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ORGANIZADORAS

Prof. Dra Mara Solange Gomes Dellaroza

Pró-reitora de Extensão, Cultura e

Sociedade – PROEX/UEL

Prof. Dra Gilselena Kerbauy

Departamento de Enfermagem/UEL

Prof. Dra Marselle Nobre de Carvalho

Departamento de Saúde Coletiva/UEL

Prof. Dra Daniela Frizon Alfieri

Departamento de Ciências

Farmacêuticas/UEL

REVISÃO

Enf. Jéssica Maia Storer

ATUALIZAÇÃO

26/03/2020

REALIZAÇÃO

APOIO

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PREFÁCIO

Este documento é um compilado de informações procedentes das

referências consultadas e foi elaborado para orientar os

estudantes do projeto “UEL pela vida, contra o Coronavírus”

vinculado a Universidade Estadual de Londrina e

apoiado pela Secretaria de Ensino e Tecnologia e Secretaria

de Saúde do Estado do Paraná.

Ele será continuamente atualizado pela Equipe

coordenadora e Técnica do Projeto, procurando garantir

sua consonância com publicações dos Órgãos Competentes

sobre o tema. Assim indicamos que sua atualização seja realizada

sempre com a acesso a última versão e com os devidos cuidados técnicos.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Agentes antimicrobianos efetivos contra diferentes Coronavirus. ................................................... 26

Tabela 2. Substâncias efetivas contra diferentes Coronavirus. ........................................................................ 26

Tabela 3. EPIs indicados em cada nível de assistência...................................................................................... 33

Tabela 4. Recomendação de medidas a serem implementadas para prevenção e controle da disseminação

do novo Coronavírus (COVID-19) durante o atendimento pré-hospitalar móvel de urgência. ........................ 43

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Sinais e sintomas e recomendações aos serviços de saúde ............................................................................. 12

Figura 2. Medicamentos utilizados na hipertensão arterial ........................................................................................... 18

Figura 3. Persistência do Coronavírus nas superfices ..................................................................................................... 26

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SUMARIO

PÚBLICO GERAL ................................................................................................................................... 10

DÚVIDAS RELACIONADAS AOS SINAIS E SINTOMAS E ENCAMINHAMENTO ...................................................... 12

1. QUAIS SÃO OS SINTOMAS DA COVID-19? ..................................................................................................... 12

2. QUAIS SÃO AS PESSOAS COM MAIOR RISCO PARA EVOLUIR COM FORMAS GRAVES DA DOENÇA? ........... 12

3. QUEM DEVE PROCURAR O SERVIÇO DE SAÚDE POR SUSPEITA DE COVID-19? ............................................ 12

4. UMA PESSOA PODE SER INFECTADA MAIS DE UMA VEZ PELO COVID-19? .................................................. 13

CUIDADOS NO DOMICÍLIO .............................................................................................................................. 14

5. POR QUE É IMPORTANTE PERMANECERMOS EM CASA? ............................................................................. 14

6. QUEM DEVE ABASTECER A CASA DURANTE A PERMANÊNCIA NO DOMICÍLIO? .......................................... 14

7. POR QUE É IMPORTANTE REALIZAR O ISOLAMENTO DOMICILIAR? ............................................................. 14

8. COMO REALIZAR O ISOLAMENTO DOMICILIAR DE UM CASO SUSPEITO OU CONFIRMADO DE COVID-19? 14

9. CASO HAJA UMA PESSOA EM ISOLAMENTO NA CASA, TERÁ QUE FICAR EXCLUSIVAMENTE EM UM

QUARTO? ................................................................................................................................................................. 15

10. COMO ORIENTAR OS TRABALHADORES DOMÉSTICOS: FAXINEIRAS, CUIDADORES DE IDOSOS, ETC? ........ 15

11. QUAIS CUIDADOS AO SAIR PARA IR AO MERCADO/ABASTECER O DOMICÍLIO DEVO TER? ......................... 15

DÚVIDAS SOBRE MEDICAMENTOS E ALIMENTOS ............................................................................................. 17

12. COMER ALHO EVITA A CONTAMINAÇÃO PELO COVID-19? .......................................................................... 17

13. CONSUMO DE ALTAS QUANTIDADES DE VITAMINA C NATURAL PODE ME PROTEGER CONTRA O COVID-

19? 17

14. SOLUÇÃO MINERAL MILAGROSA OU SUPLEMENTO MINERAL MILAGROSO (MMS) TÊM EFICÁCIA CONTRA

O COVID-19? ............................................................................................................................................................ 17

15. BEBER ÁGUA POTÁVEL A CADA 15 MINUTOS PODE ELIMINAR O COVID-19? .............................................. 17

16. CHÁ DE ERVA-DOCE PODE MATAR O CORONAVÍRUS? ................................................................................. 17

17. A VACINA CONTRA CORONAVIROSE CANINA PODE NOS PROTEGER TAMBÉM? ......................................... 17

18. FAÇO USO DE INIBIDORES DA ECA/BRA, DEVO PARAR MEU TRATAMENTO? .............................................. 17

19. FAÇO USO DE IMUNOMODULADOR, DEVO PARAR MEU TRATAMENTO? ................................................... 18

20. POSSO USAR CORTICOIDE SE ESTOU COM SUSPEITA/ CASO CONFIRMADO DE COVID-19? ........................ 18

21. POSSO USAR ANTI-INFLAMATÓRIO/AINES/IBUPROFENO SE ESTOU COM SUSPEITA/ CASO CONFIRMADO

DE COVID-19? .......................................................................................................................................................... 18

22. POSSO UTILIZAR ANTIGRIPAIS EM CASOS SUSPEITOS DE COVID-19? .......................................................... 19

23. EXISTE UM MEDICAMENTO ESPECÍFICO PARA O TRATAMENTO DO COVID-19? ......................................... 19

24. HÁ PESQUISAS SOBRE NOVOS TRATAMENTOS? ........................................................................................... 19

25. OUVI FALAR QUE O FDA APROVOU A CLOROQUINA E HIDROXICLOROQUINA PARA O TRATAMENTO DA

COVID19. POR QUE A ANVISA NÃO APROVA TAMBÉM? ........................................................................................ 20

26. POSSO USAR CLOROQUINA E HIDROXICLOROQUINA MESMO ASSIM? ....................................................... 20

27. A ANVISA PROIBIU A VENDA DE CLOROQUINA E HIDROXICLOROQUINA NAS FARMÁCIAS? ....................... 22

28. ESSES MEDICAMENTOS PODEM FALTAR? .................................................................................................... 22

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29. O QUE A ANVISA ESTÁ FAZENDO PARA EVITAR QUE OS ESTOQUES DE CLOROQUINA E

HIDROXICLOROQUINA ACABEM NAS FARMÁCIAS? ................................................................................................ 22

30. O PACIENTE QUE JÁ POSSUÍA RECEITA DE CLOROQUINA E HIDROXICLOROQUINA ANTES DA MUDANÇA,

IRÁ CONSEGUIR COMPRAR O MEDICAMENTO? ..................................................................................................... 22

31. EM CASOS DE COVID-19, TOMAR TAMIFLU® (OSELTAMIVIR) MELHORA OS SINTOMAS? ........................... 22

32. POSSO TOMAR UM ANTIBIÓTICO PARA PREVENIR CONTRA A COVID-19? .................................................. 22

33. EXISTE VACINA CONTRA A COVID-19? .......................................................................................................... 22

34. POSSO TOMAR A VACINA CONTRA A GRIPE/INFLUENZA? ........................................................................... 22

35. O QUE DEVO FAZER PARA TOMAR A VACINA DA GRIPE COM SEGURANÇA? ............................................... 23

36. TOMEI A VACINA CONTRA A GRIPE. ESTOU PROTEGIDO CONTRA O NOVO CORONAVÍRUS? ..................... 23

DÚVIDAS RELACIONADAS AOS ANTISSÉPTICOS E SANEANTES .......................................................................... 24

37. COMO SABEMOS QUE UM VÍRUS É MAIS DIFÍCIL OU MAIS FÁCIL DE MATAR COM ÁLCOOL OU OUTROS

PRODUTOS DE LIMPEZA? ........................................................................................................................................ 24

38. COMO UMA EMPRESA PODE ALEGAR QUE UM PRODUTO ESPECÍFICO DEVE SER USADO EFETIVAMENTE

DURANTE O SURTO DE COVID-19? ......................................................................................................................... 24

39. QUAIS PRODUTOS DE LIMPEZA PARA EVITAR A PROPAGAÇÃO DO COVID-19? ........................................... 25

40. O QUE DEVO PROCURAR EM UM PRODUTO DE LIMPEZA PARA EVITAR A PROPAGAÇÃO DO COVID-19? .. 25

41. SÃO EFETIVOS OS PRODUTOS CASEIROS PARA A LIMPEZA CONTRA O COVID-19?...................................... 25

42. POR QUANTO TEMPO O VÍRUS PERMANECE NO AMBIENTE?...................................................................... 25

43. QUAIS SUBSTÂNCIAS POSSO USAR PARA FAZER A DESINFECÇÃO? .............................................................. 26

44. COMO FAÇO A DILUIÇÃO DA ÁGUA OXIGENADA (PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO)?........................................ 27

45. ÁLCOOL GEL É EFICAZ CONTRA O COVID-19? ............................................................................................... 27

46. CRIANÇAS E IDOSOS PODEM USAR O ÁLCOOL GEL? ..................................................................................... 27

47. POSSO PRODUZIR MEU PRÓPRIO ÁLCOOL GEL EM CASA? ........................................................................... 27

48. QUAIS OS RISCOS ASSOCIADOS À PRODUÇÃO CASEIRA DE ÁLCOOL EM GEL? ............................................. 27

49. O QUE SIGNIFICAM AS SIGLAS INPM E GL NOS RÓTULOS DO ÁLCOOL EM GEL? ......................................... 28

50. HÁ DIFERENÇA ENTRE °INPM E °GL? ............................................................................................................. 28

51. EXISTEM OUTROS PRODUTOS ANTISSÉPTICOS QUE POSSO UTILIZAR CONTRA O NOVO CORONAVÍRUS, EM

SUBSTITUIÇÃO AO ÁLCOOL ETÍLICO? ...................................................................................................................... 28

52. NÃO ENCONTREI ÁLCOOL GEL PARA COMPRAR, POSSO USAR ETANOL DE COMBUSTÍVEL OU DE BEBIDAS

ALCÓOLICAS? ........................................................................................................................................................... 28

53. POR QUE SOLUÇÕES DE ÁLCOOL GEL 70%? NÃO SERIA MELHOR USAR SOLUÇÕES MAIS CONCENTRADAS?

28

54. O QUE FAÇO SE NÃO ENCONTRAR ÁLCOOL EM GEL? ................................................................................... 29

55. COMO ME ASSEGURO SOBRE A PROCEDÊNCIA DO ÁLCOOL? ELES TÊM ALGUM REGISTRO? ..................... 29

56. COMO HIGIENIZAR MEUS EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS? ........................................................................ 29

57. DEVO SEMPRE LIMPAR A CASA COM ÁLCOOL 70%? .................................................................................... 29

58. POSSO HIGIENIZAR AS MÃOS COM OS MESMOS PRODUTOS QUE USO NA LIMPEZA DA CASA? ................ 29

59. TENHO UM FAMILIAR/ COHABITANTE EM ISOLAMENTO COM SUSPEITA OU CASO CONFIRMADO PARA

COVID-19, QUAL PRODUTO DEVO USAR PARA LIMPAR A CASA? ........................................................................... 29

60. POSSO LAVAR A ROUPA DA PESSOA EM ISOLAMENTO/CASO CONFIRMADO PARA COVID-19 JUNTO COM

AS DEMAIS? ............................................................................................................................................................. 30

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SERVIÇO FUNERÁRIO ...................................................................................................................................... 31

61. TRANSPORTE DO CORPO ............................................................................................................................... 31

62. ORIENTAÇÕES PARA FUNERÁRIAS ................................................................................................................ 31

63. RECOMENDAÇÕES RELACIONADAS AO FUNERAL ......................................................................................... 31

PROFISSIONAIS DE SAÚDE ................................................................................................................... 32

DÚVIDAS RELACIONADAS AOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO ....................................................................... 33

64. QUAIS EQUIPAMENTOS / EPI SÃO INDICADOS EM CADA NÍVEL DE ASSISTÊNCIA? ...................................... 33

65. USO DE EPI NA ASSISTÊNCIA (RESUMO) ....................................................................................................... 33

66. DÚVIDAS MÁSCARA CIRÚRGICA? .................................................................................................................. 34

67. DÚVIDAS MÁSCARA N95/PFF2? .................................................................................................................... 35

68. DÚVIDAS LUVAS DE PROCEDIMENTO ........................................................................................................... 36

69. DÚVIDAS PROTETOR OCULAR OU PROTETOR DE FACE (FACE SHIELD) ........................................................ 37

70. DÚVIDAS CAPOTE/AVENTAL ......................................................................................................................... 37

71. DÚVIDAS GORRO ........................................................................................................................................... 37

72. QUAIS CUIDADOS E PARAMENTAÇÃO/MÁSCARA/LUVA/AVENTAL/EPI DEVO USAR NA RECEPÇÃO E

TRIAGEM DE PACIENTES EM SERVIÇOS DE SAÚDE? ............................................................................................... 37

73. QUAIS CUIDADOS E PARAMENTAÇÃO/MÁSCARA/LUVA/AVENTAL/EPI DEVO USAR PARA COLETA DE

AMOSTRA DE SWAB/TESTE COVID-19/TESTAGEM CORONAVÍRUS? ...................................................................... 38

74. QUAL PARAMENTAÇÃO/MÁSCARA/LUVA/AVENTAL DEVO PARA ATENDIMENTO DOS CASOS

CONFIRMADOS/SUSPEITOS SEM GERAÇÃO DE AEROSSÓIS? ................................................................................. 39

75. QUAL PARAMENTAÇÃO/MÁSCARA/LUVA/AVENTAL DEVO PARA ATENDIMENTO DOS CASOS

CONFIRMADOS/SUSPEITOS COM GERAÇÃO DE AEROSSÓIS? ................................................................................ 40

76. QUAL PARAMENTAÇÃO/MÁSCARA/LUVA/AVENTAL DEVO USAR NO SERVIÇO DE HIGIENE E LIMPEZA,

NUTRIÇÃO, MANUTENÇÃO DE HOSPITAIS/SERVIÇOS DE SAÚDE DURANTE CONTATO COM O CASO

SUSPEITO/CONFIRMADO OU AMBIENTE DO MESMO ............................................................................................ 41

DÚVIDAS RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA AO PACIENTE .................................................................................. 42

77. COMO TRANSPORTAR O PACIENTE SUSPEITO? ............................................................................................ 42

78. COMO DEVEMOS PROCEDER NO ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR MÓVEL DE URGÊNCIA E TRANSPORTE

INTERINSTITUCIONAL DE CASOS SUSPEITOS OU CONFIRMADOS........................................................................... 42

79. QUAIS OS PROCEDIMENTOS COM RISCO DE GERAÇÃO DE AEROSSOL? ...................................................... 43

80. COMO DEVE SER CONSTITUÍDO UM ISOLAMENTO PARA OS CASOS SUSPEITOS OU CONFIRMADOS DE

COVID-19? ............................................................................................................................................................... 44

81. COMO DEVE SER CONSTITUÍDO UMA COORTE PARA OS CASOS SUSPEITOS OU CONFIRMADOS DE COVID-

19? 44

82. OS CASOS SUSPEITOS OU CONFIRMADOS DE COVID-19 PODEM RECEBER VISITAS? .................................. 44

83. QUAL A DURAÇÃO DAS PRECAUÇÕES E ISOLAMENTO CONFIRMADOS DE COVID-19? ............................... 45

84. COMO PROCEDER NO ATENDIMENTO AMBULATORIAL? ............................................................................. 45

85. COMO PROCEDER NA TRIAGEM /CLASSIFICAÇÃO DE RISCO DE CASOS SUSPEITOS? ................................... 46

86. COMO REALIZAR O SERVIÇO DE DIÁLISE NA POPULAÇÃO GERAL DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19? . 47

87. COMO REALIZAR O SERVIÇO DE DIÁLISE EM CASOS SUSPEITOS/CONFIRMADOS DE COVID-19? ................ 47

88. COMO REALIZAR SERVIÇOS ODONTOLÓGICOS DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19? .............................. 49

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89. COMO REALIZAR SERVIÇOS ODONTOLÓGICOS EM CASOS SUSPEITOS/CONFIRMADOS DE COVID-19? ...... 50

90. COMO REALIZAR ATENDIMENTO ODONTOLÓGICOS DE PACIENTES CRÍTICOS EM UNIDADES DE TERAPIA

INTENSIVA (UTI) EM CASOS SUSPEITOS/CONFIRMADOS DE COVID-19? ................................................................ 51

SETORES DE APOIO: LIMPEZA, DESINFECÇÃO, PROCESSAMENTO DE ROUPAS E RESÍDUOS, NUTRIÇÃO,

LABORATÓRIO E SETOR DE EXAMES ............................................................................................................... 53

91. COMO REALIZAR A LIMPEZA E DESINFECÇÃO DAS SUPERFÍCIES DO LEITO/UNIDADE DO PACIENTE .......... 53

92. COMO REALIZAR O PROCESSAMENTO DE ROUPAS DOS CASOS SUSPEITOS/CONFIRMADOS DE COVID-19?

53

93. COMO REALIZAR O TRATAMENTO DE RESÍDUOS PROCEDENTES DOS CASOS SUSPEITOS/CONFIRMADOS DE

COVID-19? ............................................................................................................................................................... 54

94. COMO REALIZAR O PROCESSAMENTO DE PRODUTOS DE SÁUDE EM CASOS SUSPEITOS/CONFIRMADOS DE

COVID-19? ............................................................................................................................................................... 54

95. COMO REALIZAR A ENTREGA DE ALIMENTOS AOS PACIENTES COM INFECÇÃO SUSPEITA OU CONFIRMADA

PELO COVID-19? ...................................................................................................................................................... 54

96. COMO PROCEDER NO USO DE SALAS DE EXAMES E SALAS CIRÚRGICAS DURANTE ATENDIMENTO AOS

PACIENTES COM INFECÇÃO SUSPEITA OU CONFIRMADA PELO COVID-19? ........................................................... 54

CUIDADOS APÓS A MORTE ............................................................................................................................. 56

97. COMO REALIZAR OS CUIDADOS PÓS-ÓBITO DE PESSOAS COM INFECÇÃO SUSPEITA OU CONFIRMADA

PELO COVID-19? ...................................................................................................................................................... 56

98. COMO REALIZAR AUTÓPSIA DE PESSOAS COM INFECÇÃO SUSPEITA OU CONFIRMADA PELO COVID-19? . 56

99. COMO REALIZAR TRANSPORTE DO CADAVER COM INFECÇÃO SUSPEITA OU CONFIRMADA PELO NOVO

COVID-19? ............................................................................................................................................................... 57

CUIDADOS PESSOAIS ...................................................................................................................................... 58

100. SOU PROFISSIONAL DA SAÚDE (MÉDICO, ENFERMEIRO, FISIOTERAPEUTA, FARMACÊUTICO, BIOMÉDICO,

ETC...), COMO DEVO PROCEDER COM MEUS CUIDADOS PESSOAIS E QUANDO RETORNO PARA CASA ............... 58

CUIDADOS EM INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA -ILPS ......................................................................... 59

101. OS SINAIS E SINTOMAS GERALMENTE APRESENTADOS NA DOENÇA COVID-19 .......................................... 59

102. MEDIDAS GERAIS DE PREVENÇÃO E CONTROLE PARA IMPEDIR A DISSEMINAÇÃO DO VÍRUS EM ILPS ...... 59

103. LIMPEZA E DESINFECÇÃO DAS SUPERFÍCIES, DOS UTENSÍLIOS E PRODUTOS UTILIZADOS PELOS

RESIDENTES EM ILPS ............................................................................................................................................... 59

104. VACINAÇÃO DOS RESIDENTES EM ILPS E CUIDADORES ................................................................................ 59

105. VISITAS EM ILPS ............................................................................................................................................. 59

106. ÁREAS COMUNS NAS ILPS ............................................................................................................................. 60

107. MANEJOS DE COSOS SUSPEITOS NAS ILPS .................................................................................................... 60

108. PROFISSIONAIS E CUIDADORES DAS ILPS ...................................................................................................... 61

109. OUTRAS ORIENTAÇÕES PARA ILPS ................................................................................................................ 61

110. TRATAMENTO DE RESÍDUOS ......................................................................................................................... 62

REFERÊNCIAS .................................................................................................................................................. 63

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PÚBLICO

GERAL

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DÚVIDAS RELACIONADAS AOS SINAIS E SINTOMAS E ENCAMINHAMENTO

1. QUAIS SÃO OS SINTOMAS DA COVID-19?

Os sintomas mais comuns são:

• Febre

• Tosse seca

• Cansaço.

Alguns pacientes relatam:

• Coriza

• Obstrução nasal

• Dor de garganta

• Diarreia (menos frequentemente)

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), baseada no estudo de 56 mil pacientes:

- 81% dos infectados desenvolvem sintomas leves (febre, tosse e, em alguns casos, pneumonia)

- 14% sintomas severos (dificuldade em respirar e falta de ar), necessitando internamento para oxigenioterapia

- 5% doenças críticas (insuficiência respiratória, choque séptico, falência de órgãos e risco de morte).

2. QUAIS SÃO AS PESSOAS COM MAIOR RISCO PARA EVOLUIR COM FORMAS GRAVES DA DOENÇA?

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), adultos com mais de 60 anos e pessoas com doenças preexistentes

(hipertensão arterial, diabetes, doença cardíaca, doença pulmonar, neoplasias, transplantados, uso de

imunossupressores) têm maiores riscos de ter a doença agravada.

3. QUEM DEVE PROCURAR O SERVIÇO DE SAÚDE POR SUSPEITA DE COVID-19?

Quem tiver “síndrome gripal”, isto é, sintoma respiratório (sendo a tosse o sintoma mais comum) e febre por mais de

24 horas ou dificuldade para respirar, mesmo que sem febre. A “síndrome gripal” pode ser causada pelo novo

coronavírus ou pelo vírus da influenza. Não é possível diferenciá-los clinicamente, somente por testes diagnósticos

virológicos. As pessoas com sintomas leves de resfriado ou com “síndrome gripal” devem permanecer em isolamento

respiratório domiciliar por 14 dias, mesmo que não possam fazer o exame específico para COVID-19.

Figura 1. Sinais e sintomas e recomendações aos serviços de saúde

Sinais e Sintomas Buscar serviço de saúde

Coriza Permanecer em casa

Coriza e Febre Fique alerta, em casa

Coriza, Febre e tosse Unidade Básica de Saúde

Coriza, Febre e tosse e falta de ar Unidade de Pronto Atendimento

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4. UMA PESSOA PODE SER INFECTADA MAIS DE UMA VEZ PELO COVID-19?

Ainda não se tem certeza. Foram divulgados dois casos de reinfecção pelo vírus, um na China e outro no Japão;

entretanto, pode se tratar de casos de infecção prolongada, como observado em outras infecções. Estudo chinês com

macacos Rhesus não demonstrou reinfecção (Baoet al., 2020).

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14

CUIDADOS NO DOMICÍLIO

5. POR QUE É IMPORTANTE PERMANECERMOS EM CASA?

A permanência de todos nas casas faz com o que o contato/ transmissão do novo Coronavírus ocorra de maneira mais

lenta e previna a transmissão para pessoas idosas e com doenças crônicas, além de evitar a sobrecarga de pacientes

no sistema de saúde.

6. QUEM DEVE ABASTECER A CASA DURANTE A PERMANÊNCIA NO DOMICÍLIO?

Recomendações:

• Na medida do possível, a pessoa que deve circular para fora da casa é o membro que NÃO se encaixe nos

grupos de riscos de quadros graves: idosos a partir de 60 anos, pessoas com Diabetes, Hipertensão e outras

doenças crônicas, pessoas com diminuição da Imunidade, crianças e gestantes.

• As saídas da casa devem ocorrer o mínimo possível e, apenas, para comprar de produtos de primeira

necessidade: alimentos e medicamentos. Evitando locais com aglomeração e mantendo a distância de 1 a 2

metros das pessoas.

• Domicílios onde residam pessoas idosas devem ser abastecidos por outros familiares ou amigos.

7. POR QUE É IMPORTANTE REALIZAR O ISOLAMENTO DOMICILIAR?

O isolamento domiciliar é importante para diminuir a circulação do vírus de maneira rápida, evitando a sobrecarga dos

serviços de saúde. Veja algumas situações em que o isolamento domiciliar é importante:

1- Quando você viaja de um local com casos comunitários para outra cidade/local. O objetivo nesses casos é a

observação por 07 dias, a fim de observar o aparecimento ou não dos sintomas da doença. Caso a pessoa que

viajou tenha sintomas leves de resfriado ou síndrome gripal ela deve comunicar o serviço de saúde e

permanecer isolada em um cômodo da casa. Se não apresentar sintomas após esse período, poderá voltar ao

convívio social.

2- Em áreas com transmissão comunitária, as pessoas com sintomas gripais ou resfriados, independente de

terem entrado em contato com um caso suspeito ou confirmado. Muitas pessoas terão a forma leve da

doença e como não é possível identificar exatamente quem está com a doença COVID-19, deve-se manter o

isolamento dos sintomáticos para diminuir o risco de transmissão.

3- Todos os pacientes que apresentarem resfriado ou síndrome gripal devem imediatamente (no primeiro dia de

sintoma, quando o vírus já pode ser transmitido) permanecer em isolamento respiratório domiciliar por 14

dias, sem procurar Serviços de Emergências. Apenas pacientes com febre por mais de 24h ou 48h ou dispneia

ou descompensação das condições clínicas das outras doenças crônicas (diabetes, Hipertensão) devem

procurar os serviços. (Sociedade Brasileira de Infectologia 20/03/2020).

8. COMO REALIZAR O ISOLAMENTO DOMICILIAR DE UM CASO SUSPEITO OU CONFIRMADO DE COVID-19?

Isolamento:

1- A primeira orientação é destinar um quarto e um banheiro para uso exclusivo da pessoa infectada ou com

suspeita de infecção.

2- Usar máscara em ambientes compartilhados, não dividir itens pessoais e desinfetar áreas de uso comum,

como mesas, pias e banheiros.

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3- Nos casos de domicílios que não tenham mais de um quarto e mais de um banheiro, a recomendação é deixar

o quarto para a pessoa suspeita. O ideal é que as pessoas que não apresentem sintomas durmam na sala.

4- Quando a casa possui um único cômodo. Quando possível, a pessoa com sintoma deve ficar na casa e os

outros membros devem ir à casa de parentes e amigos, prestando assistência a pessoa com sintomas através

do fornecimento de alimentos, medicamentos e com comunicação remota por celular, etc.

5- O cômodo com o paciente isolado deve ficar todo o tempo com a porta fechada e, o quanto possível, com

janelas abertas.

9. CASO HAJA UMA PESSOA EM ISOLAMENTO NA CASA, TERÁ QUE FICAR EXCLUSIVAMENTE EM UM QUARTO?

1- A pessoa com sintomas deve ficar em um único cômodo da casa o máximo de tempo.

2- Se precisar circular em outros cômodos, pode fazê-lo, mas sempre com máscara e mantendo uma distância de

2 metros dos outros moradores.

3- Os objetos como pratos, talheres, sabonetes e toalhas não devem ser compartilhados com outras pessoas.

4- Deve-se evitar que o sintomático/doente sente ou deite em camas e sofás que outras pessoas utilizam.

5- As superfícies devem ser higienizadas com álcool 70%, água sanitária ou alguma solução desinfetante, várias

vezes ao dia.

10. COMO ORIENTAR OS TRABALHADORES DOMÉSTICOS: FAXINEIRAS, CUIDADORES DE IDOSOS, ETC?

1- O quanto possível, estes trabalhadores devem parar de trabalhar, e permanecer em suas casas. Neste caso,

por solidariedade os pagamentos devem ser mantidos, sempre que possível.

2- No caso em que não é possível abrir mão destes serviços, os trabalhadores devem ser orientados a tomar os

mesmos cuidados de troca de roupa e sapatos, e lavagem das mãos indicada para a pessoa responsável pelo

abastecimento da casa (ver item 7, a seguir).

3- Em qualquer situação de sintomas gripais, o trabalhador doméstico não deve comparecer, e precisa se manter

por até 14 dias em isolamento na sua casa.

4- Cuidadores de idosos devem comunicar o mais rápido possível o seu local de trabalho, a necessidade de se

ausentar, para que a família possa encontrar uma alternativa para o cuidado ao idoso.

5- Sempre que a capacidade funcional do idoso permitir, os trabalhadores domésticos poderm ser liberados do

trabalho. Em situações de déficit cognitivo e dependência física, uma alternativa é um familiar assumir os

cuidados diretos ao idoso.

11. QUAIS CUIDADOS AO SAIR PARA IR AO MERCADO/ABASTECER O DOMICÍLIO DEVO TER?

1- Faça listas e compre realmente o necessário. EVITE EXCESSOS poiso que você acumula, pode faltar para

outras pessoas.

2- Procure circular o mínimo possível, vá ao estabelecimento mais próximo de sua casa.

3- Procure acondicionar as compras em sacolas de pano, evite levar para dentro de casa sacolas plásticas.

4- Ao chegar esvazie as sacolas logo na entrada da casa, evite circular com elas em diversos cômodos.

5- Separe uma roupa e sapato que usará sempre ao sair de casa, retirando-os logo que chegar.

6- Os produtos com embalagens que resistam, devem ser higienizados com álcool, água sanitária ou algum

sabão.

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7- Lave imediatamente frutas, verduras e legumes em solução de água sanitária antes de colocá-los na geladeira.

8- Caso você possua veículo próprio de transporte, higienize o volante/guidão, dispositivo de mudança de

marcha, freio de mão, botões de rádio e maçanetas com álcool gel sempre que entrar no carro. Se isto não for

possível lave as mãos rigorosamente assim que entrar em casa.

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DÚVIDAS SOBRE MEDICAMENTOS E ALIMENTOS

12. COMER ALHO EVITA A CONTAMINAÇÃO PELO COVID-19?

Não. O alho tem comprovadamente componentes que auxiliam nos processos do sistema imunológico. De acordo

com a OMS, embora seja um alimento saudável, não há nenhuma evidência científica comprovando que seu consumo

— em qualquer quantidade — pode proteger as pessoas do novo coronavírus.

13. CONSUMO DE ALTAS QUANTIDADES DE VITAMINA C NATURAL PODE ME PROTEGER CONTRA O COVID-19?

Não. Não há evidências científicas para o consumo de vitamina C em altas doses. Além disso, o consumo exagerado de

qualquer substância é prejudicial à saúde. No caso da vitamina C, ela pode provocar cálculos renais e distúrbios

gastrointestinais.

14. SOLUÇÃO MINERAL MILAGROSA OU SUPLEMENTO MINERAL MILAGROSO (MMS) TÊM EFICÁCIA CONTRA O

COVID-19?

Não. Composto por dióxido de cloro, muito usado em alvejantes para tratamento de água, como a água sanitária, o

produto não possui nenhuma propriedade medicinal e seu consumo pode até matar, de acordo com a ANVISA. O

órgão informa ainda que a produção, distribuição, comercialização e divulgação do falso medicamento nunca foram

permitidos no Brasil.

15. BEBER ÁGUA POTÁVEL A CADA 15 MINUTOS PODE ELIMINAR O COVID-19?

Não. É consenso que o consumo de água é fundamental para a saúde e o bom funcionamento do corpo. Entre suas

funções estão a regulação da temperatura do corpo e a absorção, transporte e distribuição de nutrientes para

diversas partes do organismo. No entanto, postagens em redes sociais citam que um médico japonês recomenda a

ingestão de água a cada 15 minutos para eliminar qualquer vírus por meio da urina e do suor. É mentira.

16. CHÁ DE ERVA-DOCE PODE MATAR O CORONAVÍRUS?

Não. As Fake News (notícias falsas) com suposta orientação de médicos do Hospital das Clínicas da Universidade de

São Paulo e do Hospital São Domingos já foram desmentidas pelas instituições. Mensagens falsas que citavam o chá

de erva-doce como cura para o vírus H1N1 em 2018 voltaram a circular após a confirmação de casos de coronavírus

no Brasil. Não há nenhuma comprovação científica quanto ao seu uso como medicamento contra o H1N1 ou com o

mesmo efeito do Tamiflu®.

17. A VACINA CONTRA CORONAVIROSE CANINA PODE NOS PROTEGER TAMBÉM?

Não. Esse coronavírus que já é conhecido do cão há bastante tempo, embora pertença à mesma família de

coronavírus, não tem relação com esse coronavírus novo, que é o SARS-CoV-2 e que acomete humanos. Essa vacina

serve somente para prevenir a coronavirose canina.

18. FAÇO USO DE INIBIDORES DA ECA/BRA, DEVO PARAR MEU TRATAMENTO?

Não. Os pacientes que recebem inibidores da enzima de conversão da angiotensina (ECA) ou bloqueadores dos

receptores da angiotensina (BRA) devem continuar o tratamento com esses agentes. Essa abordagem é suportada por

várias diretrizes internacionais.

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Há especulações de que pacientes com COVID-19 que estão recebendo esses agentes podem estar em maior risco de

resultados adversos. A enzima conversora de angiotensina 2 (ECA2) é um receptor para SARS-CoV-2, e os inibidores do

sistema renina-angiotensina-aldosterona podem aumentar os níveis de ECA2. Embora pacientes com doença

cardiovascular, hipertensão e diabetes, possam ter um curso clínico mais grave no cenário de infecção por SARS-CoV-

2, não há evidências para apoiar uma associação com esses agentes. Além disso, a interrupção desses agentes, em

alguns pacientes, podem exacerbar doenças cardiovasculares ou renais e levar ao aumento da mortalidade.

Figura 2. Medicamentos utilizados na hipertensão arterial

Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina (ECA) Bloqueadores do receptor de angiotensina (BRA)

Exemplos: Enalapril, Lisinopril, Captopril, Ramipril Exemplos: Losartana, Candesartana, Valsartana,

Telmisartan, Olmesartan

19. FAÇO USO DE IMUNOMODULADOR, DEVO PARAR MEU TRATAMENTO?

Os pacientes imunocomprometidos com COVID-19 têm risco aumentado de doença grave e a decisão de interromper

a corticoterapia (como a prednisona), os agentes imunobiológicos ou outros medicamentos imunossupressores no

cenário da infecção deve ser determinada caso a caso.

Para indivíduos com condições subjacentes que requerem tratamento com esses agentes e não

apresentam evidências de COVID-19, não há evidências de que a interrupção rotineira do tratamento seja de algum

benefício. Além disso, a interrupção desses medicamentos pode resultar em perda de resposta quando o agente é

reintroduzido. Essa abordagem é apoiada por declarações das sociedades americanas e outras sociedades de

dermatologia, reumatologia e gastroenterologia.

20. POSSO USAR CORTICOIDE SE ESTOU COM SUSPEITA/ CASO CONFIRMADO DE COVID-19?

A OMS e o CDC recomendam que os glicocorticoides NÃO sejam usados em pacientes com pneumonia por COVID-19,

a menos que haja outras indicações (por exemplo: exacerbação de doença pulmonar obstrutiva crônica).

Os glicocorticoides têm sido associados a um risco aumentado de mortalidade em pacientes com influenza e a

liberação viral retardada em pacientes com infecção por MERS-CoV. Embora tenham sido amplamente utilizados no

tratamento da SARS, não há boas evidências de benefício e existem evidências persuasivas de danos adversos a curto

e a longo prazo.

21. POSSO USAR ANTI-INFLAMATÓRIO/AINES/IBUPROFENO SE ESTOU COM SUSPEITA/ CASO CONFIRMADO DE

COVID-19?

Os estudos ainda são incertos. No dia 19/03/2020 a OMS relatou que não há razão para se preocupar com o uso do

ibuprofeno, pelo menos, até que haja mais dados.

Alguns médicos sugeriram que o uso de anti-inflamatórios não esteroidal (AINEs) no início do curso da doença possa

ter um impacto negativo no resultado. Essas preocupações baseiam-se em relatos de alguns pacientes jovens que

receberam AINEs no início da infecção e tiveram mau prognóstico, bem como na preocupação teórica de que as

propriedades anti-inflamatórias associadas aos AINEs poderiam ter um impacto negativo na imunidade do paciente.

Profissionais da saúde estão usando acetaminofeno (paracetamol) no lugar de AINEs para redução da febre, no

entanto, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e a OMS não recomendam que os AINEs sejam evitados quando

clinicamente indicado.

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22. POSSO UTILIZAR ANTIGRIPAIS EM CASOS SUSPEITOS DE COVID-19?

Até o momento, não há medicamentos específicos eficazes e seguros contra o COVID-19 (ver questão 23).

No caso de resfriados e síndromes gripais leves, os medicamentos de primeira escolha são o paracetamol ou a dipirona. Geralmente, usando um deles, já é possível controlar os sintomas. Em caso de contraindicação, como alergia a esses medicamentos, ou se eles não estiverem disponíveis, outras opções podem ser indicadas pelo médico ou farmacêutico.

Os antigripais, embora vendidos sem receita médica, podem ser utilizados, desde que haja orientação do farmacêutico, porque muitos deles possuem combinações de princípios ativos que são pouco efetivos mesmo em casos da gripe comum e normalmente têm um custo relativamente alto.

Quanto ao risco de uso do ibuprofeno, ou de outros anti-inflamatórios não esteroides (AINES), que é outra dúvida recorrente nas redes sociais, até o momento, não existe experiência clínica suficiente nem testes que comprovem que o ibuprofeno pode agravar a COVID-19. Existe apenas uma suposição teórica que indica que esse agravamento pode ocorrer, mas essa hipótese ainda não foi comprovada na prática. Portanto, o uso do ibuprofeno deve ser evitado, por precaução, mas ele não é completamente contraindicado.

23. EXISTE UM MEDICAMENTO ESPECÍFICO PARA O TRATAMENTO DO COVID-19?

Até o momento, não há medicamentos específicos eficazes e seguros contra o vírus. Indica-se repouso e ingestão de

líquidos, além de medidas para aliviar os sintomas, como analgésicos e antitérmicos. Nos casos de maior gravidade

como pneumonia e insuficiência respiratória, suplemento de oxigênio e até ventilação mecânica podem ser

necessários. Por isso, é importante procurar assistência médica, se o paciente apresentar falta de ar.

24. HÁ PESQUISAS SOBRE NOVOS TRATAMENTOS?

Várias pesquisas estão sob investigação para o tratamento antiviral do COVID-19. Um registro de ensaios clínicos

internacionais pode ser encontrado no site da OMS e em www.clinictrials.gov. Devemos ter alguns resultados nas

próximas semanas ou em poucos meses.

• REMDESIVIR

Alguns estudos randomizados estão em andamento para avaliar a eficácia do remdesivir para COVID-19 moderado ou

grave. O remdesivir é um análogo de nucleotídeo que tem atividade contra o SARS-CoV-2 in vitro e os coronavírus

relacionados (incluindo SARS e MERS-CoV) in vitro e em estudos em animais (Sheahan et al., 2020; Wang et al., 2020).

O uso de remdesivir foi descrito em um relato de caso de um dos primeiros pacientes com COVID-19 nos EUA

(Holshue et al., 2020). Qualquer impacto clínico do remdesivir no COVID-19 ainda permanece desconhecido.

• LOPINAVIR-RITONAVIR

Este inibidor combinado de protease, que foi usado principalmente para a infecção pelo HIV, possui atividade in vitro

contra o SARS-CoV (Groneberg et al., 2005) e parece ter alguma atividade contra o MERS-CoV em estudos com

animais (Chan et al., 2015). Embora o uso desse agente para o tratamento do COVID-19 tenha sido descrito em relatos

de casos, não houve diferença no tempo para melhora clínica ou mortalidade (Cao et al; Lim et al; Wang et al; Young

et al., 2020).

• HIDROXICLOROQUINA

A hidroxicloroquina e a cloroquina são medicamentos orais prescritos que foram utilizados para o tratamento da

malária e de certas condições inflamatórias. A cloroquina tem sido usada no tratamento e quimioprofilaxia da malária,

e a hidroxicloroquina é usada no tratamento da artrite reumatoide, lúpus eritematoso sistêmico e porfiria cutânea.

Ambos os fármacos têm atividade in vitro contra SARS-CoV, SARS-CoV-2 e outros coronavírus, e a hidroxicloroquina

com potência relativamente maior contra SARS-CoV-2 (CDC 2020).

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O uso de cloroquina está incluído nas diretrizes de tratamento da Comissão Nacional de Saúde da China e foi

associado à progressão reduzida da doença e diminuição da duração dos sintomas (Gao et al; Colson et al., 2020). No

entanto, os dados primários que sustentam essas alegações não foram completamente publicados (Cortegiani et al.,

2020).

Em um estudo com 36 pacientes com COVID-19, o uso de hidroxicloroquina foi associado a uma menor carga viral de

SARS-CoV-2 em amostras nasofaríngeas (Gautret et al., 2020). Neste estudo, o uso de azitromicina em combinação

com hidroxicloroquina parecia ter benefício adicional, mas existem preocupações metodológicas sobre os grupos de

controle do estudo, e a base biológica para o uso de azitromicina nesse cenário ainda não é clara.

Atualmente, a hidroxicloroquina está sob investigação em ensaios clínicos para profilaxia pré-exposição ou pós-

exposição da infecção por SARS-CoV-2 e tratamento de pacientes com COVID-19 leve, moderado e grave.

Potenciais interações medicamentosas da hidroxicloroquina:

A cloroquina ou a hidroxicloroquina podem potencializar a ação dos digitálicos, bem como a ação da insulina,

intensificar a ação de diversos imunossupressores (metotrexato, ciclosporina) e até comprometer a ação de

anticonvulsivantes. Tanto a hidroxicloroquina quanto a cloroquina, por possuírem elevado tempo de meia-vida,

apresentam lento washout, ou seja, a depuração completa pelo organismo pode demorar aproximadamente 40 e 50

dias respectivamente, até mesmo em indivíduos saudáveis. Dessa forma, o consumo pode implicar em possíveis danos

mesmo após o uso por um curto período e a suspensão imediata.

(Ver questão 26 para os efeitos colaterais da hidroxicloroquina).

25. OUVI FALAR QUE O FDA APROVOU A CLOROQUINA E HIDROXICLOROQUINA PARA O TRATAMENTO DA

COVID19. POR QUE A ANVISA NÃO APROVA TAMBÉM?

É importante esclarecer que o FDA não aprovou esses medicamentos para o tratamento dessa doença. Em seu

último comunicado à imprensa, o FDA esclarece que “tem trabalhado em estreita colaboração com outras agências

governamentais e centros acadêmicos que estão investigando o uso da droga cloroquina, já aprovada para o

tratamento da malária, lúpus e artrite reumatoide, para determinar se pode ser usada no tratamento de pacientes

com COVID-19 leve a moderadas para reduzir potencialmente a duração dos sintomas, bem como a disseminação

viral, o que pode ajudar a impedir a propagação da doença. Estudos estão em andamento para determinar a eficácia

do uso de cloroquina no tratamento do COVID-19”. Os estudos conduzidos até o momento têm um número de

pacientes muito reduzido e ainda é arriscado afirmar que vai funcionar para todas as pessoas. Mais dados precisam

ser coletados, de maneira adequada, para haver certeza de que vai funcionar.

A Anvisa, da mesma forma que o FDA, não recomenda o uso indiscriminado desse medicamento, sem a confirmação

de que realmente funciona.

26. POSSO USAR CLOROQUINA E HIDROXICLOROQUINA MESMO ASSIM?

O uso de medicamentos sem orientação médica e sem provas de que realmente está indicado para a doença traz

uma série de riscos. No caso desses medicamentos, os principais problemas (eventos adversos) são:

• Distúrbios do sangue e do sistema linfático: depressão da medula óssea, anemia (redução no número de

células vermelhas do sangue), anemia aplástica (forma de anemia na qual a medula óssea falha em produzir

números adequados de elementos do sangue), agranulocitose (diminuição de alguns tipos de leucócitos do

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sangue), leucopenia (redução das células brancas do sangue), trombocitopenia (diminuição no número de

plaquetas sanguíneas).

• Distúrbios do sistema imune: urticária (erupção na pele, geralmente de origem alérgica que causa coceira),

angioedema (inchaço em região subcutânea ou em mucosas, geralmente de origem alérgica),

broncoespasmo (contração dos brônquios, que pode ocasionar chiado no peito).

• Distúrbios de metabolismo e nutrição: anorexia (perda de apetite), hipoglicemia (diminuição da taxa de

açúcar no sangue). Pode exacerbar o quadro de porfiria (grupo de doenças metabólicas).

• Distúrbios psiquiátricos: labilidade emocional (mudança rápida de humor), nervosismo, psicose,

comportamento suicida. • Distúrbios do sistema nervoso: dor de cabeça, tontura, convulsões (contração

involuntária dos músculos) têm sido reportadas com esta classe de medicamentos.

• Distúrbios extrapiramidais (relacionados à coordenação e controle dos movimentos), como distonia

(contrações musculares involuntárias), discinesia (movimentos involuntários anormais do corpo), tremor •

Distúrbios oculares: visão borrada devido a distúrbios de acomodação que é dose dependente e reversível,

retinopatia (doença da retina), com alterações na coloração e do campo visual. Na sua forma precoce, elas

parecem ser reversíveis com a descontinuação da hidroxicloroquina. Caso o tratamento não seja suspenso a

tempo existe risco de progressão da retinopatia, mesmo após a suspensão do mesmo. Pacientes com

alterações retinianas podem ser inicialmente assintomáticos (sem sintomas), ou podem apresentar

escotomas (perda total ou parcial da clareza ou nitidez da visão) visuais paracentral e pericentral do tipo

anular, escotomas temporais e visão anormal das cores. Já foram relatadas alterações na córnea incluindo

opacificação (perda da transparência) e inchaço. Tais alterações podem ser assintomáticas, ou podem causar

distúrbios tais como halos, visão borrada ou fotofobia (sensibilidade à luz): casos de maculopatia e

degeneração macular foram reportados e podem ser irreversíveis.

• Distúrbios de audição e labirinto: vertigem (tontura), zumbido, perda de audição.

• Distúrbios cardíacos: cardiomiopatia (doença do coração) que pode resultar em insuficiência cardíaca e em

alguns casos podendo ser fatal. Toxicidade crônica deve ser considerada quando ocorrerem distúrbios de

condução (dificuldade da passagem do estímulo elétrico) (bloqueio de ramo/bloqueio átrio-ventricular) bem

como hipertrofia biventricular (espessamento da parede dos ventrículos). A suspensão do tratamento leva à

recuperação.

• Distúrbios gastrointestinais: dor abdominal, náusea, diarreia, vômito.

• Distúrbios hepatobiliares: alterações dos testes da função do fígado, insuficiência hepática fulminante

(redução grave da função do fígado).

• Distúrbios de pele e tecido subcutâneo: erupção cutânea (da pele), prurido (coceira), alterações da cor na

pele e nas membranas mucosas, descoloração do cabelo, alopecia (perda de cabelo), erupções bolhosas,

incluindo eritema multiforme (manchas vermelhas planas ou elevadas, bolhas, ulcerações que podem

acometer todo o corpo), síndrome de Stevens – Johnson (forma grave de reação alérgica caracterizada por

bolhas em mucosas e grandes áreas do corpo) e necrólise epidérmica tóxica (quadro grave, caracterizado por

erupção generalizada com bolhas rasas extensas e áreas de necrose epidérmica, à semelhança de grande

queimadura, resultante principalmente de uma reação tóxica a vários medicamentos), rash medicamentoso

com eosinofilia e sintomas sistêmicos (erupção cutânea com aumento de eosinófilos no sangue),

fotossensibilidade, dermatite esfoliativa (alteração da pele acompanhada de descamação), pustulose

exantemática generalizada aguda (PEGA) (doença da pele geralmente induzida por droga, acompanhada de

febre). PEGA deve ser diferenciada de psoríase (doença inflamatória da pele), embora a hidroxicloroquina

possa precipitar crises de psoríase. Pode estar associada com febre e hiperleucocitose (contagem elevada de

células brancas no sangue).

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• Distúrbios muscoloesqueléticos e tecidos conjuntivos: distúrbios motores sensoriais, miopatia (problema no

sistema muscular) dos músculos esqueléticos ou neuromiopatia (problema que ataca ao mesmo tempo o

sistema nervoso e os músculos) levando à fraqueza progressiva e atrofia (diminuição no tamanho) do grupo

de músculos proximais. A miopatia pode ser reversível com a suspensão do tratamento, mas a recuperação

pode durar alguns meses. Estudos de diminuição dos reflexos tendinosos (movimentos reflexos

desencadeados pela percussão de um tendão muscular) e anormalidade na condução nervosa.

27. A ANVISA PROIBIU A VENDA DE CLOROQUINA E HIDROXICLOROQUINA NAS FARMÁCIAS?

Não. A Anvisa não emitiu nenhum comunicado ou fez recomendações de recolhimento ou proibição de venda desses

produtos. A única orientação é que só as pessoas que receberam indicação médica de uso comprem os produtos.

28. ESSES MEDICAMENTOS PODEM FALTAR?

Sim. Além de todos os riscos acima, é importante destacar que a compra indiscriminada de medicamentos não-

indicados para o uso pode resultar em desabastecimento para os pacientes que realmente precisam da medicação.

29. O QUE A ANVISA ESTÁ FAZENDO PARA EVITAR QUE OS ESTOQUES DE CLOROQUINA E HIDROXICLOROQUINA

ACABEM NAS FARMÁCIAS?

A Anvisa aumentou o controle sobre o tipo de receita exigido para a compra desses medicamentos. Antes era exigida

somente a receita médica comum, sem retenção, e agora passou a ser exigida a Receita de Controle Especial em

duas vias. Uma das vias fica retida na farmácia ou drogaria para controle da vigilância sanitária. A quantidade que

cada pessoa pode comprar também será limitada: 5 unidades (no caso de ampolas) ou quantidade de medicamento

para o tratamento correspondente a no máximo 60 dias (para as demais formas farmacêuticas).

30. O PACIENTE QUE JÁ POSSUÍA RECEITA DE CLOROQUINA E HIDROXICLOROQUINA ANTES DA MUDANÇA, IRÁ

CONSEGUIR COMPRAR O MEDICAMENTO?

Sim, durante o período de 30 dias as farmácias e drogarias poderão aceitar tanto a receita médica comum como a

Receita de Controle Especial em duas vias.

31. EM CASOS DE COVID-19, TOMAR TAMIFLU® (OSELTAMIVIR) MELHORA OS SINTOMAS?

Não. O Tamiflu® (Oseltamivir) está indicado somente para tratamento de infecção pelo vírus influenza.

32. POSSO TOMAR UM ANTIBIÓTICO PARA PREVENIR CONTRA A COVID-19?

Não. Antibióticos não estão indicados para prevenir ou para tratamento, pois não agem contra vírus somente contra

bactérias. O estudo francês que mostrou “algum benefício” avaliou um pequeno grupo de pacientes que receberam a

associação hidroxicloroquina + azitromicina (Gautret et al., 2020). É possível que o benefício da azitromicina esteja

relacionado a alguns pacientes que estivessem com infecção bacteriana secundária. O efeito “anti-inflamatório” da

azitromicina ainda não está bem definido.

33. EXISTE VACINA CONTRA A COVID-19?

Não. Como a doença é nova, não há vacina até o momento. Porém, existem pesquisas em andamento e a expectativa

é que em cerca de um ano e meio poderemos ter uma disponível.

34. POSSO TOMAR A VACINA CONTRA A GRIPE/INFLUENZA?

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Sim. A Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe será realizada em todos os municípios, verifique o calendário

vacinal de sua cidade.

35. O QUE DEVO FAZER PARA TOMAR A VACINA DA GRIPE COM SEGURANÇA?

• Idealmente, mantenha distância de, no mínimo, um metro entre as pessoas da fila;

• Não cumprimente ninguém, inclusive os profissionais, com apertos de mão, beijos ou abraços;

• Evite ficar conversando com os outros na fila;

• Não toque nas paredes ou em outras superfícies;

• Reforce a etiqueta da higiene e não encoste as mãos no rosto;

• Busque sua vacina em horários alternativos.

Além disso, verifique se há farmácias, unidades móveis de saúde, redes de ensino e outros locais oferecendo a vacina

gratuitamente. As autoridades de várias cidades e estados estão firmando parcerias para disponibilizar imunizantes

gratuitamente nesses locais, que têm um fluxo menor de pessoas no momento.

Indivíduos com sintomas de uma infecção respiratória não devem buscar a vacina. Fique isolado até os sinais

passarem para só então buscar sua dose.

36. TOMEI A VACINA CONTRA A GRIPE. ESTOU PROTEGIDO CONTRA O NOVO CORONAVÍRUS?

Não. A vacina da gripe protege somente contra o vírus influenza e deve ser feita anualmente. A vacinação contra a

gripe irá auxiliar os profissionais de saúde na exclusão do diagnóstico para coronavírus, já que os sintomas são

parecidos. E, ainda, ajuda a reduzir a procura por serviços de saúde.

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DÚVIDAS RELACIONADAS AOS ANTISSÉPTICOS E SANEANTES

Esta orientação fornece recomendações sobre a limpeza e desinfecção das casas em que, as pessoas sob investigação

ou com COVID-19 confirmado, residem ou podem estar isoladas. Destina-se a limitar a sobrevivência do vírus nos

ambientes.

A Anvisa recomenda aos consumidores a utilização somente de produtos regularizados. O ideal é dar preferência aos

saneantes classificados nas categorias “Água Sanitária” e “Desinfetante para Uso Geral”.

Conceitos:

Limpeza: remoção de microrganismos, sujeira e impurezas das superfícies. A limpeza não mata os germes, mas, ao

removê-los, diminui o número e o risco de propagação da infecção.

Desinfetar: esse processo não necessariamente limpa superfícies sujas, mas mata germes em uma superfície após a

limpeza, reduzindo assim, o risco de propagação de infecções.

Antissépticos: produtos químicos normalmente utilizados para inibir crescimento de microrganismos em tecidos vivos,

pele e mucosas.

Desinfetantes: produtos químicos para inibir crescimento de microrganismos microrganismo em superfícies

37. COMO SABEMOS QUE UM VÍRUS É MAIS DIFÍCIL OU MAIS FÁCIL DE MATAR COM ÁLCOOL OU OUTROS

PRODUTOS DE LIMPEZA?

Os vírus podem ser separados em classes com base na estrutura, por exemplo, na forma mais simples, envelopados

(por exemplo, SARS-CoV-2) e não envelopados (por exemplo, Norovírus). Anos de pesquisa e testes mostraram que os

vírus envelopados são mais fáceis de matar usando desinfetantes do que vírus não envelopados, e, assim, uma

hierarquia para os vírus foi desenvolvida (American Chemistry Council, 2020).

38. COMO UMA EMPRESA PODE ALEGAR QUE UM PRODUTO ESPECÍFICO DEVE SER USADO EFETIVAMENTE

DURANTE O SURTO DE COVID-19?

Embora os produtos não tenham sido testados contra o SARS-CoV-2, espera-se que sejam eficazes com base em

(American Chemistry Council, 2020):

• Eficácia demonstrada contra um vírus mais difícil de matar;

• Qualificado para a reivindicação emergente de patógenos virais ou;

• Eficácia demonstrada contra outro coronavírus humano semelhante ao SARS-CoV-2.

SARS-CoV-2 é um novo vírus. Tais patógenos geralmente não estão disponíveis comercialmente para testes de

laboratório. Um produto que provavelmente fornecerá a maior proteção contra o COVID-19 terá ação contra, pelo

menos, um vírus não envelopado, como Norovirus, Feline Calicivirus, Poliovirus, Rhinovirus ou Reovirus (American

Chemistry Council, 2020).

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39. QUAIS PRODUTOS DE LIMPEZA PARA EVITAR A PROPAGAÇÃO DO COVID-19?

De acordo com a ANVISA, o recomendado é utilizar sempre produtos regularizados e classificados nas categorias

“Água Sanitária” e “Desinfetante para Uso Geral” para a desinfecção das casas, ambientes coletivos e/ou públicos e

lugares de uso comum.

Entre eles estão o álcool gel (produzidos à base de etanol, na forma gel e em concentração de 70%), além de

hipoclorito de sódio, ácido peracético, quaternários de amônia e fenólicos.

40. O QUE DEVO PROCURAR EM UM PRODUTO DE LIMPEZA PARA EVITAR A PROPAGAÇÃO DO COVID-19?

No Brasil ainda não há uma lista dos produtos saneantes que podem ser utilizados contra o COVID-19, apenas uma

lista com os saneantes que são registrados: http://portal.anvisa.gov.br/saneantes/consultas

Porém há uma lista de produtos que a Environmental Protection Agency (EPA) acredita ser eficaz e está disponível na

“Lista de Produtos de Combate ao COVID-19” (https://www.epa.gov/pesticide-registration/list-n-disinfectants-use-

against-sars-cov-2). Esses produtos contêm antimicrobianos que matam muitos vírus causadores de doenças e outros

microrganismos. Eles foram testados contra centenas de patógenos, como Norovírus, e com base nesses resultados, a

EPA espera que sejam eficazes contra o vírus que causa o COVID-19. (American Chemistry Council, 2020).

Obs: A EPA analisa e regula pesticidas antimicrobianos, que incluem desinfetantes de superfície para uso em

patógenos como o coronavírus. Os desinfetantes para as mãos são regulamentados pela Food and Drug

Administration (FDA), e no Brasil pela ANVISA.

41. SÃO EFETIVOS OS PRODUTOS CASEIROS PARA A LIMPEZA CONTRA O COVID-19?

As pessoas devem ficar atentas às informações recebidas por meios das redes sociais sobre a eficácia de possíveis

produtos, principalmente de produção caseira. Esses materiais podem causar acidentes como queimaduras,

intoxicação e irritações.

Não há evidências que, por exemplo, o vinagre, suco de limão ou água com bicabornato de cálcio são efetivos contra o

SARS-CoV-2.

42. POR QUANTO TEMPO O VÍRUS PERMANECE NO AMBIENTE?

O novo coronavírus, SARS-CoV-2, pode permanecer viável em aerossóis por horas e em superfícies por dias, porém

são necessários mais estudos para a confirmação (Van Doremalen, 2020).

As últimas pesquisas testaram os vírus em uma variedade de superfícies por até 7 dias, usando valores de umidade e

temperaturas projetadas para imitar "uma variedade de situações domésticas e hospitalares". Os volumes de

exposições virais que a equipe usou foram consistentes com as quantidades encontradas no trato respiratório

superior e inferior humano. No entanto, ainda não se sabe até que ponto indivíduos assintomáticos ou pré-

sintomáticos espalham o novo vírus pela rotina diária (Van Doremalen, 2020).

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Figura 3. Persistência do Coronavírus nas superfices

43. QUAIS SUBSTÂNCIAS POSSO USAR PARA FAZER A DESINFECÇÃO?

Tabela 1. Agentes antimicrobianos efetivos contra diferentes Coronavirus.

Agente antimicrobiano Concentração Coronavírus testados

Etanol 70% HCoV-229E, MHV-2, MHV-N, CCV,

TGEV

Hipoclorito de sódio O,1-0,5% HCoV-229E, SARS-COV

Iodo-Povidine 10% (1% iodine) HCoV-229E

Glutaraldeído 2% HCoV-229E

Isopropanolol 50% MHV-2, MHV-N, CCV

Cloridrato de benzalcônio 0,05% MHV-2, MHV-N, CCV

Cloreto de sódio 0,23% MHV-2, MHV-N, CCV

Formaldeído 0,7% MHV-2, MHV-N, CCV

Fonte: European Centre for Disease Prevention and Control (ECDC) (2020).

Tabela 2. Substâncias efetivas contra diferentes Coronavirus.

EFICAZ INEFICAZ

– Etanol - Concentração de 70% é recomendada pela OMS;

– 2-propanol (70-100%);

– 2-propanol 45% + 30% de 1-propanol;

– Glutardialdeído (0,5-2,5%),

– Formaldeído (0,7-1%);

– Povidona-iodo (0,23–7,5%)

– Hipoclorito de sódio (concentração mínima de 0,1%)

– Peróxido de hidrogênio (0,5%)

– Digluconato de clorexidina (0,02%)

Fonte: KAMPF, Günter et al. Persistence of coronaviruses on inanimate surfaces and its inactivation with biocidal agents. Journal of Hospital Infection, ePub, 2020.

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COMO FAÇO A DILUIÇÃO DA ÁGUA SANITÁRIA (HIPOCLORITO DE SÓDIO)?

Sugere-se o uso de hipoclorito de sódio a 0,1%:

• Diluição 1:50 se for usado alvejante doméstico em uma concentração inicial de 5%

o 20mL de hipoclorito e completar com 1L de água OU

o 4 colheres de chá e completar com 1L de água OU

o 2 colheres de sobremesa e completar com 1L de água

• Diluição 1:25 se for usado alvejante doméstico em uma concentração inicial de 2,5%

o 40mL de hipoclorito e completar com 1L de água.

o 4 colheres de sobremesa e completar com 1L de água

44. COMO FAÇO A DILUIÇÃO DA ÁGUA OXIGENADA (PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO)?

A partir da água oxigenada (peróxido de hidrogênio) volume 10, temos a concentração e 3% e precisamos diluir para

0,5%:

• 83mL de água oxigenada volume 10 e completar para 500 mL de água OU

• 166mL de água oxigenada volume 10 e completar para 1L de água

45. ÁLCOOL GEL É EFICAZ CONTRA O COVID-19?

Sim. Além de ser recomendado pelas autoridades nacionais e internacionais de saúde, como a OMS e o Ministério da

Saúde do Brasil. O álcool 70% possui concentração ótima para o efeito bactericida, porque a desnaturação das

proteínas do microrganismo faz-se mais eficientemente na presença da água, pois esta facilita a entrada do álcool

para dentro da bactéria e também retarda a volatilização do álcool, permitindo maior tempo de contato. Nesta

concentração, o etanol destrói vírus e bactérias.

46. CRIANÇAS E IDOSOS PODEM USAR O ÁLCOOL GEL?

Sim. Todos podem utilizar. Os responsáveis devem ensinar o uso adequado do álcool gel, além disso, é importante

cuidar para que a criança ou o idoso não aplique no rosto e não ingira o produto.

47. POSSO PRODUZIR MEU PRÓPRIO ÁLCOOL GEL EM CASA?

Algumas receitas caseiras estão circulando na internet e, em geral, recomendam a produção do álcool em gel a partir

do álcool líquido concentrado. O Ministério da Saúde preza pela segurança da população brasileira, por isso, não

recomenda essa prática tanto pelos riscos associados quanto por confrontar a legislação brasileira.

48. QUAIS OS RISCOS ASSOCIADOS À PRODUÇÃO CASEIRA DE ÁLCOOL EM GEL?

Quando se utiliza álcool líquido em elevadas concentrações, aumenta-se bastante o risco de acidentes que podem

provocar incêndios, queimaduras de grau elevado e irritação da pele e mucosas. Além disso, a depender do que se

utiliza como espessante, ao invés de eliminar microrganismos pode-se potencializar sua proliferação.

Os produtos industrializados passam por rigorosos processos de produção, onde há padrões a serem seguidos. Todas

as etapas são monitoradas e passam por controles de modo a haver padronização, regularidade e qualidade dos

produtos disponibilizados ao consumidor final. Já o álcool em gel fabricado a partir de receitas e métodos caseiros não

passam por nenhum controle de qualidade, por isso, sem garantia de eficácia.

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49. O QUE SIGNIFICAM AS SIGLAS INPM E GL NOS RÓTULOS DO ÁLCOOL EM GEL?

Ambas se referem ao grau alcoólico da solução.

• INPM significa Instituto Nacional de Pesos e Medidas e o °INPM observado nos rótulos indica uma relação

percentual de massa.

• GL é a abreviação de Gay-Lussac e o °GL observado nos rótulos refere-se a uma relação percentual de volume.

Assim, quanto maior a graduação, maior a quantidade percentual de álcool.

50. HÁ DIFERENÇA ENTRE °INPM E °GL?

Sim. As unidades medem a razão entre grandezas diferentes, massa e volume. Para relacionar massa e volume utiliza-

se a densidade. O álcool etílico possui densidade igual a 0,789 g/cm³, isso significa que a massa de álcool presente

numa solução 70 °INPM é maior que aquela massa presente numa solução 70 °GL. Elas somente seriam iguais se a

densidade fosse igual a 1 (um).

51. EXISTEM OUTROS PRODUTOS ANTISSÉPTICOS QUE POSSO UTILIZAR CONTRA O NOVO CORONAVÍRUS, EM

SUBSTITUIÇÃO AO ÁLCOOL ETÍLICO?

Sim. As recomendações das autoridades de saúde para higienização das mãos são tanto o álcool gel quanto a lavagem

com água e sabão. Sabões, sabonetes e detergentes de um modo geral, graças às suas propriedades químicas,

removem a maior parte da flora microbiana na superfície da pele. Eles são compostos de moléculas que apresentam

em sua estrutura uma parte apolar e outra polar. A parte apolar, lipofílica, é quimicamente atraída pelas moléculas

apolares dos lipídios constituintes da membrana celular dos microrganismos. Simultaneamente, a parte polar interage

com as moléculas de água (que também é polar). Essas interações simultâneas fazem com que os microrganismos

sejam envolvidos pelo sabão, retirados da pele e levados embora com a água.

O álcool isopropílico tem sido sugerido como alternativa ao álcool etílico, entretanto, ressalva-se que este álcool

provoca maior secura da pele, é duas vezes mais tóxico e sua atividade sobre vírus é inferior ao álcool etílico.

Ressalta-se, ainda, que NÃO é recomendado o uso do vinagre contra o novo coronavírus e deve-se tomar cuidado no

uso de outros ácidos (como o suco de limão), pois podem lesionar a pele.

52. NÃO ENCONTREI ÁLCOOL GEL PARA COMPRAR, POSSO USAR ETANOL DE COMBUSTÍVEL OU DE BEBIDAS

ALCÓOLICAS?

Não. Não se recomendam opções como estas! Estas substâncias podem provocar reações indesejáveis na pele ou

danificar superfícies, além de não possuírem garantia de eficácia germicida.

53. POR QUE SOLUÇÕES DE ÁLCOOL GEL 70%? NÃO SERIA MELHOR USAR SOLUÇÕES MAIS CONCENTRADAS?

Várias pesquisas realizadas em todo o mundo registraram que a melhor eficácia do álcool etílico contra

microrganismos patogênicos é observada com soluções nessa graduação de 70%. Em soluções de graduação alcoólica

muito superiores, ao contrário do que o senso comum espera, a eficácia é menor! Isso se explica pelo fato da

evaporação ser mais rápida, diminuindo o tempo de contato do álcool com o patógeno e, também, devido à

necessidade de água para conduzir o álcool ao interior da célula do microrganismo, sem a água ou com água em

baixas proporções, o álcool desidrata o microrganismo sem matá-lo.

A recomendação da graduação alcoólica 70% está fundamentada na melhor eficácia, todavia, também se observa

eficácia em graduações um pouco maiores e um pouco menores. Alguns estudos apontam que, apesar de não

apresentarem a melhor eficácia, soluções até o mínimo de 60% e o máximo de 80% também são eficazes.

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54. O QUE FAÇO SE NÃO ENCONTRAR ÁLCOOL EM GEL?

Continue higienizando suas mãos com água e sabão por pelo menos 20 segundos.

55. COMO ME ASSEGURO SOBRE A PROCEDÊNCIA DO ÁLCOOL? ELES TÊM ALGUM REGISTRO?

O rótulo é seu maior aliado. Desconfie de produtos sem rótulo ou daqueles cujo rótulo não informa o número de

registro do produto ou os dados do profissional responsável técnico (nome e registro profissional). O registro de

produtos para a saúde, cosméticos e saneantes é feito na Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA.

56. COMO HIGIENIZAR MEUS EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS?

O mais recomendado para equipamentos eletrônicos seria o álcool isopropílico, uma vez que, por possuir um carbono

a mais que o etanol na cadeia carbônica, é menos miscível em água, dificultando a oxidação das peças. Deve-se ter

cuidado com a quantidade de produto aplicada, não devendo molhar o equipamento e bastando aplicar com um

pano/lenço/papel embebido no álcool.

57. DEVO SEMPRE LIMPAR A CASA COM ÁLCOOL 70%?

Para cada superfície (vidro, madeira, metal, cerâmica, porcelanato, etc.) há um produto mais adequado. Assim, os

mesmos produtos desinfetantes utilizados antes do surto da COVID-19 podem ser utilizados nesse momento, o

importante é não descuidar da limpeza e até reforçá-la.

58. POSSO HIGIENIZAR AS MÃOS COM OS MESMOS PRODUTOS QUE USO NA LIMPEZA DA CASA?

Os produtos para limpeza da casa são classificados como desinfetantes e os destinados à higienização das mãos,

antissépticos. Embora a função de ambos seja eliminar microrganismos patogênicos, suas aplicações são específicas.

Não sendo indicado utilizar antissépticos na limpeza da casa e menos ainda aplicar desinfetantes na higienização das

mãos. A recomendação do uso de luvas para manipulação desses produtos desinfetantes é justificada não por

excesso, mas por ser preciso tomar cuidados. Produtos de limpeza doméstica podem, por exemplo, ser oxidantes ou

corrosivos.

59. TENHO UM FAMILIAR/ COHABITANTE EM ISOLAMENTO COM SUSPEITA OU CASO CONFIRMADO PARA COVID-

19, QUAL PRODUTO DEVO USAR PARA LIMPAR A CASA?

Como parte de suas ações diárias de prevenção, limpe e desinfete superfícies e objetos frequentemente tocados (CDC

2020):

Limpe as superfícies usando água e sabão. Pratique a limpeza de rotina de superfícies frequentemente tocadas. Use

luvas descartáveis ao limpar e desinfetar superfícies. As luvas devem ser descartadas após cada limpeza. Se forem

usadas luvas reutilizáveis, essas luvas devem ser dedicadas à limpeza e desinfecção de superfícies do COVID-19 e não

devem ser usadas para outros fins. Limpe as mãos imediatamente após a remoção das luvas.

Se as superfícies estiverem sujas, elas devem ser limpas com detergente ou sabão e água antes da desinfecção.

As superfícies de alto toque incluem: Mesas, maçanetas, interruptores de luz, bancadas, telefones, teclados,

controles, banheiros, torneiras, pias, etc.

Desinfectar

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• Use soluções diluídas de alvejante doméstico, se apropriado para a superfície. Verifique a validade para

garantir que o produto ainda não tenha expirado. É importante o consumidor saber que os saneantes devem

apresentar no rótulo o número de registro na Anvisa ou de notificação. Fique atento aos produtos irregulares e

“caseiros”, estes devem ser evitados.

• Siga as instruções do fabricante para aplicação e ventilação adequada. Nunca misture alvejante doméstico

com amônia ou qualquer outro limpador.

• Soluções de álcool com pelo menos 70% de álcool.

• Produtos de limpeza e desinfetantes para uso doméstico: limpe a área ou o item com água e sabão ou outro

detergente se estiver sujo. Em seguida, use um desinfetante doméstico.

60. POSSO LAVAR A ROUPA DA PESSOA EM ISOLAMENTO/CASO CONFIRMADO PARA COVID-19 JUNTO COM AS

DEMAIS?

Use luvas descartáveis ao manusear roupas sujas de uma pessoa doente e depois as descarte após cada uso. Se usar

luvas reutilizáveis, essas luvas devem ser dedicadas à limpeza e desinfecção de superfícies do COVID-19 e não devem

ser usadas para outros fins domésticos. Limpe as mãos imediatamente após a remoção das luvas (CDC 2020).

Se possível, não agite a roupa suja. Isso minimizará a possibilidade de dispersar o vírus pelo ar. Se possível, lave os

itens usando água quente e apropriada para os itens e seque completamente. A roupa suja de uma pessoa doente

pode ser lavada com itens de outras pessoas (CDC 2020). Se não forem usadas luvas ao manusear roupas sujas, lave as

mãos depois.

Limpe e desinfete os cestos de roupas de acordo com as orientações acima para superfícies. Se possível, considere

colocar um forro de saco descartável (pode ser jogado fora) ou pode ser lavado.

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SERVIÇO FUNERÁRIO

61. TRANSPORTE DO CORPO

1. Quando para o transporte do cadáver, é utilizado veículo de transporte, este também deve ser submetido à

limpeza e desinfecção, segundo os procedimentos de rotina;

2. Todos os profissionais que atuam no transporte, guarda do corpo e colocação do corpo no caixão também

devem adotar as medidas de precaução, que devem ser mantidas até o fechamento do caixão.

62. ORIENTAÇÕES PARA FUNERÁRIAS

É importante que os envolvidos no manuseio do corpo, equipe da funerária e os responsáveis pelo funeral sejam

informados sobre o risco biológico classe de risco 3, para que medidas apropriadas possam ser tomadas para se

proteger contra a infecção.

• O manuseio do corpo deve ser o menor possível.

• O corpo não deve ser embalsamado.

• Deve-se realizar a limpeza externa do caixão com álcool líquido a 70% antes de levá-lo ao velório.

• De preferência, cremar os cadáveres, embora não seja obrigatório fazê-lo.

• Após o uso, os sacos de cadáver vazios devem ser descartados como resíduos enquadrados na RDC 222/2018.

• O(s) funcionário(s) que irá(ão) transportar o corpo do saco de transporte para o caixão, deve(m) equipar-se

com luvas, avental impermeável e máscara cirúrgica.

• Remover adequadamente o EPI após transportar o corpo e higienizar as mãos com água e sabonete líquido

imediatamente após sua remoção.

63. RECOMENDAÇÕES RELACIONADAS AO FUNERAL

Atendendo à atual situação epidemiológica, os funerais deverão decorrer com o menor número possível de pessoas,

preferencialmente apenas os familiares mais próximos, para diminuir a probabilidade de contágio e como medida

para controlar os casos de COVID-19. Recomenda-se às pessoas que:

• Sigam as medidas de higiene das mãos e de etiqueta respiratória, em todas as circunstâncias; - Devem ser

evitados apertos de mão e outros tipos de contato físico entre os participantes do funeral;

• Recomenda-se que as pessoas dos grupos mais vulneráveis (crianças, idosos, grávidas e pessoas com

imunossupressão ou com doença crônica), não participem nos funerais; bem como pessoas sintomáticas

respiratórias;

• Recomenda-se que o caixão seja mantido fechado durante o funeral, para evitar contato físico com o corpo;

• Deve ser disponibilizado água, sabonete líquido, papel toalha e álcool gel a 70% para higienização das mãos.

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PROFISSIONAIS

DE SAÚDE

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DÚVIDAS RELACIONADAS AOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO

64. QUAIS EQUIPAMENTOS / EPI SÃO INDICADOS EM CADA NÍVEL DE ASSISTÊNCIA?

Tabela 3. EPIs indicadas em cada nível de assistência

FONTE: ASSOCIAÇÃO DE MEDICINA INTENSIVA BRASILEIRA

65. USO DE EPI NA ASSISTÊNCIA (RESUMO)

Recomendação de medidas a serem implementadas para prevenção e controle da disseminação do novo Coronavírus

(COVID-19) durante a assistência ou contato com o ambiente do paciente suspeito/confirmado

CASOS SUSPEITOS OU

CONFIRMADOS E

ACOMPANHANTES

1. Usar máscara cirúrgica;

2. Usar lenços de papel (tosse, espirros, secreção nasal);

3. Higiene das mãos frequente com água e sabonete líquido OU

preparação alcoólica a 70%.

PROFISSIONAIS DE

SAÚDE

1. Higiene das mãos com água e sabonete líquido OU preparação alcoólica a 70%;

2. Óculos de proteção ou protetor facial;

3. Máscara cirúrgica;

4. Avental;

5. Luvas de procedimento;

6. Gorro (para procedimentos que geram aerossóis);

7. Observação: os profissionais de saúde deverão utilizar máscaras N95, FFP2, ou

equivalente, ao realizar procedimentos geradores de aerossóis como, por exemplo,

intubação ou aspiração traqueal, ventilação mecânica invasiva e não invasiva,

ressuscitação cardiopulmonar, ventilação manual antes da intubação, coletas de

amostras nasotraqueais.

PROFISSIONAIS DE APOIO

(profissionais da higiene e

limpeza, nutrição,

manutenção, etc)

1. Higiene das mãos com água e sabonete líquido OU

2. Preparação alcoólica a 70%;

3. Gorro (para procedimentos que geram aerossóis);

4. Óculos de proteção ou protetor facial;

5. Máscara cirúrgica;

6. Avental;

7. Luvas de procedimento;

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Atenção: profissionais da higiene e limpeza, acrescentar luvas de borracha com cano

longo e botas impermeáveis de cano longo.

FONTE: GVIMS/GGTES/ANVISA, 2020.

Não se deve circular pelo serviço de saúde utilizando os EPI. Estes devem ser imediatamente removidos após

a saída do quarto, enfermaria ou área de isolamento.

66. DÚVIDAS MÁSCARA CIRÚRGICA?

Especificações do material:

A máscara deve ser confeccionada de material tecido-não tecido (TNT), possuir no mínimo uma camada interna e uma

camada externa e obrigatoriamente um elemento filtrante. A camada externa e o elemento filtrante devem ser

resistentes à penetração de fluidos transportados pelo ar (repelência a fluidos). Além disso, deve ser confeccionada de

forma a cobrir adequadamente a área do nariz e da boca do usuário, possuir um clipe nasal constituído de material

maleável que permita o ajuste adequado do contorno do nariz e das bochechas.

Cuidados ao utilizar a máscara cirúrgica:

1. Coloque a máscara cuidadosamente para cobrir a boca e o nariz e ajuste com segurança para minimizar os

espaços entre a face e a máscara;

2. Enquanto estiver em uso, evite tocar na parte da frente da máscara;

3. Remova a máscara usando a técnica apropriada (ou seja, não toque na frente da máscara, que pode estar

contaminada, mas remova sempre pelas tiras laterais);

4. Após a remoção ou sempre que tocar inadvertidamente em uma máscara usada, deve-se realizar a higiene

das mãos;

5. Substitua as máscaras por uma nova máscara limpa e seca assim que a antiga tornar- se suja ou úmida;

6. Não reutilize máscaras descartáveis;

Quem deve usar a máscara cirúrgica?

1. Pacientes com sintomas de infecção respiratória (febre, tosse espirros, dificuldade para respirar).

2. Paciente (suspeito) durante transporte, atendimento de triagem, consulta e circulação dentro do serviço de

saúde;

3. Familiares e acompanhantes do suspeito ou caso confirmado COVID-19;

4. Profissionais de saúde e profissionais de apoio que prestarem assistência a menos de 1 metro do paciente

suspeito ou confirmado;

5. Profissionais de saúde alocados nos setores de triagem e

6. Profissionais de saúde que realizam assistência direta ao paciente, sem geração de aerossóis.

Observação: higiene das mãos com água e sabonete líquido OU preparação alcoólica a 70%, antes e após a utilização

das máscaras.

Tempo de uso da máscara:

1. Uso por profissionais/estudantes em contato próximo (menos de 2 metros) com suspeitos de coronavírus;

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2. Descartável após cada uso;

3. Não deve ficar pendurada no pescoço após uso;

4. Uso por pacientes: durante o transporte e deve ser trocada a cada 2 h em uso contínuo;

5. Uso para pessoas que não estão resfriadas, mas ficam próximas a um número elevado de pessoas (porteiros,

recepção, segurança). Usar por 4 horas.

NUNCA se deve tentar realizar a limpeza da máscara já utilizadas com nenhum tipo de produto. As máscaras

cirúrgicas são descartáveis e não podem ser limpas ou desinfectadas para uso posterior e, quando úmidas,

perdem a sua capacidade de filtração.

67. DÚVIDAS MÁSCARA N95/PFF2?

Especificações do material:

Máscara de proteção respiratória (respirador particulado) com eficácia mínima na filtração de 95% de partículas de

até 0,3μ (tipo N95, N99, N100, PFF2 ou PFF3).

Quem deve usar a máscara cirúrgica?

Profissional de saúde durante procedimentos com risco de geração de aerossol nos pacientes com infecção suspeita

ou confirmada pelo novo coronavírus;

São exemplos de procedimentos com risco de geração de aerossóis:

1. Intubação

2. Aspiração traqueal

3. Ventilação não invasiva

4. Ressuscitação cardiopulmonar

5. Ventilação manual antes da intubação

6. Coletas de secreções nasotraqueais e broncoscopias.

Cuidados ao utilizar a máscara N95:

• apropriadamente ajustada à face. A forma de uso, manipulação e armazenamento deve seguir as

recomendações do fabricante e nunca deve ser compartilhada entre profissionais.

Uso Emergencial (na ausência ou contenção do material)

Nota (21.03.2020): Pode-se considerar o uso de respiradores ou máscaras N95 ou equivalente, além do prazo de

validade designado pelo fabricante para atendimento emergencial aos casos suspeitos ou confirmados da COVID-19.

No entanto, as máscaras além do prazo de validade designado pelo fabricante podem não cumprir os requisitos para

os quais foram certificados. Com o tempo, componentes como as tiras e o material da ponte nasal podem se

degradar, o que pode afetar a qualidade do ajuste e da vedação.

Este tipo de uso pode ser liberado APENAS devido à demanda urgente causada pela emergência de saúde pública da

COVID-19. Os usuários dessas máscaras que excederam o prazo de validade designado pelo fabricante devem ser

orientados sobre a importância das inspeções e verificações do selo antes do uso.

Os usuários devem tomar as seguintes medidas de precaução antes de usar as máscaras N95 (além do prazo de

validade designado pelo fabricante) no local de trabalho:

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1. Inspecione visualmente a máscara N95 para determinar se sua integridade foi comprometida (máscaras

úmidas, sujas, rasgadas, amassadas ou com vincos não podem ser utilizadas).

2. Verifique se componentes como tiras, ponte nasal e material de espuma nasal não se degradaram, o que pode

afetar a qualidade do ajuste e a vedação e, portanto, a eficácia da máscara.

3. Se a integridade de qualquer parte da máscara estiver comprometida ou se uma verificação bem-sucedida do

selo do usuário não puder ser realizada, descarte a máscara.

4. Os usuários devem realizar uma verificação do selo imediatamente após colocar cada máscara e não devem

usar uma máscara que não possam executar uma verificação bem-sucedida do selo do usuário (teste positivo

e negativo de vedação da máscara à face).

Observação 1: A máscara cirúrgica não deve ser sobreposta à máscara N95 ou equivalente, pois além de não garantir

proteção de filtração ou de contaminação, também pode levar ao desperdício de mais um EPI, o que pode ser muito

prejudicial em um cenário de escassez.

Observação 2: EXCEPCIONALMENTE, em situações de carência de insumos e para atender a demanda da epidemia da

COVID-19, a máscara N95 ou equivalente poderá ser reutilizada pelo mesmo profissional, desde que cumpridos passos

obrigatórios para a retirada da máscara sem a contaminação do seu interior. Com objetivo de minimizar a

contaminação da máscara N95 ou equivalente, se houver disponibilidade, pode ser usado um protetor facial (face

shield). Se a máscara estiver íntegra, limpa e seca, pode ser usada várias vezes durante o mesmo plantão pelo mesmo

profissional (até 12 horas ou conforme definido pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar – CCIH do serviço

de saúde). Trocar a cada 8 h em uso contínuo e se for usada com máscara cirúrgica por cima ou com protetor facial

(para proteger das gotículas e respingos). No intervalo de uso a máscara N95 deve ser acondicionada em embalagem

de papel ou caso plástico que tenha sido previamente furado para evitar umidade da máscara. Identifique a sua

máscara com o seu nome e data e a proteja mantendo a sua forma. Não deve ser dobrada ou amassada, pois isso irá

comprometer a filtração da mesma.

Observação 3: Para remover a máscara, retire-a pelos elásticos, tomando bastante cuidado para não tocar na

superfície interna e acondicione em um saco ou envelope de papel com os elásticos para fora, para facilitar a retirada

da máscara. Nunca coloque a máscara já utilizada em um saco plástico, pois ela poderá ficar úmida e potencialmente

contaminada.

NUNCA se deve tentar realizar a limpeza da máscara N95 ou equivalente, já utilizadas, com nenhum tipo

de produto. As máscaras N95 ou equivalentes são descartáveis e não podem ser limpas ou desinfectadas

para uso posterior e quando úmidas perdem a sua capacidade de filtração.

68. DÚVIDAS LUVAS DE PROCEDIMENTO

As luvas de procedimentos não cirúrgicos devem ser utilizadas, no contexto da epidemia da COVID-19, em qualquer

contato com o paciente ou seu entorno (Precaução de Contato).

As recomendações quanto ao uso de luvas por profissionais de saúde são:

1. As luvas devem ser colocadas antes da entrada no quarto do paciente ou área em que o paciente está isolado.

2. As luvas devem ser removidas dentro do quarto ou área de isolamento e descartadas como resíduo

infectante.

3. Jamais sair do quarto ou área de isolamento com as luvas.

4. Nunca toque desnecessariamente superfícies e materiais (tais como telefones maçanetas, portas) quando

estiver com luvas.

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5. Não lavar ou usar novamente o mesmo par de luvas (as luvas nunca devem ser reutilizadas).

6. O uso de luvas não substitui a higiene das mãos.

7. Proceder à higiene das mãos imediatamente após a retirada das luvas.

8. Observe a técnica correta de remoção de luvas para evitar a contaminação das mãos:

o Retire as luvas puxando a primeira pelo lado externo do punho com os dedos da mão oposta.

o Segure a luva removida com a outra mão enluvada.

o Toque a parte interna do punho da mão enluvada com o dedo indicador oposto (sem luvas) e retire a

outra luva.

69. DÚVIDAS PROTETOR OCULAR OU PROTETOR DE FACE (FACE SHIELD)

Indicado uso para proteger a face do usuário contra respingos. Atua como proteção da máscara cirúrgica e N95/PFF2

contra gotículas/respingos.

Os óculos de proteção ou protetores faciais (que cubra a frente e os lados do rosto) devem ser utilizados quando

houver risco de exposição do profissional a respingos de sangue, secreções corporais e excreções.

Os óculos de proteção ou protetores faciais devem ser exclusivos de cada profissional responsável pela assistência,

devendo após o uso sofrer limpeza e posterior desinfecção com álcool líquido a 70%, hipoclorito de sódio ou outro

desinfetante recomendado pelo fabricante.

Caso o protetor facial tenha sujidade visível, deve ser lavado com água e sabão/detergente e só depois dessa limpeza,

passar pelo processo de desinfecção.

70. DÚVIDAS CAPOTE/AVENTAL

Especificidades do produto:

O capote ou avental deve ser de mangas longas, punho de malha ou elástico e abertura posterior. Além disso, deve

ser confeccionado de material de boa qualidade, atóxico, hidro/hemorrepelente, hipoalérgico, com baixo

desprendimento de partículas e resistente, proporcionar barreira antimicrobiana efetiva (Teste de Eficiência de

Filtração Bacteriológica - BFE), permitir a execução de atividades com conforto e estar disponível em vários tamanhos.

• Gramatura mínima de 30g/m2: deve ser utilizado para evitar a contaminação da pele e roupa do profissional.

• Estrutura impermeável e gramatura mínima de 50 g/m2: uso nos casos de vômitos, diarreia, hipersecreção

orotraqueal, sangramento, etc.

Colocação:

Deve ser vestido e amarrado. A amarração deve ser na face posterior do corpo do profissional de saúde.

Remoção:

O capote ou avental sujo deve ser removido e descartado como resíduo infectante após a realização do procedimento

e antes de sair do quarto do paciente ou da área de assistência.

Após a remoção do capote deve-se proceder a higiene das mãos para evitar a transmissão dos vírus para o

profissional, pacientes e ambiente.

71. DÚVIDAS GORRO

O gorro está indicado para a proteção dos cabelos e cabeça dos profissionais em procedimentos que podem gerar

aerossóis. Deve ser de material descartável e removido após o uso.

72. QUAIS CUIDADOS E PARAMENTAÇÃO/MÁSCARA/LUVA/AVENTAL/EPI DEVO USAR NA RECEPÇÃO E TRIAGEM

DE PACIENTES EM SERVIÇOS DE SAÚDE?

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• Higienizar as mãos

o Com água e sabão ou preparações alcoólicas na concentração mínima de 70% antes e após tocar o

paciente e seus documentos.

• Máscara cirúrgica

o A máscara cirúrgica deve ser utilizada para evitar a contaminação da boca e nariz do profissional por

gotículas respiratórias, quando o mesmo atuar a uma distância inferior a 1 metro do paciente

suspeito ou confirmado de infecção pelo novo coronavírus (COVID-2019).

• Oferecer máscara cirúrgica a todos os pacientes e seus acompanhantes que aguardam atendimento com

quadro suspeito de gripe/coronavírus;

73. QUAIS CUIDADOS E PARAMENTAÇÃO/MÁSCARA/LUVA/AVENTAL/EPI DEVO USAR PARA COLETA DE AMOSTRA

DE SWAB/TESTE COVID-19/TESTAGEM CORONAVÍRUS?

• Higienizar as mãos

o Com água e sabão ou preparações alcoólicas na concentração mínima de 70%.

• Máscara N95/PFF2

o Deverão ser utilizadas máscaras de proteção respiratória (respirador particulado) com eficácia mínima

na filtração de 95% de partículas de até 0,3μ (tipo N95, N99, N100, PFF2 ou PFF3).

o Não havendo disponibilidade é obrigatório o uso da máscara cirúrgica

• Avental impermeável de mangas longas/Gorro

o Impermeável, a fim de evitar a contaminação da pele e roupa do profissional.

o Mangas longas, punho de malha ou elástico e abertura posterior.

o Confeccionado com material de boa qualidade, não alergênico e resistente; proporcionar barreira

antimicrobiana efetiva.

o Permitir a execução de atividades com conforto e estar disponível em vários tamanhos.

o O avental sujo deve ser removido e descartado após a realização do procedimento e antes de sair do

quarto do paciente ou da área de assistência

• Luvas de procedimento

o As luvas de procedimentos não cirúrgicos devem ser utilizadas.

o As luvas devem ser colocadas antes da entrada no quarto do paciente ou área em que o paciente está

isolado.

o As luvas devem ser removidas dentro do quarto ou área de isolamento e descartadas como resíduo

infectante.

o Jamais sair do quarto ou área de isolamento com as luvas.

o Nunca toque desnecessariamente superfícies e materiais (tais como telefones, maçanetas, portas)

quando estiver com luvas.

o Não lavar ou usar novamente o mesmo par de luvas (as luvas nunca devem ser reutilizadas).

o O uso de luvas não substitui a higiene das mãos.

o Proceder à higiene das mãos imediatamente após a retirada das luvas.

Observe a técnica correta de remoção de luvas para evitar a contaminação das mãos:

o Retire as luvas puxando a primeira pelo lado externo do punho com os dedos da mão oposta.

o Segure a luva removida com a outra mão enluvada.

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o Toque a parte interna do punho da mão enluvada com o dedo indicador oposto (sem luvas) e retire a

outra luva.

• Óculos ou protetor facial

o Óculos de proteção ou protetores faciais (que cubram a frente e os lados do rosto).

o Devem ser de uso exclusivo para cada profissional responsável pela assistência sendo necessária a

higiene correta após o uso. Sugere-se para a desinfecção, o uso de hipoclorito de sódio ou outro

desinfetante recomendado pelo fabricante do equipamento de proteção.

Observação: Se o profissional sair de um quarto para outro, em sequência, não há necessidade de trocar

óculos/protetor facial, máscara e gorro, somente avental e luvas, além de realizar a higiene de mãos.

NÃO se deve circular pelo serviço de saúde utilizando os EPI. Estes devem ser imediatamente removidos após

a saída do quarto, enfermaria ou área de isolamento.

74. QUAL PARAMENTAÇÃO/MÁSCARA/LUVA/AVENTAL DEVO PARA ATENDIMENTO DOS CASOS

CONFIRMADOS/SUSPEITOS SEM GERAÇÃO DE AEROSSÓIS?

• Higienizar as mãos

o Com água e sabão ou preparações alcoólicas na concentração mínima de 70%.

• Máscara cirúrgica

o A máscara cirúrgica deve ser utilizada para evitar a contaminação da boca e nariz do profissional por

gotículas respiratórias, quando o mesmo atuar a uma distância inferior a 1 metro do paciente

suspeito ou confirmado de infecção pelo novo coronavírus (COVID-2019).

• Avental impermeável de mangas longas/Gorro

o O avental deve ser impermeável, a fim de evitar a contaminação da pele e roupa do profissional. Deve

ser de mangas longas, punho de malha ou elástico e abertura posterior. Além disso, deve ser

confeccionado com material de boa qualidade, não alergênico e resistente; proporcionar barreira

antimicrobiana efetiva, permitir a execução de atividades com conforto e estar disponível em vários

tamanhos. O avental sujo deve ser removido e descartado após a realização do procedimento e antes

de sair do quarto do paciente ou da área de assistência.

• Luvas de procedimento

o As luvas de procedimentos não cirúrgicos devem ser utilizadas.

o As luvas devem ser colocadas antes da entrada no quarto do paciente ou área em que o paciente está

isolado.

o As luvas devem ser removidas dentro do quarto ou área de isolamento e descartadas como resíduo

infectante.

o Jamais sair do quarto ou área de isolamento com as luvas.

o Nunca toque desnecessariamente superfícies e materiais (tais como telefones, maçanetas, portas)

quando estiver com luvas.

o Não lavar ou usar novamente o mesmo par de luvas (as luvas nunca devem ser reutilizadas).

o O uso de luvas não substitui a higiene das mãos.

o Proceder à higiene das mãos imediatamente após a retirada das luvas.

Observe a técnica correta de remoção de luvas para evitar a contaminação das mãos:

o Retire as luvas puxando a primeira pelo lado externo do punho com os dedos da mão oposta.

o Segure a luva removida com a outra mão enluvada.

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o Toque a parte interna do punho da mão enluvada com o dedo indicador oposto (sem luvas) e retire a

outra luva.

• Óculos ou protetor facial

o Os óculos de proteção ou protetores faciais (que cubram a frente e os lados do rosto) devem ser

utilizados quando houver risco de exposição do profissional a respingos de sangue, secreções

corporais e excreções. Devem ser de uso exclusivo para cada profissional responsável pela assistência

sendo necessária a higiene correta após o uso. Sugere-se para a desinfecção, o uso de hipoclorito de

sódio ou outro desinfetante recomendado pelo fabricante do equipamento de proteção.

Observação: Se o profissional sair de um quarto para outro, em sequência, não há necessidade de trocar

óculos/protetor facial, máscara e gorro, somente avental e luvas, além de realizar a higiene de mãos.

NÃO se deve circular pelo serviço de saúde utilizando os EPI. Estes devem ser imediatamente removidos após

a saída do quarto, enfermaria ou área de isolamento.

75. QUAL PARAMENTAÇÃO/MÁSCARA/LUVA/AVENTAL DEVO PARA ATENDIMENTO DOS CASOS

CONFIRMADOS/SUSPEITOS COM GERAÇÃO DE AEROSSÓIS?

• Higienizar as mãos

o Com água e sabão ou preparações alcoólicas na concentração mínima de 70%.

• Máscara N95/PFF2

o Deverão ser utilizadas máscaras de proteção respiratória (respirador particulado) com eficácia mínima

na filtração de 95% de partículas de até 0,3μ (tipo N95, N99, N100, PFF2 ou PFF3).

o Não havendo disponibilidade é obrigatório o uso da máscara cirúrgica.

• Avental impermeável de mangas longas/Gorro

o Impermeável, a fim de evitar a contaminação da pele e roupa do profissional.

o Mangas longas, punho de malha ou elástico e abertura posterior.

o Confeccionado com material de boa qualidade, não alergênico e resistente; proporcionar barreira

antimicrobiana efetiva.

o Permitir a execução de atividades com conforto e estar disponível em vários tamanhos.

o O avental sujo deve ser removido e descartado após a realização do procedimento e antes de sair do

quarto do paciente ou da área de assistência.

• Luvas de procedimento

o As luvas de procedimentos não cirúrgicos devem ser utilizadas.

o As luvas devem ser colocadas antes da entrada no quarto do paciente ou área em que o paciente está

isolado.

o As luvas devem ser removidas dentro do quarto ou área de isolamento e descartadas como resíduo

infectante.

o Jamais sair do quarto ou área de isolamento com as luvas.

o Nunca toque desnecessariamente superfícies e materiais (tais como telefones, maçanetas, portas)

quando estiver com luvas.

o Não lavar ou usar novamente o mesmo par de luvas (as luvas nunca devem ser reutilizadas).

o O uso de luvas não substitui a higiene das mãos.

o Proceder à higiene das mãos imediatamente após a retirada das luvas.

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Observe a técnica correta de remoção de luvas para evitar a contaminação das mãos:

o Retire as luvas puxando a primeira pelo lado externo do punho com os dedos da mão oposta.

o Segure a luva removida com a outra mão enluvada.

o Toque a parte interna do punho da mão enluvada com o dedo indicador oposto (sem luvas) e retire a

outra luva.

• Óculos ou protetor facial

o Óculos de proteção ou protetores faciais (que cubram a frente e os lados do rosto).

o Devem ser de uso exclusivo para cada profissional responsável pela assistência sendo necessária a

higiene correta após o uso. Sugere-se para a desinfecção, o uso de hipoclorito de sódio ou outro

desinfetante recomendado pelo fabricante do equipamento de proteção.

NÃO se deve circular pelo serviço de saúde utilizando os EPI. Estes devem ser imediatamente removidos após

a saída do quarto, enfermaria ou área de isolamento.

76. QUAL PARAMENTAÇÃO/MÁSCARA/LUVA/AVENTAL DEVO USAR NO SERVIÇO DE HIGIENE E LIMPEZA,

NUTRIÇÃO, MANUTENÇÃO DE HOSPITAIS/SERVIÇOS DE SAÚDE DURANTE CONTATO COM O CASO

SUSPEITO/CONFIRMADO OU AMBIENTE DO MESMO

1. Higiene das mãos frequente com água e sabonete líquido OU preparação alcoólica a 70%;

2. Gorro (para procedimentos que geram aerossóis);

3. Óculos de proteção ou protetor facial;

4. Máscara cirúrgica;

5. Avental;

6. Luvas de procedimentos.

Profissionais da higiene e limpeza, acrescentar luvas de borracha com cano longo e botas impermeáveis de

cano longo.

Observação: Se o profissional sair de um quarto para outro, em sequência, não há necessidade de trocar

óculos/protetor facial, máscara e gorro, somente avental e luvas, além de realizar a higiene de mãos.

NÃO se deve circular pelo serviço de saúde utilizando os EPI. Estes devem ser imediatamente removidos após

a saída do quarto, enfermaria.

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DÚVIDAS RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA AO PACIENTE

77. COMO TRANSPORTAR O PACIENTE SUSPEITO?

Eles deverão utilizar máscara cirúrgica todo o momento, desde a identificação até chegada ao local de isolamento.

Cerifique-se de que a máscara usada pelo paciente cubra o nariz e a boca, e está amarrada. Assegure-se de que não

há espaços entre a face e a máscara.

Nos casos de paciente intubado:

1. Colocar filtro HME na entrada da bolsa valva-máscara (ambu);

2. Todos os que forem acompanhar o mesmo deverão usar óculos de proteção, máscara N95/PFF2, avental

descartável de mangas longas e dois pares de luvas;

3. O trajeto deverá ser fechado à passagem de outras pessoas, sendo sinalizado com cartazes;

4. Imediatamente após a passagem do paciente, a equipe de higiene do setor proveniente do paciente, com

ajuda de outros profissionais designados pelo Serviço de Higiene Hospitalar, deverá aplicar desinfetante

(padronizado pela instituição) com rodo e pano embebido, em todo o local por onde o paciente passar (nas

paredes, portas, maçanetas, peitoril e piso).

78. COMO DEVEMOS PROCEDER NO ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR MÓVEL DE URGÊNCIA E TRANSPORTE

INTERINSTITUCIONAL DE CASOS SUSPEITOS OU CONFIRMADOS

Conforme as informações atuais disponíveis, sugere-se que a via de transmissão pessoa a pessoa do novo coronavírus

(COVID-19) é por secreções respiratórias (gotículas e aerossóis) ou contato. Portanto, deve-se:

1. Melhorar a ventilação do veículo para aumentar a troca de ar durante o transporte;

2. Fechar a ambulância após a saída do paciente. Colocar cartaz identificando o horário da saída do paciente e

seguir a rotina de limpeza após 2 horas da saída do mesmo;

3. Limpar e desinfetar todas as superfícies internas do veículo após a realização do transporte. A desinfecção

pode ser feita com álcool a 70%, hipoclorito de sódio ou outro desinfetante indicado para este fim e seguindo

procedimento operacional padrão definido para a atividade de limpeza e desinfecção do veículo e seus

equipamentos;

4. Realizar higiene das mãos com álcool em gel ou água e sabonete líquido;

5. Notificar previamente o serviço de saúde para onde o caso suspeito ou confirmado será encaminhado.

Observação: Deve-se evitar o transporte interinstitucional de casos suspeitos ou confirmados. Se a transferência do

paciente for realmente necessária, o paciente deve utilizar máscara cirúrgica durante todo o percurso,

obrigatoriamente. O profissional de saúde deve cerificar-se que máscara do paciente cobre o nariz e a boca, e está

amarrada, minimizando os espaços entre a face e a máscara.

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Tabela 4. Recomendação de medidas a serem implementadas para prevenção e controle da disseminação do novo Coronavírus (COVID-19) durante o atendimento pré-hospitalar móvel de urgência.

CASOS SUSPEITOS OU

CONFIRMADOS E

ACOMPANHANTES

1. Usar máscara cirúrgica;

2. Usar lenços de papel (tosse, espirros, secreção nasal);

3. Higiene das mãos frequente com água e sabonete líquido OU

4. Preparação alcoólica a 70%.

PROFISSIONAIS DE

SAÚDE

1. Higiene das mãos com água e sabonete líquido OU preparação alcoólica a 70%;

2. Óculos de proteção ou protetor facial;

3. Máscara cirúrgica;

4. Avental;

5. Luvas de procedimento

6. Gorro (para procedimentos que geram aerossóis)

Observação: os profissionais de saúde deverão utilizar máscaras N95, FFP2, ou

equivalente, ao realizar procedimentos geradores de aerossóis como, por exemplo,

intubação ou aspiração traqueal, ventilação mecânica invasiva e não invasiva,

ressuscitação cardiopulmonar, ventilação manual antes da intubação, coletas de

amostras nasotraqueais.

PROFISSIONAIS DE

APOIO, CASO

PARTICIPEM DA

ASSISTÊNCIA DIRETA

AO CASO SUSPEITO OU

CONFIRMADO / EQUIPE

DA LIMPEZA

1. Higiene das mãos com água e sabonete líquido OU

2. Preparação alcoólica a 70%;

3. Óculos de proteção ou protetor facial;

4. Máscara cirúrgica;

5. Avental;

6. Luvas de procedimento.

Profissionais da higiene e limpeza, acrescentar luvas de borracha com cano

longo e botas impermeáveis de cano longo.

FONTE: GVIMS/GGTES/ANVISA, 2020

79. QUAIS OS PROCEDIMENTOS COM RISCO DE GERAÇÃO DE AEROSSOL?

1. Intubação traqueal;

2. Aspiração traqueal;

3. Uso de ventilação não invasiva;

4. Cânula nasal de alto fluxo;

5. Ressuscitação cardiopulmonar;

6. Ventilação manual antes da intubação;

7. Indução de escarro;

8. Coletas de amostras nasotraqueais e broncoscopias.

Os procedimentos que podem gerar aerossóis devem ser realizados preferencialmente em uma unidade de

isolamento respiratório com pressão negativa e filtro HEPA (High Efficiency Particulate Arrestance). Na ausência desse

tipo de unidade, deve-se colocar o paciente em um quarto com portas fechadas (com janelas abertas) e restringir o

número de profissionais durante estes procedimentos. Além disso, deve-se orientar a obrigatoriedade do uso da

máscara de proteção respiratória (respirador particulado) com eficácia mínima na filtração de 95% de partículas de

até 0,3µ (tipo N95, N99, N100, PFF2 ou PFF3) pelos profissionais de saúde.

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80. COMO DEVE SER CONSTITUÍDO UM ISOLAMENTO PARA OS CASOS SUSPEITOS OU CONFIRMADOS DE COVID-

19?

• O isolamento dos casos suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo coronavírus (COVID-19) deve ser

realizado, preferencialmente, em quarto privativo com porta fechada e bem ventilado.

• Caso o serviço de saúde não disponha de quartos privativos em número suficiente para atendimento

necessário, deve-se proceder com o isolamento por coorte, ou seja, separar em uma mesma enfermaria, ou

área, os pacientes com suspeita ou confirmação de COVID-2019.

• Deverá ser respeitada distância mínima de 1 metro entre os leitos e restringir ao máximo o número de

acessos à área (inclusive de visitantes).

• Os profissionais de saúde que atuarem na assistência direta aos casos suspeitos ou confirmados devem ser

organizados para trabalharem somente na área de isolamento, evitando circulação para outras áreas de

assistência.

• A área estabelecida como isolamento deverá ser devidamente sinalizada, inclusive quanto às medidas de

precaução a serem adotadas: padrão, gotículas e contato ou aerossóis.

• Normas e rotinas de procedimento deverão ser elaboradas e disponibilizadas pelo serviço de saúde a todos os

profissionais envolvidos na assistência aos casos suspeitos ou confirmados de COVID-19.

• A descontinuação das precauções e isolamento deverão ser determinadas caso a caso, e conjunto com as

autoridades de saúde locais, estaduais e federais.

• Os pacientes devem ser orientados a não compartilhar pratos, copos, talheres, toalhas, roupas de cama ou

outros itens com outras pessoas.

81. COMO DEVE SER CONSTITUÍDO UMA COORTE PARA OS CASOS SUSPEITOS OU CONFIRMADOS DE COVID-19?

Considerando a possibilidade de aumento do número de casos, se o hospital não possuir quartos privativos

disponíveis em número suficiente para atendimento de todos os casos suspeitos ou confirmados de infecção pelo

novo coronavírus, deve ser estabelecida a acomodação em coorte, ou seja, separar em uma mesma enfermaria ou

área os pacientes com infecção pelo novo coronavírus.

É fundamental que seja mantida uma distância mínima de 1 metro entre os leitos dos pacientes.

Deve haver uma preocupação de se restringir ao máximo o número de acessos a esta área, inclusive visitantes, com o

objetivo de conseguir um maior controle da movimentação de pessoas, evitando-se o tráfego indesejado e o

cruzamento desnecessário de pessoas e serviços diferenciados.

Os profissionais de saúde que atuam na assistência direta aos casos suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo

coronavírus devem ser organizados para trabalharem somente na área de precauções, não devendo circular para

outras áreas de assistência (coorte de profissionais).

Os pacientes devem ser orientados a não compartilhar pratos, copos, talheres, toalhas, roupas de cama ou outros

itens com outras pessoas.

82. OS CASOS SUSPEITOS OU CONFIRMADOS DE COVID-19 PODEM RECEBER VISITAS?

1. Deve ser limitada a entrada de acompanhantes/visitantes com doença respiratória aguda. Pacientes e

visitantes devem ser orientados a minimizar o risco de transmissão da doença;

2. Proibida visita no período de transmissibilidade;

3. Em casos de extrema necessidade os visitantes deverão utilizar máscara cirúrgica;

4. Crianças menores de 12 anos deverão ter um acompanhante fixo durante a internação. Demais casos serão

discutidos com a clínica e CCIH;

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5. Será autorizada apenas uma visita por dia, por um período de 15 minutos, desde que o mesmo não tenha

acompanhante;

6. O visitante não deverá apresentar nenhum sintoma respiratório/gripal ou pertencer ao grupo de risco

(pessoas maiores de 60 anos, imunossuprimidos e/ou comorbidades);

7. No setor de neonatologia, excepcionalmente nesse período, será permitida a presença de apenas um dos

representantes legais;

8. As visitas estendidas referentes aos projetos de humanização estão suspensas nas unidades de terapia

intensiva adulto;

9. As trocas dos acompanhantes deverão respeitar o período mínimo de 6 horas intervalo;

10. O acompanhante deve:

a. Utilizar EPI adequado;

b. Trocar máscara descartável a cada 2 horas;

c. Receber orientação sobre as rotinas.

83. QUAL A DURAÇÃO DAS PRECAUÇÕES E ISOLAMENTO CONFIRMADOS DE COVID-19?

Até que haja informações disponíveis sobre a disseminação viral após melhora clínica, a descontinuidade das

precauções e isolamento deve ser determinada caso a caso, em conjunto com as autoridades de saúde locais,

estaduais e federais.

Os fatores que devem ser considerados incluem: presença de sintomas relacionados à infecção pelo novo

coronavírus,data em que os sintomas foram resolvidos, outras condições que exigiriam precauções específicas (por

exemplo, tuberculose), outras informações laboratoriais que refletem o estado clínico, alternativas ao isolamento

hospitalar, como a possibilidade de recuperação segura em casa.

Manter precauções de contato e aerossóis para os casos suspeitos e seus contatos (pacientes ambulatoriais,

profissionais e estudantes) até que o paciente esteja assintomático.

Manter medidas de proteção e precaução durante toda a internação ou até a obtenção do resultado de um swab de

nasofaringe de controle negativo para Coronavírus;

84. COMO PROCEDER NO ATENDIMENTO AMBULATORIAL?

1. Estabelecer critérios de triagem para identificação e pronto atendimento dos casos;

2. Orientar os profissionais de saúde quanto às medidas de precaução a serem adotadas;

3. Disponibilizar máscara cirúrgica para os pacientes e acompanhantes e prover condições para higiene das mãos

(água e sabão ou álcool em gel 70%);

4. Casos suspeitos de infecção pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) devem permanecer preferencialmente em

área separada até a consulta ou encaminhamento para o hospital (caso seja necessária a remoção do

paciente);

5. Orientar os pacientes a adotarem as medidas de etiqueta respiratória:

a. Se tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a boca com cotovelo flexionado ou lenço de papel;

b. Utilizar lenço descartável para higiene nasal (descartar imediatamente após o uso e realizar a higiene

das mãos);

c. Evitar tocar mucosas de olhos;

6. Prover lenço descartável para higiene nasal na sala de espera;

7. Prover lixeira com acionamento por pedal para o descarte de lenços de papel;

8. Prover dispensadores com preparações alcoólicas para a higiene das mãos (sob as formas gel ou solução a

70%) nas salas de espera e estimular a higiene das mãos após contato com secreções respiratórias;

9. Prover condições para higiene simples das mãos: lavatório/pia com dispensador de sabonete líquido, suporte

para papel toalha, papel toalha, lixeira com tampa e abertura sem contato manual.

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10. Manter os ambientes ventilados;

11. Eliminar ou restringir o uso de itens compartilhados por pacientes como canetas, pranchetas e telefones;

12. Realizar a limpeza e desinfecção* das superfícies do consultório e de outros ambientes utilizados pelo

paciente;

13. Realizar a limpeza e desinfecção* de equipamentos e produtos para saúde que tenham sido utilizados na

assistência ao paciente;

14. Se houver necessidade de encaminhamento do paciente para outro serviço de saúde, sempre notificar

previamente o serviço referenciado.

*A limpeza se constitui de aplicação de água e sabão para remoção de matéria orgânica, caso necessário. A

desinfecção pode ser feita com álcool a 70%, hipoclorito de sódio ou outro desinfetante indicado para este fim e

seguindo procedimento operacional padrão definido para a atividade de limpeza e desinfecção do ambiente.

85. COMO PROCEDER NA TRIAGEM /CLASSIFICAÇÃO DE RISCO DE CASOS SUSPEITOS?

Garanta que pacientes com sintomas suspeitos de infecção pelo novo coronavírus (COVID-19) ou outra infecção

respiratória não fiquem esperando atendimento entre outros pacientes. Identifique um espaço separado e bem

ventilado que permita que os pacientes em espera sejam separados e com fácil acesso a suprimentos de higiene

respiratória e higiene das mãos.

1. Garanta a triagem e o isolamento rápidos de pacientes com sintomas suspeitos de infecção pelo novo coronavírus

(COVID-19) ou outra infecção respiratória (por exemplo, febre e tosse):

o Garantir que todos os pacientes sejam questionados sobre a presença de sintomas de uma infecção

respiratória ou contato com possíveis pacientes com o novo coronavírus (COVID-19);

o Identificar os pacientes em risco de ter infecção pelo novo coronavírus (COVID-19) antes ou imediatamente

após a chegada ao estabelecimento de saúde;

2. Oriente adequadamente a realização da higiene respiratória e etiqueta da tosse (por exemplo, colocando uma

máscara cirúrgica sobre o nariz e a boca do paciente) e isole o caso suspeito ou confirmado em uma sala:

o Forneça suprimentos para higiene respiratória e etiqueta da tosse, incluindo condições para a higiene das

mãos e forneça máscaras cirúrgicas, nas entradas dos serviços de saúde, salas de espera de pacientes, etc.;

o Oriente sobre a necessidade da higiene das mãos frequente com água e sabonete líquido (40-60 segundos)

OU preparação alcoólica a 70% (20 segundos);

o Oriente que os pacientes e profissionais de saúde evitem tocar olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas;

3. Durante o atendimento, o consultório deve estar com a porta fechada (locais com pressão negativa) ou janelas

abertas e porta fechada (locais sem pressão negativa), e todos os materiais e equipamentos de proteção individual

deverão ficar dispostos do lado de fora;

4. Realize a limpeza e a desinfecção de objetos e superfícies tocados com frequência pelos pacientes e equipes

assistenciais;

5. Oriente os profissionais de saúde a evitarem tocar superfícies próximas ao paciente (ex. mobiliário e equipamentos

para a saúde) e aquelas fora do ambiente próximo ao paciente, com luvas ou outros EPI contaminados ou com as

mãos contaminadas;

6. Oriente os profissionais de saúde e profissionais de apoio a utilizarem equipamentos de proteção individual (EPI)

durante a assistência direta aos pacientes ou que tenham contato com o paciente ou superfícies e materiais/produtos

utilizados por ele e por seus acompanhantes/visitantes:

o Todos os contactantes que estiverem na assistência direta ao caso suspeito devem estar com EPI adequado

(máscara cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção e/ou protetor facial);

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o Se houver situação que gere aerossol, (intubação, sucção, nebulização, ressuscitação cardiorrespiratória,

broncoscopia, endoscopia) ou exposição prolongada, utilizar máscara N- 95/PFF2 e gorro;

o Higienizar as mãos antes e depois do atendimento: usar solução alcoólica nas mãos (álcool gel, solução

alcoólica com clorexidina ou álcool 70%).

86. COMO REALIZAR O SERVIÇO DE DIÁLISE NA POPULAÇÃO GERAL DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19?

Como parte do programa de prevenção e controle de infecção, os serviços de diálise devem definir políticas e práticas

para reduzir a disseminação de patógenos respiratórios contagiosos, incluindo o COVID-19:

1. Disponibilizar perto de poltronas de diálise e postos de enfermagem suprimentos/insumos para estimular a

adesão à higiene respiratória e etiqueta da tosse. Isso inclui lenços de papel e lixeira com tampa e abertura

sem contato manual;

2. Prover condições para higiene das mãos com preparação alcoólica (dispensadores de preparação alcoólica a

70%) e com água e sabonete líquido (lavatório/pia com dispensador de sabonete líquido, suporte para papel

toalha, papel toalha, lixeira com tampa e abertura sem contato manual);

3. Reforçar aos pacientes e aos profissionais de saúde instruções sobre a higiene das mãos, higiene respiratória e

etiqueta da tosse;

4. Os serviços de diálise devem implementar políticas, que não sejam punitivas, para permitir que o profissional

de saúde que apresente sintomas respiratórios seja afastado do trabalho;

5. Todos os pacientes e acompanhantes devem ser orientados a não transitar pelas áreas da clínica

desnecessariamente;

6. Todos os pacientes e acompanhantes devem ser orientados a não compartilhar objetos e alimentos com

outros pacientes e acompanhantes. Permitir a presença de acompanhantes apenas de casos excepcionais ou

definidos por lei;

7. Quando houver suspeita ou confirmação de COVID-19, conforme definição de caso do Ministério da Saúde, o

serviço de diálise deve fazer a notificação do caso suspeito ou confirmado.

87. COMO REALIZAR O SERVIÇO DE DIÁLISE EM CASOS SUSPEITOS/CONFIRMADOS DE COVID-19?

1. Os pacientes devem ser orientados a informar previamente ao serviço de diálise (por exemplo: por ligação

telefônica antes de dirigir-se à clínica -de preferência- ou ao chegar ao serviço, caso apresentem febre e

sintomas respiratórios ou caso sejam suspeitos ou confirmados de apresentarem COVID -19).

2. Os pacientes também devem ser orientados a informar ao serviço caso tenham tido contato com pessoas com

sintomas respiratórios ou com COVID-19 suspeita ou confirmada.

3. Devem ser disponibilizados alertas nas entradas do serviço com instruções para que pacientes informem a

equipe (por exemplo, quando chegarem ao balcão de registro) caso estejam apresentando febre ou sintomas

respiratórios ou caso sejam suspeitos ou confirmados de apresentarem COVID -19.

4. Antes da entrada na área de tratamento, ainda na recepção, deve ser aplicado um pequeno “questionário” a

todos os pacientes com perguntas sobre o seu estado geral, presença de febre ou sintomas respiratórios,

contato prévio com pessoas com febre ou sintomas respiratórios ou com COVID-19 suspeita ou confirmada.

5. Os serviços de diálise devem organizar um espaço na área de recepção/espera para que os pacientes

suspeitos ou confirmados de apresentarem COVID -19 fiquem a uma distância mínima de 1 metro dos outros

pacientes.

6. Devem ser disponibilizadas máscaras cirúrgicas na entrada do serviço para que sejam oferecidas aos pacientes

suspeitos ou confirmados de apresentarem COVID-19, logo na chegada ao serviço de diálise.

7. Os pacientes suspeitos ou confirmados de apresentarem COVID-19 devem ser orientados a utilizar a máscara

cirúrgica de forma adequada e durante todo o período de permanência na clínica.

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8. Pacientes suspeitos ou confirmados de apresentarem COVID-19 devem ser levados para uma área de

tratamento o mais rápido possível, a fim de minimizar o tempo na área de espera e a exposição de outros

pacientes.

9. As instalações devem manter no mínimo 1 metro de separação entre pacientes suspeitos ou confirmados de

apresentarem COVID-19 (usando máscaras cirúrgicas) e outros pacientes durante o tratamento de diálise.

10. Pacientes suspeitos ou confirmados de apresentarem COVID-19 devem preferencialmente ser dialisados em

uma sala separada, bem ventilada e com a porta fechada, respeitando-se a distância mínima de 1 metro:

11. As salas de isolamento de hepatite B podem ser usadas para esses pacientes em diálise apenas se: 1) o

paciente tiver antígeno de superfície da hepatite B positivo ou 2) quando existir a sala, mas o serviço não

possui pacientes com hepatite B.

12. Se não tiver condições de colocar esses pacientes em uma sala separada, os mesmos devem ser dialisados no

turno com o menor número de pacientes, nas máquinas mais afastadas do grupo, e longe do fluxo principal

de tráfego, quando possível. Deve ser estabelecida uma distância mínima de 1 metro entre os pacientes.

13. Caso haja mais de um paciente suspeito ou confirmado de apresentar COVID-19 sugere-se realizar o

isolamento por coorte, ou seja, colocar em uma mesma área, pacientes com infecção pelo mesmo agente

infeccioso. Sugere-se ainda que sejam separadas as últimas sessões do dia para esses pacientes OU, no caso

de haver muitos pacientes com COVID-19 confirmada, o serviço deve remanejar os turnos de todos os

pacientes, de forma a manter aqueles com COVID-19 suspeita ou confirmada dialisando em um turno

exclusivo para esses pacientes (de preferência o último turno do dia). De qualquer forma, deve haver a

distância mínima de 1 metro entre os leitos/poltronas, os pacientes devem utilizar máscara cirúrgica e os

profissionais devem aplicar todas as medidas de precaução (uso de EPI).

a. Essa orientação é importante uma vez que os pacientes com suspeita de COVID-19 podem ainda não

ter o diagnóstico confirmado para essa doença.

b. Atenção!!! A coorte não deve ser realizada entre pacientes com doenças respiratórias de etiologias

diferentes. Por exemplo, pacientes com influenza confirmada e com COVID-19 não devem ficar na

mesma coorte.

14. O serviço de diálise deve avaliar a viabilidade de prestar o atendimento no domicílio do paciente suspeito ou

confirmado de apresentar COVID -19 (caso seja possível).

15. Devem ser definidos profissionais exclusivos para o atendimento dos pacientes suspeitos ou confirmados de

apresentarem COVID -19 (coorte de profissionais).

16. As linhas de diálise e dialisadores utilizados em pacientes suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo

coronavírus (SARS-Cov-2) devem ser descartadas após o uso, não podendo assim ser reaproveitados, nem

mesmo para o próprio paciente.

17. Utilizar produtos para saúde exclusivos para pacientes suspeitos ou confirmados de apresentarem COVID-19

(termômetros, esfigmomanômetros etc). Caso não seja possível, proceder a rigorosa limpeza e desinfecção

após o uso (pode ser utilizado álcool líquido a 70%, desde que os produtos e equipamentos não sejam de

tecidos).

18. Devem ser instituídas as precauções de contato e de gotículas, além das precauções padrão por todos os

profissionais que forem prestar assistência a pacientes suspeitos ou confirmados de apresentarem COVID -19.

Isso inclui, entre outras ações, o uso de:

a. Gorro;

b. Óculos ou protetor facial;

c. Máscara cirúrgica;

d. Aventais descartáveis (principalmente, para iniciar e terminar o tratamento dialítico, manipular

agulhas de acesso ou cateteres, ajudar o paciente a entrar e sair da estação, limpar e desinfetar o

equipamento de assistência ao paciente e a estação de diálise);

e. Luvas.

19. Os pacientes suspeitos ou confirmados de apresentarem COVID -19 devem ser orientados a permanecerem

com a máscara cirúrgica durante toda a sua permanência no serviço.

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20. Após o processo dialítico deve ser realizada uma rigorosa limpeza e desinfecção de toda a área que o paciente

teve contato, incluindo a máquina, a poltrona, a mesa lateral, e qualquer superfície e equipamentos

localizados a menos de um metro da área do paciente ou que possam ter sido tocados ou utilizados por ele.

Importante: Os serviços de diálise devem garantir que o tratamento dialítico continue sendo prestado. Portanto, não

devem se negar a receber pacientes suspeitos ou confirmados de apresentarem COVID -19 ou pacientes que estavam

realizando o tratamento dialítico fora do seu domicílio (no mesmo estado ou em outro estado).

Os pacientes não podem ficar sem receber o tratamento dialítico, dessa forma, cabe ao serviço de diálise ajustar os

seus fluxos para o manejo de casos e seguir as orientações contidas nesta Nota Técnica e nos documentos do

Ministério da Saúde de forma a realizar uma assistência segura para os pacientes e profissionais de saúde.

88. COMO REALIZAR SERVIÇOS ODONTOLÓGICOS DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19?

A assistência odontológica apresenta um alto risco para a disseminação do novo coronavírus, devido à grande

possibilidade de exposição aos materiais biológicos, proporcionada pela geração de aerossóis durante os

procedimentos.

Desta forma, recomenda-se, se não for clinicamente urgente, o dentista deve considerar adiar procedimentos

odontológicos eletivos. Para procedimentos considerados clinicamente urgentes, os profissionais devem tomar uma

série de medidas de modo a prevenir-se de uma possível infecção. A urgência de um procedimento é uma decisão

baseada em julgamento clínico e deve ser tomada caso a caso.

Para atendimento das urgências e emergências, as seguintes medidas devem ser adotadas a fim de reduzir o risco de

contaminação:

1. Realizar frequentemente a higiene das mãos com água e sabonete líquido OU preparação alcoólica (70%),

usar gorro, óculos de proteção ou protetor facial (preferencialmente o protetor facial), avental impermeável,

luvas de procedimento, máscaras N95 (PFF2) ou equivalente.

2. Antes e após a utilização de máscaras deve-se realizar a higiene das mãos com água e sabonete líquido OU

preparação alcoólica (70%). Todos os profissionais envolvidos devem ser orientados sobre como usar,

remover e descartá-las.

3. Deve ser realizada a sucção constante da saliva e se possível trabalhar a 4 mãos (EPI semelhante para ambos).

4. Evitar radiografias intraorais (estimula a secreção salivar e a tosse). Optar pelas extraorais, como a panorâmica

e a tomografia computadorizada, com feixe cônico.

5. Utilizar enxaguatório bucal antimicrobiano pré-operatório. Recomenda-se o uso de agentes de oxidação a 1%

(ex: peróxido de hidrogênio) ou povidona a 0,2% antes dos procedimentos odontológicos, com o objetivo de

reduzir a carga microbiana salivar. A clorexidina pode não ser eficaz. A indicação do bochecho com peróxido

de hidrogênio a 1% é exclusivamente para uso único antes do procedimento, não é recomendado o uso

contínuo desse produto pelo paciente.

6. Em casos em que o isolamento com dique de borracha não for possível, são recomendados dispositivos

manuais, como as curetas periodontais para remoção de cáries e raspagem periodontal, a fim de minimizar ao

máximo a geração de aerossol.

7. Outras medidas para minimizar a geração de aerossol devem ser tomadas como: colocar o paciente na

posição mais adequada; nunca usar a seringa tríplice na sua forma em névoa (spray) acionando os dois botões

simultaneamente; regular a saída de água de refrigeração; usar o dique de borracha sempre que possível;

sempre usar sugadores de alta potência.

8. Esterilizar em autoclave todos os instrumentais considerados críticos, inclusive as canetas de alta e baixa

rotação.

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Ressalta-se que como há a possibilidade de transmissão do novo coronavírus, mesmo em pacientes

assintomáticos e como a assistência odontológica está no topo da pirâmide de profissionais em risco,

recomenda-se que sejam realizados apenas procedimentos de urgência, minimizando os riscos de infecções.

89. COMO REALIZAR SERVIÇOS ODONTOLÓGICOS EM CASOS SUSPEITOS/CONFIRMADOS DE COVID-19?

1. Manter um ambiente limpo e seco irá ajudar a reduzir a persistência do coronavírus nas superfícies.

2. Procedimentos com alta ou baixa rotação devem ser realizados com isolamento absoluto (sempre que

possível), e protetores faciais ou óculos de proteção. Aspiradores de saliva de alta potência podem ajudar a

minimizar o aerossol ou respingos em procedimentos odontológicos.

3. Em casos de pulpite irreversível sintomática, a exposição da polpa deve ser feita, se possível, por meio de

remoção químico-mecânica e uso de isolamento absoluto e sugador de alta potência.

4. Para pacientes com contusão de tecidos moles faciais, devem ser realizados desbridamentos e suturas de

preferência com o fio absorvível. Recomenda-se enxaguar a ferida lentamente e usar o sugador de saliva para

evitar a pulverização.

5. Casos com risco de morte, com lesões bucais e maxilofaciais, devem ser admitidos em hospital imediatamente

e a Tomografia Computadorizada do tórax deve ser prescrita, para excluir suspeita de infecção.

6. Depois do tratamento devem-se realizar os procedimentos de limpeza e desinfecção ambiental. Como

alternativa, os pacientes podem ser tratados em uma sala isolada e bem ventilada ou salas com pressão

negativa.

Em casos excepcionais, segue fluxograma para atendimentos eletivos (Aplicar antes de posicionar o paciente na

cadeira ou na hora da confirmação da consulta):

FONTE: Associação de Medicina Intensiva do Distrito Federal (AMIB-DF), Sociedade de Terapia Intensiva de Goiás (SOTIEGO),

Sociedade Paulista de Terapia Intensiva (SOPATI), Sociedade de Terapia Intensiva do Maranhão (SOTIMA), Associação Brasileira de

Halitose (ABHA), Superior Tribunal da Justiça (STJ) e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), março de 2020.

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Ressalta-se que como há a possibilidade de transmissão do novo coronavírus, mesmo em pacientes

assintomáticos e como a assistência odontológica está no topo da pirâmide de profissionais em risco,

recomenda-se que sejam realizados apenas procedimentos de urgência, minimizando os riscos de infecções.

90. COMO REALIZAR ATENDIMENTO ODONTOLÓGICOS DE PACIENTES CRÍTICOS EM UNIDADES DE TERAPIA

INTENSIVA (UTI) EM CASOS SUSPEITOS/CONFIRMADOS DE COVID-19?

Pacientes com suspeita ou confirmados de infecção pelo novo coronavírus (febre, tosse seca ou dificuldade para

respirar, contato com pessoas com diagnóstico confirmado de COVID-19):

1. Não realizar a oroscopia, a menos que o paciente apresente sinais e sintomas de alterações bucais que gerem

implicações sistêmicas (infecções bucais agudas, lesões em mucosa bucal, sangramento de origem bucal e

travamento mandibular) ou a pedido médico;

2. Em caso de necessidade de abordagem odontológica, utilizar enxaguatório bucal antimicrobiano (peróxido de

hidrogênio a 1%) durante 1 minuto antes de realizar a oroscopia e antes de qualquer procedimento

odontológico;

3. Promover a avaliação e procedimentos odontológicos utilizando gorro, máscara N95 (PFF2) ou equivalente,

protetor facial (face shield), avental impermeável e luvas.

Pacientes sem a suspeita da presença de COVID-19 (lembrar que mesmo assintomática a pessoa pode ser portadora

do vírus):

1. Promover a avaliação e procedimentos odontológicos utilizando gorro, máscara N95 (PFF2) ou equivalente,

protetor facial (face shield), avental impermeável e luvas;

2. Realizar procedimentos odontológicos invasivos apenas quando for caso de urgência;

3. Utilizar enxaguatório bucal antimicrobiano peróxido de hidrogênio a 1% durante 1 minuto antes de realizar a

oroscopia ou antes de qualquer procedimento odontológico.

Observações Gerais:

Para atendimento de pacientes críticos em UTI, além dos cuidados já citados, recomenda-se:

1. Suspender o uso de alta ou baixa rotação e spray de água em procedimentos. Em casos de necessidade

absoluta, os mesmos devem ser realizados em centro cirúrgicos, com o uso de isolamento absoluto,

protetores facias e máscaras N95.

2. Utilizar dispositivos manuais (como as curetas periodontais) para a remoção de cáries e raspagem

periodontais, a fim de minimizar ao máximo a geração de aerossois.

3. Utilizar aspirador descartável em todo atendimento.

4. Utilizar suturas absorvíveis.

5. Evitar radiografias intra-orais.

Pacientes com risco descartado para COVID-19: Manter Protocolo Operacional Padrão - POP de higiene bucal com

clorexidina a 0,12%.

Pacientes confirmados ou com suspeita de COVID-19 que estiverem submetidos à traqueostomia ou intubação

orotraqueal:

1. Aplicar gaze ou swab bucal embebidos em 15ml de peróxido de hidrogênio a 1% ou povidona a 0,2% por 1

minuto, 2 vezes ao dia previamente a higiene bucal com clorexidina visando a redução da carga viral.

2. Utilizar clorexidina 0,12% embebida em gaze ou swab bucal, de 12 em 12 horas visando a prevenção de

Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica - PAV desde o momento da intubação orotraqueal.

3. Pacientes confirmados ou com suspeita de COVID-19 conscientes orientados e em ar ambiente:

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4. Realizar bochecho de 15ml de peróxido de hidrogênio a 1% ou povidona a 0,2% por um minuto, 1 vez ao dia. -

Manter POP de higiene bucal com clorexidina a 0,12%.

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SETORES DE APOIO: LIMPEZA, DESINFECÇÃO, PROCESSAMENTO DE ROUPAS E

RESÍDUOS, NUTRIÇÃO, LABORATÓRIO E SETOR DE EXAMES

91. COMO REALIZAR A LIMPEZA E DESINFECÇÃO DAS SUPERFÍCIES DO LEITO/UNIDADE DO PACIENTE

Não há recomendação diferenciada para a limpeza e desinfecção de superfícies em contato com casos suspeitos ou

confirmados pelo 2019-nCoV. Os princípios básicos para tal ação estão descritos no Manual para a Limpeza e

Desinfecção de Superfícies, da Anvisa, destacando-se:

1. Medidas de precaução, bem como o uso do EPI, devem ser apropriadas para a atividade a ser exercida e

necessárias ao procedimento;

2. Sempre usar EPIs adequados (protetor facial ou óculos de proteção, máscara N95/PFF2, avental de mangas

longas e 2 pares de luvas, sendo um dele de borracha e cano longo);

3. Nunca varrer superfícies a seco, pois esse ato favorece a dispersão de microrganismos que são veiculados

pelas partículas de pó. Utilizar varredura úmida que pode ser realizada com mops ou rodo e panos de limpeza

de pisos;

4. Para a limpeza dos pisos devem ser seguidas técnicas de varredura úmida, ensaboar, enxaguar e secar. Os

desinfetantes com potencial para limpeza de superfícies incluem aqueles à base de cloro, alcoóis, alguns

fenóis e iodóforos e o quaternário de amônio;

5. É recomendado o uso de kits de limpeza e desinfecção de superfícies específicos para pacientes em

isolamento de contato;

6. Todos os equipamentos deverão ser limpos a cada término da jornada de trabalho, ainda com os profissionais

usando EPI e evitando contato com os materiais infectados;

7. A frequência de limpeza das superfícies pode ser estabelecida para cada serviço, de acordo com o protocolo

da instituição;

8. Se o paciente estiver em locais com pressão negativa e filtro HEPA, aguardar até 1 hora após a alta do

paciente para a limpeza;

9. Se estiver em locais sem pressão negativa e filtro HEPA, aguardar 2 horas;

10. Usar os saneantes recomendados nos protocolos institucionais

92. COMO REALIZAR O PROCESSAMENTO DE ROUPAS DOS CASOS SUSPEITOS/CONFIRMADOS DE COVID-19?

Pode-se adotar o mesmo processo estabelecido para as roupas provenientes de outros pacientes em geral, não sendo

necessário nenhum ciclo de lavagem especial. Porém, na retirada da roupa suja deve-se haver mínima agitação e

manuseio, observando as medidas de precaução já citadas anteriormente. Em locais onde haja tubo de queda, as

roupas provenientes dos isolamentos não deverão ser transportadas por esse meio.

Sequência:

No quarto do paciente: colocar saco de lixo preto dentro do hamper, fechar o hamper e colocar dentro de um saco de

lixo branco leitoso, fora do quarto;

1. Fora do quarto do paciente: identificar as roupas para a Lavanderia como ISOLAMENTO CORONAVÍRUS;

2. Na LAVANDERIA: receber as roupas de suspeito de coronavírus e deixar separado. Com paramentação total na

área suja da Lavanderia (máscara cirúrgica, luvas descartáveis não estéreis, óculos de proteção, avental não

estéril de mangas longas e preferencialmente impermeáveis e bota), encher a máquina com roupas de outros

paciente. Após, pegar o saco de roupas do paciente com CORONAVÍRUS, rasgar a parte superior do saco de

lixo, abrir o hamper, rasgar o saco interno e despejar o conteúdo diretamente dentro da máquina, de forma

lenta e sem levantar partículas.

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3. Retirar a luva superior e descartar no saco branco leitoso antes de tocar na máquina lavadora;

4. Ligar a lavadora;

5. Retirar o segundo par de luvas, o avental descartável, o óculos e a máscara e descartar no saco branco;

6. Lavar as mãos e colocar nova paramentação: máscara cirúrgica e luvas de borracha.

93. COMO REALIZAR O TRATAMENTO DE RESÍDUOS PROCEDENTES DOS CASOS SUSPEITOS/CONFIRMADOS DE

COVID-19?

Os resíduos devem ser acondicionados, em sacos vermelhos, que devem ser substituídos quando atingirem 2/3 de sua

capacidade ou pelo menos 1 vez a cada 48 horas, independentemente do volume e identificados pelo símbolo de

substância infectante.

Os sacos devem estar contidos em recipientes de material lavável, resistente à punctura, ruptura, vazamento e

tombamento, com tampa provida de sistema de abertura sem contato manual, com cantos arredondados. Estes

resíduos devem ser tratados antes da disposição final ambientalmente adequada.

94. COMO REALIZAR O PROCESSAMENTO DE PRODUTOS DE SÁUDE EM CASOS SUSPEITOS/CONFIRMADOS DE

COVID-19?

Sempre que possível, equipamentos, produtos para saúde ou artigos utilizados na assistência aos casos suspeitos ou

confirmados de infecção pelo novo coronavírus devem ser de uso exclusivo, como no caso de estetoscópios,

esfigmomanômetro e termômetros. Caso não seja possível o seu uso exclusivo, todos os produtos utilizados nestes

pacientes devem ser limpos e desinfetados ou esterilizados antes de serem utilizados em outros pacientes.

Os materiais que não forem descartáveis deverão ser colocados imediatamente em solução desinfetante (padronizado

pela instituição), no lado de fora do quarto, em caixa fechada com tampa;

Após 30 minutos de imersão, encaminhar em caixa plástica identificada como CORONAVIRUS e com tampa fechada ao

Centro de Materiais e Esterilização (CME) para processamento;

Na CME, iniciar o processo de limpeza e desinfecção com paramentação:

1. Óculos de proteção

2. Máscara N95/PFF2

3. Avental de mangas longas

4. 2 pares de luvas de procedimento.

O processamento deverá ser realizado de acordo com as características, finalidade de uso e orientação dos

fabricantes e métodos escolhidos, uma vez que, até o momento, não há uma orientação especial quanto ao

processamento de equipamentos, produtos para saúde ou artigos utilizados na assistência a casos suspeitos ou

confirmados do novo coronavírus (2019-nCoV).

95. COMO REALIZAR A ENTREGA DE ALIMENTOS AOS PACIENTES COM INFECÇÃO SUSPEITA OU CONFIRMADA

PELO COVID-19?

Entregar dieta no setor, a qual deve ser fornecida ao paciente pelo profissional de enfermagem da unidade; utilizar

materiais descartáveis.

96. COMO PROCEDER NO USO DE SALAS DE EXAMES E SALAS CIRÚRGICAS DURANTE ATENDIMENTO AOS

PACIENTES COM INFECÇÃO SUSPEITA OU CONFIRMADA PELO COVID-19?

Exemplos: Centro Cirúrgico e Sala de exames (RX/Endoscopia/Tomografia, etc)

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1. Se houver necessidade de cirurgia, o paciente deve permanecer na sala cirúrgica após o término do

procedimento, sendo encaminhado diretamente da sala cirúrgica ao setor;

2. A sala cirúrgica deve permanecer fechada durante 2 horas da saída do paciente e após seguir rotina de

limpeza;

3. Somente realizar exames em outras unidades em caso de extrema necessidade. Manter fechado o ambiente

onde o paciente permaneceu, colocar cartaz identificando o horário da saída do paciente da sala e seguir a

rotina de limpeza após 2 horas da saída do mesmo.

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CUIDADOS APÓS A MORTE

97. COMO REALIZAR OS CUIDADOS PÓS-ÓBITO DE PESSOAS COM INFECÇÃO SUSPEITA OU CONFIRMADA PELO

COVID-19?

1. Durante os cuidados com o cadáver, só devem estar presentes no quarto ou área, os profissionais

estritamente necessários (todos com EPI).

2. Todos os profissionais que tiverem contato com o cadáver devem usar: gorro, óculos de proteção ou protetor

facial, máscara cirúrgica, avental impermeável e luvas. Se for necessário realizar procedimentos que geram

aerossol, como extubação, usar N95, PFF2, ou equivalente.

3. Os tubos, drenos e cateteres devem ser removidos do corpo, tendo cuidado especial com a remoção de

cateteres intravenosos, outros dispositivos cortantes e do tubo endotraqueal.

4. Descartar imediatamente os resíduos perfurocortantes em recipientes rígidos, à prova de perfuração e

vazamento, e com o símbolo de resíduo infectante.

5. Recomenda-se desinfetar e tapar/bloquear os orifícios de drenagem de feridas e punção de cateter com

cobertura impermeável.

6. Limpar as secreções nos orifícios orais e nasais com compressas.

7. Tapar/bloquear orifícios naturais do cadáver (oral, nasal, retal) para evitar extravasamento de fluidos

corporais.

8. Acondicionar o corpo em saco impermeável à prova de vazamento e selado.

9. Preferencialmente colocar o corpo em dupla embalagem impermeável e desinfetar a superfície externa do

saco (pode-se utilizar álcool a 70º, solução clorada [0.5% a 1%], ou outro saneante desinfetante regularizado

junto a Anvisa).

10. Identificar adequadamente o cadáver;

11. Identificar o saco externo de transporte com a informação relativa a risco biológico; no contexto da COVID-19:

agente biológico classe de risco 3.

12. Usar luvas descartáveis nitrílicas ao manusear o saco de acondicionamento do cadáver.

13. A maca de transporte de cadáveres deve ser utilizada apenas para esse fim e ser de fácil limpeza e desinfeção.

14. Após remover os EPI, sempre proceder à higienização das mãos.

98. COMO REALIZAR AUTÓPSIA DE PESSOAS COM INFECÇÃO SUSPEITA OU CONFIRMADA PELO COVID-19?

As autopsias em cadáveres de pessoas que morreram com doenças infecciosas causadas por patógenos das categorias

de risco biológico 2 ou 3 expõem a equipe a riscos adicionais que deverão ser evitados. No entanto, quando, por

motivos especiais, a autópsia tiver de ser realizada, deverão ser observadas as seguintes orientações:

1. O número de pessoas autorizadas na sala de autópsia deve ser limitado às estritamente necessárias aos

procedimentos.

2. Devem ser realizados em salas de autopsia que possuam sistemas de tratamento de ar adequados. Isso inclui

sistemas que mantêm pressão negativa em relação às áreas adjacentes e que fornecem um mínimo de 6

trocas de ar (estruturas existentes) ou 12 trocas de ar (nova construção ou reforma) por hora. O ar ambiente

deve sair diretamente para o exterior ou passar por um filtro HEPA. As portas da sala devem ser mantidas

fechadas, exceto durante a entrada e saída.

3. Procedimentos que geram aerossóis devem ser evitados.

4. Considere usar métodos preferencialmente manuais. Caso sejam utilizados equipamentos como serra

oscilante, conecte uma cobertura de vácuo para conter os aerossóis.

5. Use cabines de segurança biológica para a manipulação e exame de amostras menores, sempre que possível.

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6. Os sistemas de tratamento de ar devem permanecer ligados enquanto é realizada a limpeza do local.

7. Os EPIs para os profissionais que realizam a autopsia incluem:

o Luvas cirúrgicas duplas interpostas com uma camada de luvas de malha sintética à prova de corte

o Capote resistente a fluidos ou impermeável;

o Avental impermeável;

o Óculos ou protetor facial;

o Capas de sapatos ou botas impermeáveis;

o Máscaras de proteção respiratória tipo N95 ou superior.

Antes de sair da área de autópsia ou da antecâmara adjacente, retirar o EPI atentamente para evitar a contaminação.

Os resíduos devem ser enquadrados na categoria A1, conforme a RDC 222/2018.

1. Imediatamente após retirar os EPIs, realizar a higienização das mãos.

2. Os EPIs que não são descartáveis, como protetor ocular ou protetor de face, devem passar por processo de

limpeza e posterior desinfecção.

99. COMO REALIZAR TRANSPORTE DO CADAVER COM INFECÇÃO SUSPEITA OU CONFIRMADA PELO NOVO COVID-

19?

1. Quando para o transporte do cadáver, é utilizado veículo de transporte, este também deve ser submetido à

limpeza e desinfecção, segundo os procedimentos de rotina;

2. Todos os profissionais que atuam no transporte, guarda do corpo e colocação do corpo no caixão também

devem adotar as medidas de precaução, que devem ser mantidas até o fechamento do caixão.

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CUIDADOS PESSOAIS

100. SOU PROFISSIONAL DA SAÚDE (MÉDICO, ENFERMEIRO, FISIOTERAPEUTA, FARMACÊUTICO, BIOMÉDICO,

ETC...), COMO DEVO PROCEDER COM MEUS CUIDADOS PESSOAIS

1. Levar somente o essencial para o hospital (crachá, telefone, chave sem chaveiro, algo que não estrague fácil

para comer, álcool gel 70%);

2. Usar ecobag ou qualquer sacola de tecido lavável (que resista à máquina). Na ausência desta, usar sacola

plástica descartável a cada uso;

3. Usar um único par de sapatos, preferencialmente plástico e de fácil lavagem (tipo crocs);

4. Usar preferencialmente a roupa privativa do hospital. Caso o serviço não disponha, trocar de roupa antes de

sair do hospital, colocando a usada na ecobag lavável ou plástica;

5. Sair de casa com roupa que possa ser lavada e seca à máquina;

6. Não usar cinto de couro;

7. Não usar adereços (joias, aliança etc);

8. E o serviço dispões de lavatórios, tomar banho no hospital antes de colocar a roupa para voltar pra casa, ao

tomar banho já lavar o crocs ou sapato plástico;

9. Deixar tudo o que for possível dentro do hospital;

10. Deixar o crocs ou sapato fora de casa ou em área de serviço, se a circulação de pessoas for restrita neste local.

Higienizar a sola do sapato com hipoclorito e depois lavá-lo com água e sabão. Higienizar as mãos após realizar

a limpeza nos calçados;

11. Passar álcool gel nas mãos antes de entrar em casa;

12. Entrar direto na área de serviço (deve ficar aberta) e já colocar a roupa na máquina para ser lavada. No caso da

ecobag de tecido, pode ser lavada junto com a roupa. Objetos da ecobag ficam permanentemente numa

sacola plástica. Ao chegar em casa lavar a ecobag e deixar a sacola plástica dentro do armário exclusivo pra

isso;

13. Deixar a máquina de lavar roupas aberta máquina (para evitar contaminá-la por fora)

14. Telefones e óculos: álcool isopropílico 70% na entrada de casa, limpar após colocar roupas para lavar e após

limpar mãos.

15. Limpar bem sempre que chegar e deixar no tanque. Deixar lá até tomar banho e voltar para pegar e limpar

mais uma vez antes de trazer para dentro de casa

16. Ir direto para o banho, sempre lavar o cabelo, de preferência em banheiro exclusivo e diferente dos demais

familiares;

17. Toalha exclusiva para cada pessoa (de rosto também);

18. Álcool gel na entrada de casa, lavanderia, ao lado do ponto eletrônico, banheiros e mesa da sala.

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CUIDADOS EM INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA -ILPS

101. OS SINAIS E SINTOMAS GERALMENTE APRESENTADOS NA DOENÇA COVID-19

1. Febre (≥37,8ºC); * A Febre pode não estar presente em idosos, imunossuprimidos ou pessoas que utilizaram

antitérmicos, portanto, a avaliação clínica e epidemiológica deve ser levada em consideração. 2. Tosse;

3. Dificuldade para respirar;

4. Dor muscular e fadiga;

5. Sintomas respiratórios superiores;

6. Sintomas gastrointestinais, como diarreia.

102. MEDIDAS GERAIS DE PREVENÇÃO E CONTROLE PARA IMPEDIR A DISSEMINAÇÃO DO VÍRUS EM ILPS

1. Realizar a avaliação/monitoramento periódico de todos os residentes;

2. Higiene das mãos;

3. Orientar a etiqueta da tosse e a higiene respiratória:

a. Prover lenço descartável para higiene nasal dos residentes.

b. Prover lixeira com acionamento por pedal para o descarte de lenços.

c. Orientar os funcionários a ajudarem os idosos com dificuldade a aplicarem as orientações.

d. Afixar cartazes com instruções sobre higiene das mãos, higiene respiratória e etiqueta da tosse nos

acessos e em locais estratégicos da instituição.

103. LIMPEZA E DESINFECÇÃO DAS SUPERFÍCIES, DOS UTENSÍLIOS E PRODUTOS UTILIZADOS PELOS RESIDENTES EM

ILPS

1. No caso da ocorrência de residentes com sintomas respiratórios ou com suspeita (ou confirmação) de

infecção pelo novo coronavírus, a desinfecção de todas as áreas descritas deve ser realizada logo após a

limpeza com água e sabão/detergente neutro (a desinfecção pode ser feita com produtos a base de cloro,

como o hipoclorito de sódio, álcool líquido a 70% ou outro desinfetante padronizado pelo serviço, desde que

seja regularizado junto à Anvisa). Nesse caso, é importante maior atenção à limpeza e desinfecção das

superfícies mais tocadas (ex: maçanetas de portas, telefones, mesas, interruptores de luz, corrimãos e barras

de apoio, etc.) e dormitório, sendo recomendado, no mínimo duas vezes por dia.

2. Deve-se limpar e desinfetar as superfícies que provavelmente estão contaminadas, incluindo aquelas que

estão próximas ao idoso (por exemplo, grades da cama, cadeiras, mesas de cabeceira e de refeição) e

superfícies frequentemente tocadas no ambiente de atendimento ao residente, nos quartos e nos banheiros

dos residentes (por exemplo: maçanetas, vaso sanitários, acionadores de descarga, pias, torneiras, etc).

104. VACINAÇÃO DOS RESIDENTES EM ILPS E CUIDADORES

A Instituição deve contactar a SMS para que a atualização das vacinas e a vacina anti-gripe, seja realizada na

Instituição evitando o deslocamento dos idosos.

105. VISITAS EM ILPS

1. Reduzir, ao máximo, o número de visitantes, assim como a frequência e a duração da visita.

2. Deve ser estabelecido um cronograma de visitas para evitar a aglomerações.

3. Questionar aos visitantes na chegada da instituição sobre sintomas de infecção respiratória (tosse, dificuldade

para respirar, batimento das asas do nariz, entre outros) e sobre contato prévio com pessoas com suspeita ou

diagnóstico de COVID-19.

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4. Não permitir a visita de pessoas que apresentem qualquer sintoma respiratório ou que tiveram contato prévio

com pessoas com suspeita ou diagnóstico de COVID-19.

5. Contraindicar a visita de crianças, pois são possíveis portadores assintomáticos do novo coronavírus.

6. Orientar aos visitantes para realizar a higiene das mãos com água e sabonete líquido OU álcool gel a 70%,

antes da entrada na área dos residentes.

106. ÁREAS COMUNS NAS ILPS

1. Reduzir o tempo dos residentes nas áreas comuns da instituição para evitar aglomerações, garantindo a

distância mínima de 1 metro entre eles. Deve-se estabelecer escalas para a saída dos idosos dos quartos para

locomoção em áreas comuns, banhos de sol, etc.

2. Os idosos com sintomas de infecção respiratória devem utilizar máscaras cirúrgicas (comuns), sempre que

estiverem fora dos quartos e devem realizar essas atividades em horários diferentes dos outros idosos,

quando possível.

3. Servir as refeições, de preferência, nos quartos dos residentes ou escalonar o horário das refeições de forma

que uma equipe possa gerenciar a quantidade de pessoas (mantendo a distância mínima de 1 metro entre

elas), e para proporcionar o intervalo de tempo adequado para a limpeza e desinfecção do ambiente.

107. MANEJOS DE COSOS SUSPEITOS NAS ILPS

1. Adotar Precauções Padrão de precauções para gotículas + precauções de contato no cuidado/atendimento a

todos os residentes suspeitos ou com diagnóstico de COVID-19. Nesse caso, todos os cuidadores/profissionais

que entrarem em contato ou prestarem cuidado aos residentes devem utilizar os seguintes Equipamentos de

Proteção Individual (EPI):

a. Óculos de proteção ou protetor facial;

b. Máscara cirúrgica (comum);

c. Avental;

d. Luvas de procedimentos não estéril.

2. As Precauções Padrão assumem que todas as pessoas podem estar potencialmente infectadas ou colonizadas

por um patógeno que pode ser transmitido no ambiente e devem ser implementadas para todos os casos

suspeitos ou com diagnóstico de COVID-19.

3. Os profissionais e cuidadores que entrarem no quarto dos residentes com infecção suspeita ou diagnóstico

confirmado de COVID-19 devem ser orientados quanto à necessidade do uso de EPI, bem como devem ser

capacitados sobre as técnicas de higiene das mãos, colocação e retirada dos EPIs.

4. Os profissionais da limpeza devem utilizar os seguintes EPI durante a limpeza dos ambientes:

a. Gorro;

b. Óculos de proteção ou protetor facial;

c. Máscara cirúrgica (comum);

d. Avental;

e. Luvas de borracha de cano longo;

f. Botas impermeáveis.

5. O responsável pela ILPI deve disponibilizar todos os EPI necessários, incluindo máscaras N95 ou equivalente,

para os profissionais que forem realizar procedimentos que gerem aerossol.

6. Disponibilizar, próximo a entrada das áreas dos residentes, um local para guarda e colocação dos EPIs.

7. Posicionar uma lixeira perto da saída do quarto dos residentes para facilitar o descarte de EPI pelos

profissionais.

8. Identificar na porta do quarto do residente os tipos de EPIs que são necessários.

9. Manter os residentes com febre ou sintomas respiratórios agudos em seus quartos. Caso precisem sair do

quarto para procedimentos médicos ou outras atividades, devem ser orientados a sempre utilizarem uma

máscara cirúrgica (comum).

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10. O ideal é manter os residentes em quartos individuais. Caso não seja possível, os residentes com sintomas de

infecção respiratória devem ser mantidos em um mesmo quarto ou em áreas próximas.

11. Atentar para as comorbidades que contraindicam o isolamento do paciente em quarto (doenças cardíacas

crônicas descompensadas, doenças respiratórias crônicas descompensadas, doenças renais crônicas

descompensadas, imunossupressores, portadores de doenças cromossômicas com estados de fragilidade

imunológica). Esses casos devem ser monitorados de perto pelos profissionais do serviço, durante as 24 horas,

mantendo-se o devido cuidado com o uso dos EPI e a distância de mais de 1 metro entre os residentes.

12. Realizar limpeza e desinfecção de todos os equipamentos, produtos para saúde e os utensílios utilizados.

13. Sempre que possível providenciar produtos e materiais de uso exclusivo, como termômetros, aparelhos de

pressão, etc. Materiais de uso coletivo devem ser submetidos à limpeza e desinfecção após o uso.

14. Residentes com suspeita ou diagnóstico confirmado de COVID-19 devem ser idealmente alojados em quartos

individuais bem ventilados, com banheiro em anexo (pois há a possibilidade de eliminação do vírus pelas fezes

e alguns pacientes têm apresentado quadros diarreicos).

15. Se possível, deve-se definir profissionais específicos para o atendimento a residentes com quadro suspeito ou

confirmado de COVID-19. Esses profissionais não deverão atender a outros residentes e devem evitar transitar

nos locais onde se encontram os demais residentes, principalmente quando estiverem usando os EPI. Os EPI

só devem ser utilizados enquanto os profissionais estiverem no atendimento direto aos pacientes com

suspeitos ou confirmados.

16. As roupas, incluindo lençóis, toalhas e cobertores, de residentes com quadro suspeito ou confirmado de

COVID-19 devem ser lavadas separadamente das roupas dos demais residentes. Deve ser utilizado

sabão/detergente para lavagem e algum saneante com ação desinfetante como, por exemplo, produtos a

base de cloro. Devem ser seguidas as orientações de uso dos fabricantes dos saneantes. Na retirada da roupa

suja deve haver o mínimo de agitação e manuseio. As roupas devem ser retiradas do quarto do residente e

encaminhadas diretamente para a máquina de lavar, dentro de saco plástico. Os profissionais devem usar EPI

para esse procedimento.

17. Se houver necessidade de encaminhamento do residente com suspeita de COVID- 19, para um serviço de

saúde, notificar previamente ao serviço.

108. PROFISSIONAIS E CUIDADORES DAS ILPS

1. As ILPIs devem implementar políticas de licença médica, que não sejam punitivas, para permitir que

profissionais e cuidadores que apresentem sintomas de infecção respiratória fiquem em casa.

2. Profissionais e cuidadores que tenham contato com pessoas com sintomas de infecções respiratórias ou

contato com pessoas sabidamente com COVID-19, fora da instituição, também não devem ter contato com os

residentes ou circular nas mesmas áreas que estes.

3. Orientar os funcionários para a realização correta e frequente da higiene das mãos.

4. Fornecer orientações atualizadas sobre a COVID-19 para profissionais/cuidadores e familiares sobre a COVID-

19, reforçando a necessidade da adoção de medidas de prevenção e controle dessas infecções.

5. Restringir a visita de profissionais que prestam serviços periódicos e voluntários, como, por exemplo,

cabeleireiros, podólogos, grupos religiosos, etc. Caso seja estritamente necessário, a ILPI deve certificar-se

que nenhuma dessas pessoas apresente sintomas de infecção respiratória, antes de mesmo de que essas

pessoas entrem em contato com os idosos.

109. OUTRAS ORIENTAÇÕES PARA ILPS

1. Suspender a realização de atividades coletivas e festividades.

2. Orientar os residentes sobre a COVID-19 e reforçar as medidas de prevenção da doença.

3. Os residentes devem ser orientados a não compartilhar cortadores de unha, alicates de cutícula, aparelhos de

barbear, pratos, copos, talheres, toalhas, roupas de cama, canetas, celulares, teclados, mouses, pentes ou

escovas de cabelo, etc.

4. Eliminar ou restringir o uso de itens de uso coletivo como controle de televisão, canetas, telefones, etc.

5. Manter todos os ambientes ventilados, incluindo os quartos dos residentes.

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6. Orientar os residentes, profissionais e cuidadores a evitar tocar nos olhos, no nariz e na boca.

7. Orientar os visitantes que informem à ILPI, caso sejam classificados como suspeitos ou confirmados de

apresentarem a COVID-19, ou seja, caso desenvolvam sintomas após terem realizado visita à ILPI para que os

residentes que tiveram contato com esse visitante sejam monitorados e colocados no isolamento adequado.

8. Não guardar travesseiros e cobertores dos residentes juntos uns dos outros, mantê-los sobre as próprias

camas ou em armário individual.

110. TRATAMENTO DE RESÍDUOS

1. Os resíduos provenientes dos cuidados com residentes suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo

coronavírus (COVID-19) devem ser enquadrados na categoria A1, conforme Resolução RDC/Anvisa nº 222, de

28 de março de 2018 (disponível em

http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/3427425/RDC_222_2018_.pdf/c5d3081d- b331-4626-8448-

c9aa426ec410).

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