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SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE Página 1 de 28 ORIENTAÇÃO TÉCNICA/JURÍDICA SEMAM Nº 01/2018 NOVO PROCEDIMENTO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL NO MUNICÍPIO DE UBERABA, DE ACORDO COM A DN COPAM Nº 217/2017 Uberaba-MG., 2018

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SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE

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ORIENTAÇÃO TÉCNICA/JURÍDICA SEMAM Nº

01/2018

NOVO PROCEDIMENTO DE LICENCIAMENTO

AMBIENTAL NO MUNICÍPIO DE UBERABA, DE

ACORDO COM A DN COPAM Nº 217/2017

Uberaba-MG., 2018

SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 4

2. FLUXO DA REGULARIZAÇÃO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL ................... 6

2.1. CONSULTA AOS CRITÉRIOS LOCACIONAIS NA PLATAFORMA IDE-

SISEMA ....................................................................................................................... 6

2.2. PREENCHIMENTO DO FCE............................................................................. 6

2.3. DAS ATIVIDADES NÃO PASSÍVEIS DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL ....... 7

2.4. DAS ATIVIDADES COM PORTE E POTENCIAL POLUIDOR PASSÍVEIS DE

LICENCIAMENTO AMBIENTAL .................................................................................. 7

2.4.1. LAS – LICENCIAMENTO AMBIENTAL SIMPLIFICADO ................................ 8

2.4.1.1. LAS-CADASTRO ...................................................................................... 10

2.4.1.2. LAS-RAS ................................................................................................... 10

2.4.2. LAC – LICENCIAMENTO AMBIENTAL CONCOMITANTE .......................... 11

2.4.2.1. LAC1 ......................................................................................................... 12

2.4.2.2. LAC2 ......................................................................................................... 12

2.4.3. LAT – LICENCIAMENTO AMBIENTAL TRIFÁSICO .................................... 13

2.4.4. DA REORIENTAÇÃO DO PROCEDIMENTO .............................................. 13

2.5. LICENCIAMENTO AMBIENTAL CORRETIVO ................................................ 14

2.6. DA CONCOMITÂNCIA DE LI E LO NA FORMALIZAÇÃO DE NOVOS

PROCESSOS ............................................................................................................ 15

2.7. DA RENOVAÇÃO DAS LICENÇAS ................................................................ 17

2.7.1. DAS ATIVIDADES DISPENSADAS DA RENOVAÇÃO DE LICENÇA DE

OPERAÇÃO .............................................................................................................. 18

2.8. DAS AMPLIAÇÕES DE EMPREENDIMENTOS LICENCIADOS .................... 18

2.9. FRAGMENTAÇÃO DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL ................................ 19

2.10. DAS ATIVIDADES MINERÁRIAS ................................................................ 20

2.10.1. DA OBTENÇÃO DE TÍTULO MINERÁRIO EMITIDO PELA AGÊNCIA

NACIONAL DE MINERAÇÃO – ANM ....................................................................... 20

2.10.2. DA ATIVIDADE DE PESQUISA MINERAL ................................................... 21

2.11. DOS PRAZOS DE VIGÊNCIA DAS LICENÇAS EMITIDAS ......................... 21

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2.12. DA APA DO RIO UBERABA ........................................................................ 22

3. DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS ............................................................... 23

3.1. FORMULÁRIOS DE ORIENTAÇÃO BÁSICA – FOB EMITIDOS ANTES DA

ENTRADA EM VIGOR DA DN COPAM Nº 217 DE 2017 SEM FORMALIZAÇÃO DE

PROCESSO .............................................................................................................. 23

3.2. DOS PROCESSOS FORMALIZADOS À LUZ DN COPAM Nº 74 DE 2004 .... 23

3.3. DAS LICENÇAS AMBIENTAIS VIGENTES EMITIDAS À LUZ DN COPAM Nº

74 DE 2004 ............................................................................................................... 24

3.4. DAS AMMAS VIGENTES ................................................................................ 24

3.5. DO ARQUIVAMENTO DE PROCESSOS DE ATIVIDADES DISPENSADAS

OU EXCLUÍDAS PELA DN COPAM Nº 217 DE 2017............................................... 25

3.6. DA REVOGAÇÃO AUTOMÁTICA DAS LICENÇAS ........................................ 26

3.7. DOS CÓDIGOS AGRUPADOS PELA DN COPAM Nº 217/2017 .................... 26

4. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 27

ANEXO ÚNICO – FLUXOGRAMA DO PROCESSO ................................................. 28

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1. INTRODUÇÃO

Em 08/12/2017 foi publicada a DN COPAM nº 217/2017, que revogou a

DN COPAM nº 74/2004 e trouxe à tona novos procedimentos, enquadramentos e

classificações para o licenciamento ambiental no âmbito do Estado de Minas Gerais.

A nova DN é, em si, uma mudança de conceito no âmbito do

processamento da regularização ambiental de empreendimentos potencialmente

poluidores do Estado, configurando-se, em verdade, em uma inversão de

paradigma, onde se passa a simplificar o processo para empreendimentos com

baixo potencial, para dar mais atenção àqueles maiores, bem como à fiscalização.

Dentre as principais inovações da DN Copam nº 217 de 2017, está a

previsão de utilização da Infraestrutura de Dados Espaciais – IDE em apoio à

análise técnica dos processos de licenciamento ambiental. A IDE é constituída por

mais de trezentas camadas de informação geográfica, tais como dados de

hidrografia, vegetação e unidades de conservação, e poderá ser utilizada tanto pelos

empreendedores para consulta aos critérios locacionais e orientação para

localização mais adequada na instalação de novos empreendimentos, quanto pelas

equipes técnicas do órgão ambiental na avaliação dos estudos ambientais

apresentados nos processos de licenciamento.

A partir desta nova ferramenta de gestão ambiental, bem como da

revisão integral de todas as listagens de atividades e empreendimentos passíveis de

licenciamento, foi possível implementar o Licenciamento Ambiental Simplificado –

LAS – previsto na Lei nº 21.972, de 21 de janeiro de 2016, bem como estabelecer as

regras para a concomitância das fases do processo de licenciamento.

Considerando que o Município de Uberaba tem, em vigência, Termo de

Cooperação Administrativa e Técnica celebrado com o Estado de Minas Gerais

(SEMAD – Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável)

para licenciamento ambiental de atividades classificadas até Classe 4, e que neste

Termo está expressamente consignado que o licenciamento ambiental municipal

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seguirá as diretrizes procedimentais do Estado, é mister o respeito integral a esta

nova normativa.

Para tanto, imprescindível que seja regulamentado o procedimento a

ser seguido para adequações previstas no novo Decreto, supramencionado, o que

se faz.

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2. FLUXO DA REGULARIZAÇÃO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL

2.1. CONSULTA AOS CRITÉRIOS LOCACIONAIS NA PLATAFORMA IDE-

SISEMA

Para fins de determinação da incidência dos critérios locacionais

definidos pela DN COPAM nº 217 de 2017 com a feição geométrica da área do

empreendimento em análise, o empreendedor deve acessar o sistema visualizador

de informações geográficas da Infraestrutura de Dados Espaciais – Plataforma IDE-

Sisema – disponível no endereço eletrônico (idesisema.meioambiente.mg.gov.br).

O próprio Estado de Minas Gerais disponibiliza o manual de instrução

para uso do sistema, e o empreendedor deve verificar a existência ou não de

critérios locacionais e/ou fatores de restrição ou vedação.

Sendo detectada a existência de um ou mais critérios locacionais,

deve-se verificar a valoração deles, segundo tabela inserida na DN COPAM nº

217/2017, informação que necessariamente será inserida quando do preenchimento

do FCE – Formulário de Caracterização do Empreendimento.

Importante esclarecer que não se deve somar as valorizações destes

critérios, mas apenas considerar o de maior valoração (0 no caso de inexistência, 1

ou 2).

2.2. PREENCHIMENTO DO FCE

Verificada a existência ou não dos critérios locacionais, e a sua valoração

segundo a DN COPAM nº 217/2017, o empreendedor, ou seu procurador, deverá

entrar no sistema LAO – Licença Ambiental Online

(http://www.uberaba.mg.gov.br/lao) e efetuar o preenchimento do FCE Eletrônico,

consignando os dados ali constantes.

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Caso a atividade seja Não Passível de Licenciamento, dentro do próprio

sistema é emitida a “DNP - Declaração de Não Passível de Licenciamento

Ambiental”.

Nas situações de atividades passiveis de licenciamento, será emitida uma

“DP - Declaração de Passível de Licenciamento Ambiental”, que deverá ser anexada

aos demais documentos para abertura de processo administrativo físico, conforme

será adiante explicado.

Importante dizer que o empreendedor, ao realizar o preenchimento dos

dados do FCE Eletrônico poderá imprimi-lo posteriormente, seja para arquivar

juntamente com a DNP (o que não é obrigatório), seja para abrir o processo físico (o

que é obrigatório).

2.3. DAS ATIVIDADES NÃO PASSÍVEIS DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL

Conforme já explicado, as atividades não passíveis de licenciamento

ambiental terão a “DNP - Declaração de Não Passível de Licenciamento Ambiental”

emitida pelo próprio sistema LAO – Licença Ambiental Online, sendo impressas pelo

empreendedor ou seu representante.

As mesmas poderão ter sua validade verificada pelo código de validação

nelas constante (http://www.uberaba.mg.gov.br/lao/pages/context-formularios/full-

content-valida-declaracao.xhtml).

2.4. DAS ATIVIDADES COM PORTE E POTENCIAL POLUIDOR PASSÍVEIS DE

LICENCIAMENTO AMBIENTAL

O empreendedor ou seu representante deverá abrir processo

administrativo junto à Prefeitura Municipal de Uberaba, juntando os seguintes

documentos:

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a) Formulário de Requerimento Geral

(http://www.uberaba.mg.gov.br/portal/conteudo,315), devidamente

preenchido;

b) FCE impresso no sistema LAO – Licença Ambiental Online, devidamente

preenchido;

c) DP – Declaração de Passível de Licenciamento Ambiental emitida pelo

sistema LAO – Licença Ambiental Online;

d) cópias simples do RG e CPF do(s) interessado(s) (Pessoa Física);

e) cópia simples do contrato social, bem como RG, CPF dos sócios (Pessoa

Jurídica);

f) CND – Certidão Negativa de Débitos do(s) interessado(s) (Pessoa Física);

g) CND – Certidão Negativa de Débitos da empresa e do(s) sócio(s) (Pessoa

Jurídica);

h) GAM – Guia de Arrecadação Municipal e Comprovante de Pagamento da

taxa administrativa (http://www.uberaba.mg.gov.br/portal/conteudo,20893)

Aberto o processo administrativo, a Secretaria Municipal de Meio

Ambiente fará a verificação de Classificação e de procedimento, emitindo FOB –

Formulário de Orientação Básica determinado a Classe do empreendimento e se o

procedimento será de LAS – Licença Ambiental Simplificada, LAC – Licença

Ambiental Concomitante ou LAT – Licença Ambiental Trifásica, segundo critérios

definidos pela DN COPAM nº 217/2017.

O LAS poderá ser LAS-CADASTRO ou LAS-RAS, e o LAC poderá ser

LAC1 ou LAC2, segundo critérios da mesma normativa.

2.4.1. LAS – LICENCIAMENTO AMBIENTAL SIMPLIFICADO

O Licenciamento Ambiental Simplificado – LAS consiste em procedimento

que se realiza em fase única. Este procedimento é estabelecido com base no porte e

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potencial poluidor do empreendimento associado às informações disponibilizadas

pela IDE.

É importante observar que o procedimento simplificado é analisado

através dos documentos juntados e informações prestadas pelo empreendedor e/ou

seu representante, não havendo vistoria prevista em seu trâmite.

Além disso, deverá ser juntada, juntamente com os demais documentos

exigidos no FOB, bem como a ART – Anotação de Responsabilidade Técnica de

profissional habilitado que contemple os dados ali consignados bem como de

responsabilidade técnica pela gestão ambiental do empreendimento, podendo ser

uma só ART ou duas distintas, do mesmo profissional ou de profissionais diferentes,

nos termos da DN COMAM nº 12/2018.

Também de acordo com a mesma DN COMAM supramencionada,

durante toda a validade da Licença deverá haver um responsável técnico pela

gestão ambiental do empreendimento, e caso a ART juntada quando da emissão da

Licença não abranja todo o seu prazo de vigência, deverá ser incluída condicionante

para que, antes do seu vencimento, seja juntado novo documento de

responsabilidade.

Deve ser comprovado ainda o pagamento da taxa de licenciamento

ambiental, através da juntada da GAM e do comprovante de pagamento.

Importante frisar que para a emissão da LAS, tanto na modalidade de

LAS-CADASTRO quanto de LAS-RAS, caso seja necessário, deverão ser

requeridas e obtidas, anteriormente à emissão do certificado, demais autorizações

necessárias junto aos órgãos competentes, como por exemplo, regularização de uso

de recurso hídrico, autorizações de supressão vegetal e de intervenção em APP,

etc, salvo em casos específicos, abrangidos por lei, norma ou acordo firmado entre

os órgãos ambientais.

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2.4.1.1. LAS-CADASTRO

Conforme previsto na DN COPAM nº 217/2017, o LAS na modalidade

Cadastro consiste na prestação, pelo próprio empreendedor, de informações,

declarações e documentos ao órgão ambiental.

O LAS-CADASTRO permitirá ao órgão ambiental conhecer a localização

do empreendimento, suas características e especificidades e, a partir disso, exercer

adequadamente o poder de polícia por meio das ações integradas de fiscalização

ambiental. Deve-se ressaltar que qualquer informação inidônea por parte do

empreendedor pode configurar infrações administrativas ou até mesmo penais,

sujeitando-o às sanções aplicáveis o empreendedor, seu representante e o

responsável técnico.

De acordo com a DN COMAM nº 12/2018, no âmbito do município de

Uberaba-MG., será também exigida a apresentação do RAS – Relatório Ambiental

Simplificado.

Outra informação importante é que não são admitidos licenciamento

ambiental na modalidade LAS-CADASTRO para as atividades enquadradas nas

classes 1 ou 2 listadas no artigo 19 da DN COPAM nº 217/2017, devendo ser

processados, no mínimo, pelo procedimento LAS-RAS.

2.4.1.2. LAS-RAS

Na modalidade de Licenciamento Ambiental Simplificado com

apresentação de Relatório Ambiental Simplificado LAS-RAS, a análise do referido

relatório será feita em fase única pela equipe técnica, com a conferência documental

pela Equipe Técnica e pela Assessoria de Normatização e Controle Processual da

SEMAM.

Nessa modalidade, caso incidam critérios locacionais ao

empreendimento, deverão ser aplicados os estudos pertinentes a tais critérios, não

podendo ser exigidos estudos adicionais.

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É importante observar que, se um empreendimento inicialmente

enquadrado na Classe 1 da Tabela 2 da DN COPAM nº 217/2017 e, portanto, sujeito

ao licenciamento na modalidade LAS-CADASTRO, tiver a incidência de qualquer

critério locacional de peso 2, deverá ser licenciado na modalidade LAS-RAS. Nessa

hipótese, o Relatório Ambiental Simplificado deverá ser apresentado não apenas

para o critério locacional de peso 2 que levou ao reenquadramento do

empreendimento, mas também para os demais critérios locacionais de peso 1 que

porventura também incidam sobre a sua localização.

2.4.2. LAC – LICENCIAMENTO AMBIENTAL CONCOMITANTE

Segundo o artigo 8º, II, da DN COPAM nº 217/2017, o Licenciamento

Ambiental Concomitante – LAC é aquele em que são analisadas as mesmas etapas

previstas no Licenciamento Ambiental Trifásico – LAT (LP, LI e LO), com a

expedição concomitantemente de duas ou mais licenças.

Para sua análise é requerida, além dos demais documentos exigidos no

FOB, a apresentação de RCA – Relatório de Controle Ambiental e PCA – Plano de

Controle Ambiental, acompanhados da respectiva ART de cada estudo.

Poderá, dependendo do caso e eventualmente por força de lei ou de

decisão judicial, ser exigida a apresentação de EIA – Estudo de Impacto Ambiental e

RIMA – Relatório de Impacto Ambiental, acompanhados da respectiva ART de cada

estudo.

Além disso, deverá ser protocolado, juntamente com os demais

documentos exigidos no FOB, o formulário específico que será disponibilizado

virtualmente, devidamente impresso e assinado, bem como a ART – Anotação de

Responsabilidade Técnica de profissional habilitado que contemple os dados ali

consignados bem como de responsabilidade técnica pela gestão ambiental do

empreendimento, podendo ser uma só ART ou duas distintas, do mesmo

profissional ou de profissionais diferentes, nos termos da DN COMAM nº 12/2018.

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Também de acordo com a mesma DN COMAM supramencionada,

durante toda a validade da Licença deverá haver um responsável técnico pela

gestão ambiental do empreendimento, e caso a ART juntada quando da emissão da

Licença não abranja todo o seu prazo de vigência, deverá ser incluída condicionante

para que, antes do seu vencimento, seja juntado novo documento de

responsabilidade.

Importante frisar que para a emissão da LAS, tanto na modalidade de

LAS-CADASTRO quanto de LAS-RAS, caso seja necessário, deverão ser

requeridas e obtidas, anteriormente à emissão do certificado, demais autorizações

necessárias junto aos órgãos competentes, como por exemplo, regularização de uso

de recurso hídrico, autorizações de supressão vegetal e de intervenção em APP,

etc, salvo em casos específicos, abrangidos por lei, norma ou acordo firmado entre

os órgãos ambientais.

2.4.2.1. LAC1

Nesta modalidade, a análise é feita em uma única fase, das etapas de LP,

LI e LO da atividade ou do empreendimento.

Os estudos exigidos deverão, portanto, englobar de forma clara, as três

fases e seus respectivos impactos e medidas mitigadoras.

2.4.2.2. LAC2

Nesta modalidade, a análise será em uma única fase das etapas de LP e

LI do empreendimento, com análise posterior da LO ou análise da LP com posterior

análise concomitante das etapas de LI e LO do empreendimento.

Da mesma forma, os estudos das etapas que estão sendo agrupadas

deverão englobar de forma clara, as respectivas fases e seus impactos e medidas

mitigadoras.

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2.4.3. LAT – LICENCIAMENTO AMBIENTAL TRIFÁSICO

É o procedimento de licenciamento no qual a Licença Prévia – LP, a

Licença de Instalação – LI e a Licença de Operação – LO da atividade ou do

empreendimento são concedidas em etapas sucessivas e distintas.

Para sua análise é requerida, além dos demais documentos exigidos no

FOB, a apresentação de RCA – Relatório de Controle Ambiental e PCA – Plano de

Controle Ambiental, acompanhados da respectiva ART de cada estudo.

Poderá, dependendo do caso e eventualmente por força de lei ou de

decisão judicial, ser exigida a apresentação de EIA – Estudo de Impacto Ambiental e

RIMA – Relatório de Impacto Ambiental, acompanhados da respectiva ART de cada

estudo.

Além disso, sem prejuízo de demais documentos, deverá ser juntado o

formulário específico que será disponibilizado virtualmente, devidamente impresso e

assinado, bem como a ART – Anotação de Responsabilidade Técnica de

profissional habilitado que contemple os dados ali consignados bem como de

responsabilidade técnica pela gestão ambiental do empreendimento, podendo ser

uma só ART ou duas distintas, do mesmo profissional ou de profissionais diferentes,

de acordo com a DN COMAM nº 12/2018.

2.4.4. DA REORIENTAÇÃO DO PROCEDIMENTO

Quando a Equipe Técnica da SEMAM constatar a necessidade de

reorientação da modalidade do licenciamento, nos termos do §5º do art. 8º da DN

COPAM nº 217/2017, deverá elaborar relatório conjunto com a Assessoria de

Normatização e Controle Processual, devidamente fundamentado, a ser aprovada

pelo Secretário Municipal de Meio Ambiente ou, na sua ausência, pelo Secretário

Municipal Adjunto de Meio Ambiente.

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Uma vez aprovada a reorientação da modalidade de licenciamento, o

empreendedor deverá ser notificado para que se manifeste, no prazo de dez dias,

quanto ao novo enquadramento proposto.

Caso o empreendedor apresente manifestação tempestiva e contrária à

reorientação definida pelo órgão ambiental será admitida a reconsideração pela

SEMAM, com decisão final do COMAM – Conselho Municipal de Meio Ambiente.

Decidido pelo reenquadramento e havendo a necessidade de

apresentação de novos estudos, haverá nova notificação ao empreendedor, que

será tratado sob o regramento de informação complementar.

Ressalta-se que essa reorientação não implica em alteração da classe ou

porte do empreendimento, limitando-se apenas a modalidade de licenciamento ou

exigência de estudos.

Também, segundo o Art. 8º, § 2º da DN COPAM nº 217/2017, quando

enquadrado em LAC1, o empreendedor poderá requerer que a análise seja feita em

LAC2, quando necessária a emissão de LP antes das demais fases de

licenciamento.

2.5. LICENCIAMENTO AMBIENTAL CORRETIVO

No que se refere ao licenciamento corretivo, o art. 9º da DN COPAM nº

217/2017 tem incidência para impedir que empreendimentos localizados em áreas

em que havia critérios locacionais a serem considerados no processo de

regularização se beneficiem de modalidade mais flexível, ressalvados os casos em

que o empreendimento obteve a devida regularização do critério locacional.

Cabe ressaltar, entretanto, que para os empreendimentos nos quais a

supressão de vegetação ocorreu em momento anterior a 22 de julho de 2008, não

será aplicado este fator locacional.

Desta forma, os critérios locacionais e seus respectivos estudos devem

ser considerados no licenciamento corretivo, nas modalidades estabelecidas no

Quadro 1, abaixo:

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2.6. DA CONCOMITÂNCIA DE LI E LO NA FORMALIZAÇÃO DE NOVOS

PROCESSOS

Quando a instalação implicar na operação do empreendimento ou

atividade, conforme o Quadro 2, independentemente do enquadramento inicial

poderá ser formalizado processo das fases de Licença de Instalação – LI e de

Licença de Operação – LO de modo concomitante.

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Ressalta-se que poderá ser solicitada a concomitância de LI com LO e

licença de instalação corretiva – LIC com LO para empreendimentos não

enquadrados nas atividades listadas no Quadro 2, desde que apresentada

justificativa técnica de que a instalação implicará na operação do empreendimento.

Essa justificativa deverá ser analisada pela Equipe Técnica e pela

Assessoria de Normatização e Controle Processual da SEMAM, que emitirão

relatório conjunto simplificado e conclusivo sobre a questão, cabendo a decisão ao

Secretário Municipal de Meio Ambiente ou, na sua ausência, ao Secretário Municipal

Adjunto de Meio Ambiente.

Desta decisão caberá recurso ao COMAM – Conselho Municipal de Meio

Ambiente, no prazo de até 15 (quinze) dias.

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2.7. DA RENOVAÇÃO DAS LICENÇAS

Para a renovação de licença de operação, independente da modalidade,

deverá ser observado o prazo de cento e vinte dias antes do vencimento da

respectiva licença para se requerimento, conforme estabelecido na Lei

Complementar nº 140 de 08 de dezembro de 2011.

Para fins temporais, considerar-se-á o requerimento da data de abertura

do processo de renovação junto ao Protocolo Geral da Prefeitura Municipal de

Uberaba.

Os fatores locacionais não serão avaliados na renovação de licenças,

uma vez que definem as modalidades de licença e as renovações são analisadas

em fase única, sendo instruídas somente com Relatório de Avaliação de

Desempenho Ambiental – RADA. Além disso, a viabilidade locacional do

empreendimento foi avaliada em sua licença originária. Portanto, os estudos

referentes aos fatores locacionais não deverão ser exigidos.

Na renovação, os empreendimentos classificados na DN COPAM nº

217/2017 como 1, 2 ou 3, e que o novo licenciamento seja na modalidade LAS-

CADASTRO ou LAS-RAS, conforme enquadramento na matriz de fixação da

modalidade de licenciamento, serão considerados como tendo fator locacional zero.

Neste caso, a renovação na modalidade LAS-RAS será feita por meio de

termo de referência de avaliação de desempenho ambiental específico para esta

modalidade, sendo que as condicionantes impostas na licença originária serão

analisadas pela Seção de Fiscalização do Departamento de Licenciamento

Ambiental, por meio de relatório elaborado ao final do prazo validade da licença, não

impedindo sua renovação por licença simplificada.

Os empreendimentos ou atividades enquadrados na DN COPAM nº

74/2004 como classe 1 ou 2 e que na DN COPAM nº 217/2017 se tornarem classe

4, 5 ou 6, deverão ser submetidos a nova regularização na modalidade LAC1,

considerando que já se encontram em operação.

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2.7.1. DAS ATIVIDADES DISPENSADAS DA RENOVAÇÃO DE LICENÇA DE

OPERAÇÃO

O art.12 da DN COPAM nº 217/2017 lista as atividades que ficam

dispensadas do processo de renovação de licença ambiental. Nesses casos, o

critério de dispensa de renovação deve atingir a todos os empreendimentos dessas

tipologias, que possuam ou não processo de renovação formalizado, não impedindo

que a SEMAM exija o cumprimento das condicionantes estabelecidas na licença de

operação.

Para as atividades do art. 12 já licenciadas ou detentoras de AAF/AMMA

pela DN COPAM nº 74/2004, não há necessidade de inserir qualquer informação

junto ao certificado expedido, estando o documento ambiental hábil para

comprovação de sua regularização, mesmo que vencido, considerando que

atualmente a atividade é dispensada de renovação.

O empreendedor poderá solicitar emissão de 2ª via do certificado no qual

constará a seguinte informação: “Atividade não sujeita a renovação, nos termos do

art.12 da Deliberação Normativa Copam n° 217 de 2017”.

No certificado das licenças de operação emitidas após a vigência da DN

COPAM n° 217/2017, deverá também constar a seguinte informação: “Atividade não

sujeita a renovação, nos termos do art.12 da Deliberação Normativa Copam n° 217

de 2017”.

Ressalta-se que, quando houver empreendimentos em que parte das

atividades tenha sido dispensada de renovação, a renovação das demais continuará

sendo necessária.

2.8. DAS AMPLIAÇÕES DE EMPREENDIMENTOS LICENCIADOS

Independente das modalidades, as licenças emitidas em razão de

ampliação da atividade ou do empreendimento terão prazo de validade

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correspondente ao prazo de validade remanescente da licença principal da atividade

ou do empreendimento.

Para o licenciamento simplificado (LAS-CADASTRO ou LAS-RAS), os

parâmetros de porte são somados com os da ampliação, podendo resultar em nova

LAS ou LAC1. Neste caso, a licença será emitida com todas as tipologias e portes

unificados.

Para a licença concomitante ou trifásica emitida, a ampliação se dará de

acordo com a característica de porte e de potencial poluidor específica de tal

ampliação. Nesse caso, a ampliação poderá ser licenciada na modalidade LAS ou

LAC1, conforme o caso, podendo ainda ser LAC2 ou LAT a requerimento do

empreendedor, se a modalidade assim o permitir, e serão incorporadas no processo

de renovação.

No caso de empreendimentos agrossilvipastoris que possuam mais de

1.000 ha de área útil e tenham sido licenciados com apresentação de EIA/RIMA, se

a ampliação disser respeito a áreas inferiores a 1.000 ha, o respectivo processo

poderá ser licenciado na modalidade LAS ou LAC1, conforme o caso, sem

apresentação de EIA/RIMA.

Para os casos de ampliação em que o parâmetro foi substituído (por

exemplo, faturamento anual por área), serão considerados regulares todos os

incrementos do novo parâmetro realizados pelo empreendedor até a entrada em

vigor da DN COPAM nº 217/2017 que não eram passíveis de regularização

ambiental pela DN COPAM nº 74/2004.

Assim, o novo parâmetro com seus incrementos, deverá ser entendido

como o “atual” porte do empreendimento ou atividade.

2.9. FRAGMENTAÇÃO DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL

O art. 11 da DN COPAM nº 217/2017 tem por objetivo a caracterização do

empreendimento considerando todas as suas atividades, sendo elas exercidas em

áreas limítrofes ou interdependente.

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Entende-se por fragmentação do licenciamento a divisão de uma mesma

atividade, gerando o enquadramento do empreendimento em classe inferior, de

forma a obter vantagem no procedimento de licenciamento a ser adotado.

A verificação de fragmentação do licenciamento deve ser feita caso a

caso, analisando-se a situação concreta e, caso constatada, importará na extinção

dos respectivos processos de licenciamento, com o seu consequente arquivamento,

devendo ser lavrado o auto de infração e aplicadas as sanções cabíveis.

2.10. DAS ATIVIDADES MINERÁRIAS

2.10.1. DA OBTENÇÃO DE TÍTULO MINERÁRIO EMITIDO PELA AGÊNCIA

NACIONAL DE MINERAÇÃO – ANM

A Portaria do Departamento Nacional de Pesquisa Mineral – DNPM nº

155 de 12 de maio de 2016 estabelece que, para emissão do título minerário, é

obrigatória a apresentação da licença ambiental. Ademais, a DN COPAM nº

217/2017 prima por licenciamentos concomitantes.

Assim, o art. 23 da referida deliberação pretende que as atividades

minerárias sejam analisadas exclusivamente no aspecto ambiental, sendo de

responsabilidade do empreendedor buscar o título minerário após a aquisição da

licença.

Dessa forma, não será mais exigida, em âmbito de regularização

ambiental, a apresentação do título minerário. No entanto, deverá ser observada, no

procedimento de licenciamento, a existência de vinculação entre o processo

minerário e o empreendedor.

A licença, quando envolver operação, deverá possuir a seguinte

observação em seu certificado:

“Esta licença não substitui a obrigatoriedade do empreendedor em obter

título minerário ou guia de utilização expedida pela Agência Nacional de Mineração,

nos termos do art.23 da Deliberação Normativa COPAM n° 217 de 2017”.

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2.10.2. DA ATIVIDADE DE PESQUISA MINERAL

Os casos de pesquisa mineral com ou sem supressão de vegetação, com

Guia de Utilização, serão regularizadas, aplicando-se as modalidades previstas na

referida Tabela 3 do Anexo Único da DN COPAM nº 217/2017 em função do porte,

potencial poluidor e critério locacional.

Estas atividades de pesquisa mineral não serão passíveis de

licenciamento ambiental quando não envolverem o emprego de Guia de Utilização.

2.11. DOS PRAZOS DE VIGÊNCIA DAS LICENÇAS EMITIDAS

As licenças ambientais emitidas terão prazo de vigência conforme

informações abaixo:

a) DNP – Declaração de Não Passível de Licenciamento Ambiental: 4 anos

b) LAS – Licença Ambiental Simplificada: 10 anos;

c) LP – Licença Prévia: 4 anos;

d) LI – Licença de Instalação: 6 anos

e) LO – Licença de Operação: 10 anos

Nos casos de licenças corretivas, os prazos serão os mesmos daqueles

em que se esteja procedendo ao licenciamento corretivo.

Além disso, nos casos de licenças de instalação e operação

concomitantes, o certificado terá prazo de validade de 10 anos, e será incluída

condicionante de que o empreendimento deve finalizar a instalação no prazo de até

6 anos, devendo informar ao órgão ambiental imediatamente.

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2.12. DA APA DO RIO UBERABA

Os processos que forem tramitados pelos procedimentos de LAS-

CADASTRO, LAS-RAS, LAC1, LAC2 e LAT, e que estiverem dentro da área da APA

do Rio Uberaba, deverão ser discutidos do Conselho Gestor da Unidade de

Conservação previamente à emissão dos certificados de licença.

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3. DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

3.1. FORMULÁRIOS DE ORIENTAÇÃO BÁSICA – FOB EMITIDOS ANTES DA

ENTRADA EM VIGOR DA DN COPAM Nº 217 DE 2017 SEM

FORMALIZAÇÃO DE PROCESSO

Os FOBs já emitidos e formalizados até a entrada em vigor da DN

COPAM nº 217/2017 perderam sua validade. Neste caso, o empreendedor deverá

realizar nova caracterização do empreendimento e missão de novo FOB.

3.2. DOS PROCESSOS FORMALIZADOS À LUZ DN COPAM Nº 74 DE 2004

Conforme inciso III do art. 38 da DN COPAM nº 217/2017, o

empreendedor terá o prazo máximo de trinta dias, a partir da entrada em vigor da

norma, para requerer que o processo ainda seja analisado segundo os critérios e

competências estabelecidos na DN COPAM nº 74/2004, tanto para o licenciamento

ambiental quanto para as Autorizações Municipais de Meio Ambiente - AMMA.

Caso o empreendedor se manifeste pelo prosseguimento do processo

nos moldes da DN COPAM nº 74/2004, serão mantidos todos os critérios de análise

e de competência de decisão da referida deliberação, inclusive no que diz respeito à

quitação dos custos, levando em consideração a classe de enquadramento original.

Não havendo manifestação ou caso esta seja intempestiva, o

empreendedor deverá ser notificado por ofício de solicitação de informações

complementares para protocolo de nova caracterização do empreendimento no

prazo de quinze dias e consequente adequação do processo de regularização.

No documento de encaminhamento de reorientação do processo, deverá

constar expressamente o prazo de sessenta dias para apresentação da

documentação referente à nova modalidade de licenciamento.

Caso seja necessária a elaboração de estudo ambiental para

formalização do processo e não seja possível apresentar a documentação no prazo

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estabelecido, o empreendedor deverá requerer o sobrestamento do processo dentro

do prazo de sessenta dias, sob pena de arquivamento.

Os empreendimentos classificados como 1 e 2 na DN COPAM nº 74/2004

deverão ser regularizados sempre em uma única fase, LAS ou LAC1, conforme o

caso, independentemente de sua nova classe de enquadramento.

Para os empreendimentos enquadrados como LAS, instruídos com outros

estudos à luz da DN COPAM nº 74/2004, a saber PCA, RCA ou EIA/RIMA, estes

deverão seguir o fluxo processual estabelecido para LAS, exceto para os casos de

decisão judicial.

3.3. DAS LICENÇAS AMBIENTAIS VIGENTES EMITIDAS À LUZ DN COPAM Nº

74 DE 2004

Para os casos de licenças vigentes em que o parâmetro de porte foi

substituído (por exemplo, faturamento anual por área), está dispensada a emissão

de novo certificado até o seu vencimento.

3.4. DAS AMMAS VIGENTES

As AMMAs emitidas sob a luz da DN COPAM nº 74/2004, continuam

vigentes até o término do seu prazo de validade.

O empreendedor poderá requerer a conversão das AMMAs vigentes em

LAS, com reenquadramento em LAS-CADASTRO ou LAS/RAS na matriz de fixação

da modalidade de licenciamento (Tabela 3 da DN COPAM nº 217/2017), através de

ofício.

Recebido o ofício, a SEMAM requererá, por meio de informações

complementares, informações, estudos ambientais e documentos relacionados,

inclusive aqueles que possam ser exigidos em razão dos critérios locacionais. Essas

licenças terão validade correspondente ao prazo remanescente da AMMA, sem

necessidade de complementação de custos.

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Findo o prazo de vigência da LAS-CADASTRO ou LAS-RAS convertida, o

empreendimento deverá ser regularizado em LAC1, independente da nova classe do

empreendimento.

As condicionantes eventualmente impostas na AMMA cuja conversão se

requereu devem continuar sendo cumpridas dentro de seus prazos originalmente

estabelecidos até a emissão da LAS-CADASTRO ou LAS-RAS, quando serão

excluídas, mantidas ou modificadas, a critério do órgão ambiental.

3.5. DO ARQUIVAMENTO DE PROCESSOS DE ATIVIDADES DISPENSADAS

OU EXCLUÍDAS PELA DN COPAM Nº 217 DE 2017

Para os empreendimentos que passem a ser dispensados de

licenciamento ambiental em função de critérios estabelecidos pela DN COPAM nº

217/2017 ou cujas atividades tenha sido por ela excluídas, o Chefe do Departamento

de Licenciamento Ambiental deverá elaborar despacho nos seguintes termos:

“Processo arquivado nos termos do art. 36 da Deliberação Normativa Copam nº 217

de 2017”, que deverá ser aprovada pelo Secretário Municipal de Meio Ambiente ou,

na sua ausência, pelo Secretário Municipal Adjunto de Meio Ambiente antes do

arquivamento.

Nestes casos, não haverá devolução dos valores já pagos, nos termos do

§ 3° do art. 39 da DN COPAM nº 217/2017.

Também não é cabível manifestação do empreendedor para o

prosseguimento do processo, uma vez que, nestes casos, o art. 36 da DN COPAM

nº 217/2017 não possui orientação expressa neste sentido, e não cabendo aplicação

o art. 38, considerando que os empreendimentos passam a ser não passíveis de

licenciamento ambiental, devendo buscar a obtenção da DNP no sistema LAO.

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3.6. DA REVOGAÇÃO AUTOMÁTICA DAS LICENÇAS

Para as licenças e AMMAs que foram automaticamente revogadas por

força do art. 37 da DN COPAM nº 217/2017, não será necessária a publicação

específica de revogação de cada ato autorizativo, estando o empreendedor

dispensado da apresentação de automonitoramento e cumprimento de

condicionantes, mas não dispensado da manutenção do cumprimento dos

monitoramentos e obrigações previstos em normas vigentes.

Deve o empreendedor, então, emitir a DNP respectiva no sistema LAO e

juntar ao processo administrativo que culminou com a licença ou AMMA, requerendo

seu arquivamento.

3.7. DOS CÓDIGOS AGRUPADOS PELA DN COPAM Nº 217/2017

Os empreendimentos detentores de licenciamento ambiental de

atividades cujos códigos foram agrupados pela DN COPAM nº 217/2017 poderão

alterná-las ou desenvolvê-las cumulativamente sem obtenção de novo

licenciamento, desde que não ultrapassados os parâmetros originalmente

licenciados e que não haja necessidade de alteração dos sistemas de controle

ambientais ou de outras medidas mitigadoras dos impactos negativos.

Por exemplo, o código G-01-03-1 “Culturas anuais, semiperenes e

perenes, silvicultura e cultivos agrossilvipastoris, exceto horticultura” permite que o

empreendedor já licenciado para a atividade de silvicultura passe a exercer a

atividade de cafeicultura, sem necessidade de obtenção de nova licença, desde que

não alterada a área útil licenciada inicialmente.

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4. CONCLUSÃO

Esta orientação deverá ser seguida pelos empreendedores, consultores e

demais pessoas interessadas, bem como pelos agentes públicos da Secretaria

Municipal de Meio Ambiente.

Aplica-se, no que couber, o constante na DN COPAM nº 217/2017, bem

como na Instrução de Serviço SISEMA nº 01/2018, além de demais normas e

legislações vigentes.

Uberaba-MG., 08 de março de 2018.

MARCO TÚLIO MACHADO BORGES PRATA

Secretário Municipal Adjunto de Meio Ambiente

Assessor de Normatização e Controle Processual – Interino

CARLOS MESSIAS PIMENTA

Secretário Municipal de Meio Ambiente

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ANEXO ÚNICO – FLUXOGRAMA DO PROCESSO