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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Artigos

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Artigos

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YOUTUBE E OS ANOS INICIAIS: UMA PERSPECTIVA

MULTIDISCIPLINAR

Carlise Rosana Voss Martins1

Denise E. H. David2

RESUMO: Numa perspectiva multidisciplinar, os vídeos de curta duração são utilizados como

facilitadores da aprendizagem e mediante o uso desta mídia as aulas se tornam mais criativas, facilita o

processo de ensino e auxilia na compreensão de conteúdos, inclusive os considerados mais difíceis por

parte dos alunos. Este trabalho foi proposto para o curso de formação de docentes com o objetivo de

desenvolver um método para utilização de vídeos de curta duração como ferramenta pedagógica. A

pesquisa configura-se em qualitativa e bibliográfica, pois trata-se do desenvolvimento de um método a

partir de vídeos de curta duração voltado para os anos iniciais, com a finalidade de apresentar ao curso de

formação de docentes sugestões de trabalho em classe diferenciadas, mais atrativas, interessantes e

atuais. Pesquisar métodos e técnicas de ensino e o emprego de mídias digitais na educação constitui-se em

uma das etapas deste estudo. O ponto de partida foram pesquisas e explicações sobre as metodologias e

técnicas de ensino mais utilizadas como: Aulas Expositivas, Exposição Dialogada, Estudo Dirigido,

Debate, Projetos, Trabalhos em grupo entre outras, além do emprego de mídias digitais na educação. A

aplicação ocorreu nas Escolas Municipais: Elisabeth Werka e Rosa Picheth e nos Centros Municipais de

Educação Infantil: Jardim do Conhecimento e Guajuvira, todos em Araucária-Pr. Nas Escolas as

aplicações ocorreram no 1º e 2º ano e nos Cmeis no Pré II. Foi construído um método para o uso de

vídeos, iniciando pela seleção e organização dos mesmos, desde que possuam caráter pedagógico voltado

para os anos iniciais e elencado sugestões de encaminhamentos didáticos. Realizado o passo a passo,

ocorreu a aplicação dos mesmos nas séries iniciais. O uso do vídeo pode ser utilizado como uma forma de

apresentar o conteúdo a ser estudado, intercalado no processo de desenvolvimento e explicação do

conteúdo ou como revisão ou fixação dos elementos estudados. Cabe aos profissionais da educação a

capacidade de favorecer ao máximo essa transmissão, aperfeiçoando técnicas e estratégias de

comunicação na criação de situações de aprendizagem nas quais o aluno realiza atividades e constrói o

saber.

PALAVRAS-CHAVE: Metodologias de Ensino; Tecnologias da Informação e Comunicação; Vídeos;

Formação de Docentes.

1 Professora Especialista em Ensino Fundamental e Médio. Contato: [email protected]

2 Professora Doutora da Universidade Tecnológica Federal do Paraná.

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1. INTRODUÇÃO

O trabalho pedagógico nas escolas tem exigido cada vez mais do profissional,

seja ele professor, pedagogo ou diretor. Além da formação acadêmica é preciso o

desenvolvimento de um bom relacionamento interpessoal, capacidade de administrar

conflitos e lidar com as tecnologias da informação e comunicação.

Nesse último aspecto, como a sociedade delegou o poder para a escola transmitir

o acervo cultural e empregá-lo para a sobrevivência e a vida em comunidade, cabe a

seus profissionais a capacidade de favorecer ao máximo essa transmissão,

aperfeiçoando técnicas e estratégias de comunicação na criação de situações de

aprendizagem nas quais o aluno realiza atividades e constrói o saber.

Os vínculos entre práticas educativas e tecnologias estreitam-se na atualidade. E,

do ponto de vista pedagógico, reforça-se ainda mais o papel do professor que é o

organizador da atividade escolar em qualquer nível. Segundo Brito (2006) nenhuma

intervenção pedagógica, harmonizada com a modernidade e os processos de mudanças

será eficaz sem a colaboração consciente deste profissional da educação, pois o

computador não ensina sozinho.

Vineses (2010) argumenta em favor das novas mídias e questiona que se pode

tirar proveito da tecnologia em favor da educação. Essa questão pode parecer simples,

mas tornou-se uma preocupação constante por parte dos professores e pesquisadores. A

escola não pode negar a influência das tecnologias e ensinar apenas de modo

tradicional. Os sites de pesquisa, as redes sociais e softwares fazem parte do cotidiano

dos alunos.

As tecnologias entraram na vida dos estudantes antes de serem trabalhadas na

escola. Desse modo, as escolas e os professores nem tiveram tempo de se apropriar dos

computadores e da Internet, para orientar os seus alunos quanto as múltiplas

possibilidades de sua utilização e também dos efeitos negativos das mesmas. A presença

da tecnologia configurou um novo modelo do papel do professor e do relacionamento

professor-aluno. Os professores não conhecem todas as ferramentas tecnológicas

disponíveis e pesquisam em um número reduzido de sites, mas esse é um campo vasto a

ser explorado. Os professores devem pesquisar o que pode ser utilizado como

ferramenta pedagógica e, conforme Lima (2010), empregar "tecnologias que instiguem

e provoquem os estudantes na busca por novos saberes", mudando paradigmas quanto a

forma de ensinar e aprender.

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Blikstein (2013) afirma que "para aprender não basta ter acesso aos saberes, é

preciso se apropriar, reler, compreender, interpretar, relacionar. Esse movimento é

muito individualizado e precisa ser estimulado e mobilizado socialmente". Nessa

dinâmica está o papel do professor como mediador, que se coloca entre o saber e o

aluno, e assume o papel de provocador, instiga os alunos, cria situações para a

experiência de aprender, mostra caminhos.

As escolas têm grandes responsabilidades no mundo atual, relacionar o saber e o

fazer, cultivar os valores e o conhecimento historicamente acumulado mediados pelos

docentes através das tecnologias da informação. Nesse aspecto, destaca-se a importância

da formação docente em relação aos conteúdos específicos de sua área de

conhecimento, nos aspectos metodológicos e nas noções básicas relacionadas as

tecnologias (não apenas noções de informática, mas o domínio desse saber auxiliando

no trabalho pedagógico).

Tratar da formação do educador acerca das questões de ordem tecnológica implica

refletir a que tipo de educação estamos nos referindo e para que tipo de sociedade. É

evidenciar que educadores se formam na prática acadêmica, na vida em sociedade e no

diálogo constante em sala de aula, é destacar que a prática docente define a visão de

tecnologia que por sua vez define o envolvimento dos docentes com o questionamento

da tecnologia como prática da construção de sua função na sociedade. (BRITO, 2006)

Portanto, além de uma formação acadêmica de qualidade destaca-se o papel da

formação continuada, entendida na busca de conhecimento formal quanto na busca de

seu aperfeiçoamento constante.

Segundo Brito e Purificação (2006), para alcançar essa atualização, o professor

deverá também utilizar as tecnologias as quais poderão ajudá-lo na elaboração de

materiais de apoio, bem como ser valiosos recursos para o ensino de diversas disciplinas

do currículo, seja em sala de aula, num trabalho coletivo, seja na dinâmica do trabalho

desenvolvido em ambientes informatizados.

Além de enriquecer, ilustrar e motivar a prática pedagógica o uso dos recursos

tecnológicos, como os vídeos de curta duração, motivam a prática pedagógica tornando-

a mais fácil e interessante.

Desta forma, buscar recursos para o ensino postados no Youtube que contribuam

para o aprendizado e organizá-los de acordo com os encaminhamentos didáticos

adequados para os anos iniciais é o que se pretende com o presente projeto.

A busca de formas diversificadas de ensino são necessárias pois o trabalho

pedagógico na atualidade tem exigido cada vez mais dos educadores. Os alunos

requerem cada vez mais profissionais capazes, com bom nível de conhecimento e com

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domínio das tecnologias digitais. As aulas expositivas, que é o método mais utilizado

pelos professores, de modo geral têm sua eficácia, porém, sem os recursos das novas

tecnologias, tornam-se monótonas, desinteressantes e, dessa forma, prejudicam a

aprendizagem.

O presente artigo trata da importância utilização de vídeos do Youtube e espera-

se que com o uso desta mídia as aulas se tornem mais criativas, facilite o processo de

ensino e auxilie na compreensão dos conteúdos por parte dos alunos.

O trabalho foi desenvolvido no curso de Formação de Docentes do Colégio

Estadual Professor Júlio Szymanski – Ensino Médio e Profissionalizante. Como

referência será utilizado o currículo dos anos iniciais do ensino fundamental e os vídeos

empregados serão voltados para esse nível de ensino.

Um bom trabalho pedagógico requer condições por parte dos docentes, tais

como o domínio de conteúdos, conhecimento das diferentes metodologias, saber

planejar e dominar procedimentos de avaliação e conhecer as tecnologias da informação

e comunicação. Além de uma sólida formação acadêmica, faz-se necessário a formação

continuada que é garantia do desenvolvimento profissional permanente. Ela se faz por

meio do estudo, da reflexão, da análise das experiências dos professores. Conforme

Libâneo, Oliveira e Tochi (2011), o desenvolvimento pessoal ocorre quando o professor

toma para si a responsabilidade com a sua própria formação, constituindo-se como

agente de transformação, a começar por si mesmo.

O professor é um dos principais agentes de mudança do ensino, segundo

Vasconcellos (1995), por estar em contato direto com os alunos, por ser profissional da

educação, por ser um dos mais interessados em resolver os problemas em função do

elevado desgaste que sofre. Ações que são elaboradas no sentido de uma prática

transformadora onde se insere um trabalho de educação de consciências, de organização

de meios materiais e de planos concretos de trabalho. Essas práticas não ocorrem sem

um referencial teórico adequado ou sem consciência do seu papel social. A teoria em si

não transforma o mundo, ela contribui para a sua transformação ao ser assimilada e

desse modo proporciona compreensão da realidade para abrir possibilidades de

mudança.

As concepções norteiam as escolhas pedagógicas. A seleção dos conteúdos, os

materiais e encaminhamentos utilizados são organizados pelo professor, planejando e

orientando as ações a serem desenvolvidas no espaço escolar, utilizando os recursos

metodológicos mais apropriados à construção do saber e ao desenvolvimento de valores

que nos tornam mais humanos. Esses recursos metodológicos são imprescindíveis ao

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trabalho docente. Para Veiga (1995) "adotando uma metodologia adequada o professor

pode proporcionar transformações na educação, visto que uma instituição de ensino

representa aquilo que os professores pensam e agem". No que diz respeito aos métodos

e técnicas de ensino, o professor preocupado com a aprendizagem de seus alunos deve

estar empenhado em utilizar os procedimentos eficientes a esse propósito. "O professor

criativo, de espírito transformador, está sempre procurando inovar sua prática e um dos

caminhos seria dinamizar as atividades desenvolvidas em sala de aula" (VEIGA, 2008).

2. MÉTODOS E TÉCNICAS DE ENSINO

A forma como o professor desenvolve o seu trabalho em sala de aula está

relacionada a sua didática. A palavra didática foi instituída por Jan Amos Komensky,

mais conhecido por Comenius, considerado o pai da didática e um dos maiores

educadores do século XVII. Comenius, em sua obra Didática Magna (1657), explica os

fundamentos desta “arte de ensinar”. Durante séculos, a didática foi entendida como

técnicas e métodos de ensino, a parte da pedagogia que respondia por “como” ensinar.

Os livros de didática orientavam como os professores deveriam se portar em sala de

aula. Historicamente, fazem parte da ação didática: professor, aluno, conteúdo, contexto

e estratégias metodológicas. A didática deve desenvolver a capacidade crítica dos

professores para que os mesmos analisem de forma clara a realidade do ensino.

Articular os conhecimentos adquiridos sobre o “como” ensinar e refletir sobre “para

quem” ensinar, “o que” ensinar e o “por que” ensinar é um dos desafios da didática

(LIBÂNEO, 1990). A didática refere-se ao conjunto de métodos e técnicas de ensino

para a aprendizagem. O método é o caminho e a técnica é o como fazer, como percorrer

esse caminho. Assim, conhecê-los em suas diversas opções e praticá-los com uma

fundamentação teórico e prática, são valores expressivos da competência docente

(RANGEL, 2010).

São variadas as possibilidades didáticas que podem ser empregadas em sala de

aula em favor da aprendizagem, tais como Aulas Expositivas, Exposição Dialogada,

Estudo Dirigido, Debate, Laboratórios e Oficinas, Estudo do meio, Projetos,

Trabalhos em grupo, Tempestade de Ideias, Estudo de Caso, Painel /Mesa

redonda, Simpósios, Seminários e ainda a utilização das Tecnologias da Informação

e Comunicação.

A Aula Expositiva mesmo sendo considerada tradicional e autoritária, pois está

centrada no professor, nunca foi excluída das práticas pedagógicas. Isso significa que

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ela tem sua função, ou seja, ela pode ser transformada em uma atividade dinâmica e

estimuladora do pensamento crítico do aluno. Para que a mesma tenha bons resultados é

necessário o domínio dos conteúdos por parte do professor e três etapas podem ser

observadas em sua aplicação: Introdução (explicação inicial preparatória, apresentação e

esclarecimento pelo expositor sobre a importância do tema), Desenvolvimento

(apresenta os elementos necessários para a apresentação e fixação dos conceitos

trabalhados, partindo dos mais simples, para os mais complexos) e Conclusão (com a

síntese integradora das questões mais pontuais e conclusões). A aula deve ter recursos

didáticos que estimulem a atenção dos alunos, mas que não devem ser usados o tempo

todo da exposição para não perder o sua condição de estímulo, mesmo em ambientes

informatizados, com recursos da multimídia e PowerPoint. A exposição dos conteúdos

permite a economia de tempo, supre a falta de bibliografia para o aluno, além de

auxiliar na compreensão de assuntos considerados complexos. Neste caso cabe ao

professor essa tradução em linguagem mais simples dos conteúdos considerados mais

difíceis (RANGEL, 2010; VEIGA, 2008).

A Exposição Dialogada permite ao professor através do diálogo com seus

alunos estabelecer uma relação de intercâmbio de conhecimentos e experiências.

Valoriza a vivência do aluno e busca relacionar esses conhecimentos prévios com o

assunto a ser estudado. Dessa forma os alunos são despertados para observar melhor a

realidade a sua volta fora dos limites da escola. A problematização é um dos elementos

e permite questionar determinadas situações, fatos, ideias a partir de alternativas que

levem à compreensão do problema bem como às possibilidades de solução. Nessa

metodologia as perguntas permitem incentivar a curiosidade e desenvolver a atitude

científica. (VEIGA, 2011)

O Estudo Dirigido é uma atividade realizada pelos alunos, com etapas

estabelecidas pelo professor, conforme necessidades individuais ou da turma. Incentiva

a atividade intelectual do aluno, auxilia na descoberta, além de proporcionar o

desenvolvimento de habilidades como: identificar, selecionar, comparar, experimentar,

analisar, concluir, solucionar problemas e aplicar o que aprendeu. Incentiva o inventar e

buscar respostas pessoais para resolver o que lhe foi proposto. Quadros (2011) afirma

que "o produto do trabalho do aluno pode adquirir, desse modo, forte cunho de

autenticidade e pessoalidade." Um estudo dirigido inclui leituras, exercícios, pesquisas,

trabalhos e pode ser realizado em sala de aula ou como tarefa para casa. Porém, em sala

de aula, com a presença do docente para esclarecer dúvidas e orientar quando

necessário, mas é o aluno mediante sua autoavaliação que perceberá se as atividades

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terão continuidade ou se é preciso reiniciar as atividades anteriores. A técnica pode

auxiliar na aprendizagem em qualquer área do conhecimento. É importante que o

professor acompanhe o trabalho em todas as suas etapas: na execução, na correção e na

avaliação (BORDENAVE e PEREIRA, 2005; QUADROS, 2011).

O Debate tem significado etimológico originado do latim debattuere que

significa disputar, brigar. É uma competição intelectual que exige que os participantes

estejam munidos de informações, teorias e experiências. Permite a exposição de ideias

diferentes sobre o mesmo tema onde cada participante procura convencer quem os ouve,

defendendo suas opiniões e refutando as dos outros. Permite conhecer pontos de vista

diferentes sobre o mesmo assunto. No debate é importante a presença do moderador que

inicia o debate apresentando o tema e os participantes; organiza dando a palavra a quem

está na vez; direciona com perguntas quando se fizer necessário; orienta a participação

do público com a formulação de perguntas; encerra o debate fazendo uma síntese dos

principais aspectos em debate (RANGEL, 2010; VEIGA, 2011).

Os Laboratórios e Oficinas constituem-se num espaço privilegiado destinado

ao desenvolvimento de aptidões, mediante atividades laborativas orientadas pelos

professores. O laboratório favorece a aproximação entre a formação teórica e prática

mediante o planejamento e a efetivação de oficinas relacionadas aos principais

fundamentos em questão, permitem a troca de experiências e orientam como trabalhar

com conceitos e sua aplicação. Se estruturam para desenvolver atividades de natureza

prática (RANGEL, 2010).

O Estudo do Meio busca entrar em contato com a realidade, através de seus

múltiplos aspectos, de maneira objetiva, ordenada e positiva. Constitui-se num método

de ensino interdisciplinar que visa proporcionar aos alunos e aos professores o contato

direto com determinada realidade, um meio qualquer, que se decida estudar. Esta

atividade pedagógica se concretiza pela imersão orientada na complexidade de um

determinado espaço geográfico, do estabelecimento de um diálogo inteligente com o

mundo, com o intuito de verificar e de produzir novos conhecimentos, torna mais

significativo o processo ensino-aprendizagem e proporciona um olhar crítico e

investigativo sobre a aparente naturalidade do viver social. Trata-se de verificar a

pertinência e a relevância dos diversos conhecimentos selecionados para serem

ensinados no currículo escolar e, ao mesmo tempo, lançar-se à possibilidade da

produção de novos conhecimentos, a elaboração contínua do currículo escolar (LOPES

e PONTUSCHKA, 2009).

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O Método de Projetos parte da premissa que o aluno realize algo prático,

concreto sobre o tema estudado, ao mesmo tempo em que realiza estudo teórico.

Permite a relação teoria-prática, aspectos teóricos e contextualização.

Essa realização prática pode ser de forma concreta ou estética como a criação de

uma música, pintura, desenho, decoração, modelagem. Nos dois tipos de construção

exige a compreensão de conceitos, princípios ou processos explicativos do objeto ou

tema (RANGEL, 2010).

Os Trabalhos em Grupo permitem que os alunos executem uma determinada

tarefa divididos em grupos espontâneos, aleatórios ou selecionados pelo professor.

Constituem-se numa oportunidade de criar hábitos de trabalho em grupo, de

desenvolver a capacidade de emitir uma opinião e justificá-la, desenvolve a capacidade

de síntese e a exposição oral. Pode-se citar três tipos (GIL, 1994; RANGEL, 2010):

a) Grupo de Verbalização e Grupo de Observação: Nessa estratégia metade dos alunos

forma um círculo central e a outra metade forma um grupo exterior para observar o

comportamento do primeiro grupo. Essa análise pode envolver o funcionamento do

próprio grupo quanto aos aspectos que estão sendo discutidos.

b) Grupo do Cochicho: Consiste em subdividir a classe em duplas para a discussão de

um tema. É uma estratégia informal, de fácil organização e aplicável a grandes grupos

que favorece a participação de toda a classe, na expressão de conhecimentos,

experiências e opiniões pessoais.

c) Philips 66: Nessa técnica a turma é dividida em grupos de seis pessoas, que terão seis

minutos para dialogarem e debaterem a respeito do tema estudado. Cada grupo tem um

coordenador que organiza o tempo do debate e um expositor que apresenta o relato ou

as questões debatidas. Na sequencia novos grupos podem ser formados, de modo que o

novo grupo tenha a participação de pessoas dos grupos anteriores. Pode-se organizar de

tal forma que cada integrante receba números de 1 a 6, podendo originar novos grupos

com todos os números 1, todos do número 2 e assim por diante.

A Tempestade de Ideias (Brainstorming) permite evidenciar a criatividade e a

originalidade dos alunos diante de um conceito novo ou uma situação específica. O

desenvolvimento desta técnica segue três fases (RANGEL, 2010): Abertura (explicação

da técnica); Exposição de ideias e Fase final (seleção das melhores ideias).

O Estudo de Caso é uma forma de trabalho em que o professor apresenta uma

situação/problema real, relacionada com o contexto em estudo e os alunos devem

analisar e descobrir soluções. A situação deve ser pertinente e importante para a sua

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formação. Oportuniza a capacidade de análise / argumentação e de criar hábitos de

trabalho em equipe (RANGEL, 2010).

O Painel Integrado: É uma estratégia de trabalho em equipe que se desenvolve

em dois momentos: Primeiro a turma é dividida em pequenos grupos, com tarefas

diferentes que devem ser debatidas e concluídas num prazo determinado. Depois

formam-se novos grupos, com um integrante de cada grupo anterior que relata o que foi

discutido e a conclusão a que se chegou. O grupo passa então a "rediscutir as

conclusões, completando-as se for o caso e anotando as modificações sugeridas" (GIL,

1994). Esse tipo de trabalho promove um controle da equipe impedindo que os alunos

deixem de participar, funcionando dessa forma como motivador e pressionador.

A Mesa Redonda: consiste na discussão com opiniões divergentes por pessoas

especializadas em determinado assunto. Pode ser compreendido como exposição

informal dialogada, por pessoas competentes. Os participantes variam entre três e seis

pessoas (GIL, 1994).

O Simpósio é a discussão entre especialistas para esclarecer um tema, sem

posições contraditórias. O simpósio se desenvolve mediante a exposição do tema por

pessoas competentes, especialistas, pesquisadores. Após a exposição, a turma ou

plenária apresenta perguntas orais ou escritas aos expositores (RANGEL, 2010).

O Seminário é semelhante ao simpósio, porém sem a necessidade de se recorrer

a especialistas. Pode ocorrer em uma sequencia de aulas sem a necessidade de organizar

um evento de maior alcance. É uma das formas de se abordarem vários aspectos de um

tema geral, amplo. Em diferentes momentos uma pessoa ou grupo expõe um subtema no

âmbito geral que o seminário promove. Os participantes são a turma ou plenária e o

coordenador para apresentação do expositor e organização dos trabalhos. O Seminário

ocorre após a realização de pesquisas, em grupos, e no debate dos aspectos

investigados, sob a coordenação do professor. Os alunos recebem a incumbência de

apresentar para a classe, em data previamente determinada, um tema a ser pesquisado. O

seminário se desenvolve mediante “grupo de estudos em que se discute e se debate um

ou mais temas apresentados por um ou vários alunos, sob a direção do professor

responsável pela disciplina ou curso” (VEIGA, 1991). O professor deve fornecer dados,

localizar os respectivos temas antes das apresentações, para que os alunos possam

assimilar melhor o assunto. Durante a apresentação a participação do professor também

é importante, para “guiar” as discussões com proposições ou questionamentos – tanto

para o grupo quanto para a turma – e encaminhar discussões que não estavam tão nítidas

no trabalho, complementando as informações abordadas. O seminário permite outras

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interações ou a busca por outras ferramentas, tais quais: a exposição (multimídia,

cartazes, filmes, etc), o debate - onde após ou durante a apresentação toda a turma pode

participar e discutir/aprofundar o tema, e a pesquisa - o grupo que apresenta necessita de

um aprofundamento maior que o restante da turma para responder possíveis

questionamentos e também para compreender a temática (RANGEL, 2010).

As Tecnologias da Informação e Comunicação podem ser aplicadas em

qualquer método selecionado pelo professor em favor do processo ensino-

aprendizagem. O professor poderá utilizar as tecnologias para ajudá-lo na elaboração de

materiais de apoio, bem como ser valiosos recursos para o ensino de diversas disciplinas

do currículo, seja em sala de aula, num trabalho coletivo, seja na dinâmica do trabalho

desenvolvido em ambientes informatizados, além do desenvolvimento de atividades em

ambientes virtuais de aprendizagem, modificando as relações entre ensinar e aprender.

Através do uso do Computador, Softwares, Internet, CDs, DVDs, TV digital,

WebQuest, Jogos, Vídeos, pode-se melhorar as relações de ensino e aprendizagem

(MORAN, 2004; KENSKI, 2012).

3. TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

A ligação entre práticas educativas e tecnologias estreita-se no mundo

contemporâneo, devido aos avanços tecnológicos na comunicação e informática e as

mudanças no sistema produtivo envolvendo novas qualificações e, portanto, novas

exigências educacionais (BRITO, 2006). As pesquisas que envolvem o uso de

tecnologias da informação e comunicação são frequentes no campo educacional.

Utilizá-las em prol da melhoria do processo ensino- aprendizagem é de comum acordo

entre os educadores. Argumentos não faltam. Essas novas possibilidades tecnológicas

não alteram apenas a nossa vida cotidiana, elas alteram as nossas ações e as maneiras de

pensar e representar a realidade e trabalhar as questões educacionais (KENSKI, 2012).

Desde a sua invenção, as tecnologias apresentavam possibilidades educativas para

auxiliar o aprendiz no processo de construção do conhecimento.

A utilização de computadores na educação é tão remota quanto o advento comercial dos

mesmos. Esse tipo de aplicação sempre foi um desafio para os pesquisadores

preocupados com a disseminação dos computadores na nossa sociedade. Já em meados

da década de 50, quando começaram a ser comercializados os primeiros computadores

com capacidade de programação e armazenamento de informação, apareceram as

primeiras experiências do seu uso na educação. No entanto, a ênfase dada nessa época

era praticamente a de armazenar informação em uma determinada sequência e transmiti-

la ao aprendiz. Na verdade, era a tentativa de implementar a máquina de ensinar

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idealizada por Skinner. Hoje, a utilização de computadores na educação é muito mais

diversificada, interessante e desafiadora, do que simplesmente a de transmitir

informação ao aprendiz. O computador pode ser também utilizado para enriquecer

ambientes de aprendizagem e auxiliar o aprendiz no processo de construção do seu

conhecimento. (VALENTE, 1998)

No ambiente escolar, no início, o Computador foi visto com desconfiança ou

como modismo e dessa forma utilizado em atividades isoladas e projetos experimentais

sem maiores interações com os projetos pedagógicos das escolas. Era considerado como

mais um equipamento, além da TV, rádio, a ser utilizado na sala de aula como uma

máquina de escrever aperfeiçoada e com memória; porém, gradualmente professores e

alunos aprenderam suas linguagens e as atividades que poderiam ser realizadas através

dele (KENSKI, 2010). Com o aparecimento de novos programas e softwares especiais

despertou o interesse em conhecer e aprender a usar os seus recursos, tais como:

processadores de texto como o Word, que permite a editoração e elaboração de textos

e sua reformulação quantas vezes for necessário, podendo alterar seu formato e

acrescentar figuras e gráficos. Pode-se utilizar as planilhas eletrônicas que

transformam o computador numa ferramenta para planejamento, previsão e

manipulação numérica em geral. A planilha eletrônica permite a interpretação de dados

estatísticos, gerar gráficos e analisar estatisticamente os dados obtidos. Os editores

gráficos que possibilitam alterar as cores, o posicionamento e o formato das imagens e

os programas de comunicação que permitem a comunicação por texto, áudio e vídeo

via Internet (LIMA, 2013). Pode-se desenhar no computador, fazer planilhas de notas,

criar gráficos, recortar e colar textos, documentos e imagens, gravar ou elaborar vídeos,

enfim, são variadas e inúmeras as possibilidades desenvolvidas através do uso do

computador.

Os Softwares educativos são programas de computador e classificam-se como

educativos por favorecer o processo ensino-aprendizagem, ou seja, apresentam a

finalidade de levar o aluno a construir seu conhecimento. Está relacionado com o

currículo escolar, apresenta uma função pedagógica, tem facilidade de uso pois não

exige conhecimentos prévios pelo aluno e permite a interação entre o aluno e o

programa, mediado pelo professor. Alguns softwares dão ênfase na lógica do conteúdo

(CAI- Instrução Assistida por Computador), outros enfatizam o acúmulo e a utilização

da informação (Sistemas Inteligentes) e os educacionais que enfatizam a interação com

o usuário (KENSKI, 2010).

Os Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA) também foram

desenvolvidos a partir do computador. Funciona com um servidor que é um computador

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com um software específico para esse fim e o usuário que através da Internet acessa as

páginas do servidor. Seus usuários podem ser: os tutores que têm acesso a ferramentas

especiais que permitem postar materiais, criar situações de aprendizagem e acompanhar

a evolução dos seus alunos e os estudantes, que acessam as ferramentas disponíveis e

através das situações propostas desenvolver o conhecimento e a aprendizagem. São

exemplos de AVAs: Moodle, Proinfo, TelEduc, Aulanet. Esses ambientes permitem a

construção do conhecimento com base na troca de informações, no trabalho

cooperativo, com respeito ao ritmo de desenvolvimento de cada participante. É ao

mesmo tempo hierárquico e participativo (LIMA, 2013). Os ambientes virtuais de

aprendizagem complementam o trabalho realizado em sala de aula.

O professor e os alunos são “liberados” de algumas aulas presenciais e precisam

aprender a gerenciar classes virtuais, a organizar atividades que se encaixem em cada

momento do processo e que dialoguem e complementem o que estamos fazendo na sala

de aula e no laboratório. Começamos algumas atividades na sala de aula: informações

básicas de um tema, organização de grupos, explicitar os objetivos da pesquisa, tirar as

dúvidas iniciais. Depois vamos para a Internet e orientamos e acompanhamos as

pesquisas que os alunos realizam individualmente ou em pequenos grupos. Pedimos que

os alunos coloquem os resultados em uma página, um portfólio ou que nos as enviem

virtualmente, dependendo da orientação dada. Colocamos um tema relevante para

discussão no fórum ou numa lista e procuramos acompanhá-la sem sermos

centralizadores nem omissos. Os alunos se posicionam primeiro e, depois, fazemos

alguns comentários mais gerais, incentivamos, reorientamos algum tema que pareça

prioritário, fazemos sínteses provisórias do andamento das discussões ou pedimos que

alguns alunos o façam. (MORAN, 2004)

A Internet foi desenvolvida na década de 1960 pelo departamento de defesa dos

Estados Unidos, através de sua Agência de Projetos de Pesquisa Avançada e se constitui

numa rede autônoma de comunicação com vários caminhos de acesso. A palavra

Internet foi reduzida do termo Internetwork System (sistema de interconexão de rede de

comunicação) e constitui-se de inúmeras redes de comunicação diferentes, que são

dirigidas e operadas por uma grande quantidade de organizações que estão interligadas

para formar a Internet. A Word Wide Web também conhecida como www é um sistema

de menus que reúne recursos da Internet do mundo todo em forma de documentos ou

telas, que podem ser visualizadas pelo usuário. A www é um sistema que armazena

dados e informações em muitos computadores, seu servidor mantém vínculos com

dados espalhados por toda a Internet, buscando as informações quando solicitado. Até

1998 para ter acesso a Internet era necessário um computador, uma linha telefônica e

pagar um provedor. A partir daí surgiram vários provedores gratuitos e pode ser

acessada pela TV a cabo, computadores, telefone fixos e celulares, facilitando o acesso

e com isso permitindo a sua expansão. A Internet cresce a cada ano formando uma

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gigantesca rede de computadores interligados em mais de 140 países com mais de 40

milhões de usuários e vem provocando profundas transformações na economia, nas

indústrias, nos produtos e serviços, nas relações de trabalho e nas relações sociais e

políticas. É considerada a maior via de comunicação do mundo possibilitando a

interação de forma aberta e democrática, sem precisar pedir licença ao Estado ou estar

vinculados a setores econômicos tradicionais, que permite qualquer pessoa ou

organização tenha acesso a uma enorme quantidade de informações disponíveis em todo

o mundo. (MORAN, 2009b; LIMA, 2013).

Na Internet encontramos vários tipos de aplicações educacionais: de divulgação, de

pesquisa, de apoio ao ensino e de comunicação. A divulgação pode ser institucional - a

escola mostra o que faz - ou particular, - grupos, professores ou alunos criam suas home

pages pessoais, com o que produzem de mais significativo. A pesquisa pode ser feita

individualmente ou em grupo, ao vivo - durante a aula - ou fora da aula, pode ser uma

atividade obrigatória ou livre. Nas atividades de apoio ao ensino, podemos conseguir

textos, imagens, sons do tema específico do programa, utilizando-os como um elemento

a mais, junto com livros, revistas e vídeos. A comunicação se dá entre professores e

alunos, entre professores e professores, entre alunos e outros colegas da mesma ou de

outras cidades e países. A comunicação se dá com pessoas conhecidas e desconhecidas,

próximas e distantes, interagindo esporádica ou sistematicamente. (MORAN, 1997)

A Internet atrai os estudantes, que gostam de explorar, pesquisar, de descobrir e

divulgar suas descobertas, de comunicar-se com outros colegas. A possibilidade de

divulgar os seus trabalhos e pesquisas serve de motivação os alunos. "Mas também

podem perder-se entre tantas conexões possíveis, tendo dificuldade em escolher o que é

significativo, em fazer relações, em questionar afirmações problemáticas" (MORAN,

2013).

As aulas podem iniciar com uma pesquisa livre, em vários programas de busca

para que os alunos fiquem familiarizados com a Internet, para conhecer e usar as

principais ferramentas. Em seguida todos pesquisam o mesmo assunto e salvam os

endereços, artigos e imagens mais interessantes, juntamente com breve comentário

sobre o que estão salvando. As descobertas mais importantes são compartilhadas com os

colegas, para que na sequência os resultados sejam discutidos e comparados para

posterior síntese das informações mais importantes. Em seguida novos textos são

trazidos de revistas, livros e da própria Internet, para complementar as informações e

após sanarem suas dúvidas, os alunos apresentam suas pesquisas aos colegas. O

professor complementa as apresentações relacionando-as com a matéria como um todo.

As aulas na Internet podem ser relacionadas com as habituais. As atividades

desenvolvidas em sala podem ser complementadas com o envio de sugestões pela rede,

indicações de leituras de textos, notícias relacionadas com o assunto que está sendo

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tratado em classe. É importante que o aluno aprenda a descobrir coisas e separar o que é

essencial, organize as ideias, perceba coincidências e divergências e principalmente que

não se impressionem apenas com as páginas mais bonitas, para suas pesquisas que

exibem mais imagens, animações, sons, sob a pena de perder informações de grande

valor nas páginas mais simples (MORAN, 2013). São várias as possibilidades didáticas

a serem desenvolvidas no campo educacional.

A WebQuest é uma metodologia de pesquisa voltada para o emprego dos

recursos da internet na educação. O professor define um tema e os objetivos do trabalho

e realiza uma pesquisa inicial de disponibilização de links, selecionados acerca do

assunto, para consulta orientada dos alunos. Esses Links devem ter uma tarefa exequível

e interessante que norteie a pesquisa. Tanto o material inicial como os resultados devem

ser publicados na web, online. Foi proposto por Bernie Dodge em 1995 e hoje já conta

com mais de dez mil páginas na Web, com propostas de educadores de diversas partes

do mundo (Austrália, Brasil, Canadá, EUA, Holanda, Portugal, entre outros). As

WebQuests além de favorecer a aprendizagem utilizando os recursos de interação e

pesquisa disponíveis na Internet de forma colaborativa, oportunizam a produção de

materiais de apoio ao ensino de todas as disciplinas de acordo com as necessidades do

professor e seus alunos (QUENTAL, 2006; MAGELA, 2013)

O uso do vídeo em sala de aula pode servir para apresentação de um tema em

estudo, para ilustrar, exemplificar, para confirmar uma teoria, destacar alguns aspectos

em estudo, ampliar os conhecimentos. Os vídeos facilitam a motivação, o interesse por

assuntos novos, eles são dinâmicos, contam histórias, mostram e impactam. Facilitam o

caminho para níveis de compreensão mais complexos, mais abstratos, com menos apoio

sensorial como os textos filosóficos, os textos reflexivos. Dessa forma sistematiza de

forma criativa a aquisição do conhecimento. O uso da imagem favorece a aprendizagem

de maneira lúdica e prazerosa, além de auxiliar no aprendizado do aluno desde as séries

iniciais até os níveis mais elevados de ensino. Desse modo favorece o desenvolvimento

do papel da escola no mundo atual, que é a formação humana mediante a aquisição do

saber historicamente acumulado, utilizando para isso os recursos disponibilizados pelas

tecnologias da informação e comunicação (MORAN, 2009a).

Os alunos também podem produzir conhecimentos utilizando os vídeos, e desse

modo deixam de ser apenas consumidores para serem os autores dos mesmos, basta usar

o computador, o celular, as câmeras digitais e divulgá-los em portais como o YouTube.

O processo mais simples, no computador vem com o Windows XP ou Vista: é o movie

maker. Permite gravar e alterar o filme, adicionar músicas e alguns efeitos especiais.

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Esses vídeos podem ser elaborados numa perspectiva multidisciplinar, envolvendo

entrevistas, depoimentos, apresentações, experiências. Os vídeos servem também como

documento, registrando eventos, aulas, problemas ambientais, acontecimentos

importantes, dentre outros. Ajudam a contextualizar questões históricas, lugares,

moradias, vestimentas difíceis de caracterizar apenas na oralidade. Eles facilitam a

compreensão de questões abstratas, revelando imagens que auxiliam na elaboração das

representações por parte dos alunos, como na compreensão dos planetas, galáxias, bem

como facilitando a compreensão de informações sobre o corpo humano, células, átomos

e outros assuntos considerados de difícil compreensão (MORAN, 2009a).

Alguns vídeos trazem assuntos organizados como conteúdos didáticos, são aulas

prontas e cabe ao professor agir a partir do vídeo, com questionamentos, elaboração de

síntese, formas de aplicação no dia-a-dia, questões. De acordo com Moran (2009a) o

vídeo não deve ser usado como tapa buraco: colocar vídeo quando há um problema

inesperado, como ausência do professor, pois desvaloriza o uso do vídeo e o associa a

não ter aula. Da mesma forma o Vídeo-enrolação: exibir um vídeo sem relação com a

matéria. O aluno percebe o mau uso. Nem como Vídeo-deslumbramento: O professor

que acaba de descobrir as facilidades de baixar vídeos da Internet costuma exibi-los em

todas as aulas, esquecendo outras dinâmicas e com isso diminui a sua eficácia. Outro

problema é o Vídeo-perfeição: Existem professores que questionam os vídeos porque

possuem erros de informação ou estéticos (qualidade). Em qualquer situação não se

deve exibir os vídeos sem discuti-los, sem integrá-lo aos conteúdos, sem rever alguns

momentos mais marcantes. Algumas atividades mais adequadas são: introduzir um

assunto, complementar informações; provocar discussões, debates; levantamento de

sugestões do grupo, estudo dirigido para verificação da compreensão e transferir

conhecimentos recebidos para novas situações (MORAN, 2009a). Apesar das vantagens

os vídeos continuam sendo usados apenas esporadicamente pelos professores.

Não ocorrerão mudanças no modo de ensinar sem o envolvimento consciente do

professor no desempenho de seu papel educativo e formador. O destaque não está na

tecnologia, mas no uso que se faz dela para o desenvolvimento pessoal e profissional.

O reencantamento, enfim, não reside principalmente nas tecnologias, cada vez mais

sedutoras, mas em nós mesmos, na capacidade em tornar-nos pessoas plenas, num

mundo em grandes mudanças e que nos solicita a um consumismo devorador e

pernicioso. É maravilhoso crescer, evoluir, comunicar-se plenamente com tantas

tecnologias de apoio. É frustrante, por outro lado, constatar que muitos só utilizam essas

tecnologias nas suas dimensões mais superficiais, alienantes ou autoritárias. O

reencantamento, em grande parte, vai depender de nós. (GARDNER, 1994).

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É fundamental o desenvolvimento do pensamento crítico para que as escolhas

sejam feitas de modo a desenvolver a formação consciente e solidária, destacando o

papel da educação. Para Almeida (2001), a escola deve rever seus processos, mudando

suas ações para formar cidadãos capazes de rejeitar a manipulação e a submissão, em

busca da realização pessoal e da emancipação da sociedade. Assim, a escola deverá

assumir-se como espaço social de construção de significados éticos, preparar os

indivíduos para o exercício da cidadania e para o desenvolvimento do aluno e de sua

autonomia em relação à sua própria aprendizagem.

O desenvolvimento de uma educação de qualidade, que forma cidadãos ao invés

de consumidores, envolve uma prática dinâmica na construção do conhecimento. Exige

uma postura que reforce a autonomia do aluno, a formação de valores que possibilita o

desenvolvimento humano. Para tal prática é necessário o trabalho coletivo e responsável

de todos os envolvidos no processo pedagógico. Segundo Valente (1998), "as práticas

pedagógicas inovadoras acontecem quando as instituições se propõem a repensar e a

transformar a sua estrutura cristalizada em uma estrutura flexível, dinâmica e

articulada". Para a escola ser bem sucedida neste aspecto, deve considerar os

professores como principais parceiros na concepção de todo o trabalho ao invés de

considerá-los como executores de projetos e consumidores de programas. É necessário

também a participação e envolvimento de todos.

Deve-se criar condições para que o professor saiba recontextualizar o aprendizado e a

experiência vivida durante a sua formação, para a sua realidade de sala de aula

compatibilizando as necessidades de seus alunos e os objetivos pedagógicos que se

dispõe a atingir. Além do professor, é necessário trabalhar também com outros

segmentos da escola, como a administração e a comunidade de pais, para que possam

dar apoio e minimizar as dificuldades de implantação de mudanças na escola. Essas

mudanças são necessárias para que a informática e outras soluções pedagógicas

inovadoras possam efetivamente estar a serviço da formação de alunos preparados para

viver na sociedade do conhecimento. (VALENTE, 1998, p.13)

Para Moran (2007) não basta colocar tecnologias na universidade e nas escolas,

para continuar fazendo o de sempre – o professor falando e o aluno ouvindo – com um

verniz de modernidade. A aula continuou predominantemente oral e escrita, com pitadas

de audiovisual, como ilustração. Alguns professores utilizavam vídeos, filmes, em geral

como ilustração do conteúdo, como complemento. Eles não modificavam

substancialmente o ensinar e o aprender. De acordo com Kenski (2010) as Tecnologias

da Informação e Comunição e o ciberespaço, oferecem possibilidades e desafios para a

atividade cognitiva, afetiva e social dos alunos e professores de todos os níveis de

ensino. Até aqui os computadores e a internet têm sido usados com fontes de

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informação, mais do que o caráter instrumental e restrito do uso das tecnologias é

indispensável que seus participantes possam também usar e produzir tecnologias,

interagir e participar socialmente e criar possibilidades para a educação num espaço

muito mais alargado. Desta forma, as inovações tecnológicas podem contribuir para

transformar a escola num lugar de exploração de culturas, de realização de projetos, de

investigação e debate. O desafio é o de inventar e descobrir usos criativos da tecnologia

que inspirem professores e alunos a gostar de aprender. "A proposta é ampliar o sentido

de educar e reinventar a função da escola, abrindo-a para novos projetos e

oportunidades, que ofereçam condições de ir além da formação para o consumo e a

produção" (KENSKI, 2010).

A educação precisa se adequar às novas exigências da sociedade. O processo

educativo não pode continuar nos mesmos moldes do que foi proposto no final do

século XVIII.

4. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A presente pesquisa configura-se em qualitativa e bibliográfica, pois trata-se do

desenvolvimento de um método a partir de vídeos de curta duração voltado para os anos

iniciais, com a finalidade de apresentar ao curso de formação de docentes sugestões de

trabalho em classe diferenciadas, mais atrativas, interessantes e atuais. Pesquisar

metodologias e técnicas de ensino e o emprego de mídias digitais na educação constitui-

se em uma das etapas deste estudo.

O trabalho iniciou com a apresentação de métodos e técnicas de ensino. A

seguir, ocorreu um encontro sobre tecnologias educacionais: o uso do vídeo em sala de

aula. Na sequência foram apresentados os vídeos e as formas de trabalho com os

mesmos. Em seguida foi realizada a seleção e organização de vídeos que possam ser

utilizados no processo ensino aprendizagem voltado para os anos iniciais do ensino

fundamental. Esses vídeos foram arquivados para organização de aulas e sugestões de

encaminhamentos metodológicos foram propostos para os mesmos. Posteriormente,

foram analisados os conteúdos dos anos iniciais onde os vídeos se aplicam. O quadro 1

a seguir descreve a sequência da aplicação.

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Fev/2014 Detalhamento dos métodos e técnicas de ensino.

Fev/2014 Encontro sobre tecnologias educacionais: o uso do vídeo em sala de aula.

Mar/2014 Apresentação dos vídeos e as formas de trabalho com os mesmos. Mar/2014 Divisão da turma em grupos para aplicação e seleção dos temas Abril/2014 Aplicação do tema 1 selecionado

Grupo A – tema 1 com vídeos

grupo B – tema 1 sem vídeos Abril/2014 Avaliação dos resultados (tema 1) Maio/2014 Seleção de vídeos e criação de novos roteiros a partir dos modelos apresentados Maio/2014 Aplicação do tema 2 Maio/2014 Avaliação (tema 2) Jun/2014 Validação da metodologia Quadro 1 – Cronograma de Aplicação.

Desta forma, os integrantes do curso de Formação de Docentes tiveram

possibilidades de trabalho diversificadas e encaminhamentos dos quais participaram da

elaboração para o emprego de vídeos na sala de aula e a partir deles para o uso de outras

mídias digitais, aplicando a tecnologia a serviço da aprendizagem.

5. APLICAÇÃO E ANÁLISE DE RESULTADOS

O projeto foi aplicado no curso de Formação de Docentes (4ºano) da Escola

Estadual Professor Júlio Szymanski.

O 1º encontro foi destinado ao detalhamento dos métodos e técnicas descritos

na fundamentação teórica e ocorreu em Fevereiro/2014. Essa atividade é importante

para a profissão docente, pois um bom trabalho pedagógico requer conhecimento e

domínio dos diferentes comportamentos didáticos. Os métodos descritos promoveram

vários exemplos e sugestões para a realização do trabalho docente, a maioria deles foi

aplicada integralmente, sendo necessárias 8h para a conclusão dessa etapa.

A seguir, ocorreu um encontro sobre tecnologias educacionais: o uso do vídeo

em sala de aula. A realização das atividades com as tecnologias educacionais foram

dinâmicas, abordando pesquisa de conteúdos, aplicação de WebQuests, elaboração de

fichas técnicas com os vídeos, debates, seminários, entre outras técnicas, envolvendo de

forma significativa a turma que participou da implementação, com a troca de

informações, sugestões de trabalho e de atividades. Conhecer as diferentes tecnologias

da informação e comunicação é importante aos estudantes para que possam optar

adequadamente quando do planejamento das aulas.

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Na sequência, em Março/2014 foram apresentados quatro vídeos e as formas de

trabalho com os mesmos. Existem muitos vídeos e diversas formas de trabalhar com

eles, a apresentação de exemplos auxilia nas seleções futuras das professoras. O uso do

vídeo em sala de aula apresenta inúmeras possibilidades em relação a sua utilização, e,

nessa etapa, a seleção das atividades foi realizada com criatividade, buscando o

desenvolvimento de uma metodologia para os vídeos de curta duração.

Foi elaborado um Caderno Pedagógico com as teorias envolvidas, sugestões de

atividades, vídeos, links e sugestões de leitura. Este material foi disponibilizado pela

direção da escola a todas as alunas do 4ºano de Formação de Docentes (Foto 1). Os

conteúdos abordados foram trabalhados com as alunas e fizeram parte do material

didático (Foto 2), apresentado ao curso e parte do acervo bibliográfico da escola.

Foto 1 - Alunas do 4º ano ao receber o Caderno Pedagógico.

Foto 2 – Caderno Pedagógico

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Em Março/2014 ocorreu a divisão da turma em grupos para aplicação e seleção

dos temas. A divisão foi acompanhada pela coordenação da escola. As estudantes

tiveram liberdade para escolherem seus pares, a escola de aplicação e a metodologia que

empregariam, desde que usando vídeos. A aplicação ocorreu nas Escolas Municipais:

Elisabeth Werka e Rosa Picheth e nos Centros Municipais de Educação Infantil: Jardim

do Conhecimento e Guajuvira. Nas Escolas as aplicações ocorreram no 1º e 2º ano e nos

Cmeis no Pré II.

A turma foi dividida em Grupo A e Grupo B. O Grupo A desenvolveu o tema na

sua turma do Ensino Fundamental ou Educação Infantil empregando os vídeos e o

Grupo B não utilizou o vídeo em classe.

Em Abril/2014 houve a aplicação do tema selecionado. O Grupo A – tema 1

com vídeos e Grupo B – tema 1 sem vídeos. As alunas foram para as escolas de

aplicação, também com acompanhamento da coordenação da escola, além da professora

PDE. Atividades desenvolvidas nas escolas e Cmeis determinados. Essa aplicação

também correspondeu à primeira experiência de regência das alunas do 4º ano de

formação de docentes, constituindo um grande desafio para as mesmas que igualmente

precisaram se concentrar no trabalho pedagógico com e sem o uso do vídeo.

A utilização do vídeo, de acordo com as alunas, deve fazer parte do cotidiano da

sala de aula, despertando maior interesse dos alunos com relação ao tema estudado,

facilitando a aprendizagem, pois o vídeo possibilita maior clareza através da linguagem

visual do que apenas a aula teórica do professor (giz e papel).

Após a aplicação dos Grupos, ocorreu um encontro para Análise dos resultados

encontrados (Avaliação). Momento de análise e aperfeiçoamento das atividades. A

avaliação é parte fundamental do processo de aprendizagem, e, neste caso, importante

também para a socialização do aprendizado de todos os grupos, pois nem todos estavam

na mesma escola. A avaliação ocorreu através da explanação oral de cada dupla,

seguido de relatório escrito.

O uso do vídeo tornou a aula mais dinâmica, mais interessante para os alunos e

mais proveitosa, de acordo com as alunas. Despertou mais a atenção dos alunos, que é

uma condição imprescindível para que ocorra a aprendizagem. Porém apresentaram a

dificuldade das escolas não disporem de equipamentos suficientes para a utilização em

mais de uma turma, sendo necessária uma adequação nesse sentido. Outro fato que

ocorreu durante a aplicação foi a falta de energia elétrica em uma das escolas, o que

ocasionou a transferência da atividade com vídeo para outro dia. As Fotos 3 a 10

mostram momentos das aplicações.

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Foto 3 - Realização de atividade 2º ano da

Escola Werka.

Foto 4 - Realização de atividade 1º ano da

Escola Werka.

Foto 5- Aula sobre hábitos de higiene

realizado no Cmei Guajuvira.

Foto 6 - História sobre importância da família

realizada na Escola Mun. Rosa Picheth -2º

ano.

Em Maio/2014 ocorreu a seleção de vídeos e criação de novos roteiros a partir

dos modelos apresentados. Essa coletânea de vídeos de curta duração, juntamente com a

de construção de um plano de aula para cada um deles, servem como sugestões práticas

de trabalho com a educação infantil e séries iniciais do ensino fundamental e quando as

alunas encerrarem o curso, terão à disposição vários elementos que auxiliarão em sua

carreira docente. Essa atividade foi desenvolvida pelas duplas de aplicação e

possibilitou o desenvolvimento da criatividade, crescimento e organização.

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Foto 7- Realização de atividade 2º ano da

Escola Werka

Foto 8- Realização de atividade com aluna

cadeirante após assistir o vídeo.

Foto 9- Aula com vídeo escola Rosa Picheth-

1ºano A.

Foto 10- Aula com vídeo escola Rosa Picheth-

1ºano B.

Posteriormente, a metodologia foi reaplicada pelas alunas com outro tema,

dentre eles Noções de Higiene, Direitos da Criança, Identidade (nome, sobrenome,

principais documentos), esses temas foram escolhidos de acordo com o planejamento

das séries iniciais. Desta forma, os integrantes do curso de Formação de Docentes

tiveram ampliação das sugestões de atividades e encaminhamentos dos quais

participaram da elaboração tendo oportunidade de exercer uma postura ativa na

construção do saber, além de permitir a relação teoria e prática que é um elemento

fundamental no curso de Formação de docentes.

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Em Junho/2014 ocorreu a análise e revisão dos resultados. Neste momento

pedagógico também foram analisados e comparados os resultados da aplicação 1. Foram

destacados os principais pontos positivos e negativos das práticas realizadas, com

destaque no uso do vídeo como importante recurso pedagógico.

A aplicação foi encerrada em Junho/2014 com a validação da metodologia,

importante na obtenção de sugestões apropriadas de trabalho. Ou seja, o uso do vídeo

pode ser utilizado como uma forma de apresentar o conteúdo a ser estudado, intercalado

no processo de desenvolvimento e explicação do conteúdo ou como revisão ou fixação

dos elementos estudados. Em cada um desses momentos o vídeo possibilita uma série

de atividades a serem exploradas possibilitando formas de trabalho pertinentes a serviço

do aprender.

Reaplicar a metodologia foi fundamental para reforçar os conceitos discutidos

em classe e aprimorar a forma de trabalho além de rever aspectos importantes da prática

pedagógica possibilitando a relação com a teoria estudada.

O Quadro 2 apresenta na primeira coluna o método de trabalho com o vídeo e na

segunda coluna um exemplo de atividade a partir do vídeo, voltada para o 1º ano do

Ensino Fundamental.

O passo a passo do trabalho com o vídeo

consiste em :

Como exemplo desenvolvemos uma atividade

realizada com o uso do vídeo,voltado para as

séries iniciais com o tema HÁBITOS DE

HIGIENE:

- Assistir o vídeo e/ou rever fazendo pausas para

destaques;

- Apresentar questões norteadoras a partir do

conteúdo abordado;

- Destacar as principais informações e anotá-las em

uma folha/caderno;

-Compartilhar as informações com a turma e

formar de pequenos textos com o título:

Contribuições do filme (TITULO):

- Elaborar atividades relacionadas ao vídeo

assistido. Acrescentar textos ou atividades

complementares ao assunto.

-Retornar ao vídeo para releitura e novos

comentários que se fizerem necessários.

-Verificar após a retomada do vídeo a aquisição

das informações, comparando os conhecimentos

prévios dos alunos e as informações que foram

acrescentadas.

TCHIBUM DA CABEÇA AO BUM

-Vídeo com a letra da música,

-Explorar o conteúdo da música, que se refere a

importância dos hábitos de higiene para a saúde;

- Comentar os tipos de banho, história do banho,

através de questões norteadoras.

-Desenho das bolhas de sabão de acordo com o

vídeo, escrevendo embaixo de cada bolha um

cuidado com a higiene: lavar as mãos, escovar os

dentes, cortar as unhas, usar roupas limpas, etc.

-Exploração do refrão com escrita do mesmo.

-Ensinar a letra da música e a coreografia.

-Simular o banho com uma esponja confeccionada

pelos alunos.

-Trabalhar as partes do corpo: desenho em papel

grande, cada um faz o desenho do colega

escolhido, acrescentar os detalhes e vestimentas e

enfeites.

-Escrita das partes do corpo.

- Atividades impressas referentes ao registro e

fixação das informações desenvolvidas.

- Assistir novamente o vídeo retomando as

principais informações apresentadas, comparando

as informações anteriores com as que foram

acrescentadas.

Quadro 2 - Vídeo disponível em http://youtu.be/ASRoH2kDB5U

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5. 1 CONTRIBUIÇOES DO GTR

Participaram do Grupo de Trabalho em Rede (GTR) dezessete professores e a

contribuição do grupo foi importante para o desenvolvimento deste estudo. Os

participantes de modo geral destacaram a importância do uso do vídeo em sala de aula,

seja utilizando os de curta duração em torno de 3 a 5 minutos, como os demais filmes

com duração de uma hora ou mais. "Acredito que o recurso tecnológico vídeo contribui

com todas as disciplinas e conteúdos, pois complementa de forma visual e prática o

conteúdo trabalhado". (Professor GTR1)

Porém, este se constitui apenas um recurso e que a essência em sala de aula

está no conteúdo a ser ensinado e o papel fundamental do professor na mediação do

conhecimento a ser construído pelos alunos, como consta nas participações abaixo.

"O trabalho com vídeos e tecnologias enriquece as aulas, torna-as mais dinâmicas,

prende mais a atenção dos alunos, pois dá acesso a recursos inovadores, além de ampliar

a qualidade dos conteúdos. Porém, torna-se necessário salientar que a essência está no

conteúdo e não na forma e que o educador não pode enganar-se pensando que as

metodologias, tecnológicas ou não, poderão suprir sua função primeira em sala, ou seja

e responsável pelo ensino ou por essa necessária articulação".( Professor GTR2).

Outro comentário foi mencionado valorizando o papel docente:

"Sem dúvida, a utilização de vídeos e das tecnologias é muito importante na sala de

aula, porém, não se questiona que sozinhos não garantem a aprendizagem dos alunos,

daí a valiosa presença do professor com todo seu conhecimento e experiência didática

para mediar a construção do conhecimento. Todo esses aparatos tecnológicos devem

servir como material de apoio para a inserção ou fixação dos conteúdos do currículo".

(Professor GTR3)

Foi destacado nas participações que os professores têm conhecimento sobre as

tecnologias e como usá-las em sala de aula, pelo menos no que se refere aos

conhecimentos mais elementares, como acessar a internet, enviar email e utilizar os

recursos do Word na elaboração de textos e avaliações, o que não os isenta de uma

busca de atualização constante.

São vários os conhecimentos necessários: instalar um aparelho multimídia;

baixar vídeos da internet, salvar músicas e utilizar bem o Word e Power Point em suas

aulas, além de outros. Com esses recursos as aulas se tornam mais organizadas, práticas,

criativas e interessantes tanto para o professor como para o aluno. Para esses itens, a

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maioria dos professores está em busca de aprendizagem de acordo com os participantes,

são poucos os que dominam com segurança esse conhecimento.

Outro aspecto destacado refere-se às condições físicas e materiais das escolas,

sendo apontadas necessidades de investimentos urgentes, para tornar o espaço agradável

e com condições de trabalho, especialmente no que se refere aos recursos tecnológicos,

que apresentam-se defasados e em número reduzido para a utilização.

Com a tecnologia os participantes consideram que houve mudanças no

relacionamento professor aluno, como modificaram a sociedade de modo geral, como

consta na participação abaixo:

"O avanço da tecnologia tem provocado grande impacto na sociedade e

consequentemente na educação escolar, marcando profundamente o papel do professor

e sua relação com o aluno. Em sala, o professor pode utilizar a tecnologia para otimizar

seu trabalho pedagógico, entretanto a mesma representa algo a mais nos recursos

metodológicos utilizados e não como substituto do conhecimento ou do papel do

professor. No processo de mediação do saber transmitido aos estudantes o professor

deve refletir o descrito no Projeto de Intervenção Pedagógica ao utilizar-se a autora

Glaucia Garcia Brito, "o professor é o organizador das atividades educacionais em

qualquer nível", portanto, ele é o responsável direto pelos processos de ensino e

aprendizagem."( Professor GTR4)

A tecnologia é apenas um complemento, valioso, mas não é a essência do

trabalho pedagógico, que são os conhecimentos historicamente acumulados. Com as

inovações tecnológicas as aulas se tornam mais organizadas, criativas e pertinentes tanto

para o professor como para o aluno. São necessários investimentos em capacitação dos

docentes e equipamentos adequados são de fato o mínimo necessário para a qualidade

do trabalho pedagógico, destacando a importância da capacitação docente que reflete

diretamente no trabalho com o aluno.

Uma das atividades descritas no Caderno Pedagógico que foi apresentada aos

inscritos no GTR foi o relato de experiências bem sucedidas com o uso do vídeo como

recurso pedagógico. Além dos relatos de experiências bem sucedidas em sala de aula,

foi apresentada a ficha técnica (Quadro 3), com alguns vídeos escolhidos e as formas de

utilização do mesmo.

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FICHA TÉCNICA

Vídeo: ____________________________

Link : _______________________________

Resumo do vídeo:

Escreva brevemente (5 a 10 linhas) o resumo do vídeo selecionado.

Em que contexto/conteúdo você utilizaria este vídeo?

Quadro 3 – Ficha Técnica

Essas fichas apresentam contribuições preenchidas pelos cursistas com vídeos

utilizados em sala de aula.

As contribuições foram valiosas e as formas práticas de trabalhar com os alunos

foram compartilhadas, o que possibilitou a organização de roteiros sobre os mesmos,

disponibilizando acervos didáticos para o professor de como realizar o trabalho com o

uso do vídeo em sala de aula.

Não dispomos de receitas prontas, mas estamos em busca da melhor forma de

trabalho. "Muitos correm atrás de receitas milagrosas para mudar a educação. Se fossem

simples, já as teríamos encontrado há muito tempo". (MORAN,2013).

6. CONCLUSÕES

O presente trabalho foi destinado ao curso de formação de docentes com o

objetivo de desenvolver um método para a utilização de vídeos de curta duração como

ferramenta pedagógica.

Numa perspectiva multidisciplinar, os vídeos de curta duração são utilizados

como facilitadores da aprendizagem e mediante o uso desta mídia as aulas se tornam

mais criativas, facilita o processo de ensino e auxilia na compreensão de conteúdos,

inclusive os considerados mais difíceis por parte dos alunos.

O ponto de partida foram pesquisas e explicações sobre as metodologias e

técnicas de ensino mais utilizadas como: Aulas Expositivas, Exposição Dialogada,

Estudo Dirigido, Debate, Laboratórios e Oficinas, Estudo do meio, Projetos, Trabalhos

em grupo entre outras, além do emprego de mídias digitais na educação. O próximo

passo foi desenvolver um método para o uso de vídeos, iniciando pela seleção e

organização de vídeos de curta duração com caráter pedagógico voltado para os anos

iniciais e elencar sugestões de encaminhamentos didáticos para os vídeos selecionados,

realizado o passo a passo e aplicação dos mesmos nas séries iniciais.

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As aulas expositivas, método mais utilizado pelos professores, de modo geral

têm sua eficácia, porém, sem os recursos das novas tecnologias, tornam-se monótonas,

desinteressantes e, dessa forma, prejudicam a aprendizagem. Cabe aos profissionais da

educação a capacidade de favorecer ao máximo essa transmissão, aperfeiçoando

técnicas e estratégias de comunicação na criação de situações de aprendizagem nas

quais o aluno realiza atividades e constrói o saber.

Deste trabalho resultou um material didático voltado para o curso de Formação

de Docentes com os principais métodos aplicados em sala de aula, inclusive com a

utilização de vídeos, empregando dessa forma as tecnologias no espaço escolar. Este

material, a ser utilizado pelos futuros docentes, serve como referência para o professor

em qualquer nível de ensino com atividades propostas e sugestões de trabalho que

contribuem para que o ensinar e aprender não caiam na rotina, na monotonia além de

evitar que o aluno apenas frequente a escola suportando-a para obter aprovação, e

fazendo dela um espaço dinâmico de oportunidades de crescimento e aperfeiçoamento.

Quando o vídeo é utilizado na apresentação do conteúdo, serve como atrativo e

chama a atenção com relação ao tema em estudo, para que o aluno reconheça a

necessidade de se obterem novos conhecimentos, com os quais possa interpretar a

situação mais adequadamente. Quando utilizado no início da explanação do conteúdo o

vídeo pode ser o próprio organizador da aula, seguindo as etapas e sequências

apresentadas e exercícios elaborados a partir do próprio vídeo.

Quando é intercalado com a explicação do professor o mesmo apresenta o

conteúdo, inicia a explicação do mesmo, pode pedir para que os alunos registrem a

matéria e no momento oportuno apresenta o vídeo intercalando o recurso com a aula

expositiva e atividades realizadas, permitindo a visualização dos aspectos centrais e

melhor compreensão dos aspectos abordados. Nesse caso o professor segue sua própria

sequencia didática, utilizando o vídeo quando julgar necessário.

O vídeo também pode ser utilizado para revisar e/ou como forma de fixação do

conteúdo trabalhado, ou seja, o professor aborda o conteúdo, são registrados os

principais aspectos, exercícios são realizados e para melhor compreensão vídeos são

passados para melhor compreensão do tema. O professor faz as devidas interrupções,

destacando os aspectos mais relevantes em estudo.

Com as inovações tecnológicas as aulas se tornam mais organizadas, criativas e

interessantes tanto para o professor como para o aluno. A maioria dos professores hoje

têm conhecimento das ferramentas tecnológicas e as utilizam, sabendo de seus efeitos

negativos, mas também de sua contribuição para o processo de aprendizagem dos

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alunos, que talvez superem seus efeitos negativos. O professor que não se atualiza, não

acompanha o constante desenvolvimento tecnológico, com certeza não estará apto para

encarar a realidade das salas de aula.

Os investimentos em capacitação dos docentes e equipamentos adequados são o

mínimo necessário para a qualidade do trabalho pedagógico, destacando a importância

da capacitação docente que reflete diretamente no trabalho com o aluno. O fundamental

é que os educadores melhorem a sua prática, dentro da perspectiva de que ensinar é

construir com o aluno o conhecimento por meio da interação com as disciplinas e com

uso de tecnologias aliadas a esta aprendizagem.

A escola deveria estar à frente das mudanças, ser a alavancadora do progresso,

porém, está um ou mais passos atrás do desenvolvimento tecnológico presente nos

demais setores da sociedade. E, para superar essa situação, depende de políticas

educacionais adequadas acompanhadas dos recursos necessários a sua implantação.

Surge também a necessidade de planejar, estudar, preparar aulas, organizar novos

encaminhamentos metodológicos e avaliação, tornando o espaço escolar mais

qualificado e preparado para as mudanças na sociedade.

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