparo de soluções padrões, analíticas, a partir de substancias sólidas.
PLACA DE PETRI: material usado para culturas bacteriológicas. Em geral (10 cm de diâmetro) e para antibiogramas, que são testes de sensibilidade à antibióticos e quimioterápicos (12 cm de diâmetro).
PIPETA VOLUMÉTRICA: mede apenas o volume, aquele para o qual ela foi previamente construída.
TUBO CAPILAR: acessório utilizado em micro pesquisas. É um tubo de diâmetro reduzido, usado em hematologia e bacteriologia.
BICO DE GÁS OU DE BULSEN: fonte de aquecimento mais usada no laboratório.
TELA DE AMIANTO: usada para distribuir uniformemente o calor durante o aquecimento de recipientes de vidro à chama do bico de gás.
ESTANTE: serve de suporte para os tubos de ensaio.
PINÇA DE MADEIRA OU GARRA: utilizada para segurar os tubos de ensaio em aquecimento, evitando queimaduras nos dedos.
CADINHO: serve para aquecimento de substancias na estufa ou direto na chama do bico de bulsen.
VIDRO RELÓGIO: peça côncava para evaporação e análise de líquidos.
ALMOFARIZ E PISTILO: empregado para triturar e pulverizar sólidos.
CÁPSULA DE PORCELANA: recipiente usado para evaporar líquidos.
TRIPÉ DE FERRO: serve de sustentação à tela de amianto, é construído de ferro fundido.
ESPÁTULA DE AÇO: utilizada para transferência de sólidos.
SUPORTE DE FERRO: utilizado na montagem de aparelhos de laboratório.
FUNIL DE VIDRO E PLÁSTICO: utilizado para filtrar soluções com o auxílio de papel de filtro ou para transferir líquidos de um recipiente para outro.
PISSETA: frasco para lavagem de materiais.
FONTE: FILGUEIRAS, 2013.
PARA O BOM DESENVOLVIMENTO DA
AULA EXPERIMENTAL, DEVEMOS...
a) Ler atenciosamente o roteiro, antes do inicio da atividade realizando os trabalhos
com calma e organização, de acordo com as orientações do roteiro e/ou do
professor.
b) Verificar se todos os materiais necessários para a atividade estão disponíveis na
mesa ou bancada.
c) Observar muito atentamente os fenômenos que ocorrem durante o experimento e
anotar todos os pormenores do desenvolvimento da atividade e resultados,
relevantes ao estudo posterior e a conclusão, no caderno de experimentos.
d) Só esquematize aquilo que você de fato vê. Trata-se de um trabalho científico e
não uma obra de arte.
e) Tudo que você desenhou tem nome e deve vir acompanhado de legendas e
explicações.
f) Os desenhos devem ser a mão livre, com lápis preto.
g) Os desenhos retratam a “sua” observação e não a dos colegas.
h) Manter o caderno de experimentos organizado e com todas as tarefas em dia.
ATIVIDADE 03
PRIMEIRO MOMENTO: Conversação
Discutir com os alunos, o que eles sabem sobre o microscópio, realizando
uma explanação sobre a importância do mesmo, suas funções e aplicação para o
desenvolvimento das pesquisas científicas, descoberta de doenças, entre outras,
bem como a historia da microscopia no decorrer do tempo.
SEGUNDO MOMENTO: Apresentação/Explanação
a- Introdução a biologia celular por meio de slides, imagens e textos apresentar o
histórico da microscopia e sua importância para a Ciência.
b- Mostrar as muitas possibilidades de observação celular que nos é permitido
hoje graças ao advento do microscópio. Seleção de imagens de tipos celulares para
que observem, conheçam ou reconheçam e comecem a familiarizar-se.
VOCÊ SABIA?? O órgão sensorial humano
especializado na visão é o olho, cujas células
receptoras são capazes de perceber a luz, porém,a
vista humana não é capaz de perceber objetos com
diâmetros inferiores a um décimo do milímetro
(0,1mm ou 100µm). O microscópio óptico é utilizado para
a observação de células vivas ou mortas
(preferencialmente após fixação e coloração) cujas
medidas encontram-se abaixo de 0,1mm. Entre elas
temos células dos organismos eucariotos, as
bactérias, os ovos de vermes e muitas estruturas dos
seres vivos
TERCEIRO MOMENTO: Aprendendo sobre as partes do microscópio: de posse
de um pequeno manual contendo uma figura do microscópio de suas partes e
funções, levar os alunos até o laboratório para que possam tocar, manusear, montar
e desmontar o instrumento.
ESTRUTURAS DO MICROSCÓPIO
PARTES MECÂNICAS
BASE OU PÉ
Suporte basal, que sustenta o microscópio e permite manter a estabilidade do
aparelho.
COLUNA OU BRAÇO
Parte do microscópio unida á base, que sustenta o sistema de lentes.
MESA OU PLATINA
Plataforma horizontal, unida à parte inferior do braço, com um orifício no centro. A
lâmina a ser observada deve ser colocada sobre a platina, e o centro da preparação
deve coincidir com o centro do orifício da platina ou mesa.
CHARRIOT
Sistema de dois parafusos, que permitem a movimentação da lâmina no sentido
horizontal e vertical.
PARAFUSO MACROMÉTRICO OU MACRÔMETRO
É o disco móvel maior, que serve para ajuste grosseiro do foco, levanta e abaixa a
mesa.
PARAFUSO MICROMÉTRICO OU MICRÔMETRO
É o disco que regula a nitidez da imagem.
CANHÃO OU TUBO
Tubo através do qual a luz passa da estrutura observada até as oculares.
REVÓLVER
Peça móvel, que sustenta as objetivas, e permite mudar por rotação a posição
destas em relação ao orifício da platina.
PARTES ÓPTICAS
OCULARES
Sistema de lentes superior, próximo ao olho do observador.
OBJETIVAS
Sistema de lentes, próximo da lâmina examinada, de aumentos diferentes (4x
vermelha, 10x amarela, 40x azul e 100x branca). A menor objetiva é a de menor
aumento, e a maior, a que amplia mais a imagem. A objetiva de 100x só deve ser
usada com óleo de imersão.
FONTE DE LUZ
Lâmpada, situada na base do microscópio; fonte de feixe luminoso que atravessará
a preparação.
CONDENSADOR
Sistema de lentes, entre a fonte de luz e a platina, que condensa o feixe luminoso.
Pode ser movimentado para cima e para baixo, por um parafuso (do lado direito do
condensador), regulando a intensidade de luz.
DIAFRAGMA OU ÍRIS
Dispositivo unido ao condensador, usado para regular o feixe luminoso que
atravessa a lâmina. Funciona movido por uma pequena haste, que controla a
abertura de passagem de luz.
MICROSCÓPIO ÓPTICO
FONTE: Secretaria de Estado da Educação, 2008.
Muitas vezes não é dada a importância devida a estas orientações técnicas. Mas de
acordo com vários estudos, percebe-se que os alunos precisam saber tecnicamente
para depois saber biologicamente, então professor não pense que este momento é
perda de tempo. Se os alunos aprenderem a manusear e a cuidar dos materiais, as
aulas serão muito mais proveitosas.
1. Antes de iniciar a atividade, verifique se o microscópio está ligado à corrente
elétrica.
2. Antes de colocar a lâmina sobre a platina, verifique se a lamínula não esta voltada
para baixo, pois com a objetiva de 40X não é possível o ajuste do foco nessa
situação.
3. Ao iniciar sua observação, focalize primeiro com a objetiva de menor aumento
(4X). Após observar com a objetiva de 10x, passe para a de maior aumento (40x).
Nesta objetiva o foco deve ser ajustado somente com o micrométrico. Passe para a
100 x, utilizando sempre o óleo de imersão.
4. Verifique se as objetivas estão encaixadas, caso contrário você verá o campo
completamente escuro ou parcialmente iluminada.
VOCÊ SABIA??Os primeiros microscópios simples,
limitados à ampliação de uma única lente, foram
construídos na metade do século XV e utilizados
inicialmente para investigar o mundo dos insetos. Por
causa da dificuldade em produzir vidro puro na época,
as lentes dos microscópios distorciam as imagens e
contornavam-nas com halos e espectros de cores. Em
1590, o holandês Hans Janssen e o seu filho, Zacharias,
planejaram o primeiro microscópio.
Leia Mais em:
<http://www.sitedecuriosidades.com/curiosidade/a-historia-do-microscopio.html>
ORIENTAÇÕES SOBRE O MICROSCÓPIO
Alunos, muita atenção!!!
5. Algumas estruturas podem ser melhor observadas com o auxílio do diafragma.
Caso tenha esse dispositivo em seu microscópio, experimente usá-lo.
6. Se após tomar todos esses cuidados você ainda não obtiver o foco, limpe as
oculares e lâmina com o auxílio de papel higiênico.
7. Não coloque os dedos e nem apóie qualquer parte do corpo sobre o microscópio.
8. Manuseie delicadamente este instrumento, pois ele é frágil.
FONTE: MOREIRA, 2013.
FOCALIZANDO SUAS IMAGENS
FOCALIZAÇÃO
1. Montagem da lâmina;
2. Ligar o microscópio;
3. Prender a lâmina com auxílio da pinça na mesa;
4. Girar o revolver e colocar na objetiva de menor aumento;
5. Com o macrométrico levantar a mesa até o objeto ser focalizado;
6. Centralizar o objeto com o Charriot;
7. Com o micrométrico, centralizar a imagem a sua visão;
8. Com auxílio do revólver mudar as objetivas para visualização em todos os
aumentos;
9. Tomar cuidado para não mover o macrométrico com as objetivas de maior
aumento, se isso ocorrer poderá causar quebra da lâmina e lamínula.
DESFOCALIZAÇÃO
1. Colocar o revólver na objetiva de menor aumento;
2. Com o macrométrico, baixar toda a mesa;
3. Retirar a lâmina;
4. Zerar o macro e o micrométrico;
5. Apagar a lâmpada;
6. Enrolar o fio;
7. Limpar as lentes;
8. Cobrir o microscópio e guardá-lo;
9. Transportar segurando com a mão direita no braço e a esquerda na base
FONTE: SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO, 2008.
APÓS OS ENCAMINHAMENTOS
TÉCNICOS, VOCÊ ESTARÁ APTO
A REALIZAÇÃO DAS AULAS
PRÁTICAS!!!!
PARTE II
ENCAMINHAMENTOS EXPERIMENTAIS
ATIVIDADE EXPERIMENTAL Nº 01 - Estudo do Microscópio Óptico.
OBJETIVOS
- Conhecer as partes que compõe o Microscópio;
- Manusear o microscópio.
MATERIAIS
- Microscópio.
PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS
- Entrar silenciosamente e sem tumultos no laboratório;
- Prestar atenção quanto as orientações dadas pelo professor, como cuidados com
materiais, vidrarias e equipamentos;
- Conhecer o microscópio e suas partes estando atento as suas funções;
- Manusear adequadamente o equipamento de forma a compreender seu
funcionamento;
- Propor as atividades abaixo, individualmente.
QUESTIONAMENTOS
1. Observe o microscópio abaixo e nomeie as partes indicadas.
Fonte: http://manaus.olx.com.br/microscopio-iid-34725360, 2013.
Identificação dos componentes do microscópio
1 8
2 9
3 10
4 11
5 12
6 13
7 14
2. Quais as medidas e cores das objetivas?
3. Como podemos saber qual o aumento total de um objeto observado?
4. O microscópio em estudo apresenta_____objetivas, sendo que cada uma delas
apresenta os seguintes aumentos_______________________________________
5. Calcule o aumento total em cada caso.
a) Ocular de_____x objetiva de____= imagem de_______
b) Ocular de_____x objetiva de____= imagem de_______
c) Ocular de_____x objetiva de____= imagem de_______
d) Ocular de_____x objetiva de____= imagem de_______
AVALIAÇÃO
1-Avaliação oral manuseando o instrumento.
2-Por meio dos questionamentos propostos.
ATIVIDADE EXPERIMENTAL Nº 02 - Célula procariótica (bactérias do
iogurte).
OBJETIVOS
- Conhecer a morfologia dos organismos procariontes;
- Verificar as associações coloniais nestes organismos.
CONTEÚDOS
- Organização de célula procarionte
- Como as bactérias obtém energia?
MATERIAIS
- Microscópio;
- Óleo de imersão;
- Lâminas;
- Lamínulas;
- Papel absorvente;
- Solução de álcool: éter;
- Água;
- Palito de dente.
PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS
- Coloque uma gota do iogurte sobre a lâmina;
- Pingue uma gota de água e misture com a ajuda do palito de dente;
- Coloque a lamínula em posição de 45° em relação à lâmina, ir baixando devagar
evitando a formação de bolhas de ar;
- Retire o excesso de líquido com o papel absorvente;
- Focalizar utilizando as objetivas 4x, 10x, 40x
- Desenhar detalhadamente o que observa.
OBSERVAÇÃO DE CÉLULAS PROCARIONTES
RELEMBRANDO...
As principais formas das bactérias são: Bacilos
(forma de bastão), Cocos (forma ovalada),
espirilos (forma helicoidal), Vibriões (forma de
vírgula). Os cocos podem formar os diplococos
(estão aos pares), estreptococos (estão em
cadeia). Alguns dividem-se em múltiplos planos
formando as formas tétrades (grupo de quatro
células), sarcinas (grupo de oito células),
estafilococos (forma de um cacho).
FONTE: Adaptado de BRANCALHÃO, SOARES, 2004.
QUESTIONAMENTOS
1. Qual a importância das bactérias no processo de fermentação lática?
2. Destaque a atuação das bactérias na indústria alimentícia e farmacêutica.
Avaliação
Pesquisa dirigida
Os alunos farão uma pesquisa.
a) Desde a antiguidade empregam-se técnicas de conservação de
alimentos. Pesquise as técnicas antigas de conservação de alimentos
como a salga e a defumação, e as modernas como a pasteurização, a
esterilização, o congelamento, a desidratação e a radiação.
b) Organize o material escrito e não esqueça das fontes pesquisadas.
c) Entregar a pesquisa ao professor.
d) Discussão posterior em sala de aula.
ATIVIDADE EXPERIMENTAL Nº 03 – Célula eucariota animal
(mucosa oral).
CONTEÚDOS
- Mecanismos biológicos;
- Observação de núcleo e citoplasma celular;
- Sistema de endomembranas.
OBJETIVOS
- Conhecer a morfologia de uma célula eucariota animal;
- Analisar as estruturas internas visíveis ao microscópio.
COMENTÁRIOS – resgate de conteúdos
Apesar de haver diferenças estruturais entre as células animais e vegetais,
as duas possuem 3 constituintes fundamentais: a membrana, o citoplasma e o
núcleo . Organismos animais multicelulares organizam suas células em tecidos
especializados, assim, no mesmo organismo as células dos tecidos são diferentes
molecularmente e morfologicamente. Além disso, apresentam um sistema de
endomembranas (envoltório nuclear, retículo endoplasmático, aparelho de Golgi e
lisossomas).
No método A, o material esta sem corante e as células se apresentam
transparentes. Esta com 70% de seu peso em água. A maioria das técnicas não
usa células vivas, devendo fixa-las antes. O fixador mata a célula e liga-se as
estruturas celulares dando similaridade com a posição que ocupavam em vida. Os
fixadores reduzem as ações post mortem. O álcool, o ácido acético e o formol são
os fixadores mais comuns.
No método B, a preparação é semipermanente e a lâmina tem duração
temporária. Neste material é possível identificar as regiões do núcleo e citoplasma,
uma vez que, normalmente se coram de forma distinta. Devido a grande
quantidade de DNA e RNAs, o núcleo tem afinidade por corantes básicos como o
azul de metileno. Ressalta-se que a estrutura do envoltório nuclear bem como a da
membrana plasmática, só são observáveis na microscopia eletrônica. Assim em
microscopia de luz, evidenciam-se apenas os limites (núcleo/citoplasma e
citoplasma/meio extracelular).
MATERIAIS
- Células da mucosa oral;
- Microscópio;
- Lâmina;
- Lamínula;
- Papel absorvente;
- Conta gotas ou pipeta;
- Água;
- Espátulas ou palitos de dente;
- Corante azul de metileno;
- Esmalte de unha incolor.
Método A
1. Fazer uma raspagem delicada da mucosa na região dorsal da língua ou
bochecha (de baixo para cima), com o palito ou espátula;
2. Fazer um esfregaço do material na lamina, pingar uma gota de água, deixar
secar;
3. Analisar a lâmina nos aumentos crescentes das objetivas 4x, 10x, 40x e 100x;
4. Esquematizar detalhadamente no aumento 400x.
OBSERVAÇÃO DE MUCOSA ORAL – MÉTODO A
Método B
1. Fazer uma raspagem delicada da mucosa na região dorsal da língua ou
bochecha (de baixo para cima), com o palito ou espátula;
2. Fazer um esfregaço do material na lamina, colocar algumas gotas do corante
azul de metileno e deixe corar por 3 minutos;
3. Coloque a lamínula, em posição de 45 em relação à lamina até que sobreponha
e não forme bolhas de ar;
4. Caso haja excesso de liquido, retire com papel absorvente;
. Coloque esmalte de unha nas bordas da lamínula;
6. Analise nos aumentos crescente 4x,10x,40x e 100x;
7. Esquematize no aumento 400x.
OBSERVAÇÃO DA MUCOSA ORAL – MÉTODO B
QUESTIONAMENTOS
1-Quais as principais diferenças observadas no método A e no método B?
2. Observe com atenção as células no método B e responda:
a) Forma da célula
( ) angulosa
( ) globosa
b) Membrana
( ) celulósica
( ) plasmática
c) Citoplasma
( ) incolor
( ) colorido
d) Posição do núcleo
( ) central
( ) periférico
3-Você observou alguns pontos escuros na superfície das células? São prováveis
bactérias presentes em nossa boca que se aderem a mucosa. Converse com os
colegas, pesquise e descubra que tipo de bactérias são essas e quais outros
microorganismos podem se alojar em nossa boca. Classifique-os quanto a serem
pro ou eucariontes.
Desde que Alexander Fleming descobriu o primeiro
antibiótico, a penicilina, em 1928, o homem e a
bactéria disputam uma corrida e a liderança da
competição vem se alterando o tempo todo. A
previsão, porém, é de que os antibióticos, as drogas
milagrosas do século XX, terminem vencidos pela
bactéria, um dos seres mais primitivos na face da
Terra. Saiba mais em:
FONTE: http://www.libertaria.pro.br/antibioticos_intro.htm, 2013.
4- Que relação há com as bactérias e a Origem da vida na Terra? Pesquise,
converse com os colegas, faça suas anotações para a próxima aula discutirmos.
FONTE: Dia a dia Educação banco de imagens, 2013.
ATIVIDADE EXPERIMENTAL Nº 04 – Célula eucariótica vegetal.
OBJETIVOS
- conhecer a organização morfológica de uma célula eucariota vegetal.
- observar e comparar com a célula animal, destacando suas diferenças.
- associar o conteúdo trabalhado em sala de aula com a prática.
CONTEÚDOS
- morfologia vegetal
- organização celular
COMENTÁRIOS
A célula eucariótica vegetal tem como característica principal a presença de
parede celular, vacúolos e plastos. Apresentam duas partes morfologicamente
distintas: o citoplasma e o núcleo, entre os quais existe um trânsito constante de
substâncias nos dois sentidos. O citoplasma é envolto pela membrana plasmática e
o núcleo pelo envoltório nuclear. A parede celular contém celulose, hemoceluloses
e pectinas que conferem rigidez à célula. O vacúolo pode ocupar 95% do volume
celular e tem funções diversas como a manutenção do turgor celular e da rigidez do
tecido. Os plastos são organelas maiores que as mitocôndrias e podem ou não
conter pigmentos, como os cromoplastos e os leucoplastos (BRANCALHÃO,
SOARES, 2004).
MATERIAIS
- Allium cepa (cebola);
- Elodea sp / Tradescantia sp;
- Polypodium vulgare (samambaia);
- Microscópio;
- Lâminas;
- Lamínulas;
- Papel absorvente;
- Conta gotas / pipeta;
- Pinça;
- Solução de álcool, éter para limpeza (3:1);
- Água;
- Corante lugol / cloreto de zinco iodado;
- Pincel n0 0.
PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS
CEBOLA SEM CORANTE
A cebola é uma monocotiledônea constituída por caule cônico com folhas
escamiformes que armazenam nutrientes.
1. Retirar delicadamente a epiderme do catafilo da cebola ( preferencialmente, a
parte interna);
2. Distender suavemente o material coletado sobre a lâmina com auxílio de um
pincel molhado em água;
3. Pingar uma gota de água;
4. Colocar a lamínula, sempre em posição de 450 em relação à lâmina, e ir
baixando lentamente até que a mesma fique totalmente sobre a lâmina, sem bolhas
de ar;
5. Se houver excesso de líquido, retire com o papel absorvente, para manter a
lamínula fixa;
6. Colocar a lâmina no microscópio, observar e analisar nos aumentos crescentes
4x, 10x, e 40x;
7. Desenhar no aumento 400x.
OBSERVAÇÃO CÉLULA EUCARIÓTICA VEGETAL – SEM CORANTE
LEMBRE-SE de observar o núcleo, o citoplasma e a parede celular.
As demais organelas e estruturas da célula vegetal não são visíveis
ao microscópio de luz.
CEBOLA CORADA
1. Retirar delicadamente a epiderme do catafilo da cebola ( preferencialmente, a
parte interna);
2. Distender suavemente o material coletado sobre a lâmina com auxílio de um
pincel molhado em água;
3. Pingar uma gota de lugol ou cloreto de zinco iodado, deixar corar por 5 minutos;
4. Colocar a lamínula, sempre em posição de 450 em relação a lâmina, e ir
baixando lentamente até que a mesma fique totalmente sobre a lâmina, sem
bolhas de ar;
5. Se houver excesso de líquido, retire com o papel absorvente, para manter a
lamínula fixa;
6. Colocar a lâmina no microscópio, observar e analisar nos aumentos crescentes
4x, 10x, e 40x;
7. Desenhar no aumento 400x.
OBSERVAÇÃO CÉLULA EUCARIÓTICA VEGETAL – COM CORANTE
QUESTIONAMENTOS
1. Quais as diferenças observadas no material corado e não corado?Descreva-os.
2-Compare com outros colegas seus desenhos e observações.
ELODEA
A planta Elódea é aquática submersa, vive na água doce em regiões tropicais.
Pertencente as monocotiledônea, com folhas em posições variadas e nervuras
paralelas. Muito fácil de identificar cloroplastos devido à presença de clorofila
nestas plantas.
O QUE ACHAM QUE VÃO VER QUANDO COLOCARMOS A PLANTA NO
MICROSCÓPIO?
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
1. Colocar uma folha nova de Elodea sobre uma lâmina que contenha já uma gota
de água;
2. Colocar a lamínula, sempre em posição de 450 em relação a lâmina, e ir
baixando lentamente até que a mesma fique totalmente sobre a lâmina, sem
bolhas de ar;
3. Se houver excesso de líquido, retire com o papel absorvente, para manter a
lamínula fixa;
4. Colocar a lâmina no microscópio, observar e analisar nos aumentos crescentes
4x, 10x, e 40x;
5. Desenhar no aumento 400x.
OBSERVAÇÃO CÉLULA EUCARIÓTICA VEGETAL - ELODEA
COMENTÁRIOS
O citoplasma esta em constante movimento devido ao CITOESQUELETO,
o movimento é circular em torno do vacúolo central, por isso denomina-se
CICLOSE ou CORRENTE CITOPLASMÁTICA. A ciclose se origina pela interação
dos filamentos de actina e miosina posicionando os cloroplastos de acordo com a
intensidade luminosa. Estas organelas se espalham quando há pouca luz e se
agrupam quando há excesso. Desta forma, esta aula experimental pode ser usada
para explicar o processo de ciclose.
FONTE: Adaptado de BRANCALHÃO, SOARES, 2004.
QUESTIONAMENTOS
1. Que forma tem as células observadas?
2. Todas as células da folha são iguais? Em tamanho? Em estruturas visíveis?
Quais cores você vê na célula?
3. Das estruturas celulares que você conhece por imagens, quais conseguiu
identificar? Que forma e cor tinham?
4. Notou algum movimento no interior dessas células? Que movimento é esse?
FONTE: Dia a dia Educação banco de imagens, 2013.
ATIVIDADE EXPERIMENTAL Nº 05 – Membrana plasmática – Allium
cepa ou Elodea.
CONTEÚDO
- Composição da membrana plasmática;
- Permeabilidade seletiva.
OBJETIVOS
- Conhecer as propriedades da membrana plasmática;
- Compreender o comportamento da membrana em diferentes soluções;
- Relacionar a prática com o conteúdo teórico: permeabilidade seletiva da
membrana plasmática.
COMENTÁRIOS
A membrana plasmática fornece individualidade à célula, delimitando os
meio intra e extracelular. Tem uma organização estrutural em forma de mosaico-
fluido (moléculas de proteínas mergulhadas em uma bicamada de lipídios). Uma
das funções é transportar substâncias entre a célula e o meio e vice versa. Isso
ocorre devido à propriedade de semipermeabilidade da membrana. A estrutura da
membrana plasmática só pode ser observada ao microscópio eletrônico. Com o
microscópio de luz pode se obter uma evidência indireta de sua existência,
aplicando soluções fazendo com que as mesmas reajam ao ambiente em que se
encontram.
MATERIAIS
- Microscópio;
- Lâminas;
- Lamínulas;
- Papel absorvente;
- Conta gotas/pipeta;
- Pinça;
- Solução de álcool, éter para limpeza (3:1);
- Água;
- Solução de cloreto de sódio (NaCl) a 3%;
- Cebola ou Elodea.
PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS
CEBOLA
1. Retirar dois pedaços da epiderme da região interior do catafilo da cebola;
2. Colocar cada um sobre uma lâmina;
3. Em uma delas, colocar uma gota de água e na outra pingar duas gotas de
cloreto de sódio NaCl a 3%;
4. Colocar a lamínula, sempre em posição de 450 em relação a lâmina, e ir
baixando lentamente até que a mesma fique totalmente sobre a lâmina, sem
bolhas de ar;
5. Se houver excesso de líquido, retire com o papel absorvente, para manter a
lamínula fixa;
6. Colocar a lâmina no microscópio, observar e analisar nos aumentos crescentes
4x, 10x, e 40x;
7. Desenhar no aumento 400x, com e sem NaCl.
OBSERVAÇÃO MEMBRANA PLASMÁTICA – SEM NACL
OBSERVAÇÃO MEMBRANA PLASMÁTICA – COM NACL
ELODEA
PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS 01
1. Retirar uma folha fina e jovem da Elódea;
2. Colocar sobre uma lâmina;
3. Em uma delas, colocar uma gota de água;
4. Colocar a lamínula, sempre em posição de 450 em relação a lâmina, e ir
baixando lentamente até que a mesma fique totalmente sobre a lâmina, sem
bolhas de ar;
5. Se houver excesso de líquido, retire com o papel absorvente, para manter a
lamínula fixa;
6. Colocar a lâmina no microscópio, observar e analisar nos aumentos crescentes
4x, 10x, e 40x;
7. Desenhar no aumento 400x
O QUE PODE ACONTECER SE AO INVÉS DE ÁGUA COBRIRMOS
COM SOLUÇÃO CRESCENTE DE ÁGUA E SAL DE COZINHA? O
QUE VAI ACONTECER???
REGISTRAR AS HIPÓTESES.
ELODEA
PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS 02
1. Usando um medidor qualquer, prepare pequenos recipientes 1, 2, 3, 4 contendo
soluções crescentes de sal de cozinha para o mesmo volume de água. Etiquete
identificando as soluções;
2. Pegue a mesma folha da observação inicial, e mergulhe por 5 min no recipiente
com menor concentração de sal e observe ao microscópio;
3. Repita este procedimento com todos os recipientes;
4. Observe no aumento 400x e desenhe cada um.
OBSERVAÇÃO DE MEMBRANA PLASMÁTICA - ELÓDEA
OBSERVAÇÃO MEMBRANA PLASMÁTICA – ELÓDEA EM SOLUÇÃO SALINA CRESCENTE
IMPORTANTE
Verifique o comportamento da membrana plasmática nas diferentes soluções.
Quando em presença do cloreto de sódio, o citoplasma separa-se da parede
celular, devido ao despreendimento da membrana plasmática. Em condições
normais, a membrana esta em contato direto com a parede celular. Quando a
célula é colocada em uma solução de maior concentração, a água passa para fora
da célula, se deslocando para a solução mais concentrada, no caso, a de sal e o
conteúdo celular se concentram. Como resultado, o citoplasma se separa da
parede celular, pelo despreendimento da membrana plasmática que responde às
diferenças de osmolaridade.
OSMOSE é um fenômeno físico-químico que ocorre quando duas soluções
aquosas de concentrações diferentes entram em contato por uma membrana
semipermeável.
Na indústria alimentícia, diversas técnicas são empregadas para conservar
alimentos, entre elas algumas baseadas nas propriedades da membrana
plasmática. Altas temperaturas são aplicadas na conservação de frutas e legumes.
As frutas são desidratadas ao perder água por osmose. A desidratação cria um
ambiente desfavorável para o crescimento de microorganismos deteriorantes de
alimentos.
QUESTIONAMENTOS
1. O que ocorre com o citoplasma da célula?
2. O movimento dos cloroplastos se altera em cada uma das situações?
3. As células de Elodea quando imersas em solução salina, absorvem ou eliminam
água? Por quê?
4. Das soluções utilizadas na experiência, qual tem concentração mais próxima à
das células?
E SE TENTARMOS REVERTER O PROCESSO, RETORNANDO A MESMA
FOLHA ÀS SOLUÇÕES COM MENOR QUANTIDADE DE SAL? O QUE PODE
ACONTECER?
ELODEA
PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS 03
1. Transfira a folha de uma solução para outra;
2. Observe as mudanças e registre.
QUESTIONAMENTOS
1. É possível resgatar o aspecto original da célula? Por quê?
2. A dinâmica dos cloroplastos é a mesma? Em qual das concentrações é maior?
3. Em que direção a água se move, depois que a solução salina foi retirada e a
célula fica mergulhada em água?
4. O que acontecerá a célula se for mantida em solução salina por várias horas?
5. O açúcar, por exemplo, causa o mesmo efeito do sal? E a farinha de trigo? Por
quê?
6. Conservas de frutas tem uma grande quantidade de açúcar. Qual a outra razão
para se acrescentar açúcar, além de adoçar as conservas?
FONTE: adaptado de FIOCRUZ,1999.
VAMOS APRENDER MAIS !!!
Assistindo ao vídeo “Por que não bebemos água do mar”? Disponível em: http://www.cienciamao.usp.br/tudo/exibir.php?midia=vntc&cod=_porquenaobebe
mosaguadoma
Fonte: Dia a dia Educação banco de imagens, 2013.
ATIVIDADE EXPERIMENTAL Nº 06 – Osmose.
OBJETIVOS
- Compreender o processo de osmose em células animais e vegetais;
- Estabelecer relações entre a osmose e os processos que ocorrem na natureza
aproximando assim, os conteúdos com a realidade do aluno.
CONTEÚDO
- Passagem de substâncias pela membrana plasmática das células.
COMENTÁRIOS
A osmose é um fenômeno físico-químico que ocorre quando duas soluções
aquosas de concentrações diferentes entram em contato através de uma
membrana semipermeável. Os seres vivos se deparam com a osmose desde sua
origem, uma vez que tudo indica que tenham surgido em meio aquoso. Durante o
processo evolutivo, os seres vivos desenvolveram não só maneiras de evitar
problemas causados pela osmose (inchação ou dessecamento), como também
processos que aproveitam a dinâmica osmótica nos fenômenos biológicos.
Para observar os efeitos da osmose nos ovos é preciso remover a casca
calcária, através da dissolução do carbonato de cálcio da casca pelo ácido acético
do vinagre. Durante a reação, observa-se intenso desprendimento de bolhas de
gás carbônico junto a superfície do ovo. A membrana coquilífera é altamente
permeável a sais. Portanto, esta demonstração não deve ser feita com soluções
salinas.
EFEITOS DA OSMOSE EM CÉLULAS ANIMAIS E VEGETAIS
Glóbulos vermelhos colocados em solução de baixa concentração
(hipotônica) ganham água e acabam por romper a membrana plasmática
(hemólise). Se colocada em solução hipertônica, perde água por osmose e murcha,
ficando com a superfície enrugada ou crenada: o fenômeno é chamado crenação.
As células vegetais, quando imersas em soluções fortemente hipertônicas,
perdem tanta água que a membrana plasmática se afasta da parede celular,
acompanhando a redução do volume interno. Esse fenômeno é denominado
plasmólise e as células nesse estado são chamadas de plasmolisadas. Se for
mergulhada a célula em meio hipotônico, ela volta a absorver água, recuperando,
assim a turgescência (torna-se novamente túrgida — cheia de água), fenômeno
denominado desplasmólise.
A existência da parede celular geralmente impede o rompimento da
membrana plasmática da célula.
MATERIAIS
- 4 ovos de codorna;
- 1 tigela ou prato fundo;
- 2 copos de vidro;
- Água filtrada;
- Vinagre branco;
- Açúcar de cana (sacarose);
- Etiquetas.
PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS
1. Coloque o vinagre no recipiente e mergulhe os ovos, de modo a cobri-los
completamente. Deixe-os assim por 24 horas ou até a remoção da casca calcária.
Lave-os bem;
2. Coloque a água nos copos, até cerca de metade da capacidade e em um deles
dissolva a máxima quantidade possível de açúcar (mais ou menos 5 à 6 colheres)
preparando uma solução altamente concentrada, viscosa como calda de doce. No
outro copo, apenas água;
3. Etiquete os copos, identificando as soluções que eles contêm;
4. Coloque 2 ovos com a casca calcária removida em cada solução;
5. Observe a forma e a consistência deles a cada 2 horas e anote os resultados.
QUESTIONAMENTOS
1-Explique como o ovo mergulhado na solução de açúcar murcha visivelmente?
2. O que ocorre quando transferimos um ovo murcho para a solução de água pura?
3. O que ocorre quando transferimos um ovo túrgido para a solução de sacarose?
4. Uma solução mais concentrada que outra é chamada de___________________
5. Uma solução menos concentrada que outra é chamada de__________________
6. Uma solução que tenha a mesma concentração que outra é chamada
de______________
7. Uma membrana que apresenta orifícios muito pequenos, pelos quais podem
passar moléculas de solvente, mas não de soluto, é chamada:
a) Membrana impermeável
b) Membrana permeável
c) Membrana semipermeável
d) Membrana transpermeável
8. Considerações sobre o experimento:
O TEXTO A SEGUIR PODE SER TRABALHADO COMO COMPLEMENTO DOS
CONTEÚDOS ESTUDADOS E DOS EXPERIMENTOS. VEJA QUE O TEXTO
TRATA DE ASSUNTOS DO COTIDIANO DOS ALUNOS.
A BIOLOGIA PRECISA FAZER SENTIDO PARA SER ENTENDIDA!
TEXTO COMPLEMENTAR
Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de um
milhão de crianças morrem devido à desidratação causada pela diarréia. No final
dos anos 1970, esses números eram alarmantes, chegando a cinco milhões de
crianças naquele ano (UNICEF, 2005). A diarreia é um dos sinais clínicos de
distúrbios gastrointestinais e é caracterizada por um aumento tanto do volume de
fezes como da frequência de defecação. As causas são as mais variadas, podendo
ocorrer devido à ingestão de substratos de difícil absorção pelo intestino (como
carboidratos ou íons bivalentes). Um exemplo é a intolerância de certos indivíduos
à lactose, devido à deficiência da enzima Lactase no organismo. Quando estes
ingerem uma quantidade de lactose, esta não é transformada em seus carboidratos
(glicose e galactose) para absorção. Como a lactose permanece no intestino, ela
causa um desequilíbrio hidrolítico que resultará na diarréia. Outra causa da diarréia
seria a ação de microrganismos como Salmonella sp. ou E. coli. Essas espécies
danificam o epitélio (membrana do tubo digestivo), tornando ineficiente a absorção
de água e ocasionando a diarreia (BOWEN, 2007).
Um dos principais fatores que contribuem para esse quadro é a falta de
condições sanitária adequadas, falta de higiene e falta de água doce em condições
de ser consumida (UNICEF, 2005). Em casos de diarreia aguda, a simples ingestão
de água não é uma medida eficiente para evitar a desidratação, pois o rápido
movimento da água nos tubos digestivos impede que ela seja absorvida pelos
tecidos das células (UNICEF, 2005; RENE ECOL, 2005). Pesquisadores da Índia e
Bangladesh descobriram, em 1968, que uma solução contendo quantidades
adequadas de glicose e alguns sais propiciava uma absorção adequada pelas
células das paredes intestinais. Dessa maneira, alguém sofrendo de diarréia
poderia repor líquidos e sais ingerindo essa solução. Isso contornaria a
necessidade de hidratação através da injeção intravenosa, um processo invasivo
que pode causar transtornos às crianças (UNICEF, 2005).
Desde 1980, a UNICEF, em sua campanha para salvar vidas de crianças,
distribui em mais de 60 países envelopes contendo uma mistura para reidratação
oral (ORS, oral rehydratation solution). Esse envelope possui uma constituição
química conhecida: cloreto de sódio (2,6 g L-1), glicose (13,5 g L-1), cloreto de
potássio (1,5 g L-1) e citrato de sódio (2,9 g L-1). Com o intuito de ampliar a
abrangência de sua campanha, a UNICEF também divulga o uso de uma solução
líquida feita em casa, o conhecido “soro caseiro”. Este deve ser feito dissolvendo-
se, em um copo de água filtrada, um punhado de açúcar (~12 g de açúcar) e uma
pitada de sal (~1,5 g de sal) e administrado à criança com diarréia a cada meia
hora. São substâncias do cotidiano, disponíveis em todas as casas e é uma
solução de fácil preparação. Outra vantagem desse método é que podem ser
administradas pelas mães ou agentes de saúdes (UNICEF, 2005).
No entanto, por que essa mistura de substâncias tão comuns é capaz de
salvar vidas de crianças em alto grau de desidratação? O processo envolvido
nessa questão é o que chamamos de osmose, que é a passagem de um solvente
através de uma membrana semipermeável que separa duas soluções de diferentes
concentrações. Uma membrana semipermeável é aquela que permite a passagem
de moléculas de solvente em ambos os sentidos, mas é impermeável à molécula
do soluto. Assim, o soro para reidratação oral possui uma determinada
concentração de substâncias que permitem que uma grande quantidade de água
atravesse a parede do tubo digestivo para o meio extracelular, reidratando assim a
criança. O processo de osmose pára quando as duas soluções alcançam a mesma
concentração. Ela também pode ser interrompida por aplicação de uma pressão ao
líquido do lado da solução em que esta é mais concentrada. A pressão necessária
para parar o fluxo de um solvente para outra solução é uma característica da
solução e é chamada pressão osmótica, que depende apenas da concentração das
partículas (moléculas ou íons) em solução e não da natureza destas. Na osmose, o
sentido da difusão das moléculas de água vai do lado em que a pressão de difusão
for maior para o lado em que esta mesma pressão for menor. Generalizando, o
solvente se difunde de uma solução diluída para uma solução concentrada.
Esse processo pode ser empregado para promover a desidratação de hortaliças
que, quando colocadas em contato com uma solução de sal e açúcar, perdem
água, resultando na desidratação do tecido (CALARI et al., 2004). Como resultado
do processo, a menor quantidade de água na hortaliça diminui a possibilidade de
deterioração microbiológica do alimento. A falta de água doce potável pode ser
contornada pelo emprego do processo osmose. O emprego de dessalinizadores,
aparelhos que empregam osmose reversa para dessalinizar a água do mar, tem
resolvido o problema de falta de água doce potável em diversas regiões do nosso
planeta (QUIMICA NOVA NA ESCOLA, 2005).
ATIVIDADE EXPERIMENTAL Nº07 – Visualização de cloroplastos.
FONTE: Dia a dia Educação banco de Imagens, 2013.
OBJETIVOS
- Identificar cloroplastos em folha de samambaia;
- Reconhecer sua morfologia de célula eucariótica.
CONTEÚDOS
- Organelas da célula vegetal e funções;
- Relação de fotossíntese (energia) e os cloroplastos.
COMENTÁRIOS
Os cloroplastos são organelas presentes em células vegetais e em organismos
fotossintetizantes como as algas. Os cloroplastos distinguem-se bem de outras
organelas da célula por terem estrutura laminar, apresentam ainda DNA, RNA e
ribossomos, duplicando-se independentemente. A maior parte dos cloroplastos
estão na membrana tilacóide. Apresentam a clorofila como pigmento principal
especializado em realizar a fotossíntese, processo que envolve a transformação da
energia luminosa em energia química (. Podem ter outros pigmentos como por
exemplo os carotenóies (carotenos e xantofilas), que participam indiretamente da
fotossíntese. Os compostos orgânicos da fotossíntese são: glicose, nucleotídeos,
proteínas entre outros servem de alimento para a planta e outros organismos da
cadeia alimentar. Durante o processo, as células usam água e gás carbônico e
produzem além dos compostos orgânicos, água e oxigênio. Os cloroplastos então,
são importantes não só para a vida autotrófica, mas para a vida de todos os
organismos da terra (BRANCALHÃO, SOARES, 2004).
MATERIAIS
- Epiderme inferior da folha de samambaia (Polypodium vulgare);
- Microscópio;
- Lâminas;
- Lamínulas;
- Papel absorvente;
- Pipeta;
- Solução de álcool para limpeza;
- Recipiente com água;
- Lâmina de barbear;
- Pinça;
- Corante Lugol.
PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS
1- Retire dois pedaços finos e pequenos da epiderme inferior da folha com a ajuda
da lâmina de barbear;
2- Coloque um pedaço do material em cada lâmina;
3- Adicione em uma delas uma gota de água, e na outra uma gotas de Lugol;
4- Coloque a lamínula em posição de 450 em relação à lâmina, evitando a
formação de bolhas de ar;
5- Se houver excesso de água, retire com papel absorvente;
6- Analise nos aumentos crescentes 4x, 10x, 40x e 100x;
7- Desenhe no aumento 400x.
OBSERVAÇÃO DE CLOROPLASTOS EM SAMAMBAIA
VOCÊ SABIA?
- Os pigmentos presente nas plantas são: CAROTENÓIDES (carotenos e
xantofilas) que ajudam a absorver outros comprimentos de luz.
CLOROFILAS (A, B, C) absorvem maior quantidade de luz.
BACTERIOCLOROFILA (bactérias).
- O sistema de fotossíntese ocorre por toda vida da planta.
- Todas as partes da planta fazem fotossíntese, a maior escala ocorre na
clorofila, mas todas as cores podem sintetizar.
- Em determinados momentos do dia, a planta absorve diferentes
comprimentos de onda.
FONTE: http://semmedodeciencias.blogspot.com.br/2013_10_01_archive.html,
2013.
QUESTIONAMENTOS
1- Por que as plantas são verdes?
2- O que ocorre quando as folhas tornam-se amareladas, avermelhadas no
outono?
3- Onde estão localizados os pigmentos nos cloroplastos?
4- Por que as folhas são o local em que o vegetal realiza a fotossíntese mais
intensamente? ( desmistificar a idéia de que só as folhas fazem fotossíntese).
5- Diferencie os tipos de Plastos.
6- Qual a relação dos cloroplastos e a energia das plantas?
7- Vamos conhecer a TEORIA ENDOSSIMBIONTE DO CLOROPLASTO?
Pesquise sobre ela, detalhadamente para discutirmos na próxima aula.
VOCÊ SABIA??
Os cloroplastos só se formam em células cujas
partes da planta são expostas à luz. Por isso não há
cloroplastos nas porções internas do caule e nem na
raiz.
REFERÊNCIAS
BIZZO, N. Ciências: fácil ou difícil. São Paulo: Ática, 2007.
BRANCALHÃO, R. M. C.; SOARES M. A. M. Apostila Biologia Celular: Microtécnicas em biologia celular. Cascavel: Edunioeste, 2004. 125 p.
CARVALHO, A. M. P. de; GIL-PÉREZ, D. Formação de professores de ciências. São Paulo: Cortez, 2007. 120p.
DELIZOICOV, D.; ANGOTTI, J. A. P.; PERNAMBUCO, M. M. Ensino de Ciências: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2002.
HACHING; I. Refazer o mundo. In: A Ciência como Cultura. Lisboa: Imprensa Nacional Casa da Moeda, p. 103-118, 1992.
JUSTINA,L. A. D.; FERRAZ, D. F. Conhecimentos biológicos e ensino de ciências e biologia. Edunioeste, Cascavel, 2009. 111p.
PALMERO, R. L. M.; MOREIRA, A. M. Modelos Mentales vs esquemas de células. Investigações em Ensino de Ciências, 2002. Disponível em : <http://www.biologia.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=350>. Acesso em 25 de novembro de 2013.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Biologia. Governo do Estado do Paraná. 2008.
QUÏMICA NOVA NA ESCOLA. Um experimento simples e de baixo custo para compreender a osmose. Disponível em: <http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc26/v26a11.pdf>. Acesso em: 19 de set de 2013.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO (SEED). Manipulação Genética. disponível em : <http://www.biologia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=5&evento=2>. Acesso em: 24 de nov de 2013.
Sites utilizados no desenvolvimento do trabalho
A HISTÓRIA DO MICROSCÓPIO, site de curiosidades. Disponível em: <2008http://www.sitedecuriosidades.com/curiosidade/a-historia-do-microscopio.html>. Acesso em: 2 de set de 2013.
DIADIA EDUCAÇÃO – Recursos Didáticos – Imagens – Educadores. Disponível em:
<http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=11>. Acesso em: 18 de nov de 2013.
POR QUE NÃO BEBEMOS ÁGUA DO MAR? Ciência. Disponível em: <http://www.cienciamao.usp.br/tudo/exibir.php?midia=vntc&cod=_porquenaobebemosaguadoma>. Acesso em: 23 de nov de 2013.
SEM MEDO DE CIÊNCIAS. Disponível em: <http://semmedodeciencias.blogspot.com.br/2013_10_01_archive.html>. Acesso em: 01 de out de 2013.
SUPER BACTÉRIAS E RESISTÊNCIA AOS ANTIBIÓTICOS - Libertária. Disponível: <http://www.libertaria.pro.br/antibioticos_intro.htm>. Acesso em: 01 de dez de 2013.
SÉRIE BIOLOGIA CELULAR E MOLECULAR. Disponivel em: <http://www.fiocruz.br/ioc/media/apostila_volume_1.pdf>. Acesso em: 04 de dez de 2013. Adaptado.