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• Oplnlao Contabll

12 de Fevereiro de 2012

Contabilidade - Auditoria: Origem, evolucao e desenvolvimento da auditoria

Silvio Aparecido CrepaldiPUBLICIDADE

1. lntroducao

Dentre as diversas areas de atuacao do contador, a auditoria vem experimentando excepcional

desenvolvimento, quer no plano pratico, quer no plano te6rico. A profissao do auditor data do seculo

XVIII, onde alguns profissionais se autonomeavam contadores publicos, executando, porern um

trabalho pouco mais aprofundado do que aquele efetuado pelos contadores comuns.

No seculo XIX, aparece 0denominado perito contador, cuja funcao basica era a de descobrir erros efraudes. A partir de 1900, a profissao do auditor tomou maior impulso atraves do desenvolvimento do

capitalismo, tornando-se uma profissao propriamente dita. Em 1934, com a criacao da Security andExchange Comission, nos Estados Unidos, a profissao do auditor criou um novo estfmulo, pois as

companhias que transacionavam acoes na Boisa de Valores foram obrigadas a utilizar-se dos

services de auditoria, para dar maior fidedignidade as suas dernonstracoes financeiras.

No Brasil, 0 desenvolvimento da auditoria teve influencia de filiais e subsidiarias de firmas

estrangeiras; financiamento de empresas brasileiras atraves de entidades internacionais; crescimentodas empresas brasileiras e necessidade de descentralizacao e diversificacao de suas atividades

econornicas: evolucao do mercado de capitais; criacao das normas de auditoria promulgadas pelo

BACEN (Banco Central do Brasil) em 1972, e criacao da Comissao de Valores Mobiliarios e da Lei de

Sociedades Anonirnas em 1976.

o trabalho de auditoria deve ser adequadamente planejado e quando executado por contabilistas

assistentes, ou seja, pessoal com nfvel tecnico, estes precisam ser convenientementesupervisionados pelo auditor responsavel,

2.0bjetivo

Evidenciar que a auditoria para atingir sua finalidade deve ser planejada de forma que preveja-se a

natureza, a extensao e a profundidade dos procedimentos a serem adotados, bem como os

momentos mais proplcios a aplicacao destes rnetodos.

Demonstrar como as orqanizacoes e profissionais buscam 0aperfeicoarnento profissional e como se

relacionam com os clientes.

Sendo 0 objetivo da auditoria, 0 de expressar oprruao sobre a propriedade das dernonstracoes

financeiras e contabeis pretende-se verificar se estas representam a posicao patrimonial, contabil efinanceira da empresa auditada e adequado para atender as exiqencias do mundo globalizado.

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3. Metodologia

A pesquisa realizada pode ser classificada como uma pesquisa biblioqrafica.

A pesquisa biblioqrafica, ou de fontes secundarias, abrange toda bibliografia ja tornada publica em

relacao ao tema de estudo, desde publicacoes avulsa, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas,monografias, teses, material cartoqrafico, etc, ate meios de cornunicacao orais: radio, gravagoes em

fita rnaqnetica e audiovisuais: filmes e televisao, Sua finalidade e colocar 0 pesquisador em contato

direto com tudo 0que foi escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto, inclusive conferMnciasseguidos de debates que ten ham sido transcritos por alguma forma, quer publicada, quer gravada

(LAKATOS; MARCONI, 1995).

A bibliografia pertinente oferece meios para definir, resolver, nao somente problemas ja conhecidos,

como tarnbem explorar novas areas onde os problemas nao se cristalizaram suficientemente e tem

por objetivo permitir ao cientista 0 esforco paralelo na analise de suas pesquisas ou rnanipulacao de

suas afirmacoes. Dessa forma, a pesquisa biblioqrafica nao e mera repeticao do que ja foi dito ouescrito sobre certo assunto, mas propicia 0 exame de um tema sob novo enfoque ou abordagem,

chegando a conclusoes inovadoras (LAKATOS; MARCONI 1995).

4. Referencial Te6rico

4.1. Hist6ria da Contabilidade e Origem da Auditoria

A contabilidade surgiu como uma parte do conhecimento humano, em funcao da necessidade basica

do homem de contar seus rebanhos, produtos de sua pesca ou caca, cujo objetivo seria garantir 0

resultado positivo da equacao entre necessidade de recursos a disponibilidade para subsistencia.

ludicibus (2000) afirma como 0 homem e naturalmente ambicioso, e por isso a necessidade de

contabilizar seus recursos advern desde 0 infcio da civilizacao, Alguns te6ricos preferem dizer que a

necessidade de contabilizar, ou seja, a contabilidade existe, pelo menos desde 4.000 anos antes de

cristo( ... )na monotonia do inverno, entre os balidos ininterruptos das ovelhas, 0 homem tem uma

ideia. Havendo um pequeno monte de pedras ao seu lado, 0 homem separa uma pedra para cada

cabeca de ovelha, executando assim 0que 0contabilista chamaria hoje de inventario (...).

Desde 0 perfodo primitivo a contabilidade se desenvolveu, sempre em funcao das rnodificacoes das

relacoes econornicas ocorridas no mundo, marcadas por perfodos definidos assim definidos porHendriksen (1999).

Sa (1998) tarnbem faz referencias a evolucao da contabilidade.

Entre os sumero-babilonios ja existiam registros contabeis em pedacos de argila.

Ha mais de 6.000 anos 0cornercio ja era intenso, 0controle religioso sobre 0 Estado ja era grande epoderoso, dal derivando grande quantidade de fatos a registrar. Ensejando, tarnbern 0

desenvolvimento da escrita contabil,

No Egito, igualmente, ha milhares de anos, 0 "papiro" deu origem aos livros contabeis,

Em cada perfodo da hist6ria, as relacoes entre homem e sua disponibilidade de recursos sempre foi

fonte para evolucao dos conceitos contabeis, que sempre procurou quebrar os paradigmas

proporcionados por cada um destes perfodos, e hoje volta a enfrenta um novo desafio, em funcao do

nascimento de uma nova sociedade, cuja economia esta baseada no conhecimento.

1. A contabilidade e um produto do Renascimento Italiano, perfodo de grande avanco econornico, em

reqioes como Roma, Genova, Milao e Veneza.2. Por volta de 332 a.C. Foram encontrados varies registros contabeis, como forme de coletar os

tributos com cereais e linhaca pelo usa de aqua para irriqacao pelos egfpcios.

3. "2000 a.C. sistemas contabeis parecem Ter existido na China (... )".

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4.2. A Origem da Auditoria nos Palses Desenvolvidos

Documentos historicos afirmam que os imperadores romanos nomeavam altos funcionarios que eram

incumbidos de supervisionar todas as operacoes financeiras de seus administradores provinciais e

Ihes prestar contas, verbal mente (a palavra auditoria tem origem no latim, vem de "audire", que

significa ouvir).

Ja no seculo II, na Franca, os baroes realizavam a leitura publica das contas de seus dornlnios, na

presenca dos funcionarios designados pela Coroa. Enquanto, na Inglaterra, por ato do Parlamento, 0

rei Eduardo outorgava direito aos baroes para nomear seus representantes oficiais. Ele proprio

ordenou que as contas do testamento de sua falecida esposa fossem conferias. A aprovacao destes

auditores era atestada em documentos que constitulrarn os primeiros relatorios de Auditoria,

denominados, "Probatur Sobre as Contas". Documentos atestam, ainda, que 0 termo auditor originou-

se no final do seculo XIII, na Inglaterra, sob 0poder deste rei que mencionava 0 termo auditor sempre

que se referia ao exame das contas, alegando que se estas nao estivessem corretas, iria punir seus

responsaveis,

A Inglaterra, empregando 0mercantilismo, dominando os mares e controlando 0cornercio, mantendo

grandes companhias comerciais e instituindo impostos sobre 0 lucro dessas empresas paradesenvolver a riqueza nacional e firmar-se como uma das grandes potencias mundiais, em fins do

seculo XVII, foi 0 pais que mais desenvolveu a auditoria. Mas somente, seculos depois, em seguida a

crise do ana de 1929, a auditoria, neste pais, cornecou a prosperar.

Em meados dos anos 30, foi criado 0 famoso Cornite May, um grupo de trabalho formado para

determinar regras para as empresas que tivessem suas acoes cotadas em bolsa de valores, tornando

obriqatoria a Auditoria Contabil Independente, nas dernonstracoes financeiras dessas empresas.

Os auditores independentes, para exercerem suas atividades, precisavam utilizar inforrnacoes e

documentos que permitissem 0 profundo conhecimento e analises das diversas transacoes

financeiras. Para auxilia-los, foram indicados alguns funcionarios da propria empresa, que por sua

vez, com 0decorrer do tempo, foram aprendendo e dominando as tecnicas de auditoria e utilizando-

as em trabalhos solicitados pela propria administracao da empresa. Estas empresas perceberam apossibilidade de diminuir seus custos com auditoria externa, se aproveitassem mais esses

funcionarios, implantando um service de conferencia e revisao interna dos trabalhos contabeis,

continuada e permanente, a preco menor.

Os auditores externos tarnbem lucraram com isso, pois puderam se dedicar exclusivamente ao seu

maior objetivo de examinar a situacao econ6mico-financeira das empresas contratantes.Posteriormente, nos Estados Unidos da America, como exemplo, as grandes empresas de transporte

ferroviario criaram unidades fiscais chamadas ''Travell ing Auditors" (Auditores Viajantes), que tin ham

a funcao de visitar as estacoes rodoviarias e assegurar que todo produto da venda de passagens e

de fretes de carga estavam sendo arrecadados e contabilizados corretamente. E apos a fundacao do

The Institute of Internal Auditors (Instituto de Auditores Internos), em Nova York, a auditoria interna

passou a ser vista de forma diferente. De um corpo de funcionarios de linha, costumeiramente

subordinados a contabilidade, aos poucos passou a ter um enfoque de controle administrativo, com afinalidade de avaliar a eficacia e a efetividade dos controles internos.

Logo 0seu campo de acao funcional estendeu-se para todas as areas da empresa e para manter sua

independencia, passou a subordinar-se diretamente a alta administracao da empresa.

4.3. A Origem da Auditoria no Brasil

No Brasil, a auditoria surgiu na epoca colonial, quando 0 juiz era a pessoa de confianca do rei,designada pela Coroa portuguesa para conferir 0 recolhimento dos tributos ao tesouro, reprimindo e

punindo fraudes. E no decurso do sistema capitalista, a expansao comercial e a forte concorrencia,

despertaram nas empresas, antes familiares, a necessidades de aumentar suas instalacoes, investirem tecnologia e aperfeicoar os controles e procedimentos internos, como por exemplo, a reducao de

custos, com a intencao de tornar seus produtos mais competitivos no mercado. Para a consecucao

desses objetivos, tornou-se necessario atrair recursos de terceiros, por meio de ernprestimos em

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longo prazo e abertura do capital social a novos acionistas.

Os investidores precisavam obter informativos sobre a situacao financeira e patrimonial, a solvencia e

a gestao dos recursos da empresa para avaliara sequranca, 0 grau de liquidez e a rentabilidade.

Assim, as dernonstracoes contabeis tornaram-se os informativos mais importantes, e para maiorsequranca, os investidores passaram a exigir que as dernonstracoes fossem examinadas por

profissionais independentes e de capacidade tecnica reconhecida, a exemplo do que ja era realizadonos Estados Unidos da America, na Inglaterra e em outros palses desenvolvidos. No ana de 1931,

atraves do Decreto nO20.158, a profissao de guardador de livros passou a ser regulamentada, no que

se inclula a funcao de auditor. E no ana de 1945, por ocasiao da lei n" 7.988, foi criado 0 curso de

Ciencias Contabeis, de nfvel superior, e de Tecnico, de nfvel medic, tomando a Auditoria uma

prerrogativa daquele profissional. Ate entao, os trabalhos de auditoria, no Brasil, eram escassos e

necessaries apenas para 0 controle administrativo e a forrnulacao de pareceres sobre balances,

ainda como atos formais.

Ate que com 0 final da segunda guerra mundial, os escrit6rios estrangeiros, acompanhando as

instalacoes de empresas no pals, convenceram 0 empresariado nacional sobre a irnportancia do

trabalho de auditoria, e no ana de 1976, com 0 advento da Lei nO 6.404, 0 parecer do auditor

independente nas dernonstracoes contabeis das companhias abertas tornou-se obrigat6rio e

impulsionou a auditoria brasileira.

4.4. Evolucao Hist6rica da Auditoria

Em essencia, a causa da evolucao da auditoria, que e decorrente da evolucao da contabilidade, foi a

do desenvolvimento econornico dos palses, do crescimento das empresas e expansao das atividades

produtoras, gerando crescente complexidade na administracao dos neg6cios e de praticas

financeiras.

A veracidade das inforrnacoes, 0correto cumprimento das metas, a aplicacao do capital investido de

forma llcita e 0 retorno do investimento, foram algumas das preocupacoes que exigiram a opiniao de

alquern nao ligado aos neg6cios e que confirmasse, de forma independente, a qualidade e precisaodas inforrnacoes prestadas, dando, desta forma, 0ensejo ao aparecimento do Auditor.

Embora cronologicamente haja indfcios da existencia da profissao do auditor desde 0 seculo XIV,esta e, em verdade, uma funcao nova e que vem experimentando excepcional desenvolvimento com

diferentes graus de especializacao,

Por meio destes fatos hist6ricos, verifica-se que 0surgimento da auditoria apoiou-se na indispensavel

necessidade de confirrnacao, por parte dos usuaries, sobre a realidade econornica e financeira do

patrirnonio das empresas investigadas, essencialmente, no surgimento de grandes empresas

multigeograficamente distribufdas e simultaneamente ao desenvolvimento econornico que permitiu a

participacao acionaria na formacao do capital de muitas empresas, gerando crescente complexidadena administracao dos neg6cios e de praticas financeiras.

Logo, a veracidade das inforrnacoes, 0 correto cumprimento das metas, a aplicacao do capital

investido de forma llcita e 0 retorno do investimento foram as preocupacoes fundamentais que

exigiram a opiniao de alquern nao-vinculado aos neg6cios e capaz de confirmar, de modo

independente, a qualidade das inforrnacoes prestadas, ocasionando assim, 0 desenvolvimento do

profissional de auditoria. E embora, cronologicamente, haja indfcios da existencia desta profissaodesde 0 seculo XIV, esta e, na verdade, uma funcao nova que vem experimentando excelente

desenvolvimento em diversos nfveis de especializacao.

Porern, como a auditoria provern da Contabilidade, ainda e indicado 0 conjunto de dados hist6ricos

que permitem a cornparacao entre estas duas atividades.Com 0conhecimento da evolucao dos fatos

criadores do trabalho de auditoria, verifica-se que esta se estabeleceu pelo exame cientffico e

sisternico dos registros, documentos, livros, contas, inspecoes, obtencao de inforrnacoes e

confirmacoes internas e externas, sujeitos as normas apropriadas de procedimentos para investigar averacidade das dernonstracoes contabeis e 0cumprimento nao somente das exiqencias fiscais como

dos princfpios e normas de contabil idade e sua aplicacao uniforme.

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4.5. Desenvolvimento da Auditoria

A evolucao da auditoria no Brasil esta primariamente relacionada com a instalacao de empresasinternacionais de auditoria Independente, uma vez que investimentos tarnbern internacionais foram

aqui implantados e compulsoriamente tiveram de ter suas dernonstracoes contabeis auditadas.

As principais influencias que possibilitaram 0desenvolvimento da auditoria no Brasil foram:

1. Filiais e subsidiarias de firmas estrangeiras;

2. Financiamento de empresas brasileiras atraves de entidades internacionais.

3. Crescimento das empresas brasileiras e necessidades de descentralizacao e diversiticacao de

suas atividades econ6micas.

4. Evolucao de mercados de capitais.

5. Criacao das normas de auditoria promulgadas pelo Banco Central do Brasil em 1972;

6. Criacao da Comissao dos Valores Mobiliarios e da Lei das Sociedades An6nimas em 1976.

4.5.1. A Auditoria na Era da linforrnacao

No decorrer das ultirnas decadas, 0 ritmo das rnudancas, no mundo, se caracterizou por

extraordinaria rapidez. Estas afetaram profundamente as orqanizacoes, seja em sua estrutura, cultura

ou comportamento. As orqanizacoes passaram por tres fases durante 0 seculo XX: a era industrial

classica, a era industrial neoclassica e a era da inforrnacao.

Enquanto nas duas primeiras foram destacadas as tarefas, as pessoas, a tecnologia e 0ambiente, na

ultima e atual, devido as rnudancas e transforrnacoes, ocorre em um contexto globalizado e dinarnico,

em que a competitividade se da em nfvel mundial, as relacoes comerciais ignoram fronteiras e

culturas nacionais e a inforrnacao imediata faz com que as orqanizacoes necessitem ser aqeis,

flexfveis e rapidas em suas respostas aos desafios cada vez mais complexos e, ainda, provoca

diversidade em relacao a cornposicao humana dentro das orqanizacoes e incentiva a modificacao nas

fungoes das pessoas que nelas trabalham, de forma direta ou indireta.

o conceito de emprego e as formas de trabalho (que e 0 titulo de identidade social do ser humano, no

qual ele se reconhece e e reconhecido pelos outros) estao se tomando cada vez mais flexfveis para

adaptar-se a nova ordem mundial, pois para que as orqanizacoes possam ser transformadas, torna-

se necessario antes fazer 0mesmo com cada pessoa envolvida em seus objetivos.

As rnudancas que estao ocorrendo nesta era, e em que todos ja estao aprendendo a viver, afetam,

ainda, as classes profissionais em geral, obrigando-as a repensarem seus rnetodos e prop6sitos.

Assim, como outras areas de producao que precisam acompanhar a evolucao econ6mica para

adaptar-se as novas demandas do mercado de trabalho, a funcao da auditoria comega a ser

reavaliada, nao somente como instrumento tradicional capaz de revelar erros, falhas e ate fraudes

organizacionais a alta administracao, mas fundamental para indicar suqestoes e solucoes preventivas

e educativas, e quando bem aplicada, permitir 0 desenvolvimento da sensibilidade dos

administradores para diagnosticar problemas e fomentar sua qestao, melhorando 0 desempenho deseus funcionarios e do trabalho de auditoria, seja interna ou externa, alern de influenciar,

positivamente, no funcionamento geral da orqanizacao,

4.5.2. A Auditoria e seu Objetivo Educativo

Frente a uma sociedade dinarnica em transicao, torna-se importante acreditar em uma educacao que

estimule as pessoas a procurarem a verdade comum, realizarem questionamentos e investiqacoes

para evolufrem, compreenderem os acontecimentos e provocarem rnudancas positivas. A educacao,por permitir 0 desenvolvimento intelectual, moral e do corpo flsico, pode ser analisada como uma

pratica social de divisao do trabalho, ou ainda, como a busca da verdade, e para tanto e essencialrefletir 0passado da mesma forma que futuramente sera preciso refletir 0momenta atual.

A partir do conhecimento da evolucao hist6rica da auditoria, pode-se entender 0 motivo pelo qual 0

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seu objetivo educativo e, hoje, muito valorizado. Ou seja, 0 fen6meno da globalizagao exige

conhecimento, tecnologia, cornpeticao com produtos e services de melhor qualidade e de menor

preco, custos baixos, elevada produtividade .extracao aceitavel dos recursos escassos aplicados e

capacidade profissional de aqreqacao de valores.

As orqanizacoes, neste novo mundo, requerem novas habilidades das pessoas, mentalidade aberta,

criativa e aqil, Trata-se de educacao profissional capaz de aperfeicoar auditores e auditados para aconsecucao de objetivos amplos, a curto e/ou a longo prazo, de modo que recursos sejam otimizados

e a duplicacao de esforcos seja prevenida.

Um instrumento importante para alcancar esse objetivo educacional e a cornunicacao interpessoal, 0

dialoqo, capaz de despertar a consciencia critica sobre os rnetodos tradicionais, incentivar os

envolvidos a acompanharem as necessidades atuais ease relacionarem construtivamente e sem

temores, visando a valorizacao, eficiencia e expansao do trabalho de auditoria nas orqanizacoes e

perante a sociedade em geral.

4.5.3. Medo do Trabalho de Auditoria

Outro fato importante eo medo da auditoria, pois por mais que os auditores se esforcem para seremvistos como "consultores" ou que realizem trabalhos para atender a administracao no

desenvolvimento de suas atribuicoes, ainda sao vistos pelos auditados com rejeicao.

As pessoas por temerem ser fiscalizadas caracterizam os auditores com este estere6tipo. Devido a

pretensao de descobrir fraudes ou irregularidades, trabalho de auditoria fixou-se, durante sua hist6ria,como objeto de fiscalizacao e punicao, e ainda, nos dias atuais percebemos resqufcios desta

concepcao, Muitas vezes os auditores nao percebem estar criando 0 clima de medo e poder que

exercem ou ainda sao capazes de estirnula-lo para que sua autoridade seja exercida, e ainda, em

funcao da carga de trabalho que possuem, nao Ihe sobeje tempo para trabalhar suas relacoes com as

pessoas.

Se for feita uma analise profunda sobre 0 trabalho do auditor, nota-se que sua rnissao e informar aos

superiores do auditado os erros observados. Qual 0 funcionario que aprecia que seus erros sejamevidenciados? 0 auditor, nesse momento, representa uma arneaca. 0 temor das pessoas de terem

seus erros divulgados e ate expostos ao ridfculo e sensfvel. Estas mostram seu anseio em verificar se

alguma tarefa de sua responsabilidade consta nos relat6rios dos auditores. Deve ser observado,

tarnbern, 0 comportamento do auditor mediante os erros encontrados. Uns no momenta em que

verificam ou ouvem sobre algo errado 0 fazem de maneira que se torne publico e exponha os

envolvidos ao ridfculo. E necessario que compreendam que estao se relacionado com pessoas e,

desde que elas nao pratiquem atos de rna fe, e fundamental orienta-las e nao enverqonha-las por

seus erros.

Alguns auditores entendem a irnportancia das pessoas e a irnportancia da consecucao de sua

colaboracao para desempenhar satisfatoriamente seu trabalho, uma vez que, a cada auditoria, ele

precisa enfrentar um conjunto de regras novas e fazer questionamentos. Estes aconselham, algumas

atitudes que podem ajudar a diminuir a tensao durante 0 trabalho de auditoria e fazer com que aspessoas cooperem no desenvolvimento de seu trabalho, como:

1. Fazer que as pessoas envolvidas compreendam que nao estao sendo analisados os seus erros

individuais e sim todo 0 sistema. Os erros s6 se tomam relevantes quando inseridos no contexto total

do sistema e e preciso que 0auditado explique como este funciona;

2. Definir corretamente a responsabilidade das pessoas sobre os fatos constatados, nao as

responsabilizando indevidamente, determinar por quais motivos possui todos os fatos e dados que

sustentam suas afirmativas e ter um conhecimento abrangente dos sistemas e controles capaz de

beneficiar 0desempenho da unidade e nao apenas corrigir os erros individuais.

Enquanto os auditados poderao interessar-se em:

1. Informar-se sobre 0que e a auditoria e quais sao seus beneffcios;

2. Desenvolver seu trabalho com honestidade, orqanizacao e limpeza;

3. Procurar ter sequranca e domfnio de suas tarefas.

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5. Conclusao

Os objetivos do trabalho de auditoria estao se adaptando as necessidades modernas, com ambiente

dinarnico, sistemas de inforrnacoes integrados e estrateqicos, capaz desde atender a forca detrabalho bem treinada e valorizada, contribuindo para tornar 0 desempenho desta cada vez mais

eficiente e, ainda, tornar 0 trabalho das orqanizacoes mais competentes, oferecendo constantes

oportunidades de melhorias, fortalecendo os controles contabeis e operacionais e permitindo

antecipar 0 conhecimento dos problemas existentes, para que suas causas sejam alteradas emtempo habil e nao seus efeitos.

As orqanizacoes e os profissionais envolvidos em auditoria que ja compreenderam tais vantagensdemonstram estar promovendo alteracoes educativas e preventivas em seus procedimentos de

trabalho, como por exemplo, criando novos modelos de relatorios que indicam que os problemas

encontrados ja foram ou estao sendo solucionados pelos proprios auditados, novas formas de

melhorar 0 relacionamento entre auditores e auditados ou incentivando 0comportamento etico,

Porern, apesar de a auditoria ser um instrumento comprovadamente indispensavel e adequado para

atender as exiqencias do mundo globalizado, em que todos estao aprendendo a viver, ainda e

consideravel 0 nurnero de profissionais que a utilizam apenas para 0 cumprimento de obriqacoes

legais ou como mero centro de custos.

Muitos auditores, inclusive, demonstram ainda nao conhecer e aplicar as vantagens que um bom

trabalho de auditoria pode oferecer, fundamentalmente, quando valorizados seus objetivos educativo

e preventivo que proporcionam 0 desenvolvimento profissional de auditores e auditados contribuindo

diretamente para agregar resultados mais positivos as orqanizacoes, e consequenternente,influenciando a alta administracao a reconhecer e util izar a auditoria como um excelente investimento

capaz de oferecer inforrnacoes, garantir 0 perfeito funcionamento de seus controles e cumprimento

das obriqacoes legais com integridade.

Certamente a auditoria nao propicia a solucao para todos os problemas existentes nas orqanizacoes,

mas, por meio de seus trabalhos construtivos, fornece base solida para a alta adrninistracao tomar

decisoes inteligentes e conduzir melhor a orqanizacao para alcancar os objetivos pretendidos e

garantir inforrnacoes seguras aos demais usuaries e para a sociedade em geral.

6. Referencias Biblioqraficas

A evolucao do trabalho de auditoria. Disponfvel em http://www.eac.fea.usp.br. Acessado em 25 de

margo de 2004.

CREPALDI, Silvio Aparecido. Auditoria Contabil: teoria e pratica, 3. ed. Sao Paulo: Atlas, 2004.

Evolucao da Auditoria no Brasil. Disponfvel em http://www.magnusauditores.com.br. Acessado em 25de margo de 2004.

Evolucao Histories da Auditoria. Disponfvel em http://www.selectaauditores.com.br. Acessado em 25

de margo de 2004.

HENDRIKSEN, E. S. Teoria da Contabilidade. Sao Paulo: Atlas, 1999.

LAKATOS, E. M; MARCONI, MA Fundamentos de Metodologia Cientffica. 3. ed. Sao Paulo: Atlas,1995.

Autor: Silvio Aparecido Crepaldi

Contato: [email protected]

Revista Contcibil & Empresarial Fiscolegis, 12 de Fevereiro de 2012