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Organizações e Normas

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Organizações e Normas

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Sumário 1 – SURGIMENTO DA ORGANIZAÇÃO COMO CIÊNCIA .................................................................... 4

AS CONDIÇÕES DOS TRABALHADORES DAS FÁBRICAS: .......................................................... 5

MONITORAMENTO DO ESTUDO ..................................................................................................... 5

2 - PRECURSORES DAS MODERNAS ORGANIZAÇÕES ................................................................... 6

MODELOS DE PRODUÇÃO NAS EMPRESAS: ................................................................................ 7

MONITORAMENTO DO ESTUDO ..................................................................................................... 8

3 - TIPOS DE ORGANIZAÇÂO ............................................................................................................... 8

ORGANIZAÇÃO LINEAR .................................................................................................................... 8

ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL ............................................................................................................ 8

ORGANIZAÇÃO LINHA STAFF .......................................................................................................... 9

MONITORAMENTO DO ESTUDO ..................................................................................................... 9

4 – EMPRESAS, ENTIDADES E CLASSIFICAÇÕES ............................................................................ 9

EMPRESA ........................................................................................................................................... 9

CLASSIFICAÇÃO DAS EMPRESAS .................................................................................................. 9

MONITORAMENTO DO ESTUDO ................................................................................................... 11

6 – O TRABALHADOR NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL ...................................................................... 12

DURAÇÃO DO TRABALHO ............................................................................................................. 12

MONITORAMENTO DO ESTUDO: .................................................................................................. 16

7 – SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO ................................................................................. 16

8 – CIPA E BRIGADA DE COMBATE A INCÊNDIO ............................................................................ 20

Objetivo ............................................................................................................................................. 20

BRIGADA DE COMBATE A INCÊNDIO ........................................................................................... 21

RECOMENDAÇÕES BÁSICAS ........................................................................................................ 21

SISTEMA DE ESPUMA E RESFRIAMENTO ................................................................................... 21

CONHECIMENTO DO PROBLEMA ................................................................................................. 22

COMPONENTES DO TETRAEDRO DO FOGO .............................................................................. 22

TETRAEDRO DO FOGO = COMBUSTÍVEL+ COMBURENTE+ REAÇÃO EM CADEIA+ CALOR 23

AGENTES EXTINTORES ................................................................................................................. 23

MONITORAMENTO DO ESTUDO ................................................................................................... 24

9 – NORMALIZAÇÃO ............................................................................................................................ 25

ÓRGÃOS NORMATIVOS ................................................................................................................. 25

SISTEMÁTICA PARA ELABORAÇÃO DE UMA NORMA ................................................................ 26

ESTRUTURA E NORMAS ................................................................................................................ 27

ISO (INTERNACIONAL ORGANIZATION OF STANDARDIZATION) .............................................. 27

NORMAS ISO 9000 – versão 2000 .................................................................................................. 27

ISO 9000: ORGANISMOS DO BRASIL ENVOLVIDOS ................................................................... 28

ORGANISMOS DE CERTIFICAÇÃO................................................................................................ 28

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OBTENÇÃO DA CERTIFICAÇÃO .................................................................................................... 28

PARA O CLIENTE E A SOCIEDADE ............................................................................................... 29

CERTIFICAÇÃO................................................................................................................................ 29

AUDITORIAS .................................................................................................................................... 29

MONITORAMENTO DO ESTUDO ................................................................................................... 30

10 – CREA ............................................................................................................................................. 30

MONITORAMENTO DO ESTUDO ................................................................................................... 33

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1 – SURGIMENTO DA ORGANIZAÇÃO COMO CIÊNCIA Antes da Revolução Industrial já se tinha notícia da existência de empresas. Eram empresas pequenas, geralmente constituídas por famílias e sem uma divisão de trabalho bem estabelecida. Nelas, as pessoas se dedicavam principalmente à agricultura e a confecção de utensílios que precisavam para a casa e o trabalho. Com o surgimento da máquina a vapor, os processos de produção antes manuais, passaram a ser mecânicos, assim a produção aumentou cada vez mais. Criou-se, então, uma espécie de círculo de desenvolvimento: novas invenções aumentavam a produção e com isso surgiram cada vez mais investidores de capital em novas invenções. Foi o início da Revolução Industrial, na Inglaterra, no século XVIII. A partir daí, as coisas foram mudando rapidamente: começaram surgir grandes fábricas que concentravam o trabalho especializado dos trabalhadores. Ao redor das fábricas foram formando-se grandes cidades, pois os trabalhadores preferiam morar perto do trabalho. Muita gente deixou a agricultura para trabalhar nas fábricas, fato que ficou conhecido como Êxodo Rural. Como conseqüência a produção agrícola diminuiu, criando entre outros inúmeros problemas de alimentação. A divisão do trabalho começou a ser aplicada de forma cada vez mais intensa: houve a separação entre a agricultura e a indústria; cada indústria passou a se dedicar a apenas uma ou poucas tarefas. No campo, o trabalhador de modo geral, continuou a desempenhar várias tarefas: preparar a terra, plantar e fazer colheita. Houve uma mudança radical. O trabalho artesanal foi substituído por tarefas cada vez mais especializadas. A partir de então, a sobrevivência de cada um passou a depender do trabalho dos outros, o comércio se expandiu, a economia centralizou-se no dinheiro. Enquanto, antes, o trabalhador era proprietário dos próprios instrumentos de trabalho, agora as instalações industriais passaram a pertencer a poucas pessoas, os capitalistas. O trabalhador passou a vender a sua força de trabalho e a trabalhar em troca de salário. À medida que as empresas começaram a crescer, os proprietários aumentavam suas preocupações com o bom funcionamento das indústrias. Não bastava reunir os operários em um determinado local para que eles trabalhassem e fabricassem os produtos industrializados, Era preciso muito mais dôo que isso. Muitas questões começaram a serem discutidas: - Quantas horas diárias devem os empregados trabalhar? Onde colocar as máquinas? Como aumentar a produção? Como controlar a produção? Como controlar os trabalhadores? Como melhorar a qualidade dos produtos? Como administrar a empresa? A discussão dessas questões fez com que surgissem especialistas na organização das empresas: pessoas que se dedicavam ao estudo da organização com o objetivo de torná-la mais eficiente, isto é, alcançar maiores e melhores resultados a custos mais baixos. O TRABALHO NAS FÁBRICAS ERA DESUMANO, AS MULHERES TRABALHAVAM 18 HORAS POR DIA NAS FÁBRICAS.

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As crianças trabalhavam de 14 a 16 horas nas fábricas e apanhavam dos capatazes. Eles castigavam as crianças que dormissem ou brincassem no serviço. Os castigos eram: -Limar os dentinhos das crianças; -Colocar de cabeça para baixo nas cisternas para que elas não dormissem em serviço. As cidades cresceram e as chaminés funcionavam 24 horas por dia.

AS CONDIÇÕES DOS TRABALHADORES DAS FÁBRICAS: - Trabalhavam de 16 a 18 horas por dia; - Os salários eram baixos; - Não tinham direito a férias; - As fábricas eram sujas e barulhentas; - O Patrão era implacável e sedento por lucro; MONITORAMENTO DO ESTUDO

1. Quais as conseqüências do surgimento das máquinas?

2. De que forma a divisão do trabalho foi se manifestando?

3. Quais as principais mudanças que a Revolução Industrial trouxe para o trabalhador?

4. O que foi o Êxodo Rural?

5. Que fato ocorreu à medida que as empresas começaram a crescer?

6. Que tipo de empresas havia antes da Revolução Industrial?

7. Como podemos explicar a especialização das tarefas?

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2 - PRECURSORES DAS MODERNAS ORGANIZAÇÕES Somente a partir de 1900 começaram a surgir os primeiros estudos sobre métodos e processos de organização. Dentre os vários autores desses estudos, podemos destacar os mais importantes: FREDERICK WINSLOW TAYLOR:

Engenheiro norte-americano (1865-1915). Desenvolveu novos processos de fabricação do aço e aperfeiçoou sistemas como, por exemplo, o da cronometragem, que permite a medição do tempo de execução de um trabalho. Foi aprendiz, operário-mecânico e engenheiro-chefe. Deu grande importância à administração da produção, preocupando-se com a supervisão e a eficiência dos operários. A melhoria da produtividade do trabalhador, segundo Taylor, permite a elevação dos salários. Taylor foi um dos precursores da moderna Teoria Administrativa. Em 1911, publicou o livro: Princípios da Administração Científica.

HENRY FAYOL:

Engenheiro e administrador francês (1841-1925). Além de preocupar-se com aspectos da produção, Fayol fez da Administração uma abordagem mais ampla que a de Taylor. As considerações de Fayol sobre a função administrativa merecem ainda hoje, especial atenção. Fayol publicou, em 1916, o livro: Administração Industrial e Geral. HENRY FORD: Empresário americano (1863-1947).

De acordo com Ford, todo trabalho repetido ou repetitivo pode ser realizado em linha ou série. O princípio básico defendido por Ford é o do ritmo. Segundo este princípio, devemos abreviar o tempo de realização de um trabalho pela simplificação das operações e do mais adequado aproveitamento das máquinas, criando, assim, um ritmo de produção contínuo e satisfatório. Henry Ford criou em sua empresa as linhas de montagem que permitiram a produção em série dos famosos automóveis Ford.

FÁBRICA DA LINHA DE MONTAGEM DA FORD

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A Linha de montagem da Ford T, tinha dois princípios básicos: -O trabalho deveria ser trazido ao homem e não o homem ao trabalho. E o trabalho deveria ser trazido, ao homem na altura da cintura. MODELOS DE PRODUÇÃO NAS EMPRESAS: a) TAYLORISMO- Taylor foi o pai da administração científica. Características do Taylorismo: - A gerência planeja e o operário cumpre as ordens; - Garantir o aumento da produtividade; -Repressão a "vadiagem do trabalhador", ou seja, quando o trabalhador diminuía o ritmo do trabalho significava para o empresário perder dinheiro; -Não havia sentimento de trabalho em equipe; -O trabalhador era um mero realizador de tarefas; -Produção em massa; -Cronometragem para maior produtividade; b) FORDISMO- modelo de produção em massa na indústria automobilística. Características do Fordismo: -Separação das atividades - o trabalhador só sabia fazer uma etapa do trabalho (alienação do funcionário); -Em 1914 seus funcionários trabalhavam 8 horas e ganhavam cinco dólares por um dia de trabalho na linha de montagem; -Ford pagava um bom salário para que seus funcionários gastassem seu ordenado consumindo seus produtos no mercado; -Não havia garantia de emprego, portanto a demissão era constante; -A informação significava poder, portanto não poderia ser compartilhada por seus funcionários; -O ritmo de trabalho era controlado pela velocidade da linha de produção. O funcionário precisava ser ágil em sua tarefa. c) TOYOTISMO- originou-se na Toyota Motor Company com o engenheiro Taichi Ohno. Características do Toyotismo: -Em 1914 com a crise econômica a família Toyota deixou a presidência da fábrica. Os funcionários se reuniram e introduziram melhoramentos na empresa, em troca receberam o direito de emprego vitalício com rendas e lucros participativos. -Trabalho em equipe, os funcionários analisavam os problemas e sugeriam novas metodologias trabalhistas; -O processo de comunicação é ampliado; -Humanização nas relações trabalhistas; -"Sistema just in time", ou seja, produzir o necessário na quantidade necessária e no momento necessário; -Personificação dos produtos- fabricavam os produtos de acordo com o gosto de seus clientes; -Mecanização flexível; -Multifuncionalização de mão-de-obra, pois todos sabiam fazer o projeto; -Sistema de qualidade total através de palestras. d) VOLVISMO- produtor sueco Volvo criou a organização como cérebros. Características do Volvismo: -Flexibilidade criativa -Produção diversificada e de qualidade -Internacionalização de produção -Treinamento quatro meses mais três de aperfeiçoamento e ao final de dezessete meses o operário estava apto a montar um automóvel; -Produção manual e alto grau de automação causando um aumento da produtividade; -Redução de custos -45% da mão-de-obra são femininas.

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MONITORAMENTO DO ESTUDO 1) Quando surgiram os primeiros estudos sobre métodos e processos de administração? 2) Quais são os nomes mais importantes nesses primeiros estudos? 3) Taylor deu grande importância à administração da produção. Qual era a sua preocupação? 4) Quem foi o autor do livro Administração Industrial e Geral? 5) Qual o princípio básico defendido por Ford? 6) Explique em que consiste o princípio do ritmo? 7)Qual dos precursores da Organização criou as linhas de montagem? 8)O que era no Toyotismo o "Sistema Just in time"? 9)Como era a produção no Volvismo? 10)Por que Ford pagava um bom salário aos seus empregados?

3 - TIPOS DE ORGANIZAÇÂO

Existem muitas formas de se organizar uma empresa e, dependendo do tipo e do objetivo da empresa, umas podem ser melhores que outras. Na verdade, o importante não é como se organiza e sim os resultados que se obtêm da organização. ORGANIZAÇÃO LINEAR É um dos mais antigos tipos de organização. Baseou-se na organização militar e na organização religiosa. Sua idéia principal é que exista uma linha direta de autoridade e responsabilidade entre um chefe e seu subordinado. As principais características da organização LINEAR são: Autoridade linear, ou seja, a autoridade de um chefe sobre seu subordinado é sempre indiscutível; Comunicação formal; isso quer dizer que se, por exemplo, um subordinado de um setor precisar de algo de outro setor, o pedido precisa ser feito por seu chefe ao chefe do outro setor por escrito (ou por via equivalente); As decisões são centralizadas, o que significa que a autoridade máxima é concentrada no topo da escala hierárquica. Em empresas muito grandes, esse poder de decisão vai sendo distribuído por níveis; Forma de pirâmide. Representa o afunilamento do poder dentro da empresa, ou seja, o número de chefes diminui à medida que vai se chegando aos mais altos cargos. ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL Baseia-se no princípio de especialização das funções. Para a organização funcional, a empresa é dividida em setores especializados, capazes de resolver rapidamente os problemas de sua competência. Por exemplo, se alguém necessita de informações técnicas para solucionar qualquer defeito, pode requisitar os serviços de reparo diretamente ao responsável por tal manutenção, não precisando consultar seu chefe direto. A tomada de decisões e as ações corretivas são agilizadas. A autoridade e o poder de decidir ficam divididos e passam a depender do conhecimento específico de cada um.

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ORGANIZAÇÃO LINHA STAFF É uma mistura dos modelos de organização Linear e Funcional. Na organização Linha Staff, a empresa possui órgão de linha (de execução) e órgãos de assessoria (de apoio, especializados). Suas características são: Os órgãos são hierarquizados linearmente e recebem assessoria constante de apoio; A comunicação pode ser formal ou direta; Os órgãos são separados de acordo com seu estilo de organização (LINEAR OU STAFF), cada um se dedica a suas tarefas específicas. A autoridade de um não interfere na autoridade do outro. MONITORAMENTO DO ESTUDO 1) Cite os tipos de organização: 2) Qual o tipo mais antigo de organização? 3) Cite duas características da Organização Linear: 4) O que é comunicação formal? 5) Em que se baseia a organização do tipo Funcional? 6) O que representa a forma de pirâmide? 7) Como a empresa deverá ser dividida quando seu tipo de organização é Funcional?

4 – EMPRESAS, ENTIDADES E CLASSIFICAÇÕES EMPRESA DEFINIÇÃO: Organismo econômico onde os fatores da produção são organizados para a produção de bens e serviços. CLASSIFICAÇÃO DAS EMPRESAS Quanto ao tipo de propriedade: Públicas: são empresas geridas com capital público, provindos de impostos pagos pela coletividade. Tem por objetivo prestar serviços públicos fundamentais à coletividade como: saneamento básico, segurança pública, educação, saúde, pavimentação de vias públicas etc. Privadas: são empresas de propriedade particular, ou seja, de indivíduos (pessoas físicas) ou de grupos (pessoas jurídicas). Seu objetivo é produzir bens (produtos) ou prestar serviços a fim de obter lucro suficiente para remunerar o capital investido por seus sócios. Daí sua finalidade lucrativa. Empresas de Economia mista: são empresas formadas com parte do capital público, onde o governo é majoritário, possuindo a maior parte das ações e o restante pertencente a particulares (pessoas físicas ou jurídicas).

COMLURB- PÚBLICA PETROBRAS-MISTA UNIBANCO-PARTICULAR

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Podemos ainda citar: ENTIDADE: São instituições sem fins lucrativos, como associações religiosas, clubes esportivos, organizações não governamentais (na maioria das vezes mantidas com doações de países da comunidade internacional), condomínios etc. COOPERATIVAS: que é um meio para que um determinado grupo de indivíduos atinja objetivos específicos, através de um acordo voluntário para cooperação recíproca. Uma cooperativa se diferencia de outros tipos de associações de pessoas por seu caráter essencialmente econômico, sendo sua finalidade colocar produtos e serviços de seus cooperados no mercado, em condições mais vantajosas do que os mesmos teriam isoladamente. Algumas características são: Cooperados não recebem salário, recebem produtividade proporcional a sua participação de trabalho na cooperativa; Contribuem para a previdência social; Não haverá subordinação hierárquica. SIMPLES NACIONAL: É um regime tributário, diferenciado, simplificado e favorecido previsto pela Lei complementar nº 123, de 14/12/2006, aplicado a microempresas e empresas de pequeno porte(EPP), a partir de 01/07/2007. Consideram-se ME, para efeito do SIMPLES NACIONAL, o empresário, pessoa jurídica ou a esta equiparada que aufira em cada ano calendário receita bruta inferior a R$ 240000,00. Considera-se EPP as que têm receita bruta superior a R$ 240000,00.Para fins de enquadramento na condição de ME ou EPP, deve-se considerar o somatório de todos os estabelecimentos.Para mais informações pode-se consultar : www8.receita.fazenda.gov.br/simples nacional. Quanto ao tamanho: Empresas Grandes: são empresas que possuem grandes instalações físicas e muitos empregados. Requerem uma estrutura organizacional composta de vários níveis hierárquicos de administração (especialização vertical) e de vários departamentos (especialização horizontal). A sua direção é entregue a profissionais de administração. Empresas médias: são aquelas que possuem instalações físicas de porte médio, possuindo de 100 a 150 empregados. Empresas pequenas: são aquelas que têm poucos empregados e também pequenas instalações. Microempresas: são aquelas individuais abaixo de determinado tamanho, isentas de determinados impostos e com um faturamento máximo estabelecido de acordo com as normas da legislação em vigor. Atualmente temos também o EMPREENDEDOR INDIVIDUAL: pessoa que trabalha por conta própria e se legaliza como pequeno empresário. È necessário faturar no máximo trinta e seis mil reais por ano, não ter participação em outra empresa como sócio ou titular, podendo ter um empregado contratado que receba salário mínimo ou piso da categoria. A Lei complementar nº 128 de 19/12/2008 criou condições para o trabalhador conhecido como informal possa se tornar um empreendedor individual legalizado ao custo mensal de R$ 52,15 (comercio e industria) e de R$ 56,15 ( prestação de serviços). Alguns dos benefícios serão: cobertura previdenciária, isenção de taxas para registro da empresa, acesso a serviços bancários, inclusive créditos. ( Poderão haver mudanças de acordo com a legislação em vigor) De acordo com a atividade desenvolvida: Primárias ou extrativas: são as empresas que se dedicam às atividades agropecuárias ou extrativas (vegetais, animais e minerais), como as fazendas agropecuárias, empresas de mineração, perfuração de poços e extração de petróleo, constituem o setor primário da cadeia do processo produtivo, que vai da sua extração á sua posterior industrialização.

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Secundárias ou de transformação: são as empresas que produzem bens físicos por meio da transformação de matérias-primas, através do trabalho humano com o auxílio de máquinas, ferramentas e equipamentos. È o caso das indústrias em geral, construção civil, usinas em geral. Terciárias ou prestadoras de serviços: são empresas especializadas em serviços como o comercio, bancos, financeiras, empresas de comunicação e propaganda, de consultoria jurídica, contábil, hospitais, escolas, diversão e entretenimento, turismo etc. Seu objetivo é prestar serviços, seja para a comunidade (quando são empresas estatais), seja para um determinado mercado ou para obtenção de lucro (particulares ou privadas). Quaternárias: surgiu com o advento da tecnologia da informação, composta por profissionais que se utilizam softwares para exercer suas atividades, como médicos, dentistas, advogados, etc. e também pelas empresas que atualmente só funcionam com a utilização desta tecnologia, como bancos, lojas de departamentos em geral, indústrias e outras. OBSERVAÇÃO: Temos ainda as empresas terceirizadas, cujo objetivo principal não é apenas a redução de custos, mas também trazer agilidade, flexibilidade e competitividade à empresa, sendo, portanto, uma decisão estratégica visando a modernização das relações empresariais. MONITORAMENTO DO ESTUDO 1) O que é Empresa? 2) Como podemos classificar as empresas quanto à propriedade? 3) Qual a diferença entre empresas públicas e empresas privadas? 4) O que são empresas de Economia Mista? 5) Cite a diferença entre empresas públicas e empresas privadas. 6) Como podem ser classificadas as empresas quanto ao tamanho? 7) De que forma as cooperativas se diferenciam das demais associações de pessoas? 8) Cite três características das cooperativas. 9) Qual o principal objetivo das empresas terceirizadas? 10) De onde provem os recursos das empresas públicas? 11) Como podem ser as empresas de acordo com a atividade desenvolvida? 12) Cite exemplos de empresas terciárias. 13) O que é o SIMPLES NACIONAL? 14) Qual a diferença entre ME e EPP? 15) Classifique as empresas abaixo de acordo com a propriedade, tamanho e atividade desenvolvida: PETROBRAS S.A. EMBRATUR ECT MINERADORA SANTO ANDRE LTDA. OFICINA MECANICA PARAFUSO LTDA. ME COMLURB GRANJA GALO BRANCO ME FUNDAÇÃO CRISTO REDENTOR LOJAS AMARICANAS S.A. EMPRESA PESQUEIRA PEIXE BOM

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6 – O TRABALHADOR NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL A Constituição Brasileira assegura aos trabalhadores urbanos e rurais uma série de Direitos Fundamentais além de outros que visem à melhoria de sua condição social. A seguir vamos conhecer uma síntese desses direitos fundamentais do trabalhador brasileiro: DURAÇÃO DO TRABALHO JORNADA DE TRABALHO: a duração do trabalho normal não pode ser superior a oito horas diárias e 44 semanais, sendo permitida a compensação de horários e a redução da jornada de trabalho, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho. Para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento a jornada normal é de seis horas, salvo negociação coletiva. HORAS EXTRAS: além do limite fixado para a jornada normal de trabalho, o serviço extraordinário será remunerado em 50% a mais do valor normalmente pago. A CLT não permite a realização de mais de duas horas extras por dia. Somente nos casos de necessidade imperiosa, poderão a duração de o trabalho ultrapassar os limites fixados. Essas exceções só se justificam: 1 – Por motivo de força maior é o acontecimento inevitável em relação à vontade do empregador e para o qual este não contribuiu de modo direto ou indireto. 2 – Por motivo de realização de serviço inadiável: é aquele cuja não execução provocaria prejuízo manifesto. BANCO DE HORAS: (Lei 9601/98) : o banco de horas é uma ferramenta muito importante que visa proporcionarão empregador e ao empregado uma flexibilização na relação de emprego, de modo que, em razão da variação econômica e de mercado ou necessidade maior de produção ou de serviço, não onere a folha de pagamento e tampouco comprometa o emprego, desde que observadas as exigências legais que são: Previsão em Convenção ou acordo coletivo de trabalho; Aprovação de empregados devidamente representados pelo Sindicato da categoria; Jornada máxima diária de 10 horas; Compensação das horas dentro de um prazo máximo de um ano; Deve ser mantido pela empresa o controle individual do saldo do banco de horas; Pagamento do saldo de horas excedentes não compensadas no prazo máximo de um ano ou quando da rescisão do contrato de trabalho; Em trabalhos insalubres ou perigosos, a instituição do banco de horas depende de autorização expressa de autoridade competente em matéria de segurança e higiene do trabalho do Ministério do Trabalho. TRABALHO NOTURNO: considera-se noturno o trabalho executado entre as 22 horas de um dia e às 5 horas do dia seguinte. O trabalho noturno será remunerado em 20% a mais do que o horário diurno. A hora de trabalho noturno será computada como de 52 minutos e 30 segundos. SALÁRIO MÍNIMO: quantia mínima devida e paga nacionalmente pelo empregador a todo empregado. Esse salário deve ser capaz de atender às necessidades básicas do trabalhador e de sua família, como: moradia, alimentação, vestuário, educação, saúde, higiene, lazer, transporte e previdência social. Deverá ser reajustado periodicamente de modo a preserva-lhe o poder aquisitivo. PISO SALARIAL: a cada categoria profissional pode ser fixado um limite mínimo de remuneração proporcional à extensão e complexidade do trabalho exercido. VALE TRANSPORTE: constitui benefício que o empregador antecipará ao trabalhador para utilização efetiva em despesas de deslocamento residência-trabalho e vice-versa. O empregador que proporcionar por meios próprios ou contratados, em veículos adequados ao transporte coletivo o deslocamento de seus trabalhadores, está desobrigado do Vale-Transporte. Para passar a receber o vale-transporte o empregado deverá informar ao empregador por escrito: - seu endereço residencial - os serviços ou meios de transporte mais adequados ao seu deslocamento residência-trabalho e vise-versa. - número de vezes utilizados no dia para o deslocamento residência/trabalho/residência.

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- O Vale transporte será custeado pelo beneficiário, na parcela equivalente a 6% do seu salário base, excluído quaisquer adicionais ou vantagens; - pelo empregador no que exceder à parcela referida no item anterior. IRREDUTIBILIDADE DO SALÁRIO: o salário do trabalhador, na vigência do contrato de trabalho, não pode ser reduzido salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo, firmado entre as categorias de trabalhadores e respectivos patrões. DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO: é a remuneração anual que a empresa paga ao empregado como gratificação natalina. Essa remuneração corresponde a 1/12 do salário de dezembro, multiplicado pelo número de meses de serviços prestados naquele ano. Para efeito de calculo, considera-se mês integral a fração igual ou superior a 15 dias de trabalho. REPOUSO SEMANAL: o trabalhador tem direito a um descanso semanal de 24 horas consecutivas, que deve ser remunerado, e coincidir, preferencialmente com os domingos. FÉRIAS: todo empregado tem direito anualmente, ao gozo de férias, sem prejudicar seu salário. A remuneração das férias deve corresponder a, pelo menos, 1/3 a mais do que o salário normal. O tempo que o empregado leva para adquirir esse direito denomina-se período aquisitivo, tendo a duração de 12 meses. Após cada período de 12 meses da vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias na seguinte proporção: 30 dias corridos se não faltou ao serviço mais de cinco vezes; 24 dias corridos, se possuir de 6 a 14 faltas; 18 dias corridos, se possuir de 15 a 23 faltas; 12 dias corridos, se possuir de 24 a 32 faltas. As férias deverão ser concedidas ao empregado nos 11 meses seguintes do período concessivo. Esse prazo que o empregador possui para conceder as férias é denominado período concessivo. Se as férias não forem concedidas dentro desse período, o empregador pagará em dobro a referida remuneração das férias. FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço): depósito bancário obrigatório realizado no valor percentual de 8% sobre o salário do empregado. Os levantamentos dos depósitos do FGTS podem ser realizados em diversas hipóteses previstas em lei, durante, ao término e após o término do contrato de trabalho. APOSENTADORIA: é assegurado ao trabalhador que contribui para a previdência social (INSS) o direito de aposentadoria. Atualmente poderão usufruir o direito à aposentadoria por tempo de contribuição: o trabalhador homem com 35 anos de contribuição e a mulher com 30 anos de contribuição. A idade mínima para requerer aposentadoria proporcional é de 53 anos para os homens e 48 anos para as mulheres. Para aposentadoria integral, levando-se em conta o fator previdenciário a idade será de 65 anos para os homens e 60 anos para as mulheres. É necessário observar que a cada dia somos informados de reformas na Lei da aposentadoria. As dúvidas poderão ser tiradas pelo portal da Previdência Social na Internet ou nas Agencias da Previdência Social. TRABALHO DA MULHER: A Constituição prevê a criação de incentivos específicos previstos em lei, destinados à proteção do mercado de trabalho da mulher. Determina que a mulher tenha direito a licença-gestante, com a duração, sem prejuízo do emprego e do salário de 120 dias. Ao pai foi conferida licença paternidade, que é atualmente de cinco dias corridos. Este benefício será concedido igualmente aos pais que fizerem adoção legal. TRABALHO DO MENOR: considera-se menor todo trabalhador de 14 a 18 anos de idade. É proibido o trabalho do menor de 14 anos, salvo na condição de aprendiz, e a todo menor é proibido o trabalho noturno, perigoso ou insalubre. TRABALHADOR DOMÉSTICO: aos trabalhadores domésticos (cozinheiras, babás, caseiros, arrumadeiras etc.) estão assegurados todos os direitos dos demais trabalhadores, com exceção do FGTS e horas extras.

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AVISO-PRÉVIO: consiste na notificação pela qual à parte que deseja encerrar a relação de trabalho comunica antecipadamente a sua decisão à outra. A duração do aviso-prévio será de acordo com a forma de pagamento do salário. Se for pagamento mensal, o aviso será de 30 dias, se for semanal, oito dias. As empresas estão substituindo o aviso-prévio, pela comunicação de dispensa, pois na maioria das vezes dispensam o empregado de cumprir o período. AVISO PRÉVIO TRABALHADO: ele transforma-se em saldo salarial Ex.: se você for demitido no dia 01 do mês de janeiro terá que trabalhar até o dia 30 desse mês, tendo direito de sair 2 horas mais cedo durante os trinta dias ou faltar durante os últimos 7 dias consecutivos. Essa opção você fará no momento que tomar ciência que está sendo demitido com aviso trabalhado. AVISO PRÉVIO INDENIZADO: é uma indenização equivalente ao último salário que você recebia e mais os dias que você trabalhou. Ex.: Se você for demitido no dia 20 de algum mês, você recebe esses 20 dias e a indenização de mais um salário sem desconto algum. SEGURO DESEMPREGO: é garantido ao trabalhador em caso de desemprego involuntário, desde que o trabalhador tenha trabalhado na empresa, por no mínimo seis meses. O valor e o número de parcelas a serem pagas, serão determinados de acordo com a legislação vigente. As parcelas a serem pagas, serão: De seis meses a 11 meses – 3 parcelas De um ano a um ano e 11 meses – 4 parcelas. Mais de 24 meses – 5 parcelas. O valor das parcelas será igual à média dos salários recebidos nos últimos três meses trabalhados, tendo um teto máximo que é estipulado pela Previdência Social. SALÁRIO FAMÍLIA: Será devido mensalmente ao segurado (empregado), na proporção dos filhos que tiver (inclusive adotivos) até 14 anos de idade ou inválidos (qualquer idade). A empresa adiantará os valores a serem pagos, que serão compensados pelo INSS. Os valores serão determinados pela previdência social, sofrendo mudanças a cada ano. SINDICATO: consiste na associação profissional devidamente reconhecida, a qual compete à defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria que representa, inclusive em questões judiciais ou administrativas. ACORDO: ocorre acordo quando o empregado e empregador combinam amigavelmente uma forma de encerrar o contrato de trabalho. O acordo, portanto, é o resultado do ajuste entre as partes que, mutuamente, consentem com seus termos. Em regra, o acordo precisa ser homologado (aprovado) judicialmente para evitar prejuízos a direitos fundamentais do trabalhador. Nos casos de acordo não é permitida a utilização do FGTS. PEDIDO DE DEMISSÃO: ocorre quando o empregado por sua própria vontade decide romper o contrato de trabalho. Nessa hipótese, deve o empregado comunicar ao empregador sua decisão, oferecendo-lhe aviso-prévio. O empregado demissionário terá direito ao 13º salário e as férias, proporcionalmente ao período trabalhado. Entretanto, não poderá sacar livremente os depósitos do FGTS. COMUNICADO DE DISPENSA: A empresa tem o prazo de dez dias úteis para fazer a homologação da rescisão do contrato de trabalho. Se o empregado tiver menos de um ano de casa, a homologação poderá ser feita na própria empresa. Se tiver mais de um ano, somente no Sindicato de Classe ou em Delegacia Regional do Trabalho. Caso não o faça no prazo previsto em lei, deverá pagar multa ao empregado de mais um salário mensal. DESPEDIDA ARBITRÁRIA: a relação de emprego está protegida contra a despedida sem justa causa, isto é por despedimento que não está baseado em fundamentos legais contra o empregado, como por exemplo: embriaguez, condenação criminal, mau procedimento ofensivo a moral e aos bons costumes, abandono de emprego, ofensas físicas etc. Ocorrendo despedida arbitrária, o trabalhador fará jus à indenização compensatória, que corresponde a 40% do montante dos depósitos do FGTS, além de outros direitos.

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DEMISSÃO POR JUSTA CAUSA- o funcionário poderá ser demitido por justa causa quando incorrer em quaisquer das hipóteses previstas no art. 482 da CLT.

1. Ato de improbidade: atentado contra o patrimônio do empregador no geral (furtar

qualquer coisa da empresa);

2. Incontinência de conduta, ligado bastante à moral; exibição com meretrizes, gente

sem respeitabilidade ou mau procedimento: tudo ligado à imagem da pessoa que seja

negativo aos bons costumes;

3. Negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e

quando constituir ato de concorrência à empresa, inclusive gerando prejuízo ao

empregador. (imagine concorrência desleal por parte do empregado para com o patrão

- inclusive pode-se citar-se um exemplo: de um locutor que trabalha em uma rádio

num horário e vai depois trabalhar em outra que seja concorrente desta);

4. Condenação criminal, caso não tenha havido suspensão da execução da pena;

5. Desídia no desempenho das funções (falta de interesse, comparecimento impontual,

ausências, produção imperfeita);

6. Embriaguez habitual ou em serviço;

7. Violação de segredo da empresa;

8. Ato de indisciplina ou de insubordinação (desobediência);

9. Abandono de emprego;

10. Ato lesivo da honra ou forma praticado no serviço contra qualquer pessoa ou

ofensas físicas nas mesmas condições, com exceção de legítima defesa;

11. Ato lesivo da honra ou da boa forma ou ofensas físicas praticadas contra o

empregador, salvo legítima defesa;

12. Prática de jogos de azar.

Documentos que deverão ser entregues ao trabalhador, na homologação: CTPS, atualizada e com a baixa do contrato de trabalho. Recibo de rescisão com os valores: dos dias trabalhados, domes do aviso-prévio, 13º proporcional, férias proporcionais mais 1/3 de abono (dos valores pagos, serão feitos os descontos do INSS, IR, adiantamentos etc.). Guias para movimentação do FGTS. Senha Guias para dar entrada no seguro desemprego. Depósito da indenização compensatória. PIS/PASEP: Recebem abono de um salário mínimo os que estiverem inscritos há mais de cinco anos no programa e tenham recebido até dois salários mínimos, pelo menos durante 30 dias no ano anterior, desde que tenham trabalhado com carteira assinada. Os demais terão direito a dividendos. Possibilidade de utilização das cotas: Aposentadoria, invalidez permanente, reforma militar ou transferência para a reserva, câncer do titular ou seus dependentes, portador do vírus HIV, morte do trabalhador (saque pelos dependentes).

ADICIONAL DE INSALUBRIDADE: é devido quando o empregado estiver exposto

à agente nocivo à saúde, acima dos limites de tolerância. O adicional de insalubridade

corresponde a 10, 20 ou 30% sobre o salário – base – (em 4/7/08), conforme o grau de

insalubridade (mínimo, médio ou máximo - este grau é designado pelo perito).

PERICULOSIDADE: é um acréscimo de 30% sobre o salário devido quando o

trabalhador na sua atividade tiver contato permanente com inflamáveis, ou explosivos

em condições de risco acentuado. Também é devido a trabalhadores que prestem

serviços em setor de energia elétrica.

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OBS: Os adicionais de insalubridade e periculosidade não serão cumulativos. Existe ainda, porém pouco conhecido o adicional de penosidade, que atualmente por jurisdição, está incluído no adicional de insalubridade. . MONITORAMENTO DO ESTUDO: 1) Cite três direitos fundamentais dos trabalhadores brasileiros, assegurados pela Constituição Federal. 2) Qual deve ser a jornada normal de trabalho? 3) Como deverão ser pagas as horas extraordinárias? 4) No que consiste o princípio de igualdade salarial? 5) Em que consiste o 13º salário? 6) Qual deve ser a remuneração do empregado durante as férias? 7) Em que consiste o FGTS? 8) Quais os trabalhadores que têm direito a aposentadoria? 9) Quais são os tipos básicos de despedimento? 10) Qual o percentual de acréscimo ao trabalho noturno. 11) Quais os trabalhadores que tem direito de receber o abono do PIS? 12) Quando o trabalhador terá direito de receber o salário família? 13) O que é comunicado de dispensa? 14) Quais os documentos que deverão ser entregues ao trabalhador, por ocasião da homologação? 15) Em que consiste o banco de horas? 16) Qual será a jornada diária máxima permitida pelo regime do Banco de horas? 17) O que é adicional de periculosidade? 18) O que é adicional de insalubridade? 19) Os adicionais de insalubridade e periculosidade são cumulativos? Justifique: 20) Cite 2 causas que podem justificar uma demissão por justa causa:

7 – SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO Setor de Segurança do Trabalho, igualmente ligada à área de Recursos Humanos é normalmente incumbida de dar suporte, as CIPAS, legalmente instituídas de promover através da Engenharia de Segurança, cursos e também fiscalizar o uso e a aplicação de dispositivos e normas de segurança que procuram proteger o operário. Introdução: Segurança é uma questão de atividade do trabalhado que beneficia o próprio trabalhador. São pequenas mudanças em nossos hábitos, que nos ajudam a prevenir vários acidentes. O que é um acidente?

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Acidente é um acontecimento inesperado. E pode causar: Perda de tempo, ferimento, danos materiais, doenças etc. Quase sempre, o acidente é causado por atos inseguros e condições inseguras. No entanto, pode ser evitado por meio de Prevenção de Acidentes. Isto é, corrigindo-se os atos e as condições inseguras. Evitar acidentes do trabalho é salvaguardar vidas. Ou prejuízos para, o trabalhador, a empresa, a sociedade e o país. Causas dos Acidentes de Trabalho: Conceito Legal de Acidente do Trabalho: "Acidente de trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho, a serviço da empresa, provocando lesão corporal, perturbação funcional ou doença que cause a morte ou a perda ou a redução permanente ou temporária da capacidade para o trabalho". Conceito Prevencionista de Acidente do Trabalho: "Acidente do trabalho é a ocorrência não programada, inesperada, que interfere ou interrompe o processo normal de uma atividade, trazendo como conseqüência isolada ou simultânea, perda de tempo, danos materiais e lesão ao homem". Consideram-se como acidentes de trabalho: Doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade. Equiparam-se ao Acidente de Trabalho: O acidente ligado ao trabalhado que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a morte do empregado, para a perda ou a redução de sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação. Causas dos Acidentes: Ato inseguro: é o modo como uma pessoa se expõe, conscientemente ou inconscientemente a riscos de acidentes. Ex: Deixar de usar Equipamentos de Proteção Individual; Efetuar limpeza, lubrificação ou reparos em máquinas em movimento; Improvisar ferramentas; Desrespeitar sinalizações; Condições Inseguras: é aquela que figura como condição do ambiente e que poderá ter sido evitada, com proteções coletivas. Ex: Máquinas sem proteção Ferramentas defeituosas; Instalações elétricas inadequadas ou defeituosas. Acidente sofrido no local e no horário de trabalho em conseqüência de: Ato de agressão, sabotagem ou terrorismo; ofensa física intencional, inclusive de terceiros, por motivo de disputa relacionada com trabalho; ato de pessoa privada do uso da razão; desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos decorrentes de força maior, Doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício do trabalho.

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Acidente sofrido, ainda que fora do local de trabalho: Na execução de ordem ou realização de serviços sob autoridade da empresa; na prestação espontânea de qualquer serviço a empresa evitar prejuízo ou proporcionar proveito; em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo, quando financiados por esta, dentro dos seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra, independentes do meio de locomoção utilizado, inclusive veiculo de propriedade do empregado; nos períodos destinados à refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local de trabalho ou durante este. CAT - Comunicação de Acidente de Trabalho Deverá ser emitida toda vez que acontecer um acidente de trabalho. Os acidentes de trabalho podem ser: de percurso/ horário- aquele que acontece no trajeto de casa para o trabalho e vice-versa. de trabalho- aquele que acontece dentro do seu trabalho. A CAT deve ser emitida pelo empregador, mas caso ele não queira fornecê-la ao trabalhador, o sindicato poderá assinar.

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL: O EPI é todo equipamento, de uso pessoal, destinado a evitar lesões aos trabalhadores, ou seja, proteger sua integridade contra os riscos de acidentes e ou doenças profissionais. Proteção da Cabeça: Capacete de segurança – Para trabalhos onde existam riscos de queda de material sobre a cabeça, ou evitar impactos contra estruturas.

Observação: Usar capacete com jugular para trabalhos em altura. capacete com abafador

óculos de proteção Proteção dos olhos, face, respiratórios: Óculos de segurança – Para trabalhos que possam causar ferimentos nos olhos, provenientes de impacto de partículas. Deve ser utilizado de acordo com o tipo de obra.

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Protetores Faciais - Estes equipamentos protegem o rosto e os olhos para serviços de cortes, esmerilhamentos e linchamentos de peças. Observação: Deve ser utilizado de forma conjugada com o capacete. Protetores Respiratórios – Esse equipamento é usado em funções em que exista mofo, pó, alta concentração de produtos químicos. É indicado pelo setor de segurança, conforme exposição de agentes agressivos.

Proteção dos ouvidos: Protetores auditivos – podem ser de dois tipos:

Abafador de ruído;

Protetor auricular. Proteção das mãos e dos braços: Luvas – Existem muitos modelos. Um para cada tipo de risco. Para trabalhadores elétricos, por exemplo, usar somente luvas especiais e feitas com material isolante adequado para a tensão em uso. Ex: Luva de pano para lançamento de cabos; Luva de vaqueta para serviços com calhas e ferragens; Luva isolante para trabalhos com eletricidade.

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Proteção dos Pés: Sapatos de segurança – Calçar sempre para proteção dos pés. Com biqueira de aço, para movimentação de pelas pesadas. Com biqueira de PVC se sem partes metálicas, em serviços elétricos. Cinto de Segurança: É obrigatório em alturas superiores a 2m. O cinto deve ser utilizado com talabarte duplo e fixado em ponto seguro, acima da cabeça.

8 – CIPA E BRIGADA DE COMBATE A INCÊNDIO Objetivo A CIPA tem por objetivo precípuo a prevenção de doenças e acidentes do trabalho, mediante controle dos riscos presentes no ambiente, nas condições e na organização do trabalho, de modo a obter a permanente compatibilização do trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde dos trabalhadores. Organização: As empresas privadas, públicas, sociedades de economia mista, instituições beneficentes, associações recreativas, bem como outras instituições que admitam trabalhadores como empregados ficam obrigadas a organizar e manter em regular funcionamento a CIPA. Para fins de dimensionamento da CIPA, deve-se ler a Norma Regulamentadora nº5. Composição: A CIPA será constituída por duas representações, sendo uma composta por membros indicados pelo empregador e outra por trabalhadores. Os componentes da representação dos trabalhadores serão eleitos em escrutinei secreto, conforme as normas estabelecidas nesta NR ou com aquelas estipuladas em outras NR. . Os componentes da CIPA não poderão exercer mais que dois mandatos consecutivos, cada um com a duração de um ano. O empregador designara entre os representantes, o Presidente da CIPA, e os representantes dos trabalhadores designarão, dentre eles, o Vice-Presidente. A CIPA terá um secretário e seu respectivo substituto que serão escolhidos, dentre seus membros em acordo com a representação do empregado e do empregador. Haverá na CIPA, tantos suplentes quantos forem os representantes titulares, sendo a suplência especifica de cada titular e pertencendo ao mesmo setor.

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Organizada a CIPA, a mesma devera ser registrada no órgão regional do Ministério do Trabalho, até dez dias após a eleição. Deveram constar cópias das atas da eleição e da instalação e posse, contendo o calendário anual das reuniões ordinárias da CIPA, constando dia, mês, hora e local de realização das mesmas. BRIGADA DE COMBATE A INCÊNDIO DEFINIÇÃO: é uma organização interna, de uma empresa, formada por seus funcionários, com preparo e treinamento, para atuar com rapidez e eficiência em casos de princípio de incêndio e executar medidas básicas de primeiros socorros e salvamento, visando à preservação da vida, do meio ambiente e do patrimônio da empresa. RECOMENDAÇÕES BÁSICAS 1. Treinamento periódico e prático das técnicas de combate a incêndio, primeiros socorros e salvamento (com profissionais habilitados). 2. O atestado de formação de Brigada de Incêndio deve ser assinado por profissional habilitado, conforme legislação em vigor. 3. Deve haver elaboração de um plano de ação da brigada, inclusive considerando a possibilidade de abandono do prédio. 4. Divulgar aos demais funcionários o sistema de trabalho da Brigada, bem como os procedimentos adequados em caso de incêndio. 5. Deve haver uma comunicação rápida para o acionamento dos brigadistas. Estabelecer um ponto de encontro comum a todos. 6. A brigada deve ser composta para atendimento em todos os turnos de trabalho da empresa. 7. No combate a incêndio, a brigada deve utilizar sempre equipamentos de proteção individual adequados.

SISTEMA DE ESPUMA E RESFRIAMENTO Sistema de espuma: sistema ativo de proteção contra fogo, Empregando-se aparatos hidráulicos, para aplicação de espuma mecânica sobre a superfície incendiada, visando à extinção do fogo, através de abafamento. Sistema de resfriamento: sistema ativo de proteção contra o fogo, empregando-se aparatos hidráulicos para aplicação de água, visando resfriar uma superfície aquecida, auxiliando na extinção do fogo. Ambos os sistemas tem por objetivo proteção e combate a incêndios em líquidos e gases inflamáveis e ou combustíveis. A espuma mecânica pode ser aplicada por meio de: esguichos lançadores (com mangueira de incêndio); canhões monitores; aspersores fixos e câmara de espuma fixa. O resfriamento pode ser aplicado por meio de esguicho regulável (com mangueiras de incêndio); canhões monitores e nebulizadores fixos. Deve haver manutenção constante das bombas de incêndio, tubulações, mangueiras de incêndio e demais aparatos.

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Os esguichos lançadores de espuma, os proporcionadores de linha, os esguichos reguláveis e o extrato formador de espuma (EFE), devem ser em quantidades suficientes para os riscos a serem protegidos e distribuídos em locais de fácil acesso aos brigadistas. Verificar a dosagem de espuma (proporcionador) conforme o líquido inflamável ou combustível do tanque é do tipo EFE (3% ou 6%). Verificar se o local de armazenamento EFE é adequado (local fixo, arejado e sem umidade). A brigada de incêndio deve ser treinada e capacitada para operar os sistemas fixos, semifixos e portáteis, de aplicação de espuma e resfriamento, Os sistemas devem ser bem sinalizados. No combate a incêndio a brigada deve usar sempre equipamentos de proteção individual adequadas. CONHECIMENTO DO PROBLEMA Conceitua-se INCÊNDIO como a presença de fogo em local não desejado e capaz de provocar, além de prejuízos materiais: quedas, queimaduras e intoxicações por fumaça. O FOGO, por sua vez, é um tipo de queima, combustão ou oxidação; resulta de uma reação química em cadeia, que ocorre na medida em que atuem os componentes do tetraedro do fogo. TEORIA DA COMBUSTÃO Combustão é um processo de oxidação rápida auto sustentada, acompanhada da liberação de luz e calor, de intensidades variáveis. Os principais produtos da combustão e seus efeitos à vida humana são: Gases (CO, HCN, CO2, HCL, SO2, NOX etc, todos tóxicos; Calor (pode provocar queimaduras, desidratação, exaustão etc.); Chamas (se tiver contato direto com a pele podem provocar queimaduras); Fumaça (a maior causa de morte nos incêndios, pois prejudica a visibilidade, dificultando a fuga). Para que ocorra a combustão são necessárias: Material oxidável (combustível); Material oxidante (comburente); Fonte de oxidação (energia ou calor); Reação em cadeia. COMPONENTES DO TETRAEDRO DO FOGO a)Combustível é o material oxidável (sólido, líquido ou gasoso) capaz de reagir com o comburente (em geral o oxigênio) numa reação de combustão. b)Comburente é o material gasoso que pode reagir com um combustível, produzindo a combustão. c)Ignição é o agente que dá início ao processo de combustão, introduzindo na mistura combustível/comburente, a energia mínima inicial necessária. d)Reação em cadeia é o processo de sustentabilidade da combustão, pela presença de radicais livres, que são formados durante o processo de queima do combustível. Sintetizando:

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TETRAEDRO DO FOGO = COMBUSTÍVEL+ COMBURENTE+ REAÇÃO EM CADEIA+ CALOR As fontes de ignição mais comuns nos incêndios são: chamas, superfícies aquecidas, fagulhas, centelhas e arcos elétricos (além dos raios que são uma fonte natural de ignição). De acordo com o material consumido, os incêndios podem pertencer às seguintes classes: A – em materiais sólidos fibrosos, tais como: madeira, papel, tecidos etc. que se caracterizam por deixar após a queima, resíduos como carvão e cinzas. B – Incêndios em líquidos e gases inflamáveis, ou em sólidos que se liquefazem para entrar em combustão: gasolina, GLP, parafina etc. C – Incêndios que envolvem equipamentos elétricos energizados: motores, geradores, cabos etc. D – Incêndios em metais pirofóricos, tais como: Magnésio, Titânio, Potássio, Zinco, Sódio etc. AGENTES EXTINTORES É preciso conhecer, identificar bem o incêndio que se vai combater, antes de escolher o agente extintor ou equipamento de combate ao fogo. Um erro na escolha de um extintor pode tornar inútil o esforço de combater as chamas; ou pode piorar a situação aumentando ainda mais as chamas, espalhando-as, ou criando novas causas de fogo (curtos circuitos). Os principais agentes extintores são: Água na forma líquida (jato ou neblina) Espuma mecânica (a espuma química foi proibida) Gases e vapores inertes (CO2, N, vapor d’água). Pó químico Agentes halogenados (e respectivos alternativos). Pó ABC - Fosfato de Mono amônio

CLASSE DE INCÊNDIO

EXTINTOR DE ÁGUA

EXTINTOR DE CO2

EXTINTOR DE PÓ QUÍMICO

EXTINTOR ABC

A- materiais sólidos

usar Usar só no início usar usar

B- líquidos e gases inflamáveis

Não usar em jato direto (apenas para resfriar a área)

usar usar usar

C- equipamentos elétricos

Não usar Usar Pode usar, porém danifica o equipamento

usar

OBS: Os incêndios de classe D têm o seu extintor específico. Para cada tipo de material pirofórico é utilizado um extintor apropriado, que poderá agir por abafamento ou diluição. Nunca se devem utilizar extintores de água ou espuma para extinção deste tipo de classe.

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MONITORAMENTO DO ESTUDO 1) A que está ligado o setor de Segurança no trabalho e qual o seu objetivo? 2) O que é Segurança? 3) O que é acidente e o que pode causar? 4) Qual o conceito legal de Acidente do Trabalho? 5) O que é considerado Acidente do Trabalho? 6) Qual a finalidade da CAT? 7) O que é Ato Inseguro? Cite dois exemplos: 8) O que são Condições Inseguras? Cite dois exemplos: 10) Cite e explique os tipos de classes de incêndio. 11) O que é EPI? 12) Cite duas recomendações básicas para a Brigada de combate a incêndio. 13) Qual a diferença entre os sistemas de espuma e de resfriamento? 14) Quais os componentes do Tetraedro do fogo? 15) Para que a Brigada de Incêndio deverá ser treinada? 16) O que os brigadistas deverão usar para combater o incêndio? 17) Qual a diferença entre fogo e incêndio? 18) Qual o objetivo da CIPA? 19) Quais são os representantes da CIPA? 20) O que é combustão? 21) Qual a maior causa de morte nos incêndios? 22) Cite exemplos de gases tóxicos. 23) O que é necessário para que ocorra combustão? 24) O que é ignição? 25) Que nome recebe o processo de sustentabilidade da combustão?

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9 – NORMALIZAÇÃO Normalizar é especificar, unificar e simplificar. Toda norma deve atender, simultânea e harmoniosamente a três requisitos: Especificação: descrever com precisão as características do objeto a ser normalizado, de modo que impeça dúvida e assegure qualidade; Unificação: escolher entre várias características aquelas mais usadas e mais convenientes, a fim de permitir uso polivalente; Simplificação: significam eliminar as variedades de objetos considerados inúteis para as necessidades presentes. Objetivos da normalização: Substituir vários objetos empregados para uma mesma finalidade por um único; Limitar a quantidade de especificação para um mesmo objeto. Vantagens da normalização: a)Facilidade de interpretação e da comunicação; b)Aumento da quantidade fabricada que possibilita, como conseqüência: -Uso de processo e métodos aperfeiçoados; - Redução de custo; -Melhoria da qualidade. c) Intercâmbio das peças; d) Diminuição dos estoques através de: -Facilidade de encontrar no mercado aquilo de que necessita; -Diminuição da variedade de produtos mais ou menos semelhantes; - Facilidade de estocagem, por serem conhecidas às especificações (dimensões, peso etc.). ÓRGÃOS NORMATIVOS No Brasil, a Associação Brasileira das Normas Técnicas (ABNT) é o grande Fórum Nacional de Normalização. O principal objetivo é garantir o consenso dos envolvidos direta e indiretamente na elaboração das Normas. SINMETRO: Sistema Nacional de metrologia, Normalização e Qualidade. O entrosamento das Normas Técnicas Nacionais no cenário econômico e industrial brasileiro vem conquistando posição de destaque, ressaltando a integração com a política nacional de desenvolvimento. É integrado por entidades públicas ou privado que exerçam as referidas atividades. Tem a finalidade de reformular a política nacional de metrologia, normalização industrial e certificada de qualidade de produtos industriais. CONMETRO: Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade. É o órgão normativo do sistema. INMETRO: Instituto Nacional de Metrologia e Qualidade Industrial. É o órgão executivo do sistema, cabe-lhe executar a política de metrologia legal, científica e industrial, de normalização e de certificação de qualidade dos produtos industriais de acordo com as diretrizes baixadas pelo CONMETRO. Com relação às atividades de normalização, destacam-se as seguintes resoluções e recomendações deliberadas pelo CONMETRO: Definição de norma brasileira; Aprovação de diretriz para o preparo e a apresentação de normas brasileiras; Atribuição ao INMETRO de tarefas de classificar e/ou registrarem as normas; Classificação dos níveis das normas brasileiras (NBR1, NBR2, NBR3, NBR4).

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NBR1 – NORMAS COMPULSÓRIAS: De uso obrigatório em todo território nacional. NBR2 – NORMAS REFERENDADAS: De uso obrigatório para o Poder Público e serviços públicos concedidos. NBR3 – NORMAS REGISTRADAS: Normas voluntárias que venham a merecer registro no INMETRO, de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo CONMETRO. NBR4 – NORMAS PROBATÓRIAS: Em fase experimental, com vigência limitada, registrada no INMETRO, de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo CONMETRO. O principal objetivo da ABNT é garantir o consenso dos envolvidos direta e indiretamente, na elaboração ou revisão de normas, assim como, para atingir esse objetivo a ABNT conta com os Comitês Brasileiros (CB) OBS: ONS – Organismo de normalização Setorial (ABNT/ONS) é um organismo. CB- Comitê Brasileiro (ABNT/CB) é um órgão da estrutura da ABNT com superintendente eleito pelos sócios da ABNT, nele inscritos, com mandato de 2 anos, permitidas duas reeleições. SISTEMÁTICA PARA ELABORAÇÃO DE UMA NORMA A elaboração/revisão de normas é desenvolvida por meio dos Comitês Brasileiros situados na ABNT, de acordo com a seguinte sistemática: 1 – Qualquer sócio inscrito na ABNT encaminha o pedido de estudo da norma que lhe pareça necessária. 2 – O responsável pelo assunto na ABNT, caso julgue oportuno, encaminha o pedido para uma Comissão de Estudo. 3 – A Comissão de Estudos elabora um projeto de norma. 4 – Em seguida, o projeto é submetido à opinião pública e a eventuais sugestões são analisadas pela Comissão de Estudos. 5 – Aprovado pela Comissão de Estudos, o projeto da norma é enviado à Comissão Executiva da ABNT, por intermédio do respectivo Comitê Brasileiro. 6 – A norma então é encaminhada ao INMETRO por meio de uma solicitação de registro. 7 – No INMETRO, se junta um parecer técnico à solicitação de registro, elaborado pela Secretaria do Comitê de Coordenação. 8 – A norma e seu parecer técnico são submetidos ao Comitê de Coordenação para classificação e aprovação para registro. 9 – Uma vez registrada no INMETRO, ela se torna Norma Brasileira. 10 – Caso a Norma seja classificada em caráter de uso obrigatório em todo território nacional (NBR1) ou de uso obrigatório para o poder Público e serviços públicos concedidos (NBR2), a mesma deve ser submetida ao CONMETRO para aprovação. 11 – As normas não aprovadas para registro devem ser encaminhadas à ABNT, juntamente com uma exposição de motivos sobre a desaprovação. NORMA BRASILEIRA: Norma Brasileira, de acordo com a Resolução nº 3/76, é o documento elaborado a partir de procedimentos e conceitos emanados do Sistema Nacional de metrologia, Normalização e Qualidade Industrial, nos termos da lei nº 5.966 de 11 de dezembro de 1973, e demais documentos legais desta decorrente. As normas brasileiras em suas prescrições têm por objetivo: Defesas dos interesses nacionais; Racionalização na fabricação ou produção e na troca de bens e serviços por intermédio de operações sistemáticas e respectivas; Proteção dos interesses dos consumidores; Segurança de pessoas e bens; Uniformidade dos meios de expressão e comunicação.

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De acordo com a Diretriz e Preparo e a Apresentação de Normas Brasileiras, são os seguintes tipos de normas: Procedimento; Especificação; Padronização; Método de Ensaio; Termologia; Simbologia; Classificação. ESTRUTURA E NORMAS Independente do seu tipo deve constar de uma norma: Identificação; Elementos preliminares; Texto que compreende capítulos gerais e/ou capítulos específicos; Elementos complementares. A Identificação é composta de: Título (dado pela Comissão de Estudos); Tipo (dado pela Comissão de Estudos); Classificação e numeração (atos do INMETRO); Mês e ano de registro. Elementos preliminares (devem constar da primeira página da norma): Cabeçalho; Sumário, quando necessário; Rodapé. O cabeçalho de uma norma contém: Logotipo da ABNT; Título com a indicação do tipo; Identificação numérica; Data (mês e ano) de registro. ISO (INTERNACIONAL ORGANIZATION OF STANDARDIZATION) Organização Internacional de Normalização As normas ISO têm um importante papel no mundo globalizado em virtude de seu reconhecimento internacional no que diz respeito às relações contratuais entre organizações. A ISO é uma ONG internacional que reúne mais de cem organismos internacionais responsáveis pela normalização e tem como objetivo promover o desenvolvimento da padronização e de atividades correlacionadas de forma a permitir os intercâmbios econômicos, científicos e tecnológicos em níveis acessíveis a todos eles. NORMAS ISO 9000 – versão 2000 A "família" ISO 9000 – versão 2000 possui os seguintes" componentes brasileiros: 1 – NBR ISO 9000: 2000 – Sistema de Gestão da Qualidade – Fundamentos e Vocabulário; 2 – NBR ISO 9001: 2000 – Sistema de Gestão da Qualidade – Requisitos; 3 – NBR ISO 9004: 2000 – Sistema de Gestão da Qualidade – Diretrizes para Melhoria do Desempenho.

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Objetivos e benefícios da Norma ISO 9001 -2000: O sistema de qualidade de uma empresa é composto basicamente de um manual da qualidade e de procedimentos que orientam como executar determinada tarefa, detalhando os processos e as responsabilidades a eles associados. A manutenção de registros que comprovem se e como determinada atividade foi executada é um fator importante para melhorar os processos. Basta, portanto, que a empresa documente o que faz como faz e comprove a execução por meio de registros que serão mais tarde usados para melhorar todo o sistema de qualidade. Os requisitos da NBR ISO 9001 – 2001 – Sistema de Gestão da Qualidade – visa prevenir a ocorrência de não–conformidades em qualquer fase do ciclo de produção de um bem ou serviço, desde o planejamento até a entrega, instalação, assistência técnica e demais atividades pós-venda. A NBR ISO 9004 tem como título formal e objetivo de aplicação: Gestão da Qualidade e elementos do sistema de Qualidade e Diretrizes para melhorias e desempenho. Requisitos das Normas da Série ISO 9000: Assistência Técnica; Controle de Projeto, Ação Corretiva; Produto fornecido pelo comprador; Controle de processos; Aquisição; Análise crítica de contratos; Auditoria Interna de Qualidade; Técnicas de Estatísticas; Treinamento; Registro de Qualidade; Controle e Documentos; Manuseio, Armazenamento, Embalagem, Expedição; Controle de Produto não conforme; Equipamento de Inspeção, medição e Ensaios; Inspeção e Ensaios; Situação de Inspeção e Ensaios; Identificação de Rastreabilidade do produto; Sistema de Qualidade; Responsabilidade da Gestão. ISO 9000: ORGANISMOS DO BRASIL ENVOLVIDOS Aquisição de normas: ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas ORGANISMOS DE CERTIFICAÇÃO INMETRO; FUNDAÇÃO VANZOLINI; BQN – Instituto de Qualidade Nuclear; INSTITUTO FALCÃO BAUER; UCIEE – União Certificadora da Indústria Eletro – Eletrônica; ABS – Quality Evolutions, Inc. OBTENÇÃO DA CERTIFICAÇÃO A necessidade de a empresa brasileira competir no mercado internacional levou-a a certificação de qualidade da ISO 9000. Na verdade, o que a empresa deve buscar é a qualidade de seus produtos e serviços, que trará como conseqüência a certificação. ISO 14000:

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É um grupo de normas que fornecem ferramentas e estabelece um padrão de Gestão Ambiental. Através dela, a empresa poderá sistematizar a sua gestão através de uma política ambiental que vise à melhoria contínua em relação ao meio ambiente. As conseqüências decorrentes do uso destas normas são: AIA, EIA, RIMA. AIA – Avaliação de Impacto Ambiental; EIA – Estudo de Impacto Ambiental; RIMA – Relatório de Impacto do Meio Ambiente. Observação: O Conselho Nacional do meio Ambiente – CONAMA determinou que para o licenciamento de instalação e operação de diversos empreendimentos é necessário que seja feito EIA e RIMA, tanto para a instalação de uma indústria quanto para o fechamento da mesma. As razões que costumam levar uma empresa a implementar um sistema de qualidade são: conscientização da alta direção, exigências externas e modismo. Certamente a conscientização é a melhor delas, visto que a implantação exige comprometimento, conscientização de todos os trabalhadores e constância de propósitos (além disso, o certificado deve ser renovado a períodos regulares). Entre os benefícios proporcionados pela implantação de um sistema da qualidade com base na NBR ISO 9001, podemos destacar: PARA A EMPRESA: Redução de não-conformidade de bens e serviços; Eliminação do re-trabalho e do custo com garantis e reposição; Melhoria da imagem e reputação; Melhor relacionamento técnico e comercial com o cliente; Maior integração entre os processos e departamentos da empresa; Melhor desempenho organizacional pela promoção do treinamento, da qualificação e da certificação do pessoal. PARA O CLIENTE E A SOCIEDADE Aumento da segurança, da confiabilidade e da disponibilidade dos bens ou serviços adquiridos; Maior proteção ao consumidor; Menor desperdício e poluição; Melhor relacionamento técnico e comercial com o fornecedor. CERTIFICAÇÃO É um conjunto de atividades desenvolvidas por um órgão independente, sem relação comercial, com o objetivo de atestar publicamente, por escrito, que determinado produto ou processo está em conformidade com os requisitos especificados (nacionais, estrangeiros ou internacionais). Tem o propósito de "comunicar" aos clientes e ao mercado a adequação do sistema da qualidade à norma de referência que originou a atividade de certificação, que pode envolver a análise de documentação; auditorias e inspeções na empresa; coleta e ensaios de produtos (na fábrica ou que se encontrem à venda), com o objetivo de avaliar a referida conformidade e sua manutenção. AUDITORIAS A atividade de auditoria pode ser dividida em verificação da conformidade da documentação e da organização à norma (auditoria de adequação) e verificação, por meio da evidência objetiva, da efetiva implementação dos procedimentos que compõem o sistema da qualidade (auditoria de conformidade).

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MONITORAMENTO DO ESTUDO 1) Cite alguns objetivos das Normas Brasileiras: 2) Como é desenvolvida a elaboração das Normas no Brasil? 3) Quando é que um pedido de estudo da norma se torna realmente Norma Brasileira? 4) Qual a finalidade do CONMETRO? 5) Cite alguns tipos de Normas: 6) Qual a finalidade da ISO? 7) Como a ISO é constituída? 8) Qual o objetivo da ISO 9000? 9) Qual o objetivo da ISO 14000? 10) Cite alguns órgãos brasileiros envolvidos na ISO 9000. 11) O que se entende por normalizar? 12) Qual o principal objetivo da ABNT? 13) Identifique as siglas: AIA -_____________________________________________________________________ EIA-_____________________________________________________________________ RIMA-____________________________________________________________________

10 – CREA CREA- Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura Abrangência do CREA Orientação, habilitação, fiscalização, certificação, aperfeiçoamento e controle do exercício profissional. Missão Assegurar o exercício legal das profissões do Sistema Confea/Crea em defesa da sociedade. Visão Ser reconhecida pelos profissionais do Sistema Confea/Crea e Sociedade como instituição de excelência por sua atuação ágil, eficiente e íntegra. Valores Excelência no atendimento ao cliente; Capacitação Técnica; Participação e comprometimento com os resultados organizacionais; RESOLUÇÃO 278 CREA: DECRETO Nº 90.922, DE 06 DE FEVEREIRO DE 1985. Regulamenta a Lei nº 5.524, de 05 de novembro de 1968, que: "dispõe sobre o exercício da profissão de técnico industrial e técnico agrícola de nível médio ou de 2º grau". O Presidente da República, no uso da atribuição que lhe confere o artigo 81, item III, da Constituição e tendo em vista o disposto no artigo 5º da Lei nº 5.524, de 5 de novembro de 1968, DECRETA:

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Art. 1º - Para efeito do disposto neste Decreto, entende-se por técnico industrial e técnico agrícola de 2º grau ou, pela legislação anterior, de nível médio, os habilitados nos termos das Leis nºs 4.024, de 20 de Dezembro de 1961, 5.692, de 11 de agosto de 1971 e 7.044, de 18 de outubro de 1982. Art. 2º - É assegurado o exercício da profissão de técnico de 2º grau de que trata o artigo anterior, a quem: I – tenha concluído um dos cursos técnicos industriais e agrícolas de 2º grau, e tenha sido diplomado por escola autorizada ou reconhecida, regularmente constituída, nos termos das Leis nºs 4.024, de 20 DEZ 1961, 5.692, de 11 AGO 1971, e 7.044, de 19 OUT 1982; II – seja portador de diploma de habilitação específica, expedido por instituição de ensino estrangeira, revalidado na forma da legislação pertinente em vigor; III – sem habilitação específica, conte na data da promulgação da Lei nº 5.524, de 5 NOV 1968, 5 (cinco) anos de atividade como técnico de 2º grau. Parágrafo único: A prova da situação referida no inciso III será feita por qualquer meio em direito admitido, seja por alvará municipal, pagamento de impostos, anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social ou comprovante de recolhimento de contribuições previdenciárias. Art. 3º - Os técnicos industriais e técnicos agrícolas de 2º grau, observado o disposto nos arts. 4º e 5º, poderão: I – conduzir a execução técnica dos trabalhos de sua especialidade; II – prestar assistência técnica no estudo e desenvolvimento de projetos e pesquisas tecnológicas; III – orientar e coordenar a execução dos serviços de manutenção de equipamentos e instalações; IV – dar assistência técnica na compra, venda e utilização de produtos e equipamentos especializados; V – responsabilizar-se pela elaboração e execução de projetos compatíveis com a respectiva formação profissional. Art. 4º - As atribuições dos técnicos industriais de 2º grau, em suas diversas modalidades, para efeito do exercício profissional e de sua fiscalização, respeitados os limites de sua formação, consistem em: I – executar e conduzir a execução técnica de trabalhos profissionais, bem como orientar e coordenar equipes de execução de instalações, montagens, operação, reparos ou manutenção; II – prestar assistência técnica e assessoria no estudo de viabilidade e desenvolvimento de projetos e pesquisas tecnológicas, ou nos trabalhos de vistoria, perícia, avaliação, arbitramento e consultoria, exercendo, dentre outras, as seguintes atividades: 1) coleta de dados de natureza técnica; 2) desenho de detalhes e da representação gráfica de cálculos; 3) elaboração de orçamento de materiais e equipamentos, instalações e mão-de-obra; 4) detalhamento de programas de trabalho, observando normas técnicas e de segurança; 5) aplicação de normas técnicas concernentes aos respectivos processos de trabalho; 6) execução de ensaios de rotina, registrando observações relativas ao controle de qualidade dos materiais, peças e conjuntos; 7) regulagem de máquinas, aparelhos e instrumentos técnicos. III – executar, fiscalizar, orientar e coordenar diretamente serviços de manutenção e reparo de equipamentos, instalações e arquivos técnicos específicos, bem como conduzir e treinar as respectivas equipes; IV – dar assistência técnica na compra, venda e utilização de equipamentos e materiais especializados, assessorando, padronizando, mensurando e orçando; V – responsabilizar-se pela elaboração e execução de projetos compatíveis com a respectiva formação profissional; VI – ministrar disciplinas técnicas de sua especialidade, constantes dos currículos do ensino de 1º e 2º graus, desde que possua formação específica, incluída a pedagógica, para o exercício do magistério nesses dois níveis de ensino. § 1º - Os técnicos de 2º grau das áreas de Arquitetura e de Engenharia Civil, na modalidade Edificações, poderão projetar e dirigir edificações de até 80m2 de área construída, que não constituam conjuntos residenciais, bem como realizar reformas, desde que não impliquem em estruturas de concreto armado ou metálica, e exercer a atividade de desenhista de sua especialidade. § 2º - Os técnicos em Eletrotécnica poderão projetar e dirigir instalações elétricas com demanda de energia de até 800 kVA, bem como exercer a atividade de desenhista de sua especialidade. § 3º - Os técnicos em Agrimensura terão as atribuições para a medição, demarcação de levantamentos topográficos, bem como projetar, conduzir e dirigir trabalhos topográficos, funcionar

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como perito em vistorias e arbitramentos relativos à agrimensura e exercer atividade de desenhista de sua especialidade. Art. 5º - Além das atribuições mencionadas neste Decreto, fica assegurado aos técnicos industriais de 2º grau o exercício de outras atribuições, desde que compatíveis com a sua formação curricular. Art. 6º - As atribuições dos técnicos agrícolas de 2º grau em suas diversas modalidades, para efeito do exercício profissional e da sua fiscalização, respeitados os limites de sua formação, consistem em: I – desempenhar cargos, funções ou empregos em atividades estatais, paraestatais e privadas; II – atuar em atividades de extensão, associativismo e em apoio à pesquisa, análise, experimentação, ensaio e divulgação técnica; III – ministrar disciplinas técnicas de sua especialidade, constantes dos currículos do ensino de 1º e 2º graus, desde que possua formação específica, incluída a pedagógica, para o exercício do magistério nesses dois níveis de ensino; IV – responsabilizar-se pela elaboração e execução de projetos compatíveis com a respectiva formação profissional; V – elaborar orçamentos relativos às atividades de sua competência; VI – prestar assistência técnica e assessoria no estudo e desenvolvimento de projetos e pesquisas tecnológicas, ou nos trabalhos e vistorias, perícia, arbitramento e consultoria, exercendo, dentre outras, as seguintes tarefas: 1) coleta de dados de natureza técnica; 2) desenho de detalhes de construções rurais; 3) elaboração de orçamentos de materiais, insumos, equipamentos, instalações e mão-de-obra; 4) detalhamento de programas de trabalho, observando normas técnicas e de segurança no meio rural; 5) manejo e regulagem de máquinas e implementos agrícolas; 6) assistência técnica na aplicação de produtos especializados; 7) execução e fiscalização dos procedimentos relativos ao preparo do solo até a colheita, armazenamento, comercialização e industrialização dos produtos agropecuários; 8) administração de propriedades rurais; 9) colaboração nos procedimentos de multiplicação de sementes e mudas, comuns e melhoradas, bem como em serviços de drenagem e irrigação. VII – conduzir, executar e fiscalizar obra e serviço técnico, compatíveis com a respectiva formação profissional; VIII – elaborar relatórios e pareceres técnicos, circunscritos ao âmbito de sua habilitação; IX – executar trabalhos de mensuração e controle de qualidade; X – dar assistência técnica na compra, venda e utilização de equipamentos em materiais especializados, assessorando, padronizando, mensurando e orçando; XI – emitir laudos e documentos de classificação e exercer a fiscalização de produtos de origem vegetal, animal e agroindustrial; XII – prestar assistência técnica na comercialização e armazenamento de produtos agropecuários; XIII – administrar propriedades rurais em nível gerencial; XIV – prestar assistência técnica na multiplicação de sementes e mudas, comuns e melhoradas; XV – conduzir equipe de instalação, montagem e operação, reparo ou manutenção; XVI – treinar e conduzir equipes de execução de serviços e obras de sua modalidade; XVII – desempenhar outras atividades compatíveis com a sua formação profissional. § 1º - Os técnicos em Agropecuária poderão, para efeito de financiamento de investimento e custeio pelo sistema de crédito rural ou industrial e no âmbito restrito de suas respectivas habilitações, elaborarem projetos de valor não superior a 1.5000 MVR. § 2º - Os técnicos agrícolas do setor agroindustrial poderão responsabilizar-se pela elaboração de projetos de detalhes e pela condução de equipe na execução direta de projetos agroindustriais. Art. 7º - Além das atribuições mencionadas neste Decreto, fica assegurado aos Técnicos Agrícolas de 2º grau o exercício de outras atribuições, desde que compatíveis com a sua formação curricular. Art. 8º As denominações de técnico industrial e de técnico agrícola de 2º grau ou, pela legislação anterior, de nível médio, são reservadas aos profissionais legalmente habilitados e registrados na forma deste Decreto. Art. 9º - O disposto neste Decreto aplica-se a todas as habilitações profissionais de técnico de 2º grau dos setores primário e secundário, aprovados pelo Conselho Federal de Educação. Art. 10º - Nenhum profissional poderá desempenhar atividade além daquelas que lhe competem pelas características de seu currículo escolar, considerados, em cada caso, os conteúdos das disciplinas que contribuem para sua formação profissional.

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Art. 11º - As qualificações de técnicos industrial ou agrícola de 2º grau só poderão ser acrescidos à denominação de pessoa jurídica composta exclusivamente de profissionais possuidores de tais títulos. Art. 12º - Nos trabalhos executados pelos técnicos de 2º grau de que trata este Decreto, é obrigatória, além da assinatura, a menção explícita do título profissional e do número da carteira referida no Art. 15 e do Conselho Regional que a expediu. Parágrafo único – Em se tratando de obras, é obrigatória a manutenção de placa visível ao público, escrita em letras de forma, com nomes, títulos, números das carteiras e do CREA que a expediu, dos autores e co-autores responsáveis pelo projeto e pela execução. Art. 13º - A fiscalização do exercício das profissões de técnico industrial e de técnico agrícola de 2º grau será exercida pelos respectivos Conselhos Profissionais. Art. 14º - Os profissionais de que trata este Decreto só poderão exercer a profissão após o registro nos respectivos Conselhos Profissionais da jurisdição de exercício de sua atividade. Art. 15º - Ao profissional registrado em Conselho de Fiscalização do exercício Profissional será expedida Carteira Profissional de Técnico, conforme modelo aprovado pelo respectivo órgão, a qual substituirá o diploma, valendo como documento de identidade e terá fé pública. Art. 16º - Os técnicos de 2º grau cujos diplomas estejam em fase de registro poderão exercer as respectivas profissões mediante registro provisório no Conselho Profissional, por um ano, prorrogável por mais um ano, a critério do mesmo Conselho. Art. 17º - O profissional, firma ou organização registrados em qualquer Conselho Profissional, quando exercerem atividades em outra região diferente daquela em que se encontram registrados, obrigam-se ao visto do registro na nova região. Parágrafo único – No caso em que a atividade exceda a 180 (cento e oitenta) dias, fica a pessoa jurídica, sua agência, filial, sucursal ou escritório de obras e serviços, obrigada a proceder ao seu registro na nova região. Art. 18º - O exercício da profissão de técnico industrial e de técnico agrícola de 2º grau é regulado pela Lei nº 5.524, de 5 de NOV 1968, e, no que couber, pelas disposições das Leis nºs 5.194, de 24 DEZ 1966, e 6.994, de 26 MAIO 1982. Art. 19º O Conselho Federal respectivo baixará as Resoluções que se fizerem necessárias à perfeita execução deste decreto. Art. 20º - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Brasília, 6 FEV 1985; 164º da Independência e 97º da República. JOÃO FIGUEIREDO Murilo Macedo Publicado no D.O.U. de 07 FEV 1985 – Seção I – Pág. 2.194. MONITORAMENTO DO ESTUDO

1. Sobre o que dispõe a resolução Nº 278 do CREA?

2. Cite três principais atribuições dos Técnicos industriais de nível médio.

3. A quem caberá a fiscalização do exercício da profissão dos técnicos industriais?

4. Que atividades os técnicos em eletrotécnica poderão desenvolver?

5. A quem será assegurado o exercício da profissão de Técnico industrial em suas diferentes especialidades?

6. O que é necessário para que os técnicos industriais de nível médio possam administrar

disciplinas técnicas em sua especialidade?

7. A quem caberá a fiscalização do exercício da profissão de Técnico industrial de nível médio?

8. Qual a abrangência do CREA?