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ROTEIRO DE AULA PRÁTICA CURSO TÉCNICO Professora: Daniele Maria Alves Teixeira 1. NORMAS BÁSICAS DE SEGURANÇA NO LABORATÓRIO A segurança no laboratório é uma responsabilidade que deve ser assumida por professores, monitores e alunos. No recinto do laboratório não é permitida brincadeiras ou atitudes que possam provocar danos para si ou outras pessoas. Apesar disso, os laboratórios de química não são necessariamente lugares perigosos embora muito dos perigos estejam associados a eles. Acidentes são, na maioria das vezes, causados por falta de cuidado, ignorância e desinteresse pelo assunto. Embora não seja possível enumerar todas as causas de possíveis acidentes num laboratório, existem alguns cuidados que são básicos e que, se observados, ajudam a evitá-los. 1. É PROIBIDO comer, beber ou fumar no laboratório; 2. Evite trabalhar sozinho no laboratório, a presença de outras pessoas será sempre uma valiosa ajuda em caso de acidentes; 3. Prepare-se antes de tentar realizar os experimentos. Procure ler e entender os roteiros experimentais; consulte a literatura especializada. Em caso de

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Page 1: Original ROTEIRO_DE_AULA_PRÁTICA1(1)

ROTEIRO DE AULA PRÁTICACURSO TÉCNICO Professora: Daniele Maria Alves Teixeira

1. NORMAS BÁSICAS DE SEGURANÇA NO LABORATÓRIO

A segurança no laboratório é uma responsabilidade que deve ser

assumida por professores, monitores e alunos. No recinto do laboratório não é

permitida brincadeiras ou atitudes que possam provocar danos para si ou

outras pessoas. Apesar disso, os laboratórios de química não são

necessariamente lugares perigosos embora muito dos perigos estejam

associados a eles. Acidentes são, na maioria das vezes, causados por falta de

cuidado, ignorância e desinteresse pelo assunto.

Embora não seja possível enumerar todas as causas de possíveis

acidentes num laboratório, existem alguns cuidados que são básicos e que, se

observados, ajudam a evitá-los.

1. É PROIBIDO comer, beber ou fumar no laboratório;

2. Evite trabalhar sozinho no laboratório, a presença de outras pessoas será

sempre uma valiosa ajuda em caso de acidentes;

3. Prepare-se antes de tentar realizar os experimentos. Procure ler e

entender os roteiros experimentais; consulte a literatura especializada. Em

caso de dúvidas, discuta o assunto com o professor antes de tentar fazer

o experimento;

4. Utilize sempre que necessário, materiais que possam garantir maior

segurança no trabalho tais como: luvas, pinça, óculos (obrigatório),

jaleco (obrigatório) etc. Procure manter seu jaleco limpo.

5. Conserve sempre limpos os equipamentos, vidrarias e sua bancada de

trabalho. Evite derramar líquidos, mas se o fizer, limpe o local

imediatamente;

6. Gavetas e portas dos armários devem ser mantidas sempre fechadas

quando não estiverem sendo utilizadas;

7. Ao término do período de laboratório, lave o material utilizado, limpe sua

bancada de trabalho, seu banco, a pia e outras áreas de uso em comum.

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Verifique se os equipamentos estão limpos e desligados e os frascos

reagentes fechados;

8. Lave suas mãos freqüentemente durante o trabalho prático,

especialmente se algum reagente químico for respingado. Ao final do

trabalho, antes de deixar o laboratório, lave as mãos;

9. Leia com atenção os rótulos dos frascos de reagentes químicos para

evitar pegar o frasco errado. Certifique-se de que o reagente contido no

frasco é exatamente o citado no roteiro experimental;

10. Nunca torne a colocar no frasco, o reagente não utilizado. Não coloque

objeto algum nos frascos de reagentes, exceto o conta-gotas de que

alguns são providos;

11. Evite contato físico com qualquer tipo de reagente químico. Tenha

cuidado ao manusear substâncias corrosivas como ácidos e bases-use a

CAPELA;

12. A diluição de ácidos concentrados deve ser feita adicionando-se o ácido,

lentamente, com agitação constante, sobre a água - com essa

metodologia adequada, o calor gerado no processo de mistura, é

absorvido e dissipado no meio. NUNCA proceda ao contrário (água sobre

o ácido).

13. Nunca deixe frascos contendo reagentes químicos inflamáveis próximos à

chama;

14. Não deixe nenhuma substância sendo aquecida por longo tempo sem

supervisão;

15. Não jogue nenhum material sólido dentro das pias ou ralos. O material

inútil (rejeito) deve ser descartado de maneira apropriada;

16. Quando for testar um produto químico pelo odor, não coloque o frasco

sobre o nariz. Desloque os vapores que se desprendem do frasco com a

mão para a sua direção;

17. Use a CAPELA para experiências que envolvem o uso ou liberação de

gases tóxicos ou corrosivos;

18. Não aqueça tubos de ensaio com a extremidade aberta voltada para si

mesmo ou para alguém próximo. Sempre que possível o aquecimento

deve ser feito na CAPELA;

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19. Não deixe recipientes quentes em lugares em que possam ser pegos

inadvertidamente. Lembre-se de que o vidro quente tem a mesma

aparência do vidro frio;

20. Não pipete de maneira alguma, líquidos corrosivos ou venenosos, por

sucção, com a boca. Procure usar sempre a “pêra de sucção” para

pipetar.

21. O bico de Bunsen deve permanecer aceso somente quando estiver sendo

utilizado;

22. Não trabalhe com material imperfeito;

23. Em caso de acidentes, comunique o professor imediatamente. Ele deverá

decidir sobre a gravidade do acidente e tomar as atitudes necessárias;

24. Em caso de possuir alguma alergia, estar grávida ou em qualquer outra

situação que possa ser afetado quando exposto a determinados

reagentes químicos, comunique o professor logo no primeiro dia de aula;

25. Em caso de incêndio este deverá ser abafado imediatamente com uma

toalha ou, se necessário, com o auxilio do extintor de incêndio apropriado;

26. Comunique o professor, monitor ou técnico sempre que notar algo

anormal no laboratório;

27. Faça apenas as experiências indicadas pelo professor. Caso deseje tentar

qualquer modificação do roteiro experimental discuta com o professor

antes de fazê-lo;

28. No laboratório é OBRIGATÓRIO o uso do jaleco e de óculos de

segurança (para quem não usa óculos de grau).

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2. ACIDENTES COMUNS EM LABORATORIO E PRIMEIRO SOCORROS

2. 1. QUEIMADURAS

a) Causadas pelo calor - quando leves, aplicar pomada de Picrato de

Butesina e, quando graves, devem ser cobertas com gaze esterilizada,

previamente umedecida com solução aquosa de bicarbonato de sódio

5%.

b) Causadas por ácidos - deve-se lavar imediatamente a região com

bastante água durante pelo menos 5 minutos. Em seguida, tratar com

solução de bicarbonato de sódio a 5% e lavar novamente com água.

Secar o local e aplicar Merthiolate.

c) Causadas por bases - proceder como em b, aplicando solução de ácido

acético 1%.

2. 2. ÁCIDOS NOS OLHOS – Deve-ser lavar com bastante água durante

aproximadamente 15 minutos e aplicar solução de bicarbonato de sódio 1%.

2. 3. BASES NOS OLHOS – Proceder como em II e aplicar solução de ácido

bórico 1%.

2. 4. INTOXICAÇÃO POR GASES – Remover a vítima para um ambiente

arejado e deixar descansar. Em caso de asfixia fazer respiração artificial.

2. 5. INGESTÃO DE SUBSTÂNCIAS TÓXICAS – Recomenda-se beber muita

água e em seguida beber:

a) Um copo de solução de bicarbonato de sódio 1% ou leite de magnésia,

em caso de ingestão de ácidos;

b) Um copo de solução de ácido cítrico ou ácido acético a 2%, em caso de

ingestão de bases.

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Page 5: Original ROTEIRO_DE_AULA_PRÁTICA1(1)

É SUPERINTERESSANTE SABER...

QUÍMICOS MEDIEVAIS BUSCAM A FÓRMULA DO OURO

Imagine se toda a matéria do mundo fosse formada por quatro elementos:

água, ar fogo e terra. Teoricamente, seria possível, apenas alternando a

proporção deles, transformar um material em outro, fundir cobre, ferro, estanho,

chumbo, misturar com mercúrio, sais e obter o metal perfeito: ouro.

Era o que acreditava os alquimistas da Europa medieval. Hoje, a idéia

parece ingênua. “Eles não conheciam a estrutura atômica e não podiam

observar moléculas e elementos químicos”, conta Ana Alfonso-Golforb,

professora de História da Química Antiga e Medieval na Pontifícia Universidade

Católica de São Paulo. “Mas suas idéias eram extremamente lógicas.” Além de

conhecerem processos sofisticados de laboratório, eram capazes de fazer ligas

metálicas e reações químicas. Foram os precursores da química, à qual

legaram o nome: Al khemía, em egípcio, quer dizer transmutação. Foram os

árabes que levaram a alquimia para Europa.

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Page 6: Original ROTEIRO_DE_AULA_PRÁTICA1(1)

3. ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE RELATÓRIO

O relatório de atividades deve em primeiro lugar, retratar o que foi

realmente realizado no experimento, sendo de fundamental importância a

apresentação de um documento bem ordenado e de fácil manuseio. Além disso,

deve ser o mais sucinto possível e descrever as atividades experimentais

realizadas, a base teórica dessas atividades, os resultados obtidos e sua

discussão, além da citação da bibliografia consultada.

O relatório deve ser redigido de uma forma clara, precisa e lógica. Redija

sempre de forma impessoal, utilizando-se a voz passiva no tempo passado. Ex.

a massa das amostras sólidas foi determinada utilizando-se uma balança.

Devem ser evitados expressões informais ou termos que não sejam

estritamente técnicos (Não utilize em hipótese alguma adjetivo possessivo,

como por exemplo, minha reação, meu banho, meu qualquer coisa).

Um relatório deve constar basicamente dos seguintes tópicos:

1. Introdução - Apresentar os pontos básicos do estudo ou atividades

desenvolvidas, especificando as principais aquisições teórico-metodológicas,

referentes às técnicas empregadas. Neste ítem é dado um embasamento teórico

do experimento descrito para situar o leitor naquilo que se pretendeu estudar

no experimento. A literatura é consultada, apresentando-se uma revisão do

assunto. Normalmente, as citações bibliográficas são feitas por números entre

parênteses e listadas no final do relatório.

2. Objetivo do experimento – Descrição clara e sucinta dos

objetivos do experimento.

3. Parte experimental / Materiais e Métodos - Deve conter uma

descrição simplificada do procedimento seguido (incluindo-se

modificações que tenham sido feitas), uma lista dos materiais,

instrumentos e reagentes utilizados, na forma de tabela ou colunas.

Este ítem precisa conter elementos suficientes para que qualquer

pessoa possa ler e reproduzir o experimento em laboratório.

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Page 7: Original ROTEIRO_DE_AULA_PRÁTICA1(1)

4. Resultados e discussão - Esta é a parte mais importante do

relatório. Nela você vai apresentar da forma mais clara e completa

possível os resultados obtidos no experimento, acompanhados de

uma análise crítica dos mesmos, com base nos conceitos envolvidos.

Deve-se incluir todo o tipo de resultado obtido: observações visuais,

dados numéricos (como volumes medidos, massas pesadas, tempos

decorridos, temperaturas, mudanças de cores, etc) e dados

instrumentais. Deve-se incluir também a parte essencial os cálculos

efetuados. Sempre que possível seus dados devem ser organizados

na forma de tabelas e gráficos. Tanto tabelas como gráficos devem

possuir sempre um título e um número e estes devem ser

referenciados no texto. O título deve ser claro e auto-explicativo, isto

é, se alguém olhar apenas o gráfico ou tabela de seu relatório, deve

ter uma boa idéia do que eles estão mostrando, apenas lendo os seus

títulos. Títulos de tabelas são escritos acima da tabela. Títulos de

figuras são escritos abaixo das figuras.

5. Conclusão - Neste ítem deverá ser feita uma avaliação global do

experimento realizado, são apresentados os fatos extraídos do experimento,

comentando-se sobre as adaptações ou não, apontando-se possíveis

explicações e fontes de erro experimental. Não é uma síntese do que foi feito

(isso já está no sumário) e também não é a repetição da discussão.

6. Bibliografia - Listar bibliografia consultada para elaboração do relatório,

utilizando-se as normas recomendadas pela ABNT:

Sobrenome do autor, iniciais do nome completo. Título do livro: subtítulo.

Tradutor. Nº da edição. Local de publicação, casa publicadora, ano de

publicação. Páginas consultadas.

Exemplo:

Russel, J.B. Química Geral. Trad. de G. Vicentini et alli. São Paulo, Mc Graw

Hill, 1982.

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Page 8: Original ROTEIRO_DE_AULA_PRÁTICA1(1)

 

4. EQUIPAMENTOS BÁSICOS DE LABORATORIO

O Laboratório Químico é um lugar especialmente desenhado para um

trabalho eficiente e satisfatório em Química. Você precisa de espaço para

trabalhar, mesa resistente ao ataque de drogas químicas, boa iluminação,

fontes acessíveis de água, gás, eletricidade, área especial para manipulação

de gases venenosos, etc. Você precisa, finalmente, dos recipientes e

equipamentos adequados.

A Química, como toda ciência, foi obrigada a desenvolver para seu uso,

uma linguagem particular. Há necessidade de um certo esforço visando

aprender o significado exato desses novos termos.

MATERIAIS DE VIDRO

UTENSÍLIO USOS MAIS COMUNS

Béquer

Usado no preparo de soluções, na

pesagem de sólidos e no aquecimento de

líquidos, bem como em reações de

precipitação e recristalização. Não é

resistente a choques nem variações

bruscas de temperatura.

Recipiente calibrado, de precisão,

destinado a conter um determinado

volume de líquido a uma dada

temperatura. Bastante utilizado no

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Balão Volumétrico

preparo e na diluição de soluções de

concentração definida.

Balão de Fundo Chato

Utilizado no armazenamento e no

aquecimento de líquidos, bem como em

reações que se processam com

desprendimento de gás. Deve ser

aquecido sobre tela de amianto.

Balão de Fundo Redondo

Usado nos processos de destilação, é

nele que se coloca o líquido a ser

destilado ou para a sua coleta após

condensação do vapor. São

mecanicamente mais resistentes e

adequados a operações que envolvam

calor.

Erlenmeyer

Recipiente largamente utilizado na análise

titulométrica, no aquecimento de líquido e

na dissolução de substâncias. Também

pode ser utilizado para conter soluções

durante reações conduzidas sob agitação

Tubos fechados numa extremidade,

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Page 10: Original ROTEIRO_DE_AULA_PRÁTICA1(1)

Tubos de Ensaios

usados para conter pequenas

quantidades de material sólido ou líquido,

na realização de testes e em ensaios de

precipitação, cristalização e solubilidade.

Pode ser aquecido, com cuidado,

diretamente sobre a chama do bico de

bunsen.

Funil de vidro comum

Apresenta duas aplicações importantes:

na transferência de líquidos para frascos

de boca estreita ou em filtração, para

suportar o papel poroso (papel de filtro)

destinado a reter as partículas grosseiras,

em suspensão na mistura sólido-líquida a

ser separada.

Pisseta

Carregada com o líquido desejado (água

destilada, solvente orgânico, soluções,

etc.), destina-se a dirigir um jato de

líquido, em operações como lavagem,

acerto grosseiro do nível na medida de

volume, etc. Apresenta vantagens de

manipulação e controles fáceis.

Utilizado no recolhimento de sublimados,

na pesagem de substâncias sólidas, em

evaporações e na secagem de sólidos

não-higroscópicos.

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Vidro de Relógio

Bastão de vidro

Utilizado na agitação e transferência de

líquidos entre recipientes (faz-se o líquido

escorrer pelo bastão de vidro ao invés de

vertê-lo diretamente ao outro frasco).

Pesa-filtro

Muito usado para conter sólidos puros,

amostras sólidas, etc. Resiste bem ao

aquecimento em estufa (1100C), daí seu

uso na operação de secagem,

determinação de umidade, etc. A tampa

esmerilhada protege o conteúdo da ação

da umidade e poeira. Sendo de pequeno

porte, presta-se bem para pesagem.

Proveta ou Cilindro Graduado

Usada em medidas grosseiras de volume

de líquidos, pois comumente é graduada

em mililitros (erro da leitura ± 0,5 mL).

Não deve ser aquecida em estufa e nem

carregada com líquidos quentes, pois os

aparelhos de medida de volume são

calibrados para uma determinada

temperatura, próxima à atmosférica, que

vem gravada no aparelho.

São aparelhos de medidas precisas de

volumes de líquidos. Existem basicamente

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Pipeta Volumétrica e Graduada

dois tipos: a volumétrica e a graduada. A

primeira é utilizada para escoar volumes

fixos e a segunda, volumes variados.

Bureta

É também aparelho de medida de volume

com precisão (ex: bureta de 50 mL

permite leitura com erro absoluto de ±

0,05 mL). A graduação é, em geral, até

décimos de mililitros. É provida de torneira

que permite interromper o escoamento

exatamente no instante desejado, sendo

por isso especialmente indicada para uso

nas titulações.

Recipiente grande, provido de tampa bem

ajustada, destinado a manter atmosfera

anidra. Para tal, o compartimento inferior

é carregado com agente dessecante,

como CaCl2 anidro, H2SO4 concentrado,

ou sílica-gel. Usado para secagem e

proteção contra umidade de materiais

higroscópicos; cadinhos são resfriados em

seu interior, para posterior pesagem, etc.

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Page 13: Original ROTEIRO_DE_AULA_PRÁTICA1(1)

Dessecador

Kitassato ou Frasco de Sucção

Frasco cônico de paredes reforçadas,

munido de saída lateral. È usado em

filtrações sob sucção (ou pressão

reduzida). É utilizado em conjunto com o

funil de Buchner para filtrações a vácuo.

Funil de Separação ou de Decantação.

Largamente utilizado em extração,

decantação, separação de líquidos

imiscíveis e adição gradativa de reagentes

líquidos durante uma reação química.

a b c

Condensadores

Usados para condensar os gases ou

vapores na destilação de líquidos.

(a)- Condensador de Liebig ou reto -usado

em destilações; (b) - Condensador de

Allihn ou de bolas- usado para refluxo de

líquidos; (c) - Condensador de serpentina

- usado em destilações ou refluxos.

Usadas para fins diversos tais como,

secagem de compostos, processos de

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Page 14: Original ROTEIRO_DE_AULA_PRÁTICA1(1)

Placa de Petri

incubação em Biologia, etc.

Frasco Lavador

Usado para lavagens, remoção de

precipitados e outros fins.

Termômetro

Usado para medidas de temperaturas.

Trompa de vácuo

Usada em conjunto com o Kitassato e o

funil de Buchner, para fazer vácuo

(redução da pressão) no Kitassato e

facilitar a filtração.

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MATERIAIS DE PORCELANA

UTENSÍLIO USOS MAIS COMUNS

Cadinhos

Utilizados na secagem, aquecimento e calcinação

de substâncias, sendo bastante resistentes à

elevação de temperatura. Podem ser feitos de

níquel, ferro, platina, porcelana, etc., conforme o uso

a que se destina.

Cápsula de Porcelana

Usada na evaporação de soluções, na sublimação e

secagem de sólidos e na preparação de misturas.

Pode ser aquecida, por exemplo, em banho-maria,

para garantir que a evaporação se processe de

maneira controlada.

Almofariz com Pistilo

Destinados a pulverização e homogeneização de

sólidos, bem como na maceração de amostras que

devem ser preparadas para posterior extração.

Podem ser feitos de porcelana, ágata, vidro ou

metal.

Empregadas para retirar drogas sólidas de frascos,

material sólido de papéis de filtro etc. Podem ser

fabricadas em aço inoxidável, porcelana e plástico.

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Page 16: Original ROTEIRO_DE_AULA_PRÁTICA1(1)

Espátulas

Espátulas metálicas são muito usadas, mas as de

porcelana apresentam a vantagem de maior

resistência ao ataque químico.

Placa de Toque

É uma placa dotada de cavidades, destinadas à

execução de reações químicas com quantidades

diminutas de reagentes (geralmente uma ou duas

gotas), denominadas provas de toque. Resiste bem

ao ataque da maioria dos reagentes químicos.

Sendo branca, permite boa percepção do

aparecimento ou mudanças de cores. Para fins

especiais, existem também, placas de toque pretas

e placas de toque de vidro.

Funil de Büchner

Usado em conjunto com o Kitassato, para filtração a

vácuo ou filtrações sob pressão reduzida.

MATERIAIS DIVERSOS

USOS MAIS COMUNS

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Page 17: Original ROTEIRO_DE_AULA_PRÁTICA1(1)

UTENSÍLIO

Pêra

Usada para pipetar ou transferir líquidos de um

recipiente para o outro, em conjunto com uma

pipeta.

Pinça para Cadinhos

Serve para manipulação de objetos aquecidos,

especialmente cadinhos. Por exemplo, é usado na

transferência de um cadinho ainda quente (4000C)

do triângulo para o dessecador (é importante que o

cadinho ainda esteja quente, pois se fosse deixado

esfriar na atmosfera do laboratório, absorveria

umidade).

Bico de Bunsen

Usado para aquecimento em laboratório, pela

queima de gás. Produz chama cônica em que a

zona mais quente pode chegar a 15000C. De acordo

com a relação entre as velocidades de entrada de

gás combustível e ar, teremos chama azulada

(quando a mistura combustível for pobre, ou seja,

com excesso de ar) ou chama fuliginosa (para

mistura combustível rica, com excesso de

combustível e deficiência de ar).

Formado por fios de arame e três tubos de

porcelana. Colocado sobre o tripé, serve para

suportar cadinhos que serão submetidos a

aquecimento direto pelo bico de Bunsen.

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Page 18: Original ROTEIRO_DE_AULA_PRÁTICA1(1)

Triângulo

Tripé e Tela de Amianto

São usados juntamente com o bico de Bunsen e se

destinam a suportar o recipiente que contém o

sistema a ser aquecido. A camada de amianto da

tela permite a distribuição uniforme do calor da

chama, na superfície inferior do recipiente

(geralmente béquer ou erlenmeyer) evitando

variações bruscas de temperatura que ocorreriam

se fosse usado aquecimento direto.

Suporte Universal com garra e

anel para funil

Usados praticamente em todas as montagens de

equipamentos em laboratórios, pois são eles que

suportam as partes componentes dessas

montagens. O anel é muito usado para suportar o

funil numa filtração. As garras não devem ser

apertadas diretamente sobre materiais de vidro, pois

estes poderiam se partir pelo esforço. Usa-se para

proteção, tiras de borracha ou de amianto, para

casos em que haverá aquecimento.

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Page 19: Original ROTEIRO_DE_AULA_PRÁTICA1(1)

Estante para tubos de ensaio

Suporte para tubos de ensaio. Pode ser feita de

ferro, madeira ou ferro revestido com plástico.

Pinça de madeira

Usado para segurar tubos de ensaio durante

aquecimentos diretos no bico de Bunsen.

Lima triangular

Usada para cortes de vidros.

Garra para condensador

Usada para sustentar condensadores em processos

de destilação, refluxo, extração, etc.

Furador de Rolhas

Usado para furar rolhas de cortiça ou de borracha

de diferentes diâmetros. Atualmente são utilizados

furadores de rolhas elétricos (furadeiras elétricas)

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Page 20: Original ROTEIRO_DE_AULA_PRÁTICA1(1)

Estufa

Usada para secagem de materiais; atinge,

temperaturas de até 2000 C.

Banho Maria

Equipamento utilizado para aquecimento e

incubação de líquidos a temperaturas inferiores a

100ºC.

Manta elétrica

Utilizada no aquecimento de líquidos contidos em

balões de fundo redondo.

Balança analítica

Instrumento utilizado para determinação de massa.

As balanças analíticas podem ser classificadas em

duas categorias: a) balança de braços iguais: efetua

a pesagem mediante a comparação direta. Foi

largamente utilizada até a década de 50, sendo

posteriormente substituída pela balança analítica de

prato único. b) Balança de prato único: possui um

contrapeso que balanceia as massas conhecidas e

o prato (ver figura). Um objeto é pesado através da

remoção de massas conhecidas até que o equilíbrio

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Page 21: Original ROTEIRO_DE_AULA_PRÁTICA1(1)

Balança de braços iguais

com o contrapeso seja restabelecido; deste modo, o

valor da massa desconhecida é igual ao total das

massas removidas.

Centrífuga

Instrumento que serve para acelerar a

sedimentação de sólidos suspensos em líquidos. É

empregado, também, na separação de emulsões.

Mufla

Utilizada na calcinação de substâncias. Atinge em

geral, temperaturas na faixa de 1000 a 1500ºC.

PRÁTICA 1 – MEDIDAS DE MASSA, VOLUME E DENSIDADE DE SÓLIDOS

1. Introdução

Num laboratório é essencial conhecer e utilizar corretamente o material

de vidro usado na medição do volume de líquidos.

Este material pode apresentar dois tipos de calibração: a indicação do

volume que contém ou a indicação do volume de escoamento. Um exemplo

típico do primeiro caso são os balões volumétricos (apesar de por vezes

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Page 22: Original ROTEIRO_DE_AULA_PRÁTICA1(1)

apresentarem as duas indicações), ao passo que as pipetas e buretas são

exemplos do segundo.

1.1. Balões volumétricos

Podem ser de dois tipos, de contenção ou de vazamento, mas as duas

marcas correspondentes podem estar no mesmo balão:

Uma vez que estes balões vêm calibrados para uma determinada

temperatura, normalmente 20ºC, não convém sujeitá-los a variações de

temperatura, por isso é absolutamente proibido aquecer um balão volumétrico.

Muitas vezes é preferível dissolver o sólido num recipiente com uma

menor quantidade de solvente, transferir esta solução para o balão e adicionar

mais solvente.

Tampe o balão e inverte-se agitando várias vezes para homogeneizar.

Adiciona-se mais solvente até próximo da marca e volta-se a homogeneizar.

Finalmente, o volume é ajustado por adição cuidadosa do solvente, gota-a-

gota.

1.2. Pipetas

As pipetas podem ser divididas em dois grandes tipos: volumétricas ou

de transferência e graduadas ou de medida. No primeiro tipo existe uma única

marca indicadora do nível a que o líquido deve ser ajustado, ao passo que no

segundo caso existe uma escala que permite o vazamento de quantidades

variáveis de líquido:

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Existem pipetas de diversas capacidades, cobrindo uma gama que vai

das centenas de ml até alguns µl. O enchimento das pipetas pode ser feito com

o auxílio de uma borracha em forma de pêra.

Após comprimir o bolbo C, a válvula A é pressionada até que o nível do

líquido suba ligeiramente acima do nível pretendido. O nível pode ser então

ajustado pressionando a válvula B, ou retirando a pêra e tapando rapidamente

com o polegar a extremidade superior da pipeta, e afrouxando ligeiramente a

pressão do polegar até que o nível seja atingido.

Atenção: A pipeta nunca deve ser cheia por sucção bucal direta!

Terminado o vazamento do líquido, e após se ter encostado a

extremidade inferior da pipeta ao recipiente de recolha, o líquido que

permanece aderente no interior da pipeta não deve ser removido, uma vez que

esta já se encontra calibrada tendo em conta este volume.

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Page 24: Original ROTEIRO_DE_AULA_PRÁTICA1(1)

1.3. Buretas

A bureta de válvula consiste num tubo cilíndrico graduado, com uma

válvula capaz de controlar o fluxo de líquido vazado e cujo volume é o indicado

pelo instrumento.

O tipo de bureta mais conhecido é o de torneira (Geissler) em vidro ou

em teflon (se a torneira for de vidro, é necessário lubrificar a mesma, para

evitar a passagem de líquido).

Antes de ser utilizada, a bureta deve ser lavada com água destilada (e

deve verificar se a torneira funciona corretamente), de acordo com o esquema:

De seguida, a bureta é cheia com o líquido a usar, introduzida pela parte

superior com o auxílio de um funil. Deve-se abrir totalmente a torneira durante

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alguns segundos de modo a eliminar bolhas de ar. No final do vazamento, a

última gota pendente é eliminada encostando a extremidade da bureta à

parede do recipiente utilizado. Devido à tensão superficial, a superfície de um

líquido contido num tubo encontra-se encurvada, e tem a designação de

menisco. No caso do líquido apresentar um menisco côncavo e ser incolor ou

fracamente corado, a leitura do nível do líquido deve ser a da posição do

menisco:

1.4. Provetas

A proveta é de todos os instrumentos de medição de volumes o menos

rigoroso, pelo que não deve ser utilizada para medições rigorosas de volumes.

Só deve ser usada para medir volumes aproximados de líquidos, e apenas

quando não intervêm em quaisquer cálculos.

2. Material Utilizado

Buretas

Erlenmeyers

Beckers

Pipetas graduada e

volumétrica

Balões volumétricos

Balança analítica

Materiais metálicos

25

Page 26: Original ROTEIRO_DE_AULA_PRÁTICA1(1)

3. Procedimento Experimental

3.1 Medidas de volume

1. Encha uma bureta com água destilada. Depois de tê-la zerado, abra a

torneira e deixe escoar uma porção qualquer de líquido. Feche a torneira e

verifique o volume escoado. Confira com o instrutor se a leitura está correta. É

possível retirar-se (conhecendo o volume) uma porção maior que 50 mL de

uma só vez desta bureta? Justifique.

2. Prepare novamente a bureta de 50 mL completando seu volume até a

indicação zero. Despeje sobre um erlenmeyer graduado de 125 mL, um volume

de 50 mL de água. Verifique se os volumes coincidem. Jogue fora esta amostra

do erlenmeyer e meça novamente 50 mL de água do mesmo. Transfira para a

bureta este volume e compare novamente os resultados.

3.2 Determinação do erro associado à medida do volume de um líquido

com diferentes materiais de vidro.

1. Pesar um bécker vazio, previamente seco em estufa de material de vidro.

Utilizar a balança analítica.

2. Medir 25 ml de água destilada com uma bureta e transferir para o bécker.

3. Pesar o bécker com água destilada.

4. Determinar a temperatura da água com um termômetro de mercúrio. A partir

da densidade da água a esta temperatura calcular o volume efetivo.

5. Repetir o procedimento com o restante material de vidro (pipeta volumétrica,

pipeta graduada, proveta, balão volumétrico).

Preencha os dados:

Material Pesogobelet Pesogobelet - água Pesoágua Temp. Vol.efetivo Erro

Bureta

Pipeta

Graduada

Pipeta

Volumétrica

Balão

Volumétrico

Proveta

Page 27: Original ROTEIRO_DE_AULA_PRÁTICA1(1)

PRÁTICA 2 – METAIS, COR DE CHAMAS E SOLUBILIDADE DE SAIS

1. Introdução

A cor de uma chama é afetada pela presença de um metal, uma vez que

o átomo metálico é excitado, e essa cor é característica de cada metal,

constituindo assim um método para detectarmos a presença desse metal.

Por outro lado, os elementos do 2º Grupo da Tabela Periódica têm

normalmente apenas dois estados de oxidação, 0 e +2, e as propriedades

químicas destes elementos são tão parecidas que é difícil separá-los. Apesar

de muitos dos seus compostos serem pouco solúveis, é possível, pela escolha

de um anion conveniente, encontrar diferenças na solubilidade que permitam a

separação dos cátions destes metais.

Depois de um estudo sistemático das solubilidades relativas dos seus

carbonatos, cromatos, sulfatos, oxalatos e hidróxidos, poderemos fazer uma

análise qualitativa de uma solução desconhecida que contenha um ou mais

destes cátions.

2. Material Utilizado

HCl – 6M (Ácido Clorídrico)

NaCl (Cloreto de Sódio)

KBr (Brometo de Potássio)

K2CO3 (Carbonato de Potássio)

Ba(NO3)2 – 0,1M (Nitrato de

Bário)

BaCl2 (Cloreto de Bário)

CaCO3 (Carbonato de Cálcio)

CuSO4 (Sulfato de Cobre II)

Cu(NO3)2 – 0,1M (Nitrato de

Cobre II)

Mg(NO3)2 – 0,1M (Nitrato de

Magnésio)

(NH4)2CO3 – 2M (Carbonato

de Amônio)

K2CrO4 – 0,5M (Cromato de

Potássio)

C2H8N2O4.H2O – 0,2M

(Oxalato de Amônio)

(NH4)2SO4 – 1M (Sulfato de

Amônio)

NH3 (Amoníaco/Amônia)

Pavio de madeira

Bico de Bunsen

Tubos de ensaio

Page 28: Original ROTEIRO_DE_AULA_PRÁTICA1(1)

3. Procedimento Experimental

3.1 A cor das chamas

1. Mergulhar uma ponta de cada pavio de madeira em cada solução: cloreto de

sódio, brometo de potássio, carbonato de potássio, nitrato de bário, cloreto de

bário, carbonato de cálcio, sulfato de cobre (II) e nitrato de cobre (II), durante

alguns minutos, incluindo a solução de sal desconhecido.

2. Acender um bico de Bunsen e ajustar a entrada de ar de modo a que a

chama tenha a cor azul.

3. Introduzir cada pavio impregnado de solução na extremidade da chama.

Repetir com um pavio não impregnado

3.2 Decidir qual é o sal desconhecido

Solubilidade relativa de alguns metais:

Reagentes: Carbonato de Amônio 2M, cromato de potássio 0.5M, oxalato de

amônio 0.2M, sulfato de amônio 1M e amoníaco 6M.

Nitratos de metais: nitrato de bário, de cálcio e de magnésio 0.1M.

1. Em tubos de ensaio rigorosamente limpos, adicionar 1mL de cada uma das

soluções dos nitratos dos metais. Em seguida, adicionar 1mL de cada uma das

soluções dos reagentes.

2. Nos casos em que se formarem precipitados dos carbonatos, aquecer o tubo

de ensaio num banho de água fervente para ajudar a precipitação. Arrefecer o

tubo de ensaio e deixar assentar o precipitado.

3. Decantar o líquido sobrenadante, desprezá-lo e juntar HCl 6M, gota a gota,

até total dissolução.

4. Usar estas amostras para os ensaios de chama, procedendo de igual modo

como em 3 do ítem 3.1.

4. Resultados experimentais

Page 29: Original ROTEIRO_DE_AULA_PRÁTICA1(1)

4.1 A cor das chamas

Sal Cor da Chama

NaCl

KBr

K2CO3

Ba(NO3)2

BaCl2

CaCO3

CuSO4

Cu(NO3)2

Desconhecido

4.2. Solubilidade relativa de alguns metais

Íon CO32- CrO4

2- C2O42- SO4

2- NH3

Ba2+

Ca2+

Mg2+

5. Questões pós-laboratório

5.1 Como explica que chamas das soluções de NaCl e KCl tenham cores

diferentes, ao passo que as das soluções de Ba(NO3)2 e BaCl2 tenham cores

iguais. Preveja a cor da solução do LiCl. Interprete todos os resultados obtidos.

5.2 Elabore um esquema para analisar uma solução desconhecida que

contenha os três metais utilizados em 2.2.

6. Bibliografia

1. R. Chang, Química, 5ª Edição, McGraw-Hill, Lisboa, 1995;

2. R. B. Heslop e H. Jones, Química Inorgânica, 2ª Edição, Fundação Calouste

Gulbenkian, Lisboa, 1988;

3. A. L. McClellan, Química Uma Ciência Experimental, Fundação Calouste

Gulbenkian, Lisboa, 1984.

PRÁTICA 6 – COMPOSTOS IÔNICOS E MOLECULARES

Page 30: Original ROTEIRO_DE_AULA_PRÁTICA1(1)

1. Introdução

Os compostos são classificados em compostos iônicos e compostos

moleculares. Os compostos iônicos são aqueles que possuem uma ou mais

ligações iônicas, mesmo que apresente várias ligações covalentes.

Na ligação iônica, as forças de atração são conseqüência da

transferência completa de um ou mais elétrons de um átomo para outro sendo

que um deles adquire carga positiva e o outro, negativa, surgindo as forças

responsáveis pela ligação. A maioria dos compostos iônicos são sólidos, nas

temperatura e pressão ambientes, porque a força de atração elétrica mantém

os cátions e os ânions firmemente ligados uns aos outros.

Os compostos moleculares são aqueles que possuem somente ligações

covalentes entre seus átomos. A menor partícula deste composto denomina-se

molécula. Na ligação covalente a transferência de elétrons nunca é completa,

pois estes são compartilhados e neste caso a força de atração entre o par de

elétrons (carga negativa) e o núcleo (carga positiva) é o que mantêm os

átomos unidos.

Polaridade

A polaridade de uma molécula está diretamente vinculada à polaridade

das ligações entre seus átomos constituintes e também a sua geometria. A

molécula polar é uma molécula com momento de dipolo diferente de zero

enquanto uma molécula não-polar ou apolar tem momento dipolo elétrico igual

a zero.

Experimentalmente, quando uma molécula se orienta na presença de

um campo elétrico externo é considerada polar, caso contrário é apolar.

Diferentes materiais têm diferentes tendências de ceder ou receber elétrons.

Ao atritar vigorosamente dois materiais, estamos fornecendo energia para que

haja transferência de elétrons de um material para outro. O material que

recebeu elétrons fica com carga negativa e o que cedeu com carga positiva. A

seqüência dos materiais em função da tendência de receber ou ceder elétrons

é mostrada pela série triboelétrica. Ao atritar dois materiais quaisquer de uma

série triboelétrica, aquele que estiver posicionado à esquerda ficará eletrizado

Page 31: Original ROTEIRO_DE_AULA_PRÁTICA1(1)

positivamente e aquele que estiver posicionado à direita ficará eletrizado

negativamente.

2. Material Utilizado

3 seringas de 20mL sem

êmbolo

3 béqueres rotulados de água,

parafina e álcool

Régua

Papel toalha

Canudos para refrigerante

Bastão de vidro

Base para suporte

Suporte para seringa

Linha

Tesoura

Papel picado

Parafina líquida

Água

Álcool etílico

Suporte em L

3. Procedimento Experimental

3.1 Eletrização

1. Espalhar papel picado sobre uma mesa. Atritar uma régua no papel toalha e

aproximar dos papéis picados. Anotar suas observações. Explicar o que

ocorreu.

2. Amarrar um canudo no suporte conforme a figura abaixo e atritá-lo no papel

toalha.

Page 32: Original ROTEIRO_DE_AULA_PRÁTICA1(1)

3. Atritar outro canudo e aproximá-los. Anotar suas observações e explicar o

que ocorreu.

4. Atritar um bastão de vidro com papel toalha e aproximá-lo do canudo

suspenso. Anotar suas observações e explicar o que ocorreu.

3.2 Analisando a polaridade de alguns compostos

1. Montar o sistema como mostra o esquema abaixo. Transferir a água do

béquer para a seringa tampada.

2. Atritar a régua no papel toalha seco. Retirar a tampa da seringa e aproximar

a régua eletrizada do filete de água, imediatamente, sem tocá-lo. Anotar suas

observações e explicar o que ocorreu.

3. Substituir a seringa e o béquer e repetir o procedimento com parafina líquida.

Observar, anotar e explicar o que ocorreu.

4. Substituir a seringa e o béquer e repetir o procedimento com álcool.

Observar, anotar e explicar o que ocorreu.

4. Questões pós-laboratório

1. Como é possível avaliar a polaridade de um composto, utilizando uma régua

eletrizada?

5. Bibliografia

Disponível em:

>http://educar.sc.usp.br/experimentoteca/quimica/1compostosg_1.pdf>.

Acessado em 15 de março de 2008.

Page 33: Original ROTEIRO_DE_AULA_PRÁTICA1(1)

PRÁTICA 7 – POLARIDADE MOLECULAR E SOLUBILIDADE DE

SUBSTÂNCIAS

1. Introdução

As substâncias iônicas são compostos formados por partículas com

carga elétrica positiva (cátions) e por partículas com carga negativa (ânions),

sendo que essas partículas se mantêm ligadas umas às outras por forças de

natureza elétrica.

Isso não ocorre com as substâncias moleculares ou covalentes. Nestas,

as moléculas não são partículas com carga elétrica, embora apresentem pólos

elétricos (moléculas polares) ou não (moléculas apolares). As moléculas

apolares não sofrem desvios por ação de campos elétricos. As moléculas

polares são desviadas pela ação de campos elétricos.

Por causa de atrações de natureza elétrica, pode-se estabelecer a

seguinte regra geral: compostos iônicos e compostos covalentes polares

são solúveis em solvente polares, mas não insolúveis em solventes

apolares.

Chama-se solvatação ao envolvimento das partículas do soluto pelas

moléculas do solvente.

2. Material Utilizado

Buretas de 25 ou 50 mL

Suportes com garra

Tubos de ensaio

Espátula

Bastão de vidro

Béquer de 100 mL

Estante para tubos de ensaio

Bastão de plástico (caneta

esferográfica)

Óleo comestível ou

lubrificante

Cloreto de Sódio (NaCl)

Parafina ou naftaleno

Benzeno ou sulfeto de

carbono

Iodo

Page 34: Original ROTEIRO_DE_AULA_PRÁTICA1(1)

3. Procedimento Experimental

Ação de um campo elétrico

Monte três buretas de 50 ou 25 mL em três suportes universais,

colocando sob cada uma delas um béquer de 100 mL;

Carregue a primeira bureta com água, a segunda com álcool e a terceira

com benzeno, identificando-as;

Abra a torneira da bureta com água, de modo a deixar correr um fio de

água mais fino possível de uma altura aproximada de 10 cm entre o bico

da bureta e a boca do béquer;

Agora, atrite a caneta contra o cabelo ou contra uma flanela e chegue-a

para bem próximo do fio de água (sem encostar). Observe;

Em seguida, repita o procedimento para as duas outras buretas e observe

o que acontece.

Solubilidade x Polaridade

Numere três tubos de ensaio: tubo 1, tubo 2 e tubo 3;

Utilizando as buretas, coloque água no primeiro tubo, até 1/3 do volume;

no segundo, álcool; no terceiro, benzeno, sempre na mesma proporção;

Coloque 2 gotas de óleo comestível ou lubrificante em cada um dos três

tubos;

Agite muito bem cada tubo isoladamente e anote o resultado;

Jogue fora o conteúdo dos três tubos de ensaio e lave-os;

Repita os dois primeiros passos;

Coloque uma pitada de cloreto de sódio em cada um dos três tubos;

Agite muito bem e observe;

Repita esses testes utilizando parafina ou naftaleno. Use pequena

quantidade de parafina;

Repita novamente os testes de solubilização, colocando: um cristal de

iodo no tubo de ensaio com água; outro cristal no tubo contendo álcool e

um terceiro cristal no tubo contendo benzeno.

Page 35: Original ROTEIRO_DE_AULA_PRÁTICA1(1)

4. Questões pós-laboratório

1. Como podemos constatar experimentalmente se um solvente líquido é

polar ou apolar?

2. Como podemos prever, experimentalmente, a natureza polar, pouco

polar ou apolar de certas substâncias?

3. Que tipos de substâncias devem ser solúveis em água?

4. Que tipos de substâncias devem ser solúveis em benzeno?

5. Elabore uma explicação teórica para mostrar que as moléculas de iodo

são apolares.

PRÁTICA 8 – FENÔMENOS FÍSICOS E QUÍMICOS I

1. Introdução

Fenômeno é toda e qualquer transformação que ocorre com a matéria,

podendo basicamente ser classificado em físico ou químico.

Fenômeno Físico é todo fenômeno que ocorre sem que haja a formação

de novas substâncias. São fenômenos físicos: a queda de um corpo, a reflexão

da luz em um espelho, a dilatação dos corpos, a evaporação do álcool, a fusão

do gelo, etc. As mudanças de estado físico sofridas pelas substâncias são

fenômenos físicos.

Fenômeno Químico é todo fenômeno que ocorre com a formação de

novas substâncias. São fenômenos químicos: a combustão do álcool, o

enferrujamento do ferro, a respiração dos seres vivos, a fotossíntese realizada

pêlos vegetais clorofilados, etc. Os fenômenos químicos são também

denominados reações químicas. As reações químicas são representadas

graficamente por meio de equações químicas.

2. Material Utilizado

Bécker

Page 36: Original ROTEIRO_DE_AULA_PRÁTICA1(1)

Vidro de relógio

Tripé/Tela de amianto

Bico de Bunsen

Tubos de ensaio

Pipetas

3. Procedimento Experimental

Parte 1

a) Colocar alguns cristais de iodo em um béquer. Cobrir com um vidro de

relógio contendo água.

b) Colocar este conjunto sobre uma tela de amianto. Aquecer em chama baixa

até que vapores cheguem ao vidro de relógio.

c) Desligue o gás e deixe esfriar o sistema por 5 minutos.

d) Observe o vidro de relógio. O que há em sua face externa?

Parte 2

a) Adicione uma pequena porção de CuSO4 . 5H2O em um tubo de ensaio.

b) Aqueça o sistema no bico de Bunsen. Aos primeiros sinais de

transformação, apague a chama e apague o sistema.

c) Após resfriamento, adicione 2 a 3 gotas de H2O destilada ao tubo e observe.

O que ocorreu?

Parte 3

Produção de sal neutro – cloreto de sódio (NaCl)

1. Separe dois tipos de ensaio e etiquete-os:

1A e 1B

2. No tubo 1A, adicione 5mL de ácido clorídrico 1M.

3. No tubo 1B, adicione 5mL de hidróxido de sódio 1M.

4. Adicionar aos tubos 5 gotas do indicador fenolftaleína.

5. Adicionar o tubo 1B no tubo 1ª.

Page 37: Original ROTEIRO_DE_AULA_PRÁTICA1(1)

6. Observe e anote o resultado.

a) O que você observou?

b) Escreva a reação química.

c) Onde se utiliza os produtos formados?

d) Que nome se dá a este tipo de reação?

Parte 4

Produzindo dióxido de carbono a partir do vinagre e do bicarbonato de sódio

1. Em um tubo de ensaio, coloque 3mL de vinagre (ácido acético)

2. Adicione uma pitada do bicarbonato de sódio no tubo de ensaio contendo o

vinagre e agite.

3. Observe e anote o resultado.

a) Qual a transformação ocorrida?

b) Escreva a equação química que resulta essa reação.

c) O gás liberado é encontrado no nosso dia-a-dia? Onde?