Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

1 Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica

Titulo A leitura e a significação dos

valores éticos no espaço escolar

Autor Catiane Fermiano dos Santos

Disciplina/Área Língua Portuguesa

Escola de Implementação do Projeto Colégio Estadual Dr. João Ferreira

Neves Ensino Fundamental e Médio.

Município da escola Goioxim-PR

Núcleo Regional de Educação Guarapuava

Professor Orientador Luciana Fracasse

Instituição de Ensino Superior Unicentro

Resumo

Este projeto tem o objetivo geral de

realizar gestos de leitura numa

perspectiva discursiva, enfocando a

significação de valores como

solidariedade, responsabilidade,

respeito, amizade, companheirismo,

honestidade e ajuda ao próximo . Em

nossos dias, a escola e a comunidade

em geral sofrem com um enorme

desinteresse dos alunos em relação à

maior parte das disciplinas, aos

valores e à própria educação. Perante

esse contexto, nós, educadores,

buscamos alternativas de trabalho em

sala de aula que nos permitam

desenvolver atividades de cunho

reflexivo e também de caráter

transformador. Assim sendo,

recorreremos aos conceitos teóricos e

analíticos da Análise de Discurso de

orientação francesa e também às

leituras referentes a questão dos

valores éticos.

Palavras-chave Leitura; Análise de Discurso; Valores

éticos; efeitos de sentido.

Formato do Material Didático Caderno pedagógico

Público Alvo

Alunos do 6º ano do ensino

fundamental

2- Apresentação

O presente trabalho faz parte do plano de trabalho do Programa de

Desenvolvimento Educacional (PDE) – política de formação continuada

oferecida pela Secretaria de Estado da Educação aos professores da rede

pública do Estado do Paraná e está dividido em cinco módulos pedagógicos, os

quais constituem uma Unidade Didática a ser utilizada para o processo de

implementação do Projeto de Intervenção Pedagógica no Colégio Estadual Dr.

João Ferreira Neves Ensino Fundamental e Médio, no Município de Goioxim-

PR.

Esta Unidade Didática foi elaborada pensando na leitura como prática

significativa na percepção de valores éticos em sala de aula e tem como

objetivo geral realizar gestos de leitura numa perspectiva discursiva, enfocando

a significação de valores como solidariedade, responsabilidade, respeito,

amizade, companheirismo, honestidade e ajuda ao próximo com os alunos do

6º ano do Ensino Fundamental.

Em nossos dias o comportamento dos estudantes tem apresentando um

aspecto preocupante, antiético, indisciplinado e, algumas vezes, até

deturpador. Perante esse contexto, nós, educadores, buscamos alternativas de

trabalho em sala de aula que nos permitam desenvolver atividades de cunho

reflexivo e também de caráter transformador.

Nessa busca, entendemos que a leitura é o caminho pelo qual podemos

seguir, pois acreditamos que ela traz uma oportunidade para se refletir sobre

diferentes temáticas e posturas, podendo, por exemplo, orientar os alunos para

que possam compreender a escola como um local agradável e desenvolvam

práticas mais respeitosas e interessadas no espaço escolar conforme se

identifiquem com as formações ideológicas ali disseminadas.

Assim sendo, recorreremos aos conceitos teóricos e analíticos

fornecidos pela Análise de Discurso de orientação francesa e também às

leituras referentes a questão dos valores éticos.

3 Material didático

De acordo com a nova LDB Lei 9391/96, art.36 capitulo I, “a Língua

Portuguesa deve agir como instrumento de comunicação, acesso ao

conhecimento e exercício da cidadania” (p.14);Educar para a cidadania é uma

tarefa intensa e requer empenho e muita luta. Os valores funcionam em nossas

vidas nos ocasiões em que resolvemos e atuamos, tomando-os por alicerce,

por base de nossas ações.

Nesse contexto, este material didático busca propiciar aos sujeitos

alunos uma reflexão sobre suas próprias condutas e a dos outros, mostrando

como é possível tornarem-se amigos e companheiros, aceitando e respeitando

as diferenças do outro, as adversidades de sentimentos e demonstrando

atitudes e hábitos de amizade.

.

Modulo I

Amizade e companheirismo

Quando trabalhamos o valor “amizade” não tem como deixar de lado o

“companheirismo”, pois os dois funcionam juntos, uma vez que a pessoa que é

amiga pode torna-se também companheira.

A leitura e a compreensão destas atividades possibilitarão ao sujeito

educando a reflexão sobre a amizade e o companheirismo, entre “ser amigo” e

“ser colega”; discutir os aspectos que fortalecem e os que prejudicam os

vínculos de amizade no âmbito escolar; valorizar os amigos e a boa

convivência, atividade esta que será essencial para se viver em harmonia na

escola e na sociedade.

No desenvolvimento deste trabalho, recorremos à Análise de Discurso

como forma de propiciar que os alunos possam estabelecer um processo

reflexivo mais contundente acerca de seus significados. Para Orlandi (2001a,

p.43), a noção de formação discursiva é essencial em AD, pelo fato de permitir

que se compreenda o processo de produção dos sentidos, a sua relação com a

ideologia e também fornece ao analista a possibilidade de instituir

regularidades no funcionamento do discurso.

Duração 10h/aulas

Fonte http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=20023

ATIVIDADE 1

*Distribuir e apresentar uma trecho da letra da música “É tão lindo”, cantada

pela Turma do Balão Mágico em pareceria com Roberto Carlos, para cada

aluno. O acesso à letra encontra-se no endereço: http://vagalume.uol.com.br/a-

turma-do-balao-magico/e-tao-lindo.html

Vamos refletir:

O que significa “amigo” para você?

Vocês concordam que não se deve querer mudar um amigo?

Vocês respeitam e aceitam o jeito diferente de ser dos seus

amigos?

*Em seguida, cada aluno receberá uma ficha com uma frase a ser

completada: “Para você amizade é...”.

*Prosseguindo, os alunos compartilharão as respostas dadas à pergunta,

observando os pontos em comum entre elas e destacando a sua importância

para a convivência grupal.

ATIVIDADE 2

*Apresentação do vídeo “Amizade (Cascão e Cebolinha), disponível no

sítio http://www.youtube.com/watch?v=Cv3qnZ1lK1A&feature=related

*Após assistir ao vídeo, abrir espaço para que os alunos comentem sobre

aspectos relacionados à amizade entre o Cascão e o Cebolinha.

Vamos refletir:

Vocês também têm um amigo inseparável?

O que vocês costumam fazer juntos?

Vocês têm algo em comum?

Ser amigo é fazer e dizer só o que o outro quer?

*Na sequência, os alunos, com a mediação do professor, deverão pesquisar

sobre alguns conceitos de amizade e de companheirismo no dicionário.

*Em seguida, com o resultado da pesquisa em mãos, os sujeitos alunos

deverão discutir e estabelecer relações de semelhanças e diferenças entre os

conceitos pesquisados e os significados atribuídos e discutidos por eles em

relação à palavras pesquisadas (Para favorecer o trabalho de pesquisa, os

alunos poderão acessar os sítios:

http://www.meaningsoflife.com/Amizade-sentido-vida.htm “Amizade e sentido

da vida”.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Amizade “Amizade”.

ATIVIDADE:3

*Ampliando a discussão acerca do tema, faz-se necessário no contexto atual,

refletir e analisar sobre as novas formas de amizade construídas por meio da

internet. Para isto, o professor deverá/poderá apresentar a seguinte afirmação

retirada da reportagem de Diogo Schelp, intitulada “Nos laços (fracos) da

internet”:

Em nenhum outro país as redes sociais on-line têm alcance tão grande quanto

no Brasil, com uma audiência mensal de 29 milhões de pessoas. Mas ter

milhares de amigos virtuais não deixa ninguém menos solitário”.

Fonte: http://veja.abril.com.br/080709/nos-lacos-fracos-internet

p94.shtml (Reportagem na íntegra)

Vamos refletir:

Você tem amigos pela internet?

O que vocês pensam das amizades feitas por meio da internet?

Vocês preferem fazer amigos pela internet ou pessoalmente?

Vocês consideram que há diferenças entre amizades

estabelecidas via internet e amizades feitas pessoalmente?

Quais são estas diferenças?

Há riscos envolvidos nas amizades construídas pela internet?

Quais são eles?

Quais são os cuidados necessários ao se fazer amizade pela

internet?

Vocês concordam ou discordam do jornalista quando ele afirma

que ‘ter milhares de amigos virtuais não deixa ninguém menos

solitário’? Por quê?

*Após a discussão, os alunos deverão identificar e analisar situações escolares

que favoreceram o estabelecimento de vínculos de amizade, refletindo acerca

dos valores éticos presentes nestas situações.

*Para o encerramento da aula, a cada aluno (a) irá escrever uma carta para o

seu melhor amigo, contando como foi, o que achou e o que aprendeu em

relação à aula vivenciada por ele e por sua turma, intitulada “Pensando e

falando sobre amizade”.

*Posteriormente, estas cartas poderão ser enviadas pelo correio ou entregues

pessoalmente aos amigos escolhidos pelos alunos.

*Como complemento para a aula, há outra música cantada pela Turma do

Balão Mágico intitulada “Você e eu”, composta por Ignacio Ballesteros / Dennis

Trempenau / Edgard Poças, disponível no sítio

http://www.kboing.com.br/script/radioonline/busca_artista.php?artista=balaoma

gico&cat=music (clicar no título da música: “Você e eu”).

*Para encerrar esse modulo, assistir ao vídeo “Amigo virtual”, acessando o

sítio.http://www.youtube.com/watch?v=lC_uKNZOmx8&feature=related o qual

ira fortalecer que foi estudado na aula anterior fazendo analisar as novas

formas de amizade construídas por meio da internet.Também Ouvir a musica

Amigos do peito com part Zezé Camargo e Luciano – Balão Mágico para refletir

o valor do amigo,e saber que toda amizade deve ser cultivada e recíproca.

ATIVIDADE:4

Dinâmica: Amigo ou colega?

*Solicite aos alunos que se organizem em círculo. Um aluno de cada vez

deverá retirar de uma caixa uma ficha contendo a definição de um tipo de

amigo, lendo-a em voz alta e tentando identificá-la com alguém da sala de aula

ou de fora dela, incluindo os professores e justificando suas escolhas. As fichas

serão confeccionadas de acordo com o texto abaixo (Dependendo do número

de alunos, você poderá fazer fichas repetidas em relação aos tipos de amigos

ou criar novas denominações):

AMIGOS DE TODOS OS TIPOS

AMIGO ÍMÃ

Carrega você para todos os passeios...

AMIGO IRMÃO

Muitas vezes você acha que ele é até melhor que seu próprio irmão...

AMIGO PARCEIRO Sempre pronto para o que der e vier.

AMIGO "VIAGEM NA MAIONESE"

Embarca junto com você em seus sonhos mais mirabolantes.

AMIGO BARULHO

Quando sai, deixa um silêncio incrível...

AMIGO BANQUEIRO

Sempre ajuda você nas horas mais difíceis

AMIGO POPULAR

Você tem que entrar na lista de espera para falar com ele

AMIGO PROTETOR

Defende você em situações difíceis.

AMIGO ESOTÉRICO

Acredita que existe 'uma razão' para tudo.

AMIGO OTIMISTA

Esse tem a solução para tudo.

AMIGO CONSELHEIRO

Vive lhe dando conselhos, mesmo que você não peça.

AMIGO ANTIGO

Para ser preservado.

AMIGO NOVO

Para ser conquistado.

AMIGO SÁBIO

Sabe quando falar e quando calar.

AMIGO EXPERIENTE

Sempre sabe como fazer as coisas.

AMIGO ANUAL

Você encontra uma vez por ano, e nota que o tempo não acabou com o

sentimento de amizade...

AMIGO MÃE

Sempre pronto a dar um colinho.

Reconheceu seu amigo em algum tipo?

*O texto acima é de autoria desconhecida e foi retirado

de: http://www.sotextos.com/amigos_de_todos_os_tipos.htm

*Dando prosseguimento, convide os alunos para assistir ao vídeo “As Estrelas

e os Cometas”, disponível no link

http://www.youtube.com/watch?v=oCUmS0YhYeU

*Distribuir a cada aluno um trecho do texto “Estrelas e cometas”, de Reinilson

Câmara, para que seja relido e discutido pela turma, acessando o

linkhttp://pensador.uol.com.br/frase/NTM1ODU0/ ).

*O que entenderam em relação aos termos “pessoas estrelas” e “pessoas

cometas” e que estabeleçam relações entre os vários tipos de amigos

discutidos anteriormente e o texto “Estrelas e cometas” apresentado no vídeo.

Vamos refletir:

Vocês concordam com a ideia do autor de que há “amigos

estrelas” e “amigos cometas”?

Que tipos de amigos vocês acham que predominam no dia a

dia? Por quê?

E você, se relaciona mais com qual tipo de pessoas?

Nas relações com os outros, você se percebe mais como

“estrela” ou como “cometa”?

*Agora, voltando à atenção para o contexto escolar, o professor poderá ainda

problematizar com as seguintes questões:

Na escola, vocês têm amigos ou colegas? Há diferenças entre

“ser amigo” e “ser colega”? Quais são elas?

Ser companheiro é ficar zangado quando o colega erra?

Quando perdemos um jogo devemos cumprimentar o adversário?

Quando o amigo ganha o papel do teatro que você queria você

deve ajudar a decorar o texto errado?

Devemos parabenizar os colegas quando tiram notas boas, mas

devemos ficar convencidos quando tiramos a melhor nota?

*Registrar na lousa as diferenças citadas pela turma.

*Prosseguindo, solicite aos alunos que comparem e discutam as diferenças

entre “ser colega” e “ser amigo”, citadas por eles, considerando as

diferenciações estabelecidas pela psicóloga Ana Claudia Ferreira de Oliveira

na entrevista “Você tem amigos ou apenas colegas?”, exposta abaixo:

“A diferença básica entre amigo e colega está na qualidade do vínculo. Os

amigos são mais próximos e mais presentes em nossas vidas. Essa

proximidade tem a ver com intimidade. Amigos se importam de verdade

com nossos sentimentos e em como vai nossa vida. Amigos se

conhecem profundamente e respeitam mais o nosso jeito de ser, nosso

modo de nos relacionarmos com os outros, nossa forma de pensar e

interpretar os fatos, nossas escolhas”.

“Os colegas podem até saber muita coisa sobre nossas vidas porque

convivem conosco, mas não são essas pessoas que tenderemos a

procurar num momento de dor e alegria intensos. Queremos dividir

nossas alegrias, tristezas e intimidade com quem sentimos confiança,

com quem sabemos que nos quer muito bem, que vai nos ouvir com

carinho, e que vai tentar nos ajudar”.

“Atualmente, as pessoas passam a temer o compromisso e, assim, vão

mantendo vínculos menores, frágeis, como o “coleguismo” e acabam por

se esconderem dentro de si mesmas, se tornando solitárias. Daí, temos

aquelas pessoas que têm vários colegas a quem chamam de “amigos”,

mas, na verdade, o vínculo estabelecido é extremamente frágil e se rompe

facilmente, sendo a pessoa logo substituída por outra”.

Conforme citado anteriormente, os trechos da entrevista apresentada acima

são de autoria de Ana Cláudia Ferreira de Oliveira. O texto na íntegra encontra-

se disponível em:http://www.anaclaudia.psc.br/artigos_ler.asp?Uid=28

*Após este momento, informar que o dia 20 de julho é o Dia Internacional da

Amizade, é o Dia do Amigo, mas que 18 de abril é o Dia do Amigo aqui no

Brasil. Por convenção, determinou-se um dia para festejar a amizade, mas

podemos considerar que todo dia é Dia dos Amigos, Dia da Amizade.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_do_amigo

*Assim, proponha a cada participante a elaboração de uma mensagem de

amizade, de forma bem criativa, para ser lida e dedicada às pessoas

presentes. Estas mensagens poderão ser expostas em murais da escola.

*Solicitar a atividade “Correio da amizade”, a fim de incentivar a troca de

correspondências entre alunos e professores, por meio de mensagens, cartas,

bilhetes, convites, dentre outros.

*Para encerrar o encontro, todos os participantes em círculo, deverão

acompanhar e cantar a música “Amigo é coisa pra se guardar”, de Milton

Nascimento, disponível no

linkhttp://www.sotextos.com/amigo_e_coisa_pra_se_guardar.htm

Modulo II

Respeito

Responsabilidade

O respeito e a responsabilidade são fundamentais na mediação de

conflitos dentro da unidade escolar. Na escola convive se com várias pessoas

num mesmo lugar então é preciso criar regras para que todos tenham os

mesmos direitos e as mesmas obrigações. Segundo Orlandi (2001, p.20), “as

palavras simples do nosso cotidiano já chegam até nós carregadas de sentidos

que não sabemos como se constituíram e que no entanto significam em nós e

para nós”.

Nessa perspectiva, por meio de uma leitura significativa ,e considerando

a Análise do Discurso aborda as relações estabelecidas entre sujeito, história e

língua, podemos fazer uma reflexão sobre instrumentos básicos da cultura

letrada, que lhes permitam melhor compreender e atuar no mundo em que

vivem,assim como entender os significados da palavra “respeito”. Segundo

Orlandi (2001), a AD não trata da língua, nem da gramática, embora tudo isso

seja importante, trata do Discurso que etimologicamente, tem a ideia de curso,

de percurso, de correr por, de movimento. Para os estudos do discurso

enquanto prática social, Orlandi ressalta que a AD concebe a linguagem como

mediação necessária entre o homem e realidade natural e social. Essa

mediação, que é o discurso, torna possível tanto a permanência e a

continuidade quanto o deslocamento e a transformação do homem e da

realidade em que ele vive. (ORLANDI, 2001, p. 15).

Dessa forma será trabalhada leitura de textos que abordem/contemplem

a temática com momento de discussão para que os alunos percebam e

compreendam que o respeito mútuo é um dos princípios fundamentais da ética

e do convívio democrático assim como a aprendizagem do respeito ao outro - o

colega - e às regras de convivência, decorre da aprendizagem do respeito a si

mesmo, de uma atitude positiva e valorativa para consigo mesmo.

Duração 7h/aulas

ATIVIDADE 1

*O professor deverá iniciar a aula perguntando aos alunos se conhecem a

história do “Patinho Feio”. Se conhecerem, solicitar que a contem, só para

rememorar. Caso contrário, assistirão ao vídeo de contação desta história,

acessando o sítio http://www.youtube.com/watch?v=g7L_mtro1as

*Em seguida, os alunos deverão expressar livremente sobre o que pensam, o

que sentem e o que conseguiram perceber em relação à trama desenvolvida

na história.

Vamos refletir

Vocês se lembram de alguma passagem em suas vidas que

guarda relações de semelhança com a história clássica vivida

pelo “Patinho Feio”: momentos em que se sentiram diferentes

dos outros e que, por isso, foram rejeitados ou excluídos do

grupo. Nesses momentos, como se sentiram?

Em outros, como foi rejeitar ou mesmo excluir alguém do

grupo?

E Por que o patinho feio fora rejeitado pelos moradores e por

qual motivo foi aceito pelos cisnes; no bando, o que mais ele

encontrou e como demonstrou sua capacidade de lutar?

ATIVIDADE 2

*O professor apresenta a tirinha da Chiquinha para os alunos e discute os

aspectos importantes para a leitura:

Jornal Hoje em dia - Matinê - 1992

*Após a leitura da história, o professor propõe a seguinte discussão:

Vamos refletir:

O que é senso de responsabilidade?

Onde está o humor na história lida?

Com que Chiquinha está conversando?

Você tem senso de responsabilidade?

Dê exemplos de atitudes do dia a dia que demonstram seu senso

de responsabilidade.

Imaginem como essa história poderia continuar, e, criem mais 2 quadrinhos.

*Socializar, comentar corrigir e realizar a exposição dos trabalhos.

*Assistir o vídeo “A escola Paulo Freire”, disponível no

sítio http://www.youtube.com/watch?v=dq3yHaELsjo&feature=fvw

*Pedir aos alunos que produzam um texto bem criativo sobre a escola,

podendo iniciá-lo com a frase “A escola é o lugar...”. Durante a produção do

texto, introduza as frases “Na escola, o importante não é só...” e “É

também...” e conclua com a frase “A escola será cada vez melhor...”.

*Apresentação dos vídeos Respeito Mútuo disponível

http://www.youtube.com/watch?v=il1B-Vf7sjY e Respeito ao

Próximo disponível http://www.youtube.com/watch?v=0YJA9bmIhAY&feature

=related

*Após assistir aos vídeos, abrir espaço para reflexão;

Vamos refletir:

Como tem sido a relação de cada um de vocês com os

colegas?

O que tem prevalecido nesta relação: atitudes de respeito e

consideração ou atitudes desrespeitosas?

Como os colegas têm se relacionado com vocês?

Têm sido tolerantes com as diferenças?

Têm agido de forma discriminatória, preconceituosa e até

mesmo violenta?

Vocês têm conseguido expressar admiração e afeto para com

seus colegas?

Têm sido cooperativos e solidários para com eles? Têm sido

amigos “pra valer”?

ATIVIDADE 3

*Dispor a turma em um círculo e perguntar quem já ouviu falar do ECA.

Explicar que essa é a sigla do Estatuto da Criança e do Adolescente, que é um

conjunto de leis que garante os direitos das crianças, mas também seus

deveres. Nessa aula, em especial, será abordado os deveres que as crianças

têm. Lembrar que assim como existe um estatuto garantindo os direitos que as

crianças têm, nesse mesmo estatuto contém alguns deveres que também

precisam ser cumpridos pelas crianças. Assim sendo, serão apresentadas as

seguintes questões reflexivas:

Vocês concordam com o fato de as crianças terem deveres?

Por que sim?

Por que não?

Quais seriam esses deveres?

Qual o dever do aluno na escola?

Quem acha que está cumprindo seus deveres?

No que vocês podem melhorar?

Em que outros locais vocês também têm deveres a cumprir?

A seguir, realizar a leitura da historia abaixo:

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/discovirtual/galerias/imagem/00000

01228/0000014493.jpg

Imagem disponível em: www.fundacaofia.com.br/ceats/eca_gibi/17.htm

*Assistir Vídeo "Boas maneiras" - Turma da Mônica - disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=97xesgIyPWg&feature=related

*Após fazer a leitura e assistir o vídeo, propor aos alunos a elaboração de

algumas regras de convivência que os faça lembrar de seus deveres. Por meio

de uma conversa informal, pode retomar os pontos levantados durante o

debate da atividade 1, retomando os deveres relacionados à escola. A

professora deve anotar as regras criadas pela turma e depois imprimir (ou

escrever) em meia folha de papel A4. Os alunos podem fazer a ilustração no

espaço abaixo de cada regra citada.

Ex:

Obedecer à

professora

Manter a sala

limpa

Respeitar os

colegas

Andar em ordem

nos corredores

Prestar atenção

na aula

Manter o uniforme Esperar sua vez

de falar

Ser educado

ttp://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/discovirtual/galerias/imagem/000000

1228/0000014

Essas regras devem ficar visíveis em um mural ou painel da sala, para serem

lembradas sempre que necessário.

2-Apresentar para a turma a folha abaixo:

No quadro abaixo há dez qualidades que precisamos ter. Pinte os quadrinhos

que formam as palavras: Responsabilidade, compromisso, compreensão,

perdão, sinceridade, amor, compromisso, respeito, união, fidelidade.

Dando continuidade à reflexão sobre as qualidades que devemos ter, vamos ler

e resolver as seguintes atividades1:

1 Disponível em: http://educacaodareligiosidade.blogspot.com.br/2010/03/o-que-e-uma-

escola.html

Modulo III

Solidariedade

Partindo do princípio de que a solidariedade é um valor que se constrói

na relação do sujeito com o outro, torna-se imprescindível que a escola ofereça

espaços para viabilizar a aprendizagem de tal virtude em seu meio. Esse

trabalho tem o objetivo de levar os alunos a compreenderem que a

solidariedade não é um valor construído diariamente, refletirem sobre a

importância da solidariedade para uma convivência harmoniosa em sociedade,

distinguirem solidariedade de caridade, aprenderem que cultivar a

solidariedade na relação com colegas favorece a harmonia na sala de aula e

na escola. Além disso, busca-se auxiliar os alunos na compreensão de que a

solidariedade vai além do âmbito da ajuda financeira, realizada a partir da

doação de alimentos, roupas, brinquedos, entre outras.

Nesse sentido, ressaltamos que é papel da escola dar oportunidade para

que os alunos expressem seus sentimentos e reconheçam suas ações,

sensibilizando-os para refletir sobre o seu lugar no grupo e na sociedade,

tornando-se crianças mais solidárias, felizes e com maiores condições de

estabelecer uma boa convivência com o outro.

Duração 4h/aulas

Atividade 1

*Assistir ao vídeo ”Solidariedade”, abaixo, como forma de subsidiá-lo na

condução das discussões no decorrer da aula.

http://www.youtube.com/watch?v=c2IEsdNsIzA&feature=related

Vamos refletir :

O que vocês entenderam a partir do vídeo?

O que é solidariedade para vocês?

Solidariedade é o mesmo que caridade?

Atividade2

*Ouvir a história: “Ingredientes para um mundo melhor - conversando sobre

solidariedade e paz”.Autor: Índigo. Editora: Escala Integrada

Vamos refletir:

Quais as possibilidades de se praticar a solidariedade, e o que

pode acontecer quando alguém não é solidário?

Qual a importância da solidariedade na sociedade

contemporânea, na escola e na família?

De que iniciativa solidária você já participou?

Que pessoas e organizações são exemplos de

solidariedade no bairro, na escola, na sociedade?

Refletir sobre o que o livro apresenta, perguntando aos alunos:

Será que a solidariedade é uma característica pessoal como a

cor dos olhos, a estatura, dentre outros atributos físicos e de

personalidade que herdamos de nossos familiares?

Na percepção de vocês, nós nascemos solidários ou nos

tornamos solidários? Se aprendemos a ser solidários, quem nos

ensina?

De que forma aprendemos essa virtude?

Qual a importância dessa virtude para nós?

*Dividir o grupo em sub-grupos de 4 alunos e propor que se imaginem como

um líder de uma comunidade que recebeu de seu mestre superior a missão de

ensinar solidariedade para um grupo de crianças. A tarefa contempla escrever

uma lista de alguns passos importantes que levem as crianças a agirem de

forma solidária. Ao final da produção escrita, os/as alunos/as deverão ilustrar

com um bonito desenho. A produção escrita poderá se dar a partir da seguinte

frase: Para agir de forma solidária eu preciso...

*Nesse momento de discussão, fazer um destaque à música de Milton

Nascimento, “Coração civil”, apresentada no vídeo, que ressalta a importância

da justiça e da alegria na convivência humana.

*A partir das discussões realizadas com relação à solidariedade e a

importância de compartilhar, de doar-se e de respeitar-se mutuamente, propor

ao grupo que se divida em dois sub-grupos e se sentem no chão, sendo que o

grupo A ficará de frente para o grupo B, formando duplas de trabalho. Após

essa etapa, cada aluno/a deverá conversar rapidamente com seu/sua

parceiro/a sobre o que consideram importante na convivência humana.

*Distribua uma folha de papel sulfite para cada aluno/a registrar, num período

de dez minutos, aquilo que gostaria de ofertar ao/a seu/sua colega. Não

poderão ser ofertados bens materiais. Após esse momento, deve-se fazer a

troca de mensagens. Sugere-se que se discuta sobre a importância de

compartilhar, de ser generoso e, sobretudo, solidário com colegas na sala de

aula.

Dinâmica “Protetor e protegido: porque cuidar do outro vale a pena”.

1º Momento: Professor/a, proponha aos/as alunos/as uma brincadeira dando

as seguintes orientações sobre a mesma.

Divida o grupo em dois sub-grupos A e B e escreva para o sub-grupo A cartões

com a frase: protetor do/a colega ____________, e para o sub-grupo B cartões

com a palavra: protegido. Cada protetor receberá em seu cartão a indicação do

nome do colega a ser protegido, mas não poderá revelar esta informação por

um período de uma semana. Ex: Protetor do Rafael; Protetor da Juliana,

Protetor do Lucas, e assim por diante. A função do protetor será cuidar, zelar,

apoiar, colocar-se ao lado do colega “protegido”. O aluno com a função de

protegido deverá receber os cuidados de seu protetor, sem necessariamente

saber sua identidade e retribuir com ações solidárias.

2º Momento: Na próxima semana, propõe-se que seja realizada a revelação

dos protetores onde ocorrerá um fechamento da dinâmica. Para esse

fechamento, os protetores poderão produzir uma carta, um desenho, uma

lembrança, levar um bombom, dentre outras ações para ofertar ao seu

protegido.

3º Momento: Refletir com o grupo sobre a brincadeira. Perguntar aos

protetores: Como foi para você cuidar, responsabilizar-se, ajudar, fazer

companhia para o colega durante essa semana? Perguntar aos protegidos:

Como foi para você ser cuidado, protegido, amparado ao longo da semana?

Chegou a perceber quem era o colega protetor? Como se sentiu?

Sugestão de ampliação da atividade: Professor/a, a cada semana, novos

alunos podem ser sorteados e devem assumir a sua função de proteger ou ser

protegido pelos colegas. Este rodízio entre proteger e ser protegido pode gerar

expectativas e curiosidades nos alunos, aproximando-os.

Modulo IV

Honestidade e a ajuda

ao próximo

Honestidade é uma questão de princípio baseado em Valores que são

necessários à formação do ser humano. No artigo 27, inciso I da Lei de

Diretrizes e Base da Educação, deve considerar os seguintes parâmetros: A

difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos

cidadãos, de respeito ao bem comum e ordem democrática, por tanto o papel

da escola transcende a disseminação do conhecimento cientifico e tecnológico

abrangendo a formação humana, considerando a relevância do bem estar

integral do individuo.

Assim, propõe-se atividades de leitura, na perspectiva da analise do

discurso, de forma que possa contribuir para que aconteça entre os alunos da

nossa escola uma maior consciência com relação aos princípios éticos.

Segundo Silva (2002, p. 14), “naturalmente, uma mudança de ponto de partida

desencadeará transformações na prática de sala de aula quanto à leitura”.

Dessa forma, deve organizar antecipadamente a sua rotina com

planejamento de ações pedagógicas contempladoras de atividades

significativas que permitam ao aluno vivenciar situações que estimulem o

pensamento e a reflexão, viabilizando o conhecimento e a compreensão.

Assim, será realizada leitura de parábolas, fabulas que mostrarão ao estudante

a importância da honestidade e bom comportamento para as relações

humanas.

As crianças desempenham melhor em um ambiente com respeito,

paciência e regras claras em relação à culpa, vergonha e raiva. Elas gostam de

expressar o que pensam e sentem e de serem reconhecidas. As habilidades

sociais servem para capacitar o uso de valores ao longo do dia. As crianças

precisam pensar em suas ações no âmbito escolar, familiar e social, ver os

efeitos em seus comportamentos e escolhas e ser capazes de tomar decisões

socialmente conscientes.

Duração 5 h/aulas

Fonte:http://valoreshumanosnaescola.blogspot.com.br/2009/07/valor-

honestidade-9-10-anos.html

fonte /linguagemeafins.blogspot.com.br/2012/06/honestidade-sempre-

vencesentimentospara.html

ATIVIDADE 1

*Leitura do texto

O Pastor brincalhão

Era uma vez um Pastorinho que costumava levar o seu rebanho para a orla da

floresta. Como estava sozinho durante todo o dia, aborrecia-se muito. Então

pensou numa maneira de ter companhia e de se divertir um pouco. Voltou-se

na direcção da aldeia e gritou:

- Lobo! Lobo!

Os camponeses correram em seu auxílio. Não gostaram da graça, mas alguns

deles acabaram por ficar junto do Pastor por algum tempo. O rapaz ficou tão

contente que repetiu várias vezes a façanha.

Alguns dias depois, um Lobo saiu da floresta e atacou o rebanho. O rapaz

pediu ajuda, gritando ainda mais alto do que costumava fazer:

- Lobo! Lobo!

Como os camponeses já tinham sido enganados várias vezes, pensaram que

era mais uma brincadeira e não o foram ajudar. O Lobo pôde encher a barriga

à vontade porque ninguém o impediu.

Quando regressou à aldeia, o rapaz queixou-se amargamente, mas o homem

mais velho e sábio da aldeia respondeu.

- Na boca do mentiroso, o certo é duvidoso.

Vamos refletir:

O que é ser HONESTO para você?

Escreva exemplo de honestidade e desonestidade.

Pesquise significado da palavra ‘‘HONESTO”.

Escreva a diferenciação entre honestidade e desonestidade.

Fui honesto ao obedecer às regras?

Vivenciei os princípios da honestidade? Demonstrei isto?

Você presenciou alguma atitude na qual acredita que houve

desonestidade?

O que se deve fazer diante de uma situação de desonestidade?

*Citação: “A honestidade nos leva a ser pessoas confiáveis.” (autor

desconhecido)

Perguntas:

O que significa ser “confiáveis”?

O que significa a frase “nos leva a ser seres confiáveis”?

O que você sente quando age de forma honesta?

Se você é honesto nas suas atitudes as pessoas vão confiar

mais em você?

*Explicar aos alunos o que é parábola e o que é fábula.

ATIVIDADE 2

A VERDADE E A PARÁBOLA

Um dia, a Verdade decidiu visitar os homens, sem roupas e sem adornos, tão

nua como seu próprio nome.

E todos que a viam lhe viravam as costas de vergonha ou de medo, e ninguém

lhe dava as boas-vindas.

Assim, a Verdade percorria os confins da Terra, criticada, rejeitada e

desprezada. Uma tarde, muito desconsolada e triste, encontrou a Parábola,

que passeava alegremente, trajando um belo vestido e muito elegante.

— Verdade, por que você está tão abatida? — perguntou a Parábola.

— Porque devo ser muito feia e antipática, já que os homens me evitam tanto!

— respondeu para a amargurada Parábola.

— Que disparate! — Sorriu a Parábola. — Não é por isso que os homens

evitam você. Tome. Vista algumas das minhas roupas e veja o que acontece.

Então, a Verdade pôs algumas das lindas vestes da Parábola, e, de repente,

por toda parte onde passava era bem-vinda e festejada.

Moral da História: Os seres humanos não gostam de encarar a Verdade sem

adornos. Eles preferem-na disfarçada.

Disponível em:http://mensagenstododia.blogspot.com/2009/03/verdade-e-

parabola.html

*Questionamentos com os alunos acerca do texto apresentado, tais como:

a) Quais são os personagens da história?

b) Como a Verdade resolveu visitar os homens?

c) Qual foi a reação dos homens quando viram a Verdade?

d) Que sentimentos a Verdade teve por causa da reação dos homens?

e) Como estava vestida a Parábola?

f) Qual foi o conselho que a Parábola deu para a Verdade?

g) Depois que a Parábola emprestou suas vestes para a Verdade, como os

homens reagiam à presença da Verdade?

ATIVIDADE 3

*Divida a turma em dois grupos. Entregue para um grupo a fábula “O leão e o

ratinho” e para outro a parábola “A flor da honestidade”.

O leão e o ratinho

Um Leão dormia sossegado, quando foi despertado por um Rato, que passou

correndo sobre seu rosto. Com um bote ágil ele o pegou, e estava pronto para

matá-lo, ao que o Rato suplicou:

— Ora, se o senhor me poupasse, tenho certeza que um dia poderia retribuir

sua bondade.

Rindo por achar ridícula a ideia, assim mesmo, ele resolveu libertá-lo.

Aconteceu que, pouco tempo depois, o Leão caiu numa armadilha colocada por

caçadores. Preso ao chão, amarrado por fortes cordas, sequer podia mexer-se.

O Rato, reconhecendo seu rugido, se aproximou e roeu as cordas até deixá-lo

livre. Então disse:

— O senhor riu da simples ideia de que eu seria capaz, um dia, de retribuir seu

favor. Mas agora sabe que mesmo um pequeno Rato é capaz de fazer um

favor a um poderoso Leão.

Moral da História: Nenhum ato gentileza é coisa vã. Não podemos julgar a

importância de um favor, pela aparência do benfeitor.

Disponível em: http://sitededicas.uol.com.br/fabula3a.htm

A flor da honestidade

Conta-se que, por volta do ano 250 a.C, na China antiga, um príncipe da região

norte do País estava às vésperas de ser coroado Imperador, mas, de acordo

com a lei, deveria se casar. Sabendo disso, resolveu fazer uma disputa entre

as moças da corte, inclusive a quem quer que se achasse digna de sua

proposta que não pertencesse à corte.

No dia seguinte, o príncipe anunciou que receberia, numa celebração especial,

todas as pretendentes e apresentaria um desafio. Uma velha senhora, serva do

palácio há muitos anos, ouvindo os comentários sobre os preparativos, sentiu

uma leve tristeza, pois sabia que sua jovem filha nutria um sentimento de

profundo amor pelo príncipe.

Ao chegar em casa e relatar o fato à jovem filha, espantou-se ao saber que ela

já sabia sobre o desafio e que pretendia ir à celebração. Então, indagou

incrédula:

— Minha filha, o que você fará lá? Estarão presentes todas as mais belas e

ricas moças da corte. Tire esta ideia insensata da cabeça. Eu sei que você

deve estar sofrendo, mas não transforme o sofrimento em loucura.

A filha respondeu:

— Não, querida mãe. Não estou sofrendo e muito menos louca. Eu sei

perfeitamente que jamais poderei ser a escolhida. Mas é minha única

oportunidade de ficar, pelo menos alguns momentos, perto do príncipe. Isto já

me torna feliz.

À noite, a jovem chegou ao palácio. Lá estavam, de fato, todas as mais belas

moças com as mais belas roupas, com as mais belas jóias e com as mais

determinadas intenções. Então, inicialmente, o príncipe anunciou o desafio:

— Darei a cada uma de vocês uma semente. Aquela que, dentro de seis

meses, me trouxer a mais bela flor, será escolhida minha esposa e futura

Imperatriz da China.

A proposta do príncipe não fugiu às profundas tradições daquele povo, que

valorizava muito a especialidade de cultivar algo, sejam relacionamentos,

costumes ou amizades. O tempo foi passando. E a doce jovem, como não tinha

muita habilidade nas artes da jardinagem, cuidava com muita paciência e

ternura a sua semente, pois sabia que se a beleza da flor surgisse na mesma

extensão de seu amor, ela não precisaria se preocupar com o resultado.

Passaram-se três meses e nada surgiu. A jovem tudo tentara. Usara de todos

os métodos que conhecia, mas nada havia nascido. Dia após dia ela percebia

cada vez mais longe o seu sonho; mas cada vez mais profundo o seu amor.

Por fim, os seis meses haviam passado e nada havia brotado. Consciente do

seu esforço e da sua dedicação, a moça comunicou à mãe que,

independentemente das circunstâncias, retornaria ao palácio na data e na hora

combinadas, pois não pretendia nada além de mais alguns momentos na

companhia do príncipe.

Na hora marcada estava lá, com seu vaso vazio, bem como todas as outras

pretendentes. Mas, cada jovem com uma flor mais bela do que a outra, das

mais variadas formas e cores. Ela estava admirada. Nunca havia presenciado

tão bela cena.

Finalmente, chega o momento esperado e o príncipe passa a observar cada

uma das pretendentes com muito cuidado e atenção. Após passar por todas,

uma a uma, ele anunciou o resultado, indicando a bela jovem que não levara

nenhuma flor como sua futura esposa. As pessoas presentes na corte tiveram

as mais inesperadas reações. Ninguém compreendeu porque o príncipe havia

escolhido justamente aquela que nada havia cultivado.

Então, calmamente o príncipe esclareceu:

— Esta foi a única que cultivou a flor que a tornou digna de se tornar uma

Imperatriz. A flor da Honestidade. Pois, todas as sementes que entreguei eram

estéreis.

http://www.nossosaopaulo.com.br/Reg_SP/Barra_Escolha/A_FlorDaHonestida

de.htm

Solicite que os alunos leiam as histórias que receberam.

ATIVIDADE 4

Em seguida, peça que encenem para os colegas o que falam as narrativas.

Para isso, eles precisarão definir quem são os personagens, compreender a

história que está sendo contados, os diferentes eventos que acontecem.

Se for preciso, eles podem escolher um narrador para ler certas partes da

história, a fim de facilitar o entendimento dos colegas.

*Após as apresentações, discuta os textos com os alunos e expressar suas

opiniões a respeito dos textos.

.

ATIVIDADE 5

*Proponha a leitura da seguinte parábola:

O SÁBIO SAMURAI

Perto de Tóquio, vivia um grande samurai, já idoso, que agora se dedicava a

ensinar Zen aos jovens. Apesar de sua idade, corria a lenda de que ainda era

capaz de derrotar qualquer adversário.

Certa tarde, um guerreiro, conhecido por sua total falta de escrúpulos,

apareceu por ali. Era famoso por utilizar a técnica da provocação. Esperava

que seu adversário fizesse o primeiro movimento e, dotado de uma inteligência

privilegiada para observar os erros cometidos, contra-atacava com velocidade

fulminante. O jovem e impaciente guerreiro jamais havia perdido uma luta.

Conhecendo a reputação do samurai, estava ali para derrotá-lo e aumentar sua

fama.

Todos os estudantes se manifestaram contra a ideia, mas o velho e sábio

samurai aceitou o desafio. Foram todos para a praça da cidade. Lá, o jovem

começou a insultar o velho mestre. Chutou algumas pedras em sua direção,

gritou todos os insultos que conhecia, ofendendo, inclusive, seus ancestrais.

Durante horas fez tudo para provocá-lo, mas o velho sábio permaneceu

impassível. No final da tarde, sentindo-se exausto e humilhado, o impetuoso

guerreiro desistiu e retirou-se.

Desapontados pelo fato de o mestre ter aceitado tantos insultos e tantas

provocações, os alunos perguntaram:

— Como o senhor pôde suportar tanta indignidade? Por que não usou sua

espada, mesmo sabendo que poderia perder a luta, ao invés de se mostrar

covarde e medroso diante de todos nós?

— Se alguém chega até você com um presente, e você não o aceita, a quem

pertence o presente? — perguntou o Samurai.

— A quem tentou entregá-lo — respondeu um dos discípulos.

— O mesmo vale para a inveja, a raiva e os insultos — disse o mestre. Quando

não são aceitos, continuam pertencendo a quem os carrega consigo. A sua paz

interior, depende exclusivamente de você. As pessoas não podem lhe tirar a

serenidade, só se você permitir!

Após a leitura individual, divida a turma em dois grupos, para que eles

façam uma análise da atitude do velho samurai. Um grupo deverá defender a

atitude do samurai e o outro deverá se posicionar contrariamente. Dê algum

tempo para que sejam discutidos os argumentos de cada um dos grupos. O

professor poderá auxiliar o processo. Sugira que os alunos registrem os

argumentos para que não se esqueçam deles durante o debate. O professor

pode ser o responsável pelo debate, observando a clareza dos argumentos

utilizados. Peça que os grupos fiquem atentos aos argumentos apresentados

pelo outro grupo e que tentem, no decorrer do debate, refutar as ideias

contrárias às que defendem.

Quando o debate finalizar, construa coletivamente a moral da história

que foi analisada.

ATIVIDADE 6

*Agora que os alunos já compreenderam a estrutura de uma parábola, eles

podem ser estimulados a desenvolver a própria parábola.

*Distribuir um ditado popular para cada aluno .

Esse ditado deverá ser transformado em uma parábola, ou seja, o aluno deve

pensar em uma história que ensine o mesmo que esse ditado pretende

ensinar.

O ditado deverá ser a “moral da história”.

Algumas sugestões de ditados que podem ser utilizados:

“A mentira tem perna curta”.

“A palavra é prata, o silêncio é ouro.”

“A união faz a força”. “Quem tudo quer tudo perde” etc.

Quando todos já tiverem produzido e revisado seus textos, peça a eles que

leiam para a classe o que escreveram, sem falar qual o ditado que deu base ao

texto.

Os colegas deverão tentar adivinhar qual a moral da história.

Nesse processo, será possível perceber se os alunos compreenderam a função

do discurso da parábola, assim como se perceberam a relação entre a

narrativa e o ensinamento moral.

Modulo IV

O que aprendemos...

Dinâmica: A escada de valores

Fonte: http/:pedagogiccos.blogspot.com/2009/.../trabalhando-valores-

sugestoes.

Duração: 4 horas/aula

O que você deverá fazer:

1. O facilitador solicitará que os participantes a caminharem pela sala e

pensarem sobre “O que é mais importante na sua vida”?

2. O facilitador pedirá a cada adolescente que pegue 1 folha de papel e 1 pincel

atômico.

3. O facilitador pedirá que a folha seja dividida em 3 partes, no sentido do

comprimento.

4. A seguir, pedirá que, em cada papel, seja escrita uma palavra que

corresponda a um valor da vida do adolescente. (Ex: respeito,paciência com os

mais velhos,não roubar...)

5. Enquanto isso, o facilitador marcará no chão da sala, com fita crepe, 3

degraus de uma escada.

6. Quando todos terminaram, pedir que cada participante vá até aos degraus e

coloque uma tira com a palavra escrita em cada degrau(colar com fita crepe),

em ordem decrescente de importância.

Vamos refletir:

No inicio da dinâmica, foi difícil detectar os principais valores?

Que valores aparecem mais? Que tipos de valores são?

Por que eles não estão na mesma escala de prioridade?

Durante nossa vida, esses valores se modificam? Por quê?

Qual a relação entre os valores de vida e a prevenção?

*COLOCANDO EM PRÁTICA O QUE APRENDEU

Observe as palavras abaixo e separe de acordo com o seu sentido:

Amizade, egoísta, amor, ganância, inveja, carinho, mentiroso ,lealdade,

humilde, rebelde, educado, falsidade, pessimista, solidário, tristeza,

respeito, paciência, fraqueza, justiça, raiva.

POSITIVO NEGATIVO

* RESPONDA:

A. Qual o valor positivo que você acha mais importante? Por quê?

B. Qual o valor negativo que você mais detesta? Por quê?

C. Escreva o valor com o qual você mais se identifica? Por quê?

3) Escreva o contrário dos valores positivos:

A. Bonito ___________________________

B. Feliz ___________________________

C. Limpo ___________________________

D. Amor ___________________________

E. Bom ___________________________

F. Belo ___________________________

G. Forte ___________________________

H. Certo ___________________________

I. Coragem ___________________________

J. União ____________________________

*ELABORE UMA FRASE COM PALAVRAS POSITIVAS.

A professora deve dividir a turma em alguns grupos e disponibilizar pelo menos

um dicionário para cada grupo. Explicar que cada grupo será responsável por

achar o significado de uma palavra que a professora sorteará. Depois que

todos os grupos acharem o significado de suas respectivas palavras, deverá

dramatizar uma cena para os outros tentarem adivinhar sua palavra. A

professora poderá dar um exemplo para que todos entendam.

Ex: COOPERAÇÃO

Chamar 4 alunos à frente para a dramatização e dar alguns materiais para um

deles carregar. (livro, cadernos, estojo, etc)

Quatro amigos estão caminhando quando, de repente, o aluno que estava

carregando o material tropeça e cai. Rapidamente os amigos que estavam com

ele o ajudam a levantar e pegam todo o material que ficou espalhado pelo

chão, juntam tudo, organizam e devolvem para o colega.

Perguntar: A partir dessa cena qual sentimento esteve presente no grupo?

Ouvir comentários

*Após a compreensão a proposta, cada grupo pode se organizar para a

dramatização de uma cena por eles elaborada.

A professora pode ajudar cada grupo com ideias.

Palavras para o sorteio: respeito, cooperação, solidariedade, obediência,

educação, amizade.

*Ao final da atividade, refletir com as crianças que, essas atitudes fazem com

que a convivência em grupo seja mais fácil e, agindo assim, estaremos

cumprindo nossos deveres.

*Produzir com a turma um texto coletivo sobre os conceitos estudados. À

medida que as crianças forem falando o que aprenderam, a professora anotará

no quadro e a turma irá copiar.

Ex:

OS DEVERES DA CRIANÇA

TODA CRIANÇA POSSUI DIREITOS E TAMBÉM DEVERES.

É DEVER DA CRIANÇA RESPEITAR OS PAIS, PROFESSORES E

COLEGAS E SE ESFORÇAR PARA CONVIVER BEM. SE DEDICAR AOS

ESTUDOS E CUIDAR DO AMBIENTE EM QUE VIVE, TAMBÉM É MUITO

IMPORTANTE.

COM RESPEITO, COOPERAÇÃO, AMIZADE E OBEDIÊNCIA, NOSSA

CONVIVÊNCIA FICA MAIS FÁCIL E VIVEMOS MAIS FELIZ.

4- Orientações Metodológicas

A presente unidade didática busca trabalhar com a leitura e a reflexão

sobre discursos que permitam um despertar na vida dos sujeitos alunos no que

se refere aos valores éticos, bem como praticá-los no cotidiano escolar e fora

dele.

Para o aplicação desse unidade didática, serão abordadas diversas

textualidades, dramatizações, músicas, filmes, atividades cooperativas

questionamentos reflexivos, produção frase, confecção de cartazes,

cruzadinhas caça palavras sendo algumas trabalhadas em grupo, pois

trabalhar em grupo é uma prática que ajuda a saber socializar, respeitar

compartilhar, cooperar, e compreender o outro.

Deste modo, os sujeitos alunos desenvolverão sua própria compreensão

de valores e perceberão os diferentes sentidos produzidos nos textos,

tornando-se pessoas mais críticas e com um maior entendimento do contexto

sócio-histórico e cultural que os rodeiam, bem como para permitir uma

discussão mais profunda sobre valores em sala de aula e em sua própria

prática diária.

Referências bibliográficas

Referências bibliográficas

BRASIL, LEI FEDERAL Nº 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação.

ORLANDI, Eni Puccinelli. Análise de Discurso: princípios e procedimentos, 7ª Edição, Campinas, SP: Pontes, 2001.

______. Discurso e Texto: formação e circulação dos sentidos. Campinas, SP: Pontes, 2001.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ – Diretrizes

Curriculares da Educação Básica – Língua Portuguesa. Escrita pelos professores da Rede Estadual de Ensino – 2008.

SILVA, Ezequiel Theodoro da. A produção da leitura na escola: Pesquisas x Propostas. 2. ed. São Paulo: Editora Àtica, 2002.

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