os desafios da escola pÚblica paranaense …...compreensão do papel do estado no desenvolvimento...

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Artigos

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Artigos

TDIC NO ENSINO DE HISTÓRIA: JORNALISMO DIGITAL E O ORIENTE

MÉDIO

Amarilis da Silva

[email protected]

Maria Renata da Cruz Duran

Resumo: Atualizar o ensino de história por meio de um diálogo com os tipos de

narrativas a que estão acostumados os discentes é uma das recomendações

recorrentes em documentos oficiais de órgãos governamentais, tais como os

Parâmetros Curriculares Nacionais do Ministério da Educação. Paralelamente,

refletir acerca dos meios de produção de materiais didáticos e seus dispositivos de

difusão é uma tendência que, no rumo dos recursos educacionais abertos, procura

potencializar a capacidade docente de produção de seus próprios recursos

educacionais, proporcionando ao docente condições de atender mais

especificamente as demandas dos discentes. Neste sentido, trabalhar a ideia de

tempo, história e narrativa através de 4 módulos: História em Quadrinhos, Cinema,

Jornalismo Digital e Blogs, por meio desta, possibilitar que o aluno desenvolva as

competências do uso das Tecnologias de Informação e Comunicação, bem como

refletir acerca do uso das mesmas no ensino público e no estudo do Oriente Médio

conforme 4 momentos e locais: Guerra Irã e Iraque, Invasão norte-americana da

Palestina e Guerra do Golfo em Bagdá. A metodologia adotada é a de um trabalho

colaborativo-coordenado, ou seja, quatro integrantes do PDE estarão empenhados

em trabalho comum, cujo eixo é a exploração das TDIC na sala de aula, o resultado

final será a construção de uma foto-história em quadrinhos, um vídeo-digital, uma

história em quadrinhos desenhada e um blog.

Palavras-chave: Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação, Oriente

Médio, Políticas Públicas de Formação Docente.

APRESENTAÇÃO:

Ao ingressarmos no “Programa de Desenvolvimento da Educação (PDE)”,

uma modalidade de formação continuada disponibilizada aos professores da Rede

Estadual de Educação do Estado do Paraná em parceria com instituições de ensino

superior públicas do estado, tínhamos em comum a preocupação em aproximar o

“trabalho de ensinar”, tradicionalmente atribuído ao professor, da realidade de seu

público: o discente. Assim, a partir de questionamentos por parte da professora-

orientadora, Maria Renata da Cruz Duran (Universidade Estadual de Londrina –

UEL), e das discussões que se seguiram, optou-se por se abordar a utilização das

“Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC)”, em sala de aula.

Através da leitura de “A sociedade em rede”, de Manuel Castells, ampliamos

nosso olhar em relação ao modelo de sociedade. Ele descreve a sociedade

contemporânea como uma sociedade globalizada, centrada no uso e aplicação de

informação e conhecimento, sendo marcada por uma acelerada alteração em sua

base material. A fim de examinar a complexidade dessa nova economia, sociedade

e cultura em formação, Castells se reporta à revolução da tecnologia da informação

e procura “localizar este processo de transformação tecnológica revolucionária no

contexto social em que ele ocorre e pelo qual está sendo moldado” (1999: 24).

Esse novo modelo de sociedade possui, conforme o autor, quatro aspectos

principais: centralidade da tecnologia da informação; refinamento da teoria

sociológica, com a proposição da articulação do conceito clássico de modo de

produção à noção, por ele desenvolvida, do modo de desenvolvimento; a

compreensão do papel do Estado no desenvolvimento econômico e tecnológico,

deixando de lado a visão reducionista e ideologizada das perspectivas liberais do

Estado mínimo; e a caracterização da sociedade informacional como uma sociedade

em rede, com a morfologia social definida por uma topologia em forma de rede.

É importante a observação do autor de que a tecnologia da informação foi

essencial para a reestruturação do sistema capitalista a partir dos anos 1980 e,

portanto, seu desenvolvimento ocorreu conforme a lógica e os interesses do

capitalismo avançado. A partir desse quadro teórico, Castells situa a nova estrutura

social “associada ao surgimento de um novo modo de desenvolvimento, o

informacionalismo, o que define o modo informacional de desenvolvimento é a ação

de conhecimentos sobre os próprios conhecimentos como principal fonte de

produtividade” (1999: 35), nos conduzindo a um novo paradigma tecnológico,

baseado na tecnologia da informação. A sociedade em rede surge, então, com o

desenvolvimento das novas tecnologias da informação que se agruparam em torno

de redes de empresas, organizações e instituições que deram origem a um novo

paradigma sócio- técnico, cujos aspectos centrais representam a base material da

sociedade da informação.

Conforme o autor, são cinco os aspectos centrais desse novo paradigma: a

informação é a matéria- prima; as novas tecnologias penetram em todas as

atividades humanas; a lógica de redes em qualquer sistema ou conjunto de relações

usando essas novas tecnologias; a flexibilidade de organização e reorganização de

processos, organizações e instituições; e, por fim, a crescente convergência de

tecnologias específicas para um sistema altamente integrado, conduzindo a uma

interdependência entre biologia e microeletrônica (1999: 78-79).

Castells conceitua rede a partir de uma definição simples: “é um conjunto de

nós interconectados” (p. 498), mas que por sua maleabilidade e flexibilidade oferece

uma ferramenta de grande utilidade para dar conta da configuração das sociedades

contemporâneas sob o paradigma informacional. Elas “são estruturas abertas

capazes de expandir de forma ilimitada, integrando novos nós desde que consigam

comunicar-se dentro da rede, ou seja, desde que compartilhem os mesmos códigos

de comunicação (por exemplo, valores ou objetivos de desempenho). Uma estrutura

social com base em redes é um sistema aberto altamente dinâmico suscetível de

inovação sem ameaças ao seu equilíbrio" (p.499). Essa flexibilidade constante é um

dos aspectos dessa sociedade informacional centralizada no uso das tecnologias da

informação. Como não poderia deixar de ser, a escola também se encontra entre os

“territórios” interconectados nessa rede. É na escola que, segundo o autor, a

reflexão sobre o uso das TDIC deve ultrapassar o incremento de técnicas que

desenvolvam a maestria no uso desta ou daquela ferramenta, mas sim discutindo

temas como: a ética na sociedade da informação, a capacidade de adaptação às

mudanças constantes, bem como de tomada de consciência do presente e de

integração cada vez maior da polissemia cultural mundial. Mas, se a escola já está

interconectada pelas redes à sociedade informacional, como se tem dado o uso das

tecnologias da informação em seu ambiente?

A web 2.0 está repleta de informações disponíveis acerca do conhecimento

humano produzido. A sociedade, como um todo interconectado, cada vez mais

pressiona a escola para a incorporação dessas ferramentas como forma de

atualização do ensino (BASTOS, 2010). Ainda assim, percebe-se no meio escolar

uma utilização restrita das novas tecnologias. O acesso à internet, por parte dos

professores, ocorre de forma pessoal e, até, para o preparo das aulas, mas o uso

direto de tais tecnologias junto ao público discente, ainda é escasso. A TV, o DVD e

o Rádio foram incorporados, ainda que reduzidamente, como material de apoio junto

aos alunos, mas os computadores, notebooks e celulares, ainda não.

Há uma leitura comum de que as ferramentas web 2.0 necessitam de um

“tratamento” para serem incorporadas ao universo escolar (DOURADO, 2011).

Também sabemos que a falta de preparo no manejo de programas e da internet,

bem como sua adequação à sala de aula, ainda é um dos grandes desafios da

educação. Embora muito se tenha feito em termos de políticas públicas com relação

à inserção do uso das TDIC (tecnologias digitais de informação e comunicação) no

contexto escolar, ainda muito há de ser feito no sentido de integrá-las no processo

ensino e aprendizagem.

Desde as reformas educacionais da década de 1990, muitos foram os

programas de formação continuada docente em prol do uso de tecnologias de

informação e comunicação em sala de aula. Latino-americanos e federais esses

programas fizeram algum tipo de pressão para o incremento de programas

estaduais de formação na área (BASTOS, 2010; BUENO, 2012).

O maior projeto do governo federal para inserção de laboratórios de

informática nas escolas do país, incluindo o estado do Paraná, é o PROINFO:

Programa Nacional de Tecnologia Educacional, um Projeto do Governo Federal –

MEC que visa encaminhar verbas para os Estados e municípios, com o propósito de

instalar laboratórios de informática e, ao mesmo tempo, oferecer uma formação

continuada aos professores (DOURADO e SANTOS, 2011, p 162). Essa formação

continuada se dá através dos chamados NTE (Núcleo Tecnológico Educacional),

contido dentro do Núcleo Regional de Educação, onde as escolas estão

jurisdicionadas. Nele, o professor aprende a fazer um download, baixar uma

imagem, converter um vídeo e assim por diante.

Segundo Maria Inês Bastos (2010), o programa oferece deficiências na

medida em que não ministra conteúdos voltados para a educação, nem acompanha

o docente em suas atividades. Essas deficiências, contudo, se estendem para vários

outros campos de formação, tal como a formação inicial, aonde sequer o uso das

tecnologias é debatido no Brasil. Segundo a pesquisadora, é no exercício da

profissão que se explora ações com o uso das TDIC’s, muito mais com o objetivo de

aproximar o docente desses equipamentos, do que fomentar o seu uso de forma

mais efetiva na sala de aula.

Nessa perspectiva, observam Silvia e Almeida (2010 apud Almeida, 2008)

que “embora, desde o final dos anos 1980, tenham sido implantados diversos

projetos voltados à inserção de tecnologias na educação, ainda não se chegou à

universalização do uso das tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC)

nas escolas”. Assim, também aponta Bastos (2011) que os grandes investimentos

do governo federal no que diz respeito à inclusão das TDIC no meio escolar, têm

sido feito mais em nível de infraestrutura, ou seja, sua preocupação é de equipar as

escolas com ferramentas tecnológicas, desenvolvendo poucas ações de inserção

dessas tecnologias no contexto da aprendizagem. Aos professores coube a tarefa

de manuseio das mesmas, que vieram sem o conhecimento prévio para a sua

aplicação no processo de ensino aprendizagem. Equipar as escolas com

tecnologias, revelou-se insuficiente para a integração de alunos e docentes na busca

por maior qualidade e eficiência na Educação.

Após analisar políticas públicas de formação docente no Brasil, nas esferas

federal, estadual e municipal, GATTI (2011) aponta para uma crise na educação,

especialmente no que diz respeito à formação inicial dos docentes. O que se verifica

é que se priorizam mais os aspectos específicos da licenciatura, ou seja, os

conhecimentos da área (historiografia no caso da história, geometria no caso da

matemática, etc.) pouco dando importância para a formação pedagógica dos

professores, o que contribui de forma negativa para a aplicabilidade de alternativas

formativas, como por exemplo, cursos voltados para o uso das TDIC na

aprendizagem.

Concentrados em desenvolver nossas habilidades no uso das TDIC em sala

de aula, visando uma maior aproximação entre o docente e o discente, é que

desenvolvemos este projeto. Para tanto, escolhemos estudar o Oriente Médio, uma

vez que tal região faz parte dos constantes noticiários, através de uma visão restrita

que desconsidera a polissemia cultural ali presente. O uso de diferentes fontes

históricas, a partir do uso de diferentes tecnologias, permitirá a construção da

consciência histórica que, conforme Rüsen, se dá através de múltiplas

configurações.

A partir dos estudos, buscamos quebrar antigos preconceitos que fazem parte

do senso comum, quando o assunto é o Oriente Médio, construindo um

conhecimento atualizado acerca dos países ali situados, bem como de sua

heterogeneidade cultural. Essa temática nos permitiu compreender como as

relações sociais e culturais são construídas ao longo do tempo, permitindo explorar

diferentes narrativas e modos de compreensão da história, como assinala Antônio

Rodriguez de Las Heras (1999). O uso das TDIC’s, então, tornou-se um meio

imprescindível de acesso a tais informações: como saber acerca do comportamento

de uma garota iraniana antes da internet? Como ultrapassar os conceitos difundidos

pelos grandes meios de comunicação de massa, antes do jornalismo digital? Ou,

ainda, como acompanhar o cotidiano de guerra a partir do relato de um civil, antes

da internet?

As TDIC’s figuraram como forma de permitir o acesso às fontes históricas em

nossa “sociedade da informação”, além de possibilitar uma aproximação geracional

entre docentes e discentes. A temática também é central segundo os Parâmetros

Curriculares Nacionais (2006), já que lida com o desenvolvimento acerca da noção

temporal de história, conferindo maior capacidade discente de discussão de

temporalidades e possibilidades interpretativas dos eventos, bem como noções de

estrutura e conjuntura.

JORNALISMO DIGITAL

Vivemos em uma sociedade que se transforma a cada dia devido ao advento

das novas Tecnologias da Informação na Comunicação (TIC’s). A convergência dos

sistemas de comunicação, tecnologias da informação e crescimento das redes

integradas tornam-se responsáveis pela transição de uma sociedade antes voltada à

indústria, para uma sociedade agora baseada na informação.

Manuel Castells (1999), visualizando o futuro da Internet como meio de

comunicação, defende que este será um veículo sobre o qual a nova sociedade

estará embasada. O autor analisa, no livro “A sociedade em rede”, a sociedade

voltada ao uso da informação, a partir de uma revolução tecnológica, trazendo a

ideia de que as novas tecnologias da informação estão integrando o mundo em

redes interligadas globalmente. Existem múltiplas redes interligadas que se tornam

fonte de formação, orientação e desorientação da sociedade, “por isso, é que a

informação representa o principal ingrediente de nossa organização social, e os

fluxos de mensagens e imagens entre as redes constituem o encadeamento básico

de nossa estrutura social” (CASTELLS, 1999, p. 573).

Desde a sua popularização, há mais de 15 anos, a Internet vem conquistando

espaço em todo o mundo, assumindo as relações de comércio, divulgação de

informações e se tornando um canal de relacionamento entre pessoas de diversas

localidades. No início de sua expansão, a Internet distribuía apenas dados

impressos e algumas informações gráficas, mas essa limitação desapareceu e vem

sendo intensificada devido ao recurso multimídia capaz de manipular dados em

vídeo, voz e impresso.

O jornalismo foi um dos setores que mais sofreram rupturas e mudanças com

o avanço das novas tecnologias, com o surgimento de um novo espaço: o

ciberespaço, onde se reconfiguram os espaços, as relações entre os seres humanos

e a estrutura de poder. E é diante de tamanhas mudanças que o jornalismo precisa

adquirir novos aspectos para sobreviver no mundo globalizado, voltado agora para o

ambiente virtual.

Na sociedade em rede descrita por Manuel Castells, grande é a influência dos

meios de comunicação de massa, como jornais, televisão, rádios, cinema e também

pela Internet. Entre os principais teóricos das mídias contemporâneas figura o

canadense Marshall McLuhan, aqui utilizado como base para uma reflexão sobre o

jornalismo digital Marshall McLuhan delineou o resultado das implicações

tecnológicas na sociedade humana e o plano de fundo dessa rede de

comunicações, em seu livro ''Os meios de comunicação como extensões do homem

(Understanding Media)” (2002). Segundo este autor, o homem foi obrigado a fazer

uso de todas as suas faculdades, sem distinção do que é puramente entretenimento

e do que é, essencialmente, conhecimento, para incremento do mundo em que vive

na contemporaneidade.

Um dos paradigmas defendidos por McLuhan consiste na teoria da Aldeia

Global, onde o mundo estaria completamente interligado, interdependente e

conectado, proporcionando a diminuição das distâncias e o uso dos meios de

comunicação para unir sociedades inteiras, por maiores que sejam as diferenças. A

peça-chave desse processo é a televisão, o maior meio de comunicação de massa

de nível internacional.

Segundo McLuhan, a mensagem de qualquer meio ou veículo é a mudança

de padrão que este meio provoca na sociedade, uma vez que é o meio que rege a

forma e a dimensão dos atos e associações humanas. McLuhan distingue os meios

de comunicação entre meios quentes e frios, sendo meios quentes aqueles que

exploram um único sentido do homem de modo extenuante e saturado, não

permitindo ao receptor da mensagem uma participação ativa, como o rádio, o

cinema, a fotografia. E os meio frios, como aqueles que, diferentemente do primeiro,

utilizam mais de um sentido e em baixa definição, ou seja, disponibilizando pouca

informação (visual, auditiva, etc.), estimulando ao máximo a participação de seus

usuários, como por exemplo: o telefone, a televisão, a caricatura. Publicado pela

primeira vez em 1964, McLuhan não poderia prever a hibridização de meios de

comunicação que ocorreria no âmbito dessa Aldeia Global e o quão amplo e

complexo esse conceito iria se tornar.

Todavia, o que se pode depreender de alguns dos apontamentos do teórico é

que tais meios podem ser considerados elementos articuladores e, ainda,

homogeneizadores da sociedade atual. Para autores como Theodor Adorno e Max

Horkheimer, a universalização do conhecimento prevista por McLuhan não seria

exatamente benéfica para a sociedade, destarte, tratava-se de avaliar como e

quanto as interconexões midiáticas serviriam para benefício ou educação global.

Munidos dessas discussões e perguntas, pretendemos, nesse projeto, discutir

o papel do jornalismo digital, cada vez mais direto e econômico nas palavras, na

disseminação, se não na manutenção, da religiosidade como prisma de

entendimento da sociedade.

METODOLOGIA:

O presente projeto foi desenvolvido no ano de 2014 e teve como objetivo

verificar o potencial do uso de tecnologias de informação e comunicação em prol de

uma atualização dos parâmetros de diálogo com os discentes do ensino médio e

básico, por meio da exploração de cinco diferentes mídias (cinema, histórias em

quadrinhos, jornalismo digital e repositórios digitais de textos acadêmicos), tendo em

vista o incremento de um trabalho colaborativo e a produção de recursos

educacionais abertos.

Diante de todas as limitações que a escola pública apresenta e em meio a

tantas dificuldades que precisam ser superadas diariamente, sem dúvida, houve

grande necessidade de rever alguns itens da proposta de trabalho e no que se

referem ao uso das ferramentas tecnológicas, os problemas foram maiores ainda,

visto que o laboratório de informática encontra-se equipado com quantidade

insuficiente de computadores para o número de alunos da série e a conexão de rede

de internet por ser limitada, não foi possível ser utilizada por todos os alunos, pois,

ao fazer o acesso, ocorria o travamento dos computadores, impossibilitando assim a

continuação das atividades. Conforme o contexto escolar apresentado, algumas

atividades foram dadas como trabalho extraclasse, visto que a maioria, senão todos

os alunos possuem celulares e computadores com acesso a internet.

O Projeto de Intervenção Pedagógica foi implementado no 1º semestre do

ano de 2014, em uma turma de alunos do 3º ano do Ensino Médio do Colégio

Estadual Hugo Simas, para um total de 175 alunos, divididos em 5 turmas. Os

alunos com os quais foi desenvolvido o projeto frequentam o período matutino, em

salas heterogêneas, com alunos de faixa etária apropriada para a série.

O Projeto e o Caderno Temático foram apresentados na Escola aos

Professores, funcionários, membros da APMF, Conselho Escolar e Equipe

Pedagógica na semana pedagógica em fevereiro. Em Março foi feito a apresentação

do Projeto e do Caderno Temático aos alunos que participaram do projeto.

A primeira parte do trabalho foi à apresentação dos Quadrinhos aos Alunos,

depois foi feito uma leitura dirigida de gibis e finalizado com uma produção coletiva a

partir da leitura de gibis.

A HQ escolhida para a próxima etapa do trabalho foi “Persépolis”, de

Marjane Satrapie. Lançada em 2001 pela L’Association, França (embora nos

utilizaremos da versão traduzida por Paulo Wernec, em 2007, pela Companhia das

Letras, em sua 10ª reimpressão -2013-), é uma obra de quadrinhos autobiográfica.

Em suas páginas, podemos ter acesso à narração da autora acerca de sua vida,

influenciada que foi pela passagem de um regime opressor imposto pelo Xá, para a

chegada ao poder, no Irã, dos grupos religiosos islâmicos conservadores. Este

grupo, ao chegar ao poder, estabeleceu um conjunto de regras imposto à força à

população, que passou a ser vigiada, presa, torturada e condenadas à morte.

A relação entre HQ’s e cinema também foi discutida junto aos alunos, uma

vez que, em seus primórdios, as animações eram produzidas a partir da arte

sequencial presente nos quadrinhos. Muito mais do que uma fonte de prazer e

diversão, o cinema é um testemunho de uma época, pois representa costumes,

valores, mentalidades e ideologias. Portanto, é também um importante registro

histórico e pode ser utilizado como fonte alternativa para o conhecimento da história.

Partindo dessas premissas, os alunos tiveram contato, então, com o filme

“Persépolis” inspirada na história em Quadrinhos da mesma autora Marjane Satrapi,

Esse filme, dirigido por Vincent Paronnaud, juntamente com Marjane, é realizado a

partir de animações em preto e branco, dos desenhos de Marjane Satrapie para sua

HQ.

Nesse segundo módulo, as atividades desenvolvidas com os discentes

partiram da utilização do cinema como recurso didático. Como um dos objetivos é

permitir ao aluno a compreensão da polissemia cultural do mundo islâmico, a partir

de diferentes fontes históricas, de forma a lhe possibilitar a construção de narrativas

acerca do conhecimento obtido, gerando assim a formação de sua consciência

histórica. A atividade foi à comparação entre as duas diferentes linguagens acerca

de uma mesma obra, identificando características presentes, ou não, nas duas

linguagens utilizadas.

O trabalho foi finalizado com a discussão coletiva sobre o filme “Persépolis”.

Os elementos considerados ao analisar um filme foram aspectos cotidianos (religião,

política, cultura, etc.) da vida da personagem central.

O terceiro módulo deste trabalho foi o Jornalismo Digital. Após uma rápida

exposição sobre a sociedade da Informação foi apresentado o vídeo

http://www.youtube.com/watch?v=8-HOTa2Lqbc (vídeo sobre Era digital de Lauro

Passos com 6mim) para ilustrar esse assunto. A partir da utilização do vídeo e da

explanação em sala de aula, os alunos foram levados a conhecer o que é o

jornalismo digital. A aula foi terminada com essa pergunta: O que é jornalismo

digital? A atividade proposta foi pedir para os alunos em grupo trazer alguns vídeos

sobre o assunto encontrados na internet (Obs. Os vídeos deveriam ser pequenos).

Por tratar do tema gerador, que é a questão da polissemia cultural árabe,

escolhemos a obra “Palestina”, de Joe Sacco, para prosseguir com as atividades

desse módulo. O assunto foi iniciado com uma aula expositiva sobre a Palestina

com a apresentação do documentário sobre Oriente Médio – Conflitos na Palestina

de 12m41s https://www.youtube.com/watch?v=MCdLVKcM6aA. Através do vídeo, os

alunos tiveram acesso a um conhecimento sobre a ocupação dos territórios,

originalmente pelos povos semitas, bem como das sucessivas invasões ali ocorridas.

Expôs-se a questão da diáspora judaica, bem como de seu retorno, ao final da

Segunda Guerra Mundial, com a criação do Estado de Israel.

Em seguida foi apresentada a entrevista com Joe Saco de 4m49s

http://www.youtube.com/watch?v=yF0cLAQBRys e realizada uma apresentação de

Joe Saco e sua obra Palestina. Todo em quadrinhos, “Palestina” é o resultado de

semanas de peregrinação, caminhadas em vilas sem qualquer infraestrutura, em

meio a correrias e batidas do exército, conversas com pais saudosos de filhos

mortos ou presos, contato com jovens num contexto social pouco propício. Além do

enredo em quadrinhos, a edição atual traz um depoimento do escritor Edward Said,

outro texto precioso do jornalista José Arbex Jr. sobre o que é notícia e

notícia/imagem e um prefácio do próprio Joe Sacco, explicando suas motivações e a

forma como construiu este livro imperdível para quem quer conhecer uma realidade

não abordada nos noticiários.

Ao chegar à Palestina, Sacco passou a conviver com pessoas comuns, lutou

para conquistar a confiança de moradores já habitualmente desconfiados, entrou

nas casas para ouvir histórias de pais e mães, de jovens e anciões. Enquanto

falavam, ele fazia uma espécie de esquema gráfico, formando um diário. Descrevia

situações ou simplesmente desenhava o que tinha sido visto. Tudo era

complementado pelas dezenas de fotos que tirava dos diversos locais visitados. Ao

voltar, ele reorganizou o material, limpou-o e, com o auxílio das fotos, reproduziu os

ambientes na forma de quadrinhos.

Como o autor deixa claro em sua obra, “Palestina” procura demonstrar outro

lado da questão do conflito entre árabes e israelenses. Esses conflitos, iniciados

com o movimento sionista – nacionalismo judeu – no início do século XX, perduram

até hoje e já são tema das aulas de geografia de algumas gerações. Mas o que

essas aulas ou as habituais notícias nos jornais não conseguiram explicar, Joe

Sacco o faz de maneira simples e eficiente. Jornalista especializado em cobrir áreas

de conflito, Sacco passou dois meses no início da década de 1990 (um dos vários

períodos intensos desse embate entre nações), em Jerusalém, na Cisjordânia e na

Faixa de Gaza, para ver e contar a situação dos Palestinos e a visão de ambos os

lados dessa relação turbulenta. Sua intenção é a de ser sincero no retrato do que viu

usando letras e desenhos. Sacco é o precursor do “Jornalismo em Quadrinhos”. Em

“Palestina”, o jornalista vai atrás de personagens reais que tenham o que contar

sobre ataques, invasões e perdas que enfrentaram durante todo o tempo de vida

nesses territórios ocupados. Ouve testemunhos de pessoas que não acreditam mais

na possibilidade de paz, e de outras que ainda sonham com ela. Inserido no próprio

relato, muitas vezes o que Joe Sacco busca é justamente os conflitos que possam

render boas fotos e reportagens. Através dos relatos, alguns representados numa

única página deixaram sua contribuição para o entendimento da realidade palestina.

Quando lemos “Persépolis”, de Marjane Satrapie, ou “Palestina”, de Joe

Sacco, uma observação importante nos vem à mente: a preocupação da população

local com a guerra, a forma como essas populações são atingidas pelos conflitos em

seu cotidiano. Várias passagens das obras citadas descrevem cenas em que a

guerra se torna “mais real” para nós, distante de tais conflitos (ao menos

geograficamente), quando os personagens enfrentam problemas em atividades

corriqueiras que fazem parte de nosso dia-a-dia. Compras no mercado (com falta de

produtos), vigilância extrema em relação às festividades em família, a rotina de

trabalho impedida por uma nova ação militar, trazem o lado humano daqueles

“personagens” para perto de nós.

As atividades desse módulo partiram da leitura em grupos dos capítulos do

livro de Joe Sacco, destacando-se a questão da polissemia cultural da região,

inclusive lembrando a obra “Persépolis”, que num outro ambiente espaço- tempo

mostra outros conflitos dentro de uma cultura que se depreende, através dos meios

de informação de massa, que fossem uma cultura homogênea. Criar um

fotojornalismo e, em seguida, convertê-los numa sequência de quadrinhos, foi à

atividade discente finalizadora desse módulo.

A turma foi dividida em 9 grupos, sendo que cada grupo ficou com um

capítulo. Após a leitura cada grupo apresentou um resumo do capitulo lido. A partir

do resumo elaborado na aula anterior, cada grupo criou uma história desenhada à

mão ou pelo computador, com o uso dos sites: Pisxton: http://www.pixton.com/es/ ou

Comic master: http://www.comicmaster.org.uk/ .

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Silvina Gvirtz e Janson Beech (2009) relacionam escola e coesão social

em um de seus trabalhos, chegando à conclusão de que esta relação é essencial

para a garantia de algum tipo de justiça social nas sociedades futuras. Com base

nessas reflexões, sugerem a existência de dois níveis para se pensar a coesão

social na micropolítica da escola na América Latina, a saber: um vinculado ao

acesso e à permanência das crianças e jovens na instituição e outro associado à

questão curricular.

Gvirtz e Beech reconhecem a importância da instituição escolar como

protagonista de políticas públicas, considerando mesmo os centros educacionais

como instâncias de responsabilidade na provisão da justiça educacional e, ao

mesmo tempo, de coesão social, sem desconsiderar outras instâncias de

governo dos sistemas educacionais. Concebem, portanto, a coesão social como

um problema político em todos os níveis, macro, intermediário e micro, de

maneira que possam buscar soluções para que o sistema educacional contribua

mais e melhor para a construção de sociedades coesas. Entretanto, os autores

identificam o problema da exclusão de crianças e jovens no sistema educacional

e, no seguimento de seu trabalho, analisam a questão da exclusão escolar, da

fragmentação e micropolítica.

Assim sendo, à escola cabe o papel de promover a coesão social

questionando e combatendo a evasão escolar, o tratamento diferenciado, bem

como o relacionamento impositivo entre os diferentes componentes do ambiente

escolar (alunos, professores, funcionários, equipe administrativa e pedagógica,

além da comunidade atendida).

A partir de então, fazem um traçado histórico do desenvolvimento dos

sistemas educacionais modernos na América Latina, passando, sobretudo, pelas

dimensões global, nacional e local da coesão social nas escolas, para chegar à

constatação de que o grande desafio nas questões relacionadas à promoção da

coesão social na escola é o de gerar um sentimento de pertencimento que

transcenda os vínculos locais, evitando a fragmentação do sistema educacional

e social. Embora não desconheçamos os papeis que devem ser desempenhados

pelos níveis macro e intermediário no tratamento desse problema, sugerem

colocar a unidade escolar com elemento central no combate à fragmentação

social derivada da exclusão educacional, uma vez que a escola é um fator-chave

no que diz respeito à formulação de estratégias para fomentar o acesso e a

permanência dos estudantes.

Neste trabalho, a coesão social como elemento que pudesse ser

fomentado em sala de aula foi o ponto de partida e o horizonte de chegada.

Nosso foco foi à disseminação do uso das TDIC no ensino médio, bem como a

compreensão histórica da polissemia de culturas, como a cultura árabe. Ao nos

valermos de filmes, vídeos, músicas, HQs e blogs, procuramos demonstrar o

quanto a história está próxima dos nossos discentes e se constrói com eles à

medida que suas vidas passam. Ao mesmo tempo, esperávamos atualizar o

instrumental docente, não apenas falando das TDIC, mas trabalhando com elas,

ofertando aos discentes chances de utilizar consciente e profissionalmente as

TDIC. Consoante, a problematização da internet como espaço propício para uma

educação aberta e como ambiente de discussão sobre a ética da sociedade

vigente foram tópicos essenciais e diretamente relacionados com as atividades

propostas aos discentes.

A experiência obtida ao final da implementação deste projeto propiciou uma

reflexão sobre a necessidade de um maior investimento na área tecnológica das

escolas públicas do estado, principalmente no que tange ao procedimento de

manutenção de computadores, suporte e assistência técnica dos mesmos, e

melhoramento nas conexões de rede. Apesar desses problemas e dificuldades

enfrentados durante o trabalho, concluiu-se que, a metodologia utilizada favoreceu o

ensino/aprendizagem e o projeto em si trouxe experiências bastante inovadoras para

todos os envolvidos, professores participantes do GTR, durante o curso, alunos da

série escolhida para a implementação e a professora idealizadora do projeto.

Referências Bibliográficas

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Oriente Médio - Conflitos na Palestina - Prof. Arlene Clemesha) Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=MCdLVKcM6aA