organização das comunidades medidas da diversidade: assumem que todas as espécies são iguais...
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Organização das comunidades
Medidas da diversidade:Assumem que todas as espécies são iguais
Outras formas de analisar as comunidades:
1)Níveis tróficos e guildas tróficas2) Identificação de espécies chave
(importantes na manutenção da estrutura)
3) Identificação de espécies dominantes
C. Elton (1927):
- aplicou esse conceito e analisou suas consequências
- reconheceu que as cadeias tinham 4-5 elos
- ligadas em teias alimentares
• Cadeias alimentares e níveis tróficos:
Terminologia nas teias alimentares sp A preda B
e B preda A
Ciclo
CanibalismoUm ciclo no qual a espécie alimenta-se dela mesma
espécies que sealimentam de mais deum nível tróficoA e B são omnívoras
Krebs (2001)
Espécies que não são presas de nenhuma outra
Espécies que não se alimentam de nada na teia alimentar
Pode ser analisada parcialmente
Krebs (2001)
Níveis tróficos: baseados na função e não nas espécies
Produtores Plantas 1o nível trófico
Consumidores Primários
Herbívoros 2o nível trófico
Consumidores Secundários
Carnívoros, insetos parasitas 3o nível trófico
Consumidores Terciários
Carnívoros de topo, insetos superparasitas
4o nível trófico
Em geral, espécies são agrupadas em categorias
Controle ascendente versus controle descendente em teias alimentares
No controle descendente os predadores (ou herbívoros) podem deprimir as
populações de suas presas (ou plantas)
Esses efeitos podem ser refletir sobre um nível trófico inteiro
Controle ascendente: ou mecanismo “bottom-up
Controle descendente (ou cascata trófica):
mecanismo “top-down”
Ricklefs (2003)
Controle ascendenteControle descendente
Controle descendente
Controle ascendente
Ricklefs (2003)Biomassa de algas
Ricklefs (2003)
Controle descendente: na presença dos peixes, diminui a biomassa do zooplâncton mas aumenta a
de fitoplâncton
Controle descendente envolvendo moluscos, algas perifíticas e macrófitas submersas
http://www.btinternet.com/~andyharmer/molluscs.htm
Algas perifíticas reduzem a luz e a disponibilidade de carbono para macrófitas
Moluscos reduzem biomassa de algas e bactérias nocivas, o que eleva a produtividade e a longevidade das macrófitas
Controle descendente envolvendo peixes, moluscos, algas perifíticas e macrófitas submersas
Moluscos podem ser atraídos por substâncias liberadas por macrófitas
(resultados experimentais com labirintos)
Esquema de R. Mormul (PEA)
Exemplo (ilha P. Rico)
Milne et al. (2008)
Exemplo (área protegida de pastoreio – Base Avançada de Pesquisas do
Nupélia)
Alguns métodos para estudar teias alimentares
• Análise do conteúdo estomacal:Ex. peixes, zooplâncton etc.
• Análise de fezes e/ou regurgitação:Ex. aves, anfíbios etc.
• Observação direta:Ex. aves, grandes mamíferos etc.
• Isótopos radioativos:Ex. vários
Uso de isótopos estáveis para analisar teias alimentares
Os organismos utilizam de forma diferenciada isótopos de diferentes elementos químicos (ex. C e N)
Nitrogênio
Para o N, há um aumento de ap. 3,4% do 15N, relativamente à dieta, em cada nível
trófico
Krebs (2001)
Uso de isótopos estáveis para analisar teias alimentares: o C ajuda a identificar a fonte de alimento
C. Kendall et al. (1999, USGS)http://sofia.usgs.gov/sfrsf/rooms/mercury/foodweb/
Quais são as fontes de alimento para os níveis tróficos superiores em ecossistemas aquáticos
como as planícies de inundação?
Animais de rios com planícies de inundação dependem largamente da produtividade autóctone de algas (contrariamente ao que se esperava, pois vegetais superiores são abundantes)
Ex. Rio Amazonas
(60% phytopl.)
Araujo-Lima et al. (1986, Science)
Algumas generalizações sobre teias alimentares (Krebs, 2001, 2009)
1ª generalização: Há um aumento do número de conexões (por espécie) com o aumento do número de espécies
2ª generalização: as cadeias alimentares são curtas (Elton, 1927)
Krebs (2001)
Hipótese energética“O comprimento das cadeias alimentares é explicada pela ineficiência na transferência de energia ao longo das cadeias alimentares”
Krebs (2001)
3ª generalização: O número de elos aumenta com o número de espécies
3ª generalização: a proporção entre predadores de topo, espécies intermediárias e da base da cadeia é relativamente constante
Krebs (2001)
4ª generalização: a omnivoria é comum nas teias alimentares, especialmente em ambientes aquáticosPor exemplo, detritos (que sustentam várias teias alimentares) têm sua origem em vários níveis tróficos
Uma teia alimentar da planície de inundação do rio Paraná: notar a importância dos
detritos
Hahn, Fugi & Andrian (2004)
Insetos terrestres e vegetais superiores também são importantes na base da teia
Uma teia alimentar de um riacho de S. Paulo
(Motta & Uieda, 2005)
Algas unicelulares Algas filamentosas MO Macrófitas Insetos terrestres
Essa cadeia possui:- 117 táxons - 7 níveis tróficos- predomínio de espécies omnívoras- grande importância dos detritos (matéria orgânica morta) em sua base
Organismos da base das cadeias alimentares são muito mais abundantes do que os do topo:Uma das consequências da baixa eficiência ecológica (Elton, 1927 – pirâmide “Eltoniana” = número ou biomassa)
Seria possível encontrar uma pirâmide invertida?
Sim! O fluxo de energia (produtividade) e não a biomassa é o que importa!
Eficiências ecológicas
Eficiência de produção:
produção líquida da espécie nassimilação da espécie n
O aumento da respiração diminui essa eficiência
Eficiência trófica:envolve transferências de energia entre níveis tróficos
produção líquida no nível trófico i + 1produção líquida no nível trófico i
- fornece a fração da produção que passa de um nível para o outro nível trófico
- energia não transferida entre níveis tróficos:
respiração e detritos
Em ecossistemas aquáticos, a eficiência trófica varia entre 2% e 24% (média = 10%)
Aplicação:
captura de atum (4o nível trófico) em 1990: 2.975.000 toneladas (=0,1gC por metro de oceano)
A figura ao lado mostra a produção necessária dos demais níveis tróficos para sustentar essa pesca
assumindo-se 10% de eficiência
Notar que nessa figura não são considerados dados de BIOMASSA mas sim de PRODUÇÃO
A maioria da PP flui através dos detritos em vários ecossistemas aquáticos – ex. marismas
Stiling (2012)
Stiling (2012)
Em geral, herbívoros consomem maior % da PP em ecossistemas aquáticos, do que terrestres
Ecossistemas dominados por herbivoria
versus
Ecossistemas dominados por detritivoria
Produção primária utilizada por herbívoros (em %) em diferentes comunidades
Produção primária líquida utilizada pelo consumo de herbívoros (%) – Wittaker (1975)
Floresta tropical chuvosa 7
Floresta decícua temperada 5
Campos 10
Oceanos abertos 40
Zonas de ressurgência oceânicas 35
A MAIOR PARTE DA ENERGIA FLUI ATRAVÉS DE TEIAS DETRITÍVORAS MAS A
MAIOR PARTE DOS ESTUDOS EM ECOLOGIA ENFOCA A HERBIVORIA!!!