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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

METODOLOGIA

DO ENSINO DA MÚSICA

NA EDUCAÇÃO BÁSICA COM ÊNFASE NO

RITMO MUSICAL

Rosimari de Oliveira

Caderno Pedagógico

PDE 2013

Não morre aquele que deixou na

terra a melodia de seu cântico

na música de seus versos.

Cora Coralina

Governo do Estada do Paraná

Carlos Alberto Richa

Secretario de Estado da Educação

Flávio Arns

Diretoria Geral

Jorge Eduardo Wekerlin

Superintendência da Educação

Eliane Terezinha Vieira Rocha

Programa de Desenvolvimento Educacional

Cassiano Roberto Nascimento Ogliari

PDE/ Escola de Música e Belas Artes do Paraná

Jackelyne Veneza

PDE/Núcleo Regional da Educação de Curitiba

Maria Terezinha Borguezan de Souza

Professora PDE/2009 (Autora)

Rosimari de Oliveira

Professor Orientador

Prof. Msc Welington Tavares dos Santos

METODOLOGIA DO ENSINO DA MÚSICA NA

EDUCAÇÃO BÁSICA COM ÊNFASE

NO RITMO MUSICAL

Rosimari de Oliveira

Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica

Turma 2013

Título: Metodologia do Ensino da Música na Educação Básica com Ênfase no

Ritmo Musical

Autora: Rosimari de Oliveira

Disciplina/Área: ARTE

Escola de Implementação do

Projeto e sua localização:

Colégio Estadual Antônio Lacerda Braga

Município da escola: Lapa

Núcleo Regional de Educação: Área Metropolitana Sul

Professor Orientador: Welington Tavares dos Santos

Instituição de Ensino Superior: Escola de Música e Belas Artes do Paraná

Resumo: Com a diversidade de cultura existente na

escola, o presente trabalho consiste em

contemplar a música no contexto escolar,

respeitando a diversidade de cultura de sua

clientela. Considerando essas questões, essa

produção didática, visa o desenvolvimento de

atividades de educação musical, bem como

subsidiar as atividades de implementação do

projeto no colégio.

Palavras-chave: Ensino- música- cultura- escola

Formato do Material Didático: Caderno Pedagógico

Público: Alunos

APRESENTAÇÃO

A construção do currículo em Arte vem passando por modificações,

assim como o ensino da música sofreu muitas transformações. Desse modo,

cabe ressaltar a importância da Lei 11.769, que traz a obrigatoriedade do ensino

de música na educação básica pública, o que preocupa devido à falta de

investimentos na preparação dos docentes. A escola pode proporcionar

conhecimentos básicos para a clientela que a frequenta nos dias de hoje,

tenham condições de entendimento sobre a música em sua vida e com as

novas tecnologias, o acesso aos meios de comunicação, à música atual, tornou-

se mais acessível.

A causa da indisciplina em sala de aula, quase sempre, é atribuída à

falta de interesse dos alunos pelos conteúdos trabalhados. Por outro lado,

existe uma série de fatores que podem contribuir para a indisciplina escolar.

Dentre os principais fatores ou causas podemos citar, desde a desestruturação

familiar até o. A causa da indisciplina em sala de aula, quase sempre, é

atribuída à falta de interesse dos alunos pelos conteúdos trabalhados. Por outro

lado, existem uma série de fatores que podem contribuir para a indisciplina

escolar. Dentre os principais fatores ou causas podemos citar, desde a

desestruturação familiar até o processo formativo do professor, seja durante a

graduação, formação inicial ou formação continuada.

Com a diversidade de cultura existente na escola, o presente trabalho

consiste em contemplar a música no contexto escolar, respeitando a diversidade

de cultura de sua clientela. Considerando essas questões situamos essa

proposta de implementação que visa investigar metodologias e estratégias para

a prática de ensino, especificamente no campo da educação musical.

OBJETIVOS

Geral

O material didático-pedagógico apresentado tem a finalidade de p

subsidiar as atividades de implementação do projeto na escola onde será

realizada a intervenção.

Específicos

Desenvolver atividades e técnicas para o ensino da música para alunos

dos anos finais da educação básica.

Desenvolver estratégias de ensino da música, em contexto de sala de

aula, de forma a atender a diversidade cultural presente no ambiente

escolar da colônia Mariental.

UNIDADE I O SOM E SUAS PROPRIEDADES

Paisagem Sonora

Na foto número 1 aparece à imagem de uma cidade grande (Copacabana- RJ).

Em cidades grandes, geralmente, há muito barulho. O nível de intensidade do

som é muito forte.

O termo paisagem sonora (soundscape) foi cunhado pelo compositor e

ambientalista canadense R. Murray Schafer .

Saundscapes na Música

A paisagem sonora é composta por três principais fontes ou componentes.

Eles são o biophony (as assinaturas, som animal não-domésticos não-

humanos que ocorrem em um determinado bioma), as geophony (sons

naturais não-biológicos que ocorrem em qualquer bioma e que incluem os

efeitos de vento, água, movimento de terra , etc), e anthrophony (sons

gerados pelo homem, que incluem ruído eletro-mecânico entrópica e som

estruturado, como música e teatro.

Fonte: http://en.wikipédia.org/wiki/Soundscape

Foto 1

Na foto número 2 uma imagem do mar. Longe das cidades, ouve-se somente o

som das pequenas ondas, um som muito agradável, bom de ouvir.

A foto número 3, é de uma cidade pequena, (Ilha Grande-RJ). Atualmente,

muitas pessoas vêm procurando cidades pequenas para morar. As maiorias

dessas cidades demonstram tranquilidade.

Um dos elementos essenciais para que isso ocorra, são a ausência de muitos

ruídos, muitos meios de transporte, indústrias.

Foto 2

Foto 3

A foto número 4 – imagem de pássaros alimentando-se em cima de um tronco

de árvore. É uma bela imagem. A paisagem sonora parece ser muito agradável

demonstrando apenas sons da natureza.

Foto 5

Foto 4

Som é o resultado do choque entre dois corpos (matéria), criando uma vibração e

consequentemente, ondas sonoras audíveis. O som é dividido em duas classes: som

ruído e som musical.

Som ruído – é o resultado de uma vibração sonora irregular, produzida, por

exemplo: pelas indústrias e suas máquinas, pelo trânsito, pelo trovão, pelo trem,

entre outros.

Som musical – o som musical é decorrente da vibração sonora regular causada por

um corpo sonoro musical, por exemplo: sinos, cordas de um instrumento, voz

humana, canto de um pássaro. Fonte (TECLADO – Curso prático).

A imagem, foto número 5, mostra o atrito entre um palito e uma lixa – representando um som ruído. Som musical O Piano é um instrumento de cordas percutidas. As teclas são pressionadas levando uma espécie de martelos a batem nas cordas, as quais vibram produzindo som. A altura do som depende da espessura das cordas. Quanto mais fina a, mais AGUDO (alto) é o som. Quanto mais grossa, mais GRAVE (baixo).

O Piano é um instrumento de cordas percutidas. As teclas são pressionadas

levando uma espécie de martelos a batem nas cordas, as quais vibram

produzindo som. A altura do som depende da espessura das cordas. Quanto

mais fina a, mais AGUDO (alto) é o som. Quanto mais grossa, mais GRAVE

(baixo).

Sugestão de atividade

Pedir aos alunos que ouçam os sons do ambiente onde se

encontram relacionando os mais próximos e mais distantes

possíveis, logo em seguida, fazer comentários e comparações

entre os sons que ouviram.

A descrição da paisagem sonora da residência de cada um,

também pode ser explorada.

Trazer para a próxima aula vários sons gravados no celular

e demais tecnologias disponíveis (dependendo da

possibilidade do aluno). Os sons podem ser os mais variados:

pássaros, indústrias, meios de transportes, meios de

comunicação, instrumentos musicais, vozes das pessoas, etc.

Todos os sons coletados devem ser explorados,

comparados, comentados e relacionados com a música.

Propriedades do som

DURAÇÃO

Duração é a propriedade que faz referência a sons curtos ou sons longos, por

exemplo: tocar uma tecla do piano, segurando por um tempo maior, teremos um

tempo mais longo, tocando e tirando a mão rapidamente, teremos um som mais

curto.

ALTURA - Esta propriedade indica se o som é grave ou agudo.

Som grave – som mais grosso, mais baixo.

Som agudo – som mais fino, mais alto.

Geralmente, as vozes masculinas são mais graves e as vozes

femininas mais agudas.

É importante lembrar que para serem classificados, os sons graves e agudos necessitam de uma referencial ou parâmetro. Exemplo: O som do sino é agudo se comparado ao som de um tambor. Escala musical

Sugestão de atividade

Um material de fácil realização para trabalhar a altura do som. Colocar um pouco de água (quantidades diferentes, graduando entre o mais cheio até o mais vazio) dentro de cada copo, garrafas ou vidros, desde que sejam da mesma forma e mesmo tamanho.

Para produzir o som, poderá ser utilizada uma colher.

Observação: Com esse instrumento pode-se trabalhar notas musicais, sons graves e agudos, timbre, altura intensidade, bem como, tocar algumas melodias.

Sons graves

Sons agudos

TIMBRE

O timbre é a propriedade do som que mostra a diferença entre um som e outro,

ou seja, qual a origem do som. Por exemplo: diferença entre os sons de um

avião de um carro, uma cachoeira, um violino, um piano, um pandeiro, um

pássaro, vozes das pessoas e muitos outros.

Um bom exemplo para o reconhecimento do timbre de alguns instrumentos é a história de Pedro e o Lobo, onde o autor representa cada animal com o timbre dos instrumentos musicais.

Pedro e o Lobo (dublado) Disney – parte 1 fonte: You Tube

Sugestões de atividades

O professor pode solicitar a um aluno que vá até a frente da

sala, e fique virado de costas. Em seguida, os outros alunos

(um de cada vez) podem chama-lo pelo nome e este dirá quem

o chamou pelo timbre de voz de seu colega.

A mesma atividade aplicada na pesquisa sobre sons pode ser

feita para o reconhecimento do timbre: Pesquisar vários sons e

trazer para a próxima aula gravada ou não com a utilização

das tecnologias disponíveis.

Trazer instrumentos musicais para a sala de aula e mostrar o

timbre de cada instrumento.

Observação: Nesta atividade os instrumentos podem ser

tocados ou somente apresentados para o reconhecimento de

seu timbre. É uma boa oportunidade para que os alunos que

tocam algum instrumento mostrem seu repertório para os

demais colegas e para o professor.

Figura 8

INTENSIDADE

Esta propriedade refere-se à força empregada na execução da música. Sons

fortes e fracos. Por exemplo: o sussurro pode ser um som fraco, e o grito pode

ser considerado como som forte.

Sugestão de atividade

O professor pode solicitar a um aluno que vá até a frente da

sala, e fique virado de costas. Em seguida, os outros alunos

(um de cada vez) podem chamá-lo pelo nome e este dirá

quem o chamou pelo timbre de voz de seu colega.

A mesma atividade aplicada na pesquisa sobre sons pode ser

feita para o reconhecimento do timbre: Pesquisar vários sons

e trazer para a próxima aula gravada ou não com a

utilização das tecnologias disponíveis.

Sugestão de atividade

Pedir aos alunos que batam palmas, estalem os dedos, batam com a

mão na carteira, empregando muito ou pouca força.

Com a utilização de latinhas, baquetas e outros materiais realizar o

mesmo processo.

Pedir aos alunos que falem determinada palavra com mais ou

menos intensidade.

Escolher uma canção, mostrar para os alunos em que momento eles

podem cantar um pouco mais forte ou um pouco mais fraco.

Utilizando o rádio, a TV multimídia, o celular ou outras mídias,

mostrar aos alunos a intensidade. Mostrar também a diferença

entre altura e intensidade do som.

DENSIDADE

Densidade quer dizer “agrupamento de sons”, vários sons ao mesmo tempo.

Na figura acima, aparecem muitas pessoas falando ao mesmo tempo, além

disso, uma banda tocando onde aparecem vários instrumentos musicais. Há

densidade de sons, ou seja, vários sons produzidos ao mesmo tempo.

Outro exemplo: podemos dizer que dentro da escola, o momento em que há

maior densidade de sons, é durante o intervalo, pois todos os alunos estão no

pátio conversando ao mesmo tempo.

Na maioria das vezes, durante uma prova dentro da sala de aula, há pouca

densidade de sons.

Sugestão de atividade

Uma palavra deverá ser pronunciada por um pequeno grupo de alunos, em

seguida por grupos maiores e finalizar com toda a classe pronunciando a

palavra (pode ser uma frase pequena, fácil de pronunciar).

A mesma atividade pode ser realizada com os instrumentos musicais: Tocar

apenas um som, logo em seguida aumentando a quantidade até chegar num

grande conjunto de sons.

Escolher uma canção para ser cantada em uníssono (várias vozes cantando o

mesmo som, a mesma nota) com a turma toda.

Figura 9

UNIDADE II A MÚSICA E SUAS PROPRIEDADES

MÚSICA

PROPRIEDADES MUSICAIS

MELODIA

Melodia é a combinação de sons sucessivos. Por exemplo: tocar num

determinado instrumento, um som de cada vez, procurando combinar esses

sons.

Foto: acervo da autora

Flauta Doce - A flauta doce é um

bom instrumento para trabalhar

a melodia, devido à

disponibilidade na escola. As

escolas estaduais do Estado do

Paraná receberam quarenta

flautas doces, as quais estão

disponíveis para uso do

professor e alunos.

A melodia é uma sucessão coerente de sons e silêncios, que se desenvolvem em

uma sequência linear com identidade própria. É a voz principal que dá sentido a

uma composição e encontra apoio musical na harmonia e no ritmo.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Melodia

A música é uma forma de arte que se constitui basicamente em combinar

sons e ritmo seguindo uma pré-organização ao longo do tempo. É

considerada por diversos autores como uma prática cultural e humana. ...

http://pt.wikipedia.org/wiki/Música

HARMONIA

Os sons são tocados simultaneamente, ou seja, ao mesmo tempo. Por exemplo:

tocando três notas – dó – mi – sol, formamos um acorde. Há harmonia entre a

junção dessas notas.

A foto mostra um acorde de Dó Maior no piano.

Foto: acervo da autora

UNIDADE III RITMO MUSICAL

RITMO

Em Música, podemos dizer que é a maneira ordenada de organizarmos os sons

no tempo.

Na nossa vida cotidiana percebe-se também, que o ritmo está muito presente.

No que se refere aos elementos musicais, o ritmo é o que está mais presente

na nossa vida cotidiana, a começar pelo ritmo corporal: o coração, o andar entre

outros. Na natureza também o ritmo está muito presente desde o nascer do Sol,

as estações do ano, movimento de rotação da Terra.

Para trabalhar o ritmo em sala de aula, torna-se interessante trabalhar com

imagens, figuras, palavras e material concreto. Com isso, espera-se uma melhor

compreensão por parte dos alunos.

Ritmo e compasso

Podemos dizer que o ritmo é a organização do tempo na música em pulsações

fortes e fracas. Os ritmos de duas, três ou quatro pulsações, são os ritmos

básicos mais comuns.

Duas pulsações: ritmo binário (dois tempos) – o 1º tempo é forte e o 2º tempo é

RÍTMO (do grego rhuthmós [movimento regular]) é a sucessão de

tempos fortes e fracos que se alternam com intervalos regulares. O

termo é usual também para referir-se à variação da frequência de

repetição de um fenômeno no tempo, notadamente os sons .

O estudo do ritmo, entoação e intensidade de um discurso chama-

se prosódia . Existe também a prosódia musical, visto que a música

também é considerada uma l inguagem . Em poesia, o estudo do ritmo

chama-se métrica .

http://pt.wikipedia.org/wiki/Melodia

fraco.

Três pulsações: ritmo ternário (três tempos) - 1º tempo forte e o 2º e 3º tempos

são fracos.

Quatro pulsações: ritmo quaternário (quatro tempos) -1º tempo forte, 3º meio

forte, 2º e 4º tempos fracos.

Os ritmos binário e ternário podem ser exemplificados através de palavras. Já

com o ritmo quaternário fica mais difícil devido à tônica das palavras.

Palavras com duas sílabas com a tônica na primeira: ritmo binário

Como exemplo a palavra TEMPO: tem- é o tempo forte.

PO- é o tempo fraco.

Palavras com três sílabas com a tônica na primeira: ritmo ternário.

Por exemplo, a palavra MÚSICA: MÚ - tempo forte.

SI e CA - tempos fracos.

Sugestão de atividades

Para o ritmo binário:

Palavra pato – pedir aos alunos que pronunciem a

palavra pato com ênfase na sílaba PA.

Podem utilizar instrumento como baquetas para bater a

sílaba tônica com mais intensidade.

A sílaba sublinhada é o tempo forte.

PATO – PATO – PATO – PATO – PATO – PATO

Para o ritmo ternário, o mesmo exercício, mas com

palavras de três sílabas e a tônica na primeira:

Palavra número – ênfase na sílaba NÚ.

NÚMERO – NÚMERO – NÚMERO – NÚMERO – NÚMERO – NÚMERO

Compasso

Na partitura, os compassos são separados por um traço vertical entre eles.

Chama-se barra de compasso.

Notação alternativa com o uso de palavras:

Compasso binário – palavra TEMPO

TEM PO | TEM PO | TEM PO | TEM PO |

Compasso ternário – palavra NÚMERO

NÚ ME RO| NÚ ME RO| NÚ ME RO | NÚ ME RO| NÚ ME RO

TRABALHANDO O RITMO COM FIGURAS

Ritmo binário

▄ ▄ | ▄ ▄ | ▄ ▄ | ▄ ▄ | ▄ ▄ 1º 2º 1º 2º

Sugestão de atividades

O tempo forte está sendo identificado com um tom de verde

escuro e o tempo fraco com um tom de verde mais claro.

Esta atividade pode realizada com os instrumentos de

percussão confeccionados em sala de aula.

O 1º tempo pode ser realizado com um balde ou lixeira da sala

que produzam um som forte, marcando a pulsação.

Ritmo ternário

Ritmo quaternário

Legenda:

● 1º - tempo forte

|● ● ● ● |● ● ● ●|● ● ● ●|● ● ● ●| 1º 2º 3º 4º 1º 2º 3º 4º

♥ ♥ ♥| ♥ ♥ ♥| ♥ ♥ ♥ | ♥ ♥ ♥ | ♥ ♥ ♥

1º 2º 3º 1º 2º 3º 1º 2º 3º 1º 2º 3º 1º 2º 3º

Sugestão de atividade

O mesmo procedimento realizado no exercício com o

ritmo binário. A diferença está na dimensão das

figuras.

No exemplo a seguir, as figuras maiores representam

o tempo forte e as duas menores representam o

tempo fraco.

Sugestão de atividade

Pode ser trabalhado da mesma forma.

Sugestão: mudar as figuras, sua dimensão e cores (claro-escuro).

OUTRAS SUGESTÕES PARA TRABALHAR O RITMO

Quadros com números e palavras.

Ritmo binário com as palavras pé e gato:

Marcando o 1º e 2º tempos.

PÉ-É GATO GATO PÉ-É 1º 2º 1º 2º 1º 2º 1º 2º

Na sequência, o mesmo exercício mostrando duas figuras rítmicas – notação tradicional

em música.

Essa figura rítmica chama-se mínima.

Essa é uma semínima.

PÉ___

1º 2º

GA TO

1º 2º

GA TO

1º 2º

PÉ___

1º 2º

Ritmo nas canções folclóricas

Bambalalão

Bambalalão

Senhor capitão

Espada na cinta

Ginete na mão.

Cai, cai balão

Cai cai balão Cai cai balão

Na rua do sabão Não Cai não, não cai não, não cai não.

Cai aqui na minha

UNIDADE IV CONFECÇÃO DE INSTRUMENTOS DE PERCUSSÃO

Os instrumentos de percussão podem ser confeccionados com diversos

materiais, inclusive sucata.

Exemplos: Chocalhos, reco-recos, afoxés...

Chocalho com latas de refrigerante, garrafas pet, potes de plástico e demais

recipientes, contendo: areia, pedras entre outros elementos.

Foto: acervo da autora

Chocalho com arame e tampinhas de garrafas

Sugestão de atividade

Material: latas de refrigerante, potes de plástico,

garrafas, areia e demais elementos semelhantes.

Colocar as pedrinhas ou algo parecido dentro do

recipiente. Cada elemento colocado dentro de um

determinado recipiente e dependendo do recipiente

utilizado produzirá um som diferente, ou seja, cada

um com um timbre diferente.

Chocalho com tampinhas de garrafa

Foto: acervo da autora

Sugestão de atividade

Material: tampinhas de garrafa, arame, prego e martelo.

As tampinhas devem der perfuradas e inseridas no arame. Observação – precisa-se tomar cuidado quanto à utilização dos materiais para evitar acidentes e que ninguém saia ferido.

Chocalho utilizando coco. Serrar uma das extremidades do coco, colocar

pedrinhas ou algo semelhante que produza um bom som para um instrumento

rítmico.

Foto: acervo da autora

Sugestão de atividade

Pedir aos alunos (dentro das possibilidades de cada

um) que tragam coco e pedrinhas para a realização

do trabalho. O professor ou a escola podem fornecer

o instrumento para serrar uma das extremidades do

coco para evitar acidentes.

Serrar o coco e colocar em seu interior pedrinhas ou

algo parecido.

Pintar de acordo com a preferência de cada um.

O reco-reco pode ser construído de várias maneiras. Por exemplo: Um pente

onde a fricção pode ser feita com um objeto qualquer. Pode ser uma caneta,

uma varinha de madeira.

Vários exemplos de como produzir o som de um reco-reco.

O atrito de um palito, uma varinha, um pincel, um lápis ou algo semelhante nos

diversos objetos como nos exemplos abaixo:

Pente, espiral de um caderno ou livro, pedaço de uma caixa de papelão,

mangueira.

Fotos: acervo da autora

Outra maneira de confeccionar esse instrumento: Com bambu cortado em

várias partes. Cada parte deve conter furos. Em seguida pode ser utilizada uma

varinha feita com o mesmo material (bambu) para friccionar e produzir o ritmo.

Além desses instrumentos, muitos outros podem ser construídos, dependendo

de nossa criatividade.

Foto: acervo da autora

Sugestão de atividade

Na construção dos reco-recos, pede-se aos alunos

vários materiais como: espiral de cadernos e livros,

caixas de papelão, pentes e demais materiais

semelhantes. Além desses elementos, devem trazer

algo como um palito para friccionar sobre os mesmos

e produzir o som.

As baquetas

Foto: acevo da autora

As baquetas utilizadas nos instrumentos de fanfarra, também estão disponíveis

nas escolas estaduais. São quarenta pares de baquetas. É um ótimo material

para trabalhar o ritmo musical com os alunos.

É importante exercitar a mão Direita (D) e a mão Esquerda (E) para tocar as

baquetas. Alguns exercícios podem ajudar no desenvolvimento da coordenação

motora.

E E E E

D D D D

E E E E

D D D D

E E D D

D D E E

D E D E

D E E D

Foto: acervo da autora

Depois de construir instrumentos em sala de aula, podemos utilizar outros

instrumentos tradicionais como: o pandeiro, o berimbau, baquetas entre outros.

Fotos: acervo da autora

Outro recurso que dispomos na maioria das vezes é o aluno que toca algum

instrumento.

Ao trabalhar a Música na escola, é muito importante fazer uma pesquisa para

descobrir os “talentos musicais” existentes. Com isso, valoriza-se o trabalho do

aluno que já possui um conhecimento musical e enriquece o repertório musical.

REFERÊNCIAS

CIAVATA, Lucas. O Passo: A pulsação e o ensino-aprendizagem de ritmos.

Rio de Janeiro: FA editoração, 2003.

FONTERRADA, Maria Trench de Oliveira. De tramas e fios: um ensaio sobre

música e educação. São Paulo: Editora UNESP, 2005.

JEANDOT, Nicole. Explorando o Universo da Música: pensamento e ação

no magistério. São Paulo: Scipione, 1997.

LOUREIRO, Maria Almeida Loureiro. O Ensino da Música na Escola

Fundamental: um estudo exploratório. Belo Horizonte: Dissertação

(Mestrado), PUCMG, 2001.

TEORIA ELEMENTAR disponível em www.escala.com.br. Acesso em

12/12/2013.

WISNICK J. M. O Som e o Sentido. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.