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05-05-2004 Orgânica e Gestão de Clubes e Orgânica e Gestão de Clubes e Associações desportivas Associações desportivas Mestre Francisco Batista Mestre Francisco Batista Escola Superior de Educação de Almeida Garrett Escola Superior de Educação de Almeida Garrett

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05-05-2004

Orgânica e Gestão de Clubes e Orgânica e Gestão de Clubes e Associações desportivasAssociações desportivas

Mestre Francisco BatistaMestre Francisco Batista

Escola Superior de Educação de Almeida GarrettEscola Superior de Educação de Almeida Garrett

05-05-2004

INDÍCEINDÍCE

• O dirigente desportivo• O associativismo desportivo• Estrutura organizacional dos clubes• O planeamento• A gestão dos clubes

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O que é um dirigente desportivo?• “Dirigentes” são pessoas que, devido às suas

capacidades, às provas dadas e às qualidades do seu carácter, são escolhidos com a incumbência de dirigirem pessoas ou grupos de pessoas. São organizadores de circunstâncias favoráveis ao desenvolvimento da actividade desportiva, são pessoas com sensatez de entendimento e com sensibilidade prática que, com sobriedade e sem alarido e exibicionismo, dirigem a realização de um trabalho sólido de um número maior ou menor de pessoas.

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O que é um dirigente desportivo?• Assim e generalizando, podemos dizer que

dirigentes são personalidades que, na sua esfera de trabalho e direcção, influenciam e contribuem fortemente para os resultados positivos e para o desenvolvimento das pessoas implicadas na actividade desportiva. Dito de outra forma, os dirigentes apenas “dirigem” a actividade desportiva na medida em que favoreçam o desenvolvimento das pessoas nela participantes.

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O que é um dirigente desportivo?• O cerne da actividade do dirigente desportivo

reside, em primeiro lugar, no trabalho com pessoas - num trabalho situado no campo das relações humanas.

• Quer o queiram ou não, quer o aceitem ou rejeitem, quer o conheçam ou desconheçam, os dirigentes desportivos realizam uma actividade de formação, de educação, de desenvolvimento de pessoas. A qualidade na direcção das tarefas, sob a sua responsabilidade, é impensável sem a incorporação e mestria suficientes daquelas dimensões.

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O que é um dirigente desportivo?• O facto do cerne da actividade do dirigente

desportivo residir num trabalho com pessoas coloca exigências de competências e de qualidades da personalidade. Enumeremos algumas:– 1.Disponibilidade e capacidade para a

comunicação, para a cooperação e a interacção com diferentes tipos de pessoas, de organismos, de instituições. O que inclui saber ouvir, escutar, dialogar, saber alternar formas individuais e colectivas de trabalho; e exclui que o desporto seja um campo privilegiado para amantes do monólogo e “ditadores” de todos os matizes.

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O que é um dirigente desportivo?– 2. Uma forte motivação emocional, resultante

de uma profunda ligação interior ao desporto, de uma crença nas virtudes e nos valores humanos do desporto. Esta motivação não surge de repente, mas é sobretudo o corolário de uma anterior e já longa viagem no comboio do desporto.

– 3. Sensibilidade, «élan», vontade e capacidade para entusiasmar, motivar e estimular os outros para a alegria na prática desportiva e nos resultados da competição desportiva.

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O que é um dirigente desportivo?– 4. Consciência de responsabilidade,

seriedade, autenticidade, frontalidade e disciplina de trabalho.

– 5. Conhecimentos indispensáveis ao entendimento satisfatório da essência do desporto, do processo de exercitação, de treino e obtenção de rendimentos desportivos.

– 6. Uma exigência decisiva é a da convicção de que sem um intenso empenhamento pessoal não é possível criar condições para a revelação, consolidação e aprofundamento de elevados rendimentos desportivos.

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O que é um dirigente desportivo?• É óbvio que a amplitude destas exigências tem

a ver com a natureza das tarefas de cada dirigente. Ou seja, estas exigências assumem uma especificidade própria, concordante com o tipo de funções de cada dirigente.

• Assim, por exemplo, as exigências não serão as mesmas para o tesoureiro e para o presidente de uma federação, associação ou de um grande clube.

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O que é um dirigente desportivo?

• Ser dirigente desportivo é exercer no mundo da emoção, que é o desporto, tarefas de direcção assentes na unidade de conhecimento, razão e acção.

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O associativismo desportivo• Uma das notas mais impressionantes, no

associativismo, é o seu pluralismo, quanto a motivações, a características e a objectivos. É verdade que todas as associações e clubes nascem da necessidade de vivência em comum de um ideal e ainda da necessidade da organização solidária de estruturas que permitam uma ampla e livre expressão das capacidades criadoras individuais, mas tanto o ideal como a organização assumem uma variadíssima gama de matizes.

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O associativismo desportivo• Quer se queira ou não, o clube continua a ser a

célula base do desenvolvimento desportivo nacional, sem que isto signifique que caiba aos clubes, às associações ou federações desportivas o exclusivo da responsabilidade na promoção do desenvolvimento desportivo.

• Constituindo o clube desportivo uma resposta social às necessidades das populações, no domínio das actividades físicas, tem o mesmo de enfrentar um conjunto de problemas, que se desdobram por diferentes áreas e diversos planos, exigindo uma correcta harmonização entre os meios materiais, humanos e técnicos.

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O associativismo desportivo

• Assim, através da participação colectiva responsável das populações, o clube tenta ultrapassar carências detectadas no âmbito da actividade desportiva local e contribuir com a sua acção para o encontro de soluções referentes a um só, ou a um conjunto dos seguintes aspectos:

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O associativismo desportivo• a) Necessidades globais ou parciais da

população em termos de manutenção e ocupação de tempos livres através do desporto, sem preocupações ou interesses pela competição sistemática e organizada;

• b) Iniciação e aprendizagem de determinadas modalidades com reconhecido interesse formativo e educativo, tais como o atletismo, a ginástica, a natação, etc., disciplinas consideradas básicas no processo de formação do jovem praticante;

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O associativismo desportivo

• c) Necessidades de grupos restritos de praticantes desportivos ao dedicarem ao treino e à especialização desportiva (média e alta competição).

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O associativismo desportivo• Determinados quais destes aspectos,

representam as necessidades e as carências motivadoras do aparecimento do clube desportivo, define-se qual a função social que se pretende ver desempenhar por este e avança-se na sua organização interna (administrativa e técnica) e nas estruturas materiais(instalações e equipamento), que possam solucionar cada vez melhor as carências e necessidades locais que levaram à sua constituição.

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O associativismo desportivo• A gravidade dos desafios, que o associativismo

defronta, conduz a atribuir particular importância à definição de uma estratégia de desenvolvimento, aplicada às necessidades dos nossos recursos humanos, culturais e económicos e capaz de permitir, a diferentes níveis, o surgimento de um desporto empenhado em actividades de promoção física, intelectual e cultural.

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O associativismo desportivo• O clube, nesta perspectiva, terá como

princípios orientadores:– A obtenção de níveis elevados na prática

desportiva, mormente do ponto de vista qualitativo;

– A definição de esquemas de participação activa dos sócios e praticantes, através de estruturas pluralistas;

– Colaboração no funcionamento e construção de uma política local, regional e nacional de desenvolvimento desportivo.

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O associativismo desportivo• Em sintonia com os objectivos anteriores,

consideram-se domínios prioritários:– Sistema de planeamento, capaz de assegurar

maior racionalidade ao processo de desenvolvimento;

– Reestruturação dos vários departamentos técnico-desportivos, com base em formas mais eficientes de iniciação e de especialização;

– Criação de novas estruturas de participação, assegurando a efectiva descentralização de toda a actividade directiva.

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O associativismo desportivo

– Criação de um boletim de informação interna (ou de um jornal, para os clubes com mais posses) iniciando-se assim um processo de informação regular com os sócios.

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O associativismo desportivo

• Há problemas que se agravam, sem solução no associativismo desportivo. Proclama-se, alto e bom som, que todos eles radicam em questões de ordem monetária, financeira. O que não corresponde à verdade.

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O associativismo desportivo• Há estruturas desactualizadas; há um

individualismo feroz na competição inter-clubes, que não se resolve, nem se combate, com reuniões pontuais, deixando sempre de lado as questões de fundo; há dirigentes que governam, sem se debruçarem sobre o parecer dos técnicos, sendo por isso abundantes os recursos financeiros não votados ao desenvolvimento; há uma recusa ostensiva por todos os sócios, com a coragem para apresentar programas e conceitos inovadores.

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O associativismo desportivo

Conclusão

• O associativismo é o espaço de liberdade e criatividade conquistado pela sociedade civil à margem do Estado, e é um espaço de auto-responsabilidade assumida por quantos dirigem os clubes e por quantos a eles se associam.

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O associativismo desportivo

• Por isso e tendo em atenção que o movimento associativo preserva a identidade local e regional, é fundamental e decisivo para o desenvolvimento desportivo incentivar, motivar e apoiar os clubes para que criem condições de acesso e de acompanhamento a todos os praticantes, quer estejam na via do rendimento ou na via da recreação.

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Estrutura organizacional dos clubes• “1. São clubes desportivos, para os efeitos

desta lei, as pessoas de direito privado, cujo objectivo exclusivo ou principal seja o fomento e a prática de actividades desportivas.

• 2. Os clubes desportivos podem constituir-se sob forma associativa e sem intuito lucrativo, nos termos gerais de direito, ou sob forma societária, nos termos estabelecidos em legislação própria”.

Código CivilCódigo Civil

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Estrutura organizacional dos clubesFunção de «Direcção»• A função de direcção consiste, pois, na

organização da interacção dos factores humanos, económicos, materiais, legais, culturais, sociais e tecnológicos, de modo a alcançar continuamente os resultados desejados.

• Para tanto a função de direcção desdobra-se em duas dimensões primordiais:–– 1. A dimensão 1. A dimensão socioeconómica socioeconómica –– 2. A dimensão técnico2. A dimensão técnico--organizativa.organizativa.

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Estrutura organizacional dos clubes• Ambas constituem uma unidade e assentam

num conjunto de funções gerais da direcção:– 1.Definição dos objectivos(análise de

condições, prognose de resultados);– 2.Planeamento;– 3.Tomada e implementação de decisões;– 4.Organização;– 5.Controlo.

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Estrutura organizacional dos clubes• Tudo isto vale igualmente para o domínio do

desporto. A função de direcção constitui uma condição necessária para o desenvolvimento da actividade desportiva, em vários sentidos:– 1.Para o desenvolvimento do desporto à

escala nacional;– 2.Para o desenvolvimento dos diferentes

sectores do desporto - desporto de crianças e jovens, de rendimento, de recreação e tempos livres, de reeducação e reabilitação,etc...

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Estrutura organizacional dos clubes

– 3.Para o desenvolvimento de elevados rendimentos desportivos;

– 4.Para a garantia dos pressupostos exigidos;

– 5.Para a coordenação de todos os factores implicados.

• A função de direcção constitui realmente um pressuposto indispensável, uma base essencial para a obtenção de rendimentos tanto ao nível do País, de uma federação, associação, clube ou grupo, como ao nível de cada atleta.

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Estrutura organizacional dos clubes• E isto porque a função de direcção:

– 1.Cria a estrutura apropriada de organização e condução da formação de rendimentos desportivos;

– 2.Formula as metas e objectivos, mobiliza os meios, organiza e selecciona estratégias de realização;

– 3.Contribui para a formação da personalidade dos atletas e desenvolve sentido colectivo de trabalho;

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Estrutura organizacional dos clubes

– 4.Influencia a existência de uma atmosfera positiva e criativa de trabalho e treino, estimula treinadores e atletas a uma participação activa na definição dos objectivos e na escolha dos métodos para a sua realização;

– 5.Garante uma distribuição adequada de tarefas e a cooperação indispensável;

• Em suma, a função de direcção dá um sentido, um rumo, explicita as intenções e regula o ritmo, a sequência e a oportunidade de andamento da «máquina» desportiva.

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Estrutura organizacional dos clubesProcesso de «Direcção»• O processo de direcção compreende várias

fases, correspondentes a uma sequência de acções, registada num quadro que se mostrará a seguir.

• Este ciclo de acções mostra-nos que o processo de direcção está sempre dependente de informações - informações que são precisas em todas as fases e níveis da direcção.

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Estrutura organizacional dos clubes• Tanto dirigentes como dirigidos, para poderem

cumprir com sucesso a sua actividade, precisam de obter e avaliar constantemente informações acerca dos resultados da sua acção, acerca dos progressos alcançados, acerca dos problemas surgidos e das novas tarefas a resolver.

• Neste sentido o processo de direcção é também essencialmente um processo de aquisição, de troca, de análise e difusão de informações.

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Estrutura organizacional dos clubes• A forma típica e tradicional de tal processo é a

«reunião». É nas reuniões que se realizam os seguintes objectivos:– 1.Troca de informações, assente na

capacidade e disponibilidade para a comunicação e cooperação;

– 2.Elaboração de análises e avaliações de situações e problemas;

– 3.Averiguação e inventariação de todos os factores, condições e relações a respeitar na resolução das tarefas.

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Estrutura organizacional dos clubes• O processo de direcção fundamenta-se, pois,

na preocupação de reunir constantemente pressupostos e condições favoráveis à resolução das tarefas em causa.

• Em tais pressupostos e condições ocupam um lugar preferencial as atitudes e comportamentos de todos os quadros. Alcançar e manter um nível óptimo de atitudes e comportamentos é a primeira tarefa do processo de direcção.

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Estrutura organizacional dos clubes• Nesse sentido o estilo e os métodos de

direcção do dirigente desportivo desempenham um papel importante.

• Em relação ao estilo de direcção apresentam-se como relevantes as seguintes características descritas no quadro seguinte:

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Estrutura organizacional dos clubes

Decurso e conteúdo do processo de direcçãoReconhecim ento dosproblem as

-Perceber e ordenar as tarefas-Reconhecer as condições desolução-Avaliar os efeitos

Preparação das decisões -Elaborar vias de solução-Determ inar critérios de avaliação-Avaliar as alternativas

Tom ada de decisões -Escolha da alternativa óptim a-Decidir-im plem entar-darinstruções

Realização das decisões -Esclarecer as tarefas aoscolaboradores-Organizar a realização-Acom panhar e regular oprocesso

Avaliação -Com parar objectivos e resultados-Analisar experiências-Avaliar o trabalho e os quadros-Reconhecer novos problem as

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Estrutura organizacional dos clubes• 1. Abordagem racional e complexa das tarefas

a resolver, mas com uma concentração óptima e temporalmente correcta nas tarefas mais decisivas;

• 2. União entre entusiasmo e objectividade no trabalho diário;

• 3. Escolha correcta e emprego inteligente dos colaboradores, com atribuição bem acordada de tarefas tanto aos mais próximos como aos mais distantes;

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Estrutura organizacional dos clubes• 4. Qualificação e capacitação sistemáticas dos

colaboradores para uma participação activa e colegial na direcção, incluindo e responsabilizando todos os membros;

• 5. Contacto estreito com os colaboradores, discussão das tarefas numa atmosfera de plena confiança nas pessoas, procurando ganhá-las para a realização daquelas;

• 6. Organização adequada do plano e do ritmo de trabalho pessoal;

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Estrutura organizacional dos clubes

• 7. Persistência e consequência no cumprimento das determinações, desenvolvimento do sentido de crítica e autocrítica, a fim de evitar que a auto-satisfação se instale e banalize;

• 8. Utilização de meios, métodos e procedimento racionais de direcção.

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Estrutura organizacional dos clubes

• A organização, o plano e o ritmo de trabalho são decisivos não apenas para a actividade pessoal, mas sobretudo para a realização do trabalho de toda a a direcção e dos restantes organismos. Para este segundo aspecto, ou seja, para uma boa organização, atmosfera e forma de trabalho dos colaboradores, o dirigente deve procurar:

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Estrutura organizacional dos clubes

– 1. A atribuição de tarefas claras e precisas a cada colaborador, bem como a correcta integração da actividade de cada um na globalidade das tarefas gerais;

– 2. Manutenção de uma elevada qualidade de orientação e supervisão dos colaboradores, sobretudo por meio de uma concordância plena na atribuição e aceitação de responsabilidades;

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Estrutura organizacional dos clubes

– 3. Aumento da consciência de responsabilidade de cada um na resolução das tarefas comuns, diferenciação e especialização na elaboração de planos de funções e na atribuição de tarefas concretas, procurando uma carga igual para todos.

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Estrutura organizacional dos clubes

• As afirmações e postulados anteriores, muito mais do que indicarem tarefas parciais, corporizam exigências de acção. Perfazem, no seu conjunto, a tarefa complexa, o grande desafio e a dificuldade de monta que a função de direcção tem que enfrentar no desporto: congregar a unidade de vontades e de esforços no trabalho colectivo, para se alcançar o objectivo comum.

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Estrutura organizacional dos clubes• Nesta perspectiva para o exercício correcto da

função de direcção no desporto aponta-se o respeito de alguns princípios e métodos, inerentes a toda a actuação racionalmente suportada. Tais métodos e princípios visam garantir a influência consciente e objectiva das direcções e dirigentes sobre os processos principais da actividade desportiva, visam desencadear, orientar e utilizar a actuação adequada dos membros da comunidade desportiva na resolução das tarefas, na evolução e desenvolvimento da sua actividade.

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Estrutura organizacional dos clubes• Enumeremos alguns:

– O princípio da objectividade, ligado à preocupação de conhecer e utilizar os factores objectivamente influentes, excluindo o subjectivismo e o espontaneísmo na definição e resolução das tarefas;

– O princípio da intencionalidade concreta, ligado à exigência de um conhecimento preciso e profundo do nível, do estado e das condições de funcionamento do domínio dirigido, como referência essencial para decisões exactas e realistas;

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Estrutura organizacional dos clubes– O princípio da eficácia e da optimização,

apontando para a necessidade de alcançar os objectivos formulados, com o menor dispêndio possível de tempo, de recursos pessoais, financeiros e materiais;

– O princípio da selectividade e oportunidade, aconselhando a escolher, de entre o grande número de tarefas a resolver, aquelas que influenciam decisivamente o desenvolvimento da actividade e a resolvê-las com toda a consequência e empenhamento;

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Estrutura organizacional dos clubes

– O princípio da estimulação, convidando a estimular os interesses e motivos da ligação dos quadros à actividade desportiva, de modo a manter e aumentar a sua capacidade de iniciativa e de criatividade na resolução das tarefas respectivas.

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Estrutura organizacional dos clubes

Visão geral das funções de direcção e doscritérios de eficácia da organização

OrientarPlanificarOrganizar

Funções de preparação

DecidirIndicar

Clima social Capacidade dedesenvolvimento

Segurança funcional Eficácia

Economia

ORGANIZAÇÃO

Coordenar

Funções de execução

ControlarAnalisarAvaliar

Funções de controlo

DIRECÇÃO

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O plano de actividades•• Planear é preverPlanear é prever, ou seja, é preparar o futuro. O

planeamento deve assim ser entendido como um processo permanente e contínuo adoptado pelo organismo que não deverá esgotar-se na mera elaboração de um plano de actividades e poderá funcionar também como meio de orientar o processo decisório, dando-lhe maior racionalidade e procurando subtrair a incerteza subjacente a qualquer tomada de decisão.

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O plano de actividades

• Qualquer sistema dinâmico de planeamento, desde que participado a todos os níveis, poderá permitir um melhor conhecimento do serviço e do seu ambiente externo o que proporcionará, sem dúvida, uma atmosfera propícia à mudança e inovação sob uma forma previamente definida e programada.

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O plano de actividades• A qualquer sistema de planeamento estão

subjacentes vários sub-sistemas de informação que deverão permitir responder às seguintes questões:– O que se vai «produzir» e porquê?– Com que meios?– Quando e como?

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O plano de actividades• Como características gerais de um plano de

actividades destacaríamos, entre outras, as seguintes:– Unidade - deve ser um documento

globalmente coerente;– Racionalidade - deve reflectir o ajustamento

deliberado dos meios aos fins da organização;

– Globalidade - deve abarcar todas as actividades da organização.

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O plano de actividades• Todo o processo de operacionalização deve

assentar no planeamento rigoroso das actuações, considerando-se este um elemento decisivo na transformação da realidade. Para tal, é necessário:– Saber e conhecer a realidade que se tem -

A SITUAÇÃOA SITUAÇÃO;– Explicitar claramente a dimensão da

transformação -OS OBJECTIVOSOS OBJECTIVOS;

– Inventariar as disponibilidades humanas e materiais - OS MEIOSOS MEIOS;

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O plano de actividades• A súmula de medidas que se defende

corresponde à resultante de uma visão global nacional, podendo não corresponder às efectivas necessidades das unidades básicas de operacionalização, salvaguardando-se, portanto, as suas especificidades e características próprias neste domínio, tendo em consideração a defesa do processo desconcentrado que se deseja;

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O plano de actividades• A elaboração de planos e o desenvolvimento

aplicado das estratégias têm de corresponder a necessidades sentidas e não a imposições nacionais, pelo que o planeamento não deve constituir um acto isolado - nem em si mesmo, nem em termos de pessoas - mas sim como forma de corresponder a um instrumento de trabalho, a um desejo de integração e a uma vontade de participação;

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O plano de actividades• Finalmente, face ao conjunto de tarefas que se

deparam e que se reconhecem como necessárias, importa salvaguardar uma actuação harmoniosa e equilibrada, recordando-se que PLANEAR é CONCRETIZAR:– do simples para o complexo;– uma acção de cada vez;– que mais do que nomenclaturas, são os

conteúdos que importam !

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O plano de actividades• A título de resumo, apontam-se seguidamente

as medidas de actuação julgadas convenientes à persecução dos objectivos programáticos que devem ser traçados, subordinadas aos factores de desenvolvimento, recordando que a estratégia global recomenda :– O aumento da participação desportiva;– O aumento das oportunidades da prática;– A divulgação das existentes.

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O plano de actividades

OPÇÕES DO DESENVOLVIMENTO OPÇÕES DO DESENVOLVIMENTO DESPORTIVO na constituição do DESPORTIVO na constituição do

plano de actividadesplano de actividades

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O plano de actividades

• DEFINIÇÃO DE OBJECTIVOS

• FORMULAÇÃO DE ESTRATÉGIAS

• ELABORAÇÃO DO PLANO

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O plano de actividades• OBJECTIVOS:Considera o número de praticantes, técnicos de

modalidades, de colectividades, categorias, etc...

Efeitos esperados da actuação destes factores sobre os elementos atrás citados;

Investimentos a serem realizados.• ESTRATÉGIAS:Situação da realidade desportiva;Situação económica e sociocultural.

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O plano de actividades

• ELABORAÇÃO DO PLANO:

Deve contemplar todas as Secções do clube;Ter forma objectiva e integrada;Considerar o tempo necessário para a execução;Validade da tarefa de planeamento, tendo em vista

o Desenvolvimento Desportivo.

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O relatório de actividades• Por si só, a elaboração de um Plano de

Actividades de pouco valerá na gestão de um organismo e as previsões ficarão apenas como tal, se não existir um sistema de acompanhamento do desenvolvimento das diversas actividades e, simultaneamente, instrumentos de medida dos resultados atingidos. Em síntese, terá de existir um adequado controle de gestão.

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O relatório de actividades

• O plano projecta para o futuro os caminhos do organismo, enquanto que o Relatório deverá permitir retratar em que medida foram ou não respeitadas as previsões inseridas no Plano e alcançados os resultados aí fixados. Quanto melhor for sistema de controle de gestão de um organismo, tanto melhor será o conteúdo do Relatório de Actividades que, no fundo, constituirá um documento global de execução.

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O relatório de actividades• De uma forma geral, pode-se entender por

controle de gestão o processo através do qual os responsáveis se asseguram de que os recursos disponíveis (humanos, materiais e financeiros) são utilizados da melhor forma possível e que os objectivos propostos estão a ser alcançados dentro das condições previamente fixadas. A elementaridade desta definição tem a virtude de pôr em destaque a estreita ligação entre o planeamento e o controle.

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O relatório de actividades• Se no primeiro são fixados os objectivos

fundamentais do organismo bem como os recursos e processos necessários para os atingir; no segundo, pretende-se de uma forma sistemática aferir os níveis de realização parciais ou totais das actividades por forma a que consinta a introdução das medidas correctivas que se afigurem necessárias, incluindo a alteração ou reformulação do plano inicialmente delineado.

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O relatório de actividades• Basicamente, qualquer sistema de controle

comportará três fases distintas:– Escolha e registo dos dados qualitativos e

quantitativos relacionados com a execução das actividades (indicadores de execução física, dados de realização financeira, prazos,etc...);

– Comparação das previsões com os resultados, assinalando os desvios e interpretando as causas;

– Determinação das acções correctivas a efectuar com base na análise precedente.

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O relatório de actividades

• Nesta óptica, um sistema de controle deve fundamentalmente:– Ser equacionado de forma ascendente, isto

é, partindo do particular para o global (acções elementares ou operações -Projectos ou Actividades - Programas -Objectivos);

– Permitir reajustamentos atempados;– Fornecer uma visão integrada do estado de

cumprimento das actividades previstas;– Possibilitar alterações e revisões

orçamentais fundamentais.

05-05-2004

O relatório de actividades• Na medida em que o Relatório de Actividades

deverá espelhar o trabalho realizado ao longo de um ano, a sua elaboração deverá ter em conta, em termos genéricos, a obtenção de respostas para as seguintes questões:– Qual o nível de realização face ao previsto?– Quanto se gastou efectivamente face ao

previsto?– Onde foram aplicadas as verbas?– Quais os desvios verificados?– Quais as causas responsáveis pelos desvios?– Que medidas correctivas foram introduzidas?

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FIMFIM