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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7 Cadernos PDE II

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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7Cadernos PDE

II

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Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica – Turma 2014

Título: A fábula como estratégia para o desenvolvimento da leitura e da escrita

na EJA

Autor: Regina Maria Baggio

Disciplina/Área: Língua Portuguesa

Escola de Implementação do Projeto e sua localização:

CEEBJA Professora Geni Sampaio Lemos

Município da escola: Jacarezinho

Núcleo Regional de Educação: Jacarezinho

Professor Orientador: Professora Dra. Marilúcia dos Santos Domingos Striquer

Instituição de Ensino Superior: UENP- Universidade Estadual do Norte do Paraná - Campus de Jacarezinho

Relação Interdisciplinar: Arte e História

Resumo:

Esta produção didático-pedagógica procura

atender ao proposto na DCE de Língua

Portuguesa (2008), que propõe que o estudo da

língua materna contemple os discursos sociais e

se concretize através dos Gêneros Discursivos.

Ela vem ao encontro da necessidade de se

resgatar o gosto e o hábito da leitura e produção

de textos dos alunos do Ensino Fundamental Fase

II, na modalidade coletiva da EJA, como também

à urgência da formação de leitores críticos e

perenes. Para o desenvolvimento desta produção

didática foi adotado como metodologia o

procedimento “sequência didática” (SD), proposto

pelo Grupo de Genebra, que contempla um

conjunto de atividades elaborado para o ensino e

aprendizagem dos gêneros textuais. A sequência

didática aqui apresentada refere-se ao gênero

textual fábula e trabalha sistematicamente a

estrutura: apresentação da situação, que tem a

finalidade de apresentar o gênero para os alunos.

A seguir, se realizam as oficinas, trabalhando o

conteúdo temático, a construção composicional e

as marcas linguístico-enunciativas do gênero, com

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o objetivo de preparar os alunos para a produção

final de uma fábula, para onde eles transportam

os conhecimentos adquiridos nos módulos, e que

serão apresentadas em sala de aula e no mural

da escola.

Palavras-chave:

Gênero Fábula; Leitura; Produção Textual.

Formato do Material Didático: Unidade Didática

Público: Alunos da modalidade coletiva do Ensino Fundamental Fase II

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ - SEED

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE DO PARANÁ - UENP

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDÓGICA

PDE 2014

UNIDADE DIDÁTICA

A FÁBULA COMO ESTRATÉGIA PARA O DESENVOLVIMENTO DA LEITURA E DA ESCRITA NA EJA

Professora Orientadora: Professora Dra. Marilúcia dos Santos Domingos Striquer

Professora PDE: Regina Maria Baggio

JACAREZINHO – PARANÁ

2014

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Sequência Didática

FÁBULAS

Conversa com os(as) Professores(as):

Este material didático propõe um trabalho na EJA com o gênero textual

fábula, a partir das Diretrizes Curriculares da Educação de Jovens e Adultos que

nos orientam,

A escola é um dos espaços em que os educandos desenvolvem a

capacidade de pensar, ler, interpretar e reinventar o seu mundo por meio

da atividade reflexiva. A ação da escola será de mediação entre o

educando e os saberes, de forma que ele assimile conhecimentos como

recursos de transformação de sua realidade. (PARANÁ, 2006, p. 29).

Busca também atender ao proposto na DCE de Língua Portuguesa, que nos

orienta que “é tarefa da escola possibilitar que seus alunos participem de diferentes

práticas sociais que utilizem a leitura, a escrita e a oralidade, com a finalidade de

inseri-los nas diversas esferas de interação” (PARANÁ, 2008, p.48).

Assim sendo, a abordagem ao gênero textual fábula possibilitará o

aprimoramento e desenvolvimento da leitura e da escrita dos alunos da EJA, além

de favorecer a reflexão e estimular a capacidade crítica desses alunos. Os alunos

da EJA trazem para a escola conhecimentos e diferentes experiências de vida, e o

gênero fábula, com personagens que são animais com comportamentos

semelhantes aos dos seres humanos, possibilitará que eles possam confrontar e

questionar seus comportamentos e transpor o resultado de tais reflexões para a

vida cotidiana.

O desenvolvimento do trabalho em sala, com a fábula, se dará através da

elaboração e implementação de sequência didática, que é “um conjunto de

atividades escolares organizadas, de maneira sistemática, em torno de um gênero

textual oral ou escrito” (DOLZ; NOVERRAZ; SCHEUWLY, 2004, p. 97).

Professor, esperamos que esta unidade didática oriente e enriqueça sua

prática pedagógica.

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Caro(a) aluno(a), agora vamos conhecer o mundo das fábulas: histórias

interessantes e divertidas que, apesar de existirem desde os tempos mais remotos,

continuam muito atuais, dando-nos a impressão de que foram escritas agorinha

mesmo!

Conversa com os (as) professores (as):

Nesta primeira etapa do trabalho, apresente as primeiras informações sobre

o gênero textual fábula aos alunos, sugerimos:

Selecione algumas fábulas, divida-as em parágrafos e exclua, no primeiro

momento, a parte da moral da histórica, para a realização da seguinte atividade:

1.1 Distribuir aleatoriamente um parágrafo para cada aluno.

1.2 Solicitar que um aluno leia o parágrafo recebido, enquanto aquele que

está com o parágrafo seguinte vai formando grupo com o anterior, unindo os

parágrafos das mesmas fábulas.

1.3 Após a formação dos grupos, cada aluno recebe uma bexiga com “uma

moral” de uma das fábulas em questão, a moral estará dentro da bexiga.

Depois de enchê-las, deixe que os alunos brinquem com elas, jogando um

para o outro sem deixar que nenhuma caia. Após alguns minutos, peça para

que os alunos estourem as bexigas e, assim, cada grupo terá que encontrar

a moral de sua fábula.

1.4 Leitura das fábulas completas pelos grupos, para a toda sala.

Caro(a) aluno(a), você se lembra de já ter ouvido ou lido uma fábula? Se já

leu, lembra-se qual foi a fábula que você leu e onde ela estava publicada? Em um

livro? Em um blog? Onde? Se já ouviu, quem a contou?

Nesta nossa unidade de trabalho, você vai conhecer o que é uma fábula;

como se origina; como ela é veiculada na sociedade; quais as características;

personagens que a configuram; assuntos tratados; o que significa a “moral da

história”.

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Identificando o gênero fábula

É impossível afirmar com certeza quando as fábulas surgiram e quem as

criou. Contadas há aproximadamente 2.800 anos, atribui-se sua invenção a Esopo,

um escravo, (figura supostamente lendária) que teria vivido na Grécia Antiga, no

século VI a.C.. Ele utilizava-se de animais como personagens em suas histórias,

para criticar costumes da sociedade e atitudes dos poderosos de sua época. Nesse

sentido, acredita-se que Esopo criou as fábulas para serem contadas aos adultos,

com o objetivo de aconselhá-los e distraí-los.

As fábulas de Esopo foram recontadas oralmente por séculos, sendo

transformadas em texto escrito por volta de 1.600 pelo francês Jean de La Fontaine,

que além de recontar as histórias de Esopo criou outras novas. No Brasil, um grande

fabulista foi Monteiro Lobato, que recontou fábulas clássicas e criou muitas outras,

as quais, as mais famosas e populares, foram adaptadas para os personagens do

Sítio do Pica Pau Amarelo.

De um modo geral, sobre os elementos que formam uma fábula, podemos

dizer que ela é um gênero onde predomina a narrativa, cujos personagens são

animais com características humanas, vivendo problemas e conflitos próprios dos

homens, possibilitando reflexões sobre comportamentos e valores existentes na

sociedade. Também é caracterizada por apresentar a “moral da história”, após o

final de cada narração, apresenta-se uma moral em forma de provérbio ou dito

popular com a finalidade de educar ou ensinar valores sociais a seus leitores. Em

relação aos temas, ou seja, ao que pode e é dito nas fábulas, os temas são

universais, como: vaidade, egoísmo, ganância, virtudes, paixões, entre outros, que

provocam discussões e reflexões, com a intenção de, conforme Satim (2008),

ensinar, aconselhar, convencer, divertir ou criticar.

Conversa com os(as) Professores(as):

É interessante que os alunos conheçam os grandes fabulistas para

compreender o gênero como um todo. Para isso, peça que eles pesquisem sobre

Esopo, La Fontaine e Monteiro Lobato.

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Dividir os alunos em grupo e cada grupo pesquisará sobre um autor.

Cada grupo expõe para a sala o autor pesquisado.

Organizar as informações dos autores pesquisados e expor no mural da

escola.

Fábula I:

O ratinho da cidade e o ratinho do campo

Certo dia um ratinho do campo convidou seu amigo que morava na cidade

para ir visitá-lo em sua casa no meio da relva. O ratinho da cidade foi, mas ficou

muito chateado quando viu o que havia para jantar: grãos de cevada e umas raízes

com gosto de terra.

– Coitado de você, meu amigo! – exclamou ele. – Leva uma vida de formiga!

Venha morar comigo na cidade que nós dois juntos vamos acabar com todo o

toucinho deste país!

E lá se foi o ratinho do campo para a cidade. O amigo mostrou para ele uma

despensa com queijo, mel, cereais, figos e tâmaras. O ratinho do campo ficou de

queixo caído. Resolveram começar o banquete na mesma hora. Mas mal deu para

sentir o cheirinho: a porta da despensa se abriu e alguém entrou. Os dois ratos

fugiram apavorados e se esconderam no primeiro buraco apertado que encontraram.

Quando a situação se acalmou e os amigos iam saindo com todo o cuidado do

esconderijo, outra pessoa entrou na despensa e foi preciso sumir de novo. A essas

alturas o ratinho do campo já estava caindo pelas tabelas.

Caro(a) aluno(a), agora vamos trabalhar com a interpretação e produção de

algumas fábulas, a fim de aprofundar o conhecimento deste gênero textual, para

que ao término do nosso trabalho, você produza sua fábula e a apresente para seus

colegas de sala, ou até mesmo para a comunidade escolar.

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– Até logo – disse ele. – Já vou indo. Estou vendo que sua vida é um luxo só,

mas para mim não serve. É muito perigosa. Vou para minha casa, onde posso

comer minha comidinha simples em paz.

Moral: Mais vale uma vida modesta com paz e sossego que todo o luxo do mundo

com perigos e preocupações.

Esopo

Atividades - Interpretação de texto

1) Como vimos, nas fábulas, as personagens são animais. Quais animais são

personagens da fábula I, e qual a principal diferença entre os personagens?

R: As personagens são dois ratinhos e a principal diferença entre eles é que um

morava no campo e outro na cidade.

2) Por que o ratinho da cidade foi ao campo?

R: Porque aceitou o convite do amigo que lá morava (no campo) para ir visitá-lo.

3) O sentimento do ratinho da cidade ao chegar à casa do amigo foi de:

( ) felicidade;

( ) preocupação;

( X ) aborrecimento;

( ) medo.

4) Qual foi o motivo que levou o ratinho da cidade a ter esse sentimento?

R: Na casa do amigo só havia grãos de cevada e umas raízes com gosto de terra

para o jantar, o ratinho da cidade estava acostumado com fartura de comida.

5) O ratinho da cidade comparou a vida do amigo com o que e que sentimento teve

em relação ao colega?

R: Comparou com a vida das formigas e sentiu pena dele. Como as formigas são

pequenas, comem pouco, mas os ratos são bichos maiores, no entendimento do

rato da cidade, eles precisam de mais comida do que as formigas.

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6) Qual proposta fez o ratinho da cidade para o amigo do campo?

R: Propôs que o ratinho do campo fosse morar com ele na cidade.

7) O ratinho do campo aceitou a proposta do amigo? Justifique sua resposta com

uma frase do texto.

R: Aceitou. “E lá se foi o ratinho do campo para a cidade”.

8) Ao chegar à cidade, o ratinho do campo ficou “de queixo caído”. Esta expressão

significa:

( ) pena;

( ) alegria;

( ) preocupação;

( X )admiração.

9) O que levou o ratinho do campo a ficar de queixo caído?

R: A despensa que o amigo lhe mostrou com queijo, mel, cereais, figos e tâmaras.

Ou seja, o ratinho da cidade tinha muita comida.

10) Que acontecimento motivou o grande medo dos ratinhos quando estavam na

despensa:

( ) a visão de uma ratoeira.

( X ) a chegada de duas pessoas;

( ) o aparecimento de um gato;

( ) o aparecimento do dono da casa.

11) Observe a frase do texto: “A essas alturas o ratinho do campo “já estava caindo

pelas tabelas.” A expressão sublinhada significa:

( ) animado;

( X ) exausto;

( ) triste;

( ) enjoado.

12) Qual foi a decisão do ratinho do campo após passar por tanto apuro?

R: Resolveu voltar para sua casa.

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13) Por que ele tomou esta decisão?

R: Achou a vida do amigo muito perigosa e no campo ele vivia em paz.

14) Qual é a moral da história? Explique-a com suas palavras.

R: Mais vale uma vida modesta com paz e sossego que todo o luxo do mundo com

perigos e preocupações. Debater com toda a sala as várias opiniões apresentadas.

15) Relacionando o texto com a realidade atual, quem os ratinhos estão

representando?

R: O ratinho da cidade representa as pessoas que vivem nas cidades ou aquelas

pessoas preocupadas em ter coisas materiais, os consumistas; e o do campo, as

que nele vivem ou pessoas que preferem ter uma vida mais simples e tranquila do

que ter coisas materiais.

16) A moral da fábula diz que “mais vale uma vida modesta com paz e sossego que

todo o luxo do mundo com perigos e preocupações”. Você concorda com isto? Cite

algumas diferenças da vida no campo e na cidade.

R: Campo: tranquilidade, maior contato com a natureza, alimentação mais saudável,

vida mais calma. Cidade: poluição, agitação, violência, pessoas apressadas

(sugestões). Contudo é importante também debater que no campo, geralmente, as

pessoas estão mais afastadas das tecnologias mais atuais: celulares, internet,

modernidades que facilitam a vida das pessoas em muitas situações.

17) Com que finalidade, possivelmente, Esopo escreveu esta fábula “O ratinho do

campo e o ratinho da cidade”? Lembre-se de considerar que ela foi escrita há muitos

séculos atrás, em uma sociedade diferente da que temos hoje.

R: Provavelmente, para, através dos animais, criticar o comportamento das pessoas

que muitas vezes acham que só as suas coisas é que têm valor, desprezando os

outros, a forma como as outras pessoas vivem, e, talvez, a preocupação das

pessoas, em qualquer época, em terem coisas materiais muito mais do que elas

precisam para serem felizes.

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18) Para quem as fábulas foram escritas?

R: Para o público em geral, mas, principalmente, para pessoas que se interessavam

por problemas sociais. Através de histórias curtas, as fábulas procuram mostrar as

injustiças cometidas pelos poderosos contra os oprimidos.

19) Para quem são destinadas as fábulas hoje? Por quê?

R: Apesar de tantos séculos terem passado, os problemas sociais abordados

continuam semelhantes. Por isso, continuam atuais, despertando o interesse do

público em geral.

20) Como será que as fábulas tornaram-se conhecidas na época em que foram

produzidas?

R: Foram contadas de forma oral, e de geração em geração foram sendo divulgadas

até chegarem à época da escrita. Assim, foram repassadas e muitas vezes

readaptadas no decorrer do tempo e assim chegaram até nós.

21) Atualmente, quais os meios usados para divulgação das fábulas?

R: As fábulas estão presentes em livros impressos de várias editoras, em sites da

internet, e-books e nos livros didáticos.

Fábula II

O galo e a raposa

No meio dos galhos de uma árvore bem alta um galo estava empoleirado e

cantava a todo volume. Sua voz esganiçada ecoava na floresta. Ouvindo aquele

som tão conhecido, uma raposa que estava caçando se aproximou da árvore. Ao ver

o galo lá no alto, a raposa começou a imaginar algum jeito de fazer o outro descer.

Com a voz mais boazinha do mundo, cumprimentou o galo dizendo:

– Ó meu querido primo, por acaso você ficou sabendo da proclamação de paz

e harmonia universal entre todos os tipos de bichos da terra, da água e do ar?

Acabou essa história de ficar tentando agarrar os outros para comê-los. Agora vai

ser tudo na base do amor e da amizade. Desça para a gente conversar com calma

sobre as grandes novidades!

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O galo, que sabia que não dava para acreditar em nada que a raposa dizia,

fingiu que estava vendo uma coisa lá longe. Curiosa, a raposa quis saber o que ele

estava olhando com ar tão preocupado.

– Bem – disse o galo –, acho que estou vendo uma matilha de cães ali

adiante.

– Nesse caso é melhor eu ir embora – disse a raposa.

– O que é isso, prima? – Disse o galo. – Por favor, não vá ainda! Já estou

descendo! Não vá me dizer que está com medo dos cachorros nesses tempos de

paz?!

– Não, não é medo – disse a raposa –, mas... e se eles ainda não estiverem

sabendo da proclamação?

Moral: Cuidado com as amizades muito repentinas.

Esopo

Estrutura textual

1) Volte e leia a fábula I e a II. Agora descreva qual é a estrutura geral das fábulas

(quantas partes elas têm e quais partes são essas).

R: A fábula tem 3 partes: o título e o texto, que é dividido em duas partes: o texto

propriamente dito, que conta a história; e a segunda parte do texto que é chamado

moral da história, que apresenta um ensinamento, um pensamento, uma reflexão

moral e ética.

2) As fábulas são compostas por sequências

narrativas. Conheça, um pouco mais, sobre o que

são as sequências narrativas no box ao lado e depois

busque na Fábula “O gato e a raposa”, justificativa(s)

para considerar essa fábula um texto

predominantemente narrativo.

R: A fábula em questão é contada por um narrador,

tem personagens, acontecem em um lugar e em um

tempo, e tem um desfecho.

Narrativa: sequência textual

em que se conta uma

história, real ou imaginária,

através de acontecimentos

sucessivos que vão

ocorrendo num tempo

progressivo. Para que haja

uma narração é preciso um

narrador, personagens,

tempo dinâmico, espaço e

ações.

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3) Em comparação com outras histórias, como filmes, contos de fadas, romances, as

fábulas são narrativas longas ou breves?

R: Elas são narrativas curtas.

4) Qual é a moral da fábula “O galo e a raposa”?

R: Cuidado com as amizades muito repentinas.

5) Você concorda com a ideia proposta pela moral da fábula “O galo e a raposa”?

Por quê?

R: Sim, pois mudanças repentinas de comportamento em uma pessoa podem

ocultar interesses vários. Uma amizade sincera, boa, é equilibrada, sem adulações

excessivas que podem esconder fins egoístas, interesseiros, maldosos.

6) Que outra moral, em sua opinião, poderia ser proposta para essa história? Antes

de responder a esta pergunta, vamos conhecer alguns provérbios, ditos populares e

aforismos.

Provérbios, ditos populares e aforismos são frases curtas, que transmitem

ensinamentos para a vida.

Caro(a) aluno(a), observe que o último trecho da fábula “O galo e a

raposa”, como acontece em todas as fábulas, traz a moral da história, que revela

a intenção do autor ao contar a história. Ela pode variar de acordo com o autor,

dependendo de sua intenção ao escrevê-la: passar um ensinamento, fazer refletir

sobre um valor moral ou ético. Assim, por não mais contar, como a parte narrativa

do texto, mas sim apresentar a opinião do fabulista, a moral da história é

considerada como sendo construída pela sequência argumentativa, ou também

chamada de dissertativa.

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Conversa com Professores(as)

Levar para a sala de aula vários provérbios divididos em duas partes.

Distribuir aleatoriamente para os alunos as partes dos provérbios.

Solicitar que os alunos encontrem qual colega está com a parte que

completa o seu provérbio.

Em duplas, ler e discutir o provérbio, escrever um pequeno texto

explicativo sobre ele e apresentar para a sala.

Após a apresentação, pedir que as duplas ilustrem o provérbio e exponha

em um varal na sala.

Passar para os alunos os vídeos:

http://www.youtube.com/watch?v=SxtYjotCLIO

http://www.youtube.com/watch?v=36Bd-GpCRKs

Depois de assistirem aos vídeos, conversar com eles sobre o que

entenderam da moral das fábulas.

A seguir, propor que as duplas que estão com provérbios que podem

substituir a moral das fábulas “A lebre e a tartaruga” e “O leão e o ratinho”,

mantendo o mesmo sentido, se apresentem.

Depois, solicitar que se apresente a dupla que está com o provérbio que

pode ser colocado na fábula “O galo e a raposa”, sem alterar o seu sentido.

Estrutura Linguística

Conversa com Professores(as)

A partir de agora, iremos estudar os mecanismos de construção dos sentidos

dos textos (estrutura linguística). Explique aos alunos que a nossa comunicação

diária se dá por meio de textos e mostre-lhes que existem elementos gramaticais

responsáveis pela produção de sentidos nos textos.

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Fábula III

O leão apaixonado

Certa vez um leão se apaixonou pela filha de um lenhador e foi pedir a mão

dela em casamento. O lenhador não ficou muito animado com a ideia de ver a filha

com um marido perigoso daqueles e disse ao leão que era muita honra, mas muito

obrigado, não queria. O leão se irritou; sentindo o perigo, o homem foi esperto e

fingiu que concordava:

– É uma honra, meu senhor. Mas que dentões o senhor tem! Que garras

compridas! Qualquer moça ia ficar com medo. Se o senhor quer casar com minha

filha, vai ter que arrancar os dentes e cortar as garras.

O leão apaixonado foi correndo fazer o que o outro tinha mandado; depois

voltou à casa do pai da moça e repetiu seu pedido de casamento. Mas o lenhador,

que já não sentia medo daquele leão manso e desarmado, pegou um pau e tocou o

leão para fora de sua casa.

Moral: Quem perde a cabeça por amor sempre acaba mal

Esopo

1) Pinte no texto, de azul, onde o narrador fala, e de vermelho, a fala do lenhador,

que é o personagem.

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Trabalhando a oralidade

Volte à fábula “O leão apaixonado” e observe os sinais de pontuação e

responda oralmente:

Quais sinais de pontuação são utilizados no texto?

Quando devemos usar cada um dos sinais que você encontrou?

Conversa com Professores(as)

Depois de separadas por cores no texto as falas do narrador e do

lenhador, dividir os alunos em dois grupos. Um lê as falas do narrador e outro

a do lenhador.

Após estas atividades, relembrar aos alunos a função da paragrafação nos

textos.

Pedir que verifiquem quantos parágrafos há na fábula “O leão e o

lenhador” e, em busca deles, refletirem sobre a formação dos parágrafos:

quando o narrador fala, faz isto em parágrafos separados daqueles onde fala

o personagem.

Caro(a) aluno(a), é importante ter um cuidado especial com os sinais de

pontuação nos textos, tanto ao ler quanto ao escrever. Eles auxiliam na

compreensão do texto e na construção dos parágrafos.

O discurso direto: No discurso direto quem fala são as personagens, e para

indicar que a personagem é quem vai falar são usados os dois pontos, e, depois,

parágrafo e travessão na formação da fala da personagem, que também pode ser

marcada pelo uso das aspas.

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2) No texto “O leão apaixonado”, o discurso direto aparece apenas uma vez, ou seja,

o texto é formado apenas por uma fala de um dos personagens. Localize-o e

escreva-o, passando o discurso direto para o indireto.

R: O lenhador disse que era uma honra para ele que sua filha se casasse com o

leão, mas como seus dentes eram muito grandes e suas garras compridas,

qualquer um ficaria com medo. Se ele quisesse se casar com ela, teria que

arrancar os dentes e cortar as garras.

3) Agora vamos reescrever o primeiro parágrafo do texto “O leão apaixonado”

usando o discurso direto para a fala do lenhador. Não se esqueça de usar a

paragrafação e a pontuação corretamente para marcar a fala dos personagens e

do narrador. Preste muita atenção!

R: Certa vez, um leão se apaixonou pela filha de um lenhador e foi pedir a mão

dela em casamento. O lenhador não ficou muito animado com a ideia de ver a

filha com um marido perigoso daqueles e disse ao leão:

– É uma honra que minha filha se case com você, mas muito obrigado, eu

não quero.

O leão ficou muito irritado. Sentindo o perigo, o homem disse, fingindo:

– Tudo bem, eu concordo com este casamento.

(Esta resposta é uma sugestão. O aluno pode escrever de outra forma, desde que

o sentido do texto continue o mesmo e a paragrafação e a pontuação estejam

corretas).

4) Use sua imaginação e dê um nome para:

- o lenhador:

O discurso indireto: No discurso indireto é o narrador quem conta a história, é quem

fala no texto.

Substantivos: substantivos são todas as palavras que usamos para dar nome às

coisas, pessoas, sentimentos, objetos, lugares, ...

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- o leão:

- a moça:

5) Após ler o texto, relacione os adjetivos que o autor atribui para:

- lenhador: (esperto)

- leão: (apaixonado, perigoso, manso, desarmado).

- garras: (compridas)

6) Se você fosse o autor deste texto, que adjetivos usaria para a filha do lenhador?

R: Reposta pessoal (Questionar com os alunos o porquê dos adjetivos colocados)

7) Pelos adjetivos que caracterizam o leão no início do texto - marido perigoso,

garras compridas e - manso e desarmado no final, podemos concluir que:

( ) sendo um animal feroz, o leão não pode se apaixonar;

(X) o leão passa de perigoso a manso ao apaixonar-se;

( ) o leão é feroz e todos têm medo dele;

8) A ironia está presente na fábula “O leão apaixonado” no fato de

( ) O leão se apaixonar pala filha do lenhador.

( ) O leão pedir a mão da moça em casamento.

Caro(a) aluno(a), observe como você escreveu os nomes acima. Por

serem nomes próprios, isto é, substantivos próprios, eles devem ser escritos com

letra maiúscula. Corrija-os, se necessário.

Adjetivo: São palavras que dão características (qualidades) para os substantivos.

Linguagem conotativa: A linguagem conotativa ou figurada é quando a palavra é

utilizada num sentido diferente do qual lhe é comum. É muito utilizada nas

fábulas, através das figuras de linguagem.

Ironia: É quando se afirma o contrário daquilo que se pensa, que se sente.

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(X) O lenhador dizer que é uma honra ver a filha casada com o leão.

( ) O lenhador pedir ao leão para arrancar os dentes e cortar as garras.

9) Retire da fábula “O leão apaixonado”:

a) uma ação de seres humanos atribuída ao leão: pedir a mão da moça em

casamento;

b) a prosopopeia presente no título: leão apaixonado.

Primeira produção

Conversa com Professores(as)

Os alunos já tiveram a oportunidade de conhecer o gênero textual fábula.

Com base nas atividades propostas, chegou o momento deles criarem suas

próprias fábulas, colocando em prática o que aprenderam.

Converse com eles, relembrando os fabulistas e todas as fábulas trabalhadas

e proponha que, escrevam novas versões das fábulas lidas. Você pode levar outras

fábulas para leitura, a fim de que tenham mais possibilidades de escolha.

Propor aos alunos que, em duplas:

Escolham uma das fábulas para reescrevê-la, dando-lhe uma nova versão.

Eles podem enriquecê-la com novos elementos, concordar ou discordar dela,

mudar a época e o local onde os fatos acontecem, enriquecê-la com um novo

modo de ver o mundo, adaptando-a para a realidade atual.

Os alunos, se quiserem, em vez de reescrever uma fábula trabalhada,

podem criar uma nova fábula.

Prosopopeia ou personificação: consiste em atribuir ações ou qualidades de seres

humanos a seres inanimados, ou a seres não humanos.

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Avaliando sua escrita

Caro(a) aluno(a):

Você já aprendeu que a fábula é composta, predominantemente, de

sequência narrativa; geralmente tem os animais como personagens que falam,

pensam e agem como se fossem seres humanos; termina sempre com uma lição

ou ensinamento, chamando a atenção para nossa forma de agir e pensar, parte

do texto que é a moral da história; o narrador não participa da história, ele é

sempre um observador; o texto é curto. E, você conheceu várias fábulas no

desenvolvimento deste projeto, enriquecendo seu conhecimento sobre este

gênero. Agora, em grupo, escolha uma das fábulas e reescreva-a, criando para

ela uma nova versão, adaptando-a para os dias atuais. Ou, se preferir, pode criar

uma nova fábula.

Para que o seu texto não perca as características de uma fábula, preste

atenção nas dicas a seguir, que auxiliarão na produção de um bom texto:

Lembre-se que o narrador é observador, ou seja, ele conta os fatos, sem

participar diretamente deles;

Procure usar personagens que retratam os comportamentos e as

atitudes que melhor combinam com as pessoas que serão retratadas na

fábula;

Escreva um texto breve, usando bem a pontuação e evitando a

repetição de palavras;

Lembre-se de escrever diálogos (discurso direto) e marcar as falas das

personagens com aspas ou parágrafo e travessão;

Não se esqueça da moral da história, escreva-a de forma explicativa ou

usando um provérbio;

Dê um título ao seu texto.

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Tabela para a autocorreção.

Aspectos a observar Sim Ainda não

1) Os fatos são contados por um narrador

observador?

2) As personagens são animais com atitudes e

pensamentos que podem ser comparados aos seres

humanos?

3) As características das personagens estão

presentes no texto?

4) Seu texto tem um acontecimento que cria um

conflito envolvendo as personagens?

5) A moral da história está de acordo com sua

intenção e a fábula que você escreveu?

6) O texto é breve, com frases que contêm várias

informações, organizadas de forma clara e com uso

da pontuação adequada?

7) Usou parágrafo e travessão ou aspas para marcar

as falas das personagens?

8) Evitou a repetição de palavras usando pronomes e

sinônimos?

9) O título tem o nome dos animais que são

personagens da fábula? Ou representa a história

como um todo?

Caro(a) aluno(a): agora que a dupla produziu a sua fábula, é hora de

avaliá-la. Para isso, use a tabela abaixo, marcando com um X ao lado de cada

item que forma o seu texto. Após o preenchimento do quadro de autoavaliação,

faça as mudanças necessárias em seu texto.

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Conversa com Professores(as)

Enquanto os alunos preenchem o quadro de autoavaliação, você,

professor, deve mediar o trabalho sempre que for solicitado.

Após o preenchimento, recolhê-lo, junto com os textos escritos pelos

alunos.

Corrija o texto reescrito, junto com os alunos na sala ou fora dela, fazendo

um diagnóstico dos problemas.

Devolva os textos para os alunos com as contribuições necessárias, para

que eles façam a reescrita de sua produção textual.

Após a reescrita, cada dupla lê o texto produzido para toda sala e eles

serão afixados no mural da escola.

Referências

DOLZ, J.; NOVERRAZ, M.; SCHNEUWLY, B. Sequências didáticas para o oral e a escrita: apresentação de um procedimento. In: SCHNEUWLY, B.; DOLZ, J. e colaboradores. Gêneros orais e escritos na escola. Campinas/SP: Mercado das Letras, 2004, p. 95-128. PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica Língua Portuguesa para os Anos Finais do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio. Curitiba, 2008. PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação de Jovens e Adultos Curitiba/PR: SEED, 2006. SATIM, M. B. Contrariando o desfecho da fábula. Cadernos PDE. Programa de

Desenvolvimento da Educação do Paraná. Curitiba/PR: SEED, 2008. YOKOMIZO, V.; VIEIRA, A.N. Fábula: Proposta de trabalho em sala de aula. Disponível em: <http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/producoes_pde/artigo_viviane_aparecida_nunes_vieira_yokomizo.pdf> Acesso em: 9 abr. 2014.