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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica – Turma 2013
Título: ”O processo de apropriação da democracia racial durante a ditadura militar.”
Autor: Ilma Silva dos Santos de Souza
Disciplina/Área:
(ingresso no PDE)
História
Escola de Implementação do Projeto e sua localização:
Colégio Estadual Barão do Cerro Azul – Ensino Fundamental e Médio
Município da escola: Ivaiporã
Núcleo Regional de Educação: Ivaiporã
Professor Orientador: profª.drª. Miliandre Garcia de Souza
Instituição de Ensino Superior: UEL
Relação Interdisciplinar:
(indicar, caso haja, as diferentes disciplinas compreendidas no trabalho)
Geografia, Sociologia e Filosofia.
Resumo:
(descrever a justificativa, objetivos e metodologia utilizada. A informação deverá conter no máximo 1300 caracteres, ou 200 palavras, fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 12 e espaçamento simples)
A realidade do povo brasileiro nos depara com uma sociedade que nega a existência de racismo, preconceito e discriminação. O combate esse preconceito em nível escolar devendo sempre valorizar o ser humano. O projeto ocorre para promover o reconhecimento sobre mito da democracia racial durante a ditadura militar brasileira. O objetivo geral será investigar a democracia racial durante a ditadura militar, concentrando-se na sua assimilação instrumentalizada dos órgãos e pela revisão crítica por intelectuais. Especificamente deverá entender o processo de construção da democracia racial e a relação com a problemática do racismo na sociedade, refletir sobre o racismo e o preconceito ocorridos na Ditadura Militar brasileira e examinar a literatura acerca da democracia racial. Gilberto Freire fundamentou o "mito da democracia racial", onde a miscigenação formaria uma sociedade harmônica. Nota-se que o mito mascarou a real natureza das relações sociais no Brasil e
escondeu o preconceito e a discriminação.
Palavras-chave:
(3 a 5 palavras)
Ensino da História. Mito da democracia racial. Democracia racial brasileira. Ditadura Militar no Brasil.
Formato do Material Didático: Unidade Didática Pedagógica
Público: (indicar o grupo para o qual o material didático foi desenvolvido: professores, alunos, comunidade...)
9º ano do Ensino Fundamental
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DE EDUCAÇÃO
DIRETORIA DE PROGRAMAS E POLÍTICAS EDUCACIONAIS
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA
ILMA SILVA DOS SANTOS DE SOUZA
O PROCESSO DE APROPRIAÇÃO DA DEMOCRACIA RACIAL DURANTE A
DITADURA MILITAR
Produção didático-pedagógica apresesentada à Secretaria de Estado da Educação do Paraná como parte dos requisitos para a conclusão do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE.
Orientadora: profª.drª. Miliandre Garcia de Souza
LONDRINA 2013
O PROCESSO DE APROPRIAÇÃO DA DEMOCRACIA RACIAL
DURANTE A DITADURA MILITAR
Fonte: PORTAL DO PROFESSOR (2011)
“Todo brasileiro, mesmo o alvo de cabelo louro traz na alma, quando não na alma e no corpo (...) a sombra, ou pelo menos a pinta, do indígena ou do negro". (Gilberto Freyre)
OBJETIVOS
Objetivo geral:
� Investigar a ideia de democracia racial em suas múltiplas assimilações durante a
ditadura militar, concentrando-se, de um lado, na sua assimilação instrumentalizada
dos órgãos e agentes vinculados aos governos militares e pela sua revisão crítica
por intelectuais e professores ligados ao ambiente universitário.
Objetivos específicos:
� Entender como se dá o processo de construção da democracia racial e como
esta se relacionada à problemática do racismo na sociedade, em particular no
ambiente escolar;
� Refletir sobre a maneira passiva de racismo e preconceito ocorridos durante o
período de ditadura militar no Brasil;
� Analisar o processo de apropriação da democracia racial no contexto de ditadura
militar;
� Examinar a literatura acerca da democracia racial que propõe uma revisão crítica
desta durante a ditadura militar;
� Analisar como se dá, ainda hoje, a ressonância desse debate na escola em
particular e na sociedade em geral que transita entre a assimilação a crítica com
propósitos políticos como fizeram os agentes da ditadura e sua revisão crítica por
intelectuais naquele contexto.
INTRODUÇÃO
O desenvolvimento desta Unidade Didática é resultado do Programa de
Desenvolvimento Escolar (PDE) do Estado do Paraná que deu oportunidade aos
professores voltarem às universidades para um aperfeiçoamento e reavaliação de
suas carreiras profissionais.
Ao observarmos a realidade do povo brasileiro, nos deparamos com uma
sociedade multirracial e pluriétnica, perpetua-se a crença de negar a existência de
“racismo, preconceito e discriminação”, que seja este o caminho para se alcançar
uma população justa e igualitária. Em contrapartida, existem diversos registros sobre
as dificuldades encontradas em como se trabalhar nas escolas o racismo,
preconceito e discriminação, visto que o preconceito é, por muitas vezes de forma
inconsciente, praticado por parte dos alunos.
Todo educando possui o direito de ter respeitada sua cultura, assegurado
pela Constituição Federal de 1988, e a violação desse direito acaba, por diversas
vezes, influenciando em todo seu processo educacional, sendo em alguns casos
motivo de reprovação e até de evasão escolar.
O combate ao racismo, ao preconceito e à discriminação no âmbito
escolar deve tomar as mais diferentes formas de valorização do ser humano, povos
e nações, entretanto esta valorização será alcançada quando as pessoas com suas
dessemelhanças, ainda que iguais entre si, passem a respeitar o direito de acesso
aos bens e serviços que a sociedade dispõe e criar outros, bem como de exercer
seus deveres e direitos em benefício próprio e dos demais.
A preocupação de contribuir com as práticas pedagógicas em relação aos
alunos afro descendentes do Colégio Estadual Barão do Cerro Azul – Ensino
Fundamental e Médio do Município de Ivaiporã - Paraná, também a necessidade de
promover a discussão do mito da democracia racial durante a ditadura militar
brasileira, bem como o desenvolvimento de uma postura crítica que confronte
qualquer forma de discriminação, racismo e preconceito no contexto escolar e na
sociedade em que este aluno é incluso, é que decidimos montar esta Unidade
Didática, visando assim facilitar e ampliar as práticas pedagógicas, para que
possamos observar, detectar e ampliar novas práticas educativas no combate ao
racismo.
Na aplicação deste material pedagógico se pretende envolver os
educandos no projeto para que se percebam, antes de mais nada, como sujeitos da
história. Também para que desenvolvam diferentes habilidades, tais como a
capacidade para refletir sobre os vários tipos de fontes de maneira critica (internet,
livros didáticos, revistas e história contadas por seus descendentes), desenvolver
uma boa leitura, a habilidade de pesquisa e a produção de textos.
As atividades propostas nesta Unidade Didática foram elaboradas para ser
utilizada em sala de aula de ensino de história com alunos do 9º ano do ensino
fundamental do Colégio Estadual Barão do Cerro Azul . Prevemos que sua aplicação
poderá ter a duração de, aproximadamente, 36 horas/aula. Para uma melhor
organização do material e também para que o aluno se oriente, as atividades foram
divididas por temas de acordo com os objetivos propostos, a princípio familiarizando
o aluno com o tema a ser estudado, facilitando assim uma maior compreensão e
com a finalidade de propor uma reflexão crítica das questões abordadas pelos textos
lidos e o tema estudado. Esta proposta didática será avaliada constantemente
durante sua implantação podendo ser alterada de acordo com a necessidade
encontrada no momento da aplicação.
A comunidade do Colégio Estadual Barão do Cerro Azul partilha de várias
culturas como a africana, a ucraniana, a japonesa, entre outras, que hoje não mais
se apresentam em seu estado “puro”, mas vem se fundindo desde o processo de
colonização e imigração no Brasil. A questão da democracia racial merece um
trabalho mais aprofundado, o qual valorize as diversidades culturais do Brasil e onde
cada educando e/ou professor conheça e respeite as diversidades culturais
presentes no ambiente escolar.
Nome: _____________________________________________________________
Idade: _____________________________________________________________
Bairro em que reside: ________________________________________________
Série em curso: _____________________________________________________
Com quem mora: ____________________________________________________
1- Respondam algumas questões sobre democracia racial, ditadura militar e também
sobre preconceito e o racismo na escola e no seu grupo social de origem.
a) Você sabe como os negros foram trazidos ao Brasil e como eram tratados?
b) O que você entende sobre democracia racial?
c) Você já ouviu alguém comentar a respeito da ditadura militar? Onde e o que
disseram?
d) Você ou alguém próximo a você já sofreu discriminação racial? Relate como foi e
o que você sentiu?
e) Em sua opinião, a população brasileira trata com igualdade negros e brancos?
f) O que pensa sobre o sistema de cotas para negros nas Universidades Públicas?
Comente a sua resposta.
2- Depois de expressar sua opinião sobre o tema acima, use as mesmas questões
para saber o que sua família tem a dizer sobre o assunto. (pai, mãe, responsável, tio,
tia e quem mais conviver com você). Anote todas as respostas para poder comentar
com os colegas na sala de aula.
Obs: conforme for acontecendo a implementação desta Unidade Didática,
estas questões poderão ser retomada para novos esclarecimentos.
O CONHECIMENTO PRÉVIO DOS ALUNOS SOBRE O TEMA “O PROCESSO DE
APROPRIAÇÃO DA DEMOCRACIA RACIAL DURANTE A DITADURA MILITAR”.
Fruto de anos de luta do Movimento Negro para que o estado brasileiro
reconhecesse o racismo e derrubasse a idéia da democracia racial, foi
promulgada a Lei 10.639/03 que inclui na Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional a obrigatoriedade sobre o estudo sobre a cultura e história afro
brasileira nas instituições públicas e privadas de ensino e as Diretrizes
Curriculares Nacionais para a implementação da Lei.
ATIVIDADES:
1- Depois de comentar sobre os principais artigos da lei e esclarecer as dúvidas dos
alunos, será convidado duas professoras comprometidas com este tema para
ministrar palestras.
2- Fazer uma pesquisa sobre a Lei 10.639/03. Será que esta lei está sendo cumprida
nas escolas? De acordo com o Dieese, 53,9% dos trabalhadores que procuram
emprego há menos de um ano são mulheres e 53,3%, negros. A taxa aumenta entre
os desempregados há mais de um ano: nesta situação, 63,2% são mulheres e
60,6%, negros. Por que será que isto acontece?
3- Vamos ler um pouco mais sobre os negros nas escolas. Depois de lerem o texto,
faremos uma “mesa redonda” para que cada aluno coloque sua opinião a respeito.
Fonte: Estimativa (2013) Fonte: CONSTITUIÇÃO FEDERAL
TEMA I: LEI 10.639/03 Art. 26-a. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, Oficiais e particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira. § 2º - Os Conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de Educação Artística e de Literatura e História Brasileira. Art. 79-B. O calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como “Dia Nacional da Consciência Negra”.
Desigualdade racial começa na pré-escola
DA EQUIPE DE TRAINEES
O índice de repetência de crianças negras é maior que das brancas desde
a pré-escola, segundo pesquisa realizada pela psicóloga Fúlvia Rosemberg, da
Fundação Carlos Chagas. Baseada na Pnad (Pesquisa Nacional de Amostra por
Domicílio), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a pesquisa
mostra que, das crianças de sete anos ou mais que ainda estão na pré-escola,
63,5% são negras -pretas ou pardas-, enquanto 36,5% são brancas. Segundo a
pesquisadora, a retenção de alunos negros também é maior no ensino fundamental.
Entre os alunos que cursam a pré-escola durante a época considerada normal -com
até seis anos de idade- 43,1% são negras e 56,3% brancas, situação proporcional à
composição racial da população brasileira. A pesquisadora atribui a desigualdade
entre raças no desempenho escolar aos fatores socioeconômicos e ao que chama
de "pessimismo racial", que significa descrença na possibilidade de sucesso do
aluno negro.
Para Rosemberg, uma ideologia racista é transmitida dentro da própria
escola. "A criança negra é considerada, de antemão, o candidato mais provável à
repetência por todo o aparato educacional -do professor ao diretor e ao secretário de
Educação."
A coordenadora de educação infantil do MEC, Stela Maris Oliveira,
discorda que exista racismo por parte no sistema educacional, mas julga
"preocupantes" os dados sobre retenção escolar por raça. "Todos os profissionais da
área devem ficar atentos para não deixar que suas concepções e valores pessoais
interfiram na avaliação que fazem das crianças." Fatores socioeconômicos também
foram levados em consideração pela pesquisa para justificar o alto índice de
repetência de crianças negras na pré-escola. Segundo Fúlvia Rosemberg, o ensino
oferecido a essa população, majoritariamente pobre, é sempre de qualidade inferior
e, muitas vezes, improvisado. "Nosso modelo de expansão educacional permitiu, por
exemplo, que nas áreas mais pobres do país, pessoas sem formação específica se
tornassem professoras da pré-escola."
O fundador do curso pré-vestibular para negros e carentes Educafro, frei
David Santos, acredita que o negro tem dificuldade em aprender aquilo com que não
se identifica. "O ensino deve partir da cultura do povo, estar ligado à sua realidade.
Os conteúdos que são passados nas escolas brasileiras são comprometidos com
ideais da elite e eurocentrismo." Para o sociólogo Antônio Sérgio Guimarães, 52, da
USP, a desigualdade de oportunidades não basta como explicação. "Muitos
estudantes negros sentem que aquele mundo não é deles. Não há filósofos nem reis
negros nos livros didáticos", diz o professor, organizador de "Tirando a Máscara",
compilação de estudos sobre o negro no Brasil. (EQUIPE DE TRAINEES 2011)
Democracia Racial no Brasil. Mito ou realidade?
\
Fonte: BRASIL ESCOLA (2013)
TEMA II: O MITO DA DEMOCRACIA RACIAL NO BRASIL “Não é que inexista preconceito de raça ou de cor conjugado com o preconceito de classes sociais no Brasil. Existe. Mas ninguém pensaria em ter Igrejas apenas para brancos. Nenhuma pessoa no Brasil pensaria em leis contra os casamentos inter-raciais. Ninguém pensaria em barrar pessoas de cor dos teatros ou áreas residenciais da cidade. Um espírito de fraternidade humana é mais forte entre os brasileiros que o preconceito de raça, cor, classe ou religião. É verdade que a igualdade racial não se tornou absoluta com a abolição da escravidão. (…). Houve preconceito racial entre os brasileiros dos engenhos, houve uma distância social entre o senhor e o escravo, entre os brancos e os negros (…). Mas poucos aristocratas brasileiros eram rígidos sobre a pureza racial, como era a maioria dos aristocratas anglo-americanos do Velho Sul” ( Gilberto Freyre)
ATIVIDADES:
1- Vamos assistir a um vídeo onde a temática que segundo o criador trata
"Discussão, a partir da questão do sistema de cotas, sobre a falsa ideia de que o
Brasil vive sob a égide de uma "democracia racial". Obs.: Ao longo do vídeo,
adotamos os termos "pretos", "pardos" e "brancos" seguindo a classificação do
IBGE, bem como o fato de que a noção de "raça", apesar de ainda ser utilizada por
alguns pesquisadores, não encontra respaldo nas teorias científicas recentes. A cor
da pele, portanto, é entendida como elemento determinante para a assunção das
diferenças entre as pessoas.”.
Obs: Há também no mesmo site outros vídeos que podem ser explorados por
vocês.
2 - Levantar a discussão sobre o mito da democracia racial.
3- Coletar depoimentos de alunos sobre os acontecimentos em suas vidas ou na
vida de seus antepassados onde existiu ou não esteve presente a democracia racial.
4- Leiam o texto abaixo e depois e façam um comentário por escrito, colocando o
seu ponto de vista a respeito do mesmo.
Democracia Racial
Rainer Souza
No Brasil, a história de seus conflitos e problemas envolveu bem mais do
que a formação de classes sociais distintas por sua condição material. Nas origens
da sociedade colonial, o nosso país ficou marcado pela questão do racismo e,
Disponível: http://www.youtube.com/watch?v=p5Wo6_qumJ - Acesso em 12/10/2013
especificamente, pela exclusão dos negros. Mais que uma simples herança de nosso
passado, essa problemática racial toca o nosso dia a dia de diferentes formas.
Em nossa cultura poderíamos enumerar o vasto número de piadas e
termos que mostram como a distinção racial é algo corrente em nosso cotidiano.
Quando alguém autodefine que sua pele é negra, muitos se sentem deslocados.
Parece ter sido dito algum tipo de termo extremista. Talvez chegamos a pensar que
alguém só é negro quando tem pele “muito escura”. Com certeza, esse tipo de
estranhamento e pensamento não é misteriosamente inexplicável. O desconforto, na
verdade, denuncia nossa indefinição
mediante a ideia da diversidade
racial.
É bem verdade que o conceito de
raça em si é inconsistente, já que do
ponto de vista científico nenhum
indivíduo da mesma espécie possui
características biológicas (ou
psicológicas) singulares. Porém, o
saber racional nem sempre controla
nossos valores e práticas culturais. A
fenotipia do indivíduo acaba
formando uma série de distinções
que surgem no movimento de
experiências históricas que se configuraram ao longo dos anos. Seja no Brasil ou em
qualquer sociedade, os valores da nossa cultura não reproduzem integralmente as
ideias da nossa ciência.
Dessa maneira, é no passado onde podemos levantar as questões sobre
como o brasileiro lida com a questão racial. A escravidão africana instituída em solo
brasileiro, mesmo sendo justificada por preceitos de ordem religiosa, perpetuou uma
ideia corrente onde as tarefas braçais e subalternas são de responsabilidade dos
negros. O branco europeu e civilizado, tinha como papel, no ambiente colonial,
liderar e conduzir as ações a serem desenvolvidas. Em outras palavras, uns
(brancos) nasceram para o mando, e outros (negros) para a obediência.
No entanto, também devemos levar em consideração que o nosso racismo
veio acompanhado de seu contraditório: a miscigenação. Colocada por uns como
Fonte: ESCREVIVÊNCIA (2013)
uma estratégia de ocupação, a miscigenação questiona se realmente somos ou não
pertencentes a uma cultura racista. Para outros, o mestiço definitivamente comprova
que o enlace sexual entre os diferentes atesta que nosso país não é racista. Surge
então o mito da chamada democracia racial.
Sistematizado na obra “Casa Grande & Senzala”, de Gilberto Freyre, o
conceito de democracia racial coloca a escravidão para fora da simples ótica da
dominação. A condição do escravo, nessa obra, é historicamente articulada com
relatos e dados onde os escravos vivem situações diferentes do trabalho
compulsório nas casas e lavouras. De fato, muitos escravos viveram situações em
que desfrutavam de certo conforto material ou ocupavam posições de confiança e
prestígio na hierarquia da sociedade colonial. Os próprios documentos utilizados na
obra de Freyre apontam essa tendência.
Porém, a miscigenação não exclui os preconceitos. Nossa última
constituição coloca a discriminação racial como um crime inafiançável. Entre nossas
discussões proferimos, ao mesmo tempo, horror ao racismo e admitimos
publicamente que o Brasil é um país racista. Tal contradição indica que nosso
racismo é velado e, nem por isso, pulsante. Queremos ter um discurso sobre o
negro, mas não vemos a urgência de algum tipo de mobilização a favor da resolução
desse problema.
Ultimamente, os sistemas de cotas e a criação de um ministério voltado
para essa única questão demonstram o tamanho do nosso problema. Ainda
aceitamos distinguir o negro do moreno, em uma aquarela de tons onde o último
ocupa uma situação melhor que a do primeiro. Desta maneira, criamos a estranha
situação onde “todos os outros podem ser racistas, menos eu... é claro!”. Isso nos
indica que o alcance da democracia é um assunto tão difícil e complexo como a
nossa relação com o negro no Brasil. (SOUZA, 2013)
5- SEMINÁRIO - O desenvolvimento do seminário será realizado por meio de
palestras com profissionais da educação através das quais os alunos poderão sanar
suas dúvidas com perguntas.
Um grande marco na luta contra o racismo foi o surgimento, em 1978, do
Movimento Negro Unificado (MNU). Em plena ditadura militar, negros e negras
foram às ruas denunciar e exigir providências contra atos de racismo e sobre o
assassinato de um operário negro.
A POPULAÇÃO NEGRA BRASILEIRA: TRAJETÓRIA DE LUTAS E REIVINDICAÇÕES
Nilma Lino Gomes
Várias pesquisas têm revelado a luta da população negra pela superação
do racismo ao longo da história do nosso país. Uma trajetória que se inicia com os
quilombos, os abortos, os assassinatos de senhores nos tempos da escravidão, tem
ativa participação na luta abolicionista e adentra os tempos da república com as
organizações políticas, as associações, a imprensa negra, entre outros. Também no
período da ditadura militar várias foram as ações coletivas desencadeadas pelos
negros em prol da liberdade e da democracia.
Fonte: GELEDÉS INSTITUTO DA MULHER NEGRA (2013)
TEMA III – Ideologia da Ditadura. O que se percebia era um trânsito entre uma ideologia da repressão política dos anos 70 (simbolizada na Escola Superior de Guerra, think tank da doutrina da ditadura militar) com a segurança pública do início do século XXI, principalmente quando os governos brasileiros eleitos em 1989, 1994 e 1998 inseriram o país na doutrina neoliberal que significou uma intensificação da concentração de renda. A lógica dos interrogatórios com requintes de tortura nas delegacias, a postura ostensivamente violenta dos agentes da PM nas ruas, a manipulação de provas, entre outras coisas, até mesmo a postura quase que institucional de justificar os atos violentos da polícia como reação à suposta resistência da vítima lembra estes períodos da repressão política.
É na década de 80, do século XX, durante o processo de abertura política
e redemocratização da sociedade que assistimos à uma nova forma de atuação
política dos negros e negras brasileiros. Estes passaram a atuar ativamente por meio
dos novos movimentos sociais, sobretudo os de caráter identitário trazendo um outro
conjunto de problematização e novas formas de atuação e reinvindicação política. O
Movimento Negro indaga a exclusividade do enfoque sobre a classe social presente
nas reivindicações e denúncias da luta dos movimentos sociais da época. As suas
reivindicações assumem um caráter muito mais profundo: indagam o Estado, a
esquerda brasileira e os movimentos sociais sobre o seu posicionamento neutro e
omisso diante da centralidade da raça na formação do país.
O Movimento Negro reivindica que a questão racial deveria ser
compreendida como uma forma de opressão e exploração estruturante das relações
sociais e econômicas brasileiras, acirrada pelo capitalismo e pela desigualdade
social. Essa postura traz tensões no interior dos grupos reivindicativos dos anos 80 e
90. A esquerda brasileira é cobrada a se
posicionar contra a exploração capitalista
e também contra o racismo. Tal cobrança
acabou por desvelar a forma insidiosa de
o racismo se propagar, inclusive, dentro
dos setores considerados progressistas.
Ao depositar todas as forças de
superação do capitalismo via a ruptura da
estrutura de classes e instauração do
socialismo, a esquerda brasileira com
seus discursos e práticas políticas acabava por alimentar a idéia de que a questão
racial estava subsumida na classe e desprezava a luta do Movimento Negro. Esse
processo trouxe, no final dos anos 80 e início dos anos 90, tensões, críticas e
rupturas entre integrantes do Movimento Negro, os partidos de esquerda e as
entidades dos ditos novos movimentos sociais.
Todo esse processo resultou em um amadurecimento e mudança de rumo
do Movimento negro no terceiro milênio. A partir desse momento, as suas
reivindicações passam a focar uma outra intervenção política: a denúncia da postura
de neutralidade do Estado frente a desigualdade racial reivindicando do mesmo a
adoção de políticas de ação afirmativa e a intervenção no interior do próprio Estado
mediante a inserção de ativistas e intelectuais do Movimento Negro nas
administrações municipais e estaduais de caráter progressista e no próprio governo
federal. No entanto, mesmo quando essa inserção acontece, ao ser comparado com
o segmento branco da população, acaba por revelar a continuidade da desigualdade.
Os negros ainda encontram-se, na sua maioria, representados de forma precária e,
por vezes, subalterna, nos escalões do poder.
Essa trajetória histórica e política do Movimento Negro se desenvolve
imersa nas várias mudanças vividas pela sociedade brasileira ao longo dos últimos
anos e se dá de forma articulada com as transformações na ordem internacional, o
acirramento da globalização capitalista e a construção das lutas contra-
hegemôncias. (GOMES, 2010)
ATIVIDADES:
1- Depois de ler o texto acima, que fala a respeito das repreensões políticas dos
movimentos socialistas, comente o que você já ouviu seus pais comentarem a
respeito do golpe de 1964 e da Ditadura Militar. O que eles pensam a respeito da
ditadura daquele tempo e da democracia de hoje?
2- Façam uma pesquisa sobre presos políticos da ditadura militar e sobre as torturas
físicas e psicológicas a que eles eram expostos.
3- Vamos nos divertir, procurando as palavras listadas no caça palavras abaixo,
relacionando-as com o texto acima.
Tratar da importância e valorização da cultura negra dentro da escola, criando
espaços para manifestações artísticas que proporcionem reflexão crítica da
realidade e afirmação positiva dos valores culturais negros pertencentes a
nossa sociedade, estimula a não desigualdade escolar.
O Povo Brasileiro
Rosa Margarida de Carvalho Rocha
Antes da chegada de Cabral, já existiram nesta terra aproximadamente
seis milhões de habitantes, de diferentes povos indígenas. Cada povo tinha seus
costumes, sua língua, suas crenças, seu modo de vida.
Os portugueses colonizadores tinham como objetivo explorar as riquezas
do Brasil. Chegaram aqui, portanto, pensando em ganhar dinheiro e prestígio social.
Com esse propósito, iniciaram, em 1502, a exploração do pau-brasil.
Embora esta extração tivesse começado dois anos após o descobrimento, a fixação
dos portugueses na Colônia só ocorre, de fato, com o cultivo da cana de açúcar.
No século XVI, negros africanos foram trazidos à força para trabalhar nas
lavouras como escravos. Desembarcaram no Brasil negros de diferentes nações
africanas. Traziam conhecimentos agrícolas de como trabalhar o bronze, o cobre, o
ouro e a madeira. Havia também, entre eles, muitos tecelões, ferreiros e artesões.
Financiados pelos governos provinciais e imperial, imigrantes de variadas
nacionalidades aqui estiveram. Italianos, espanhóis, russos, ucranianos, turcos,
Fonte: MUNDO TEEN-2009
TEMA IV – CONSCIÊNCIA NEGRA NA ESCOLA. “A falta de valorização da cultura negra dentro da escola e na sociedade brasileira de forma geral, pode ser uma possibilidade para explicar a maior incidência das situações de fracasso escolar entre os alunos negros. Desde 2003, está em vigor no Brasil a Lei 10.639, que inclui no currículo oficial das redes de ensino a obrigatoriedade de temáticas referentes à história e cultura afro-brasileira. “Nós não valorizamos a diversidade no Brasil. Precisamos trabalhar a tolerância” (MANDELLI, 2013) :
sírios, japoneses e chineses vieram trabalhar no Brasil, fugindo das guerras ou para
conseguir vida melhor do que sua terra.
Formou-se, então, no Brasil, uma grande mistura racial. O Brasil se tornou
um país mestiço.
Mas existem pessoas que não aceitam isso. Se você é uma delas, basta
investigar os seus antepassados: de onde você veio? E seu avô? E sua Avó? E suas
bisavós?
Nas veias da maioria dos brasileiros corre sangue índio, negro e branco.
Muitas pessoas ainda acreditam que, no Brasil, as relações raciais são
totalmente harmônicas, isto é, vivemos em uma verdadeira "democracia racial". A
história não é bem assim não!
No início da colonização, a elite brasileira considerava índios e negros
como seres inferiores, enalteciam apenas a sua própria cultura e desqualificava os
valores culturais desses dois povos.
Houve, sim, miscigenação entre brancos, negros e índios, mas isto não
impediu que se formasse, no Brasil, uma sociedade racista.
Carregamos, dentro de nós, a herança de todas as culturas e sabemos,
hoje, pelas mais modernas experiências feitas no campo da biologia e genética, que
as várias características externas do ser humano como a cor da pele, o formato do
nariz, os pelos são apenas formas de adaptação do ser humano ao ambiente. A
estrutura genética é idêntica nos vários grupos humanos. Fica a indagação: se,
geneticamente, não há como definir raça, por que existir racismo, então? (ROCHA,
2006)
ATIVIDADES:
1- Após lerem o texto, analisem:
a- Como aconteceu a formação do povo brasileiro;
b- A presença da população afro-brasileira na construção social e cultural do
Brasil;
c- A Democracia racial realmente existe;
d- Falsa democracia racial e o racismo ainda são sinônimos do nosso Brasil?
2- A partir do contorno do mapa do Brasil, identifique os povos que ajudaram a
formar a sociedade brasileira:
Fonte: BLOG DO CARZEM, 2009
a -Para a realização desta atividade, levaremos os alunos até a sala de informática e
biblioteca, para que eles possam pesquisar em qual região do Brasil cada povo se
instalou ou já estava instalado inicialmente.
b- No dia da atividade contar com os seguintes materiais: tesouras sem ponta; cola,
papel Paraná e revistas para recorte.
c- No papel Paraná deverá ser desenhado os contornos do mapa brasileiro e cada
educando deverá colar imagens que representem as características da população
brasileira, tomando sempre o cuidado para não definir um padrão fixo para cada
povo, deixando que o aluno usar sua imaginação.
3- Escolher um grupo que goste de dança, para poder se apresentar na hora do
intervalo para todos da escola. Os meninos poderão dançar capoeira e as meninas
danças africanas.
4- Que tal cantarmos um pouco? Vamos descobrir como a música também pode
ajudar na reflexão sobre a questão do preconceito em nossa sociedade. Vamos
cantar? Prestem atenção na letra da música “Lavagem Cerebral”, de Gabriel o
Pensador, que fala sobre o racismo no Brasil.
Fonte: WIKIPÉDIA, 2003
Lavagem Cerebral
Composição: Gabriel O Pensador
Salve, meus irmãos africanos e lusitanos, do outro lado do oceano "O Atlântico é pequeno pra nos separar, porque o sangue é mais forte que a água do mar" Racismo, preconceito e discriminação em geral; É uma burrice coletiva sem explicação Afinal, que justificativa você me dá para um povo que precisa de união. Mas demonstra claramente Infelizmente Preconceitos mil De naturezas diferentes. Mostrando que essa gente. Essa gente do Brasil é muito burra E não enxerga um palmo à sua frente Porque se fosse inteligente esse povo já teria agido de forma mais consciente Eliminando da mente todo o preconceito E não agindo com a burrice estampada no peito A "elite" que devia dar um bom exemplo É a primeira a demonstrar esse tipo de sentimento Num complexo de superioridade infantil Ou justificando um sistema de relação servil
Vídeo disponível no site: http://www.youtube.com/watch?v=mKDViKYxfPI&featur
e=player_detailpage
E o povão vai como um bundão na onda do racismo e da discriminação Não tem a união e não vê a solução da questão Que por incrível que pareça está em nossas mãos Só precisamos de uma reformulação geral Uma espécie de lavagem cerebral Racismo é burrice Não seja um imbecil Não seja um ignorante Não se importe com a origem ou a cor do seu semelhante O quê que importa se ele é nordestino e você não? O quê que importa se ele é preto e você é branco Aliás, branco no Brasil é difícil, porque no Brasil somos todos mestiços Se você discorda, então olhe para trás Olhe a nossa história Os nossos ancestrais O Brasil colonial não era igual a Portugal A raiz do meu país era multirracial Tinha índio, branco, amarelo, preto Nascemos da mistura, então por que o preconceito? Barrigas cresceram O tempo passou Nasceram os brasileiros, cada um com a sua cor Uns com a pele clara, outros mais escura Mas todos viemos da mesma mistura Então presta atenção nessa sua babaquice Pois como eu já disse racismo é burrice Dê a ignorância um ponto final: Faça uma lavagem cerebral Racismo é burrice Negro e nordestino constroem seu chão Trabalhador da construção civil conhecido como peão No Brasil, o mesmo negro que constrói o seu apartamento ou o que lava o chão de uma delegacia É revistado e humilhado por um guarda nojento Que ainda recebe o salário e o pão de cada dia graças ao negro, ao nordestino e a todos nós Pagamos homens que pensam que ser humilhado não dói O preconceito é uma coisa sem sentido Tire a burrice do peito e me dê ouvidos Me responda se você discriminaria O Juiz Lalau ou o PC Farias Não, você não faria isso não Você aprendeu que preto é ladrão Muitos negros roubam, mas muitos são roubados E cuidado com esse branco aí parado do seu lado Porque se ele passa fome Sabe como é: Ele rouba e mata um homem Seja você ou seja o Pelé Você e o Pelé morreriam igual Então que morra o preconceito e viva a união racial Quero ver essa música você aprender e fazer A lavagem cerebral Racismo é burrice O racismo é burrice mas o mais burro não é o racista É o que pensa que o racismo não existe O pior cego é o que não quer ver E o racismo está dentro de você Porque o racista na verdade é um tremendo babaca Que assimila os preconceitos porque tem cabeça fraca E desde sempre não para pra pensar Nos conceitos que a sociedade insiste em lhe ensinar
E de pai pra filho o racismo passa Em forma de piadas que teriam bem mais graça Se não fossem o retrato da nossa ignorância Transmitindo a discriminação desde a infância E o que as crianças aprendem brincando É nada mais nada menos do que a estupidez se propagando Nenhum tipo de racismo - eu digo nenhum tipo de racismo - se justifica Ninguém explica Precisamos da lavagem cerebral pra acabar com esse lixo que é uma herança cultural Todo mundo que é racista não sabe a razão Então eu digo meu irmão Seja do povão ou da "elite" Não participe Pois como eu já disse racismo é burrice Como eu já disse racismo é burrice Racismo é burrice E se você é mais um burro, não me leve a mal É hora de fazer uma lavagem cerebral Mas isso é compromisso seu Eu nem vou me meter Quem vai lavar a sua mente não sou eu É você. Fonte: PORTAL DO PROFESSOR,2010.
4- Após ouvirem a música, vamos analisar alguns aspectos que se destacam na letra
composta pelo mesmo cantor Gabriel o Pensador:
a- Você concorda com a afirmação do autor de que o racismo é ignorância?
Justifique sua resposta.
b- Por que o autor diz que este país é hospitaleiro com os estrangeiros e, muitas
vezes, hostil com sua população?
c- Você também pensa que existe por aqui muito racismo camuflado e todo mundo
faz questão de não enxergar?
d- Segundo a Constituição Brasileira, qualquer pessoa que se sentir humilhada,
desprezada, discriminada, etc. por sua cor de pele, religião, opção sexual, pode
recorrer a um processo judicial contra quem cometeu tal atrocidade. Você acha que
a Constituição ajuda a combater o racismo e outros preconceitos no Brasil?
Justifique.
e- Você acha que precisamos mudar essa difícil realidade! A que o compositor se
refere? O que tem que ser diferente?
CONHEÇA A HISTÓRIA DE ALGUNS HERÓIS E HEROÍNAS NEGRAS DO
BRASIL E DO MUNDO.
Fonte: MULTIVERSOS DA PALAVRA (2011)
TEMA V – GRANDES HERÓIS QUE MODIFICARAM A HISTÓRIA DO BRASIL E DO MUNDO O silêncio existente sobre a participação do negro na história do Brasil retrata um dos aspectos perversos do racismo na sociedade brasileira. No ensino de história é negado o protagonismo negro e aprendemos erroneamente que as grandes lideranças, os grandes feitos das personalidades do país, foram protagonizados somente pelos brancos.
1- ANDRÉ REBOUÇAS -
Fonte: AMAIVOS (2005) André Pinto Rebouças nasceu em plena
Sabinada, a insurreição baiana contra o
governo regencial. Seu pai era Antônio
Pereira Rebouças, um mulato autodidata que
obteve o direito de advogar, representou a
Bahia na Câmara dos Deputados em
diversas legislaturas e foi conselheiro do
Império. Sua mãe, Carolina Pinto Rebouças,
era filha do comerciante André Pinto da
Silveira.
O LEGADO DE ANDRÉ REBOUÇAS
1 - Sua insistência na importância dos portos e estradas ressurgiu, em escala
amplificada, no Brasil moderno, com os chamados “corredores de exportação”,
implementado nos anos 1980 com a finalidade de embarque de mercadorias, como
ele previra.
2- Saneamento da Baixada Fluminense. Sua proposta de transformá-la numa
Nova Amsterdam não se concretizou. Mas surgiram inúmeras cidades sem os
requisitos sanitários e urbanísticos que ele recomendou.
3- Propôs a criação de estradas inter-oceânicas que se concretizaram no século
seguinte.
4 - Recomendou a criação de parques florestais pelo país. Hoje, há inúmeros
parques. Sua recomendação fora baseada por uma obra que lera sobre “Yellow-
Show Park”, nos Estados Unidos.
5 - Se preocupou com o saneamento das baías de Guanabara e Sepetiba, no Rio
de Janeiro, que hoje causam problemas ambientais.
6 - Propôs a criação de um sistema habitacional humanizado e amplo para as
populações de baixa renda.
7 - Defendeu a reforma agrária – um de seus precursores no Brasil –- e se bateu
contra o latifúndio.
8 - Defendeu a imigração européia e ficou contra a imigração asiática.
9 - Criou a proposta da higiene pública para tornar a cidade mais habitável, limpa
e confortável para seus habitantes.
10 - Foi o primeiro engenheiro brasileiro a realizar ensaios para suas obras com
cimento, impermeabilizantes para estacas e com madeiras para o mesmo fim.
11 - Teve ampla visão do emprego da madeira para o futuro das obras no país.
12 - Incentivou a navegação no interior aumentando, assim, as possibilidades
marítimas do Brasil.
13 - Copiando o que os ingleses fizeram na Índia, no combate às secas, propôs a
criação de uma malha ferroviária densa no nordeste, para facilitar o êxodo e a
remessa de recursos aos flagelados. Essa proposta mais tarde se concretizou.
Foi precursor e solidarizou-se com as seguintes questões:
- A cremação de cadáveres
- A conservação de áreas florestais
- O imposto territorial como meio de nacionalização do solo
- Construção de restaurantes para operários de obras
- A difusão de cooperativas
- A descentralização governamental
- A liberdade de comércio e abolição de direitos protecionistas
- Investimentos públicos e privados no sertão
- A arbitragem nos conflitos internacionais
- Foi introdutor de diversas técnicas na engenharia militar, florestal, portos,
navegação, ferrovia e hidrovias
- Criou inúmeras cadeiras de engenharia na antiga Escola Politécnica do Largo de
São Francisco no Rio de Janeiro. UNIP (2009)
2- LUIZ GAMA
GENEROSO
Filho de uma escrava,
Gama não cobrava para
obter a alforria de seus
clientes
Ele tinha apenas 10 anos
de idade quando o pai,
arruinado por dívidas de
jogo, vendeu-o a um
traficante de escravos, em 1840. Numa tacada só, perdeu a família, os direitos, a
dignidade, e poderia ter perdido o futuro se não fosse um predestinado a superar
dificuldades vida afora. Luiz Gonzaga Pinto da Gama (1830-1882) conseguiu
aprender a ler e a escrever aos 17 anos, com a ajuda de um amigo, e mudou
radicalmente a biografia que parecia ser seu destino: trabalhar, trabalhar e morrer
anônimo, como acontecera a tantos outros negros brasileiros. Luiz Gama, como ficou
conhecido, deixou de ser escravo em 1848, aos 18 anos. Para conseguir a mudança
de status, comprovou, com documentos, que era filho de pai livre, um fidalgo
português, e mãe negra liberta. Virou advogado, além de poeta, e trabalhou
incansavelmente pela causa abolicionista. Advogava de graça para escravos
desesperados que batiam à sua porta e triunfou em tribunais, onde devolveu a
liberdade a mais de 500 pessoas. Nunca revelou o nome de seu pai. Se por um lado
poupou-o de ser excomungado pelo gesto vil de vender um filho, por outro,
preservou a si mesmo de ter de carregar o nome do traiçoeiro progenitor. A leitura de
sua história, agora recontada nos recém-lançados livros “O Advogado dos Escravos”
(Lettera.doc), de Nelson Câmara, e “Luiz Gama” (Selo Negro), de Luiz Carlos
Santos, só nos faz lamentar um descompasso: que ele tenha morrido pouco antes da
Abolição da Escravatura no Brasil, em 1888. Fonte: ISTO É INDEPENDENTE (2010)
3- MARTIN LUTHER KING JUNIOR
Fonte: FRASES E CITAÇÕES, (2013) Biografia
- Marthin Luther King nasceu em 15 de janeiro de 1929 na cidade de Atlanta (estado da Geórgia).
- Formou-se em sociologia em 1948 na Morehouse College.
- Em 1951 formou-se no Seminário Teológico Crozer.
- Em 1954, tornou-se pastor da Igreja Batista da cidade de Montgomery (estado da Virgínia).
- Em 1953, casou-se com Coretta Scott King com quem teve quatro filhos.
- Em 1955, tornou-se Phd em Teologia Sistemática pela Universidade de Boston.
- Em 1955, foi um dos líderes ao boicote às empresas de ônibus da cidade de Montgomery. Este boicote era para pressionar o governo a acabar com a discriminação que havia contra os negros no transporte público dos Estados Unidos. A Suprema Corte Americana acatou as reivindicações dos ativistas e terminou com a discriminação no sistema de transportes públicos.
- Em 1957, participou da fundação da Conferência de Liderança Cristã do Sul. Luther King liderou a CLCS, que lutava pelos direitos civis.
Como pastor evangélico e ativista Norte Americano, Marthin lutou combatendo o preconceito e o racismo. Defendia a luta pacífica, baseada no amor ao próximo e na igualdade de direitos para assim construir um mundo melhor.
- Na década de 1960, Luther King liderou várias marchas de protesto e manifestações pacíficas em defesa dos direitos iguais entre brancos e negros e o fim do preconceito e da discriminação racial.
- Em 14 de outubro de 1964, Luther King recebeu o Prêmio Nobel da Paz em função de seu trabalho, combatendo pacificamente o preconceito racial nos Estados Unidos.
- Em 1967, King fez vários discursos protestando contra a participação dos Estados Unidos na Guerra do Vietnã.
- Em 1968, King organizou a Campanha dos Pobres, pregando a justiça social e econômica.
- Em função de sua atuação social e política, Luther King despertou muito ódio naqueles que defendiam a segregação racial nos Estados Unidos. Durante quase toda sua vida adulta, foi constantemente ameaçado de morte por estas pessoas e grupos.
- Na manhã de 4 de abril de 1968, antes de uma marcha, Martin Luther King foi assassinado no quarto de um hotel na cidade de Memphis.
- Sua atuação política e social foi fundamental nas mudanças que ocorreram nas leis dos Estados Unidos nas décadas de 1950 e 1960. As leis segragacionistas foram caindo, dando espaço para uma legislação mais justa e igualitária. Embora sua atuação tenha sido nos Estados Unidos, Luther King é até hoje lembrado nos quatro cantos do mundo como símbolo de luta pacífica pelos direitos civis.
Frases de Luther King
- "Um líder verdadeiro, em vez de buscar consenso, molda-o”.
- "O que mais preocupa não é o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons”.
- "Quase sempre minorias criativas e dedicadas transformam o mundo num lugar melhor".
- "Se um homem não descobriu algo por que morrer, ele não está preparado para viver”.
- "Sonho com o dia em que a justiça correrá como água e a retidão como um caudaloso rio”.
- "O ser humano deve desenvolver, para todos os seus conflitos, um método que rejeite a vingança, a agressão e a retaliação. A base para esse tipo de método é o amor”.
- "A Verdadeira paz somente não é a falta de tensão, é a presença de justiça”.
- "Nós temos que combinar a dureza da serpente com a suavidade da pomba, uma mente dura e um coração tenro”.
- "Nada no mundo é mais perigoso que a ignorância sincera e a estupidez conscienciosa”.
- "O Amor é a única força capaz de transformar um inimigo num amigo”. Fonte: SUA PESQUISA (20013)
4- NELSON MANDELA
Luta contra o apartheid Fonte: HISTORY (2013)
O apartheid, que significa "vida separada", era o regime de segregação
racial existente na África do Sul, que obrigava os negros a viverem separados. Os
brancos controlavam o poder, enquanto o restante da população não gozava de
vários direitos políticos, econômicos e sociais.
Ainda estudante de Direito, Mandela começou sua luta contra o regime do
apartheid. No ano de 1942, entrou efetivamente para a oposição, ingressando no
Congresso Nacional Africano (movimento contra o apartheid). Em 1944, participou
da fundação, junto com Oliver Tambo e Walter Sisulu, da Liga Jovem do CNA.
Durante toda a década de 1950, Nelson Mandela foi um dos principais
membros do movimento anti-apartheid. Participou da divulgação da “Carta da
Liberdade”, em 1955, documento pelo qual defendiam um programa para o fim do
regime segregacionista.
Nelson Rolihlahla Mandela é um advogado, ex-líder rebelde e ex-presidente da África do Sul de 1994 a 1999, considerado como o mais importante líder da África Negra, ganhador do Prêmio Nobel da Paz
Mandela sempre defendeu a luta pacífica contra o apartheid. Porém, sua
opinião mudou em 21 de marco de 1960. Neste dia, policiais sul-africanos atiraram
contra manifestante negros, matando 69 pessoas. Este dia, conhecido como “O
Massacre de Sharpeville”, fez com que Mandela passasse a defender a luta armada
contra o sistema.
Em 1961, Mandela tornou-se comandante do braço armado do CNA,
conhecido como "Lança da Nação". Passou a buscar ajuda financeira internacional
para financiar a luta. Porém, em 1962, foi preso e condenado a cinco anos de
prisão, por incentivo a greves e viagem ao exterior sem autorização. Em 1964,
Mandela foi julgado novamente e condenado a prisão perpétua por planejar ações
armadas.
Mandela permaneceu preso de 1964 a 1990. Neste 26 anos, tornou-se o
símbolo da luta anti-apartheid na África do Sul. Mesmo na prisão, conseguiu enviar
cartas para organizar e incentivar a luta pelo fim da segregação racial no país.
Neste período de prisão, recebeu apoio de vários segmentos sociais e governos do
mundo todo.
Com o aumento das pressões internacionais, o então presidente da África
do Sul, Frederik de Klerk solicitou, em 11 de fevereiro de 1990, a libertação de
Nelson Mandela e a retirada da ilegalidade do CNA (Congresso Nacional Africano).
Em 1993, Nelson Mandela e o presidente Frederik de Klerk dividiram o Prêmio
Nobel da Paz, pelos esforços em acabar com a segregação racial na África do Sul.
Em 1994, Mandela tornou-se o primeiro presidente negro da África do
Sul. Governou o país até 1999, sendo responsável pelo fim do regime
segregacionista no país e também pela reconciliação de grupos internos.
Com o fim do mandato de presidente, Mandela afastou-se da política dedicando-se
a causas de várias organizações sociais em prol dos direito humanos. Já recebeu
diversas homenagens e congratulações internacionais pelo reconhecimento de sua
vida de luta pelos direitos sociais.
Algumas frases de Nelson Mandela
- "Sonho com o dia em que todas as pessoas levantar-se-ão e compreenderão que
foram feitos para viverem como irmãos."
-"Uma boa cabeça e um bom coração formam uma formidável combinação."
- "Não há caminho fácil para a Liberdade”.
- "A queda da opressão foi sancionada pela humanidade, e é a maior aspiração de
cada homem livre”.
- "A luta é a minha vida. Continuarei a lutar pela liberdade até o fim de meus dias."
- "A educação é a arma mais forte que você pode usar para mudar o mundo”.
Dia Internacional de Nelson Mandela
- A partir de 2010, será celebrado em 18 de julho de cada ano o Dia internacional de
Nelson Mandela. A data foi definida pela Assembleia Geral da ONU e corresponde ao
dia de seu nascimento. Fonte: SUA PESQUISA (2013)
5- ZUMBI DOS PALMARES
Zumbi dos Palmares: um símbolo de resistência e luta contra a escravidão.
Zumbi dos Palmares nasceu no estado de Alagoas no ano de 1655. Foi um dos
principais representantes da resistência negra à escravidão na época do Brasil
Colonial. Foi líder do Quilombo dos Palmares, comunidade livre formada por escravos
fugitivos das fazendas. O Quilombo dos
Palmares estava localizado na região da Serra
da Barriga, que, atualmente, faz parte do
município de União dos Palmares (Alagoas). Na
época em que Zumbi era líder, o Quilombo dos
Palmares alcançou uma população de
aproximadamente trinta mil habitantes. Nos
quilombos, os negros viviam livres, de acordo
com sua cultura, produzindo tudo o que
precisavam para viver. Embora tenha nascido Fonte: RICMAIS (2012)
livre, foi capturado quando tinha por volta de sete anos de idade. Entregue a um
padre católico, recebeu o batismo e ganhou o nome de Francisco. Aprendeu a língua
portuguesa e a religião católica, chegando a ajudar o padre na celebração da missa.
Porém, aos 15 anos de idade, voltou para viver no quilombo.
No ano de 1675, o quilombo é atacado por soldados portugueses. Zumbi
ajuda na defesa e destaca-se como um grande guerreiro. Após uma batalha
sangrenta, os soldados portugueses são obrigados a retirar-se para a cidade de
Recife. Três anos após, o governador da província de Pernambuco aproxima-se do
líder Ganga Zumba para tentar um acordo, Zumbi coloca-se contra o acordo, pois não
admitia a liberdade dos quilombolas, enquanto os negros das fazendas
continuariam aprisionados. Em 1680, com 25 anos de idade, Zumbi torna-se líder do
quilombo dos Palmares, comandando a resistência contra as topas do governo.
Durante seu “governo” a comunidade cresce e se fortalece, obtendo várias vitórias
contra os soldados portugueses. O líder Zumbi mostra grande habilidade no
planejamento e organização do quilombo, além de coragem e conhecimentos
militares. O bandeirante Domingos Jorge Velho organiza, no ano de 1694, um grande
ataque ao Quilombo dos Palmares. Após uma intensa batalha, Macaco, a sede do
quilombo, é totalmente destruída. Ferido, Zumbi consegue fugir, porém é traído por
um antigo companheiro e entregue as tropas do bandeirante. Aos 40 anos de idade,
foi degolado em 20 de novembro de 1695.
Importância de Zumbi para a História do Brasil
Zumbi é considerado um dos grandes líderes de nossa história. Símbolo
da resistência e luta contra a escravidão, lutou pela liberdade de culto, religião e
pratica da cultura africana no Brasil Colonial. O dia de sua morte, 20 de novembro, é
lembrado e comemorado em todo o território nacional como o Dia da Consciência
Negra. Fonte: SUA PESQUISA (2013).
ATIVIDADES:
1- Façam uma pesquisa de outros homens e mulheres negras que foram e que são
heróis até hoje na história do Brasil.
2- Pelos relatos dos historiadores façam uma comparação entre o preconceito racial
existente nos séculos anteriores e os dias de hoje. Você acha que mudou muita
coisa? Explique sua resposta.
3- O que você pensa a respeito do sistema de cotas para negros e deficientes
entrarem nas universidades públicas.
4- Para finalizar nosso trabalho, vamos assistir “Vista a minha pele”, um vídeo onde o
autor tem a intenção de mostrar aos brancos como seria se eles é que fossem os
escravizados ou sofressem racismo, é uma história ao contrário que nos faz pensar
melhor antes de descriminarmos qualquer pessoa.
Vídeo disponível no site: <http://www.youtube.com/watch?v=LWBodKwuHCM> -
Acesso em 22/10/13
Neste site há também outras versões do
mesmo tema que os alunos poderão ver
mais tarde.
Após assistirem ao filme coloquem sua impressão a respeito do que viram. Como
seria se realmente a nossa história fosse invertida, será que a cor da pele de uma
pessoa pode mudar a sua história? Elaborem um texto a respeito do assunto.
OBRIGADA
Sou Negro
SOLANO TRINDADE
Sou negro meus
avós foram queimados pelo sol da África
minh`alma recebeu o batismo dos tambores
atabaques, gongôs e agogôs
Contaram-me que meus avós
vieram de Loanda
como mercadoria de baixo preço
plantaram cana pro senhor de engenho novo
e fundaram o primeiro Maracatu
Depois meu avô brigou como um danado
nas terras de Zumbi
Era valente como quê
Na capoeira ou na faca
escreveu não leu
o pau comeu
Não foi um pai João
humilde e manso
Mesmo vovó
não foi de brincadeira
Na guerra dos Malês
ela se destacou
Na minh`alma ficou
o samba
o batuque
o bamboleio
e o desejo de libertação (TRINDADE 1961)
Fonte: BLOG DO JEFFCELOPHANE (2010)
REFERÊNCIAS AMAIVOS. Afro descendente. Postado em 2005. Disponível em: <http://amaivos.uol.com.br/amaivos09/noticia/noticia.asp?cod_noticia=11126&cod_canal=71>. Acesso em 25 out. 2013. BLOG DO CARZEM. Mapa do Brasil – verde e amarelo. Postado em 15 nov. 2009. Disponível em < http://carzem.blogspot.com.br/2009/11/15-de-novembro-proclamacao-da-republica.html>. Acesso em 21 out. 2013. BLOG DO JEFFCELOPHANE. O Brasil é negro e com muito orgulho. Postado em 18 nov. 2010. Disponível em: <http://jeffcelophane.wordpress.com/2010/11/18/297/>. Acesso em 23 out. BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. EQUIPE DE TRAINEES. Desigualdade racial começa na pré-escola. Postado em 13 out. 2001. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/treinamento/menosiguais/xx1310200115.htm>. Acesso em 20 out. 2013. ESCREVIVÊNCIA. Mito da Democracia Racial. Postado em 2013. Disponível em: <http://escrevivencia.wordpress.com/2011/06/13/214/>. Acesso em 10 out. 2013. ESTIMATIVA. Dez anos da Lei 10.639/03, e aí? c2005-2011. Disponível em: <http://estimativa.org.br/home/index.php/na-midia/246-dez-anos-da-lei-1063903-e-ai>. Acesso em: 15 nov. 2013. FRASES E CITAÇÕES. Frases mais recentes. Postado em 2013. Disponível em: <http://www.frasesecitacoes.com.br/>. Acesso em 20 out. 2013. GELEDÉS INSTITUTO DA MULHER NEGRA. Genocídio da juventude negra: Doutrina da ditadura e racismo continua firme e forte nas forças de segurança. Postado em 2013. Disponível em: <http://www.geledes.org.br/areas-de-atuacao/questao-racial/violencia-racial/11495-genocidio-da-juventude-negra-doutrina-da-ditadura-e-racismo-continua-firme-e-forte-nas-forcas-de-seguranca>. Acesso em 15 out. 2013. GOMES, Nilma Lino . Diversidade étnico-racial, inclusão e equidade na educação brasileira: desafios, políticas e práticas. Cadernos ANPAE, v. 1, p. 1-13, 2010. HISTORY. Nelson Mandela. Postado em 2013. Disponível em: <http://www.history.com/topics/nelson-mandela/photos>. Acesso em 23 out. 2013. ISTO É INDEPENDENTE. O Advogado dos escravos. Postado em 09 jul. 2010. Disponível em: <http://www.istoe.com.br/reportagens/86467_O+ADVOGADO+DOS+ESCRAVOS>. Acesso em 25 out. 2013.
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