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OS BENEFÍCIOS DO PEELIG DE ÁCIDO SALICÍLICO NA ACNE VULGAR
Marcela T. B. N. da Fonseca¹, Silvia Patrícia de Oliveira², Neiva Cristina Lubi³.
1- Acadêmica do Curso de Tecnologia em Estética e Imagem Pessoal da Universidade Tuiuti do Paraná - UTP (Curitiba, PR); 2-Silvia Patrícia de Oliveira - Fisioterapeuta Dermato funcional - Professora Orientadora Adjunta da Universidade Tuiuti do Paraná 3- Farmacêutica MSc. - Professora Co-Orientadora Adjunta da Universidade Tuiuti do Paraná. Endereço para correspondência: Marcela T. B. N. da Fonseca [email protected] __________________________________________________________________________________
RESUMO: A acne é uma patologia inflamatória da pele que acomete os folículos
pilossebáceos, de origem multifatorial, afeta face, tórax e dorso, sendo muito comum em
adolescentes. Entre vários tratamentos disponíveis na estética, o ácido salicílico mostra
grande eficácia no tratamento de acne grau I e III, podendo ainda ser usada com segurança
nos fototipos IV, V e VI. Isso se dá através de sua ação queratoplástica em concentrações
até 3%, e queratolítica acima de 3%, além da ação bacteriostática, nas concentrações de 1
a 5%, sendo que o peeling de ácido salicílico deve ser realizado em pH de 3,5 e
concentração de até 10%. Apresenta pouca incidência de complicações por sua baixa
irritabilidade cutânea. Em baixas concentrações, o ácido salicílico é um dos melhores
tratamentos para a pele com biótipo lipídico, diminuindo a oleosidade e auxiliando a
hiperqueratinização. Esse trabalho tem como objetivo identificar através da revisão
bibliográfica a eficácia da ação do ácido salicílico na acne vulgar.
Palavras Chaves: Ácido Salicílico, Acne e Peeling.
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SUMMARY: Acne is an inflammatory skin disease that affects the pilosebaceous follicles of
multifactorial origin, affects the face, thorax and back, very common among adolescents.
Among various aesthetic treatments available, salicylic acid shows great efficacy in the
treatment of acne grades I and II and can be safely used in skin types IV, V, VI. This is
achieved through its keratoplastic action in concentrations up to 3%, keratolytic above 3%,
and the bacteriostatic action in concentrations from 1 to 5%, seeing that salicylic acid peeling
should be performed in 3.5 pH and concentration up to 10%. It shows little incidence of
complications due to their low skin irritability. At low concentrations, the salicylic acid is one
of the best treatments for lipid skin biotype reducing oiliness and helping hyperkeratinization.
This study aims to identify, through literature review, the effectiveness of the salicylic acid
action in acne vulgaris.
Key Words: Salicylic Acid, Acne and Peeling.
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1. INTRODUÇÃO
A acne é a principal afecção cutânea na adolescência, podendo ocorrer em
outras fases da vida, acomete igualmente homens e mulheres, sendo mais rigorosa
em homens. Geralmente é branda e transitória, no entanto pode evoluir para formas
mais graves, levando o individuo a ter sua auto - estima abalada induzindo-o ao
isolamento social, depressão e consequentemente afetando sua qualidade de vida.1
Apresenta-se inicialmente com lesões não inflamatórias (comedões abertos e
fechados), sempre acompanhadas de aumento de produção sebácea,
hiperqueratinização folicular e proliferação bacteriana, sendo que o principal
microrganismo causador da inflamação é o Propionebacterium acnes, onde a
predisposição genética e o fator hormonal também estão relacionados ao processo
de formação da acne2.
Dentre os tratamentos para acne o ácido salicílico é amplamente utilizado,
tem ação levemente antisséptica, queratoplástica e principalmente queratolítica,
quando usado em concentrações mais altas. Sua ação queratolítica (acima de 3%)
permite que o mesmo promova um peeling superficial, tendo impacto apenas na
epiderme sem atuar nas camadas mais profundas da derme, o que faz dele um
peeling seguro. Ele age diminuindo a coesão dos corneócitos, desobstruindo os
folículos pilossebáceos e com isso promovendo a renovação celular 3.
Diante de tais considerações o presente estudo tem por objetivo identificar os
benefícios do ácido salicílico no tratamento da acne vulgar, buscando a correção das
alterações que ocorrem na pele permitindo o aparecimento de comedões e
posteriormente a acne.
1.1 ACNE VULGAR
Acne é uma doença inflamatória de origem genética-hormonal, autolimitada,
de localização pilossebácea, com formação de comedões, pápulas e pústulas, cuja
evolução varia de acordo com a intensidade. O processo inflamatório leva à
formação de pústulas e abscessos, frequentemente deixando cicatrizes2,4.
A sua frequência é maior na adolescência, quando o nível aumentado de
hormônios sexuais leva ao aumento da secreção de sebo pelas glândulas sebáceas,
3
propiciando o aparecimento de acnes e comedões principalmente no rosto, nas
costas, no peito e nos ombros, onde as gladulas sebáceas são maiores e em maior
numero 5,6. Desta maneira observa-se que a questão hormonal está presente nos
casos de acne, o que explica sua frequência em adolescente. Aproximadamente
85% das pessoas entre 12 e 25 anos de idade apresentam algum grau de acne 4,7.
As formas mais intensas de acne são frequentes no sexo masculino, porém
costuma ser mais persistente no sexo feminino, o que é explicado pela alta
frequência de distúrbios endócrinos 2. Certas drogas, o suor, a temperatura e a dieta
influenciam o fluxo do sebo, mas de maneira menos importante do que os
andrógenos. Estes, especialmente a testosterona, causam hipertrofia das glândulas,
levando ao aumento de sebo1,8. Se associada ao estreitamento e à obstrução da
abertura do folículo pilossebáceo, dão origem aos comedões abertos (cravos pretos)
e fechados (cravos brancos), favorecem a proliferação de microrganismos que
provocam a inflamação características da acne. Os comedões são formados por
20% a 60% de água, 15% de compostos nitrogenados, 1% de aminoácidos
essenciais e microorganismos8. O Propionibacterium acnes prolifera os
triglicerídeos do sebo, liberando ácidos graxos que irritam a parede folicular e
promovem hiperqueratose. O processo continua com a pressão aumentada
gradativamente dentro do folículo, que se rompe e libera ácido graxo e
microrganismos na derme circunjacente, iniciando assim, o processo inflamatório. 1,
4,7.
Pode-se classificar a acne em cinco graus, no entanto o profissional
Tecnólogo em Estética e Imagem Pessoal está habilitado a tratar a acne graus I e II.
É importante ressaltar que a realização de procedimentos em outros graus é
possível junto ao profissional de medicina.
A acne grau I também conhecida como comedoniana caracteriza-se pela
presença de comedões e raras pápulas e pústulas, comedões fechados que se
formam por aumento de corneócitos no infundíbulo folicular, o qual adquire forma
esférica, esbranquiçada, similar ao millium, e comedões abertos que se formam por
aumento de corneócitos no infundíbulo e colonização por Propionibacterium acnes, e
a acne grau II ou papulopustulosa tem presença de lesões inflamatórias pápulas e
pústulas, onde se observa a proliferação de microrganismos, com numerosos
comedões, a acne grau III, a acne grau IV ou conglobata se caracteriza pele
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presença de inflamatórias, com drenagem de material seropurulento ou hemático,
formando abcessos evoluindo para lesões cicatriciais, acne grau V ou Fulminans,
apresenta agravamento para necrose das lesões, leucocitose e eritema com quadro
febril.2,7,9,10.
Em geral o tratamento da acne tem por objetivo, corrigir a alteração da
queratinização folicular, diminuir a atividade das glândulas sebáceas, diminuir a
população bacteriana principalmente o Propionibacterium acnes e produzir um efeito
antiinflamatório8.
A acne pode ser tratada com peeling superficial levando a uma esfoliação,
que pode ser útil na diminuição dos comedões e na acne leve e na acne ativa tem a
capacidade de produzir um processo secativo diminuindo assim a probabilidade de
cicatriz 2,11,12,13.14.
1.2 ÁCIDO SALICÍLICO
O ácido salicílico (AS) é um ácido fenólico, ácido 2-hidróxi-benzóico ou ácido
o-hidróxi-benzóico. É conhecido como um beta-hidroxiácido, entretanto sua
descrição tem sido questionada quimicamente, pois os grupos hidroxil e carboxil
estão diretamente ligados a um anel de benzeno aromático. Derivado do vidoeiro
doce e da casca do salgueiro, o AS é o único membro da família AS, recebeu esse
nome porque o ácido carboxílico aromático possui um grupo hidroxi na posição beta.
É provável que o As tenha sido denominado um Alfa Beta Hidroxiacido (ABH) na
época que os peelings Alfa Hidróxi Ácidos (AAHs) foram lançados com o objetivo de
se beneficiar da popularidade dos mesmos 6,13. O ácido salicílico não é um agente
novo ele tem efeito comprovado em dermatologia há mais de 100 anos7. Estudos
clínicos apontam AS como um agente com vantagens para peeling superficial por ter
ação bem controlada tendo assim seu efeito mais previsível7.
No peeling de ácido salicílico, observa-se a ausência de permeabilidade
assim que o peeling é completo. O profissional pode prontamente verificar a
uniformidade da aplicação através de formação de precipitados de ácido salicílico,
tendo em vista que havendo local onde a aplicação não foi adequada, a reaplicação
deve ser feita 6,15.
A neutralização do peeling se faz desnecessária, sendo assim sua aplicação
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é possível em áreas maiores do corpo, como dorso e tórax, que são áreas difíceis de
realizar uma neutralização adequada6. Lembrando que não é aconselhável à
aplicação do ácido salicílico em áreas muitos extensas do corpo em concentrações
elevadas (acima de 10%), podendo produzir um quadro tóxico, conhecido como
salicilismo 15,16. O salicilismo é a complicação mais grave que pode ocorrer, é
acompanhado de um zumbido, redução de audição, tontura e cefaléia, portanto
deve-se evitar aplicar o agente em várias áreas do corpo ao mesmo tempo, e
orienta-se o aumento de ingestão de líquidos 7, 9.
Os efeitos antiinflamatórios do AS o torna um agente de peeling bastante
útil na pele acneica, sendo muito utilizado na acne comedogênica e inflamatória,
com comprovação de ação favorável especialmente em suas formas iniciais não
inflamatória,17 também tem a capacidade de permear no material sebáceo do folículo
piloso e dentro do óstio, ele é capaz de soltar o tampão comedoniano por sua
solubilidade em óleos, tendo um efeito comedolítico. Sua solubilidadade em óleo não
permite grande permeação no extrato córneo, desta forma diminuindo a irritação da
pele, e controlando a permeação permitindo um efeito mais previsível 6,7. Verifica-se
ainda que o mesmo possa reduzir a queratóse folicular limitando seu efeito aos
níveis mais superficiais da pele, sem atuar nas camadas mais profundas,
favorecendo desta forma a remoção das células mortas, melhora na textura da pele,
sem interferir na atividade mitótica1,6,13,15.
Sendo o ácido salicílico queratolítico, atua na desobstrução dos folículos
pilossebáceos, diminuindo a coesão dos corneócitos e estimulando a renovação
celular. Isso ocorre quando utilizado nas concentrações (0,5 a 3%), ou seja, tem
efeito queratoplástico, já nas concentrações de (4 a 20%), age exclusivamente como
queratolítico, removendo a camada córnea7,9. Proporciona também ação
bacteriostática, nas concentrações de (a 5%), apresentando baixa incidência de
complicações. Na acne é utilizado em concentrações de até 10% 7,9,16. Tem ação
antisséptica equilibrando as manifestações seborréicas da pele oleosa ou acneica 7,
12 Em contraponto a tratamentos mais agressivos e complexos, a correta limpeza de
pele, removendo o sebo e a aplicação de ácido salicílico, como queratolítico,
compõe o modo efetivo para prevenir e controlar as formas iniciais da acne grau II 17.
Foi contestado que o mecanismo de ação do ácido salicílico em
concentrações de 2% a 12% ocorresse simplesmente devido a queratólise do
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extrato córneo, sem efeito em componentes cutâneos mais profundos, pois existem
dados que sugerem que o ácido salicílico funciona nos espaços intercelulares entre
corneócitos e o estrato córneo 13.
O ácido salicílico é efetivo na redução da formação de acne e comedões bem
como melhora os quadros já existentes, com diminuição de hiperpigmentação pós-
inflamátoria, podendo ser realizado com segurança nos fototipos IV, V e VI 15.
1.3 INDICAÇÃO E CONTRAINDICAÇÃO
Dentre as indicações do ácido salicílico para peeling químico superficial
destaca-se acne inflamatória, não inflamatória e cicatricial 9, pele seborréica e com
orifícios foliculares dilatados7. Todas as alterações cutâneas relacionadas ao
fotoenvelhecimento leve ou moderado; hiperpigmentações cutâneas – as de
natureza pós-inflamatória podem ser beneficiadas pelo peeling 8,9.
As contra-indicações do ácido salicílico para peeling químico superficial são
referidas à fotoproteção inadequada, expectativas irreais, gravidez, estresse físico
ou mental grave 2, hábito de se escoriar; presença de ferimentos abertos no local da
aplicação, cicatrizes recentes, herpes labial, alergia como pruridos, coceiras e
urticárias, hipersensibilidade ao ácido acetilsalicílico 8 asma, bronquite. Ficam contra
indicados também as regiões classificadas como mucosas e as que estão sob
tratamento de depilação com luz intensa pulsada e a lazer 7,9.
1.4 APLICAÇÃO E CUIDADOS PRÉ E PÓS PEELING
É importante realizar uma avaliação e ter a assinatura prévia em termo de
consentimento, onde as orientações devem estar bem claras, fazer registro
fotográfico, realizar uma anamnese completa registrando dados pessoais bem como
a utilização de medicamentos tópicos ou sistêmicos, além de realizar esclarecimento
prévio com o mesmo sobre o processo que será realizado, a presença de eritema,
irritabilidade e principalmente os cuidados posteriores15,18.
A preparação da pele para a aplicação do peeling de ácido salicílico consiste
em uma higienização para desengordurar a pele tendo em vista que todas as
fórmulas queratolíticas não apresentam boa atividade se aplicadas sobre a pele
7
seborréica, normalmente com solução em álcool, éter, acetona em partes iguais ou
com soluções desengordurante especificas, retirando assim substâncias existentes
na superfície da pele que poderiam dificultar a penetração do ácido salicílico 7.
A aplicação do peeling de ácido salicílico pode ser efetuada com um algodão
ou uma gaze embebida na solução. Cerca de 3 minutos depois de aplicada a
solução, ocorrerá à evaporação do veículo utilizado. É importante lembrar que se
deve evitar abanar ou usar ventilador para que não ocorra uma evaporação mais
rápida. Observa-se, então, a formação de uma máscara esbranquiçada proveniente
da deposição dos cristais do ácido na pele, que nos possibilitará verificar sua
uniformidade na aplicação. Caso ocorram áreas nas quais não houve o
branqueamento desejado, poderá ser reaplicada a solução 7. Durante a aplicação e
por cerca de 3 minutos, o cliente sentirá um ardor, e em seguida passará a ter uma
leve sensação de hipoestesia. No processo de finalização, deve-se retirar o produto
com água corrente. Em seguida à realização do protocolo, pode-se observar um
eritema, e após dois dias ocorre descamação fina e uniforme podendo durar até
cinco dias 7,18.
Recomenda-se que as sessões seja seriadas, com intervalos semanais ou
quinzenais para peelings superficiais, considerando o mínimo de 3 aplicações 7,9.
É de total importância a utilização de hidratante com filtro solar, e lembrar-se
de reaplicá-lo várias vezes ao dia, independente da época do ano. Contudo garantir
que o filtro solar contenha proteção para as faixas de luz UVA (são responsáveis
pela pigmentação da pele) e UVB (são responsáveis pelas queimaduras solares) é
necessária9,19. Deve-se evitar exposição ao sol durante todo o período do
tratamento, assim como a exposição à luz de lâmpadas fluorescentes sem a
proteção do FPS (filtro de proteção solar), a fim de se evitar hiperpigmentação e o
envelhecimento precoce da pele, não se deve manipular nem remover as escamas,
e evitar mudanças bruscas de temperatura. O paciente deve ser conscientizado de
que a obtenção do resultado esperado depende 40% do profissional e 60% do
comportamento domiciliar 9,19.
Na ação esperada pós a aplicação do peeling são observados eritema,
edema, formação de crosta, herpes labial, descamações, ressecamento,
sensibilidade ao sol e alterações pigmentares, porém estas reações variam de
acordo com a concentração utilizada, com o espaçamento das repetições, e a
8
preparação que a pele recebeu antes do peeling 7,9.
2. METODOLOGIA
O trabalho foi realizado através revisão de literatura, utilizando como base de
coletas de dados: Lilacs, Bireme, Medline e bibliotecas da área da saúde. Com os
seguintes descritores: Acne, Ácido Salicílico, Renovação Celular. De 1994 à 2012.
3. DISCUSSÃO
O uso do peeling de ácido salicílico no tratamento da acne tem o seu princípio
baseado no efeito queratolítico, bacteriostático, fungicida, antimicrobiano e anti-
inflamatório, buscando a correção da hiperqueratinização na porção infra-
infundibular do folículo pilossebáceo, na qual o acúmulo de queratina vem obstruir a
drenagem normal, reduzindo a liberação sebácea, permitindo o desenvolvimento
bacteriano e os processos inflamatórios. O mesmo apresenta característica lipofílica,
o que lhe permite penetrar no material sebáceo do folículo piloso, fazendo dele
bastante efetivo contra comedões e acnes 6,9.
O AS não precisa ser neutralizado, concedendo ao peeling mais um ponto
positivo. Além disso, o risco de uma permeação excessiva do agente é diminuída
fato observado através da formação de precipitados da AS. É comum que o não
conhecimento da ação do ácido salicílico faz se confundir com coagulação de
proteína conhecida como frost, verificada em peeling médios e profundos 7. Sendo
esse um peeling do qual seu agente não se faz necessária a neutralização facilita
sua aplicação em lugares como dorso e tórax, áreas essas também acometidas com
frequência por acnes e comedões 5,6,20.
É importante dizer que o peeling de ácido salicílico é apontado em estudos
como agente de peeling superficial, com a vantagem principal de ter ação bem
controlada e com isso, o efeito mais previsível 7,8,14.
De acordo com a ANVISA a utilização do beta-hidroxiácido em cosméticos é
permitido em pH 3,5 e concentração de 10%. Com esta concentração e pH o
peeling se torna menos agressivo, menor risco de lesão na pele e sua ação pode ser
potencializada, através do tempo de exposição, número de camadas e terapias
9
combinadas 16.
Nos dias de hoje muitos médicos trabalham em conjunto com Tecnólogo em
Estética e Imagem Pessoal, na preparação inicial da pele através da limpeza de pele
com hidratação, indicando a permanência do procedimento inclusive após a
aplicação do peeling, no caso de procedimentos aplicados exclusivamente por
médicos como peeling médio e profundo 9.
Os peelings superficiais consecutivos podem levar a pele a ter uma
diminuição da secreção das glândulas sebáceas e sudoríparas, deixando a pele
seca, também chamada de pele asteatósica. Isso ocorre em um período temporário,
podendo ser solucionada com a utilização de cremes hidratantes 15.
4. CONCLUSÃO
O ácido salicílico é um importante agente no tratamento da acne vulgar,
devido as suas características anti-inflamatória, bactericida, queratolítico (em
concentrações elevadas) e efeito queratoplástico (em concentrações mais baixas),
essas características vem favorecendo na diminuição da atividade da glândula
sebácea, diminuindo a queratinização folicular, e com isso dificultando a proliferação
bacteriana, produzindo um efeito anti-inflamatório, dessa maneira ele vem atingir
com eficácia seu objetivo no tratamento da acne vulgar. É importante ressaltar que
ele não só trata como também ajuda na prevenção, agindo como esfoliante químico,
promovendo a renovação celular, suavizando sua textura sem grande irritação
cutânea.
5. AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar quero agradecer a Deus por me dar esta oportunidade tão
maravilhosa de concluir este curso, e aos meus amigos e professores que tanto me
ajudaram, em particular a professora Silvia Patricia e Neiva Lubi, que me orientaram
com maestria me proporcionando ainda mais conhecimento e segurança em relação
ao meu curso, e claro aos meus filhos por toda compreensão nos momentos em
10
que estive ausente, e ao meu marido Juan Diego por todo o apoio e dedicação a
todo instante, a vocês o meu muito obrigado.
6. REFERÊNCIAS
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