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Orí na visão Nago Erick T’Osala

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Orí na visão NagoErick T’Osala

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Ọlọrun e a consciência

Feche os seus olhos e sinta a escuridão ao seu redor, tente apagar tudo da sua mente e não pense em nada. Simplesmente observe o som do silêncio e perceba que não conseguirá ficar só, pois sentirá a presença do seu ser ao redor.

Assim era o universo, tudo que rodeava Ọlọrun era o próprio ser divino, as trevas faziam parte do seu DNA antes de surgir a Luz. A Luz, porém, não adveio das trevas, pois as trevas são a ausência da Luz.

E Ọlọrun está presente no infinito, pois ele habita tudo que possamos imaginar ou jamais teremos capacidade de arquitetar.

Ọlọrun e a consciência

Feche os seus olhos e sinta a escuridão ao seu redor, tente apagar tudo da sua mente e não pense em nada. Simplesmente observe o som do silêncio e perceba que não conseguirá ficar só, pois sentirá a presença do seu ser ao redor.

Assim era o universo, tudo que rodeava Ọlọrun era o próprio ser divino, as trevas faziam parte do seu DNA antes de surgir a Luz. A Luz, porém, não adveio das trevas, pois as trevas são a ausência da Luz.

E Ọlọrun está presente no infinito, pois ele habita tudo que possamos imaginar ou jamais teremos capacidade de arquitetar.

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O despertar de Ọlọrun

A Luz surge sem esforço ou necessidade, pois a Luz sempre foi parte integrante de Ọlọrun. Esta Luz é a consciência do próprio criador.

E a evolução do pensamento de Ọlọrun em sua magnitude expandiu-se no infinito, dando forma ao runÒ� e se fez Reflexo do próprio Ọlọrun .

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runÒ� e Àiyé

Nós não conseguimos ver o runÒ� , mas sabemos que ele existe, seu reflexo e estado de existência afirma que Ọlọrun está presente no universo que habitamos.

Porem poder ver os Òrìṣà (Deuses) que Habitam o runÒ� se manifestando em nossa cultura, é uma prova que Ọlọrun vive e é tão presente quanto delega poderes aos demais deuses que habitam o run. Ò�

E Ọlọrun ordenou que Obàtálá criasse o Àiyé.

O Àiyé resume tudo o que sabemos que existe e podemos ver na sua essência a existência de Ọlọrun e os demais Deuses, sendo assim ele se expande eternamente.

Tudo que vemos, tocamos, ouvimos ou sentimos são vibrações nas diversas frequências que temos a possibilidade de interpretar e ou distinguir.

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O Ara é modelado por Ọbàtálá

Se expandirmos o nosso pensamento a uma distancia tão grande quanto possamos imaginar o infinito, na tentativa de entender quem somos, talvez mesmo assim jamais poderemos entender o que não somos.

O homem não surgiu de um único casal para povoar o planeta terra, simplesmente porque ele é criado por Ọbàtálá que modela o Ara, somente um deus pode criar algo divino. E assim é feito com cada ser humano.

O Ara é o corpo do ser humano, moldado do barro retirado do runÒ� por uma divindade, somos o que somos, pois pertencemos a uma família no run - Ẹgbẹ - runÒ� Ò� - e no Àiyé, a dupla consciência, que nos provem de fatores e conceitos que valoriza nossa vida terrena.

Porem antes de nascer, nós somos Ara runÒ� e devemos escolher no runÒ� o nosso Odù (destino).

Para o ser humano nunca houve um começo, pois sua origem advém do sagrado.

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Orí

A Orí (cabeça) nos provê de sabedoria e nos distingue dos demais, ela traz a nossa herança e o nosso DNA espiritual, somos o que somos há uma eternidade.

Esta Orí é moldada mesmo antes do nosso Ara, mas não pense no feto, retire qualquer conceito sobre a concepção humana para entender quem você é, antes mesmo de nascer. Pois você deverá escolher uma Orí quando desejar encarnar.

Assim com a sua Orí, você será um individuo na Àiyé, absorvendo sabedoria, conhecimento e vivência.

Esta Orí se divide em dois, Orí Òde (cabeça externa) e Orí Inú (cabeça interna), com a modernidade da medicina estética atual, poderemos mudar o exterior – Orí Òde – porem ainda não foi possível a medicina entender corretamente como funciona a Orí Inú, milhares de pensamentos, idéias, sentimentos e até mesmo doenças são desconhecidos e ainda impossíveis de controlar. O que faz esta Orí Inú ser única, porque ainda não conseguiram replicar a sua personalidade?

Quem realmente somos?

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Èémí

O sopro da vida, o tão desejado oxigênio que nos revigora e fortalece, sem ele não poderíamos sobreviver.

Da mesma forma que nosso Ara seria inanimado sem o sopro divino, como é do conhecimento geral por todas as culturas, que Deus sopra a narina dos seres vivos para que lhe dê a vida e o anime, contudo a diferença está na importância que somos modelados por Obàtálá, um Deus Yorubá, escolhemos um Odù (destino) antes de reencarnar.

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O míÈ�

Enquanto o Èémí (respiração) é a sua parte sensível.

Sendo que kànÒ� (personalidade, individualidade) que engloba a nossa razão e estado consciente de pessoa.

A união de todos os elementos forma o Araiye o ser vivente que concentra todos estes conceitos num só.

Òjììji é a nossa sombra a qual reflete o míÈ� (espírito) no Àiyé, seria o reflexo do nosso espírito. Porem, a nossa míÈ� no Àiyé deixa de ser chamada assim e recebe o nome de Ẹnìké�jì.

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Iyè – A memória

Se nós possuímos o DNA de Ọlọrun, devemos imaginar que tudo que aprendemos ou vivenciamos no Àiyé é resgatado e permanece na consciência do próprio Ọlọrun, nada do que adquirimos durante o período encarnado se perde, ele vai acumulando e estabilizando este conhecimento na mente universal de Ọlọrun.

Logo teremos acesso a este conhecimento através dos rituais e passagens

iniciáticas, fator importante para o Ẹl guné� e a comunidade que absorve todo este conhecimento para elevação e evolução no Àiyé. Tal conhecimento é passado pelos rituais e tradições de cada nação.

O Ara não possuía “Reflexo” assim ele era insensível e incompreensível, não havia calor, por isso não havia vida.

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Ìpòrí e Ìpín

Ìpòrí - Àjàlá modela as Orí-destino usando elementos matrizes “Ìpòrí”, por consequência, dupla existência, uma presente no runÒ� e a outra compondo o intelecto e consciência do ser humano. Este fragmento em particular ao qual a Orí foi gerado chamamos de Ìpín-orí e é ele quem determinará o Òrìṣà que deverá ser cultuado no Àiyé, sendo imprescindível para o resto da existência daquela Orí enquanto estiver encarnada no Àiyé.

Contudo algo muito importante deve ser comentado – O Bori é para o Orí e não para o Òrìṣà, fato ao qual o Bori é culto restrito ao Orí e não direcionado ao Òrìṣà, mesmo assim levando em consideração o Ìpòrí usado para a confecção desta Orí, isso não quer dizer que o Bori seja para o Òrìṣà.

Ìpín – O destino daquela Orí no Àiyé, que deverá ser cumprida da melhor forma, mesmo assim o Aráiye poderá recorrer a Ifá para consultar os melhores Ìpín ou corrigir algum Ìpín incorreto. Por isso rúnmìlà Ò� é testemunha (Ẹl rí-ìpíné�é� ) das nossas escolhas.

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Liberdade de ir e vir

Atúnwá o ciclo começa através de novos Ìpín, nesta transição do runÒ� para o Àiyé gera o Atúnwá (reencarnação).

Podemos escolher o caminho que quiser, teremos liberdade de errar ou acertar, poderemos consertar nosso destino através do ritual do Bori, cultue sua Orí, zele e venere a sua Orí para que você tenha sorte e prospere.

Nada é eterna, a não ser a sua personalidade, nada dura tanto quanto a sua essência perpetuada após o rito de passagem, iniciado por Ikú a morte, o Òrìṣà-funfun que nos leva de volta para o runÒ� .

Assim, a vida começa, termina e recomeça pelas mãos dos Òrìṣà-Funfun

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Odù

O destino separado em 16 Baba Odù, cada Odù rege um caminho, cada caminho dá uma direção e uma conseguência.

O Ará runò� deve escolher o seu Ìpín-Odù, sendo que Àjàlámòpín pega um Ìpín de dois potes de Odù para fazer um ìpín-odù. Formando um Omodù ao qual não se despacha, apenas trata e zela. São 256 Ìpín-odù possíveis.

Contudo este Omodù apenas é calculado pelo Babaláwo na hora do nascimento assim que a Orí coroa, e ele deve jogar este Omodù, logo após enterrar a placenta ao pé da árvore sagrada.

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Onibodé o porteiro do runÒ�

E o ser em seu eterno movimento e progresso expandiu-se, inúmeras tornaram-se suas formas, e a complexidade da evolução do ser deu origem a densidade, e a densidade produziu o calor da luz, então surgiram os seres viventes.

Podemos escolher entre as milhares Ìpín-odù (orí-destino) qual nós queremos, cada uma individual nos traz um caminho e uma vida, escolhemos o que seremos e a carregaremos.

E assim cumprimos a eterna transição da escolha da Orí, da concepção através dos nossos pais, e aguardamos na escuridão do útero para a hora do parto, momento em que pela primeira vez vemos a Luz, passando assim pelo porteiro do runÒ� e nossa Orí é a primeira a nascer na Àiyé.

Em seguida recebemos a nossa Èémí e somos reconhecidos como seres vivos.

Ao mesmo tempo que se estabelece o Ẹnìkejì (o duplo) no runÒ� e Àiyé.Ativando o Iyè-àpò (memória existencial) nesta vida, damos o start para a nossa memória, em alguns momentos podemos até comungar com os ancestres e reviver alguns momentos de nossas Iyè ancestre.

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Ìsìnkú

A Luz é uma tributo do ser, considerando que cada ser vivente possuí a sua Orí e o seu destino será sempre iluminado pelos esforços de existir.

O rito fúnebre que quebra o vínculo da Orí com o Ara e entrega o Aráiyé ao barro de onde foi retirado, por isso não são cremados e não devem ser enterrados longe da terra.

Neste ritual é desativada a Iyè-àpò (memória existencial) e o Iyè- míÈ� (memória eterna) é ativado. Quebrando os vínculos com o Òrìṣà na Àiyé e o Ará runÒ� .

E o Egungun o morto vivo é cultuado, ou melhor, a Iyè- mí È� que é

cultuada a partir deste momento.

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Bori

Bori é o ato que reverencia a Orí, sendo que o Òrìṣà durante o ritual é apenas a referência para o DNA da sua Orí no Àiyé que devemos considerar, porem nosso Bori não é feito para o Òrìṣà e sim para a nossa Orí, desta forma toda vez que olharmos para dentro do Igbá-Orí veremos quem somos e o que somos perante o nosso ritual e tradição, para saber quem você é perante o universo e reafirmar a sua existência no Àiyé fortalecendo a sua Orí.

No Bori inutilizamos nossos erros e nossas dividas, desejando prosperidade e evolução.

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